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Avaliação do processo de consentimento de participantes de pesquisa clínica / Evaluation of the consent process of clinical research participantsTalita Garcia do Nascimento 25 August 2017 (has links)
O consentimento informado consiste em um processo capaz de informar o participante de pesquisa sobre as intervenções médicas previstas a serem aplicadas no decorrer do estudo e faz com que este participe ativamente no processo de tomada de decisão. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) caracteriza-se por ser um documento explicativo, de forma escrita, no qual são abordadas informações referentes ao projeto de pesquisa, com o objetivo de garantir a voluntariedade do indivíduo. A qualidade do TCLE em pesquisa clínica é determinada pelo grau de compreensão que os participantes desenvolvem durante o processo de consentimento informado. O objetivo deste estudo consiste em avaliar o processo de consentimento dos participantes de pesquisa clínica. Trata-se de um estudo híbrido, com coleta prospectiva. Para o seu desenvolvimento dividiu-se nas seguintes fases: Elaboração e validação do formulário, Treinamento da Equipe de Entrevistadores, Estudo Piloto, Coleta de Dados e Avaliação da Legibilidade dos TCLEs. Foi realizada análise descritiva dos dados e comparação entre as variáveis por meio de análises univariadas. Dos 70 participantes que compuseram a amostra, 83% eram mulheres, a média de idade foi de 46,7 anos (S ±13.99 anos), 55,7% eram brancos, 45,75% casados, 52,9% analfabetos ou com ensino fundamental, 49,3% economicamente ativos e renda média de 1496,2 reais. Dos participantes, 35,7% desconheciam o tipo de estudo que participavam 38,6% não sabiam contar sobre a pesquisa que participavam, 64,7% não receberam informações referentes a outros tipos de tratamento, 62,7% não tinham informações sobre indenização, 66,2% não leram todo o TCLE antes de assinar, 86,8% relataram que o documento foi fácil de ser lido, 62,2% acharam o documento longo. Após o cálculo do ILFK dos 12 TCLEs analisados, 100% apresentaram valor de 0 a 30, considerado como leitura muito difícil. É de suma importância incentivar o desenvolvimento de estudos nacionais que avaliem a percepção dos participantes de pesquisa quanto aos seus direitos e a criação de instrumentos que possibilitem essa verificação na população brasileira / Informed consent consists a process that is able to inform, the research participant, of the planned medical interventions to be apply during the course of the study, and actively participate in the decision-making process. The Informed Consent Form (ICF) characterized by being an explanatory document, in written form, in which information about the research project is addressed, with the purpose of guaranteeing the individual\'s willingness. The quality of ICF in clinical research determined by the degree of understanding that participants develop during the informed consent process. The objective of this study is to evaluate the consent process of clinical research participants. It is a hybrid study, with prospective collection. For its development, it divided into the following phases: Elaboration and validation of the form, Training of the Team of Interviewers, Pilot Study, Data Collection and Evaluation of the Readability of ICF. A descriptive analysis of the data and a comparison between the variables performed using univariate analyses. Of the 70 participants, 83% were women, mean age was 46,7 years (S ± 13.99 years), 55,7% were white, 45,75% married, 52,9% illiterate or basic education, 49,3% economically active and average income of 1496,2 Reais. Of the participants, 35,7% didn\'t know the type of study they participated in, 38,6% didn\'t know about the research they participated, 64,7% didn\'t receive information regarding other types of treatment, 62,7% didn\'t have information about compensation, 66,2% didn\'t read the entire ICF before signing, 86,8% reported that the document was easy to read, 62,2% found the document long. After the ILFK calculation of the 12 ICF analysed, 100% presented values from 0 to 30, considered as very difficult reading. It is extremely important to encourage the development of national studies that evaluate the perception of research participants regarding their rights and the creation of instruments that enable such verification in the Brazilian population
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[pt] A CRIANÇA E O ADOLESCENTE: DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E A CAPACIDADE DE AGIR EM SITUAÇÕES JURÍDICAS EXISTENCIAIS / [en] CHILDREN AND ADOLESCENTS: HUMAN DIGNITY AND THE ABILITY TO ACT ON EXISTENTIAL LEGAL SITUATIONS14 September 2018 (has links)
[pt] O objetivo geral desta dissertação é verificar a possibilidade de aplicação de regime jurídico diverso ao proposto pelo Código Civil a situações jurídicas existenciais que envolvem a tomada de decisão das crianças e adolescentes, sobretudo àquelas que envolvem decisão sobre o próprio corpo. Para tanto, há três objetivos específicos a serem desenvolvidos. O primeiro deles é a apresentação da teoria da capacidade jurídica e os direitos fundamentais da personalidade para compreender a perspectiva de disposição jurídica de direitos fundamentais da personalidade. Em continuidade o segundo objetivo é investigar a dignidade da pessoa humana como autonomia para verificar a aplicação de teorias que sustentem a autonomia privada da criança e do adolescente em situações jurídicas existenciais. Por fim, o terceiro objetivo é discutir a capacidade de agir da criança e do adolescente em situações jurídicas existenciais a partir de três casos concretos. Como conclusão geral sustenta-se a aplicação da teoria realista da capacidade de agir, aproximando os conceitos de titularidade e legitimidade sempre que a criança e o adolescente reunirem os requisitos para serem sujeitos do consentimento, devendo ser observados os critérios de validade do consentimento. Concluiu-se ainda que a teoria realista da capacidade de agir deva ser aplicada para dar voz e dignidade aos menores quando envolverem situações jurídicas existenciais de efeitos reversíveis de sorte que esta última conclusão criou três zonas de aplicação da teoria de modo a graduá-la para respeitar o processo de desenvolvimento maturacional do menor e assegurar, assim, sua dignidade. / [en] The general objective of this dissertation is to verify the possibility of applying a different legal regime than the proposed by the Civil Code to existential legal situations involving decision making of children and adolescents, especially those that involve decision about their own body. To this end, there are three specific objectives to be developed. The first is the presentation of the theory of legal capacity and the
fundamental rights of personality in order to understand the perspective of legal provision of fundamental rights of personality. The second objective is to investigate the human dignity as autonomy to verify the application of theories to support the private autonomy of the child and adolescent in existential legal situations. Finally, the third objective is to discuss the ability to act of children and adolescents in existential legal situations from three specific cases. As a general conclusion it is sustained the application of realist theory s ability to act, bringing together concepts of ownership and legitimacy when children and adolescents meet the requirements to be subject of consent, and that the criteria of validity of the consent must be observed. It was also concluded that the realist theory of capacity to act should be applied to give voice and dignity to children and adolescents when they involve existential legal situations of reversible effects. So that the latter conclusion has created three areas of application of the theory in order to upgrade it to respect the process of maturational development of children and adolescents and thus ensure their dignity.
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[pt] O CONSENTIMENTO DO TITULAR DE DADOS NAS RELAÇÕES ON-LINE: PARÂMETROS PARA A VALIDADE E O EXERCÍCIO DO CONTROLE INFORMACIONAL / [en] THE CONSENT OF THE DATA SUBJECT IN ONLINE RELATIONS: PARAMETERS FOR VALIDITY AND EXERCISE OF INFORMATIONAL CONTROLPEDRO TEIXEIRA GUEIROS 05 June 2023 (has links)
[pt] É possível falar em uma autogestão plena sobre os próprios dados na internet?
Esta pergunta, norteadora da presente dissertação, orienta o propósito deste estudo,
que tem por objetivo verificar se, em termos práticos, os titulares de dados detêm
efetivo controle quanto ao uso de suas informações pessoais no ciberespaço. Sob a
análise de diferentes arranjos entre relações on-line e dos respectivos meios de
ingerência disponibilizados ao titular, busca-se traçar parâmetros condizentes ao
autogoverno sobre os dados, em atenção aos pressupostos do direito à
autodeterminação informativa, basilar à sistemática de proteção de dados pessoais.
De modo a identificar essas circunstâncias fáticas, a pesquisa traz como enfoque a
contextualização do consentimento, enquanto possível hipótese legal capaz de
autorizar o tratamento de dados. Acredita-se que uma maior compreensão quanto a
formas devidas de controle informacional exercido pelos titulares será determinante
à construção de relações de tratamento mais íntegras e confiáveis na internet. / [en] Is it possible to say that there is a full self-management of one s own data on
the internet? This question, which guides this present dissertation, guides the
purpose of this study, which aims to verify whether, in practical terms, data subjects
have effective control over the use of their personal information in cyberspace.
Under the analysis of different arrangements between online relations and their
respective means of interference made available to the data subject, an attempt is
made to outline parameters consistent with self-government over data, considering
the assumptions of the right to informational self-determination, basic to the
personal data protection system. In order to identify these factual circumstances,
the research focuses on the contextualization of consent, as a possible legal
hypothesis capable of authorizing data processing. It is believed that a greater
understanding of the proper forms of informational control exercised by data
subjects will be crucial to the construction of a more complete and reliable
processing relations on the internet.
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"O termo de consentimento livre e esclarecido e a pesquisa em seres humanos na área de saúde: uma revisão crítica" / The informed consent and the research in human beings within the health area : a critical reviewSlawka, Sérgio 05 August 2005 (has links)
Para avaliar a efetividade do processo de obtenção do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) no contexto da pesquisa clínica em seres humanos, foram realizadas análises sistematizadas sobre os principais elementos de sustentação do TCLE (bioética na pesquisa em seres humanos, direitos humanos do sujeito da pesquisa, história da obtenção do TCLE, e regulamentações brasileiras na pesquisa em seres humanos), assim como também análises sistematizadas sobre a efetividade dos principais processos envolvidos na obtenção do TCLE (comunicação médico-paciente, tomada de decisão pelo sujeito da pesquisa, e interpretação das expressões de probabilidade no TCLE pelo sujeito da pesquisa). Ainda que estes três processos envolvidos na obtenção do TCLE apresentem, individualmente, alguns procedimentos efetivos, verificou-se que a obtenção de um TCLE verdadeiramente autônomo é utópica e, portanto, o processo de obtenção do TCLE é considerado não-efetivo / In order to evaluate the effectiveness of the process for obtaining the informed consent (IC) within the context of clinical research in human beings, systematic-like analysis were performed on the key elements supporting the IC (bioethics within the research in human beings, human rights for the research subject, history of the obtainment for the IC, and Brazilian regulation within research in human beings), as well as systematic-like analysis on the effectiveness of the major processes involved in the obtainment for the IC (physician-patient communication, decision-making for the research subject, and interpretation of the probability expressions in the IC by the research subject). Eventhough these three processes involved in the obtainment for the IC present, individually, a few effective procedures, the obtainment of a truly autonomous IC is utopia and thus the process for obtaining the IC is considered non-effective
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"O termo de consentimento livre e esclarecido e a pesquisa em seres humanos na área de saúde: uma revisão crítica" / The informed consent and the research in human beings within the health area : a critical reviewSérgio Slawka 05 August 2005 (has links)
Para avaliar a efetividade do processo de obtenção do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) no contexto da pesquisa clínica em seres humanos, foram realizadas análises sistematizadas sobre os principais elementos de sustentação do TCLE (bioética na pesquisa em seres humanos, direitos humanos do sujeito da pesquisa, história da obtenção do TCLE, e regulamentações brasileiras na pesquisa em seres humanos), assim como também análises sistematizadas sobre a efetividade dos principais processos envolvidos na obtenção do TCLE (comunicação médico-paciente, tomada de decisão pelo sujeito da pesquisa, e interpretação das expressões de probabilidade no TCLE pelo sujeito da pesquisa). Ainda que estes três processos envolvidos na obtenção do TCLE apresentem, individualmente, alguns procedimentos efetivos, verificou-se que a obtenção de um TCLE verdadeiramente autônomo é utópica e, portanto, o processo de obtenção do TCLE é considerado não-efetivo / In order to evaluate the effectiveness of the process for obtaining the informed consent (IC) within the context of clinical research in human beings, systematic-like analysis were performed on the key elements supporting the IC (bioethics within the research in human beings, human rights for the research subject, history of the obtainment for the IC, and Brazilian regulation within research in human beings), as well as systematic-like analysis on the effectiveness of the major processes involved in the obtainment for the IC (physician-patient communication, decision-making for the research subject, and interpretation of the probability expressions in the IC by the research subject). Eventhough these three processes involved in the obtainment for the IC present, individually, a few effective procedures, the obtainment of a truly autonomous IC is utopia and thus the process for obtaining the IC is considered non-effective
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Transplantes de órgãos: relevância penalAbade, Rosa Maria Neves 08 June 2009 (has links)
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Rosa Maria Neves Abade.pdf: 744784 bytes, checksum: e107327e59a55bd37a1558ba31f36b93 (MD5)
Previous issue date: 2009-06-08 / The ongoing transformation of humanity in search of better quality of life caused over the years, several scientific studies. The advances of modern science, especially related to the human body were becoming reality, and for this reason, there was growing concern in the band of fundamental rights. The transplantation of organs, is a fruit of the development of modern science, whose task involves a dichotomy between individual and collective interests, requiring therefore the involvement of the state. The moment of death is subject guarded in law, which is controversial and complex and in need of legal determinants. The theme of this study focuses on the understanding of these aspects in the law of organ transplantation. It was analyzed for both the law itself, the basic concept of transplantation and its historical development and legislation. The principle of human dignity, how to format the new concept of citizenship as well as other fundamental rights guaranteed by the Constitution, were also analyzed. Focusing on the issue of consent, the initial choice of the legislature called by the model of consent "assumed", the amendment introduced by MP No 1718/98, later pacified by Law 10211/01, and the legal, requirements for validity of consent, its free and revocability. Finally, the study concludes with a description of the existing articles of Law No. 9. 434/97 and the amendments of the Law 10211/01, emphasizing the criminal aspects, and the legislature's purpose in punishing criminal conduct planned there. It is concluded that this law needs to change, with the exception of open type, suggesting that types are anticipating the outcome of death for fraud, the creation of intermediate types, and application of extrapenais purposes of sentencing / As permanentes transformações da humanidade, em busca de melhor qualidade de
vida desencadearam, ao longo dos anos, vários estudos científicos. Os avanços da
ciência moderna, mormente vinculadas ao corpo humano, foram se tornando
realidade e, por esta razão, houve crescente preocupação no resguardo dos direitos
fundamentais. O transplante de órgãos é um dos frutos da evolução da ciência
moderna, cuja realização envolve uma dicotomia entre o interesse individual e
coletivo, exigindo, assim, a intervenção do Estado. O momento da morte é assunto
resguardado nesta lei, sendo este polêmico e complexo, com necessidade de
determinantes legais. O tema deste estudo focaliza a compreensão destes aspectos
na lei de transplante de órgãos. Analisou-se para tanto, a lei propriamente dita, o
básico conceito de transplante e sua evolução histórica e também legislativa. O
princípio da dignidade humana, como formador do novo conceito de cidadania, bem
como os demais direitos fundamentais, assegurados pela Constituição Federal,
foram também analisados. Enfocou-se o aspecto do consentimento, a opção inicial
do legislador pelo modelo de consentimento chamado "presumido", a alteração
introduzida pela MP nº 1.718/98, posteriormente pacificada pela Lei 10.211/01, bem
como a natureza jurídica, os requisitos para a validade do consentimento, sua
gratuidade e revogabilidade. Finalmente, culmina o estudo com a descrição dos
artigos da Lei vigente nº 9.434/97, bem como as alterações da lei nº 10.211/01,
enfatizando os aspectos penais, bem como o objetivo do legislador em punir as
condutas criminosas ali previstas. Conclui-se que referida lei necessita de
alterações, com a exclusão de tipos abertos, sugerindo tipos que façam a previsão
do resultado morte a título de dolo, a criação de tipos intermediários, bem como
aplicação de efeitos extrapenais da condenação
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Responsabilidade civil médica por erro de diagnóstico: critérios para a identificação do erro de diagnóstico e o resultado falso-positivo e falso-negativoGraziano, Analucia 27 May 2010 (has links)
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Analucia Graziano.pdf: 1612461 bytes, checksum: 2ce241b7ad11213fb8d13755502b9632 (MD5)
Previous issue date: 2010-05-27 / In line with the idea of rule of law and consequent incompatibility with the
irresponsibility of its members, the vast expansion of the area of liability is
accompanied by the growing interest of society to find solutions that make effective
compensation for damage. It forms new doctrine, concerned with protecting the
citizens most vulnerable and helpless. It turns out that the increasing number of
complaints begins to disrupt society in general, to increase the financial cost for the
professional and the patient because of the increase especially in the application of
more sophisticated laboratory tests and refusal to higher-risk procedures,
contributing to a consolidation of defensive medicine. The aim of this paper is to
provide measures to prevent the questioning of the patient-consumer for the health
services used by it. Are brought to bear upon some criteria such as time, sensitivity
and specificity of diagnostic method for identification of medical errors. The consent
form is also shown as a measure capable of preventing the questions, eliminating or
reducing some complications related to relationship conflict or miscommunication
between doctor and patient. In the context of public institutions to private, is
necessary a detailed analysis of the legal systems adopted. So rich, the issue is not
limited to the material aspect, so deals some specific procedural rules, which directly
influence the demand indemnification, as the burden of proof. Case law and doctrine
and comparative national basis and reap the practical utility of each issue discussed / Em consonância com a idéia de Estado de direito e consequente incompatibilidade
com a irresponsabilidade dos seus membros, a grande expansão da área da
responsabilidade civil é acompanhada do crescente interesse da sociedade em
buscar soluções que tornam efetiva a reparação do dano. Forma-se nova doutrina,
preocupada com a proteção aos cidadãos mais frágeis e desamparados.
Ocorre que o crescente número de queixas começa perturbar a sociedade em geral,
por aumentar o custo financeiro para o profissional e para o paciente em razão
especialmente do aumento no pedido de exames complementares mais sofisticados
e recusa em procedimentos de maior risco, contribuindo para uma consolidação de
uma medicina defensiva. O objetivo do presente trabalho é fornecer medidas
capazes de prevenir os questionamentos do paciente-consumidor, relativos aos
serviços de saúde utilizados por ele. São trazidos à baila alguns critérios como
tempo, sensibilidade e especificidade do método de diagnóstico para a identificação
do erro médico. O termo de consentimento esclarecido é também apontado como
medida capaz de prevenir os questionamentos, eliminando ou reduzindo algumas
causas ligadas a conflitos de relacionamento ou de falha de comunicação entre
médico e paciente. No âmbito das instituições públicas a privadas, se faz necessária
uma minuciosa análise sobre os regimes jurídicos adotados. De tão rico, o tema não
se esgota no aspecto material, por isso pincela algumas particularidades
processuais, que diretamente influenciam as demandas indenizatórias, tal como o
ônus da prova. O estudo de mecanismos alternativos de recomposição dos
acidentes médicos ajuda, também, a compreender melhor que a simples decisão de
criar novas hipóteses de responsabilidade objetiva ou adotar um sistema alternativo
de solidariedade nacional deve levar em conta a sua viabilidade em termos práticos,
e não apenas teórico. Da jurisprudência e doutrina nacional comparada colhe-se o
fundamento e a utilidade prática de cada questão discutida
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Direito de acesso e dever de fornecimento de medicamentos pós-pesquisa clínica: Uma avaliação jurídica e bioéticaFernandes, Carolina Fernández 29 March 2011 (has links)
Submitted by William Justo Figueiro (williamjf) on 2015-07-01T21:38:02Z
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Previous issue date: 2011 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / PROSUP - Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições de Ensino Particulares / O presente trabalho tem por objetivo estudar, por uma perspectiva jurídica e bioética, o direito de acesso a medicamentos em fase de pós-pesquisa clínica farmacológica, e o dever de fornecimento. O problema ora enfrentado parte do momento em que a pesquisa é concluída, quando o patrocinador do estudo contabiliza e recolhe a medicação experimental remanescente, cessando o fornecimento do produto aos sujeitos de pesquisa, que, consequentemente, tem o tratamento paralisado. No caso destes sujeitos de pesquisa terem apresentado um quadro de melhora clínica ou terem auferido benefícios em razão do tratamento experimental, a suspensão do tratamento pode significar a ocorrência de danos à pessoa. Portanto, assevera-se que os sujeitos de pesquisa, em razão de sua participação no estudo, sucedida pelo alcance de benefícios com o tratamento experimental, detém o direito de acesso ao medicamento estudado em fase de pós-pesquisa clínica farmacológica. Partindose da constatação de que a relação de pesquisa dá origem a uma relação jurídica negocial tipicamente contratual entre os sujeitos de pesquisa, o patrocinador do estudo, o pesquisador responsável e a instituição de pesquisa, o dever de fornecimento de medicação em fase de pós-pesquisa clínica farmacológica constitui-se como uma obrigação post pactum finitum fundamentada na existência dos deveres pós-contratuais de solidariedade, proteção e lealdade, resultantes da boa-fé objetiva contratual. / El presente trabajo tiene por objetivo estudiar, por uma perspectiva jurídica y bioética, el derecho de acceso a medicamentos en fase de post investigación clínica farmacológica, y el deber de fornecimiento. El problema que se enfrenta parte del momento en que la investigación se ve concluída, cuando el patrocinador de la investigación contabiliza y recoge la medicación experimental remanente, interrumpiendo el fornecimiento del producto a los sujetos de investigación, que, consiguiente, tienen paralizado el tratamiento. En caso de estos sujetos de investigación presentaren un cuadro de mejoría clínica o que tengan auferido benefícios en razón del tratamiento experimental, la suspensión del tratamiento puede significar la ocurrencia de daños a la persona. Para tanto, se asegura que los sujetos de investigación, por ocasión de su participación en el estudio, sucedida por el alcance de benefícios con el tratamiento experimental, detienen el derecho de acceso al medicamiento estudiado en fase de post-investigación clínica farmacológica. Partiendo de la constactación de que la relación de investigación dá origen a una relación jurídica negocial tipicamente contractual entre los sujetos de investigación, el patrocinador del estudio, el investigador responsáble y la institución de investigación, el deber de fornecimiento de la medicación en la fase de post investigación clínica farmacológica constituyese como una obligación post pactum finitum fundamentada en la existencia de deberes post contractuales de solidariedad, protección y lealdad, resultantes de la buena-fé objetiva contractual.
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Bioprospecção, conhecimentos e sociedades tradicionais: a (in)suficiência dos princípios do consentimento prévio informado e da repartição de benefícios enquanto pressupostos jurídicos para a conservação da sociobiodiversidadeSilva, Rodolfo Souza da 24 March 2014 (has links)
Submitted by Maicon Juliano Schmidt (maicons) on 2015-07-10T16:55:55Z
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Previous issue date: 2014-03-24 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / PROSUP - Programa de Suporte à Pós-Gradução de Instituições de Ensino Particulares / Diante da chamada "Era do Acesso" o conhecimento tradicional associado à biodiversidade das sociedades tradicionais tornou-se uma verdadeira matéria-prima da indústria biotecnológica, sendo objeto de bioprospecção e direitos de propriedade intelectual por empresas alimentícias, farmacêuticas e entidades de pesquisa e desenvolvimento. Com base nos princípios do consentimento prévio informado e da repartição justa e equitativa dos benefícios, previstos na Convenção de Diversidade Biológica e na Medida Provisória 2.186-16, devem os interessados na bioprospecção do saber tradicional ser autorizados pelos seus detentores, assim como dividir os benefícios oriundos dos bioprodutos e das pesquisas desenvolvidas. Entretanto, no que pertine à repartição de benefícios, esta pode acarretar a imposição de valores privados e de cunho capitalista, causando riscos à dinâmica social e às práticas culturais dessas comunidades, as quais são construídas sob valores coletivos e comunitários. A partir desta constatação, o presente trabalho pretende analisar em que medida os princípios do consentimento prévio informado e da repartição de benefícios são capazes de promover a conservação dos bens socioambientais das sociedades tradicionais, quando os produtos desenvolvidos têm como base os conhecimentos tradicionais associados. Para tanto, a pesquisa utiliza quanto ao método de abordagem o dialético, com objetivo exploratório, mediante uma pesquisa bibliográfica e documental, a partir de uma perspectiva interdisciplinar. Mesmo diante de uma regulamentação internacional e nacional, indústria e pesquisadores se utilizam constantemente de discursos que pretendem desproteger o saber tradicional e legitimar a não obtenção e realização do consentimento prévio informado e da repartição de benefícios. Em razão das peculiaridades das sociedades tradicionais, as quais se autodeterminam em aspectos coletivos, comunitários e de solidariedade, estas possuem uma cultura diferenciada, pelo que o conhecimento tradicional associado à biodiversidade integra a sua diversidade cultural. Diante dessa diversidade e a sua relação com o meio ambiente, os movimentos sociais na América Latina e no Brasil, influenciaram a incorporação de direitos na Constituição Federal de 1988, fazendo surgir a sociobiodiversidade como nova categoria jurídica. Com a lógica capitalista e de desenvolvimento da indústria biotecnológica, a qual não considera os aspectos da sociobiodiversidade, um diálogo intercultural e uma gestão da inovação biotecnológica mostram-se um caminho para gerenciar a complexidade e as diferentes visões dos atores envolvidos na prática bioprospectiva do saber tradicional, inserindo os direitos socioambientais nesse contexto. A partir da constatação da existência de outros pressupostos jurídicos para bioprospecção, como os princípios da precaução, equidade intergeracional e da função social da propriedade, critica-se o consentimento prévio informado e a repartição de benefícios, demonstrando que o atendimento destes deve ser feito em harmonia com os demais pressupostos jurídicos existentes, de maneira a ser possível conservar a sociobiodiversidade das sociedades tradicionais, garantindo o seu uso sustentável e a manutenção de suas vidas. Sugere-se, nesse fio condutor, critérios a serem considerados quando da definição dos benefícios e sua repartição: 1) os aspectos da sociobiodiversidade dos grupos tradicionais, a partir dos valores, práticas culturais e organizações sociais; 2) o meio ambiente onde vivem esses grupos e onde será acessado o recurso genético da biodiversidade; 3) requerimento e concessão de patentes e de quaisquer benefícios de forma compartilhada com as sociedades tradicionais. / In the face of “The Age of Access", traditional knowledge associated with biodiversity of traditional societies has become raw material of the biotechnology industry, being subject of bioprospecting and intellectual property rights for food, pharmaceutical and research and development companies. Based on the principles of prior informed consent and benefits sharing, benefits provided by Convention on Biological Diversity and Medida Provisória nº.2.186-16/01, the interested in bioprospecting of traditional knowledge must be authorized by their holders and share the benefits derived from research and development of bioproducts. However, in respect the benefits sharing, this can lead to the imposition of private and capitalist values, causing risks to the social dynamics and cultural practices of these communities, which are performed under collective and community values. From this finding, the present study aims to analyze to what extent the principles of prior informed consent and benefit sharing are able to promote the conservation of environmental goods of traditional societies, when the developed products are based on the traditional knowledge. For this, the research uses the dialectic approach method, with exploratory objective, through a bibliographic and documentary research, from an interdisciplinary perspective. Even in the face of a international e and national regulation, researchers and industry constantly use discourses that seek unprotect the traditional knowledge and legitimize the non-obtainment and non-realization of the prior informed consent and benefit sharing. Because of the peculiarities of traditional societies, which consider themselves in collective, community and solidarity aspects, these communities have a different culture, being the traditional knowledge associated integrated in your cultural diversity. Given this diversity and its relationship with the environment, social movements in the Latin America and Brasil influenced the incorporation of rights in the Federal Constitution of 1988, emerging sociobiodiversity as new legal category. With the capitalist and development logic of the biotechnology industry, which does not consider aspects of sociobiodiversity, intercultural dialogue and management of biotechnology innovation shows a way to manage the complexity and the different views of the actors involved in the practice of bioprospecting traditional knowledge, inserting socioenvironmental rights in this context. From the establishment of the existence of other legal requirements for bioprospecting, such as the principles of precaution, intergenerational equity and social function of property, is criticized the prior informed consent and benefits sharing, showing that the treatment of these should be done in harmony with other existing legal requirements in order to be able to conserve the sociobiodiversity of traditional societies, ensuring the sustainable use of their resources and maintenance of their lives. It is suggested in this context, some criteria to be considered when defining the benefits and its allocations: 1) sociobiodiversity aspects of traditional groups, from the values, cultural practices and social organizations;2) the environment where live these groups and where will be accessed and where the genetic resources of biodiversity; 3)application and granting patents and any benefits jointly with traditional societies.
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Tutela penal da dignidade sexual e vulnerabilidadeElia, Fábio Suardi D 25 October 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-10-25 / This paper aims to analyze the concept of vulnerability in the Brazilian Criminal
Code, introduced by Law n. 12.015/09 in the chapter Of crimes against sexual
dignity . To reach this goal we shall study the sociological evolution of the criminal
tutelage of human sexuality, highlighting the theoretical components which lay the
foundation of vulnerability.
The research is justified due to the fact that vulnerability has a close
relationship with the recognition of the individual s human dignity as a legitimating and
motivating of the legal reform analyzed in this paper. Since vulnerability refers to the
victim, the need to study consent -which is based on the victim s behavior-was part of
our study plans .
We thus set forth, from the study of the legal interest the and of its availability,
proceeding to the relevance of the victim s behavior and to the legal nature of consent,
arriving at vulnerability. Once the latter is examined, we proceed to the evaluation of
the elements which integrate and legitimate it, such as the criminalization movement
under the guise of the treaties of penalization, the consideration of the dignity of the
human individual as an element of normative orientation, the situations of vulnerability
foreseen by the legislator, their nature and, finally, to the interpretation of said concept
in the legal realm.
From this vantage point, we conclude that the dignity of the human individual
represents a fundamental requirement in the interpretation of vulnerability, demanding a
non-prejudiced view, the opposite of which results only in further the increase of
suffering and in social exclusion / O trabalho apresentado tem o objetivo de avaliar a noção de vulnerabilidade no
Código Penal brasileiro, introduzida pela Lei n. 12.015/09 no capítulo Dos Crimes
Contra a Dignidade Sexual . Para alçar tal objetivo, estuda-se a evolução sociológica da
tutela penal da sexualidade humana, identificando os componentes teóricos que
fundamentam a vulnerabilidade.
A análise se justifica porque a vulnerabilidade guarda estrita relação com o
reconhecimento da dignidade da pessoa humana como elemento propulsor e legitimador
da reforma legislativa ora em comento. Uma vez que na vulnerabilidade se refere à
qualidade de vítima, de antemão previu-se a necessidade de estudo do consentimento,
teoria que se funda no comportamento da vítima.
Parte-se, portanto, do estudo acerca do bem jurídico e de sua disponibilidade,
passando-se à relevância do comportamento da vítima e da natureza jurídica do
consentimento, alcançando, então, a vulnerabilidade. Posta a vulnerabilidade, passa-se à
apreciação dos elementos que a integram e a legitimam, como o movimento de
criminalização sob a observância dos mandados de penalização, a aproximação da
dignidade da pessoa humana como elemento de orientação normativa, as situações de
vulnerabilidade previstas pelo legislador, suas naturezas e, por fim, a interpretação do
conceito no universo jurídico.
Sob esse prisma, tem-se que a dignidade da pessoa humana representa requisito
fundamental na interpretação da vulnerabilidade, a exigir uma leitura que não admite
uma faceta preconceituosa, consistente no aumento da desdita das vítimas e na exclusão
social.
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