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Modelo rápido de avaliação: estudo de caso da programação pactuada e integrada de epidemiologia e controle de doenças em municípios do estado do Rio de Janeiro / Model quickly of evaluation: case study of the programming agreed and integrated of epidemiologia and control of illnesses in towns of the state of the Rio de JaneiroMello, Rita de Cássia Galhardo de January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / O presente trabalho é um estudo de caso múltiplo utilizando-se como condição traçadora a ação de controle da dengue acordada na PPI-ECD, promulgada em 1999, que constitui em um instrumento de compromissos pertinentes a área de ECD, assumidos entre o Ministério da Saúde e os demais gestores do SUS. A PPI-ECD contempla um conjunto de atividades, metas e recursos financeiros pactuados entre as três instâncias federativas. O objetivo deste trabalho é avaliar o processo de implantação da descentralização das ações de ECD em dois municípios do Estado do Rio de Janeiro, no período de 2000 a 2005. O método adotado foi o Rapid Evaluation Method que possibilita a combinação de abordagens quanti-qualitativas, a coleta e avaliação por evidências, a identificação de intervenções eficazes e não custosas que sejam factíveis e de aplicação imediata. O REM é desenvolvido para ser realizado rapidamente, fornecendo informações confiáveis para o desempenho dos serviços de saúde. Construiu-se uma matriz que permite observar a intervenção avaliada com diversas dimensões, critérios e indicadores, fontes e métodos de coleta de dados. A seleção dos casos municipais foi feita através de critérios pré-eselecidos. (...)
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Educação em saúde no controle da Dengue no Brasil, 1988 a 2004: reflexões sobre a produção científica / Education in health in the control of the Dengue in Brazil, 1988 to 2004: reflections about the scientific outputFerreira, Fabiana Silva January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / Este estudo busca refletir sobre o conhecimento científico em educação em saúde no controle da dengue no Brasil, levantando os conteúdos e as abordagens/concepções educativas presentes nesses estudos. Realizou pesquisa qualitativa, utilizando-se análise de conteúdo da produção científica, cadastrada nas bases LILACS e MEDLINE, sobre educação em saúde no controle da dengue, publicada no período de 1988 a 2004. (...) Com essa seleção criou-se um quadro, identificando o pressuposto e objetivos de cada estudo, metodologia utilizada, resultado e conclusão. Os estudos foram classificados em cinco eixos de investigação, no qual foram apresentados seus conteúdos relevantes, analisando-se também o formato da cada abordagem/concepção educativa presente no estudo. Verificou-se nessas produções científicas que, apesar de a população ter acesso a informações sobre os mecanismos de transmissão da doença e de seu controle, isto não implica a adoção de práticas preventivas. (...) Indicam para a necessidade de novas estratégias educativas, mas poucos apontam que essas estratégias devam ser baseadas na organização e conhecimento do nível local, levando em conta os discursos, valores e o saber popular, articulando a questão da dengue com outras prioridades da população. Analisando as abordagens educativas predominantes nos serviços de saúde, verificou-se que estas partem de uma perspectiva reducionista da doença, articulando a dengue como um problema entomológico, permanecendo o vetor como o único elo vulnerável, sob o pressuposto de que acúmulo de informação produziria, automaticamente, uma mudança da prática da população. Conclui-se que as práticas educativas em dengue não estão valorizando o real papel da participação da população no controle da doença e da necessidade de repensar essas práticas do ponto de vista popular. (...)
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Instrumento para avaliar a implantação do programa nacional de controle da dengue no âmbito municipal / Instrument to evaluate the implantation of the National dengue control program in the municipal scopePimenta Junior, Fabiano Geraldo January 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005 / O presente trabalho propõe um instrumento para avaliar a implantação do Programa Nacional de Controle da Dengue - PNCD no âmbito municipal.A importância da dengue no contexto da saúde pública é apresentada, procurando demonstrar a evolução da situação epidemiológica e as diferentes formas que o governo brasileiro organizou as ações de prevenção e controle.Com o objetivo de fundamentar a proposta são discutidos os conceitos de vigilância, monitoramento e avaliação em saúde pública, ressaltando a oportunidade de eselecer na rotina do PNCD a prática desses conceitos.A proposta do instrumento foi elaborada a partir de um conjunto de indicadores anteriormente selecionados para a construção de um sistema de acompanhamento da implantação do programa - DIAGDENGUE, com a participação dos membros do Comitê Técnico de Acompanhamento e Assessoramento do PNCD, adaptando-os à realidade municipal. Foi também elaborado o modelo lógico do PCND, com os seus dez componentes, concentrando-se nas atividades e responsabilidades da esfera municipal de gestão.O processo de validação do instrumento deu-se a partir da análise e pontuação dos critérios propostos pelos membros do comitê, por intermédio do método delphis simplificado, em duas etapas, incorporando na segunda etapa as sugestões apresentadas pelos especialistas. Nessa etapa buscou-se eselecer uma comparação entre a situação identificada com a aplicação do questionário elaborado e as informações constantes nos sistemas de informação adotados pelo PNCD. Esse processo demonstrou que o instrumento proposto permite um aprofundamento na avaliação da implantação das ações de controle da dengue nos municípios. Após essa etapa, a proposta de questionário foi submetida aos coordenadores do programa de controle da dengue de nove municípios do Estado de Minas Gerais.Comparando-se os resultados obtidos, observa-se uma tendência dos representantes dos municípios valorizarem mais do que os especialistas as ações que fazem parte de sua rotina, como o envio das informações do FAD, de amostras para sorologia e isolamento viral, assim como os especialistas valorizaram mais as ações intersetoriais. Conclui-se apresentando uma proposta de instrumento que permite subsidiar e aprofundar a avaliação da implantação do PNCD, qualificando e apontando os avanços e deficiências de cada um dos dez componentes.
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Avaliação multicêntrica de aspectos da capacidade vetorial de populações de Aedes aegypti do Peru quanto ao vírus dengue do sorotipo 2Salcedo, Miriam Graciela Palomino January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2014-05-07 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. / A incidência de dengue e a distribuição geográfica do seu vetor no Peru têm aumentado consideravelmente na última década, necessitando-se de avaliações locais acerca da dinâmica da sua transmissão visando ao aprimoramento do seu controle. O presente estudo consiste na primeira investigação multicêntrica de aspectos da capacidade vetorial de populações peruanas de Ae. aegypti quanto ao vírus dengue, incluindo avaliações simultâneas da densidade, da competência vetorial e do perfil de resistência a inseticidas em populações naturais desse vetor das três regiões fitogeográficas e climáticas no Peru: costa, selva alta e amazônia. Para tal, fizemos amostragens de Ae. aegypti em 12 localidades, na primavera de 2011 e outono de 2012, empregando ovitrampas com dois tipos de suporte: madeira e papel. Os mosquitos da geração F2 de seis localidades foram oralmente expostos a uma amostra de vírus dengue do sorotipo 2 isolada na Amazônia peruana, em 2011 (DENV-2 Pe), para se avaliar competência vetorial. Homogenatos da cabeça dos mosquitos foram examinados por RT-PCR 14 dias após o repasto infectante (d.p.i) para a determinação da taxa de disseminação viral. Quando positivos, efetuou-se a titulação viral na cabeça por qRT-PCR
Mosquitos de uma população Amazônica peruana, Punchana (PUN), foram comparativamente infectados com DENV2-Pe e com uma amostra do mesmo sorotipo e genótipo isolado no Brasil (DENV-2 Br), tendo sido examinados aos 14º e 21º d.p.i. com as mesmas técnicas. Tambem o perfil de resistência a três inseticidas foi determinado em mosquitos adultos de quatro localidades, através do teste de garrafas impregnadas com inseticidas. Não houve diferença entre os dois suportes usados nas ovitrampas quanto à eficiência na coleta de ovos. A densidade de mosquitos foi bastante heterogênea no tempo e espaço no país. A positividade de ovitrampas foi elevada, variando de 22,2% a 65,4%, sendo a maior registrada em PUN e a menor em La Curva (LCU), na costa, onde, por outro lado, encontrou-se a maior densidade de ovos por ovitrampa positiva (68,8), seguida por PUN (66,5%); a menor densidade foi verificada em Bagua Chica (30,1), na selva alta. Houve disseminação viral em mosquitos de todas as seis populações, com taxas heterogêneas, variando entre 6,7%, em LCU, na costa, e 53,3%, em Rio Negro (RNE) na selva alta. A mediana da carga viral foi de ~10 log10 cópias de RNA/cabeça (PUN e Puerto Maldonado setor 7, na Amazônia, e Bagua Grande, na selva alta) e de ~5 log10 RNA/cabeça (RNE, da selva alta, e LCU e Sanchez Cerro, da costa)
A taxa de disseminação da infecção na população PUN foi menor para o DENV-2 Pe que para DENV-2 Br, tanto ao , no 14º d.p.i (16,7% versus 35,5%) quanto no 21º d.p.i. (20% versus 36,7%), embora a mediana da carga viral tenha sido maior na cabeça dos mosquitos infectados com o DENV-2 Pe. Três de quatro populações mostraram diferentes níveis de resistência para Alfacipermetrina, com mortalidade variando de 41,3% a 95,2%, todas apresentaram níveis de resistência incipiente para Deltametrina, mas foram sensíveis para Malation. Em conjunto, os resultados revelam que as populações de Ae. aegypti são consideravelmente competentes para a transmissão de dengue e apresentam-se em elevada densidade na maioria das localidades peruanas, sugerindo alto risco de ocorrência de epidemias de dengue, especialmente na amazônia. Ainda que possuam populações de Ae. aegypti competentes para transmitir o vírus dengue e com perda da susceptibilidade a piretroides, o risco de epidemias nas regiões da costa e selva alta é possivelmente ainda limitado por fatores climáticos e ecológicos / Dengue incidence and vector geographical distribution have considerably increased in the last decade in Peru. The assessment of factors concerned with local dengue transmission dynamics is required in order to improve control measures. The present study is the first multicenter investigation of some aspects of the vector capacity of Peruvian populations of Ae. aegypti to dengue virus, including simultaneous assessments of mosquito density, vector competence and profile of insecticide resistance in natural populations of this vector the three phytogeographic and climatic regions in Peru: the coast, mountain jungle Amazon. Ae. aegypti was sampled in 12 localities, during the spring 2011 and fall 2012, employing ovitraps with two types of support for mosquito egg laying: wooden paddle and towel paper. Mosquitoes of the F2 generation from six populations were orally exposed to a sample of dengue virus serotype 2 isolated in the Peruvian Amazon in 2011 (DENV-2 Pe), to assess vector competence. Head homogenates of mosquitoes were examined by RT-PCR 14 days after the infecting meal (dpi) for determining the rate of viral. When positive, the viral titer in the head was determined by qRT-PCR. Mosquitoes from one population from the Peruvian Amazon, Punchana (PUN), were comparatively exposed to DENV2 -Pe and to a strain of the same dengue virus serotype and genotype isolated in Brazil (DENV-2 Br), were examined at 14 and 21 dpi with the same techniques. The profile of resistance to three insecticides was determined in adult mosquitoes from four localities by the CDC bottle bioassay. The two kinds of support used in the ovitraps have similar efficiency in collecting Ae. aegypti eggs. Mosquito density was very heterogeneous in time and space in the country. The positivity of ovitraps was essentially high, ranging from 22.2 % to 65.4 %, with the highest and lowest recorded in PUN, in the Amazon, and La Curva, on the coast (LCU). On the other hand, the highest egg density per positive ovitrap ( 68.8 ), was detected in LCU, followed by PUN ( 66.5 % ); the lowest density was found in Bagua Chica ( 30.1 ), in mountain jungle. Dissemination of viral infection occurred in mosquitoes of all six tested populations, although with heterogeneous rates, ranging from 6.7% in LCU, on the coast, and 53.3 % in Rio Negro (RNE), in mountain jungle. The median viral load was ~10 log10 RNA copies/head in PUN and Puerto Maldonado sector 7, the Amazon, and Bagua Grande, in mountain jungle, and ~5 log10 RNA/head (RNE, the in mountain jungle, and LCU and Sanchez Cerro, the coast). Unexpectedly, the dissemination infection rates in the PUN population was lower for the DENV-2 Pe than the DENV-2 Br, both at the 14th d.p.i (16.7% versus 35.5%) and 21º d.p.i. (20% versus 36.7%), although median of viral loads were higher for the DENV-2 Pe strain. Three out of four populations displayed different levels of resistance to Alfacipermetrina, with mortality rates ranging from 41.3 % to 95.2 %. All populations showed developing levels of resistance to deltamethrin, but were all sensitive to Malathion. Together, results showed that Ae. aegypti populations are considerably competent to dengue transmission and occur in high densities in most assessed localities in Peru, suggesting high risk of dengue epidemics, especially in the Amazon. Even having Ae aegypti populations competent to transmit dengue virus and with loss of susceptibility to pyrethroids, the risk of epidemics in the coast and mountain jungle regions is possibly still limited by climatic and ecological factors.
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Imunidade inata ao vírus da dengue: um estudo do interferon do tipo I / Innate immunity to dengue virus: a study of the type I interferonSilva, Mayara Marques Carneiro January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães. Recife, PE, Brasil / A febre da dengue (FD) e a febre hemorrágica da dengue (FHD) têm emergido como as mais importantes doenças causadas por arbovírus em áreas tropicais. A forma mais grave da doença, a FHD, apresenta taxa de mortalidade geralmente entre 1 por cento e 10 por cento e requer hospitalização e um cuidadoso controle hemodinâmico dos pacientes. O interferon do tipo I (IFN-I), IFN-alfa/beta, juntamente com o IFN tipo do II (IFN-II), IFN-gama, são fundamentais na mediação da resposta antiviral, através da modulação da resposta imune para inibir a propagação viral. No presente trabalho, propomos o estudo da resposta imune inata ao vírus da dengue (DENV), com ênfase no IFN-I. Para isso, investigamos os níveis de expressão dos genes que codificam os IFN-I e IFN-II, utilizando cDNA, obtido de células mononucleares do sangue periférico (PBMCs) de pacientes infectados com o DENV, através do sistema de PCR em tempo real (qPCR), e analisamos os níveis de IFN-I no soro dos mesmos pacientes pelo ELISA. Avaliamos, também, a via de sinalização do IFN-I em células infectadas por diferentes cepas do DENV, utilizando a linhagem celular BHK21pISRELucHygro, que possui em seu genoma um plasmídeo que contém como promotor o ISRE (região responsiva ao IFN-I) fusionado ao gene repórter luciferase. A quantificação do IFN-I das PBMCs, por qPCR, mostrou que os pacientes acometidos com a FHD, com até 5 dias de febre, expressaram níveis mais elevados do IFN-I quando comparados aos pacientes acometidos pela FD. Enquanto, os níveis séricos de IFN-alfa dos pacientes FD e FHD, quantificados através do ELISA, mostraram níveis similares, representando um padrão diferente do observado nos transcritos de IFN-I em PBMCs. No entanto, os níveis séricos de IFN-gama foram significativamente maiores em pacientes FHD, confirmando o padrão observado na quantificação por qPCR / Por fim, na análise da via de sinalização do IFN-I via expressão da luciferase em células BHK21pISRELucHygro após infecção por diferentes cepas do DENV foi observado que esses isolados clínicos possuíram a capacidade de inibir a via em diferentes proporções
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Caracterização dos efeitos imunomodulador e antiviral de uma espécie da família marcgraviaceae em modelo in vitro de infecção em linhagem de hepatócitos HUH-7 pelo vírus dengue-2Fialho, Luciana Gomes January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2015-05-21 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Várias doenças relacionadas à desregulação do sistema imunológico têm sido, há muito tempo, tratadas com a medicina fitoterápica, considerando que vários efeitos terapêuticos podem ser induzidos pela modulação de citocinas. Entretanto, não são encontrados relatos científicos do uso de plantas medicinais na dengue. A identificação de compostos com propriedades imunomoduladoras é extremamente importante para o tratamento da dengue, uma vez quea gravidade da doença está relacionada a uma produção exacerbada da resposta imunológica, principalmente, de citocinas que podem levar à distúrbios hemodinâmicos e de coagulação. A família Marcgraviaceae, pertencente à flora brasileira, tem sido avaliada quanto às suas atividades biodinâmicas, devido ao seu quase completo ineditismo químico e farmacológico. A atividade anti-inflamatória dessa família tem sido descrita por alguns autores. Assim sendo, o objetivo principal do trabalho foi caracterizar os potenciais antivirais e imunomoduladores de uma espécie de Marcgraviaceae. Foi estabelecido e utilizado um modelo in vitrocultivando uma linhagem de hepatócitos \2013 as células HuH-7- que foram infectadas com DENV-2
As células HuH-7 infectadas foram incubadas, por 48 horas, com uma fração butanólica e 4 subfrações (26-30, 40-43, 89-98 e 99-134) derivadas de um extrato bruto etanólico de folhas de uma espécie de Marcgraviaceae. As amostras passaram por uma triagem, a qual identificou a atividade antiviral das mesmas, através da detecção do antígeno viral (DENV Ag) nas células HuH-7, pela citometria de fluxo e a atividade imunomoduladora, através da dosagem de MIF, por ELISA, no sobrenadante das culturas infectadas e tratadas. Os resultados da triagem indicaram que a fração butanólica e sua subfração 89-98 apresentaram ambasas atividades, sendo selecionadas para os demais estudos de caracterização dos mecanismos de ação. Após a seleção, a atividade antiviral destas frações/subfrações foram avaliadas quanto à produção de óxido nítrico (NO), através dareação de Griess, e detecção da proteína viral NS1, através de ELISA. A ação imunomoduladora foi avaliada através da dosagem de IL-8 também por ELISA. Nossosresultados demonstraram que a fração butanólica e sua subfração 89-98, foram capazes de reduzir a taxa de produção de NS1, além de estimular a produção de NOpelas células HuH-7
Além disso, a subfração 89-98 também reduziu a produção de IL-8. Em conclusão, acreditamos que estas frações/subfrações sejam boascandidatas para o desenvolvimento de fitoterápicos a serem usados no tratamento da dengue. Considerando que o organismo é capaz de controlar ainfecção por DENV em poucos dias e que as reações imunológicas possuem um papel importante na patogênese da dengue, o estudo de fatores imunomoduladores é uma abordagem de investigação inovadora e relevante / Various diseases related to immunodesregulation have been long treated by herbal
medicine, considering that several therapeutical effects are observed in the
modulation of cytokines. However, there are few reports regarding to the use of
medicinal plants in dengue. The identification of compounds with immunomodulatory
properties is extremely important for the treatment of dengue, since the disease
severity is related to an exacerbated production of the immunological response,
mainly cytokines that may lead to hemodynamic and coagulation disorders.
Marcgraviaceae, a family of the Brazilian flora, has been evaluated for its biodynamic
activities, due to its almost complete chemical and pharmacological uniqueness. The
anti-inflammatory activity of this family has been described by some authors.
Therefore, the aim of this work was to characterize the antiviral and
immunomodulator potentials of a Marcgraviaceae species. It was established and
used an in vitro model cultivating an hepatocyte cell line – HuH-7 cells – that were
infected with DENV-2. Infected, HuH-7 cells were incubated with a buthanolic
fraction and four subfractions ((26-30, 40-43, 89-98 e 99-134) derived from a crude
ethanol leave extract from a Marcgraviaceae species, for 48 hours. The samples
went through a screening that revealed their antiviral activity, by detection of viral
antigen (Ag DENV) in HuH-7 cells, using flow cytometry.The immunomodulator
activity was measured by ELISA detecting MIF levels in the supernatant of infected
and treated cultures. The results of screening indicated that the buthanolic fraction
and its subfraction 89-98 presented both activities, being selected for the other
studies to characterize the mechanisms of action. After selection, the antiviral activity
of these fractions/subfractions were evaluated for the production of nitric oxide (NO)
by Griess reaction, and viral protein NS1 detection, by ELISA. The immunomodulator
action was evaluated by IL-8 measurement by ELISA as well. Our results
demonstrated that the buthanolic fraction and its subfraction 89-98 were able to
reduce NS1 production ratio, besides stimulating NO production by HuH-7 cells.
Furthermore, the 89-98 subfraction also reduced IL-8 production. In conclusion, we
believe that these are good candidates for the development of herbal medicines for
the treatment of dengue. Considering that the host is able to control infection by
DENV in a few days and that immune responses develop an important role in the
pathogenesis of dengue, the study of immunomodulatory factors is a relevant
approach in research.
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Interação vírus-vetorcaracterização da região 3\2019 não-codificante (NC) de vírus dengue tipo 3 (DENV-3), isolados de mosquitos e humanos, após a infecção experimental sucessiva e simultânea em mosquitosCarneiro, Thaís Chouin January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2015-04-14 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / A dengue é considerada a mais importante das doenças virais transmitida por artrópodes que acomete o homem. O vírus dengue (DENV) é mantido na natureza através de replicação cíclica em hospedeiros vertebrados e mosquitos Aedes, sendo o Aedes aegypti o principal vetor. O seqüenciamento completo de DENV-3 isolado de Ae. aegypti naturalmente infectado do Rio de Janeiro em 2001 e de um caso humano em 2002, demonstrou uma similaridade de 99% com DENV-3 isolado de um caso fatal humano ocorrido no mesmo período. A análise da região 3´NC do genoma viral demonstrou uma mutação nesta região, sugerindo uma deleção de 8 nucleotídeos (nts) na inserção de 11nts, característica de DENV-3 isolados no Brasil. Neste estudo, avaliamos se as diferentes variantes de DENV-3 na interação vírus-vetor através da determinação da competência vetorial em Ae. aegypti. As cepas de DENV-3 BR74886 #5 (cepa representativa do vírus com inserção de 11nts na região 3\2019NC) e BR73356 #5 (cepa representativa do vírus com a deleção de 8 nts), apresentando títulos de 8 x 107 PFU/mL e 7,3 x 107 PFU/mL, respectivamente, mantiveram suas características na região 3\2019NC do genoma viral após cinco passagens em cultura celular e foram selecionadas para a infecção experimental. A estratégia de infecção consistiu na utilização de 2.925 fêmeas de Ae. aegypti, sendo que 2.340 da geração F1 da população de Tubiacanga (RJ) e 585 da cepa controle Paea
A população experimental se mostrou competente para transmitir as duas cepas virais de DENV-3, no entanto a disseminação viral no corpo do mosquito apresentou-se de forma heterogênea, sugerindo haver vantagens para a cepa com inserção de 11 nts, uma vez que disseminou-se mais rapidamente. Quando as fêmeas de Ae. aegypti foram alimentadas com ambas as cepas, a disseminação no vetor comportou-se de maneira semelhante à observada quando alimentadas com a cepa representativa da inserção de 11 nts. A análise das cepas de DENV-3 detectadas nas cabeças das fêmeas após replicação in-vivo por 14 dias, não identificou alterações nas características de cada cepa. No entanto, a análise desta região demonstrou uma prevalência do vírus com a inserção de 11 nts quando as fêmeas foram alimentadas com as duas cepas simultaneamente. Variações entre os títulos virais foram observados nas salivas de fêmeas infectadas com as diferentes cepas virais, sugerindo que embora ambas as cepas de DENV-3 possam ser transmitidas na natureza, a cepa com a inserção de 11 nts possui maior eficácia. Os resultados indicam que diferentes cepas virais, variantes genéticas ou mutações que ocorram em um mesmo genótipo podem impactar na competência vetorial dos mosquitos, podendo afetar diretamente o potencial epidêmico de uma cepa de vírus em particular / Dengue is considered the most important arthropod
-
borne viral disease that
affects humans. Dengue virus (DENV) is
maintained in nature by
a
cyclic
replication in vertebrate hosts and
Aedes
mosquitoes, with the
Aedes aegypti
as
the main vector. The complete sequencing of
a
DENV
-
3
strain
isolated from
Ae. aegypti
naturally infected in Rio de Janeiro in 2001 and
from
a h
uman case
occurred
in 2002 demonstrated a similarity of 99%
with
a
DENV
-
3 isolated from
a human
fatal
case occurred in the same period. However, the analysis of the 3
Untranslated Region (UTR)
of the viral genome showed a mutation in this
region, suggestin
g a deletion of 8 nucleotides (nts) within the 11 nucleotides
insertion, characteristic of DENV
-
3
isolated in Brazil.
In this study, we evaluated
whether the
distinct
DENV
-
3
variants presenting those characteristics showed
differences
on the virus
-
vector i
nteraction by determining the vector
competence of two populations of
Ae. aegypti
. The
DENV
-
3 strain
BR74886#5
(with the 11nts insert in the region 3'
UTR
) and
the strain
BR73356#5 (with
an
8
nts deletion), presented titers of 8 x 10
7
PFU/mL and 7.3 x 10
7
PF
U/mL,
respectively, maintained its characteristics in the 3'
UTR
region of the viral
genome after five passages in cell culture and were selected for experimental
infection.
The infection strategy consisted in the use of 2,925 female
Ae.
a
egypti
: 2,340 of a
F1 generation from the Tubiacanga (RJ) population and 585
Paea control mosquitoes.
The experimental population proved to be competent
to transmit the two DENV
-
3 strains. However, the viral dissemination in the
body of
the mosquito presented heterogeneousl
y,
suggesting that there are
advantages for the strain with 11 nts insertion in the 3'
UTR
,
once disseminated
more rapidly
.
When
Ae. aegypti
were fed
with the
both strains, the
viral
dissemination
in the vector
was
similar to that observed when
fed with 11
nts
insertion in the 3'
UTR
.
The analysis of the 3'
UTR
from the DENV
-
3 strains
detected in the heads of females after
in
-
vivo
replication for 14 days, did not
identify changes in the
3’ UTR
of each strain. However, the analysis of the
females infected with
two strains simultaneously detected only the presence of
the strain carrying the 11 nts insertion in the 3'
UTR
.
Viral titer differences were
observed in the saliva of the experimentally infected
Ae.
a
egypti
females
suggesting that even tough both variants
are transmissible, the variant
presenting the 11nts is more efficiently transmitted.
The results indicate that
different viral strains, genetic variants or mutations that occur in the same
genotype may impact on the vector competence of mosquitoes, which c
an
directly affect the epidemic potential of a particular virus strain
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Avaliação da influência da Wolbachia na infecção e transmissão vertical do vírus dengue em mosquitos Aedes aegyptiPacidônio, Etiene Casagrande January 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa Rene Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil / A dengue é um problema médico crescente em países subtropicais e tropicais. A dengue é uma infecção viral que apresentem quatro sorotipos distintos, DENV-1 a - 4, sendo recentemente relatado o quinto sorotipo, DENV-5, na Malásia. Estes são transmitidos pela picada de mosquitos infectados do gênero Aedes, sendo o Aedes aegypti o principal vetor. Atualmente, a prevenção e controle da dengue dependem exclusivamente de medidas de combate ao vetor, e estas apresentam-se ineficientes, principalmente em países em desenvolvimento. Nesse contexto, há a necessidade da busca de novas estratégias que possam ser utilizadas
concomitantemente com as formas de controle já existentes. A Wolbachia é uma bactéria intracelular, amplamente conhecida por promover o fenótipo de bloqueio do
vírus dengue em mosquitos A. aegypti. Apesar disto, não se conhece se a Wolbachia é capaz de interferir na infecção da progênie de mosquitos infectados com o vírus dengue, fenômeno conhecido como transmissão vertical. A transmissão vertical pode estar associada com a manutenção do vírus em períodos interepidêmicos ou em locais nos quais a transmissão ativa está diminuída. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar se a Wolbachia introduzida na linhagem brasileira de A. aegypti influencia a transmissão vertical da dengue. Duas metodologias de infecção foram utilizadas: infecção oral e nanoinjeção intratorácica, onde utilizou-se o DENV-4 e DENV-1,-3 e -4, respectivamente. Para estes experimentos, foram comparados mosquitos com Wolbachia (Mel) e uma linhagem de mosquitos tratada
com antibiótico e portanto, livre da bactéria (Tet). Os ovos dos mosquitos infectados foram coletados em um período de 20 e 11 dias após a infecção, oral e injeções, respectivamente. A fecundidade e fertilidade, de forma geral, foram diminuídas na co-infecção da Wolbachia com o vírus dengue. Em todos os mosquitos infectados, não se observou diferenças na suscetibilidade ao vírus, porém a carga viral foi diminuída pela Wolbachia no DENV-4, em ambas as formas de infecção. Foi
possível a detecção de pools positivos independente da forma de infecção,
demonstrando que a transmissão vertical do vírus dengue ocorreu, porém a proporção de pools positivos entre os grupos Mel e Tet não foi alterada. Entretanto, pudemos observar uma diminuição da carga viral nos pools positivos Mel. Os ovários na infecção oral, interessantemente, tiveram uma forte diminuição da suscetibilidade conferida pela Wolbachia. A carga viral dos ovários foi diminuída em DENV-1 e DENV-4, em ambas as formas de infecção. Os dados obtidos nestes experimentos apontam que a transmissão vertical do vírus dengue ocorreu em pequenas taxas.
Independente da forma de infecção utilizada, as taxas não variaram, mostrando que os mecanismos que regulam a ocorrência da transmissão vertical precisam ser explorados. Concluímos que, a Wolbachia pode potencialmente ser responsável pela redução da transmissão vertical em campo. Isto é considerado um grande avanço no controle da dengue, se realmente for comprovada que a transmissão vertical é a responsável pela manutenção do vírus em períodos inter-epidêmicos. / Dengue is a growing medical problem in subtropical and tropical countries. Dengue is a viral infection which is known four distinct serotypes, DENV-1 to -4, recently being reported the fifth serotype DENV-5 in Malaysia. These are transmitted by the bite of infected mosquitoes of the genus Aedes, being the main vector Aedes aegypti.
Currently, prevention and control of dengue rely solely on anti-vector measures, and
these have to be inefficient, especially in developing countries. In this context, there
is the need to search for new strategies that can be used concurrently with the forms
of existing control. Wolbachia is an intracellular bacterium The widely known for
promoting the virus lock phenotype in dengue mosquitoes A. aegypti. Despite this, it
is not known if the Wolbachia is able to interfere in the progeny of infected
mosquitoes, known as vertical transmission. Vertical transmission may be associated with the maintenance of the virus in inter-epidemic periods or active sites that
transmission is decreased. The objective of this study was to evaluate whether Wolbachia introduced in the Brazilian strain of A. aegypti influences the vertical transmission of dengue. Two methods were used for infection: Oral nanoinjeção intrathoracic infection and, where used DENV-4 and DENV-1, -3 and -4 respectively.
For these experiments, mosquitoes were compared with Wolbachia (Mel) and a strain of mosquitoes treated with antibiotics and therefore free of bacteria (Tet). The eggs of infected mosquitoes were collected over a period of 20 and 11 days after infection, orally and injections, respectively. The fecundity and fertility, in general, were reduced in the co-infection of Wolbachia with the dengue virus. In all infected
mosquitoes, no differences were observed in susceptibility to the virus, but the viral
load was reduced by Wolbachia in DENV-4 in both forms of the infection.
Independent positive pools of detection was possible the form of infection, demonstrating that vertical transmission of dengue virus occurred, but the proportion
of positive pools between Mel and Tet group was unchanged. However, we observed a decrease in viral load in positive pools Mel. Ovaries in the oral infection,
interestingly, had a strong decrease in susceptibility conferred by Wolbachia. The
viral load in the ovaries was decreased DENV-1 and DENV-4 in both forms of the
infection. The data from these experiments indicate that vertical transmission of
dengue virus occurred in small fees. Independent of the infection used, the rates did not change, showing that the mechanisms that regulate the occurrence of vertical
transmission need to be explored. We conclude that the Wolbachia could potentially be responsible for the reduction of vertical transmission in the field. This is considered a major breakthrough in dengue control, if it is really proven that vertical transmission is responsible for virus maintenance in inter-epidemic periods
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Utilização de sinais de alarme para Dengue Grave em crianças por profissionais do Sistema Único de SaúdeCorrêa, Luana Sicuro January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2015-11-23 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Introdução: Dengue possui amplo espectro clínico, sendo o reconhecimento precoce de casos graves seguido de intervenção a principal estratégia para diminuição da letalidade. A identificação de sinais de alarme, que indicam risco de evolução para gravidade, é enfatizada na nova classificação das formas clínicas da Organização Mundial de Saúde (OMS) e na de manejo clínico adotada pelo Ministério da Saúde do Brasil (MS). No Brasil, desde 2008, houve aumento na incidência de casos graves pediátricos. A identificação de gravidade é mais difícil nas crianças, geralmente menos sintomáticas, com evolução mais rápida para o choque e sem manifestações hemorrágicas. Objetivo: Identificar os sinais de alarme para dengue grave em crianças, reconhecidos por profissionais e técnicos do Sistema Único de Saúde, por meio da versão brasileira de instrumento proposto pela OMS
Métodos: Tradução e retrotradução do questionário original em inglês, seguida de discussão com especialistas e pré-teste do instrumento. Inquérito realizado em 2011 por meio da aplicação da versão brasileira do questionário a médicos (M), enfermeiros (E) e técnicos de enfermagem (T) de duas unidades de atenção primária, uma secundária e duas terciárias, todas do Sistema Único de Saúde (n=488). Foram coletadas informações sociodemográficas, experiência no atendimento de dengue e sobre o uso e classificação de importância dos sinais de alarme para dengue grave definidos pela OMS e MS. Diferenças nas distribuições de frequência das variáveis por nível de atenção e ocupação foram avaliadas pelo teste qui-quadrado e Kruskal-Wallis (p<0,05)
Resultados: Quanto à versão brasileira do questionário OMS, apenas a questão relativa à classificação dos sinais foi reformulada por sua difícil compreensão. Do total, 474 (97%) participantes responderam ao questionário, 40% M, 23% E e 37% T; 75% de unidades de atenção terciária. Sangramentos de mucosa e dor abdominal foram os sinais mais usados para encaminhamento de pacientes para unidades de maior complexidade. Nos três níveis de atenção, 90% dos profissionais referiram usar os sinais de alarme, sendo os mais citados, hemorragias importantes, dor abdominal e hemoconcentração/plaquetopenia, e os menos citados, dor à palpação abdominal e hepatomegalia. Na atenção secundária, sangramento de mucosas foi um dos três sinais mais citados. Foi encontrada diferença significativa na comparação entre as ocupações, com destaque para derrames cavitários, sangramentos de mucosas, letargia e desconforto respiratório (p<0,01). Aumento de hematócrito concomitante à plaquetopenia e hemorragias importantes foram mais frequentemente ranqueados como de maior importância, ainda que com grande variação na pontuação atribuída a cada sinal e entre as ocupações. Médicos valorizaram mais \201Chipotensão/desmaio\201D e \201Cletargia/agitação\201D, enquanto técnicos enfatizaram mais \201Csangramentos de nariz e gengiva\201D
Discussão: Os sinais de alarme são muito usados na prática clínica. Sangramentos e hemoconcentração/plaquetopenia foram muito valorizados, enquanto menor importância foi dada aos sinais de choque, diretamente relacionados à gravidade da doença. Estes resultados sugerem a necessidade de adequação dos treinamentos, dando maior ênfase aos sinais de choque, considerando as atribuições de cada categoria ocupacional no atendimento de crianças com dengue / Introduction:
Dengue is a disease with a broad clinical spectrum. T
he early recognition and
treatment of severe cases is the main strategy to reduce lethality.
The revised dengue case
classification proposed by the World Health Organization (WHO), as well as the clinical
management guideline adopted by the Brazilian Minis
try of Health (MS), emphasizes
the
early identification of warning
signs as predictors of severe outcomes. In Brazil, since 2008,
the incidence of severe pediatric cases has been increased. The diagnosis of dengue severe
cases among children is difficult
since they are usually oligosymptomatic, with rapid
progression to shock syndrome and without hemorrhagic manifestations
.
Objective:
To
identify dengue warning signs in children recognized by the health personnel of the National
Health System (SUS) using t
he Brazilian version of an instrument proposed by the WHO.
Methods
:
Translation and back translation
of the WHO instrument followed by an expert
panel consensus
and
a pretest of the first prototype of the Brazilian version. The survey was
conducted in 2011
b
y applying the final Brazilian version of the WHO questionnaire to
physicians
(MD), nurses (N) and nurse assistants (NA) of two primary care
units
, one
secondary and two tertiary health care
facilities
of SUS (n=488). Data collection included
socio
-
demog
raphic characteristics, dengue
clinical
experience, use and ranking of the dengue
warning signs defined by WHO and MS. The chi
-
square and Kruskal
-
Wallis tests (p<0.05)
were used to assess whether there are differences in the use of warning signs according
to the
level of health care and occupations.
R
esults:
Only one item of the WHO instrument, related
to the ranking of dengue warning signs, was rephrased to ease the understanding. Of the total,
474 (97%) participants filled out the questionnaire; 40% MD, 2
3% N e 37% NA; 75% of
them from tertiary health care facilities. Mucosal bleeding and abdominal pain were the most
commonly used signs to refer patients to a higher level of care. Ninety percent of all
participants reported using dengue warning signs, the
most
frequently
cited were major
bleeding, abdominal pain and hemoconcentration/thrombocytopenia
;
the less reported were
abdominal tenderness and hepatomegaly. Mucosal bleeding was one of the three
most
-
cited
warning signs at secondary care. There were sta
tistical significant differences by occupations,
particularly for
fluid
effusion
,
mucosal bleeding, lethargy and respiratory distress (p<0.01).
Despite the wide range of scores assigned to each warning sign and among occupations,
hemoconcentration concurre
nt with thrombocytopenia and major bleeding were more often
ranked as the most important sign. Physicians emphasized "hypotension/collapse" and "lethargy/restlessness" while nurse assistants
stressed the importance of
"nose and gum
bleeding".
Discussion:
D
engue warning signs are widely used in clinical practice. Bleeding
and hemoconcentration/thrombocytopenia were highly valued, but clinical signs of shock
directly related to severity received less attention. These results suggest the need of a revision
in
clinical management trainings for health
personnel
working with dengue in children.
Clinical signs of shock should be emphasized, considering the different
roles of each
health
professional.
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Vinte e cinco anos de DENV-1 no Brasilepidemiologia Molecular de Cepas Isoladas entre 1986 e 2011Nogueira, Fernanda de Bruycker January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2015-04-14 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Este estudo apresenta a fiogenia e caracterização molecular baseados na análise do gene do envelope (E) (1.485 nucleotídeos) dos DENV-1 (n=48) e na região codificante completa (10.176 nucleotídeos) de seis representantes dentre as 48 amostras analisadas, isolados durante as epidemias ocorridas desde a introdução do sorotipo em 1986 até 2011. Possíveis eventos de recombinação genômica também foram analisados. Os resultados baseados na análise do gene E demonstraram que os DENV-1 isolados dos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte pertencem ao genótipo V (América/África), mas agrupam-se em clades distintos. Três grupos foram identificados, um datando entre 1986-2002 (linhagem 1a), um segundo grupo representado por vírus isolados entre 2009 e 2011 e uma cepa isolada representativa do ano de 2002 (linhagem 2) e um grupo de cepas isoladas em 2010 e 2011 (linhagem 1b). A linhagem 2 apresentou um alto suporte de bootstrap garantindo a sua separação das outras linhagens. As linhagens 1a e 1b, apesar de se agruparem em ramos distintos, foram caracterizadas no mesmo grupo, com bootstrap acima de 75%. Além disso, as linhagens 1a e 1b foram mais relacionadas com as cepas americanas e a linhagem 2 com as cepas asiáticas. As substituições de aminoácidos (aa) foram observadas nos ectodomínios I e III da proteína E e foram associadas à separação das linhagens
Uma substituição em E297 diferenciou a linhagem 1a das linhagens 1b e 2. As alterações observadas em E338, E394 (ectodomínio III), E428 e E430 (região \201Cstem\201D) diferenciaram as linhagens 1a, 1b e 2. A análise da região codificante completa apresentou um elevado número de substituições de aa (n=82), distribuídas entre as seis cepas estudadas, no entanto a cepa representante da linhagem 2 apresentou aproximadamente 50% do total observado. Com exceção do gene C, todos os outros genes analisados (prM/M, E, NS1, NS2A, NS2B, NS3, NS4A, NS4B e NS5) permitiram a classificação genotípica dos DENV-1. Os genes NS3 e NS5 permitiram a separação das linhagens 1 e 2, no entanto, apenas o gene E e a região codificante completa foram capazes de distinguir as linhagens em 1a, 1b e 2. Nenhum evento recombinante foi detectado dentre as amostras do estudo quando comparadas com amostras de referência disponíveis do Genbank, porém uma cepa da linhagem 1a, isolada no estado do Rio de Janeiro em 1988 foi considerada mais relacionada com uma cepa possivelmente recombinante isolada no estado do Paraná no ano de 2001 (amostra de referência AF513110/BR/2001) / This study presents the phylogeny and molecular characterization based on envelope gene (E) analysis of DENV-1 (n=48) isolated during epidemics occurred since this serotype introduction in 1986 to 2011. From those strains, six were fully sequenced (coding region) and possible genomic recombination events were analyzed. The results of the phylogenetic analysis based on the E gene showed that DENV-1 isolates from the states of Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Ceará, Piauí and Rio Grande do Norte belong to genotype V (America/Africa), but grouping in distinct clades. Three groups were identified, one dating from 1986 to 2002 (lineage 1a), a second group isolated between 2009 and 2011 and a representative strain isolated in 2002 (lineage 2) and a group of strains isolated in 2010 and 2011 (lineage 1b). Lineage 2 has a high bootstrap support ensuring their separation from the other lineages. The lineages 1a and 1b, despite in distinct branches, were characterized in a same group supported by a bootstrap of 75%. Furthermore, the lineages 1a and 1b were more closely related to the American strains, while lineage 2 to the Asian strains. Amino acids (aa) substitutions were observed in the ectodomains I and III of the E protein and were associated to the lineages separation. A substitution on E297 differentiated the lineage 1a from the lineages 1b and 2. Changes observed in E338, E394 (ectodomain III), E428 and E430 (stem region) differentiated lineages 1a, 1b and 2. The complete coding region analysis showed a large number of specific aa changes (n=82) distributed among the six strains studied, however lineage 2 presented approximately 50% of the total detected. With the exception of the C gene, all the others genes analyzed allowed the DENV-1 classification into the distinct genotypes. However, only the E gene and the entire coding region were able to group those into the distinct lineages. No recombinant event was detected but a sample belonging to lineage 1a was closely related to the known recombinant strain AF513110/BR/2001
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