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Capital social, características do local de residência e autopercepção do estado de Saúde / Social capital, neighborhood characteristics and self rated health

Carla Graciane dos Santos 05 April 2017 (has links)
Introdução. Capital social é definido como as características das associações e cooperações humanas que podem ter efeito na saúde. Estudos realizados na última década apontam para uma associação positiva entre maior capital social e melhores indicadores de saúde. Entretanto, algumas características da vizinhança de residência podem atuar como mediadores dessa associação, um tema ainda pouco analisado na literatura científica. Estudos nessa área podem ajudar a melhor entender o efeito do capital social em uma sociedade com altos índices de desigualdade e violência, como é o caso da brasileira. Objetivo. Analisar se as características da vizinhança atuam como mediadores da associação entre o capital social e a autopercepção de saúde. Metodologia. Foram usados os dados da linha de base (2008-2010) do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). O ELSA-Brasil é uma coorte multicêntrica, composta por 15.105 funcionários públicos, ativos e aposentados, de ambos os sexos e com idades entre 35-74 anos vinculados a seis diferentes instituições de ensino e pesquisa brasileiras. As variáveis independentes de interesse foram os domínios de apoio social e de prestígio e educação e de coesão social de vizinhança individual, todos analisados no nível individual. Para a análise dos efeitos da vizinhança foram considerados apenas os indivíduos residentes no mesmo endereço há pelo menos cinco anos. As características de vizinhança estudadas foram: ambiente para atividade física, disponibilidade de alimentos saudáveis, segurança, violência percebida e vitimização. Modelos regressão logísticos foram sequencialmente ajustados para cada uma das características de vizinhança de interesse. Resultados. Os modelos apontam para uma associação consistente entre indicadores mais elevados de apoio e coesão social de vizinhança e melhor autopercepção de saúde, mesmo após o ajuste pelas características do local de residência. Por outro lado, a dimensão referente a prestigio e educação não apresentou uma associação significativa com a situação de saúde em nenhum dos modelos. O apoio social apresentou, na maioria dos modelos, um odds ratio (OR) de 0,81 (95 por cento , IC: 0,69-0,95) em indivíduos com apoio social moderado e OR de 0,62 (95 por cento , IC: 0,52-0,74) em indivíduos com apoio social elevado, mesmo após o controle pelas características da vizinhança. A coesão social da vizinhança também não apresentou modificação em seus efeitos e manteve para a maioria dos modelos um OR de 0,76 (95 por cento , IC: 0,67 0,85) para os indivíduos com coesão social moderada e OR de 0,82 (95 por cento , IC: 0,72 0,93) para os indivíduos com coesão social elevada. Apesar de todas as características de vizinhança terem apresentado associação significativa com a autopercepção de saúde, nenhuma causou modificação significante na associação entre os domínios de capital social e autopercepção de saúde. Conclusão. As características de vizinhança não alteraram significativamente a associação entre capital social e autopercepção de saúde, o que aponta para um efeito do capital social na saúde independentemente das características do local de residência. Entretanto, novos estudos são necessários para que os detalhes dos mecanismos envolvidos, principalmente em relação à possibilidade de causalidade reversa e ao tempo de exposição à vizinhança, sejam plenamente elucidados / Introduction. Social capital can be defined as the characteristics of human associations and cooperation that may have an effect on people\'s health. Studies conducted in the last decade point to a positive association between higher social capital and better health indicators. However, some characteristics of the neighborhood in which people live can act as mediators of this association, an area not yet analyzed in the scientific literature. Studies that analyze this association can help to improve the understanding of the effect of social capital in a society with high levels of inequality and violence, as is the Brazilian society. Objective. The aim of this thesis is to analyze whether neighborhood characteristics act as mediators of the association between social capital and self-perception of health. Methodology. Baseline data (2008-2010) from the Brazilian Longitudinal Study for Adult Health (ELSA-Brasil) was analyzed. ELSA-Brasil is a multi-center cohort of 15,105 active and retired civil servants of both sexes aged between 35-74 years linked to six different Brazilian teaching and research institutions. The multiple variables were the domains of social support, prestige and education and social cohesion of individual neighborhood, all analyzed at the individual level. For the analysis of neighborhood effects, only individuals residing at the same postal address for at least five years were included. The neighborhood characteristics studied were: physical activity environment, availability of healthy foods, safety, perceived violence and victimization. Logistic regression models were sequentially adjusted for each of the neighborhood characteristics of interest. Results. The models point to a consistent association between both higher support indicators and social neighborhood cohesion with better health status, even after adjusting for neighborhood characteristics. On the other hand, the dimension of prestige and education did not present a significant association with health situation in any of the models. Social support presented an odds ratio (OR) of 0.81 (95 per cent , CI: 0.69-0.95) for individuals with moderate social support and an OR of 0.62 (95 per cent CI, CI: 0.52-0.74) for individuals with high social support, even after controlling for neighborhood characteristics. Neighborhood social cohesion also did not presented modifications in its effects and remained stable in most OR models: 0.76 (95 per cent CI 0.67-0.85) for individuals with moderate social cohesion and 0,82 (95 per cent , CI: 0.72-0.93) for individuals with high social cohesion. Although all neighborhood characteristics presented a significant association with self-perception of health, none caused a change in the association between social capital domains and self- perception of health. Conclusions. The results indicate that neighborhood characteristics did not significantly alter the association between social capital and self-perception of health, which points to an effect of social capital on health regardless of neighborhood characteristics. However, new studies are needed in order to fully elucidate the details of the mechanisms involved, especially in relation to reverse causation and exposure time within a neighborhood
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Mudanças no hábito de fumar e ganho de peso gestacional : um estudo de coorte em capitais brasileiras / Smoking cessation and prenatal weight gain

Favaretto, Ana Lenise Ferreira January 2001 (has links)
Objetivo: Avaliar a influência de mudanças no hábito de fumar sobre o ganho de peso gravídico materno. Métodos: Foram entrevistadas 5.564 gestantes com 20 anos ou mais, sem diabetes mellitus prévio em serviços de pré-natal geral de seis capitais brasileiras, entre 1991 e 1995, e acompanhamos, através de revisão de prontuários, as gestações até o parto, identificando 4.000 gestantes com peso pré-gravídico relatado, peso medido no terceiro trimestre, hábito de fumar e época de sua eventual modificação, quando disponíveis. Resultados: Entre as gestantes ex-fumantes (915, 23% do total), 240 (26%) pararam de fumar durante a gravidez. A mediana de cigarros/dia das que continuaram fumantes (717, 18%) foi reduzida de 10 para 5 após o início da gravidez. Após ajustar para idade, escolaridade, cor da pele, IMC pré-gravídico, paridade e centro clínico, as ex-fumantes ganharam 1.030 g (IC95% 590 a 1.460) a mais que as nunca fumantes, sendo maior a diferença (1.540, IC95% 780 a 2.300 g) nas que pararam após a concepção. O ganho do peso na gravidez se correlacionou, tanto em fumantes quanto em ex-fumantes, com o número de cigarros diminuídos na gravidez. Conclusão: Diminuir ou parar de fumar na gravidez, embora importante para uma gestação saudável, é fator de risco para ganho de peso materno. / Objective: Evaluate the association of changes in smoking habit with maternal weight gain. Methods: We interviewed 5564 pregnant women > 20 years, without prior diabetes mellitus, during a second trimester pre-natal visit in general prenatal care clinics in 6 Brazilian cities, from 1991 to 1995, and followed them, through chart review, to term. We now report associations in the 4000 women who had complete information concerning pre-pregnancy and 3rd trimester weight, smoking status and its eventual changes during pregnancy. Results: Of women who stopped smoking (915, 23% do total), 240 (26,2%) stopped during pregnancy. The median number of cigarettes smoked/day among those who continued (717, 18%) decreased from 10 to 5 with pregnancy. In linear regression models adjusting for age, educational level, ethnicity, pre-pregnancy body mass index, parity and clinical center, exsmokers gained 1030 (95%CI 590 – 1460) grams more than never smokers, this difference being greater – 1540 (95%CI 780 – 2300) grams – in those who quit while pregnant. The size of weight gain in both smokers and ex-smokers was proportional to the quantitative reduction in daily number of cigarettes smoked during pregnancy (p=0.007). Conclusion: Stopping to smoke or decreasing the quantity of cigarettes smoked in pregnancy, although important for maternal and child health, is a risk factor for maternal weight gain.
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Avaliação comportamental do processamento auditivo em crianças aos cinco anos de idade / BEHAVIORAL AUDITORY PROCESSING ASSESSMENT IN FIVE-YEAR-OLD CHILDREN.

Santos, Fabíola Andréa Andrade dos 26 July 2012 (has links)
It is increasing number of children who presents deaf behaviors even though their hearing level is into the normal range. These behaviors characterize symptom of the Auditory Processing Disorder which may affect speech and learning development. So it is important the early identification of changes in the auditory processing, especially at preschool age, in order to eliminate and minimize future impairments. Purpose: to describe the auditory processing characteristics of a cohort of five-year-old children. Materials and Methods: a cross-sectional clinic quantitative and exploratory survey carried out with 305 children at the age of five, who are part of a 2005 birth cohort. Behavior and socioeconomic aspects and background history of diseases were searched as well as previous pregnancies and health conditions developed during pregnancy, completion of prenatal, data collection regarding delivery and birth. The evaluation was made in private and public schools through special tests: Sound Localization (SL), Non Verbal Sequential Memory (NVSM), Verbal Sequential Memory (VSM) and Cochlear Palpebral Reflex (CPR). The Chi-square test and Pearson s correlation coefficient were selected for results and risk factors analysis and correlation. Results: While 97% of the children passed in the SL test and 60.4% in the VSM test, 85.5% failed in the NVSM test. Concerning CPR, presence was observed in 99.7% of the sample and no significant difference was verified. Furthermore, no crucial difference was perceived in the results of the tests applied in the sexes and in the schools part of the study. In the quantitative analysis of correct answers, only 11.8% had right answers in all the four tests, however, there was no significant difference. Statistically significant correlation was found between the SL test and the 1st minute Apgar risk factors (p=0.09) and Cephalic Perimeter (p=0.018). Correlation was also observed with the following tests: NVSM and the variable government assistance (p=0.046), and poverty index (p=0.003) and VSM for the variable government assistance (p=0.00) and poverty income (p=0.003). In addition, statistically significant correlation between mother s education and the NVSM (p=0.019) and VSM (p=0.000) tests were found. Conclusion: It was verify a large prevalence of the alteration on auditory behavior on this sample; the adequate Cochlear Palpebral Reflex (CPR) and sound localization were present and Non Verbal Sequential Memory and Verbal Sequential Memory were changed in a significant number of children; the inappropriate conditions of pregnancy and childbirth contributed in improvement of alteration in sound localization. Lower socioeconomic conditions and low maternal education cause negatively influence on development on non-verbal sequential memory and verbal sequential memory skills. / É crescente o número de crianças que apresentam comportamentos compatíveis com perdas auditivas, mesmo possuindo limiares de audibilidade normais. Tal comportamento é característico da Desordem do Processamento Auditivo que pode comprometer a fala e o aprendizado, tornando-se importante à identificação de alterações de processamento auditivo o mais cedo possível, principalmente na fase pré-escolar, para eliminar ou minimizar os prejuízos decorrentes. Objetivo: descrever as características do processamento auditivo de uma coorte de crianças aos 5 anos de idade. Material e Método: pesquisa transversal, clínica, quantitativa e exploratória, realizada com 305 crianças de cinco anos, oriundas de uma coorte de nascimentos de 2005. Foram investigados aspectos comportamentais, socioeconômicos, história pregressa de doenças, gestações anteriores, doenças desenvolvidas durante o período gestacional, realização de pré natal, coleta de dados relativos ao parto e ao nascimento. A avaliação auditiva, realizadas nas escolas públicas e privadas, constou da aplicação de testes especiais de Localização Sonora (LS), Memória Sequencial Não Verbal (MSNV), Memória Sequencial Verbal (MSV) e Pesquisa do Reflexo Cocleopalpebral (RCP). Para análise e correlações dos resultados e fatores de riscos adotados foram utilizados os testes do Qui-quadrado de Pearson. Resultados: Na avaliação foi observado que 97% das crianças passaram no teste de LS, 60,4% no teste de MSV, enquanto que 85,5% falharam no teste de MSNV. O RCP foi observado presença em 99,7% da amostra, não sendo verificada diferença significante entre os testes utilizados. Não houve diferença significativa nos resultados dos testes aplicados entre os gêneros, assim como entre as escolas. Na análise da quantidade de acertos, dentre os quatro testes aplicados foi observado que apenas 11,8% acertaram todos os testes, no entanto, não houve diferença significativa. Foram encontradas associações estatisticamente significantes entre o teste de LS e os fatores de risco Apgar 1º minuto (p=0,09) e Perímetro Cefálico (p=0,018). Bem como ocorreu associações estatisticamente significantes com os testes de MSNV e variável auxílio do governo (p=0,046) e renda per pobreza (p=0,003) e MSV para a variável auxílio do governo (p=0,00) e renda per pobreza (p=0,003). Na sequência, foi constatado associações estatisticamente significantes entre a escolaridade materna e os testes de MSNV (p=,019) e MSV (p= ,000). Conclusões: O comportamento auditivo da maioria das crianças estudadas esteve alterado; o Reflexo Cocleopalpebral e a habilidade auditiva de localização sonora estiveram presentes e adequadas na maioria da amostra e a Memória Sequencial Não Verbal e Memória Sequencial Verbal estiveram alteradas em um número expressivo de crianças; condições ruins de gestação e de parto influenciam negativamente o desenvolvimento da habilidade auditiva de localização sonora e condições socioeconômicas familiares ruins e baixa escolaridade materna influenciam negativamente o desenvolvimento das habilidades auditivas de memória sequencial não verbal e memória sequencial verbal.
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Método de extração  de coortes em bases de dados assistenciais para estudos da doença cardiovascular / A method for the cohort selection of cardiovascular disease records from an electronic health record system

Maria Tereza Fernandes Abrahão 10 May 2016 (has links)
A informação coletada de prontuários manuais ou eletrônicos, quando usada para propósitos não diretamente relacionados ao atendimento do paciente, é chamado de uso secundário de dados. A adoção de um sistema de registro eletrônico em saúde (RES) pode facilitar a coleta de dados para uso secundário em pesquisa, aproveitando as melhorias na estruturação e recuperação da informação do paciente, recursos não disponíveis nos tradicionais prontuários em papel. Estudos observacionais baseados no uso secundário de dados têm o potencial de prover evidências para a construção de políticas em saúde. No entanto, a pesquisa através desses dados apresenta problemas característicos a essa fonte de dados. Ao longo do tempo, os sistemas e seus métodos de armazenar dados se tornam obsoletos ou são reestruturados, existem questões de privacidade para o compartilhamento dos dados dos indivíduos e questões relacionadas ao uso desses dados em um contexto diferente do seu propósito original. É necessária uma abordagem sistemática para contornar esses problemas, onde o processamento dos dados é efetuado antes do seu compartilhamento. O objetivo desta Tese é propor um método de extração de coortes de pacientes para estudos observacionais contemplando quatro etapas: (1) mapeamento: a reorganização de dados a partir de um esquema lógico existente em um esquema externo comum sobre o qual é aplicado o método; (2) limpeza: preparação dos dados, levantamento do perfil da base de dados e cálculo dos indicadores de qualidade; (3) seleção da coorte: aplicação dos parâmetros do estudo para seleção de dados longitudinais dos pacientes para a formação da coorte; (4) transformação: derivação de variáveis de estudo que não estão presentes nos dados originais e transformação dos dados longitudinais em dados anonimizados prontos para análise estatística e compartilhamento. O mapeamento é uma etapa específica para cada RES e não é objeto desse trabalho, mas foi realizada para a aplicação do método. As etapas de limpeza, seleção de coorte e transformação são comuns para qualquer RES. A utilização de um esquema externo possibilita o uso parâmetros que facilitam a extração de diferentes coortes para diferentes estudos sem a necessidade de alterações nos algoritmos e garante que a extração seja efetuada sem perda de informações por um processo idempotente. A geração de indicadores e a análise estatística fazem parte do processo e permitem descrever o perfil e qualidade da base de dados e os resultados do estudo. Os algoritmos computacionais e os dados são disponibilizados em um repositório versionado e podem ser usados a qualquer momento para reproduzir os resultados, permitindo a verificação, alterações e correções de erros. Este método foi aplicado no RES utilizado no Instituto do Coração - HC FMUSP, considerando uma base de dados de 1.116.848 pacientes cadastrados no período de 1999 até 2013, resultando em 312.469 registros de pacientes após o processo de limpeza. Para efetuar uma análise da doença cardiovascular em relação ao uso de estatinas na prevenção secundária de eventos evolutivos, foi constituída uma coorte de 27.915 pacientes, segundo os seguintes critérios: período de 2003 a 2013, pacientes do gênero masculino e feminino, maiores de 18 anos, com um diagnóstico no padrão CID-10 (códigos I20 a I25, I64 a I70 e G45) e com registro de no mínimo duas consultas ambulatoriais. Como resultados, cerca de 80% dos pacientes tiveram registro de estatinas, sendo que, 30% tiveram registro de estatinas por mais de 5 anos, 42% não tiveram registro de nenhum evento evolutivo e 9,7% tiveram registro de dois ou mais eventos. O tempo médio de sobrevida calculado pelo método Kaplan-Meier foi de 115 meses (intervalo de confiança 95% 114-116) e os pacientes sem registro de estatinas apresentaram uma maior probabilidade de óbito pelo teste log-rank p < 0,001. Conclui-se que a adoção de métodos sistematizados para a extração de coortes de pacientes a partir do RES pode ser uma abordagem viável para a condução de estudos epidemiológicos / Information collected from manual or electronic health records can also be used for purposes not directly related to patient care delivery, in which case it is termed secondary use. The adoption of electronic health record (EHR) systems can facilitate the collection of this secondary use data, which can be used for research purposes such as observational studies. These studies have the power to provide necessary evidence for the formation of healthcare policies. However, several problems arise when conducting research using this kind of data. For example, over time, systems and their methods of storing data become obsolete, data concerns arise since the data is being used in a different context to where it originated and privacy concerns arise when sharing data about individual subjects. To overcome these problems a systematic approach is required where local data processing is performed prior to data sharing. The objective of this thesis is to propose a method to extract patient cohorts for observational studies in four steps: (1) data mapping from an existing local logical schema into a common external schema over which information can be extracted; (2) cleaning of data, generation of the database profile and retrieval of indicators; (3) computation of derived variables from original variables; (4) application of study design parameters to transform longitudinal data into anonymized data sets ready for statistical analysis and sharing. Mapping is a specific stage for each EHR and although it is not the focus of this work, a detail of the mapping is included. The stages of cleaning, selection of cohort and transformation are common to all EHRs and form the main objective. The use of an external schema allows the use of parameters that facilitate the extraction of different cohorts for different studies without the need for changes to the extraction algorithms. This ensures that, given an immutable dataset, the extraction can be done by the idempotent process. The generation of indicators and statistical analysis form part of the process and allow profiling and qualitative description of the database. The set extraction / statistical processing is available in a version controlled repository and can be used at any time to reproduce results, allowing the verification of alterations and error corrections. The method was applied to EHR from the Heart Institute - HC FMUSP, with a dataset containing 1,116,848 patients\' records from 1999 up to 2013, resulting in 312,469 patients records after the cleaning process. An analysis of cardiovascular disease in relation to statin use in the prevention of secondary events was defined using a cohort selection of 27,915 patients with the following criteria: study period: 2003-2013, gender: Male, Female, age: >= 18 years old, at least 2 outpatient visits, diagnosis of CVD (ICD-10 codes: I20-I25, I64-I70 and G45). Results showed that around 80% of patients had a prescription for statins, of which 30% had a prescription for statins for more than 5 years. 42% had no record of a future event and 9,7% had two or more future events. Survival time was measured using a univariate Kaplan-Meier method resulting in 115 months (CI 95% 114-116) and patients without statin prescription showed a higher probability of death when measured by log-rank (p < 0.001) tests. The conclusion is that the adoption of systematised methods for cohort extraction of patients from EHRs can be a viable approach for conducting epidemiological studies
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"Avaliação da reconstituição do sistema imune em pacientes infectados pelo HIV-1 em uso de terapia anti-retroviral combinada" / Evaluation of the cardiac anatomical alterations secondary to the pulmonary emphysema: experimental study in rats

Rosangela Rodrigues 06 October 2004 (has links)
Estudo observacional em uma coorte 148 indivíduos infectados pelo HIV-1, em uso de terapia anti-retroviral, avaliando padrões de resposta imunológica, clínica e virológica em um período de 251 semanas, estratificados em três grupos de resposta virológica: Avirêmicos, Virêmicos e Virêmicos Atenuados. Este estudo observou melhor progressão clínica e imunológica foi observada no grupo Avirêmico, porém um significante ganho de linfócitos TCD4 (p < 0.013) e menor número de casos com evolução para Aids (p < 0.001) foi observado grupo Virêmico Atenuado comparado ao grupo Virêmico. / Observacional study in cohort of 148 HIV-1 infected patients under highly active antiretroviral therapy, analysed by different patterns of immunological reconstitution, clinical outcome and viral suppression in 251 weeks of follow up, estratified in Aviremic, Viremic and Virec Attenuated groups. This study observed better clinical and immunological response in Aviremic group, but Viremic Attenuated group shows a significant TCD4+ cells gain (p < 0.013) and less number of cases progressing to AIDS (p < 0.001) compared to Viremic group.
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Desigualdades sociais na sobrevida de câncer de boca e orofaringe em São Paulo / Social inequalities in the oral and oropharyngeal cancer survival in São Paulo

Felipe Fagundes Soares 13 April 2018 (has links)
Introdução. Há evidências de que a desigualdade social pode influenciar o prognóstico do câncer quando foram comparadas as taxas de sobrevida segundo o status socioeconômico, entretanto isso ainda não foi estudado no Brasil. Objetivo. Analisar a desigualdade social na determinação da sobrevida específica em um, três e cinco anos, de pacientes diagnosticados com câncer de boca e orofaringe em São Paulo. Metodologia. Utilizou-se a coorte de base hospitalar do grupo de pesquisa Genoma Clínico do Câncer de Cabeça e Pescoço (GENCAPO), à qual foram aplicados novos critérios de exclusão. Assim, foram analisados dados demográficos, socioeconômicos, comportamentais, sintomas autorreferidos e de condições clínicas de 1.154 pacientes, com diagnóstico de malignidade nas regiões de boca (C00.3-C06) e orofaringe (C09-C10), arrolados de 2001 a 2009 e acompanhados por cinco anos. A desigualdade social foi aferida pela escolaridade e a ocupação. As probabilidades acumuladas de sobrevida específica em um, três e cinco anos foram calculadas pelo método de Kaplan-Meier e as diferenças entre as curvas de sobrevida, pelo teste de Log-rank. A regressão de Cox univariada e múltipla possibilitou a análise dos fatores associados à sobrevida - Hazard Ratio (HR) com IC95%. Resultados. As probabilidades acumuladas de sobrevida específica em um, três e cinco anos para câncer de boca e orofaringe, foram de 74,72%, 49,86 e 42,46%, respectivamente. Baixa escolaridade (HR=1,25; IC95%=1,03-1,51) e realização de trabalhos manuais (HR=1,37; IC95%=1,05-1,78) foram associados à menor probabilidade de sobrevivência em cinco anos na análise não ajustada. A cor da pele preta/parda, tumor de tamanho T3 ou T4 e comprometimento de linfonodos foram fatores independentemente associados à menor sobrevida específica por câncer de boca e orofaringe em um, três e cinco anos. Disfagia e dificuldade respiratória foram associados à menor sobrevida específica em um ano. Em três anos, observou-se também a otalgia e em cinco anos, a dificuldade de deglutição. Conclusões. Foi identificada associação entre a desigualdade social, menor escolaridade e trabalho manual, à menor sobrevida em 5 anos. Esses fatores, na análise ajustada pelas características demográficas, tiveram sua associação potencialmente explicada pela cor da pele preta/parda. / Introduction. There is evidence that social inequality may influence the prognosis of cancer when comparing survival rates according to socioeconomic status, but this has not been studied in Brazil. Aim. To evaluate social inequality in the determination of one, three and five years specific survival of patients diagnosed with oral and oropharyngeal cancer in São Paulo. Methodology. A hospital-based cohort of the research group \"Clinical Genome of Head and Neck Cancer\" (GENCAPO) was used, applying new exclusion criteria. Demographic, socioeconomic, behavioral, selfreported symptoms and clinical conditions characteristics of 1,154 patients, diagnosed with malignancy in the mouth (C00.3-C06) and oropharynx (C09-C10) regions, included from 2001 to 2009 and followed up for five years, were analyzed. Social inequality was measured by schooling and occupation. The cumulative probabilities of one, three, and five years specific survival were calculated by the Kaplan-Meier method and differences between the survival curves by the log-rank test. Univariate and Multiple Cox Regression allowed to analyze the factors associated with survival - Hazard Ratio (HR) with 95% CI. Results. The accumulated probabilities of one, three and five years specific survival for oral and oropharyngeal cancer were 74.72%, 49.86 and 42.46%, respectively. Low schooling (HR = 1.25, 95% CI = 1.03-1.51) and manual work (HR = 1.37, 95% CI = 1.05-1.78) were associated with a lower survival probability at five years in the unadjusted analysis. Dysphagia and breathing difficulties were associated with lower one year specific survival. At three years, it was also observed earache, and at five years, swallowing difficulty. Conclusions. An association among social inequality, lower schooling and manual labor, with the lowest survival at 5 years, was identified. These results were potentially explained by black/brown skin color in the adjusted analysis for demographic characteristics.
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Riscos biológicos e aspectos cognitivos, comportamentais e emocionais de uma coorte de escolares / Biological risks and cognitive, behavioral and emotional outcomes of a cohort of school-age children

Adriana Martins Saur 26 June 2012 (has links)
Sob a perspectiva teórica da psicopatologia do desenvolvimento, a presença de riscos biológicos no desenvolvimento de uma criança, tais como o baixo peso ao nascer e a prematuridade podem maximizar condições de vulnerabilidade e, a longo prazo, influenciar sua adaptação. Ao analisar a literatura observou-se variedade de resultados quanto aos desfechos cognitivos, comportamentais e emocionais associados a tais adversidades. Neste contexto, propôs-se um estudo prospectivo de coorte, com três objetivos gerais: 1) verificar a possível associação entre aspectos cognitivos, comportamentais e emocionais de uma coorte de crianças em idade escolar, avaliadas aos 10-11 anos de idade, estratificada por três critérios: peso ao nascer (muito baixo peso MBP, baixo peso BP, peso insuficiente PI, peso normal PN e muito alto peso MAP; idade gestacional (prematuros e a termo) e tamanho ao nascer (pequenos para a idade gestacional PIG e adequados para a idade gestacional AIG); 2) identificar as variáveis preditoras para os desfechos cognitivo, comportamental e emocional da referida coorte, baseado em variáveis biológicas, clínicas e socioeconômicas e; 3) estabelecer as taxas de problemas comportamentais da coorte estudada, independente do critério adotado. Procedeu-se a avaliação de 677 crianças, aos 10-11 anos de idade, de ambos os sexos, procedentes de uma coorte de Ribeirão Preto (SP). Para a avaliação cognitiva utilizaram-se os Testes de Raven e o Desenho da Figura Humana (DFH); para a avaliação comportamental e emocional, os pais responderam ao Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ), além de um questionário complementar. Os dados foram analisados de maneira descritiva, comparativa e preditiva, por estatística não-paramétrica (p0,05). Os resultados indicaram que o peso ao nascer não se mostrou associado ao desfecho cognitivo e nem ao desfecho comportamental, com exceção da escala de hiperatividade, onde o MBP apresentou mais indicadores de problemas em comparação aos outros grupos de peso. No desfecho emocional, o grupo BP mostrou mais problemas emocionais que MBP e PN. A idade gestacional não se mostrou associada a nenhum desfecho investigado e o tamanho ao nascer se associou aos três desfechos examinados, tendo as crianças nascidas PIG apresentado mais comprometimentos cognitivos, comportamentais e emocionais em comparação às crianças nascidas AIG. Nas análises de predição, verificou-se que: a escolaridade materna e a classificação econômica foram preditoras para os três desfechos; a condição de nascimento PIG favoreceu o aumento de problemas emocionais e os meninos apresentaram mais riscos para problemas comportamentais. As taxas de identificação de problemas comportamentais foram altas, 38,2% para problemas gerais e 53,9% para sintomas emocionais. Conclui-se que o critério do tamanho ao nascer se mostrou mais específico em detectar diferenças nos desfechos avaliados de crianças em idade escolar. Destacam-se como contribuições do estudo a identificação de variáveis preditoras e as comparações incluindo fatores de risco biológicos e socioeconômicos em uma mesma coorte, estratificada por três critérios, as quais poderão subsidiar a elaboração de programas de prevenção. / Under the theoretical viewpoint of developmental psychopathology, the existence of biological risks in the development of children, such as low birth weight and prematurity, may maximize conditions of vulnerability and, in long term, bias their adaptation. In reviewing the literature it is noticed the wide range of results concerning cognitive, behavioral, and emotional outcomes associated with these hindrances. In this context, it was proposed a prospective cohort study, with three general objectives: 1) verify the possible association between cognitive, behavioral, and emotional outcomes of a cohort of school-age children, assessed at 10-11 years of age, stratified by three criteria: 1) birth weight (very low birth weight - VLBW, low birth weight - LBW, insufficient birth weight - IBW, normal birth weight NBW, and high birth weight HBW; gestational age (preterm and at term); and size at birth (small for gestational age SGA and appropriate for gestational age AGA); 2) identify the predictors for the cognitive, behavioral, and emotional outcomes, based on biological, clinical and socioeconomic variables; and 3) establish the rates of behavioral problems in the studied cohort, regardless of the criterion that was adopted. For this purpose, we evaluated 677 children, 10-11 years old, of both sexes, from a cohort of Ribeirão Preto, State of São Paulo, Brazil. For the cognitive evaluation were utilized the Raven tests and the Human Figure Drawing (HFD); for behavioral and emotional assessment, parents answered the Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ), and a supplementary questionnaire. Data were analyzed under descriptive, comparative, and predictive approaches, by using non-parametric statistics (p 0.05). Results indicated that birth weight was not associated with cognitive and behavioral outcomes, except for the hyperactivity scale, in which the VLBW had more indicators of difficulties in comparison to other weight groups. Concerning the emotional outcome the LBW group showed more emotional problems than VLBW and NBW groups. Gestational age was not associated with any of the investigated outcomes and size at birth was associated with the three outcomes examined, with children born SGA displaying more cognitive, behavioral, and emotional problems when compared to children born AGA. In the analysis of prediction, it was found that: maternal education and socioeconomic status were predictive for the three outcomes, the SGA status favored an increase in emotional problems, and boys had greater risks of behavioral problems. The rates of identification of behavioral problems were high, 38.2% for general problems and 53.9% for emotional symptoms. It is concluded that the criterion of size at birth was more accurate for detecting differences in the analyzed outcomes of school-age children. Among the contributions of this study, it is highlighted the identification of predictive variables and comparisons including factors of biological and socioeconomic risk across a single cohort, stratified by three criteria, which may support the development of prevention programs.
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Estilo de vida de trabalhadores, absenteísmo e gastos com serviços de saúde / Lifestyle factors, sick leave and health care costs

Fabiana Maluf Rabacow 03 February 2015 (has links)
Este estudo objetivou analisar a relação entre estilo de vida e absenteísmo e a relação entre estilo de vida e gastos com serviços de saúde em trabalhadores de uma empresa de viação aérea. Foi realizado um estudo longitudinal retrospectivo que avaliou 2201 trabalhadores de uma companhia aérea em São Paulo, SP. Os desfechos de interesse foram absenteísmo por doença e gastos com serviços de saúde. As variáveis independentes obtidas por entrevista foram sexo, idade, nível educacional, tipo de trabalho, estresse e fatores relacionados ao estilo de vida (índice de massa corporal, atividade física e tabagismo). Além disso, o risco para doenças coronarianas foi estimado com base nas medidas de pressão arterial, colesterol e níveis de glicemia. O número de dias de absenteísmo durante os 12 meses de seguimento foi obtido junto aos registros da companhia aérea e as informações sobre gastos com serviços de saúde foram obtidas junto à operadora de saúde responsável pelo plano de saúde dos funcionários da empresa. Foi realizada regressão logística para determinar a influência das variáveis sócio-demográficas, tipo de trabalho e estilo de vida no absenteísmo e regressão linear multivariada para estudar a associação das as variáveis independentes com gastos diretos com saúde e indiretos com absenteísmo. Durante os 12 meses de seguimento do estudo, 53.5% dos sujeitos tiveram pelo menos um episódio de afastamento por doença e entre esses, a média de absenteísmo foi de 8.3 dias de trabalho. A média de gastos por trabalhador com serviços de saúde foi de US$505. Tanto absenteísmo quanto gastos com saúde foram maiores em mulheres. Após ajuste pelas variáveis sócio demográficas, tabagismo foi associado a maior absenteísmo e excesso de peso foi associado a maiores gastos com saúde. Estes resultados reforçam a importância de ações de promoção de saúde que estimulem uma dieta saudável, atividade física e cessação do tabagismo na população estudada, a fim de controlar absenteísmo e reduzir gastos com serviços de saúde / This study aimed to analyze the relationships among lifestyle-related factors with sick leave and health care costs in workers of a Brazilian airline company. In this longitudinal study with one-year follow-up among 2201 employees of a Brazilian airline company, sick leave and health care costs were the primary outcomes of interest. Independent variables collected by interview at enrolment in the study were gender, age, educational level, type of work, stress, and lifestyle related factors (body mass index, physical activity and smoking). In addition, the risk for coronary heart disease was determined based on measurement of blood pressure, total cholesterol and glucose levels. Total number of days on sick leave during 12 months follow-up was available from the company register and information about health care costs was obtained from the health care insurance. Logistic regression analysis was used to determine the influence of socio-demographic, type of work and lifestyle-related factors on sick leave, and multivariate linear regression analysis was performed to study the association of health care costs with the independent variables. During the 12 month follow-up period, 53.5% of the subjects had at least one sickness absence episode and among them, the average sick leave was 8.3 workdays. The average expenditures per worker with health care was US$505. Both sick leave and health care costs were higher among women. After adjustment by socio-demographic variables, smoking was determinant for more days of sick leave and excess weight was determinant for higher health care costs. Physical inactivity was not associated with sick leave or health procedures total costs, but it was associated with higher odds for hospitalization. These results suggest that healthy diet, physical activity and anti-tobacco actions are important targets for health promotion in this study population, in order to reduce health care costs and productivity loss costs
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Expressão da dermicidina e correlações clínico-patológicas em melanomas malignos / Dermcidin expression and clinicopathological correlations in malignant melanoma

Beatriz Areias Sangiuliano 05 February 2016 (has links)
O melanoma cutâneo é a neoplasia de pele de maior mortalidade e grande imprevisibilidade na sua evolução. Na doença disseminada, as opções terapêuticas são pouco eficazes. A pesquisa de novos marcadores tumorais permite a melhor compreensão da patogênese do melanoma e possibilita a descoberta de alvos moleculares. A proteína Dermicidina (DCD) foi identificada entre os 9 genes de uma assinatura gênica de predição de diagnóstico clínico do melanoma humano, porém vários autores divergem sobre o papel desta na doença e os mecanismos moleculares pelos quais a DCD atua nos tumores permanecem incertos. O presente estudo teve como objetivo investigar o papel da DCD na tumorigênese do melanoma maligno e correlacionar sua expressão com dados clínicos, demográficos e patológicos dos pacientes. Através da técnica de imuno-histoquímica em lâminas de TMAs (tissue-microarray), o padrão de expressão de DCD foi analisado em tecido tumoral de duas coortes de pacientes, a primeira com 53 casos tratados no Hospital A.C. Camargo, predominantemente caucasianos, e a segunda com 48 casos, todos asiáticos, obtidos comercialmente da empresa IMGENEX. A análise in situ da Dermicidina mostrou que a proteína está expressa de forma heterogênea nas células tumorais, e pode ocorrer tanto em tumores amelanocíticos como melanocíticos. Em melanomas primários, a expressão de DCD foi mais frequente em tumores localizados nas regiões do tronco e membros superiores, já nas metástases, a proteína foi detectada predominantemente em células em transito nos linfonodos (69,23% dos casos). Analisando os resultados dos 101 pacientes das duas coortes em conjunto, pelo método de Kaplan-Meier, foi confirmado que nos indivíduos com tumores DCD-negativo, a taxa de sobrevida foi de 65,54% em 60 meses, e de 62,86% em 130 meses. Já indivíduos com tumor DCD-positivo tiveram sobrevida de 43,33% em 5 anos, e 28,12% em 130 meses, sendo a diferença significante entre os grupos (p=0,0229). A taxa de óbito dos pacientes com tumor DCD-positivo foi mais elevada, 56%, quando comparada à taxa dos indivíduos com tumor DCDnegativo, 33,33% (p=0,0281). Também foi encontrada uma tendência de tumores expressando DCD se relacionarem a pacientes com idade superior a 50 anos (p=0,1057). Em uma consulta de 4 estudos diferentes que reuniram os dados de sequenciamento de DNA de tumores de 515 pacientes, observamos que o gene DCD, em melanomas, não se encontra predominantemente amplificado, mas sim mutado. A substituição E43K foi a alteração mais frequente, correspondendo a 70% dos casos com mutação no gene. Ao relacionarmos os casos disponíveis de mutação em DCD com os genes BRAF, NRAS, MITF, CDKN2A e ERBB4, encontrou-se uma associação com a mutação BRAF V600E nos casos em que ocorria a mutação DCD E43K. Por ter alta frequência em melanomas (variando entre 45 e 54%), e ser um indicador de pior prognóstico para a neoplasia, a expressão de DCD pode ser considerada um potencial biomarcador / Cutaneous melanoma is the skin neoplasia with the highest mortality rate and great unpredictability in its evolution. In disseminated disease, the treatment options are little effective. The research for new tumor markers allows a better understanding of the pathogenesis of melanoma and enables the discovery of molecular targets. The Dermcidin protein (DCD) was identified among the nine genes of a gene signature predicting clinical diagnosis of human melanoma, although many authors differ on its role in the disease and the molecular mechanisms by which DCD acts in tumors remain unclear. The present study aimed to investigate the role of DCD in the tumorigenesis of malignant melanoma and to correlate its expression with clinical, demographic and pathologic data of patients. Using the technique of immunohistochemistry in TMA slides (tissue microarray), the expression pattern of DCD was analyzed in tumoral tissue of two cohorts of patients, the first with 53 cases treated in hospital AC Camargo, predominantly caucasians, and the second with 48 cases, all Asians, commercially obtained from IMGENEX company. The in situ analysis of Dermcidin showed that the protein is expressed in a heterogeneous manner in tumor cells, and can occur in non-melanocytic as well as in melanocytic tumors. In the primary melanoma, DCD expression was more seen in tumors located in the regions of torso and upper limbs. In the metastases, the protein was found predominantly in cells in transit in the lymph nodes (69.23% of cases). Analyzing the 101 patients of the two cohorts together, by the Kaplan-Meier method, it was confirmed that patients with DCD-negative, the survival rate was 65.54% in 60 months, and 62.86% in 130 months, while the group of patients with DCD-positive tumor had 43.33% in 5 years, and 22.12% in 130 months, knowing that a difference between the groups was significative (p=0.0229). The death rate of patients with DCD-positive tumor was higher, 56%, when compared with the death rate of individuals with DCD-negative tumor, 33.33% (p=0.0281). It was also found a trend of tumors expressing DCD related to patients older than 50 years (p=0.1057). In a search of 4 different studies grouping the DNA sequencing tumor of 515 patients we observed that the DCD gene, in melanoma, is not predominantly amplified, but mutated. The E43K substitution was the most frequent alteration, corresponding to 70% of cases of gene mutation. When comparing the available cases of mutations in DCD with the genes BRAF, NRAS, MITF, CDKN2A, ERBB4, we found an association with the BRAF V600E mutation in cases where occurred the DCD E43K. By having high frequency in melanomas (ranging between 45 and 54%) and being an indicator of poor prognosis for the neoplasia, DCD expression can be considered as a potential biomarker
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Gordura visceral medida por DXA está associada com risco aumentado de fraturas não vertebrais em mulheres idosas não obesas: São Paulo Ageing e Health (SPAH) Study / Visceral fat measured by DXA is associated with increased risk of non-spine fractures in nonobese elderly women: São Paulo Ageing & Health (SPAH) Study

Luana Gerheim Machado 06 October 2017 (has links)
Introdução: O papel protetor da obesidade sobre a saúde óssea tem sido questionado, uma vez que a gordura visceral apresenta um efeito deletério sobre o osso. No entanto, até o momento, não existem estudos que avaliaram a associação entre a gordura visceral medida por absorciometria por dupla energia de raios X (DXA) com o risco de fraturas. Objetivo: Investigar a associação entre gordura visceral medida por DXA e incidência de fraturas não vertebrais em mulheres idosas da comunidade. Métodos: Este estudo de coorte longitudinal prospectivo de base populacional avaliou 433 mulheres com 65 anos ou mais. Um questionário clínico, incluindo história pessoal de fratura não vertebral por fragilidade foi realizado na avaliação inicial e após um tempo médio de seguimento de 4,3 anos. Todas as fraturas incidentes durante este período foram confirmadas por radiografia da região afetada. O tecido adiposo visceral (VAT) foi medido na região androide por DXA de corpo total através de um software específico. Modelos de regressão logística foram utilizados para avaliar a associação entre gordura visceral e fraturas não vertebrais. Resultados: A média de idade era de 72,8 ± 4,7 anos e 28 fraturas não vertebrais osteoporóticas foram identificadas após um período médio de seguimento de 4,3 ± 0,8 anos. De acordo com a classificação de Lipschitz para o estado nutricional de idosos, 38,6% das mulheres eram não obesas (IMC <= 27 kg/m²) e 61,4% foram consideradas como sobrepeso/obesas (IMC > 27 kg/m²). Após o ajuste para idade, raça, fratura prévia e densidade mineral óssea (DMO), o VAT (massa, área e volume) teve uma associação significativa com a incidência de fraturas não vertebrais apenas em mulheres idosas não obesas (VAT massa: OR 1,42, IC 95% 1,09-1,85, p = 0,010; VAT área: OR 1,19, IC 95% 1,05-1,36, p = 0,008; VAT volume: OR 1,40, IC 95% 1,09-1,80, p = 0,009). Conclusão: Este estudo sugere um efeito negativo da adiposidade visceral sobre a saúde óssea em mulheres não obesas. / Introduction: The protective effect of obesity on bone health has been questioned because visceral fat has been demonstrated to have a deleterious effect on bone. However, to date, there have been no studies evaluating the association between visceral fat measured by dual-energy Xray absorptiometry (DXA) with fracture risk. Objective: The aim of this study was to investigate the association of visceral fat measured by DXA with the incidence of non-spine fractures in community-dwelling elderly women. Methods: This longitudinal prospective population-based cohort study evaluated 433 community-dwelling women aged 65 years or older. A clinical questionnaire, including personal history of a fragility fracture in non-spine osteoporotic sites, was administered at baseline and after an average of 4.3 years. All incidences of fragility fractures during the study period were confirmed by affected-site radiography. Visceral adipose tissue (VAT) was measured in the android region of a whole-body DXA scan through a specific software. Logistic regression models were used to estimate the relationship between visceral fat and non-spine fractures. Results: The mean age was 72.8 ± 4.7 years, and 28 incident non-spine osteoporotic fractures were identified after a mean follow-up time of 4.3 ± 0.8 years. According to the Lipschitz classification for nutritional status in the elderly, 38.6% of women were nonobese (BMI <= 27 kg/m²) and 61.4 % were obese/overweight (BMI > 27 kg/m²). After adjusting for age, race, previous fractures, and bone mineral density (BMD), VAT (mass, area, volume) had a significant association with the incidence of non-spine fractures only in nonobese elderly women (VAT mass: OR 1.42, 95 % CI 1.09-1.85, p = 0.010; VAT area: OR 1.19, 95 % CI 1.05-1.36, p = 0.008; VAT volume: OR 1.40, 95 % CI 1.09-1.80, p = 0.009). Conclusion: This study suggests a potential negative effect of visceral adiposity on bone health in nonobese women

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