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Acesso aos serviços de urgência e internação hospitalar por crianças de 0 a 2 anos residentes em Juiz de Fora – MGToledo, Luana Vieira 12 February 2014 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-01-22T14:50:29Z
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Previous issue date: 2014-02-12 / O acesso aos serviços de saúde tem sido objeto de grande interesse na área da saúde coletiva, na qual diversos autores adotam diferentes conceitos para o tema, envolvendo aspectos relacionados aos serviços, aos usuários e a interação entre eles. Nesta pesquisa, com o objetivo de identificar como ocorre o acesso das crianças menores de 2 anos do município de Juiz de Fora aos serviços de urgência e internação hospitalar, utilizou-se como base a reflexão teórica de Mcintyre, Thiede e Birch (2009), que define o acesso sob a perspectiva da disponibilidade, da acessibilidade financeira e da aceitabilidade. Foram analisados os dados das entrevistas de um inquérito domiciliar realizado no referido município no ano de 2010, no qual participaram 325 responsáveis por crianças menores de 2 anos. Para este estudo foram selecionadas, entre essas crianças, aquelas que haviam sido atendidas pelo serviço de urgência e/ou estiveram internadas no período correspondente aos doze meses anteriores à pesquisa, somando-se respectivamente 88 e 54 crianças. As amostras foram divididas em sub-amostras, tendo como critério para a divisão a cobertura ou não de equipes de ESF. Após essa divisão procedeu-se a análise estatística por meio da Análise de Correspondencia (AC) e Análise de Cluster, nas quais foi possível identificar características distintas para as quatro sub-amostras, representando as dimensões de acesso estudadas. Entre os resultados, observa-se que a sub-amostra 1 é caracterizada principalmente pela dimensão de acessibilidade financeira, na qual a variável “presença de gastos com transporte”, é a mais significativa. A sub-amostra 2 também pode ser caracterizada pela dimensão de acessibilidade financeira, entretanto de forma indireta, pois a sua variável mais significativa refere-se ao “tempo de espera maior do que a média”. Em relação à sub-amostra 3, a dimensão de acesso que faz referência é a disponibilidade, tendo a variável 1, como representativa, expressando a presença de encaminhamento prévio por algum serviço de saúde. A sub-amostra 4, faz referência à dimensão mais subjetiva de acesso, a aceitabilidade, tendo como a variável mais significativa, a “presença de relatório médico explicativo após a alta hospitalar”. Buscando-se compreender a associação dos dados socioeconômicos com a utilização dos serviços de saúde, procedeu-se a regressão logística binária, na qual foi possível identificar que a idade da criança apresenta relação positiva com a procura pelo serviço de urgência caracterizada por um O.R. de 1,113 com valor p considerado <0,001. No que tange à internação hospitalar, a idade da criança mantém-se como uma variável relacionada, tendo um O.R. de 1,046 e valor p igual a 0,054, associada também à variável referente à presença do companheiro materno, que representa um fator de proteção para as internações, tendo um O.R. de 0,425 e um valor p igual a 0,008. Conclui-se que o acesso deve ser considerado em uma abordagem multidimensional, envolvendo fatores relacionados tanto à disponibilidade quanto aos aspectos socioeconômicos e culturais. Ao se pensar no acesso de crianças, características peculiares a elas devem ser consideradas na avaliação do acesso aos serviços de saúde. / Access to health services has been the subject of great interest in the field of public health, in which different authors adopt different concepts for the theme, including aspects related to services, users and their interaction. In this research, with the aim of identifying how the access of children under 2 years of the city of Juiz de Fora to services of emergency and hospitalization is, we used as a basis for theoretical reflection Mcintyre, Thiede and Birch (2009), defining access from the perspective of availability, affordability and acceptability. The interview data consisting of a household survey conducted in the municipality in 2010, responded by 325 parents of children younger than 2 years were analyzed. For this study we selected those children who had been treated by the emergency department and/or were hospitalized in the twelve months before the study period, amounting to 88 and 54 children respectively. The samples were divided into sub-samples, with the criterion for the division being the coverage or not by ESF (“Estratégia de Saúde da Família” – “Family Health Strategy”). Statistical analysis was performed using correspondence analysis and Cluster Analysis, in which it was possible to identify different characteristics for the four sub-samples, representing the access dimensions studied. Among the results, it is observed that the sub-sample 1 is mainly characterized by the dimension affordability, in which the variable indicating transportation costs is the most significant. The sub-sample 2 can also be characterized by the dimension affordability, however indirectly, because its most significant variable refers to waiting time higher than the average. Regarding the sub-sample 3, the access dimension that refers to availability is represented by the “presence of a previous referral from a health service”. The sub-sample 4, referring to the more subjective dimension of access, acceptability, was represented by the” presence of explanatory medical report after discharge”. Seeking to understand the association of socioeconomic data with the use of health services, we proceeded to binary logistic regression, in which we found that the child's age is positively related to the demand for emergency services characterized by an OR of 1,113 to p < 0.001. Regarding hospitalization, the child's age remains as an associated variable, with an OR of 1.046 (p= 0.054), also associated with the variable referring to the presence of a resident partner who is a protective factor for hospitalizations, with an OR 0.425 (p= 0.008). We conclude that access should be considered in a multidimensional approach, involving factors related both to the availability in terms of socioeconomic and cultural aspects. When one thinks about the access of children, peculiar children´s features should be considered in assessing access to health services.
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Utilização de medicamentos no controle do diabetes mellitus: um estudo de base populacional / Use of medicines in diabetes mellitus control: populationbased studyMonteiro, Camila Nascimento 04 May 2012 (has links)
A utilização do serviço de saúde, que inclui a cobertura do gasto com medicamentos e a vacinação, são fatores importantes no controle do diabetes mellitus. O estudo teve como objetivos estimar a prevalência de diabetes mellitus no município de São Paulo e descrever a utilização de serviços de saúde, incluindo a vacinação, utilização, gasto e cobertura do gasto com medicamentos na população adulta do município de São Paulo em 2003 que refere ser portadora da doença. Os dados foram coletados pelo Inquérito Multicêntrico de Saúde de São Paulo (ISA-Capital), estudo transversal realizado por meio de entrevistas domiciliares de base populacional. Foram estudadas as características sociodemográficas e de condições de vida e saúde, a presença de outras doenças, o controle do diabetes, a utilização dos serviços de saúde, a vacinação pelo serviço público, a utilização, cobertura e gastos com medicamentos na população de ambos os sexos, maior de 20 anos e que refere ser portadora de diabetes. Foram realizadas análises descritivas e também estimativas de prevalências e calculadas as razões de prevalência para diabetes autorreferida por meio da regressão de Poisson. A prevalência de diabetes autorreferida na população foi 5,0%, sendo maior na população com 60 anos ou mais, que exerce atividade remunerada e com avaliação negativa da saúde. Foi estimada alta prevalência de indivíduos que referem hipertensão arterial, depressão e outras doenças crônicas na população estudada. A maioria da população relatou utilizar regularmente o serviço de saúde para controle do diabetes. A utilização de medicamentos, de grande importância no controle da doença, esteve associada a não exercer atividade remunerada. A vacinação foi realizada principalmente por intermédio do serviço público. Na cobertura do gasto com medicamentos essenciais houve participação significativa do setor privado e foi maior na população com avaliação negativa da saúde. Sabendo-se da importância de informações para o delineamento do serviço de saúde, e da necessidade de maior aplicação dos dados epidemiológicos nas políticas públicas, a investigação dos fatores envolvidos na utilização dos serviços de saúde, como foi realizada no presente estudo, pode contribuir para pesquisadores e profissionais na formulação de políticas, visando ao acesso universal ao serviço de saúde, que inclui cobertura vacinal e a equidade no acesso a medicamentos / Health Services Accessibility, Immunization and Access to medicines are important factors in diabetes mellitus control. The aim of this study is to estimate the prevalence of diabetes mellitus in São Paulo city and to describe the use of health services, Immunization and use of medicines in adult population of São Paulo in 2003 who reported diabetes mellitus. Data were collected by the Multicenter Survey of Health of São Paulo (ISACapital), population-based study. We studied sociodemographic characteristics and health conditions, presence of other chronic diseases, diabetes control, use of health services, Immunization, utilization, coverage, and spending with medicines in the population who reported diabetes in both sexes, older than 20 years of age. Descriptive analysis and prevalence estimates and prevalence ratios for diabetes were calculated by Poisson regression. Prevalence of diabetes was 5.0%, higher in the population aged 60 or older, who wasnt working and with negative evaluation of health. High prevalence of individuals with high blood pressure, depression and other chronic diseases was estimated in the study population. The use of medicine, very important in diabetes mellitus control, was associated with individuals above 60 years of age and who werent working. Immunization was mainly provided by public health service. In essential medicines coverage there was a large participation of the private sector and was higher in the population with negative evaluation of health. The information is very important for the design of the health service and the necessary application of epidemiological data on Public Health. The investigation of factors in the use of Health Services, as was done in this study, may contribute to policies aimed at universal access to health services, including immunization coverage and equity in access to medicines
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Equidade na atenção à saúde de pessoas com indicativos de transtornos mentais comuns no município de São Paulo / Equity in health care of people with signs of common mental disorders in the city of São PauloRibeiro, Melck Kelly Piastrelli 09 March 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: O conceito de equidade enfatiza a diversidade como condição humana e propõe que a diferença seja tratada como princípio orientador das políticas públicas. O objetivo dessa investigação foi verificar a equidade na atenção à saúde de pessoas com indicativos de transtornos mentais comuns (TMC) na cidade de São Paulo. Foram analisadas a procura e utilização dos serviços de saúde, bem como o gasto com saúde no último mês de pessoas com indicativos de TMC, que referiram morbidade quinze dias precedentes à entrevista domiciliar, segundo características sociodemográficas e de condições de saúde. MÉTODOS: Foi realizado um estudo de corte transversal e utilizados os dados do Inquérito de Saúde no Município de São Paulo (ISA - Capital) de 2008. Foram selecionados sujeitos com 16 anos ou mais e com indicativos de transtornos mentais comuns; estes foram avaliados por meio do instrumento Self Reporting Questionnaire (SRQ-20). Foram analisados a procura e utilização de serviços de saúde, e o gasto com saúde no último mês, correlacionando com aspectos sociodemográficos e de condições de saúde. RESULTADOS: A procura pelo serviço de saúde foi menor entre as mulheres, maior na faixa etária dos 30 aos 44 anos e na faixa etária de 60 anos ou mais. A proporção de pessoas que procuraram pelo serviço e obtiveram atendimento foi elevada, o mesmo ocorreu para aquelas que procuraram por médico e foram atendidas por meio de consulta. A procura pelo SUS foi menor entre as pessoas de cor branca, de renda per capita elevada, com união estável e entre as pessoas com ensino superior. A cobertura pelo SUS foi menor para as pessoas das faixas etárias de 45 a 59 anos e de 60 anos ou mais, com renda per capita elevada, com Ensino Médio ou Técnico e Ensino Superior. As pessoas que gastaram mais com a saúde da família foram aquelas com idade igual ou superior a 60 anos, de cor branca, das faixas de renda per capita mais elevadas, com união estável e com Ensino Superior. Em relação à posse de plano de saúde, pessoas de cor branca, com renda per capita elevada e indivíduos com doença crônica apresentaram maiores chances de possuir este serviço. CONCLUSÕES: Foi observado, na população com indicativos de TMC, que não houve desigualdades no acesso e utilização dos serviços entre as pessoas que buscaram por ajuda diante de morbidade. Verificou-se que o SUS atende e cobre os gastos majoritariamente dos mais pobres, denotando uma cobertura desigual que favorece os mais necessitados, porém, considerando o fator idade, ficou explícita uma situação de iniquidade, pois foi constatado que o SUS oferece maior cobertura para a população mais jovem e não contempla as necessidades da população mais idosa. Além disso, verificou-se também uma demanda reprimida de pessoas que não acessaram o serviço, indicando barreiras que antecedem à busca / INTRODUCTION: The equity concept emphasizes diversity as a human condition and proposes this aspect as a guiding principle of the public policy. The objective of this investigation was to verify the equity in health care of people with signs of common mental disorders (CMD) in the city of São Paulo. We analyzed the demand and use of health services and the expenses on health in the last month of people with signs of CMD who reported morbidity 15 days before the home interview, according to socio-demographic characteristics and health conditions. METHODS: We developed a cross-sectional study and used the data from São Paulo\'s health survey (ISA - Capital) of 2008. We selected subjects with 16 years of age or older and with signs of common mental disorders; who were evaluated using the Self Reporting Questionnaire (SRQ-20). We analyzed the demand and the use of health services, and the health expenses in the last month, correlating them with sociodemographic and health condition aspects. RESULTS: The demand for health services was lower among women, higher in the age group from 30 to 44 years old and in the age group of 60 years old or more. The proportion of people who sought the service and were cared for was high, and the same thing happened to those who sought medical attention and had an appointment. The demand for SUS was lower among white people with high per capita income, married and among people with higher education degrees. The coverage of SUS was significantly lower for people aged between 45 and 59 years old and those aged 60 years old or more, with high per capita income, with high school, technical or college degree. The people who spent more on Family health were those with 60 years old or more, white, with high per capita income, married and with college degree. Regarding health care insurance ownership, white people with high per capita income and individuals with chronic diseases presented higher chances of owning a health care insurance. CONCLUSIONS: We observed, among people with signs of CMD, that there were no inequalities in the access and use of health services for those who sought for help faced with morbidity. We verified that SUS serves and covers the expenses mainly of the poorer, denoting an unequal coverage that favours the ones who need it the most, however, taking the age factor into account, a situation of inequity was explicit, since it was verified that SUS offers a wider coverage to the younger population and does not contemplate the needs of the elderly. In addition, there was also a repressed demand of people who could not access the health service, indicating barriers that precede the search
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\"Tem que ser do nosso jeito\": participação e protagonismo do movimento indígena na construção da política de saúde no Brasil / \"It has to be our way\": participation and protagonism of the indigenous movement in the construction of the health policy in BrazilVieira, Nayara Begalli Scalco 25 March 2019 (has links)
Os povos indígenas vivem há mais de 500 anos na luta pela superação do colonialismo interno. Com a homogeneização das formas de vida, estes povos são sistematicamente produzidos como não existentes nas políticas integracionistas. A Constituição Federal de 1988 rompe com esta prática garantindo o direito do reconhecimento de suas identidades e modos de vida, expressos pela sua cultura, e o direito à saúde. O direito dos povos originários à saúde pautou três Conferências de Saúde Indígena que estabeleceram as diretrizes para a criação do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena em 1999. Desde o início de sua estruturação nos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), foram organizados os Conselhos Distritais de Saúde Indígena (CONDISI) e o Fórum de Presidentes de CONDISI no nível central. Este estudo tem como objetivo analisar a participação e o protagonismo dos povos indígenas no processo de construção e implementação da Política Nacional de Saúde Indígena, após a Constituição Federal de 1988, a partir das Epistemologias do Sul. Foi utilizada a metodologia qualitativa com diversas fontes e materiais: análise documental das atas de reuniões, legislações, relatórios das cinco Conferências Nacionais de Saúde Indígena e 24 entrevistas em profundidade com indígenas, gestores, indigenistas e representante do MPF. A análise das legislações reconhecidas como pertinentes ao tema indicam uma grande quantidade e diversidade de normas que tratam de forma segregada as temáticas indígenas e as normas do Sistema Único de Saúde. Demonstram, para além da fragmentação legal e normativa, algumas iniciativas que avançam na integralidade da assistência, bastante pontuais, como a criação de incentivos financeiros específicos. Destaca-se a complexidade e a fragilidade da articulação interfederativa, que se torna mais complexa com a gestão federal e a territorialização dos DSEI, que não coincidem com os territórios de estados e municípios. No que tange à participação, pode-se afirmar que a maioria dos entrevistados reconhecem o CONDISI como espaço legítimo de diálogo entre indígenas e governo para debater a política de saúde e sua execução nas aldeias indígenas. Contudo, é evidente o predomínio das pautas de interesse da gestão e a repercussão nas reuniões de CONDISI de temas já discutidos no Fórum de Presidentes. Nas pautas do CONDISI Litoral Sul, que foram objeto deste estudo, por exemplo, a discussão da divisão territorial do DSEI, de interesse dos indígenas, não ganhou espaço e reconhecimento pela gestão. Chama a atenção à ausência de discussão nos espaços formais de temas que predominam nas entrevistas com os indígenas, como a valorização da medicina tradicional e a atenção diferenciada. Esta última é a justificativa central para existência do Subsistema e pauta-se nas desigualdades em saúde, na necessidade de modos de produção de cuidado que articulem as medicinas indígenas e a biomedicina e na diversidade cultural dos mais de 300 povos. O predomínio da biomedicina como forma científica e legítima do saber sobre a saúde acaba por interditar as pautas referentes às medicinas indígenas. Esta lógica perpetua a relação colonial do governo com os povos originários, principalmente sobre o saber, comprometendo a efetivação da atenção diferenciada, e, por consequência, do direito à saúde. Esta política, para ser efetiva, deveria se organizar na perspectiva da Ecologia de Saberes, considerando os modos de existência destes povos, principalmente sua relação com a terra, e sua construção como sujeitos coletivos. / Indigenous Peoples have been living for more than 500 years in the struggle to overcome internal colonialism. With the homogenization of the way of life, these peoples are systematically considered as non-existent in integrationist policies. The Federal Constitution of 1988 breaks with this logic assuring them the right to their identities and their ways of life, expressed by their culture, and also their right to health. The Indigenous Peoples\' right to health established three Indigenous Health Conferences that set the guidelines for the creation of the Indigenous Health Care Subsystem, in 1999. Since its beginning, along with the establishiment of the 34 Special Indigenous Sanitary Districts (DSEI), participatory Councils were organized (CONDISI), and also the CONDISI Presidents\' Forum at the central level. Based on Epistemologies of the South, this study aims to analyze the participation and the protagonism of Indigenous Peoples in the construction and implementation processes of the National Indigenous Health Policy, after the Federal Constitution of 1988. The qualitative methodology used with several sources and materials: documenta analysis of minutes of meetings, legislations, reports of the five National Indigenous Health Conferences and 24 in-depth interviews with Indigenous Peoples, managers, indigenists and Federal Prosecution Service. Relevant legislation analyzed showed great quantity and diversity of norms that separate the indigenous themes and the norms of the Unified Health System. They demonstrate, in addition to legal and normative fragmentation, some initiatives towards care integrality quite specific ones, such as the creation of financial incentives. We highlight the complexity and fragility of the interfederative articulation, which becomes more complex with federal management and territorialisation of the DSEI, which do not match with the limits of states and municipalities territories. Regarding participation, it can be said that most interviewees recognize the CONDISI as a legitimate space for dialogue between Indigenous Peoples and the government to discuss the health policy and its implementation in indigenous communities. However, there is a clear predominance of agendas in the interest of the management representatives and the repercussions on the CONDISI meetings of topics already discussed in the Presidents\' Forum. For example, on the agenda of the CONDISI Litoral Sul, object of this study, the discussion of the territorial division of the DSEI, on the interest of the indigenous representatives, did not gain space and recognition by the management representatives. What also draws attention is the absence of discussions of topics that were predominant on the interviews with Indigenous Peoples on formal spaces, such as traditional medicine and differentiated care. This last one is central to the existence of the Subsystem and it is based on inequalities in health, the need for care production methods that articulate traditional indigenous medicine and biomedicine, and the cultural diversity of more than 300 tribes. The predominance of biomedicine as a scientific and legitimate way of health knowledge inhibits the agenda related to traditional indigenous medicine. This logic perpetuates the colonial relationship of the government upon the Indigenous Peoples, especially regarding knowledge, compromising the effectiveness of differentiated care and, consequently, the right to health. This policy, in order to be effective, should be organized in the perspective of the Ecology of Knowledges, considering the ways of existence of these peoples, especially their relationship with the land, and their construction as collective subjects.
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A saúde entre o público e o privado: a questão da equidade no acesso social aos recursos sanitários escassos.Globekner, Osmir Antonio January 2009 (has links)
Submitted by Edileide Reis (leyde-landy@hotmail.com) on 2013-04-17T13:42:49Z
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Previous issue date: 2009 / A presente dissertação desenvolvida na área de concentração de direito público e na linha de pesquisa de cidadania e efetividade de direitos ocupa-se do tema do acesso social à atenção sanitária como garantia da efetividade do direito à saúde. Aborda o problema específico dos mecanismos de alocação social dos recursos escassos necessários à consecução das prestações públicas e privadas de atenção sanitária buscando a aproximação entre os discursos liberal e social nas respectivas defesas dos mecanismos de alocação pelo mercado e pelo planejamento público. Inicialmente especifica-se o conteúdo dos conceitos de saúde e de direito à saúde e alguns aspectos relevantes a eles relacionados tais como: as relações entre a inovação tecnológica em saúde e a desigualdade social a natureza das necessidades humanas no campo sanitário as circunstâncias político-sociais em torno da constitucionalização do direito à saúde e a forma como se orientou a proteção jurisdicional desse direito no Brasil. Em seguida trata-se da questão da racionalidade econômica na alocação dos recursos sociais escassos o que é feito partindo-se da discussão sobre o custo dos direitos encetada por Stephen Holmes e Cass Sunstein nos Estados Unidos da América e sua aplicação no contexto brasileiro conforme abordagem de Gustavo Amaral e Flávio Galdino. Associa-se também tal discussão à questão das decisões trágicas de acordo com a doutrina exposta por Guido Calabresi e Philip Bobbitt. Aborda-se na sequência a concepção histórica dos paradigmas liberal e social à luz de suas relações com os direitos fundamentais. O aprofundamento da análise dos fundamentos da igualdade é feito separadamente em cada um dos dois modelos paradigmáticos de alocação social de recursos escassos o liberal e o social. No paradigma liberal a discussão toma por base fundamentalmente a doutrina da “justiça como equidade” de John Rawls e a oposição que lhe é feita por seus críticos em especial Robert Nozick e Amartya Sen extraindo-se ainda dessa discussão os limites da igualdade dentro do referido paradigma. No campo da fundamentação da igualdade no paradigma social estudam-se os fundamentos e as características da igualdade com base no reconhecimento dos direitos fundamentais sociais a distinção entre igualdade formal e igualdade material e os limites desta os limites imanentes associados à questão da identidade e multiplicidade cultural e social os externos determinados pela limitação dos recursos materiais. Aborda-se aí o tema da reserva do possível e do mínimo existencial no campo sanitário. Por fim apontam-se os elementos comuns e convergentes que orientam uma uniformidade de critérios visando à constituição do que se convencionou denominar “justiça distributiva sanitária”, como instrumento da promoção do acesso social igualitário aos bens sociais e serviços de saúde e as possibilidades de construção desses princípios dentro do sistema de atenção à saúde concebido no Brasil pela Constituição Federal de 1988 como um sistema dual público e privado. Conclui-se pela necessidade da constante construção reconstrução e fortalecimento de princípios que orientem o acesso equitativo aos bens e serviços relacionados com a saúde nos âmbitos privado e público. / Salvador
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Sociedade e conhecimento leigo: o desafio da equidade em saúde na experiência da International Myeloma Foundation no BrasilFonte, Valéria Hartt Pereira e Lopes da January 2013 (has links)
Submitted by Gentil Jeorgina (jeorgina@icict.fiocruz.br) on 2013-10-09T16:15:12Z
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Previous issue date: 2013 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Nesse recorte de pesquisa, o conceito de conhecimento leigo é
ponto de partida e fio condutor para compreender as práticas de participação e
ativismo de uma organização de pacientes de câncer, aqui na experiência da
International Myeloma Foundation no Brasil (IMF). É a perspectiva
informacional que ancora a meta de identificar os contornos do conhecimento
leigo da representação brasileira da IMF para dar relevo aos sentidos de
equidade em saúde na atenção oncológica. Os resultados apontam para uma
forma de mobilização cidadã capaz de abrigar a produção social do
conhecimento científico, mas mostram que a prática de advocacia em saúde
ainda precisa avançar no Brasil como reflexo dessa nova forma de construção
do conhecimento. / In this research outline, the concept of lay knowledge is a starting
point and guideline for understanding the practices of participation and activism
of a cancer patients organization, here through the experience of the
International Myeloma Foundation (IMF) in Brazil. It is the informational
perspective that anchors the goal of identifying the contours of lay knowledge of
Brazilian representation of the IMF to emphasize the senses of equity in health
in cancer care. The results point to a form of citizen mobilization able to shelter
the social production of scientific knowledge, but show that the practice of
health advocacy still needs to advance in Brazil as a result of this new form of
knowledge construction.
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Desigualdades sociais em saúde: uma abordagem metodológicaMagalhães, Kelly Lacerda de Oliveira 18 April 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-04-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Social injustice affects the health causing different risks of illness and death on the basis of differences in living conditions of population groups, establishing a framework of health inequities. Studies aimed at identifying and measuring these inequities have been constituted as a major contribution to reducing them by providing subsidies for the formulation and implementation of social policies with fair character. Some authors have demonstrated the importance of applying these studies, paying special attention to social inequalities in health exist in the current epidemiology and nutrition in Brazil, which has been constituted as a result of processes of transition that the country has experienced for decades in these areas. These inequalities increase the complexity of the transitions, leading mainly in the health sector, a juxtaposition of risks that will encounter as most vulnerable segment of the population groups most disadvantaged socioeconomically, further exacerbating health inequities. In this perspective, the challenge of reducing health inequities, we have seen the increase of scientific studies aimed at the systematization of concepts and construction of methodological tools that can enhance research in this area. Seeking to contribute to the methodological development of this research, the present study, part of the issue of measuring social inequalities in health, aimed to address theclustering techniques that are used in these studies. Thus, we tried two of these techniques (Cluster Analysis and Quintiles) in the aggregate of municipalities according to the condition of life reflected by a composite indicator. These two techniques were analyzed for the ability of these groups adequately reflect the reality of social inequalities in health between the groups of brazilian municipalities. For that, through specific tests, we assessed the statistical parameters recommended in relation to the heterogeneity between clusters and the homogeneity of the same. Subsequently, we calculated a sensitive indicator of health condition of life, the rate of post-neonatal mortality for each group formed and applied an epidemiological measure, the ratio of rates to measure and compare the magnitude of social inequalities in health.The results showed that both techniques were able to meet preconization internal homogeneity of the groups and heterogeneity between them, with both showing to be effective in reflection of existing social inequalities in health. However, the ratio of rates showed that in the intermediate groups, the technique of Cluster reflected these inequalities with greater intensity, this fact may be a criterion for methodological choice for this technique. As to the technique of the quintiles, the methodological choice for the same can be based on its advantage of having greater methodological simplicity, which makes it feasible to use in everyday health services, in which the measurement of social inequalities in health should be encouraged to plan more targeted actions to promote equity. / A injustiça social repercute na saúde ocasionando diferentes riscos de doenças e mortes em função dos diferenciais de condições de vida de grupos populacionais, estabelecendo um quadro de iniquidades em saúde. Os estudos que visam à identificação e mensuração destas iniquidades tem se constituído em uma grande contribuição para a redução das mesmas ao fornecerem subsídios para a formulação e implementação de políticas sociais com caráter equitativo. Têm se demonstrado a importância da aplicação destes estudos, dando atenção especial às desigualdades sociais em saúde existentes no atual perfil epidemiológico e nutricional do Brasil, que vem se constituindo em consequência dos processos de transições que o país vem experimentando, há décadas, nessas áreas. Essas desigualdades aumentam a complexidade das transições, levando, principalmente, no setor saúde, a uma justaposição de riscos que encontrará como segmento mais vulnerável os grupos populacionais mais desfavorecidos socioeconomicamente, agravando ainda mais as iniquidades em saúde. Nesta perspectiva, diante do desafio da redução das iniquidades em saúde, tem se observado o incremento de estudos científicos voltados à sistematização de conceitos e construção de ferramentas metodológicas capazes de aprimorar a pesquisa nessa área. Buscando contribuir com o desenvolvimento metodológico deste tipo de investigação, a presente pesquisa, inserida na temática de mensuração das desigualdades sociais em saúde, objetivou abordar as técnicas de agrupamento que são utilizadas nestes estudos. Assim, foram experimentadas duas destas técnicas (Análise de Cluster e Quintis) na agregação de municípios de acordo com a condição de vida refletida por um indicador composto. Estas duas técnicas foram analisadas quanto à capacidade destes agrupamentos de refletirem adequadamente a realidade das desigualdades sociais em saúde existentes entre os agregados de municípios brasileiros. Para isso, por meio de testes específicos, foram avaliados os parâmetros estatísticos preconizados em relação à heterogeneidade entre os agrupamentos e à homogeneidade interna dos mesmos. Posteriormente, calculou-se um indicador de saúde sensível à condição de vida, a Taxa de Mortalidade Pós-Neonatal para cada agrupamento formado e aplicou-se uma medida epidemiológica, a Razão de Taxas, para mensurar e comparar a magnitude das desigualdades sociais em saúde. Os resultados mostraram que as duas técnicas foram capazes de satisfazer a preconização de homogeneidade interna dos agrupamentos e heterogeneidade entre eles, com ambas apresentando-se eficazes na reflexão das desigualdades sociais em saúde existentes. No entanto, a razão entre taxas evidenciou que, nos agrupamentos intermediários, a técnica de Cluster refletiu estas desigualdades com maior intensidade, podendo esse fato ser um critério utilizado para a escolha metodológica por esta técnica. Quanto à técnica dos quintis, a escolha metodológica pela mesma pode se basear em sua vantagem de possuir uma maior simplicidade metodológica, o que torna mais viável a sua utilização no cotidiano dos serviços de saúde, em que a mensuração das desigualdades sociais em saúde deve ser incentivada para o planejamento de ações mais focalizadas na promoção da equidade.
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Equidade na atenção à saúde de pessoas com indicativos de transtornos mentais comuns no município de São Paulo / Equity in health care of people with signs of common mental disorders in the city of São PauloMelck Kelly Piastrelli Ribeiro 09 March 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: O conceito de equidade enfatiza a diversidade como condição humana e propõe que a diferença seja tratada como princípio orientador das políticas públicas. O objetivo dessa investigação foi verificar a equidade na atenção à saúde de pessoas com indicativos de transtornos mentais comuns (TMC) na cidade de São Paulo. Foram analisadas a procura e utilização dos serviços de saúde, bem como o gasto com saúde no último mês de pessoas com indicativos de TMC, que referiram morbidade quinze dias precedentes à entrevista domiciliar, segundo características sociodemográficas e de condições de saúde. MÉTODOS: Foi realizado um estudo de corte transversal e utilizados os dados do Inquérito de Saúde no Município de São Paulo (ISA - Capital) de 2008. Foram selecionados sujeitos com 16 anos ou mais e com indicativos de transtornos mentais comuns; estes foram avaliados por meio do instrumento Self Reporting Questionnaire (SRQ-20). Foram analisados a procura e utilização de serviços de saúde, e o gasto com saúde no último mês, correlacionando com aspectos sociodemográficos e de condições de saúde. RESULTADOS: A procura pelo serviço de saúde foi menor entre as mulheres, maior na faixa etária dos 30 aos 44 anos e na faixa etária de 60 anos ou mais. A proporção de pessoas que procuraram pelo serviço e obtiveram atendimento foi elevada, o mesmo ocorreu para aquelas que procuraram por médico e foram atendidas por meio de consulta. A procura pelo SUS foi menor entre as pessoas de cor branca, de renda per capita elevada, com união estável e entre as pessoas com ensino superior. A cobertura pelo SUS foi menor para as pessoas das faixas etárias de 45 a 59 anos e de 60 anos ou mais, com renda per capita elevada, com Ensino Médio ou Técnico e Ensino Superior. As pessoas que gastaram mais com a saúde da família foram aquelas com idade igual ou superior a 60 anos, de cor branca, das faixas de renda per capita mais elevadas, com união estável e com Ensino Superior. Em relação à posse de plano de saúde, pessoas de cor branca, com renda per capita elevada e indivíduos com doença crônica apresentaram maiores chances de possuir este serviço. CONCLUSÕES: Foi observado, na população com indicativos de TMC, que não houve desigualdades no acesso e utilização dos serviços entre as pessoas que buscaram por ajuda diante de morbidade. Verificou-se que o SUS atende e cobre os gastos majoritariamente dos mais pobres, denotando uma cobertura desigual que favorece os mais necessitados, porém, considerando o fator idade, ficou explícita uma situação de iniquidade, pois foi constatado que o SUS oferece maior cobertura para a população mais jovem e não contempla as necessidades da população mais idosa. Além disso, verificou-se também uma demanda reprimida de pessoas que não acessaram o serviço, indicando barreiras que antecedem à busca / INTRODUCTION: The equity concept emphasizes diversity as a human condition and proposes this aspect as a guiding principle of the public policy. The objective of this investigation was to verify the equity in health care of people with signs of common mental disorders (CMD) in the city of São Paulo. We analyzed the demand and use of health services and the expenses on health in the last month of people with signs of CMD who reported morbidity 15 days before the home interview, according to socio-demographic characteristics and health conditions. METHODS: We developed a cross-sectional study and used the data from São Paulo\'s health survey (ISA - Capital) of 2008. We selected subjects with 16 years of age or older and with signs of common mental disorders; who were evaluated using the Self Reporting Questionnaire (SRQ-20). We analyzed the demand and the use of health services, and the health expenses in the last month, correlating them with sociodemographic and health condition aspects. RESULTS: The demand for health services was lower among women, higher in the age group from 30 to 44 years old and in the age group of 60 years old or more. The proportion of people who sought the service and were cared for was high, and the same thing happened to those who sought medical attention and had an appointment. The demand for SUS was lower among white people with high per capita income, married and among people with higher education degrees. The coverage of SUS was significantly lower for people aged between 45 and 59 years old and those aged 60 years old or more, with high per capita income, with high school, technical or college degree. The people who spent more on Family health were those with 60 years old or more, white, with high per capita income, married and with college degree. Regarding health care insurance ownership, white people with high per capita income and individuals with chronic diseases presented higher chances of owning a health care insurance. CONCLUSIONS: We observed, among people with signs of CMD, that there were no inequalities in the access and use of health services for those who sought for help faced with morbidity. We verified that SUS serves and covers the expenses mainly of the poorer, denoting an unequal coverage that favours the ones who need it the most, however, taking the age factor into account, a situation of inequity was explicit, since it was verified that SUS offers a wider coverage to the younger population and does not contemplate the needs of the elderly. In addition, there was also a repressed demand of people who could not access the health service, indicating barriers that precede the search
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Utilização de medicamentos no controle do diabetes mellitus: um estudo de base populacional / Use of medicines in diabetes mellitus control: populationbased studyCamila Nascimento Monteiro 04 May 2012 (has links)
A utilização do serviço de saúde, que inclui a cobertura do gasto com medicamentos e a vacinação, são fatores importantes no controle do diabetes mellitus. O estudo teve como objetivos estimar a prevalência de diabetes mellitus no município de São Paulo e descrever a utilização de serviços de saúde, incluindo a vacinação, utilização, gasto e cobertura do gasto com medicamentos na população adulta do município de São Paulo em 2003 que refere ser portadora da doença. Os dados foram coletados pelo Inquérito Multicêntrico de Saúde de São Paulo (ISA-Capital), estudo transversal realizado por meio de entrevistas domiciliares de base populacional. Foram estudadas as características sociodemográficas e de condições de vida e saúde, a presença de outras doenças, o controle do diabetes, a utilização dos serviços de saúde, a vacinação pelo serviço público, a utilização, cobertura e gastos com medicamentos na população de ambos os sexos, maior de 20 anos e que refere ser portadora de diabetes. Foram realizadas análises descritivas e também estimativas de prevalências e calculadas as razões de prevalência para diabetes autorreferida por meio da regressão de Poisson. A prevalência de diabetes autorreferida na população foi 5,0%, sendo maior na população com 60 anos ou mais, que exerce atividade remunerada e com avaliação negativa da saúde. Foi estimada alta prevalência de indivíduos que referem hipertensão arterial, depressão e outras doenças crônicas na população estudada. A maioria da população relatou utilizar regularmente o serviço de saúde para controle do diabetes. A utilização de medicamentos, de grande importância no controle da doença, esteve associada a não exercer atividade remunerada. A vacinação foi realizada principalmente por intermédio do serviço público. Na cobertura do gasto com medicamentos essenciais houve participação significativa do setor privado e foi maior na população com avaliação negativa da saúde. Sabendo-se da importância de informações para o delineamento do serviço de saúde, e da necessidade de maior aplicação dos dados epidemiológicos nas políticas públicas, a investigação dos fatores envolvidos na utilização dos serviços de saúde, como foi realizada no presente estudo, pode contribuir para pesquisadores e profissionais na formulação de políticas, visando ao acesso universal ao serviço de saúde, que inclui cobertura vacinal e a equidade no acesso a medicamentos / Health Services Accessibility, Immunization and Access to medicines are important factors in diabetes mellitus control. The aim of this study is to estimate the prevalence of diabetes mellitus in São Paulo city and to describe the use of health services, Immunization and use of medicines in adult population of São Paulo in 2003 who reported diabetes mellitus. Data were collected by the Multicenter Survey of Health of São Paulo (ISACapital), population-based study. We studied sociodemographic characteristics and health conditions, presence of other chronic diseases, diabetes control, use of health services, Immunization, utilization, coverage, and spending with medicines in the population who reported diabetes in both sexes, older than 20 years of age. Descriptive analysis and prevalence estimates and prevalence ratios for diabetes were calculated by Poisson regression. Prevalence of diabetes was 5.0%, higher in the population aged 60 or older, who wasnt working and with negative evaluation of health. High prevalence of individuals with high blood pressure, depression and other chronic diseases was estimated in the study population. The use of medicine, very important in diabetes mellitus control, was associated with individuals above 60 years of age and who werent working. Immunization was mainly provided by public health service. In essential medicines coverage there was a large participation of the private sector and was higher in the population with negative evaluation of health. The information is very important for the design of the health service and the necessary application of epidemiological data on Public Health. The investigation of factors in the use of Health Services, as was done in this study, may contribute to policies aimed at universal access to health services, including immunization coverage and equity in access to medicines
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A instância estadual e o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) sob a perspectiva da equidade regional: estudo do caso do Rio de Janeiro / The department and state funding of the Unified Health System (SUS) from the perspective of regional equity: case study of Rio de JaneiroLira, Anilska Medeiros Lima e January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2011-05-04T12:36:26Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2010 / Trata-se do estudo do caso do Estado do Rio de Janeiro, no período compreendido entre 2003 e 2006. Analisa o papel da instância estadual na distribuição geográfica (municipal e regional) dos recursos financeiros para o financiamento do Sistema Único de Saúde e propõe-se contribuir para a operacionalização de formas mais justas de alocação dos recursos. O estudo empírico, de natureza quantitativa, analisou as receitas públicas realizadas pelos municípios do estado RJ e as despesas liquidadas pelo Estado RJ durante o mesmo período. A análise constou de três momentos. Primeiro: evolução das condições de financiamento em saúde do governo estadual e do conjunto dos municípios do Estado do Rio de Janeiro. Segundo: possibilidade de interferência do governo estadual na capacidade de gasto dos municípios do Estado RJ. Terceiro: alocação equitativa de recursos segundo critérios de necessidades de saúde. As distintas fontes de receitas foram agrupadas de modo a conferir certa racionalidade na compreensão de como se estrutura o financiamento do SUS considerando a lógica federativa que preside ao sistema de partilha de recursos no caso geral do Brasil e, especificamente, no caso do Estado RJ. O estudo foi norteado pela concepção de equidade operacionalizada através da definição de igualdade de oportunidades de Sen (2008), além da definição de igualdade de condições, da tipologia de Turner (1986). Observou-se que os critérios de alocação entre as esferas federativas não foram suficientes para garantir a equidade. Os municípios, tanto quanto as regiões de saúde, apresentam condições de financiamento bastante díspares, relacionadas às características do desenvolvimento regional, à importância de determinadas fontes de recursos em detrimento de outras, às condições de elegibilidade para o recebimento de transferências constitucionais e legais, à capacidade fiscal e a outras condições. A principal fonte de financiamento da saúde no Estado RJ é a receita própria municipal. As transferências federais para a Atenção Básica não modificam essa disparidade inter-regional. As transferências federais para a média e alta complexidade favorecem os municípios com maior capacidade instalada, consolidando as desigualdades existentes. Os recursos estaduais transferidos aos municípios não alteram as características das desigualdades no financiamento da saúde. / This is the case study of Rio de Janeiro, in the period between 2003 and 2006. Examines the role of the instance state in the geographical distribution (municipal and regional) financial resources for financing the Health System and aims to contribute to the operation of more equitable allocation of resources. The empirical, quantitative, reviewed the revenue made by municipalities in RJ and RJ expenses paid by the State during the same period.The analysis consisted of three stages. First, changing conditions in health funding from the state government and all the municipalities of Rio de Janeiro. Second, the possibility of government interference in state spending capacity of municipalities in the state RJ. Third, equitable allocation of resources according to criteria of health needs. The different sources of revenue were grouped so as to give some rationality in the understanding of how to structure the financing of SUS considering the logic which governs the federal system of resource sharing in the general case of Brazil and, specifically, in the case of RJ State.The study was guided by the concept of equality operationalized through the establishment of equal opportunities Sen (2008), beyond the definition of equal conditions of the typology of Turner (1986). It was observed that the criteria for allocation between the federal spheres were not sufficient to ensure equality. The municipalities, as far as health regions, have conditions of very disparate funding related to the characteristics of regional development, the importance of certain sources of funds over others, the eligibility criteria for receiving legal and constitutional transfers, the fiscal capacity and other conditions.The main source of health financing in the State's own revenues RJ municipalities. Federal transfers for Primary Health Care not alter the interregional disparity. Federal transfers to the medium and high complexity favor the municipalities with greater capacity, reinforcing existing inequalities. The state funds transferred to municipalities do not alter the characteristics of inequalities in health financing.
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