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O trabalhador e as exigências letradas na área rural

Alves, Eliana Maria Sarreta 11 1900 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2013. / Submitted by Alaíde Gonçalves dos Santos (alaide@unb.br) on 2014-01-10T11:21:52Z No. of bitstreams: 1 2013_ElianaMariaSarretaAlves.pdf: 5321556 bytes, checksum: 3ed3f9d98eeef11f6b5c05261ac180e9 (MD5) / Approved for entry into archive by Patrícia Nunes da Silva(patricia@bce.unb.br) on 2014-01-22T19:33:02Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2013_ElianaMariaSarretaAlves.pdf: 5321556 bytes, checksum: 3ed3f9d98eeef11f6b5c05261ac180e9 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-01-22T19:33:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2013_ElianaMariaSarretaAlves.pdf: 5321556 bytes, checksum: 3ed3f9d98eeef11f6b5c05261ac180e9 (MD5) / Esta pesquisa verifica, por meio de uma abordagem etnográfica, a importância do letramento para o trabalhador rural em suas organizações sociais, tais como nas lavouras, na agroindústria, na igreja e nas suas relações pessoais. A importância deste estudo se deve ao fato de constatar que as áreas rurais têm demandado não somente trabalho braçal, como outrora, mas, também diferentes habilidades e letramentos na constituição das novas frentes de trabalho na agricultura. Entende-se que houve grande mudança no cenário rural brasileiro, particularmente no que diz respeito à mecanização da agricultura e, este estudo demonstra como essas mudanças articulam o perfil de letramento dos trabalhadores rurais que residem e trabalham na região do Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal – PAD-DF, localizado a aproximadamente 50 km de Brasília. Esta pesquisa aconteceu no período entre 2011 e 2012 e, durante esse tempo, mais de 300 trabalhadores foram entrevistados em suas casas, nas frentes de trabalho, nas igrejas, nas festas, na escola e na vizinhança. Os resultados evidenciam os valores que esse grupo social preza, a articulação das redes sociais e como esses indivíduos mantêm suas expectativas de aprendizagem frente aos contextos de trabalho. Esses trabalhadores são em sua maioria jovens que têm suas histórias de vida marcadas pela migração aliada à procura do melhor lugar para trabalhar. Nesse contexto, a escolarização dessa população mostra-se truncada, apresentando uma escola que sempre teve que ceder espaço ao trabalho. Os eventos de letramento indicam que os trabalhadores rurais tomam parte, como protagonistas, em episódios nos quais o uso da língua, nas suas modalidades oral e escrita, é central: preenchimentos de fichas de trabalho, formulários, entrevistas, leituras da Bíblia, participação em treinamentos específicos das empresas, leitura de termômetros, gráficos, escrita de relatórios. Para os trabalhadores, essas práticas imprimem mudanças significativas em seus modos de agir e de se posicionarem diante da produção de conhecimento. Em atividades do trabalho e na vida particular, eles se envolvem com a linguagem de modo concreto, em contextos reais de comunicação e se reconhecem como agentes de letramentos. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This ethnographic research analyzes the relevance of literacy for rural workers in several environments of their social organizations, such as farming activities, a local food processing industrial plant, religious activities and in their personal relationships. It collects information on their social networks, values and aspirations. These workers have migrated from other Brazilian states searching for jobs and better standards of living. The main contribution of the present study is to shed light on the deep changes that have occurred in the rural areas in Brazil, in the last decades, brought about by the introduction of mechanical equipment in the traditional rural tasks. This is the case of the PAD-DF, a rural resettlement area in the Federal District, Brazil, located within 50 km from downtown Brasilia. The research was carried out in this location during the period from 2011 to 2012. During this time, 300 local residents were interviewed and their households, working places, churches, schools, surrounding farms and neighboring villages were visited. The introduction of the mechanical machinery implied new literacy requirements, as for example, the instructions for driving a tractor, the filling out of a job application form in the plant and the reading of thermometers and graphics also in the food plant. The workers are aware of the importance of such reading skills, but the local adult education school does not include any of these reading practices in the syllabus, which is very traditional and completely dissociated from the students’ everyday literacy practices.
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Sobre tecnologias, educaÃÃo, formaÃÃo e etnografia: a experiÃncia do LaboratÃrio de Pesquisa Multimeios da Faculdade de EducaÃÃo (UFC) / Des technologies, education, formation et ethnographie: Laboratoire de Recherche MultimÃdia ExpÃrience Ãducation College (UFC)

Antonia Lis de Maria Martins Torres 28 July 2014 (has links)
nÃo hà / Trata de uma pesquisa de cunho etnogrÃfico realizado no LaboratÃrio de Pesquisa Multimeios da Faculdade de EducaÃÃo (UFC), tendo os seguintes objetivos: analisar a construÃÃo do LaboratÃrio de Pesquisa Multimeios, sua concepÃÃo e uso das tecnologias digitais, na perspectiva dos professores/pesquisadores; evidenciar como o LaboratÃrio de Pesquisa Multimeios, com matriz nas CiÃncias Exatas, foi se legitimando dentro da FACED/UFC; averiguar o lugar deste LaboratÃrio na formaÃÃo de seus professores/pesquisadores; identificar as especificidades do Multimeios nos campos teÃrico-metodolÃgico, tÃcnico-operativo e polÃtico em seus espaÃos de atuaÃÃo. O recorte de investigaÃÃo deste estudo voltou-se ao segmento professores/pesquisadores vinculados ao LaboratÃrio desde 1997 a 2012. No trabalho de campo, utilizou-se de instrumentos, como diÃrio de observaÃÃo, pesquisa documental e entrevistas semiestruturadas. Os dados apontam que este LaboratÃrio possui uma concepÃÃo pautada na compreensÃo do homem que se relaciona com as tecnologias em um contexto sÃciocultural, reconhecendo a tecnologia como produto do homem, que, embora a crie, a elabore, mas que tambÃm à modificado pela tecnologia. Observou-se ainda uma tentativa em âolharâ criticamente sobre essas tecnologias a partir de seus usos, alÃm de uma preocupaÃÃo em debruÃar-se sobre os autores que estudam as questÃes de cunho tecnolÃgico. AlÃm dessa visÃo global, percebe-se que o Multimeios tem uma perspectiva bastante direcionada para o uso das tecnologias digitais na educaÃÃo, agregando-a como um recurso didÃtico que pode auxiliar nÃo sà as atividades voltadas para a docÃncia, como tambÃm para aÃÃes que envolvem a elaboraÃÃo de projetos. Verificou-se, entretanto, que essa concepÃÃo de tecnologia nÃo se restringe apenas ao aspecto da docÃncia, mas se estende a todas as atividades do LaboratÃrio, o que poderÃamos chamar de âfilosofia da tecnologiaâ presente no LaboratÃrio. Constatou-se que o fato de este LaboratÃrio constituir-se como âlugar que trabalha com tecnologiasâ na FACED faz que a comunidade acadÃmica gere expectativas de que os pesquisadores vinculados ao LaboratÃrio realizem tambÃm o trabalho de um tÃcnico de informÃtica. PorÃm, busca desmistificar que o foco nÃo à a tecnologia, mas sim apropriar-se de suas potencialidades objetivando o aprendizado. Os depoimentos reforÃaram ainda a concepÃÃo do LaboratÃrio como lugar que discute, reflete, experimenta, atribui sentido à utilizaÃÃo das tecnologias digitais na EducaÃÃo, ressaltando que essa compreensÃo foi construÃda em diÃlogo com teÃricos do campo da EducaÃÃo. Desse modo, evidencia-se que este LaboratÃrio vai deixando essa dimensÃo mais tÃcnica para pensar no uso das tecnologias na EducaÃÃo, tornando-se um lugar que aos poucos vai se apropriando e sendo tambÃm apropriado pela educaÃÃo, sendo que seu grande contributo à o aspecto formativo. Com o desenvolvimento de suas atividades, o Multimeios foi mostrando seu âsentidoâ para tecnologia no campo da EducaÃÃo, para discentes e pesquisadores que sÃo por là formados. No que diz respeito Ãs reflexÃes sobre os usos, isso à traduzido em um saber-fazer. Ressalta-se que o Multimeios possui uma cultura digital que lhe à prÃpria, e isso acontece no interior das prÃticas desenvolvidas coletivamente. As observaÃÃes indicam o Multimeios como âcasa de pertenÃa dos sujeitosâ, como tambÃm se constitui em um espaÃo de trocas, convivialidade, mas tambÃm um lugar marcado por disputa e relaÃÃes de poder. Verificou ainda que parte dessa formulaÃÃo encontra-se alicerÃada na âfiguraâ de seu Coordenador, que faz funcionar, à seu modo, esse LaboratÃrio. Sem dÃvida, esse lugar à fruto do seu legado como produtor de saberes envolvendo as Ãreas de EducaÃÃo matemÃtica, InformÃtica Educativa, InclusÃo Digital e EducaÃÃo a DistÃncia. à tambÃm possÃvel inferir que uma das especificidades deste LaboratÃrio diz respeito à preocupaÃÃo com a dimensÃo teÃrica, mesmo porque os resultados de suas produÃÃes à que garantem sua legitimidade e importÃncia no cenÃrio acadÃmico. ApÃs esta pesquisa, foi possÃvel decifrar a realidade do LaboratÃrio Multimeios, olhando-o de fora de um espaÃo quadrado, fechado entre quatro paredes, composto por um amontoado de equipamentos eletrÃnicos, que, muitas vezes, âaprisionamâ os sujeitos numa visÃo de dentro para dentro. Desse modo, considera-se que este trabalho permitiu explorar a trajetÃria deste LaboratÃrio com base numa ruptura com uma perspectiva cartesiana, rotineira, reiterativa e unicamente burocrÃtica, colocando-o frente a frente com a histÃria e os processos sociais contemporÃneos.
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Corpos na arena: um olhar sobre prática das artes marciais combinadas

Nunes, Claudio Ricardo Freitas January 2004 (has links)
Esta pesquisa de cunho etnográfico, realizada em três academias de lutas, localizadas na cidade de Porto Alegre-RS, no período de dezembro/02 a julho/04, registrou o envolvimento de sujeitos na prática de uma luta, em que são combinados diversos golpes de distintas artes marciais com técnicas de boxe, denominada de Mixed Martial Arts. A partir do referencial teórico que compreende o corpo como uma construção histórica e cultural e do trabalho empírico, foram percebidos e descritos os diversos investimentos realizados nos corpos dos lutadores, nesses ambientes peculiares. Através da observação participante e da elaboração de diários de campo, que relatam minha incursão nas rotinas de treinos e competições, foi possível verificar que os locais onde ocorrem a preparação corporal e as disputas entre esses atletas configuram ambientes culturais, em que o corpo lutador ocupa um lugar de destaque. Este trabalho dedica-se também a descrever os processos pelos quais os sujeitos praticantes habilitam-se corporalmente ao longo de suas trajetórias esportivas, nas preparações para competições. Além da socialização dessas práticas, percebi o caráter performático do uso do corpo nas competições de M.M.A., aproximando a luta de um acontecimento espetacular, em que é possível identificar uma linguagem de cena, com elementos como texto, sonoplastia e iluminação.
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Um computador por aluno fora do contexto escolar : cenas digitais do plan ceibal na fronteira do Brasil com Uruguai

Maciel, Márcia Cristina Peres January 2012 (has links)
O presente trabalho discute o processo de distribuição de um computador por aluno configurado a partir da implantação do projeto de inclusão digital adotado pelo governo uruguaio, este projeto denomina-se Plan Ceibal e teve seu inicio em 2007, sendo finalizada a primeira etapa de distribuição em 2010, momento em que foram distribuídos computadores para todos os alunos de escolas públicas que estivessem entre o 1º e 6º ano do ensino primário. Em uma cidade do interior daquele país realizamos um estudo etnográfico do tipo blended, combinando espaços da vida real com espaços virtuais de utilização da tecnologia oferecida pelo Ceibal. O presente estudo ocorreu de janeiro a agosto de 2011, nossa investigação procurou identificar novas formas culturais emergentes, analisando o uso destes computadores portáteis fora do espaço escolar através do estudo etnográfico. Assim, conseguimos mapear os espaços de utilização dos computadores pelos alunos na comunidade, obtendo dados que apontam para mudanças em práticas culturais. No estudo netnográfico procuramos entender os tipos de interações que estes alunos estabeleciam no âmbito da internet e que tipo de uso estes faziam da rede para fins de interações. Através deste estudo foi possível ampliar nosso campo de estudo, procurando entender também a cultura gerada a partir do uso da internet e a participação de possíveis redes sociais. Assim identificamos o que muitos alunos faziam em redes sociais, sendo atuantes neste espaço, embora não tenha sido possível identificar relações entre os próprios alunos na rede já constituída. As interações entre estes e a pesquisadora apontam para trocas de capital social do tipo relacional e constituição de laços sociais fortes em alguns casos, mas em sua maioria laços fracos, que apenas estruturam a rede e não foram adiante nas interações. Para esta investigação consideramos que existe um complexo relacionamento entre o uso das tecnologias e as estruturas sociais. Esta pesquisa, com viés sócio-histórico, direciona o olhar para o que fazem as pessoas com as tecnologias na construção de zonas de sentidos, e não apenas para as possibilidades pedagógicas da tecnologia. Por isso identificamos que estes alunos fazem uso da tecnologia fora da escola, trazendo novos sentidos para o uso, vinculando as práticas culturais estabelecidas e não a capacidade tecnológica da tecnologia em si. Identificamos ainda várias formas de socialização vinculadas ao uso dos computadores pelos alunos em espaços públicos. Portanto, verifica-se que a tecnologia está sendo utilizada como mais um componente do meio e que as produções a partir deste uso moldam novas práticas na internet e fora dela na comunidade estudada, caracterizando a tecnologia como cultura e como artefato desta cultura.
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A Representação do Self nas salas de bate-papo na Internet e a noção bakhtiniana de Carnavalização: Uma perspectiva dialógica

Oliveira, Robson Santos de 25 May 2012 (has links)
Submitted by Marcelo Andrade Silva (marcelo.andradesilva@ufpe.br) on 2015-03-06T18:35:03Z No. of bitstreams: 2 Tese de Robson Santos Psicologia Cognitiva Biblioteca 2012 ficha catalografica no final.pdf: 15744491 bytes, checksum: d1412335806c44693bc6ca8aadc0a8dd (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-06T18:35:03Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Tese de Robson Santos Psicologia Cognitiva Biblioteca 2012 ficha catalografica no final.pdf: 15744491 bytes, checksum: d1412335806c44693bc6ca8aadc0a8dd (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2012-05-25 / CNPq / A presente pesquisa de doutorado teve o objetivo de identificar procedimentos de representação do Self na Internet. Para o alcance desse objetivo, delineamos uma proposta teórico-metodológica cuja matriz está no entrecruzamento das abordagens teóricas de Goffman e Bakhtin, por meio das quais chegamos a identificar as características de permanência e impermanência, estabilidade e mudança compondo um circuito virtual de autorefência a partir do chat e estendendo-se para as redes sociais virtuais (Youtube, Facebook, Orkut, Twitter etc.). A operacionalidade dessa proposta teórica permite ser percebida no desenho metodológico de etnografia virtual que denominamos de Modelo Etnográfico Virtual de Estudo das Representações do Self na Internet (MEVERSI), permitindo gerar dados a partir de vários ambientes virtuais de autoreferencialidade, observando-se o comportamento de mudança e permanência do Self, sob o os princípios da carnavalização bakhtiniana como um princípio estético do mundo no qual o uso das máscaras, dos ambientes públicos e abertos, do predomínio do riso no discurso e expressões em geral bem, como a ênfase no baixo corpóreo (sexualidade, pornografia), dentre outras características. A partir dessa metodologia, a análise nos autoriza a afirmar que as pessoas utilizam formas variadas de representação de si mesmas na Internet, podendo constituir um padrão de continuidade desde o chat até as redes sociais ou apresentar um padrão de mudanças diversas no que diz respeito aos modos de autorepresentação (fotos, desenhos, imagens etc.). Em ambos os casos (de mudança e de permanência da pessoa no seu circuito virtual de autoreferência), os resultados encontrados permitem-nos identificar traços característicos do mesmo Self em sua característica de extensão (Self dialógico), autorizandonos concluir que a representação do Self na Internet atende aos princípios da carnavalização bakhtiniana, uma perspectiva dialógica de investigação.
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A “exclusão social” em pauta: reflexões sobre o conceito no Serviço Social

Oliveira, Esdras Tavares de 10 July 2014 (has links)
Submitted by Suethene Souza (suethene.souza@ufpe.br) on 2015-03-11T17:23:46Z No. of bitstreams: 2 DISSERTAÇÃO Esdras Tavares de Oliveira.pdf: 1063965 bytes, checksum: 99357f23eaeea6c0b23d554551068e94 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-11T17:23:46Z (GMT). No. of bitstreams: 2 DISSERTAÇÃO Esdras Tavares de Oliveira.pdf: 1063965 bytes, checksum: 99357f23eaeea6c0b23d554551068e94 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2014-07-10 / Esta dissertação realizou um estudo sobre o conceito de “exclusão” no Serviço Social. Tendo como objetivo geral analisar as definições de “exclusão social” empregadas pelos assistentes sociais brasileiros, entre os anos de 1980 e 2013, partiu de uma abordagem etnográfica de documentos elegendo como campo de pesquisa: livros, anais de congresso e periódicos. Acompanharam-se, primeiramente, os embates em torno do significado e validade da etnografia, caracterizando-a como um exercício de alteridade no qual o pesquisador se aproxima de uma realidade desconhecida visando torná-la inteligível. Com isso, foi explicitado que a abordagem etnográfica de documentos se particulariza por considerar aqueles que escrevem como “nativos” interessando ao pesquisador desvendar o que pensam e/ou como se posicionam acerca de certos temas. Em seguida, averiguou-se o surgimento do conceito e sua recepção no Brasil destacando-se a existência de três matrizes explicativas da “exclusão”: a primeira nega sua existência, a segunda a afirma e a última indicando sua existência alerta para que não seja confundida com outras realidades. Ao final, procedeu-se a análise de 15 artigos escritos por assistentes sociais brasileiros nos periódicos “Serviço Social & Sociedade”, “Serviço Social em Revista”, e “Textos & Contextos”, sendo observado neles à predominância da matriz interpretativa que afirma a existência da “exclusão social”. Conclui-se, assim, que não havendo uma definição única entre os profissionais de Serviço Social, existe a ideia que a “exclusão” significa “estar fora” (do mercado formal de trabalho, da escola, dos direitos, da cidade formal, das instituições de saúde, entre outros) se referindo a uma situação, processo, ou estado que atinge o ser social em sua singularidade, mas que tem sua gênese na sociedade e sua (re)produção nas relações sociais. Configurando-se como a negação dos direitos e/ou da cidadania, a rejeição da esfera da humanidade, a discriminação negativa baseada em rituais proclamados e legitimados, a expulsão do mundo do trabalho e a situação de privação coletiva, foi possível verificar que o conceito possui na profissão interface com a “questão social”.
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A casa e a convivência : etnografando numa instituição de atendimento à pessoas que vivem com HIV/AIDS em João Pessoa-PB

Santana, Clareanna Viveiros 31 January 2014 (has links)
Submitted by Paula Quirino (paula.quirino@ufpe.br) on 2015-03-11T18:00:34Z No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO Clareanna Viveiros Santana.pdf: 960974 bytes, checksum: 7a7d1c5f08c79e1879f37844099d42fc (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-11T18:00:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO Clareanna Viveiros Santana.pdf: 960974 bytes, checksum: 7a7d1c5f08c79e1879f37844099d42fc (MD5) Previous issue date: 2014 / CAPES / Este trabalho busca avançar o estudo do papel das ONGs/AIDS e da religiosidade no enfrentamento do HIV. Esta é uma etnografia realizada em uma casa de apoio e acolhimento as Pessoas Vivendo com HIV/AIDS ligada à Arquidiocese da Paraíba. Nela lidamos com a dinâmica, significados, formas e performances das pessoas que são atendidas na unidade. Buscou-se compreender as relações interpessoais e a influência da familiaridade mútua das vidas uns dos outros e da convivência na casa. O trabalho utilizou a metodologia de observação direta; participação em grupos de apoio oferecidos pela casa; entrevistas devidamente autorizadas e registradas com toda a documentação necessária; bem como conversas informais. A pesquisa permitiu o conhecimento de uma realidade cheia de significados, conflitos e ações que se tecem laços de amizades, poder, solidariedade, militância e religiosidade apresentando, a Casa, como um espaço de construção de conhecimento, a educação política, bem como um lugar de refúgio e proteção para seus usuários.
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Swing: Troca de casais ou troca de mulheres?

TEIXEIRA, Marina Duarte 27 August 2015 (has links)
Submitted by Isaac Francisco de Souza Dias (isaac.souzadias@ufpe.br) on 2016-04-06T19:20:21Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) DISSERTAÇÃO MARINA TEIXEIRA.pdf: 1252410 bytes, checksum: 065ec5fce4387fd98cdcbdc02991b2dd (MD5) / Made available in DSpace on 2016-04-06T19:20:21Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) DISSERTAÇÃO MARINA TEIXEIRA.pdf: 1252410 bytes, checksum: 065ec5fce4387fd98cdcbdc02991b2dd (MD5) Previous issue date: 2015-08-27 / Contemporaneamente tem-se assistido a um crescimento vertiginoso de adeptos e curiosos do swing, também conhecido como troca de casais. Tal fenômeno é acompanhado de toda uma produção discursiva. A academia começa a tomar parte nesse debate, em particular as Ciências Sociais nos estudos de gênero, sexualidade, família e modernidade. Este trabalho faz parte desse esforço. Por se constituir num campo de investigação ainda pouco explorado, a pesquisa buscou etnografar as dificuldades específicas de executar um estudo numa área em que se misturam segredo, exposição, intimidade, publicidade, militância e mercado. Pela natureza do objeto, a escolha do método etnográfico também se fez oportuna para apreender as subjetividades e emoções envolvidas nessa prática, além de poder contrastar o discurso institucionalizado swing com falas, relatos, dinâmicas e expressões corporais dos seus participantes. A partir dos swings observados, não é possível caracterizar o swing como uma atividade praticada por casais. Para além dos casais de fato, há tanto casais arranjados quanto participantes desacompanhados. Também caracterizar o swing como ideologia ou prática libertária seria negar a realidade dos swings observados que se mostraram, salvo exceções, muito mais como um reflexo ampliado das relações sociais que os swingers criticam. Por outro lado, não é possível afirmar que toda a diversidade de motivações e tipos de participantes constituem realidades paralelas ao “verdadeiro swing”, objeto de disputa dos swingers, e sim que todas elas são constitutivas do swing e essenciais para o seu entendimento. Se à primeira vista o swing, devido a seus discursos e à própria natureza da atividade, parece contestar a monogamia e a institucionalização do casamento, a observação de campo aponta em sentido oposto. O swing se mostra como uma atividade de atualização do casamento monogâmico heterossexual enquanto norma social e, principalmente, como protótipo da institucionalização da reprodução das relações de gênero. Partindo dessa contradição, é possível entender a ambiguidade de imagens projetadas dentro e fora do swing sobre seus participantes, tornando suas identidades dicotômicas e fluidas, ora portadores de um segredo ou de um estigma, ora de um traço distintivo; são eles, a um só tempo, revolucionários e amantes da ordem. Também é a partir do entendimento do swing como prática em prol do casamento, e levando em conta também sua abertura para o mercado, que se pode compreender suas características, ambiguidades e contradições constitutivas. Por fim, é possível afirmar que o swing, ou troca de casais, não se mostrou uma prática que se realiza mediante a troca de casais, ao menos não nos swings pesquisados. A mulher, no swing, independente do seu status de esposa, namorada, amiga, amante, acompanhante, é virtualmente uma esposa e se constitui num atributo masculino, índice de virilidade, necessário ao homem para participar das trocas simbólicas com seus pares, que mantêm a estrutura de gênero ativa. / Recently, there has been a marked increase in the number of people who practice swinging, also known as partner exchange, or who are curious about it. Such a phenomenon is coupled with the development of an entire discourse. The Academia is starting to participate in this debate, especially in gender, sexuality, family and modernity studies within the social sciences. The present work is part of this effort. Since this is a field of investigation that has not yet been well explored, the present work aimed at making an ethnographic investigation of the specific barriers to carrying out a study on a topic where secrecy, exposure, intimacy, advertising, activism and the marketplace are mixed together. Due to the nature of the topic, the choice of an ethnographic method was also well suited for grasping the subjectivities and emotions related to this practice and to contrasting the established discourse on swinging against the accounts, reports, dynamics and body expression of its participants. Based on the swinging events observed, it is not possible to characterize swinging as an activity of couples. In addition to established couples, it includes both arranged couples and singles. Likewise, to characterize swinging as an ideology or a libertarian practice would be to deny the observed reality of swinging, which, with a few exceptions, was much more of an amplified reflection of the same social relationships criticized by the swingers. Nevertheless, one cannot proclaim that all the different motivations and kinds of participants constitute parallel realities in relation to “genuine swinging”, which is a source of contention among swingers; all of them are components of swinging and are key to understanding it. If, at first, swinging seems to go against monogamy and the institution of marriage, due to the discourse and nature of this activity, field observations point in the opposite direction. Swinging manifests itself as a renovation of the heterosexual monogamous marriage as the social norm, and it is primarily a prototype of the institutionalization of the reproduction of gender relations. Based on this contradiction, it is possible to understand the ambiguity of the image of swingers projected within and outside of swinging circles, which makes their identities dichotomous and fluid. Sometimes they are carriers of a secret or a stigma, and sometimes they have a distinctive trait; they are, at once, revolutionaries and lovers of order. It is also from an understanding of swinging as a practice carried out in the name of marriage, and of its entry into the marketplace, that its constituent characteristics, ambiguities and contradictions may be understood. Lastly, swinging or couple exchange was not proved to be based on mate swapping, at least according to the swinging events observed in this research. The female swinger, regardless of her status as a wife, girlfriend, friend, lover or escort, is effectively a wife, and becomes an attribute of the male, an indicator of virility that allows the man to participate in symbolic exchanges with his peers, which maintain the active gender structure.
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Investigações marcárias : uma caminhada em busca de compreensão da significação das marcas pelos consumidores inspirada na segunda filosofia de Ludwig Wittgenstein

SOUZA LEÃO, Andre Luiz Maranhão de January 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T15:02:45Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo1151_1.pdf: 1181515 bytes, checksum: 7dec747a67ba5795830a9904258b1339 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2007 / Qual o valor das marcas para os consumidores? Apesar de seu discurso, entendo que a atividade e o conhecimento de marketing estejam verdadeiramente engajados apenas com a geração de valor para as organizações, sendo seus clientes tão somente um meio necessário para tal. Assumindo o consumo como sendo de signos e não de objetos, e as marcas como signos fundamentais na sociedade de consumo, revisito a economia política, sob uma perspectiva semiótica, para uma crítica e uma reavaliação da noção de valor de uso. Inspirado na segunda filosofia de Ludwig Wittgenstein, considero a possibilidade de resgate de tal noção, num mundo dividido entre o sistema e o vivido, por meio de sua noção de significado como uso, o que me possibilita sugerir que as marcas são significadas apenas quando utilizadas, enquanto signos, pelos consumidores em suas vidas cotidianas. Com isto em mente, realizamos nossas investigações marcárias por meio de um caminho metodológico no qual incorporamos princípios da etnografia da comunicação e da sociolingüística interacional, em que observamos participativamente interações sociais ocorridas em grupos diversos. Nossos achados corroboram minha premissa. Contudo, sugerem que vivemos em um mundo em crise e que este tem sido o habitat natural das marcas. Nossas reflexões me possibilitaram propor idéias seminais para uma terapia social que se destine a consumidores, executivos, educadores, imprensa, políticos e todos os agentes sociais que estejam, de alguma forma, envolvidos com a produção e o consumo de marcas em sociedades contemporâneas
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Gentes da Mata: Histórias, alteridades e socialidades entre os Jamamadi do médio Purus

Souza, Ingrid Daiane Pedrosa de 29 June 2015 (has links)
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