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Corpos virtualizados, danças potencializadas: atualizações contemporâneas do corpociborgueRêgo, Isa Sara Pereira 18 January 2013 (has links)
Submitted by Diana Alves (ppgdancaufba.adm@gmail.com) on 2014-09-08T13:09:21Z
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DISSERTAÇAO ISA SARA.pdf: 4938335 bytes, checksum: d501e50a0cc0235a3bbe8da6e0d41a41 (MD5) / FAPESB / A Dança nessa dissertação é considerada como uma linguagem herdeira do processo simbiótico ancestral entre o corpo humano e a técnica (LEMOS, 2008). Sendo o objetivo desse trabalho atualizar/virtualizar a dança, bem como revelar os diferentes processos de virtualização que ocorrem no corpo (LÉVY, 1996). Este trabalho propõe o conceito de corpociborgue, em atualização ao conceito de cyborg de Donna Haraway (1985), evidenciando que o cyborg é uma categoria/fenômeno que ocorre no corpo; assim escolhemos alguns artistas que exploram, ou exploraram precursoramente, variações pioneiras do corpociborgue na Arte e na Dança. Estabelecemos ainda aproximações e conexões com teóricos contemporâneos que dialogam com o conceito de cyborg de Haraway (1985), e embasam teoricamente o tema proposto por essa pesquisa, tais como: Pierre Lévy (1996), Lucia Santaella (2004, 2007), André Lemos (2004, 2008), Ludmila Pimentel (2008) e José Gil (1999). Em uma última etapa de nossas investigações percebemos a necessidade de apresentar inovadoramente cinco categorias de corposciborgues na dança, são elas: corposciborgues na videodança, corposciborgues criados com softwares de animação, corposciborgues criados com softwares interativos, corposciborgues na dança telemática e corposciborgues fluídos das mídias móveis.
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Antropologia do set : corpos estendidos e conectivos na produção cinematográficaPereira, Carmela Morena Zigoni 30 April 2013 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, 2013. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2014-03-10T16:07:45Z
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2013_CarmelaMorenaZigoniPereira.pdf: 2961266 bytes, checksum: a839a18b000664126ec4a0b48c39b964 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2014-03-17T13:21:48Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2013_CarmelaMorenaZigoniPereira.pdf: 2961266 bytes, checksum: a839a18b000664126ec4a0b48c39b964 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-03-17T13:21:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2013_CarmelaMorenaZigoniPereira.pdf: 2961266 bytes, checksum: a839a18b000664126ec4a0b48c39b964 (MD5) / O presente estudo consiste em uma etnografia do set cinematográfico que trata especificamente da atuação de ciborgues na produção de filmes ficcionais para o cinema, no contexto brasileiro. Trata-se de realizar um debate sobre as novas abordagens da relação entre humanos e objetos, máquinas e máscaras, a partir de trabalho de campo realizado com profissionais pertencentes ao campo cinematográfico. Estes profissionais realizam atividades tecnicamente qualificadas em busca da imagem, se organizam em rede e praticam rituais (atos de corpo e de fala) para impulsionar a troca de informações, gerar efeitos materiais e imateriais, produzindo uma socialidade
singular. A especificidade técnica de cada área de atuação na produção – direção, fotografia, operação de máquinas, interpretação de atores –, têm em comum serem efetivadas por meio de tecnologias e extensões corporais constituidoras de subjetividades e coletivos particulares. Considerando duas interfaces principais, a máquina e a máscara, os dados etnográficos foram analisados a partir de teorias como a
antropologia do ciborgue (Haraway, 1985:2000; Preciado, 2011; Régis, 2012), da constituição da pessoa (Mauss, 1950; Strathern, 1988: 2006), a Teoria do Ator Rede (Latour, 2000; 2005; 2007) e a teoria dos rituais em antropologia (Tambiah, 1985; Schechner, 1988, 2002; Latour, 2004). Desvendamos, assim, como o set cinematográfico constitui-se em um espaço sócio-temporal distinto do cotidiano, que abriga um coletivo híbrido particular, dedicado a produzir verdades e ficções por meio de práticas cotidianas, eventos críticos, e imagens em movimento. Esta produção se torna possível pelas crenças compartilhadas quanto ao objeto artístico (filme), pelas fronteiras borradas entre corpos (conformação de híbridos), pelo fluxo de informações e ações rituais organizadas e controladas em rede. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / This is an ethnographic study of the cinematographic set which specifically
addresses the role of cyborgs in fictional productions for cinema, in Brazilian context. It proposes a debate on new approaches on the relationships between humans and objects,
machines and masks, based on fieldwork among cinema professionals. These professionals carry out highly qualified technical activities pertaining to image capture, are organized in network-like arrangements, and practice rituals (bodily and speech acts) in order to foster the exchange of information, produce tangible and intangible
effects, thus generating a singular kind of sociality. The technical specificities of each expertise – direction, photography, machine operation, acting– have in common their enactment through technologies and bodily extensions that constitute particular collectives and subjectivities. Based on two chief interfaces, the machine and the mask,
ethnographic materials were analyzed drawing on theoretical frameworks such as cyborg anthropology (Haraway, 1985:2000; Preciado, 2011; Régis, 2012), studies on personhood (Mauss, 1950; Strathern, 1988: 2006), actor-network theory (Latour, 2000; 2005; 2007), and anthropological theories on rituals (Tambiah, 1985; Schechner, 1988, 2002; Latour, 2004). The cinematographic set was thus unveiled as a socio-temporal
space distinct from daily life, which encompasses a particular hybrid collective dedicated to producing truths and fictions through quotidian practices, critical events, and moving images. This production is made possible by shared beliefs regarding the artistic object (the movie), blurred boundaries between bodies (assembling of hybrids), information flows and ritual actions organized and controlled through networks.
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[en] DEFYING THE GODS AND THE ODDS: ON BEING A CYBORG / [pt] DESAFIANDO OS DEUSES E AS PROBABILIDADES: SOBRE SER UM CYBORGVITOR MOURA LIMA 28 May 2020 (has links)
[pt] O fascínio da humanidade por alcançar algo além do que é dado por uma
divindade pode ser encontrado em diversos episódios desde os tempos mais
remotos. Nossa busca por criação, extensão e controle de diferentes formas de vida,
assim como os deuses fazem, ecoa semioticamente por narrativas religiosas, mitos,
produções de ficção científica e, certamente, ciência. Desde a criação mágica dos
Homúnculos até a distopia de Altered Carbon, várias questões surgem desse
relacionamento complexo, provavelmente devido ao benevolente ato de rebelião
cometido por Prometeu, o ladrão do fogo (ou tecnologia). Embora estudos
anteriores tenham investigado o consumo de tecnologia com base em diferentes
perspectivas, usaram majoritariamente uma abordagem Heideggeriana e, portanto,
conceberam a tecnologia apenas como uma ferramenta. Dado o consumo de
tecnologias internas (insideable technologies), a maneira como experimentamos a
dissolução de barreiras entre humanos e máquinas, as mudanças emergentes no
status ontológico do ser humano e as consequências de fazê-lo permanecem
negligenciadas. Para explorar esse fenômeno singular, baseado em raciocínio
abdutivo, desenvolvi minha teorização sobre o Self Interativo, tendo como base a
filosofia fenomenológica-existencial de Sartre em seus últimos trabalhos. Para isso,
tive uma imersão prolongada e intensa no contexto de biohacking, especificamente
grinding (ciborgues), que começou em 2017 com uma combinação de netnografia,
etnografia, entrevistas fenomenológicas e autoetnografia. Para analisar o grande
conjunto de dados coletados, segui os postulados da semiótica francesa,
particularmente levando em conta a virada fenomenológico-existencial na Escola
Parisiense de Semiótica. Como resultado dessa investigação, minha proposição
teórica é que o Self Interativo é sustentado pelo processo de externalização do
interno e da internalização do externo em uma dinâmica dialética e perpétua. Para
amparar esse argumento e responder às minhas perguntas de pesquisa, apresento o
novo conceito de duas maneiras: primeiro, descrevo a estrutura para o eterno
processo de ser um ciborgue por meio do consumo de microchips com NFC.
Posteriormente, promovo uma articulação dos modos de existência de Sartre dentro
do aspecto da ciborguização volitiva, o que coloca a humanidade um passo mais
perto de seu antigo sonho de realizar milagres semelhantes aos deuses. Ao
considerar a tecnologia, não como uma mera ferramenta para um fim, como faria
Heidegger, afirmo que é um objeto vivo, mágico e vibrante que tem o poder de
mudar nossa condição ontológica como seres humanos. Ao fazer isso, minha
pesquisa contribui para discussões sobre consumo de tecnologia, projetos de
identidade e, tangencialmente, bioética na pesquisa do consumidor no contexto do
Transumanismo. / [en] Humanity s fascination for achieving something beyond what is given by an
Almighty divinity can be found in many episodes since ancient times. Our quest for
creation, extension, and controlling different forms of life, such as gods do, has
been semiotically echoed through religions, myths, SCI-FI productions, and, of
course, science. From the magical creation of Homunculi to the Altered Carbon
dystopian setting, several issues arise from this complex relationship, perhaps
mainly because of the rebellious act of benevolence committed by Prometheus, the
fire (technology)-bringer. Although prior studies investigated technology
consumption from different perspectives, they mostly employed a Heideggerian
approach to them and, thus, viewed the technological device as only a tool. Given
the consumption of insideable technologies, the way that we have been
experiencing the dissolving boundaries between humans and machines, and the
emerging changes in the human ontological status, the ensuing consequences,
remain overlooked. To explore this singular phenomenon, based on abductive
reasoning, I developed my theorization on the Interactive Self, mostly based on
Sartre s latter existential-phenomenology approach. To do so, I had a prolonged and
intensive immersion in the biohacking context, specifically grinding (cyborgs), that
began in 2017 with a combination of netnography, ethnography, phenomenological
interviews, and autoethnography. To analyze the large collected dataset, I followed
the French Semiotics postulates, especially taking into account the existentialphenomenological
turn in the Parisian School of Semiotics. As a result of this
inquiry, my theoretical claim is that the Interactive Self is sustained by the process
of the externalization of the internal and the internalization of the external in
dialectical and perpetual dynamics. To sustain this argument and answer my
research questions, I present this novel concept in two ways: First, I describe the
conceptual components for the ontological condition of being a cyborg by means
of NFC microchip consumption. Subsequently, I promote an articulation of Sartre s
modes of existence within the aspect of volitional cyborgization, which places
humanity one step closer in its ancient and ongoing dream of performing god-like
miracles. In considering technology not as a mere tool to an end, as Heidegger
would, I argue that it is a living, magical, and vibrant matter that has the power to
change our ontological condition as human beings. In doing so, my research
contributes to discussions on technology consumption, identity projects, and,
tangentially, bioethics in consumer research within the context of Transhumanism.
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O corpo ciborgue na publicidade de moda: o papel do jeans / The cyborg body in fashion advertising: the jeans scriptAgustoni, Marina 28 October 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-10-28 / The intention of this research is to analyze the increasing mechanization of bodies in fashion ads in the last three years and, in parallel, the part of jeans in the process. It's also to examine the influence of technology on fashion and its corollary: the cyborg body. So the objects of the research are fashion, fashion advertising, jeans, cyborg and the cyborgzation. The selected corpus is composed of clippings in the press and digital media, and covers the Vogue, Iguatemi Shopping, Marie Claire, as well as UOL fashion catalog. The theorical reference is Walter Benjamin's reflections about the "inorganic sex-appeal" and the rereading of this concept in the work of Massimo Canevacci. Combined with this theorical main base there are Lucia Santaella main reflections on the contemporary body and those of authors such Anne Hollander, Gilles Lipovetsky, Diane Crane, among other fashion and clothes experts. Methodologically, the research is documentary and bibliographical. The hypothesis is that fashion is not the only villain of the human figure cyborgzation, fashion absorbs and spreads through the trend, using new technologies as tools that emerge, thereby cyborgzation of the human figure is not only responsibility of fashion, is a reflection of an increasingly technological society that increasingly understands the person just like a body, like a puppet. This is an essay about how the jeans and the new technologies allied with fashion are transforming the human image, standardizing it and subjecting it to a level of dehumanization; about how it is understood and seen this new man who crossed the borders of skin and now is a mutation betwen the sensitive and the sensors, between the body and its mechanical extensions; about this cyborg body, who contrasts in fashion advertising in recent years / O objetivo da presente pesquisa é analisar a crescente mecanização dos corpos na publicidade de moda dos últimos 3 anos e, em paralelo, o papel do jeans nesse processo. Trata-se também de examinar a influência da tecnologia sobre a moda e seu corolário: o corpo ciborgue. Isso define como objetos de pesquisa a moda, a publicidade de moda, o jeans, o ciborgue e sua inflexão: a ciborguização.
O corpus selecionado é composto por recortes na mídia impressa e digital, e engloba as revistas Vogue, Iguatemi Shopping, Marie Claire, além do catálogo de moda do site UOL. O referencial teórico tem como ponto central as reflexões de Walter Benjamin sobre o sex appeal do inorgânico e a releitura desse conceito presente na obra de Mássimo Canevacci. Acrescentam-se a essa base teórica principal reflexões de Lúcia Santaella sobre o corpo contemporâneo e as de autores como Anne Hollander, Gilles Lipovetsky, Diane Crane, entre outros estudiosos sobre roupas e moda. Metodologicamente, a pesquisa é bibliográfica e documental. Trabalhamos com a hipótese de que a moda não é a vilã da ciborguização da figura humana sozinha, ela absorve o meio e propaga a tendência, usando como ferramentas as novas tecnologias que surgem; desse modo a ciborguização da figura humana não é responsabilidade apenas da moda, é o reflexo de uma sociedade cada vez mais tecnológica que cada vez mais entende a pessoa como apenas um corpo, como um boneco.
Esta é uma dissertação sobre como o jeans e as novas tecnologias aliadas à moda vêm transformando a imagem humana, tornando-a padrão e submetendo-a a um patamar de desumanização; sobre como é entendido e visto esse novo humano que ultrapassou as fronteiras de pele e esta agora numa mutação entre o sensível e os sensores, entre o corpo e suas extensões mecânicas; é sobre esse corpo ciborgue, que se destaca na publicidade de moda dos últimos anos
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Contingência ciborgue e tecnologias do corpo: personagens para repensar a ciência / Cyborg contingency and body’s technology: rethinking science caractheresSouza, Narrira Lemos de 07 April 2015 (has links)
Submitted by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2016-03-17T13:06:50Z
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Previous issue date: 2015-04-07 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG / Donna Haraway’s political myth is the theme of this research, the investigation implies
to understand this character as agent of feminist and social transformation trough three
possible images. Firstly, we intend to know, in our society, who is cyborg, knowing that we
are talking about a capitalist and western society. There is a historical retrospective about
cybernetics, computation and medicine; there is also basics conceptions to the better
understanding of the research. We conclude that the cyborg is not only a myth, there are
cyborgs looking for a formal identity in some governments. After that, we research the cyborg
in the imagination of Science Fiction in some movies and televisions sitcoms, we want to
know, after all, if these cyborgs are fiction or reality and if there is a border between this
categories. Finally, we look into the cyborg of feminist theory, where the political myth is the
meanly agent of Science transformation. We conclude that new characters are need to re-build
a Science in which the Man is not the center of the history. / O mito político do ciborgue de Donna Haraway é tema desta pesquisa. A investigação
trata de compreender este personagem como um agente de transformação social feminista
através de três possíveis imagens. Primeiramente, procuramos entender quais são os ciborgues
de nossa sociedade ocidental capitalista. Há um resgate histórico da cibernética, computação e
medicina; há, também, conceituações básicas para a continuidade da pesquisa. Chega-se à
conclusão de que o ciborgue não é apenas um mito, há ciborgues reivindicando uma
identidade reconhecida pelos seus governos. Posteriormente, investigamos o ciborgue na
imaginação do cinema de ficção científica, queremos saber, afinal, se estes ciborgues são
ficção ou são realidade e se há uma fronteira entre essas duas categorias. Finalmente,
debruçamo-nos sobre o ciborgue da teoria feminista crítica da ciência, em que o mito político
é agente principal das transformações da ciência. A conclusão a que chegamos é que novos
personagens são necessários para que se possa construir uma ciência em que o Homem não
seja o centro da história.
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Screen-vision: um panorama sobre a evolucao visual da tecnologia do videoLabuto Junior, Alberto 14 March 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-03-14 / In the age of digital communication, video has increasing importance,
both as a technological tool, such as audiovisual language. From this context,
we analyzed the evolutionary process of visual technologies leading to the
emergence and popularization of video technology.
We begin with an analysis on the physiological aspects of vision. The
mechanics of vision, with light as optical stimulator through which we see the
world. The goal is to understand the organic process that originates the
phenomena of color and form in motion into the mind, as a starting point for a
systemic approach to vision, in order to understand the evolutionary path of the
technology, wich starts from the study of human vision to vision design of the
cyborg.
Then, a view of the historical evolution of visual languages, from the
visual emergence of first symbols to advent of video, seeking the understanding
of the process that led to an evolution in visual communication towards the
collectivity of information, with peak in television and video expanded in new
media.
Finally, an overview of the vision design of the cyborg, in a context
where, as a result of a constant evolution, video technology becomes
sufficiently intimate and reliable while we adapt to its full-time use, mounting or
even implementing electronic devices in our body to expand the vision / Na era da comunicacão digital, o video tem crescente importância, tanto
como ferramenta tecnologica, quanto como linguagem audiovisual. A partir
deste contexto, analisamos o processo evolutivo das tecnologias visuais
levando ao surgimento e popularizacão da tecnologia do video.
Iniciamos com uma análise relativa aos aspectos fisiologicos da visão. A
mecânica da visão, tendo a luz como estimulo otico através do qual
enxergamos o mundo. O objetivo é compreender o processo orgânico que dá
origem aos fenômenos de cor e forma em movimento dentro da mente, como
ponto de partida para uma abordagem sistemica da visão, a fim de entender o
percurso evolutivo da tecnologia que parte do estudo da visão humana para o
design da visão do ciborgue.
Em seguida, um ponto de vista sobre a evolucão historica das
linguagens visuais, do surgimento dos primeiros simbolos visuais ao advento
do video, buscando o entendimento do processo que levou a uma evolucão na
comunicacão visual em direcão a coletividade da informacão, tendo como auge
a televisão e o video expandido nas chamadas novas midias.
Por fim, um panorama sobre o design da visão do ciborgue, num
contexto onde, por consequencia de uma constante evolucão, a tecnologia do
video se torna suficientemente intima e confiável, ao passo que nos adaptamos
ao seu uso em tempo integral, montando ou mesmo implantando dispositivos
eletrônicos de expansão da visão em nosso corpo
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Implante Coclear: estudos concernentes à biopolítica, ao biopoder e ao biocapital em III volumesGarcia, Eduardo de Campos 18 December 2015 (has links)
Submitted by Marta Toyoda (1144061@mackenzie.br) on 2016-12-05T20:15:05Z
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Previous issue date: 2015-12-18 / This thesis, though apparently deals with issues concerning the Cochlear Implant, its object collides an analysis than visuoimperceptual order authorizing the operation of body modification involving the overlapping between man and machine: the creation of discursive clinical language, legal and biological order in interpersonal plots and by the person who declares itself cyborg bionic ear and ends up involved the idea of the formation of other identities and their own community. In proposing think of other identities, often subjetivadas by the person with a cochlear implant, you need to list their bifurcations in power of the territory: implanted deaf, implanted, people with cochlear implants, and cyborg cyborg bionic ear. All make up the group calling itself: cyborg community. It is through the finding of groups / systemic communities it was possible to understand that there is the relationship established between the cyborgs people bionic ear, a kind of aesthetic link that feeds the need for man-machine hybridization simplifying it in the form of an identity: cyborg. What is here explained has the daily visitations basis, within 2 years, the three communities formed by cyborgs people bionic ear and their families and its members people from all states of Brazil and some other countries like Argentina, Chile, Mexico, Uruguay and Portugal. Depending on the complexity of its content, because all it takes as its starting point the deaf person and deafness as creation of cultural industry normality / abnormality, moves through the repaired subject and all the power that sustains the discourse of rehabilitation, and arrives in subject cyborg bionic ear as clinically object created in the economic political needs of the biotechnology industry. Therefore, this thesis is not only to analyze the subject of relationship that had altered their bodies through intraorgânica technology, but the whole language game and power that surrounds him and the deaf or implanted person subjectivizing. There is a performative game that includes in its plot and advertising rule, creative instances of persuasion, design and cyborg body, shape and condition, repetitive stories and promises of healing and rehabilitation under the justification of advances for / improvements in the body. The person subjected to this discursive scheme / language succumbs to its intention: to produce a new concept of body parts made up of organic and inorganic parts, living matter and dead matter. The subject of the situation, hereinafter called bionic ear cyborg is, among other possibilities when analyzed, a result of what Michel Foucault (1926-1984) sought to explore how biopolitics and biopower and consequently, although it has not been explored by him directly because it is a concept that comes into play in contemporary times, the biocapital. The heart of the matter involving the prefix "bio" and that makes up the concepts of biopolitics, biopower and biocapital, is anchored in antiquity. It is with Giorgio Agamben (1942-) as someone who explores the theory of Michel Foucault, in his book Homo Sacer, I seek the root of the three words presented. Agamben (2010) talks about two contemporary concepts: naked life and Bios. Bare life is a Greek concept, which he said is a life unworthy of being lived, banished, worthless, who lives adrift and at the mercy. To her, the accident belongs. Bios is another concept and differs from bare life because you are subscribed ordination of legal and political life. It is under supervision of the State and it is marked in that it fits the prescribed conditions. The right of citizens is a mark of the juridical and political life. His duties also. Understanding these issues can seem complex at first glance, and are. But it can also be understood as the foundation of society and its control devices. The bare life is always the leaking of this pre-announced control. Meets and resembles the concept of "left" and / or non-identical. Based on the concept of bare life and bios, biopolitics, biopower and biocapital are devices that demarcate stocks having power / control over them. The order of the speech that forms the deaf, although protected by law 10.436 / 2002, and people who choose or are submitted to cochlear implantation can be interpreted as bare lives because they are reduced to certain moral judgment and as a result are allocated so "liability" in the decisions that capture them. Most of the time, and often, public policies that should safeguard and protect citizens when it comes to the deaf and bionic ear cyborgs, the fragility of state protection becomes your brand. But this is a function, first, of biopower: score. His authority is above all a kind of spirit in the form of identity that, to the extent that subjectivizing, marks, orders and defines the location of where and how the subject can and how and when to speak. Bionic ear cyborgs has its demarcation in social relations: they are a priori hybrids. The deaf, deafness, the cyborg bionic ear and the listener are nomenclatures / or are supported by the state or banned for life that is in the legal and political domain. Although the "legal" word make mention of legal issues, its genesis collides with the construction of judgment, almost always or most of the time, the creation of clinical language. It is made clinically by language production that normative and functional identities became rule in interpersonal relationships since the nineteenth century - as can be seen in the writings of Michel Foucault (op.cit.), See the condition of normality and abnormality prescribed and commissioning scene by the medical encyclopedia over the nineteenth and twentieth centuries. In this view, Foucault (op.cit.) And Canguilhem (1904-1995) agree. Under the control perspective, biopolitics, biopower and biocapital, although related, are power developments. In descending order, the twenty-first century living a body that is authorized legal and political order to be changed, and consequently calls an identity for himself, his nomination as bionic ear cyborg meets an order for layout of control over your body. Biocapital is the registered life, in the form of biological capital, made product and / or thing, but that is under state control to the extent that this is liberalism itself too much. The supply and demand in the market, now is related to the reconfiguration of the body. As stated by a mother, responsible for choosing the implementation of intraorgânico device in his son stayed until the end of life is linked to a company that charges all you want to do to my son's ear maintenance. Sometimes even have part because they take a particular line model and do not produce more. Maintenance is expensive and I was fortunate enough to win the process that determines that its costs are covered by the health plan. The SUS also deploys, but the quality is much lower. Anyway, even if it is not well defined laws that guarantee the right of people with cochlear implants to a quality product and to ensure the achievement of "healing", the market defines their daily lives to the extent that causes a relationship between company and consumer . In this sense, the bionic ear cyborg is proposed to be by analogy interpreted as Naked Life. As we observed, waiting among many other things, their place in society as something defined and to enable it to institutional representation in political territory. Although the bionic ear cyborg is a reality in contemporary society, its symbolic capital is under construction because even their condition as a person remains in an interstitial zone: is a human machinic and / or a humanized machine. Obviously the search for a possible definition was not simple, but the thesis shows that people submitted to cochlear implantation relate to each other calling themselves cyborgs. For them, cyborg is the means by which to define an improved body technology. Principle bumps into international agreements and economic interests and market. However, the biocapital or its provocations in control of the territory would not be active if every one share of biopower had not been articulated since the nineteenth century and perfected in its secular path, the twenty-first century. Biopower, on behalf of human subjectivity, throughout the twentieth century sought to wage a battle of social classes, governance schemes, identity struggles: superficial and violent. Created truths and through them has measured judgments, imposed a moral to each and every body at the level of sex, gender, race and nature. Positive science advancing in the twentieth century, proposed thinking about life and its existence from the perspective of the classifications and as a result made it possible for the identity of each were elevated to group category condition: these under the biopower field were prescribed according to heredity, the economic reality and territorial cohesion and united under the imaginary tie their community. The state ideological apparatuses (as proposed by Althusser 1918-1990) tried to teach and keep alive the language for the creation of identical; of the difference does not escape. All the difference, as pointed out by the thesis, is a negative demarcation when related to identity matrix, but is also the hint and demarcation of an "identity other" when grouped in community. The biopolitics, biopower and biocapital, in short, are the domain of strength which I propose be understood as visuoimperceptual. It takes away the autonomy giving the impression of working through it. Deaf, listeners, natural deaf and cyborgs of bionic ear (people with cochlear implants) are triangular and visuoimperceptual this game. They compete for the podium of reason and try, each with their arguments, to convince that their way of life is in the order of reason, the best choice, of human evolution. At the bottom of a bottomless pit when digging to find answers what lies are layers and layers of identity. They overlap in the form of conquest, but say nothing about the person who embodies. What remains, as can be seen after reading and analyzing, numerous threads of groups on the social network formed by people with cochlear implants and their families, seems to be the anguish, disappointment, fear (when the cochlear implant does not work). However, you could not think of biocapital and biopower in the late nineteenth century life had not been entered in the state control: Governance Act. The biopolitics is the skeleton that supports the triggering of the whole structure of the new form of power over life: the biocapital. Biology, but a study of the life resumes and borrows the concept of Bios and a re-reading, proposes more than interpretations, determines prescriptions. The Bios on Biopolitics, biopower and biocapital is clinically prescribed life and governed by the order of the State. This does not mean that your life is fully protected. The state is crafty. Here the need to present a thesis in Volumes III. Each volume comes gradually, with the guiding principle cochlear implant, the evolution of biopolitics for biopower and bio-power to biocapital. As a result, deals with the construction of identities, graphics work, speech and language clinically created and circulated through the Ideological Apparatuses of the State. Their production reach the population, which it serves, on an industrial scale. It is also the subjectivity of the robotic body or electric-machinic human and ways how they relate to your community. It could not exploit size territory themes as contemporary problems caused by the production of clinical-discursive language, education and cultural identities by normal industry; film production and genetics, the secret of DNA speech, the human being as registration and the body as a product on the market - patents, series, models and the like between fiction and reality; about the mishaps caused by the use of technology in contemporary intraorgânica, empty speeches and cyborg subjectivity, were not deployed, each in separate volumes. At the same time, all subjects obey one didactic / methodological sequence which results in facilitating their understanding and correlations. Each volume depicts concomitant and / or episodes, although at different times, are interlaced by visuoimperceptual control proposal. However, it can read the volumes in a sequence and therefore the numbering contained in its pages follow a linear order. But you can read them separately, or read the volumes seeking information among them through signs marked in a few paragraphs. For example, the volume I can "jump" to Volume III and understanding on some issues in greater depth because all volumes are intended to communicate, soaking directions between the volumes are in the footer of your pages. Therefore, it is possible to make an immersive reading, not completely linear fashion in that the way it was thought the thesis, allows coming and going - in search of information - among volumes. / Esta tese, embora aparentemente trate de assuntos concernentes ao Implante Coclear, seu objeto esbarra numa análise do que de modo visuoimperceptual autoriza a operacionalidade das modificações corporais que implicam do imbricamento entre homem e máquina: pela criação de linguagem clínico discursiva, na ordem jurídico-biológica, nas tramas interpessoais e pela própria pessoa que se autodeclara ciborgue de ouvido biônico e que acaba envolvida pela ideia da formação de outras identidades e de uma comunidade própria. Ao propor pensar em outras identidades ou em identidades outras como meio de desdobramento da linguagem que na ordem do discurso são quase sempre subjetivadas pela pessoa com implante coclear, é necessário elencar suas bifurcações no território do poder que se apresentam sob a forma de representações nominativas: surdo implantado, implantado, pessoa com implante coclear, ciborgue e ciborgue de ouvido biônico. Todos compõem o grupo que se autodenomina: comunidade de ciborgues. É por meio da constatação da existência de grupos/comunidades sistêmicas que foi possível entender que há na relação estabelecida entre as pessoas ciborgues de ouvido biônico, uma espécie de elo estético que alimenta a necessidade da hibridação homem-aparelho simplificando-a sob a forma de uma identidade fundamentada na representação de classe: ciborgue. O que aqui é explicitado tem como base visitações diárias, no período de 2 anos, a três comunidades formadas por pessoas ciborgues de ouvido biônico e seus familiares sendo seus membros pessoas de todos os estados do Brasil e de alguns outros países como Argentina, Chile, Paraguai, México, Uruguai e Portugal. Em função da complexidade de seu conteúdo, porque todo ele tem como ponto de partida a pessoa surda e a surdez como criação da indústria cultural da normalidade/anormalidade, perpassa pelo sujeito reparado e todo o poder que sustenta o discurso da reabilitação, e chega no sujeito ciborgue de ouvido biônico como objeto criado clinicamente segundo as necessidades político econômicas da indústria biotecnológica. Por isso, nesta tese, não se trata apenas de analisar a relação de sujeitos que tiveram seus corpos alterados por meio da tecnologia intraorgânica, mas de todo jogo de linguagem e poder que o cerca e que pela pessoa surda ou implantada é subjetivado. Há um jogo performático que inclui em sua trama e regra publicidade, instâncias criativas de persuasão, desenho e organização gráfica do corpo ciborgue, forma e condição, narrativas repetitivas e promessas de cura e reabilitação sob a justificativa de avanços para melhoramentos do/no corpo. A pessoa sujeitada a este esquema discursivo/linguagem sucumbe a sua intenção: produzir um novo conceito de corpo formado por peças orgânicas e peças inorgânicas, matéria viva e matéria morta. O sujeito da situação, doravante denominado por esta tese como ciborgue de ouvido biônico é, entre outras possibilidades quando analisado, resultado do que Michel Foucault (1926-1984) procurou explorar como biopolítica e biopoder e consequentemente, embora não tenha sido explorado por ele diretamente porque é um conceito que entra em cena na contemporaneidade, do biocapital. O cerne da questão que envolve o prefixo “bio” e que compõe os conceitos de biopolítica, biopoder e biocapital, está ancorado na antiguidade. É com Giorgio Agamben (1942-), como alguém que explora a teoria de Michel Foucault, em seu livro Homo Sacer, que busco a raiz das três palavras apresentadas. Agamben (2010) fala sobre dois conceitos contemporâneos: Vida nua e Bios. Vida nua é um conceito grego, que segundo ele, representa a vida indigna de ser vivida, banida, sem valor, aquele que vive à deriva e à mercê podendo ser considerado a própria “sobra” encarnada. A ela, a sobra, a aquele que não é identidade e tampouco diferença, o acaso pertence. Bios, é outro conceito e difere da Vida nua porque está inscrito da ordenação da vida jurídico-política. Encontra-se sob tutela do Estado e por ele é demarcado na medida em que se encaixa nas condições prescritas. O direito do cidadão é uma marca da vida jurídico-política. Seus deveres, também. Entender estas questões pode parecer complexo em um primeiro olhar, e são. Mas também podem ser entendidas como fundamento da vida em sociedade e seus dispositivos de controle. A vida nua é sempre a que escapa deste controle pré-anunciado. Vai ao encontro e assemelha-se ao conceito de “sobra” e/ou de não idêntico. Partindo do conceito de vida nua e bios, biopolítica, biopoder e biocapital são dispositivos que demarcam as existências tendo poder/controle sobre elas. Na ordem do discurso que se forma, os surdos, embora amparados pela lei 10.436/2002, e as pessoas que optam ou são submetidas ao implante coclear podem ser interpretadas como vidas nuas porque estão reduzidas a certo julgamento moral e como consequência são alocadas de modo “passivo” nas decisões que os capturam. Na maioria das vezes e quase sempre, as políticas públicas que deveriam tutelar e proteger o cidadão, quando se trata dos surdos e dos ciborgues de ouvido biônico, a fragilidade da proteção estatal passa a ser sua marca. Mas esta é a função, primeira, do biopoder: marcar. Sua autoridade, é antes de mais nada uma espécie de espírito sob a forma da identidade que, na medida em que é subjetivado, demarca, ordena e define o local de onde e como os sujeitos podem e como e quando devem falar. Ciborgues de ouvido biônico tem sua demarcação nas relações sociais: são, a priori, híbridos. O surdo, a surdez, o ciborgue de ouvido biônico e o ouvinte são nomenclaturas que/ou estão amparadas pelo Estado ou banidas pela vida que se encontra no domínio jurídico-político. Ainda que a palavra “jurídico” faça menção a questões legais, sua gênese esbarra na construção de juízo, quase sempre ou na maioria das vezes, na criação de linguagem clínica. É pela produção de linguagem clinicamente constituída que identidades normativas e funcionais se tornaram regra nas relações interpessoais desde o século XIX – como pode ser observado nos escritos de Michel Foucault (Op.Cit.), vide a condição de normalidade e anormalidade prescrita e posta em cena pela enciclopédia médica ao longo dos séculos XIX e XX. Neste ponto de vista, Foucault (Op.Cit.) e Canguilhem (1904-1995) concordam entre si. Sob a perspectiva do controle, a biopolítica, o biopoder e o biocapital, embora sejam correlacionados, são evoluções do poder. Em ordem decrescente, se o século XXI vivência um corpo que está autorizado de modo jurídico-político a ser alterado, e consequentemente clama uma identidade para si, sua nominação como ciborgue de ouvido biônico atende a uma ordem para esquematização do controle sobre seu corpo. Biocapital, é a vida inscrita, sob a forma de capital biológico, feito produto e/ou coisa, mas que está sob o controle do Estado na medida em que este representa o próprio liberalismo em demasia: as pessoas podem comprar seus corpos, membros e órgãos num catálogo como se estivessem num supermercado. A oferta e a procura, no mercado, agora tem relação com a reconfiguração do corpo no qual e pelo qual encontra-se um esvaziamento estético e sua gradual substituição por um senso cosmético. Como foi declarado por uma mãe, responsável pela escolha da implantação do dispositivo intraorgânico em/de seu filho: ficamos até o final da vida atrelados a uma empresa que cobra o quanto quiser para fazer a manutenção da orelha do meu filho. Às vezes, nem tem peça porque tiram de linha determinado modelo e não produzem mais. A manutenção é cara e eu tive a sorte de ganhar o processo que determina que seus custos sejam cobertos pelo plano de saúde. O SUS também implanta, mas a qualidade é bem inferior1. Enfim, ainda que não esteja bem definido as leis que garantam o direito das pessoas com implante coclear a um produto com qualidade e que assegure o alcance da “cura”, o mercado define seu cotidiano na medida em que provoca uma relação entre empresa e consumidor. Neste sentido, o ciborgue de ouvido biônico é proposto a ser, por analogia, interpretado como Vida Nua porque ele vive a mercê do julgamento alheio. Como foi possível verificar, espera entre tantas outras coisas, seu lugar na sociedade como algo definido e que lhe possibilite representação institucional no território político. Embora o ciborgue de ouvido biônico seja uma realidade na contemporaneidade, seu capital simbólico está em construção porque mesmo sua condição enquanto pessoa permanece numa zona de interstício: é um humano maquínico e/ou uma máquina humanizada. Óbvio que a busca para uma possível definição não foi simples, mas a tese aponta que as pessoas submetidas ao implante coclear se relacionam entre si se autodenominando ciborgues. Para eles, ciborgue é o meio pelo qual se define um organismo melhorado tecnologicamente. Seu princípio esbarra em acordos internacionais e de interesse econômico e de mercado. Contudo, o biocapital, ou suas provocações no território do controle, não estariam ativas se toda uma ação do biopoder não tivesse sido articulada desde o século XIX e se aperfeiçoado, em seu percurso secular, no século XXI. O biopoder, em nome da subjetividade humana, em todo o século XX procurou travar uma batalha de classes sociais, regimes de governança, lutas identitárias: superficiais e violentas. Criou verdades e por meio delas aferiu juízos, impôs uma moral para todo e qualquer corpo em nível de: sexo, gênero, raça e natureza. A ciência positiva que avançava no século XX, propunha pensar a vida e sua existência sob a ótica das classificações e como consequência possibilitou que a identidade de cada um fosse elevada à condição de categoria de grupo: estes, sob o domínio do biopoder, estavam prescritos segundo a hereditariedade, a realidade econômica e territorial e unidos sob o laço imaginário de sua comunidade. Os aparelhos ideológicos do Estado (como proposto por Althusser 1918-1990) tratavam de ensinar e manter ativo a linguagem para criação dos idênticos; da qual a diferença não escapa. Toda diferença, como apontado pela tese, é uma demarcação negativa quando relacionada a identidade matriz, mas é também o indício e demarcação de uma “identidade outra” quando agrupada em comunidade. A biopolítica, o biopoder e o biocapital, em síntese, constituem a força de domínio que proponho ser compreendida como visuoimperceptual. Ela tira a autonomia dando a impressão de atuar por meio dela. Surdos, ouvintes, surdos naturais e ciborgues de ouvido biônico (pessoas com implante coclear) estão neste jogo triangular e visuoimperceptual. Disputam entre si o palanque da razão e tentam, cada qual com seus argumentos, convencer que sua forma de vida está na ordem da razão, da melhor escolha, da evolução humana. No fundo, de um buraco sem fundo, quando se escava para buscar respostas numa tentativa arqueológica, o que se encontra são camadas e camadas de identidade, quase todas vazias e frias feito coisa morta da qual emana a alegoria para a vida cotidiana. A frieza nas relações parece ser própria do cotidiano. Estão sobrepostas sob a forma de conquista, mas não dizem nada sobre a pessoa que a incorpora. O que sobra, como pode ser constatado após ler e analisar, inúmeras postagens dos grupos na rede social formados por pessoas com implante coclear e seus familiares, parece ser a angústia, decepção, medo (quando o implante coclear não dá certo). Contudo, não seria possível pensar em biocapital e biopoder se no final do século XIX a vida não tivesse sido inscrita no controle do Estado: ato de governança. A biopolítica é o esqueleto que dá suporte para o desencadeamento de toda estrutura da nova forma de poder sobre a vida: o biocapital. A biologia, mais que um estudo sobre a vida, retoma e empresta o conceito de Bios e numa releitura, propõe, mais que interpretações; determina prescrições. O Bios em Biopolítica, biopoder e biocapital é a vida prescrita clinicamente e tutelada pela ordem do Estado. O que não significa que sua vida esteja protegida completamente. O Estado é ardiloso. Eis a necessidade de apresentar uma tese em III Volumes. Cada volume trata gradativamente, tendo como eixo norteador o implante coclear, a evolução da biopolítica para o biopoder e do biopoder para o biocapital. Como consequência, trata da construção das identidades, dos trabalhos gráficos, do discurso e da linguagem clinicamente criada e posta em circulação por meio dos Aparelhos Ideológicos do Estado. Suas produções chegam a população, que dela se serve, em escala industrial. Trata, também, da subjetivação do corpo robótico ou do humano elétrico-maquínico e dos modos como se relacionam em sua comunidade. Não seria possível explorar tamanho território se os temas como: problemas da contemporaneidade provocados pela produção de linguagem clínico-discursiva, a educação pelas identidades e a indústria cultural da normalidade; produção cinematográfica e genética, o discurso secreto do DNA, o ser humano como inscrição e o corpo como produto no mercado – patentes, séries, modelos e afins entre a ficção e a realidade; sobre os percalços provocados pelo uso da tecnologia intraorgânica na contemporaneidade, discursos vazios e subjetividade ciborgue, não fossem desdobrados, cada qual, em volumes independentes. Ao mesmo tempo, todos os temas obedecem uma sequência didático/metodológica que resulta na facilitação de seu entendimento e correlações. Cada volume retrata episódios concomitantes e/ou, embora em tempos diferentes, estão entrelaçados pela proposta do controle visuoimperceptual. No entanto, é possível ler os volumes numa sequência, e por isso, as numerações contidas em suas páginas obedecem uma ordem linear. Mas é possível lê-los separadamente, ou ler os volumes buscando informações entre eles por meio das indicações marcadas em alguns parágrafos. Por exemplo, do volume I é possível “saltar” para o volume III e compreender sobre alguns assuntos com maior profundidade porque todos os volumes têm a intenção de se comunicarem, as indicações de imersão entre os volumes estarão no rodapé de suas páginas. Portanto, é possível fazer uma leitura imersiva, de modo não totalmente linear na medida em que o modo como foi pensada a tese, permite ir e vir – na busca de informações – entre os volumes. Por fim, acredito ser valioso informar que toda esta tese tem como característica ser provocativa. Meu posicionamento não é se colocar a favor ou contra o implante coclear, mas apresentar os possíveis lados de uma mesma questão: provocar.
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Corpo, comunicação e tecnologia: uma reflexão sobre os acoplamentos em Floris KaaykBalija, Ricardo Borovina 12 December 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-12-12 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This research aims to understand the changes in the body potentiated by technological couplings in the work of Dutch artist Floris Kaayk. In his works, Kaayk discusses the dualisms found by the discourses of the mass media and through futurological issues, says the body as important vector capable of tense oppositions: natural and artificial, nature and culture, fiction and reality. What are the limits of technological advances on the body? Are we becoming cyborgs? Not to continue the dissemination of deflated terms, we divided the research into three areas that aim to deepen the notes found in the artist's creative process. In the first chapter "Communication bodies and couplings", we present a theoretical framework that situates the body in the field of communication and perception. At this time, we present understandings of the body as an exploratory system found in Lucia Santaella and James Gibson. Well as studies on the corpomídia developed by Christine Greiner and Helena Katz. The second chapter "Art and Technology" seeks, through a brief history, situating the body in artistic practices and their relationship with the technological discourses. The art meeting the new technologies plays an exploratory discovery, and the willingness to learn. Therefore, we rely on Julio Plaza to address the problem of art as discourse about the phenomenon and not as a representation of an idea itself. In the third chapter, we propose, through the analysis of three works: The Order Electrus (2005), Metalosis Maligna (2006) and The Human Birdwings (2012), create a path that relates to the understandings presented in the previous chapters. Our theoretical framework is still composed of the notes on technology and nature found in Ortega y Gasset and Vilém Flusser. The proposed methodology is based on studies of processes of creation in Cecilia Salles and Lucia Leão / A presente pesquisa pretende compreender as transformações no corpo potencializadas pelos
acoplamentos tecnológicos na obra do artista holandês Floris Kaayk. Em suas obras, Kaayk
problematiza os dualismos encontrados pelos discursos dos meios massivos de informação e,
através de questões futurológicas, aponta o corpo como importante vetor capaz de tensionar as
oposições: natural e artificial, natureza e cultura, ficção e realidade. Quais os limites das
investidas tecnológicas sobre o corpo? Estaríamos nos ciborguizando? Para não continuar a
divulgação de termos esvaziados, dividimos a pesquisa em três eixos que buscam aprofundar
os apontamentos encontrados nos processo de criação do artista. No primeiro capítulo
"Comunicação, corpos e acoplamentos", apresentamos a fundamentação teórica que situa o
corpo no campo da comunicação e da percepção. Neste momento, apresentamos os
entendimentos de corpo como um sistema exploratório encontrados em Lúcia Santaella e
James Gibson. Assim como os estudos sobre o corpomídia desenvolvidos por Christine
Greiner e Helena Katz. O segundo capítulo "Arte e tecnologia" busca, através de um breve
histórico, situar o corpo nas práticas artísticas e em sua relação com os discursos tecnológicos.
A arte ao encontro das novas tecnologias assume um caráter exploratório de descoberta, como
a vontade de se conhecer. Portanto, nos apoiamos em Julio Plaza ao tratar do problema da arte
como próprio discurso sobre o fenômeno e não como representação de uma ideia. No terceiro
capítulo, propomos, através das análises de três obras: The Order Electrus (2005), Metalosis
Maligna (2006) e The Human Birdwings (2012), criar um percurso que se relacione aos
entendimentos apresentados nos capítulos anteriores. Nosso quadro teórico é composto ainda
pelos apontamentos sobre tecnologia e natureza encontrados em Ortega y Gasset e Vilém
Flusser. A metodologia proposta se apoia nos estudos sobre processos de criação em Cecília
Salles e Lucia Leão
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Sem fronteiras para o check-in: computação ubíqua, hibridizações e o aplicativo FoursquarePraça, Gabriella Martins da Silva 30 April 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-04-30 / FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / O mundo contemporâneo é marcado pela forte presença da informática nas mais diversas esferas da vida. Como elemento embutido em sistemas sociais, econômicos e culturais, o software interfere na maneira como os indivíduos se relacionam entre si, consigo próprios e com o meio à sua volta. Nesse sentido, a computação ubíqua tem desafiado a pesquisa em tecnologias da comunicação a repensar muitas das tradicionais definições na área – a começar pela própria mídia. Os atuais programas computacionais de criação e edição de conteúdo propiciam a hibridização entre distintos formatos, linguagens e estéticas, originando novas espécies midiáticas. Também têm se tornado cada vez mais fluidas, ou mesmo inexistentes, as fronteiras entre usuário e produtor de conteúdo, homens e máquinas, espaço “físico” e dimensão “virtual”. Além disso, as possibilidades de expansão sensório-cognitiva abertas pelas novas tecnologias de informação e comunicação têm instigado o questionamento do próprio conceito de “ser humano”. Este trabalho discute algumas das transformações sociais provocadas pela computação ubíqua, a partir da perspectiva dos software studies. O aplicativo para smartphones Foursquare foi objeto de estudo empírico, feito a partir de entrevistas com usuários do serviço. Na abordagem, foram discutidas questões como exploração do espaço físico a partir de dispositivos móveis de comunicação, interação entre usuários, recomendações publicadas na rede e gamificação. Os resultados apontam para um cenário no qual as pessoas não apenas elegem quais mídias consumir, mas personalizam o uso das ferramentas disponíveis, de forma a conferir-lhe utilidade única e individualizada. / Information technology is present in many different areas of contemporary life. As embedded part of social, economic and cultural systems, software influences the way people interact with each other and with the environment. Ubiquitous computing has challenged the research in communication technologies to rethink many of the traditional definitions in the area. Computer programs for content creating and editing provide the hybridization between different formats, languages and aesthetics, what engenders new media species. The boundaries between user and producer of content, men and machines, 'physical' space and "virtual" dimension have also become increasingly fluid, or even nonexistent. Furthermore, the possibilities of sensory-cognitive expansion offered by communication technologies have led researchers to question even the concept of "human being." This work discusses some of the social changes brought about by ubiquitous computing, from the perspective of software studies. The application for smartphones Foursquare was the subject of an empirical study, done from interviews with its users. In the approach, issues such as space exploration from mobile communication devices, interaction between users, recommendations on the internet and gamification were discussed. The results point to a reality in which people not only choose which kinds of media they want to consume, but customize the use of the tools available, in order to give them an unique and personalized utility.
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CIBORGUE: UMA CONCEPÇÃO DO CORPO NA ARTE CONTEMPORÂNEA / CYBORG: A CONCEPTION OF THE BODY IN CONTEMPORARY ARTVares, Manoela Freitas 22 March 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This contemporary art study aims to understand how the human body is
modified through the contact with technological devices, especially considering Art
and Technology works.The concepts of post-human and cyborg are discussed
through the art works and so on studied and analyzed in the art field. The
hybridization between human body and technology gives to it other features,
widening or changing it and transforming it into a cyborg. This concept of cyborg talks
about a body that shows new ways of communicating, establishing another power
relations and, more importantly, assuming the features of being connectable,
upgradeable and public. This master thesis helps the discussion and thinking about
artistic experiences that use technologies that provides extensions of the body as an
experience in the field of Contemporary Art. / Este estudo sobre a produção artística contemporânea visa compreender
como o corpo humano é modificado a partir do contato com recursos tecnológicos,
contemplando especialmente a produção em Arte e Tecnologia. Busca discutir,
através das obras, os conceitos de pós-humano e de ciborgue, estudados e
analisados no campo da arte. As alterações ou expansões do corpo lhe atribuem
outras características, como a hibridação entre o corpo humano e as tecnologias,
transformando-o em um ciborgue. Essa concepção nomeia um corpo que possui
novos modos de comunicar-se, estabelece outras relações de poder e, mais
importante, adquire as características de ser conectável, atualizável e público. Esta
dissertação contribui para pensar e discutir as recentes experiências artísticas que
as tecnologias disponibilizam para ampliar o corpo, como experiência no campo da
Arte Contemporânea.
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