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O trabalho do agente comunitário de saúde no município de Marília - SP /

Peres, Cássia Regina Fernandes Biffe. January 2006 (has links)
Resumo: O presente estudo objetiva descrever e analisar a situação de trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) de Marília/SP, em sua relação com a população e com os demais profissionais de saúde, mediante procedimento metodológico quanti-qualitativo. Na abordagem quantitativa, para a caracterização do perfil do ACS, os dados foram coletados por questionário e, na qualitativa, realizou-se entrevista semi-estruturada com 16 ACS. Para a análise dos dados da entrevista foi utilizada a técnica de análise de conteúdo e construidas oito categorias empiricas: a) o significado de ser ACS; b) a notivação de ser ACS; c) ações desenvolvidas; d) facilidades e e) dificuldades no trabalho com as familias;... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The present paper is aimed at describing and analyzing the labor situation of Community Health Agents (CHA) in Marília/SP and also their relation with the population and the other health professionals by means of a quantitative/qualitative methodological procedure. In order to characterize the CHA profile, for the quantitative approach, the data were collected through a questionnaire and semi-structured interview was conducted with the 16 CHA for the qualitative approach. The content technique was used to analyze the interview data and eight empirical categories were constructed: a) the motivation to be CHA; b) the meaning of being CHA; c) developed actions; d) facilities and e) difficulties to work with the families; f) facilities and g) difficulties to work with the team; h) expectations. Out of 339 CHA, 303 answered the questionnaire. It was noticed that 59,4% of them act in Basic Health Unities and 39,3% in Family Health Unities; the majority is formed by young women (90,8% - mean age: 32,5 years) and 86,1% of them had finished the elementary school. The mean time of acting in the health unity, as CHA, was of 27 months and the time of neighborhood living is of 13,8 years. The prevailing professional education is in the health areas (16,2%) and in education (14,3%); 73 of them were studying and most of them in the nursing area. Most of them (90,1%) did not have previous acting as CHA neither had developed community work (78,8%). The main reason for choosing the CHA activity was the unemployment, although few of them were aware of their attributions. The CHA consider themselves as educators and mediators between the health unity and the community. They register overload of work due to the lack of c1arity about their roles to themselves, to the health team, and to the population in general. The CHA develop actions according to the abilities expected from them ... (Complete abstract, click eletronic address below) / Orientador: Antonio Luiz Caldas Júnior / Coorientador: Roseli Ferreira da Silva / Mestre
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O trabalho do agente comunitário de saúde no município de Marília - SP

Peres, Cássia Regina Fernandes Biffe [UNESP] January 2006 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:29:35Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2006Bitstream added on 2014-06-13T19:17:56Z : No. of bitstreams: 1 peres_crfb_me_botfm_prot.pdf: 1036802 bytes, checksum: ed57bf60f38662d03816d0b64c128ed7 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / O presente estudo objetiva descrever e analisar a situação de trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) de Marília/SP, em sua relação com a população e com os demais profissionais de saúde, mediante procedimento metodológico quanti-qualitativo. Na abordagem quantitativa, para a caracterização do perfil do ACS, os dados foram coletados por questionário e, na qualitativa, realizou-se entrevista semi-estruturada com 16 ACS. Para a análise dos dados da entrevista foi utilizada a técnica de análise de conteúdo e construidas oito categorias empiricas: a) o significado de ser ACS; b) a notivação de ser ACS; c) ações desenvolvidas; d) facilidades e e) dificuldades no trabalho com as familias;... / The present paper is aimed at describing and analyzing the labor situation of Community Health Agents (CHA) in Marília/SP and also their relation with the population and the other health professionals by means of a quantitative/qualitative methodological procedure. In order to characterize the CHA profile, for the quantitative approach, the data were collected through a questionnaire and semi-structured interview was conducted with the 16 CHA for the qualitative approach. The content technique was used to analyze the interview data and eight empirical categories were constructed: a) the motivation to be CHA; b) the meaning of being CHA; c) developed actions; d) facilities and e) difficulties to work with the families; f) facilities and g) difficulties to work with the team; h) expectations. Out of 339 CHA, 303 answered the questionnaire. It was noticed that 59,4% of them act in Basic Health Unities and 39,3% in Family Health Unities; the majority is formed by young women (90,8% - mean age: 32,5 years) and 86,1% of them had finished the elementary school. The mean time of acting in the health unity, as CHA, was of 27 months and the time of neighborhood living is of 13,8 years. The prevailing professional education is in the health areas (16,2%) and in education (14,3%); 73 of them were studying and most of them in the nursing area. Most of them (90,1%) did not have previous acting as CHA neither had developed community work (78,8%). The main reason for choosing the CHA activity was the unemployment, although few of them were aware of their attributions. The CHA consider themselves as educators and mediators between the health unity and the community. They register overload of work due to the lack of c1arity about their roles to themselves, to the health team, and to the population in general. The CHA develop actions according to the abilities expected from them ... (Complete abstract, click eletronic address below)
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Agentes Comunitários de Saúde: trabalho e formação profissional numa perspectiva emancipatória / Community Health Agents: work and professional formation in a emancipatory perspective

Roberta Rodrigues de Alencar Mota 08 March 2010 (has links)
Este estudo tem por objeto a trajetória profissional e de escolarização do Agente Comunitário de Saúde (ACS), entendendo a escolarização como um processo de avançar no aprendizado dentro da escola formal e não apenas na formação profissional. Entende-se o trabalho como um princípio emancipatório, mas ao mesmo tempo repleto de contradições e, ainda, campo de exploração, na lógica do modelo de acumulação em curso. O objetivo geral do estudo é descrever e discutir a trajetória de trabalho, formação e escolarização dos Agentes Comunitários de Saúde inseridos na Área Programática 5.2 (AP 5.2). O estudo apresenta uma abordagem qualitativa, com base nas narrativas sobre o trabalho e vida dos ACS e o método de análise dos dados foi de base interpretativa com apoio do referencial da Hermenêutica-Dialética. Além disso, foi obtido um perfil quantitativo de escolaridade de todos os ACS. O campo da pesquisa foi a AP 5.2, no município do Rio de Janeiro. Os resultados evidenciam ampliação significativa em todas as faixas de escolaridade desses ACS após o início do trabalho. As razões apontadas para o ingresso no trabalho de ACS estão relacionadas à oportunidade de ingresso ou reingresso no mercado formal de trabalho e a proximidade da residência. A desvalorização e a falta de reconhecimento são apontadas como os principais motivos para os ACS deixarem a profissão. Alguns sujeitos apontaram como provisório o trabalho de ACS e sua permanência está vinculada a falta de outras perspectivas e também a sua identificação com o trabalho comunitário, remetendo a um caráter de dádiva. O princípio emancipatório do trabalho também foi apontado por alguns sujeitos, já que o trabalho propiciou a retomada de antigos objetivos, no caso, voltar a estudar. Também foram encontrados achados da influência do enfermeiro no trabalho do ACS e na sua opção profissional. Parece haver um desejo deste trabalhador em mudar de função, porém continuando na área da saúde, mas a garantia dessa mudança só será possível com uma ordem social mais justa. Com base nos resultados e no referencial teórico, conclui-se que o ACS deve ser olhado não apenas como um trabalhador que reproduz um modelo de relação de trabalho, mas que, como membro das classes populares, permite pensar mudanças a partir do conceito de inédito viável. Sua permanência como ACS e a garantia de que se cumpra a proposta de mudança indicada pela Estratégia de Saúde da Família (ESF) depende do reconhecimento técnico e político desse trabalhador. / This study focuses on the professional development and education of the Community Health Agent, understanding education as a process of progress in learning within the formal school and not just in the professional formation. Work is understood as an emancipation principle, at the same time full of contradictions, and also an exploitation field, in the ongoing logic of capital accumulation. Main objective was to describe and discuss work, training and education of the Community Health Agents in the Program Area 5.2 of Rio de Janeiro city. The study was carried out in a qualitative approach based on narratives about subjects life and work, and of data analysis method had theoretical support of hermeneutics-dialectics interpretation. In addition, a quantitative education profile was obtained. Results showed significant increase in all levels of Agents formal education after they start working. The reasons given for entry into the work as Health Agent are related to the entry into or return to formal labor market and the proximity of the residence. Depreciation and lack of recognition are identified as main reasons for them to leave the profession. Some subjects considered the Agents work as temporary, and their remaining is linked to lack of other perspectives, as also their identification with communitarian work, evidencing characteristics of the gift. The emancipation principle of labor was also mentioned by some subjects, since the work enabled the resumption of old objectives, in the case, to return to school. Also were found the influence of nurses in the Agents work and their choice of subsequent profession. A desire to change their function seems to be present, but they still make professionals choices in the health area. However, these choices will only be possible within a more fair social order. Based on Paulo Freires concept of viable unprecedented, conclusion is that the Community Health Agent should be regarded not only as a worker who plays a type of employment relationship, but, as a member of the popular classes, able to suggest and develop transformation actions. Their remaining as Health Agents, ensuring the accomplishment of the proposed changes recommended by Family Health Strategy depends on both technical and political recognition of this worker.
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Estudo epidemiológico e genético da deficiência física em populações do nordeste brasileiro

Monteiro, Karolinne Souza 06 July 2015 (has links)
Submitted by Jean Medeiros (jeanletras@uepb.edu.br) on 2017-11-27T12:08:46Z No. of bitstreams: 1 PDF - Karolline Souza Monteiro.pdf: 24348787 bytes, checksum: 89420de2cfe204c1a7769d54b4d7e350 (MD5) / Approved for entry into archive by Secta BC (secta.csu.bc@uepb.edu.br) on 2017-12-06T18:43:10Z (GMT) No. of bitstreams: 1 PDF - Karolline Souza Monteiro.pdf: 24348787 bytes, checksum: 89420de2cfe204c1a7769d54b4d7e350 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-12-06T18:43:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PDF - Karolline Souza Monteiro.pdf: 24348787 bytes, checksum: 89420de2cfe204c1a7769d54b4d7e350 (MD5) Previous issue date: 2015-07-06 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Introduction: The states of Northeastern Brazil have high frequency of consanguineous marriages, which contributes to the increased frequency of physical disabilities associated with genetic diseases of recessive inheritance. Objective: The aim of this study was to develop tools to investigate the etiologic factors associated with physical disability and perform the clinical, genetic, as necessary, and functional diagnosis of individuals with physical disabilities in two municipalities. Methodology: The first descriptive and quantitative study developed an information collection instrument on people with disabilities and compared data collected by 37 community health agents with those obtained by researchers to evaluate the reliability of information. Data were analyzed using the SPSS 22.0 software. Frequency distribution tables were constructed for categorical variables and means for numeric variables. The inter-observer simple agreement percentage for records groups and Kappa (κ) were used to calculate the inter-observer agreement of etiological approach groups. In the second population-based study, a sample of 139 people with physical disabilities was assessed from the clinical-genetic and functional point of view to assess the contribution of different etiological factors in its determination. Data were analyzed using the SPSS 22.0 software adopting significance level of 5%. Frequency, prevalence and prevalence ratio of data were calculated. Results: Health agents underestimated the prevalence of physical disability in relation to researchers, although the information agreement for the classification categories has been above 80%, with Kappa of 0.582 (p <0.001). Related couples are 3.26 more likely to have children with physical disability compared to unrelated couples. Environmental or acquired factors cause 47.40% of disabilit ies and external causes are the most prevalent; genetic etiology disabilit ies accounted for 16.50% of the sample, and genetic syndromes and congenital malformations are the most prevalent; 22.30% had multifactorial origin such as stroke and kyphoscoliosis, and 13.66% remained undiagnosed. Most individuals with disabilities were independent and could perform activities of daily living in a modified form. As for the demand for assistive technology and rehabilitation services, only 7.20% received physiotherapy care, 70.50% needed equipment; however, only 41.00% had it at the time of interview. Conclusion: The results show that it is possible to qualify the information collected about people with physical disabilities by improving current strategies and information systems in primary care. Due to consanguineous marriages, populations from northeastern Brazil have higher prevalence of this type of disability and need genetic counseling services and greater coverage by rehabilitation services and assistive technology. / Introdução: Os estados do Nordeste brasileiro possuem elevada frequência de casamentos consanguíneos, o que contribui para o aumento da frequência de deficiências físicas associadas às doenças genéticas de herança recessiva. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi desenvolver instrumentos para investigar os fatores etiológicos associados à deficiência física e realizar o diagnóstico clínico, genético, quando necessário, e funcional de indivíduos com deficiência física em dois municípios da região. Metodologia: No primeiro estudo, descritivo e de abordagem quantitativa, foi desenvolvido um instrumento de coleta de informação sobre pessoas com deficiência física e foram comparados os dados colhidos por 37 Agentes Comunitários de Saúde em relação aos obtidos por pesquisadores para avaliação de confiabilidade dessa informação. Os dados foram analisados no software SPSS 22.0. Foram construídas tabelas de distribuição de frequência para as variáveis categóricas e médias para as numéricas. Utilizou-se o percentual simples de concordância inter observador para os grupos da ficha, e a estatística Kappa (κ) para cálculo da concordância inter observadores dos grupos de aproximação etiológica. No segundo estudo, de base populacional, uma amostra de 139 pessoas com deficiência física foi avaliada sob o ponto de vista clínico-genético e funcional para avaliar a contribuição de diferentes fatores etiológicos na sua determinação. Os dados foram analisados no software SPSS 22.0, adotando-se o nível de significância de 5%. Calculou-se a freqüência, prevalência e a razão de prevalência dos dados. Resultados: Os agentes subestimaram a prevalência de deficiência física em relação aos pesquisadores, embora a concordância da informação para as categorias de classificação tenha sido superior a 80%, com Kappa de 0,582 (p<0,001). Os casais aparentados possuem 3,26 vezes mais filhos com algum tipo de deficiência em comparação aos casais não consanguíneos. Os fatores ambientais ou adquiridos causam 47,40% das deficiências, sendo as causas externas as mais prevalentes; as deficiências de etiologia genética corresponderam a 16,50% da amostra, sendo as mais prevalentes as síndromes genéticas e as malformações congênitas; 22,30% tiveram origem multifatorial, como o acidente vascular encefálico e a cifoescoliose, e13,66% permaneceram sem diagnóstico. A maior parte das pessoas com deficiência avaliadas era independente e conseguiam realiza, ainda de forma modificada, as atividades da vida diária. Quanto às demandas por tecnologia assistiva e serviços de reabilitação, apenas 7,20% recebiam atendimento fisioterapeutico, 70,50% necessitavam de equipamentos, no entanto, só 41,00% possuíam no momento da entrevista. Conclusão: Os resultados desta pesquisa mostram que é possível qualificar a informação colhida sobre pessoas com deficiência física melhorando e aperfeiçoando as estratégias e sistemas de informação já existentes na Atenção Básica. As populações do nordeste brasileiro, devido à consanguinidade, possuem maior prevalência desse tipo de deficiência e necessitam de serviços de aconselhamento genético e maior número de serviços de reabilitação e de tecnologia assistiva.
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O agente comunitário de saúde e a saúde mental: percepções e ações na atenção às pessoas em sofrimento mental / The community health agent and mental health: perceptions and actions in mental health people attention

Gianne Carvalho de Sousa 22 May 2007 (has links)
A inserção de ações da Saúde Mental no Programa Saúde da Família (PSF) é recente e está restrita a alguns locais. O conhecimento existente acerca das atividades das Equipes de Saúde Mental no PSF é escasso, assim como sobre a atuação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) no âmbito da Saúde Mental. Nessa perspectiva, a presente investigação, de natureza qualitativa, teve como objetivo verificar as concepções do ACS a respeito do sofrimento mental e identificar as ações que realiza após detectar pessoas com este tipo de sofrimento no território em que desenvolve suas atividades. O estudo foi norteado pelos pressupostos da estratégia do Programa Saúde da Família, da Reforma Psiquiátrica e da Vulnerabilidade. Os dados foram coletados através de entrevistas individuais e semi-estruturadas, com doze ACS de Unidades de Saúde da Família (USF) da região sudeste do município de São Paulo. Na análise temática dos dados foram definidos dois núcleos temáticos: a compreensão do sofrimento mental e as práticas dos ACS na atenção em saúde mental do PSF. As concepções sobre sofrimento mental estão relacionadas às formas de identificação, suas causas e tratamentos. O ACS identifica as situações de sofrimento mental através de solicitações dos usuários, por meio de informações das pessoas da comunidade e através da observação dos comportamentos das pessoas. Dentre as várias causas do sofrimento mental, os ACS destacam, como principais, as condições socioeconômicas, configuradas por uma vida marcada por privações e violência. As ações realizadas pelos ACS, no âmbito da Saúde Mental, são: complementar e aprofundar as informações sobre as famílias com pessoas em sofrimento mental, compartilhá-las com a Equipe de Saúde da Família e Equipe de Saúde Mental e participar da elaboração e execução das estratégias de atenção às famílias. Para o ACS estas estratégias devem contemplar, principalmente, a utilização de psicofármacos e a realização de atividades (trabalho, estudo, caminhadas entre outras). Os ACS referiram a emergência de sentimentos na atenção às pessoas em sofrimento mental, que podem compor barreiras a seu trabalho, como: medo de serem agredidos e de agirem de forma incorreta e dificuldades em se relacionar com o sofrimento das pessoas. Os ACS sugerem que haja mais capacitação e apoio para o desenvolvimento de seu trabalho. Conclui-se que as concepções dos ACS sobre sofrimento mental orientam a identificação das pessoas nessa situação, principalmente aquelas que não chegam espontaneamente aos serviços de saúde. A condição dos ACS, de moradores do mesmo território em que trabalham, lhes proporciona um conhecimento diferenciado sobre o contexto das famílias, que muito contribui na identificação das situações de sofrimento mental bem como da elaboração das estratégias de ação. Pelas ações que desenvolvem no território, como promoção e atenção às pessoas com sofrimento mental e suas famílias, os ACS podem ser considerados protagonistas da Reforma Psiquiátrica Brasileira. Assim, a ampliação das ações de saúde mental no PSF deveria ocorrer em todo o território brasileiro / The introduction of Mental Health Team (MHT) in the Family Health Program (FHP) is recent and restricted to a few places. The knowledge about MHT activities in the FHP is limited and so are the Community Health Agents (CHA) actions in mental health area. From this perspective, the present qualitative research aimed to examine the CHA conceptions about mental illness people and identify their actions after discovering people with this kind of illness in their work area. The research was based on the Family Health Program strategies, Brazilian Psychiatric Reform and Vulnerability. The data were collected from individual and semi-structured interviews with twelve CHA of Family Health Center (FHC) in the Southwest regions of São Paulo City. Two thematic centers were identified through thematic analysis: the mental illness identification and the CHA actions in FHP mental health attention. The conceptions about mental illness were connected to its forms of identification , causes and treatments. The CHA identified mental illness situations through people\' s solicitations, community information and observation of people\'s behaviour. Among some mental illness causes, the CHA emphasize the socioeconomic conditions, characterized by a poor life and violence. The CHA actions in mental health area are: to complete and deepen information about families whose members suffer from any mental illness , to share them with Family Health Team and Mental Health Team, and to take part in formulation and execution of family attention strategies. For CHA these strategies involve, mainly, use of medicine and performance of activities (job, study, walking etc.). The CHA referred to the emergence of feelings during the mental illness people attention process,, such as: fear of physical aggression, wrong actions and difficulties in dealing with suffering people, which can make it difficult. The CHA suggest that there is more education and technical support in the development of their job. In conclusion, the CHA conceptions about mental illness guide the identification of people with this problem, mainly people who do not spontaneously seek for health service help. Living in the same place where they work, give the CHA a special knowledge about family context, which contributes a lot in strategy action formulation. For their actions in promoting and giving attention to mental illness people and their families, the CHA can be considered Brazilian Psychiatric Reform entrepreneurs. So, mental health actions could be widely performed all over Brazil
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Qualidade de vida de agentes comunitários de saúde de um município da região oeste do estado de São Paulo / Quality of life of community health agents from a western city in the interior of São Paulo State.

Karina Aparecida Garcia Bernardes 10 October 2008 (has links)
A implantação da Estratégia de Saúde da Família (ESF) no Brasil representou a modificação do modelo de atenção à saúde, pautado no conhecimento do território e do perfil epidemiológico, com foco no indivíduo, na família e comunidade. Neste processo, o Agente Comunitário de Saúde (ACS) torna-se um profissional de fundamental importância para a consolidação das novas práticas em saúde e, pertencendo à comunidade, proporciona para a equipe de saúde da família uma melhor visão desta, facilitando o planejamento das ações. Assim, considerando-se as perspectivas realizadas em torno da ESF, os desafios da equipe para a consolidação do SUS e a importância que os estudos em torno da avaliação da Qualidade de vida (QV) exercem sobre a melhor compreensão do tema e na remodelação de políticas e práticas, principalmente na área da saúde, definiu-se serem os ACS e sua QV, focos desta pesquisa. O objetivo do presente estudo é descrever a qualidade de vida dos agentes comunitários de saúde, segundo o referencial do WHOQOL-bref (GRUPO WHOQOL, 1998), em uma cidade no interior do estado de São Paulo, no ano de 2007. Tratase de um estudo descritivo - exploratório e transversal. Participaram do estudo 198 ACS pertencentes a 21 unidades de saúde do município. Houve predominância de indivíduos do sexo feminino (86,1%), com média de idade de 34,3 anos, ensino médio completo (66,7%) e casados ou vivendo como casados (54,3%). A maioria dos ACS considerou a própria saúde como boa ou muito boa (79,7%) e 45,4% responderam ter nenhum problema de saúde. O tempo médio de trabalho dos ACS foi de 3 anos e 2 meses. Para testar a consistência interna do WHOQOL-bref foi calculado o Coeficiente Alfa de Cronbach, o qual apresentou valores satisfatórios para as 26 facetas ( = 0,91) e para os domínios físico, psicológico e meioambiente ( = 0,78; = 0,75 e = 0,76, respectivamente). Os escores médios para QV Geral foram 69,8 e 66,9, respectivamente, para Q1 e Q2. Para os domínios os escores médios foram 73,8 para o domínio físico; 71,7 para o domínio psicológico; 70,4 o domínio relações sociais e 55,8 para o domínio meio-ambiente. As facetas que apresentaram os maiores escores médios em cada domínio foram mobilidade (80,7) (domínio físico), espiritualidade / religiões / crenças pessoais (81,9) (domínio psicológico), relações pessoais (73,7) (domínio relações sociais), ambiente no lar (66,8) (domínio meio-ambiente). As facetas que apresentaram os menores escores médios de cada domínio foram sono e repouso (68,3) (domínio físico), sentimentos positivos (65,8) (domínio psicológico), suporte, apoio social (67,5) (domínio relações sociais), recursos financeiros (37,00) (domínio meio-ambiente). A hipótese inicial de que os ACS apresentariam escores baixos na avaliação da QV somente se confirmou para o domínio Meio-Ambiente, constituído de facetas inerentes à vida no lar e na comunidade, revelando necessidades não apenas do sujeito como profissional, mas como integrante e participante de uma comunidade. Os resultados contribuem positivamente no sentido das práticas de saúde sustentáveis que se constroem com profissionais comprometidos e satisfeitos quanto aos aspectos do trabalho e da vida. / The implementation of the Family Health Strategy (FHS) in Brazil represented the modification of the model of the attention to the health, which is based on knowing the territory and its epidemic profile, focusing on the individual, on the family and on the community. In this process, the Community Health Agent (CHA) has become a really important professional to the consolidation of the new health actions and, because he belongs to the community, he knows about its characteristics and its fragilities, which provides, for the family health group, a better view of the community and makes the planning of the actions easier. Thus, considering the prospects held around the FHP, the challenges of the team for the consolidation of SHS and the importance that studies regarding the evaluation of Quality of Life (QoL) have for a better understanding of the subject and the remodeling of policies and practices, especially in health, the CHA and their QoL were defined as the foci of this research. The aim of this study is to describe the community health agents` quality of life in accordance with WHOQOL-bref (WHOQOL Group, 1998), from a city in the interior of São Paulo State in 2007. This is a descriptive-exploring and transversal study. 198 CHA have participated in this study; they belong to 21 health units of the city. There were more female than male individuals (86,1%), average age of 34, 3 years old, complete high school level (66,7%) and predominately married or living as they were married (54,3%). The majority of the CHA has considered their lives as good or as very good (79,7%) and 45,4% answered that they dont have any health problems. Their period of work was 3 years and 2 months on average. In order to test the internal consistency of the WHOQOL-bref , the Cronbachs Alpha coefficient was calculated and the result was satisfactory for the 26 facets ( = 0,91); and for the physical; psychological and for the environment domains ( = 0,78; = 0,75 e = 0,76, respectively). The mean scores for the Overall QoL were 69,8 and 66,9, respectively for Q1 and Q2. For the domains, the mean scores were 73,8 for the physical domain; 71,7 for the psychological domain; 70,4 for the social relationships domain and 55,8 for the environment domain. The facets that had the highest mean scores in each domain were mobility (80,7) (physical domain), spirituality / religiousness / personal beliefs (81,9) (psychological domain), personal relationships (73,7) (social relationships domain), home environment (66,8) (environment domain). The facets that had the lowest mean scores from each domain were sleep and rest (68,3) (physical domain), positive feelings (65,8) (psychological domain), social support (67,5) (social relationships domain), financial resources (37,0) (environment domain). The initial hypothesis that the CHA would present low scores on the QoL evaluation was confirmed just for the Environment field, which consists of facets inherent to life at home and community, revealing needs of the subject not only as a professional but as member and participant of a community. The results contribute positively towards sustainable practices in health, which are built with committed and satisfied professionals regarding the aspects of work and life.
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O agente comunitário de saúde e a saúde mental = faces e interfaces / Community health agent and mental health : faces and interfaces

Trapé, Thiago Lavras, 1982- 07 February 2010 (has links)
Orientador: Rosana Teresa Onocko Campos / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-18T18:07:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Trape_ThiagoLavras_M.pdf: 726254 bytes, checksum: 744f66231766fd8c73cb95e095bc1ee8 (MD5) Previous issue date: 2010 / Resumo: O Movimento de Reforma Sanitária (RS) tem importante papel na consolidação das políticas publicas nacionais de saúde que se referendam a partir da promulgação da Constituição em 1988, após anos de luta e tentativas de implantar serviços de saúde comunitários. A partir da evolução e democratização das políticas publicas de saúde, implementa-se, como modelo organizativo, a Estratégia de Saúde da Família (ESF), em que o Agente Comunitário de Saúde (ACS) tem papel estratégico. A existência de atores locais articulados a unidades de saúde no Brasil se iniciam em meados do Século XX. A partir de sua institucionalização, os ACS passam a compor as equipes de saúde mínimas das Unidades Básicas de Saúde. No bojo da Reforma Sanitária, o Movimento de Reforma Psiquiátrica (RP) surge para enfrentar séculos de repressão, perseguição, violência e institucionalização dos portadores de transtornos psíquicos. Entretanto, mesmo tendo proximidades, o Movimento de RP entra em descompasso com o Movimento de RS. A precariedade da atenção à Saúde Mental na Atenção Primária se mostra entre esses dois movimentos, sem lugar para desenvolver-se e sem a devida preocupação e investimento público. O presente estudo buscou avaliar o papel do Agente Comunitário de Saúde e sua prática na atenção à saúde mental no Município de Campinas-SP. Esse município vem-se constituindo como uma referência nas políticas publicas de saúde mental desde a década de 70, por implementar arranjos de vanguarda. Os achados da pesquisa apontam a falta de investimento na saúde mental na Atenção Primária. Mostram que, apesar da implantação de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que vem assumindo um papel estratégico e estruturante na rede, a organização do sistema ainda não consegue promover uma atenção satisfatória para os casos não graves, que não têm lugar para serem manejados, numa lógica do Delire ou Padeça. Novas formas organizativas surgiram para dar conta da enorme demanda que aporta nas UBS e, nelas, os ACS se mostram profissionais que atuam com uma clínica híbrida, mesclando saberes técnico-científicos e populares do senso comum produzindo um sincretismo clinico. Seu discurso é um analisador das políticas de saúde mental nos diversos níveis de atenção, e pode colaborar no processo de pensar o modelo vigente e na criação de arranjos e práticas que possam qualificar a assistência e promover maior acesso e resolutividade para aqueles que apresentam algum sofrimento psíquico / Abstract: The Sanitary Reform Movement (RS) has an important role in the consolidation of national public health care that came be with the promulgation of the Constitution in 1988, after years of struggle and attempts to implement community health services. From the evolution and democratization of public health policies it is implemented, as an organizational model, the strategy of Family Health, where the Community Health Agent has a strategic role. The existance of local actors, articulated to health units in Brazil, begin in mid 20th century. From it's institutionalization, the ACS's begin to compose the teams of minimal health of the Basic Health Units (UBS). In the bulge of the Sanitary Reform, the Psichiatrical Reform Movement (RP) arises to face centuries of repression, persecution, violence and institutionalization of bearers of psychic disorders. So even though the closeness the Movement of RP comes out of step with the movement of RS. Mental Health in Primary Care is shown between these two movements, with no place to develop and without due concern and public investment. This study aims to evaluate the Community Health Agent and its practice against mental health care in Campinas-SP, which brings a role of reference in public health policies since the 70s, by implementing cutting-edge arrangements. The research findings indicate a lack of investment in mental health in primary care where the Centers for Psychosocial Care (CAPS) assume a structural and strategic role, providing an organization where non serious cases have no place to be managed in a logic of rave or suffer. However organizational forms appear to account for the huge demand that brings in the UBS's, and the ACS show themselves as professionals who work with a hybrid clinic, mixing technical and scientific knowledge and popular commonsense producing a clinical syncretism. His speech is an analyzer of mental health policies at different levels of attention and can help us to think the current model and create arrangements and practices that may qualify the assistance and promote greater access and solution for those who present some sort of psychological distress / Mestrado / Política, Planejamento e Gestão em Saúde / Mestre em Saude Coletiva
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A EDUCAÇÃO PARA O TRABALHO NA PERSPECTIVA DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE / EDUCATION FOR WORK IN VIEW OF COMMUNITY HEALTH AGENTS

Silveira, Daiany Saldanha da 21 December 2012 (has links)
This is a qualitative, exploratory and descriptive research which aims to understand the education process at work into the perspective of Community Health Agents (CHA). The subjects of this study worked in teams of the Family Health Strategy (FHS) and of Community Health Workers (CHW), involving during the research a total of 25 subjects. Two instruments of data collection were selected: self-administered structured survey questionnaire of socio-demographic data and set of interviews with questions for the technique of focal group. Regarding to socio-demographic data a descriptive statistics was employed; qualitative data collected from the focal groups were analyzed according to Bardin. This study followed the 196/96 resolution of the National Health Council. From the results, majority were female, mean age of 38 years, high school complete and working time between 06 and 10 years. Most of them reported as motivation to join CHA the professional stability, and in their majority they worked as saleswomen before became CHA. The CHA identified that education at work happened in the form of capacitation. Regarding the organizational aspects, capabilities were developed from a already set schedule; without periodicity, with insufficient workload for learning; there were professional privilege in certain areas, related to the access to educational activities after the initial training; there was failure in the way of training disclosure , the physical space where these skills are developed was inadequate, with high number of participants which contributed to the ineffectiveness of audiovisual resources, and community workers did not receive transport assistance for the participation during the training time. Relative to the theoretical and methodological aspects of the training, it was found that the subjects were developed in a superficial condition, with an appreciation of technical terms; issues were directed to the CHA of urban area; There was a lack of space for discussion and exchange of experiences; divergences between theory and practice; similar approaches were applied to different realities of FHS and CHW; the dynamics proposed were interesting; however the case studies did not bring to the group the results reached, and there was not a method to assess the knowledge acquired. Standing out yet in this study, for the CHA, that the capacitation did not contribute significantly to the orientation of the work process, leading them to looking for other strategies, which may assist in their learning. Therefore, creation of collective educational spaces for the CHA are recommended, aiming the transformation of professional practice through the reflexive processes, discussion of proposals and exchanges of experiences, according to the reality and needs of the workers as active subjects in the learning process. Keywords: Community Health Agent; Education; Nursing / Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratório-descritiva que tem como objetivo compreender o processo de educação no trabalho na perspectiva do Agente Comunitário de Saúde (ACS). Os sujeitos do estudo atuavam em equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF) e Equipes de Agentes Comunitários de Saúde (EACS), com a participação de 25 sujeitos. Foram selecionados dois instrumentos de coleta de dados: questionário estruturado auto-aplicável de levantamento de dados sócio-demográficos e roteiro de entrevistas com questões norteadoras para a técnica do grupo focal. Para tanto, no tratamento dos dados sócio-demográficos foi utilizada a estatística descritiva e para os dados qualitativos coletados por meio dos grupos focais foi feita a análise de conteúdo conforme Bardin. Este estudo atendeu à Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Quanto aos resultados a maioria é do sexo feminino, com idade média de 38 anos, ensino médio completo e tempo de serviço entre 06 e 10 anos. A maioria teve como motivo de ingressar na ocupação de ACS a estabilidade profissional e exerciam, na sua maioria, atividades em comércio e vendas antes de atuar como ACS. Os ACS identificam que a educação no trabalho acontece na forma de capacitações. Em relação aos aspectos organizacionais, as capacitações são desenvolvidas a partir de um cronograma fechado; sem periodicidade; com carga horária insuficiente para a aprendizagem; há privilégio de determinadas categorias profissionais em relação ao acesso às ações educativas posteriores à formação inicial; há falha quanto à divulgação das capacitações; o espaço físico onde são desenvolvidas as capacitações é inadequado, com número elevado de participantes que contribuem para a ineficácia dos recursos audiovisuais e os agentes comunitários não recebem auxílio transporte para participação nas capacitações. Quanto aos aspectos teórico-metodológicos das capacitações, identificou-se que os conteúdos são desenvolvidos de modo superficial, com valorização de termos técnicos; os assuntos são direcionados para ACS da área urbana; há ausência de espaços de discussão e troca de experiências; há divergência entre a teoria e a prática; adotam-se abordagens idênticas para realidades diferentes de ESF e EACS; as dinâmicas propostas são interessantes, contudo os estudos de casos não têm retorno dos instrutores e não há um método de avaliação do aprendizado adquirido. O estudo revela ainda que, para os ACS, as capacitações não contribuem de modo significativo para a orientação do processo de trabalho, levando-os a buscarem outras estratégias que possam auxiliar no seu aprendizado. Logo, recomenda-se a criação de espaços educativos coletivos para os ACS que visem à transformação das práticas profissionais por meio de processos reflexivos, de discussão de propostas e trocas de experiências de acordo com a realidade e com a necessidade dos trabalhadores e que os valorizem como sujeitos ativos no processo de aprendizagem.
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O agente comunitário de saúde do Projeto Qualis: agente Institucional ou agente de comunidade / The community health agent in the QUALIS Project: institutional agent or community agent?

Silva, Joana Azevedo da 29 June 2001 (has links)
O presente estudo tem como objetivo a caracterização do Agente Comunitário de Saúde que atua no Projeto QUALIS, denominação assumida, em São Paulo, pelo Programa de Saúde da Família, tomando-o como elemento nuclear para a realização de dimensões específicas de políticas e programas de saúde de caráter público e que tiveram a sua maior expressão no Brasil, a partir da 2ª metade da década de 70. Através de dados obtidos com abordagens diversas - documentos, observação do trabalho, entrevistas, buscou-se compreender o perfil desse agente, inserido em uma região metropolitana, em sua tentativa de viabilizar o acesso da população aos serviços e sistemas de saúde, atuando através de dois tipos de práticas na realização das políticas propostas: um de natureza predominantemente técnica, de organização do acesso aos serviços e às ações de promoção, proteção e recuperação da saúde; e outro de natureza predominantemente política, expressa no estímulo à participação e organização popular para a conquista de diretos de cidadania. Para a caracterização do perfil, foram montadas categorias de análise, correspondentes aos dois pólos de atuação: agente institucional ou agente de comunidade. Os resultados apontam para o fato de que essas duas categorias representam situações polares, que não existem em sua forma \"pura\". A aproximação do perfil ocupacional-social do agente de uma ou de outra das categorias de análise é resultado de interações mediadas pela influência de múltiplas variáveis, levando a uma variabilidade no seu perfil, na dependência de contextos específicos e das situações concretas de trabalho. Esse processo, sempre mediado por conflitos na prática cotidiana, orienta os padrões operativos do agente, às vezes de maior aderência à instituição, às vezes de solidariedade à comunidade, face às especificidades do contexto em que ocorre. Essa situação tem profundas influências e demandas para a organização do trabalho, inclusive na disponibilidade de tecnologia e de saberes para a prática dos agentes, nessas propostas. Nas conclusões do trabalho são discutidos os desafios colocados para esse trabalhador tendo em vista o cumprimento da sua função nesses programas e das expectativas institucionais e sociais, relativas à sua atuação em regiões metropolitanas. / The study\'s objective was the characterization of the Community Health Agent in the QUALIS Project, the name given in São Paulo to the Family Health Program, while considering him as a nuclear element for the achievement of specific dimensions of public health policies and programs in evidence in Brazil since the second half of the seventies. Using the information obtained with different approaches - documents, observation, interviews - a comprehension of the agents\' profile was sought, in his condition of working in a metropolitan area, trying to enhance the populations\' access to health services, and using two types of practices: one of a predominantly technical nature, of organization of the utilization of services and promotion, prevention and recuperation activities, and the other of a predominantly political nature, expressing itself through the stimulation of the participation and level of organization of the population to obtain their citizen\'s rights. To characterize the agents profile, analytical categories were developed, with the identification of two polar types of identity: institutional agent or community agent. The results show that these categories represent in fact extreme situations which do not exist in \"pure\" form. The movement towards one or the other analytical category is the result of interactions between multiple intervening variables, which leads to a considerable variability in their concrete identity, depending on the context and specific situations which they face in daily work. This process, always leading to conflicting situations, orients the operational patterns adopted by the agent, leading to greater institutional solidarity or to the community to which they are supposed to belong. This situation deeply influences and creates continuous demands on the organization of the work, and on the recognition of the technologies and practices needed by the agents, in these programs. In conclusion, the challenges the agent has to face in the program are discussed, and the existing institutional and social expectations for its performance in metropolitan areas.
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A prática educativa dos agentes comunitários do PSF à luz da categoria Práxis. / Educative practice of the community agents of the PSF analyzed by the category of Praxis.

Trapé, Carla Andrea 17 June 2005 (has links)
O objeto do presente trabalho é a educação em saúde como uma prática realizada pelo agente comunitário de saúde (ACS) do Programa de Saúde da Família (PSF). Teve como objetivos analisar as concepções de educação, saúde e educação em saúde que norteiam as práticas educativas dos ACS da Coordenadoria de Saúde da Subprefeitura do Butantã bem como analisar o caráter dessas atividades educativas. A coleta de dados ocorreu por meio de grupos focais e entrevistas individuais com 39 agentes das quatro unidades de saúde da coordenadoria que desenvolvem ações vinculadas ao PSF. Os procedimentos de análise seguiram as recomendações da análise temática, tendo a práxis como categoria de análise. Em relação à atividade teórica, componente da práxis, constatou-se que à medida que se partia da concepção de educação e chegava-se na de saúde e de educação em saúde, enfraquecia-se o caráter transformador do discurso. Sendo assim, enquanto os temas a respeito da educação equilibravam-se entre a concepção mais conservadora e a mais transformadora de educação, os temas a respeito de saúde e educação em saúde - mais diretamente relacionados com o saber operante - revestiam-se acentuadamente de um caráter conservador. A saúde então era vista como resultado de múltiplos fatores e a educação em saúde como transmissão de informações para se adquirir saúde. Essa atividade teórica acabou por guiar uma atividade prática característica da práxis reiterativa em que os agentes não participam do planejamento do processo de trabalho em saúde e não dominam o “objeto ideal", reproduzindo tarefas planejadas por outros. Essa práxis não produz o “novo", condição essencial para a transformação da realidade de saúde, além de resultar em alienação dos agentes do processo de trabalho em saúde. A superação da práxis reiterativa na direção de uma práxis criadora dar-se-ia por meio da qualificação do trabalho dos agentes, aperfeiçoando as concepções e o saber operante - de educação, saúde e educação em saúde, da perspectiva da saúde coletiva - que iluminam o recorte do objeto e instrumentalizam a prática para apoiar, junto dos grupos sociais, o processo de transformação da realidade de saúde e de construção da cidadania plena. Tarefa que depende fundamentalmente da concretização do SUS nos modelos de atenção que superem as armadilhas da alienação no trabalho. / The purpose of this work is the health education as a function put into practice by the Community Health Agent (CHA) of the Family Health Program (FHP). It had as H’s purposes an analysis of the education concepts in health that guide the educational training of the CHA of the coordination of the subcouncil of health of Butantã as well as to analyze the character of these educational activities. The collected of data occurred by means of focus groups and individual interviews with 39 agents of the four health units of the coordination that developed collected actions of FHP. The procedures of analysis followed the recommendations of theme analysis, having as a rule the analysis category. In relation to the theorist activity, a component of rule, it was found that as the basis of educational concept got to health, and health education it weakened and transformed the character of the subject. Being so, while the themes about education balanced equally between the most conservative concept and the most educational transformer, the themes about health, health education – related more directly to the production of knowledge – stressed revision of a conservative character. So health was seen as a result of factors multiples and health education as the transmission of information to acquire health. This theorist activity ended up guiding a practical activity characteristic of the retaining rule that the agents did not participate in the planning of the work in health and didn’t control the “ideal object", reproducing tasks planned by others. This rule doesn’t produce the “new" condition that is essential to the transformation of the reality of health, as well as resulting in the alienation of the agents in the health work process. The overcoming of the changing rules can be done by creating a rule to qualify the agents work, improving the concepts and the operating knowledge - of education, health and health education giving a perspective of collective health – that show the cutting of the work and reinforcing the practice of supporting together with the social groups the process of transforming the reality of health and the building of “complete citizenship". Task that depends fundamentally on the consolidation of the “SUS" in the models of attention that overcome the traps of alienation at work.

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