Spelling suggestions: "subject:"fígado gorduroso"" "subject:"fígado gordurosos""
31 |
Efeito do treinamento físico e da restrição alimentar na função cardíaca e resistência à insulina em ratos obesos / Effect of exercise training and food restriction in the cardiac function and insulin resistance in obese ratsEllena Christina Paulino 16 November 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: A obesidade está associada com alterações na função cardíaca e no metabolismo hepático de gordura. Por outro lado, o treinamento físico e a restrição alimentar são conhecidos por reverter às alterações metabólicas decorrentes da obesidade e melhorar o prognóstico em pacientes obesos. No entanto, se estas intervenções melhoram a função cardíaca e os seus mecanismos moleculares associados ao transiente de Ca2+ e a concentração hepática de gordura ainda são pouco conhecidos. Os objetivos deste estudo foram avaliar os efeitos do treinamento físico e da restrição alimentar: 1) na função cardíaca e no perfil molecular das proteínas responsáveis pelo transiente de Ca2+em ratos obesos; 2) na esteatose em ratos obesos. Além disso, se essas duas intervenções associadas tinham um efeito sinérgico nessas respostas. MÉTODOS: Ratos Wistar machos foram alimentados com dieta normocalórica ou dieta hipercalórica durante 25 semanas. Após este período, os ratos com dieta de cafeteria foram randomizados em 4 grupos e acompanhados por 10 semanas: 1) dieta hipercalórica (GO); 2) dieta hipercalórica e treinamento físico (60 % do VO2pico, GOTF); 3) restrição alimentar (-20% da ingestão diária, GORA); 4) treinamento físico e restrição alimentar (GOTFRA). Os ratos do grupo controle continuaram recebendo a dieta normocalórica (GM). O controle hepático glicêmico foi determinado pelo índice HOMA-IR (avaliação do modelo de homeostasia), a esteatose pela concentração hepática de triglicérides, a função cardíaca foi determinada pela ecocardiografia, Modo M e Doppler tecidual e a expressão das proteínas responsáveis pelo transiente de Ca2+ por Western blotting. RESULTADOS: Os ratos do GO apresentaram maior peso corporal, índice de adiposidade, HOMA-IR, concentração de glicose, leptina, adrenalina e noradrenalina e menor fração de encurtamento (39±1 vs 44±1%, P<0,05), fosforilação do receptor de rianodina (P-RyR-Ser2808/RyR , 52±7 vs 100±16%, P<0,01) e da fosfolambam (PPLB- Tre17/PLB, 76±6 vs 100±6%, P<0,05), concentração de nitrato e razão glutationa reduzida e oxidada quando comparados com os ratos do GM. Treinamento físico, restrição alimentar e a associação das dua intervenções diminuiram o índice de adiposidade, a concentração de leptina, adrenalina e noradrenalina e aumentaram a fração de encurtamento (41±1, 42±1 e 43±1%, respectivamente), a fosforilação do receptor de rianodina (80±9, 79±7 e 66±12 %, respectivamente) a da fosfolambam (107±9, 109±4 e 122±11 %, respectivamente), concentração de nitrato e razão glutationa reduzida e oxidada. Apenas o treinamento físico aumentou o consumo de oxigênio de pico. As intervenções envolvendo a restrição alimentar diminuíram o peso corporal e o conteúdo de triglicerídeo hepático (GORA= -52 e GORATF= - 63%). Nenhuma das intervenções normalizou o HOMA-IR e a concentração de glicose. CONCLUSÕES: A perda de peso por treinamento físico ou restrição alimentar por 10 semanas previne a alteração na função sistólica do ventrículo esquerdo relacionada ao perfil molecular das proteínas responsáveis pelo transiente de Ca2+ em ratos obesos. A perda de peso por essas intervenções diminui a esteatose, apesar de não normalizar o HOMA-IR. A associação do treinamento físico e da restrição alimentar não tem efeito sinérgico na função cardíaca, na expressão das proteínas responsáveis pelo transiente de Ca2+ e no conteúdo hepático de gordura. / BACKGROUND. Obesity is associated with cardiac function and hepatic fat metabolism abnormalities. On the other hand, exercise training and food restriction are known to restore obesity metabolic disorders and improve prognosis in obese individuals. However, whether these interventions improve cardiac function and its molecular mechanism associated with Ca2+ handling proteins are little unknown. The aims of this study were to investigate the effects of exercise training and food restriction on: 1) cardiac function and molecular net Ca2+ handling proteins in obese rats; 2) liver fat content in obese rats. In addition, we investigated whether the association of these two interventions had an additive effect on those responses. METHODS: Male Wistar rats (30 days-old) were fed with standard chow or cafeteria diet with high-fat for 25 weeks. At 25th week, the cafeteria diet rats were randomly assigned into 4 groups followed by 10 weeks: high-fat-chow (GO); high-fat-chow submitted to running exercise training (60% VO2peak, GOTF); food restriction (20% less intake of standard chow, GORA); and exercise training and food restriction (GOTFRA). Control rats continued fed with standard chow (GM). Hepatic insulin resistance was evaluated by HOMA-IR index (Homeostastic Metabolic Assessement- Insulin Resistance), liver fat content by liver triglyceride level, cardiac function was evaluated by echocardiography, M Modus and Tissue Doppler, and protein expression by Western blotting. RESULTS: Obese rats had increased body weight, adiposity index, HOMA-IR, glucose, leptin, epinephrine and norepinephrine levels and decreased left ventricular fractional shortening (39±1 vs 44±1%, P<0.05), ryanodine receptor phosphorylation (P-RyR-Ser2808/RyR , 52±7 vs 100±16%, P<0.01), phospholamban phosphorylation (P-PLB-Tre17/PLB, 76±6 vs 100±6%, P<0.05), nitrate level and reduced/oxidized glutathione ratio when compared with lean rats. Exercise training, food restriction or both decreased adiposity index, leptin, epinephrine and norepinephrine levels and increased left ventricular fractional shortening (41±1, 42±1 e 43±1%, respectively), ryanodine receptor phosphorylation (80±9, 79±7 and 66±12 %, respectively), phospholamban phosphorylation (107±9, 109±4 e 122±11%, respectively), nitrate level and reduced /oxidized glutathione ratio. Exercise training increased peak oxygen uptake. Food restriction alone or associated with exercise training decreased body weight and liver triglyceride level (GORA= -52 e GORATF= -63%). Neither exercise training nor food restriction restored HOMA-IR or glucose level. COCLUSIONS: Body weight reduction by exercise training or food restriction during 10 weeks prevents abnormalities in left ventricular systolic function associated with cardiac Ca2+ handling proteins expression in obese rats. Body weight reduction by these two interventions decreases steatosis without normalized HOMA-IR and glucose levels. Exercise training associated with food restriction does not have synergic effects on cardiac function and molecular net Ca2+ handling proteins, and liver fat content.
|
32 |
Efeito da N-acetilcisteína sobre a inflamação, estresse oxidativo e morte celular em camundongos com esteato-hepatite submetidos à isquemia e reperfusão hepática / Effect of N-acetylcysteine on inflammation, oxidative stress, and cell death in mice with steatohepatitis submitted to hepatic ischemia and reperfusionFerreira, Natalie Chaves 14 May 2018 (has links)
A manipulação cirúrgica do fígado com esteato-hepatite pode levar a complicações pós-operatórias importantes. A N-acetilcisteína (NAC) apresenta efeito protetor em modelos de I/R hepática, bem como na doença hepática gordurosa não alcoólica. Porém, há carência de estudos relacionados a seu efeito em lesões de I/R em fígado com esteato-hepatite. Portanto, esse estudo teve como objetivo avaliar o efeito da NAC sobre a reação inflamatória, estresse oxidativo e morte celular induzidos pela I/R hepática associada à esteato-hepatite. Foram utilizados camundongos C57BL/6J, machos, com oito semanas e peso entre 25 e 30 gramas, que receberam ração normal AIN-93M ou deficiente em Metionina e Colina (DMC) de acordo com o grupo de estudo. A NAC (150mg/kg) foi administrada 15 minutos antes da isquemia (DMC-I/R+NAC). Nos grupos DMC-I/R e DMC-I/R+NAC, os animais foram submetidos a 30 minutos de isquemia e 24 horas de reperfusão. Após esse período, o sangue foi coletado, para análise bioquímica das transaminases, e o fígado, removido cirurgicamente para avaliação histopatológica, dosagem das citocinas IL-1beta, TGF-beta1 e IFN-y, nitrito e Substâncias Reativas ao Ácido Tiobarbitúrico (TBARS), análise da expressão celular de Bcl-2 e apoptose (TUNEL). A histopatologia mostrou redução de focos inflamatórios no grupo DMC-I/R+NAC. Os níveis AST foram elevados no grupo DMC-I/R enquanto que os de ALT diminuíram em relação ao controle. No grupo DMC-I/R+NAC houve redução em ambas as transaminases, sendo significante apenas para a avaliação de AST. A produção das citocinas IL-1beta e TGF-beta1 foi elevada no fígado esteatótico de camundongos submetidos à I/R em comparação aos animais com fígado normal; porém, o tratamento com NAC promoveu uma redução significante dessas citocinas. A análise do estresse oxidativo mostrou que os animais com esteato-hepatite submetido à I/R tiveram as concentrações de TBARS e de nitrito elevadas em relação aos camundongos com fígado normal. No entanto, ao receberem o tratamento com NAC, esses animais apresentaram uma redução de ambos. A análise da expressão de Bcl-2 mostrou que essa proteína estava elevada em camundongos com fígado normal, e reduzida na presença de esteato-hepatite ou quando esta afecção está associada à I/R. A NAC, nesse caso, promoveu o aumento da expressão de Bcl-2 em camundongos com esteato-hepatite submetido à I/R. Esse resultado estava associado aos dados de apoptose, nos quais foi observado aumento do número de células apoptóticas no fígado esteatótico de camundongos em que a I/R foi induzida e redução nos animais tratados com NAC. Desta forma, conclui-se que o uso da NAC promove efeitos benéficos sobre o fígado de camundongos com esteato-hepatite associada à lesão de I/R por meio da redução do infiltrado inflamatório, das concentrações de IL-1beta e TGF-beta1, do estresse oxidativo e da morte celular / The surgical manipulation of the liver with steatohepatitis may lead to important postoperative complications. The N-acetylcysteine (NAC) has a protective effect in hepatic I/R models, as well as in non-alcoholic fatty liver disease. However, there is a lack of studies related to its effect inI/R injury to liver with steatohepatitis. Therefore, the purpose of this study was to assess the effect of NAC over inflammatory, oxidative stress and cell death induced by hepatic I/R associated to steatohepatitis. The mice used were C57BL/6J, male, eight weeks old and weighing between 25 and 30 grams, which received normal diet AIN-93M or Methionine and Choline-deficient diet (DMC) according to their study group. The NAC (150mg/kg) was administered 15 minutes before the ischemia (DMC-I/R+NAC). In groups DMC-I/R and DMC-I/R+NAC, the animals were submitted to 30 minutes of ischemia and 24 hours of reperfusion. After this period, blood was collected, for biochemical analysisof transaminases, and the liver, surgically removed for histopathological assessment, dosage of cytokines levels IL-1beta, TGF-beta1 and IFN-y, nitrite and Reactive Substances to Thiobarbituric Acid (TBARS), analysis of cell expression of Bcl-2 and apoptosis (TUNEL). The histopathology showed a reduction of inflammatory foci in DMC-I/R+NAC group. The AST levels were elevated in DMC-I/R group while the ALT reduced in comparing to control. In the DMC-I/R+NAC group there was a reduction in both transaminases, being significant only for AST assessment. The production of cytokines IL-1beta and TGF-beta1 was elevated in the liver with steatosis of mice submitted to I/R when compared to the animals with normal liver; however, the treatment with NAC provided a significant reduction of these cytokines. The oxidative stress analysis showed that the animals with steatohepatitis submitted to I/R had the concentrations of TBARS and nitrite elevated when compared to the mice with normal liver. However, when they received treatment with NAC, these animals presented a reduction in both. The analysis of the Bcl-2 expression showed that this protein was high in mice with normal liver, and reduced in the presence of steatohepatitis or when this affection is associated to I/R. A NAC, in this case, lead to an increase of Bcl-2 expression in mice with steatohepatitis submitted to I/R. This result was associated to data of apoptosis, where increase in the number of apoptotic cells in liver with steatosis of mice in which theI/R was induced and reduction in animals treated with NAC was observed. Therefore, the conclusion is that the use of NAC promotes beneficial effects on the liver of mice with steatohepatitis associated to I/R injury through the reduction of inflammatory infiltrate, of concentrations of IL-1beta and TGF-beta1, of oxidative stress and cell death
|
33 |
Contribuição da ultra-sonografia para o diagnóstico das alterações histopatológicas presentes na hepatite C crônica, com ênfase na esteatose hepática / Ultrasonographic contribution for the diagnosis of the histopathological alterations in chronic hepatitis C, with emphasis in hepatic steatosisMatsuoka, Marcia Wang 15 May 2008 (has links)
INTRODUÇÃO: A utilização da ultra-sonografia (USG) como método de diagnóstico por imagem na avaliação das afecções abdominais, em particular para o acompanhamento de pacientes portadores de hepatite C crônica, vem sendo rotineiramente empregada. Neste trabalho, avaliamos a contribuição da USG na avaliação das alterações histopatológicas encontradas neste grupo de doentes, com ênfase para a esteatose hepática (EH), afecção bastante freqüente na hepatite causada pelo vírus C. MÉTODO: Comparamos os achados ultra-sonográficos de 192 pacientes consecutivos, portadores de hepatite crônica pelo vírus C, submetidos à biópsia hepática, com os achados histopatológicos dos fragmentos hepáticos obtidos. Todos os pacientes foram biopsiados sob orientação USG, sendo a ultra-sonografia assim como a biópsia hepática realizadas cada qual por um médico especialista e sempre o mesmo. Todos os exames ultra-sonográficos obedeceram a um mesmo protocolo, sendo analisados os seguintes parâmetros ultra-sonográficos: 1) com relação às características ecográficas do parênquima: ecogenicidade, ecotextura e atenuação; 2) com relação à utilização da USG para o diagnóstico da EH: biometria da parede abdominal, dimensões e contornos hepáticos. Posteriormente os pacientes estudados foram agrupados em: A) grupo com alterações ultra-sonográficas e B) sem alterações ultra-sonográficas, e comparados com as alterações histopatológicas presentes. Foram realizados também cálculos de regressão logística com os parâmetros USG avaliados para a avaliação da acurácia deste método de imagem para o diagnóstico da EH. RESULTADOS: Entre as alterações histopatológicas presentes, a alteração arquitetural e a EH apresentaram diferença estatística significante entre os grupos A (com alterações USG) e B (sem alterações USG). Observou-se também diferença estatística significante entre: a) espessura da parede abdominal e as dimensões hepáticas com relação à presença de EH, b) contornos hepáticos irregulares e a presença de EH. E dentre os componentes ultra-sonográficos avaliados, a atenuação foi o que apresentou melhor correlação com a EH. A utilização das variáveis idade, sexo, atenuação, espessura da parede abdominal e dimensões hepáticas, foram as que apresentaram melhores resultados nos cálculos de regressão logística, com sensibilidade de 60,5% e especificidade de 83,9% em diagnosticar EH. CONCLUSÕES: Neste trabalho, o estudo ultra-sonográfico do fígado de pacientes com hepatite C crônica apresentou correlação com as alterações arquiteturais e com a EH encontradas na histopatologia. A utilização da USG para o diagnóstico da EH apresentou relação estatística com a espessura da parede abdominal, dimensões e contornos hepáticos, e a atenuação foi o melhor componente ultra-sonográfico para o diagnóstico da EH. / INTRODUCTION: Ultrasonography is consistently utilized as the method of diagnostic imaging while evaluating abdominal infections particularly in patients with chronic hepatitis C. We studied the contribution of the ultrasonography in the evaluation of histopathologic alterations in this group of patients with emphasis in hepatic steatosis (HS), sufficiently frequent in hepatitis caused by the C virus. METHODS: We compared the findings from the ultrasounds of 192 carrying patients of chronic hepatitis C virus, who had undergone hepatic biopsy, with the histopathogical findings of the hepatic fragments obtained. All patients who have undergone liver biopsy guided by ultrasonography were always evaluated by the same medical specialist for both sonogram or hepatic biopsy. All ultrasound examinations followed the same protocol, analyzing the following parameters: 1) regarding to the echographic characteristics of parenchyma: echogenicity, echotexture and attenuation; 2) regarding to the use of the sonography for the diagnosis of the HS: biometry of the abdominal wall, hepatic dimensions and contours. Post results, patients had been grouped in: A) altered ultrasound group and B) ultrasound group without ultrasound alterations, both compared with present histopathological alterations. Calculations of logistic regression with ultrasonography parameters had also been performed to determine the accuracy of this method for the HS diagnosis. RESULTS: Of the histopathological alterations present, the architectural alteration and the HS had presented significant statistical difference between the groups (altered ultrasound group) and the B (without ultrasound alterations). We also noted significant statistical difference between: a) thickness of the abdominal wall and the hepatic dimensions with regard to presence of HS, b) irregular hepatic contours and the presence of HS. Amongst the evaluated ultrasound components, attenuation presented better correlation with the HS. The variables age, sex, attenuation, thickness of the abdominal wall and hepatic dimensions of the right lobe, presented better results in the calculations of logistic regression, with 60,5% sensitivity and specificity of 83,9% in diagnosing HS. CONCLUSIONS: In this research, the hepatic ultrasonography of patients with chronic hepatitis C presented correlation with the architectural alterations and the HS found at the histopathology. The utilization of the ultrasonography for the diagnosis of the HS presented statistical relationship with the thickness of the abdominal wall, hepatic dimensions and contours, and the sonographic attenuation was the best component for the diagnosis of ES.
|
34 |
Frequência de esteatose e esteato-hepatite em necropsias por morte violenta em população adulta / Steatosis and steatohepatitis frequency in necropsies by violent death in the adult populationReis Júnior, Paulo Martins 07 October 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: A Doença Hepática Gordurosa (DHG) é considerada um dos grandes problemas de saúde pública do novo milênio, impulsionada sobretudo pela epidemia de obesidade. Está relacionada com alta morbidade, piora da qualidade de vida e custos econômicos para a sociedade. Existem duas formas histopatológicas iniciais inseridas dentro da DHG: a esteatose e a esteato-hepatite que podem evoluir para cirrose e hepatocarcinoma. A maior parte da literatura sobre epidemiologia da doença hepática gordurosa utiliza desenhos retrospectivos e meios diagnósticos não invasivos, embora o padrão ouro seja a biópsia hepática. Medidas preventivas e de controle adequados deverão ser tomadas baseadas em informações epidemiológicas envolvendo população \"sadia\". A excelente correspondência das alterações histopatológicas encontradas no cadáver em relação ao vivo permite extrapolar dados da frequência de esteatose e esteato-hepatite encontradas em uma população jovem vítima de morte violenta para uma população \"normal\". Contudo, não há estudo prévio que avalie frequência e fatores preditivos de esteatose e esteatohepatite em fígados de cadáver. O objetivo deste estudo foi avaliar a esteatose e a esteato-hepatite em fígados de adultos vítimas de morte violenta. MÉTODOS: As amostras foram coletadas de 224 adultos submetidos a autópsia forense a partir de setembro de 2011 a abril de 2013. Dados antropométricos e do fígado foram registrados. O exame histopatológico foi realizado em seis amostras obtidas com base em diferentes lóbulos de cada fígado. Cada amostra foi tratada com quatro corantes: hematoxilina-eosina, Perls, pricosirius e tricrômio de Masson. Desfechos de interesse foram a presença de esteatose, esteato-hepatite, fibrose e siderose. RESULTADOS: A amostra apresentou uma média de idade de 40 anos. A esteatose foi diagnosticada em 48,2% dos casos e esteato-hepatite em 2,7%. Uma alta prevalência de fígado gorduroso foi verificada entre homens e indivíduos mais velhos, sendo a faixa etária mais atingida entre 41-60 anos. Os fatores significativamente associados com o aumento do risco de esteatose foram circunferência abdominal (p < 0,001), IMC(p < 0,001), peso do fígado (p=0,002), assim como a presença de siderose (p=0.018). CONCLUSÃO: A alta prevalência de esteatose hepática foi detectada em biópsias pós-morte de uma população jovem. Uma vez que esta doença pode ter consequências clínicas severas, esse dado é importante para avaliar medidas preventivas para a doença hepática gordurosa e suas graves consequências / BACKGROUND: Fatty liver disease (FLD) is considered one of the major public health problems of the new millennium, driven mainly by the obesity epidemic. It is related to high morbidity, worsening of quality of life and economic costs to society. There are two initial histopathological forms inserted into the FLD: steatosis and steatohepatitis which can progress to cirrhosis and hepatocellular carcinoma. Most of the literature on epidemiology of FLD using retrospective drawings and non invasive means, but the gold standard is a liver biopsy. Preventive measures and adequate control should be taken based on epidemiological information involving population \"healthy\". The excellent correlation of histopathologic changes found in the body in live relationship allows extrapolating data from steatosis to steatohepatitis and often found in a population young victim of violent death to a \"normal\" population. However, no previous study to assess the frequency and predictors of steatosis and steatohepatitis in cadaver livers. The aim of this study is to evaluate steatosis and steatohepatitis in livers of adult victims of violent death. METHODS: Specimens were collected from 224 adults undergoing forensic autopsy from September 2011 to April 2013. Anthropometric and liver data were recorded. Histopathological examination was performed on six biopsies obtained from different lobes of each liver. Each sample was treated with 4 stains: hematoxylin-eosin, Perls, pricosirius and trichrome Masson. Outcomes of interest were the presence of steatosis, steatohepatitis, fibrosis and siderosis. RESULTS: The sample had an average age of 40 years. The steatosis was detected in 48.2% of cases and 2.7% steatohepatitis. A high prevalence of fatty liver was observed among men and older individuals, the age group most affected between 41-60 years. The factors significantly associated with increased risk of steatosis were waist circumference (p < 0.001), BMI (p < 0.001), liver weight (p = 0.002) as well as the presence of siderosis ( p = 0.018). CONCLUSION: The high prevalence of hepatic steatosis was detected in postmortem biopsy of a young population. Since this disease can have severe clinical consequences, this data is important to evaluate preventive measures for fatty liver disease and its serious consequences
|
35 |
O valor da biópsia do fígado na doença hepática gordurosa não alcoólica em pacientes com colelitíase submetidos à colecistectomia laparoscópica / The importance of liver biopsy in non-alcoholic fatty liver disease in patients with cholelithiasis submitted to laparoscopic cholecystectomyMonica Madeira Pinto 07 April 2011 (has links)
A colelitíase é uma doença frequente na população geral. Um dos seus fatores de risco é a diabetes melitus tipo 2, relacionada à anormalidades metabólicas associadas a sobrepeso, obesidade, resistência à insulina, hipertrigliceridemia e hábitos dietéticos. Fatores de risco semelhantes são encontrados na doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). A DHGNA engloba um espectro de condições patológicas que pode evoluir da esteatose, para esteato-hepatite (EHNA), fibrose, cirrose e neoplasia hepática. A distinção entre esteatose e EHNA é de grande relevância na prática clínica, em virtude de a primeira ser uma condição benigna e reversível, enquanto que a segunda apresenta potencial evolutivo para cirrose e carcinoma hepatocelular. Somente a biópsia hepática pode classificar e estadiar a DHGNA. A DHGNA e a colelitíase têm similaridade quanto à patogênese e aos fatores de risco, o que nos motivou a realizar este estudo. Os objetivos do trabalho foram: a) Definir a frequência da esteatose hepática e da EHNA em pacientes com colelitíase submetidos à colecistectomia laparoscópica. b) Avaliar as alterações histopatológicas da DHGNA nos pacientes com colelitíase. c) Avaliar a acurácia dos exames de imagem-ultrassonografia abdominal (US) e tomografia computadorizada (TC) no diagnóstico da DHGNA. d) Relacionar aspectos clínicos, laboratoriais e de imagem com diagnósticos histopatológicos de esteatose e EHNA em portadores de colelitíase. e) Analisar variáveis preditivas da DHGNA na indicação da biópsia hepática para os pacientes com colelitíase a serem submetidos à colecistectomia laparoscópica. Método: Foi realizado estudo prospectivo sequencial de pacientes portadores de colelitíase com indicação cirúrgica que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Foram analisados 161 pacientes submetidos à colecistectomia laparoscópica e à biópsia hepática. Os pacientes foram avaliados quanto ao sexo, à idade, história clínica e aos antecedentes pessoais, com ênfase nas comorbidades relacionadas à síndrome metabólica. Foram realizadas as seguintes medidas antropométricas: peso (kg), altura (m) e circunferência abdominal (cm), sendo calculado o Índice de Massa Corpórea (IMC). Além da avaliação bioquímica, foram avaliados parâmetros metabólicos através da dosagem da glicemia e insulinemia de jejum, índice de HOMA IR e perfil lipídico. Os pacientes foram submetidos a dois USs em momentos distintos, nos quais foram avaliados a vesícula biliar, as vias biliares e os possíveis diagnósticos qualitativo e quantitativo da esteatose hepática. Na tomografia abdominal, foram medidos os coeficientes de atenuação hepática e esplênica. O diagnóstico de esteatose foi determinado através de dois índices: TC1 (e-h) calculado pela diferença entre o valor da atenuação esplênica e hepática e o TC2 (h/e) medido pela fração da atenuação hepática sobre a esplênica. Antes da colecistectomia laparoscópica com exploração de vias biliares, foi realizada biópsia hepática com agulha de tru-cut no mesmo tempo cirúrgico. Os parâmetros histopatológicos utilizados para avaliar as biópsias hepáticas foram: esteatose macrovesicular, esteatose microvesicular, infiltrado inflamatório acinar e portal, balonização hepatocelular, corpúsculos hialino de Mallory, alterações ductulares e fibrose perissinusoidal, perivenular, portal, sobrecarga de ferro e pseudoinclusão nuclear de glicogênio. Para o diagnóstico de EHNA, foi utilizado o escore de atividade da doença hepática gordurosa não alcoólica (NAS). Os 161 pacientes foram distribuídos em três grupos formados a partir do resultado da histopatologia hepática: Grupo A - colelitíase sem esteatose (n = 98), Grupo B - colelitíase com esteatose (n = 51) e Grupo C - colelitíase com esteatohepatite (n = 12). Resultados: Entre os 161 pacientes submetidos à colecistectomia com biópsia hepática, 63 (39,1%) eram portadores de DHGNA, dentre eles, 12/161 (7,4%) com EHNA. Cento e trinta e sete (85%) pacientes eram do sexo feminino; 125 (78%) eram brancos. A idade média global foi de 45 anos. A hipertensão arterial sistêmica esteve presente em 40 (25%), diabetes mellitus tipo 2 em 17 (11%) e a síndrome metabólica em 39 (24%). Os aspectos clínicos, laboratoriais e comorbidades que apresentaram diferença estatística significantes entre o grupo A e os grupos B e C foram: idade, IMC, circunferência abdominal, glicemia em jejum, ALT. A síndrome metabólica, a resistência insulínica, diabetes mellitus tipo 2, AST e o colesterol total registraram diferença estatisticamente significante apenas entre os grupos A e C. Não existiram aspectos clínicos, laboratoriais ou de comorbidades que diferenciaram os portadores de esteatose e EHNA. Os exames de US I e II nas duas ocasiões revelaram sensibilidade de 57% e 59%, especificidade de 91% e 90%, respectivamente, e em ambos USs a acurácia foi de 78%. No exame de TC, o índice e o nível de corte de maior sensibilidade (50%), especificidade, (90,72%) e acurácia (74,53%) foi o índice TC 2 (h/e), com nível de corte menor que 1,0 para o diagnóstico da DHGNA. Os parâmetros histopatológicos que apresentaram diferença estatística significante entre os grupos A e C e entre os grupos B e C foram: corpúsculos hialino de Mallory, infiltrado inflamatório portal e fibrose perivenular, perissinusoidal e portal. Houve maior grau de intensidade do infiltrado inflamatório portal nos pacientes do grupo C. Houve diferença estatística significante entre os grupos B e C com relação à esteatose microvesicular e a pseudoinclusão nuclear de glicogênio. Pela regressão logística, foi avaliada a probabilidade de os pacientes portadores de colelitíase apresentarem DHGNA. Os fatores preditivos foram: aumento da glicemia, HOMA-IR, colesterol total, circunferência abdominal e esteatose ao US. Na presença de três ou quatro destes fatores de risco a probabilidade de DHGNA foi de 91%. Conclusão: A prevalência de EHNA em pacientes com colelitíase foi de 7,4% neste grupo de pacientes Assim, é de fundamental importância o reconhecimento dos fatores de risco para a DHGNA em pacientes com colelitíase que serão submetidos à intervenção cirúrgica. Assim sendo, a biópsia hepática durante o procedimento cirúrgico deve ser preconizada na vigência de fatores preditivos, pois é o único método para diferenciar esteatose de EHNA / Cholelithiasis is a very common disease in the population at large, and one of the risk factors is type II diabetes mellitus, which is related to metabolic disorders associated with overweight, obesity, insulin resistance, hypertriglyceridemia and dietary abnormalities. Similar risk factors are found in non-alcoholic fatty liver disease (NAFLD). NAFLD covers a spectrum of pathological conditions that can range from steatosis to steatohepatitis (NASH), fibrosis, cirrhosis and even liver cancer. The distinction between steatosis and NASH is of great importance in clinical practice because the former is a benign, reversible condition whereas the latter can progress to cirrhosis and hepatocellular carcinoma. Only a liver biopsy, however, can be used to classify and stage NAFLD. NAFLD and cholelithiasis have similar pathogenesis and risk factors, a fact which led us to undertake this study, the aims of which were: a) to define the frequency of hepatic steatosis and NASH in patients with cholelithiasis undergoing laparoscopic cholecystectomy; b) to assess the accuracy of abdominal ultrasound imaging (US) and computed tomography (CT) in the diagnosis of NAFLD; c) to assess histological alterations caused by NAFLD in patients with cholelithiasis; d) to relate clinical, laboratory and imaging findings to histopathological diagnoses of steatosis and NASH in cholelithiasis; and e) to analyze predictors of NAFLD used when referring patients with cholelithiasis already scheduled for laparoscopic cholecystectomy for liver biopsy as well. Methods: We performed a prospective sequential study of patients with cholelithiasis who had been referred for surgery and had signed a voluntary informed-consent form. A total of 161 patients were analyzed after they had undergone a laparoscopic cholecystectomy and liver biopsy. Besides sex and age, clinical and medical history were recorded, with emphasis being placed on comorbidities related to metabolic syndrome. The anthropometric measurements weight (kg), height (m) and abdominal circumference (cm) were recorded during the physical examination and the body mass index was calculated. Biochemical and metabolic assessment parameters, including fasting blood sugar and fasting insulin, which were used to calculate the HOMA-IR index, and fasting lipid profile, were evaluated. Patients had two ultrasounds at different times to assess the gallbladder and bile ducts as well as the quantitative and qualitative diagnosis of hepatic steatosis. In the abdominal tomography, the attenuation coefficients of the liver and spleen were measured for diagnosis of steatosis based on two indices: CT1 (S-L), given by the difference between spleen and liver attenuations, and CT2 (L/S), given by the attenuation of the liver divided by the attenuation of the spleen. Before laparoscopic cholecystectomy with bile duct exploration, a liver biopsy with a tru-cut was performed. The following histological parameters were used to evaluate the liver biopsies: macrovesicular steatosis, microvesicular steatosis, acinar and portal inflammatory infiltrate, hepatocellular ballooning, Mallory bodies, ductal changes, perisinusoidal, perivenular and portal fibrosis, iron overload and glycogenated nuclei. The NAFLD activity score was used to diagnose NAFLD in the steatosis or NASH phases. A comparative analysis of the 161 patients was carried out after they had been divided into three groups according to the results of the liver histopathology: group A cholelithiasis without steatosis (n=98), group B - cholelithiasis with steatosis (n=51) and group C - cholelithiasis with NASH (n=12). Results: Of the 161 patients subjected to cholecystectomy with a liver biopsy, 63 (39.1%) had NAFLD, of whom 12 (7.4%) also had NASH. A total of 137 (85%) of the patients were female, and 125 (78%) were Caucasian. Average age was 45 years. Arterial hypertension was observed in 40 (25%) patients, 17 (11%) had diabetes mellitus and 39 (24%) had metabolic syndrome. The clinical and laboratory findings with a statistically significant difference between group A and/or groups B and C were age, BMI, abdominal circumference, fasting blood sugar, total cholesterol, ALT and AST. Metabolic syndrome, insulin resistance and diabetes mellitus only exhibited a statistically significant difference between groups A and C. There were no clinical or laboratory findings or image abnormalities that differentiated steatosis from NASH. The first and second ultrasounds, which were carried out at different times, had sensitivities of 57% and 59% and specificities of 91% and 90%, respectively; both had accuracies of 78%. In the computed tomography, the index with the greatest sensitivity (50%), specificity (90.72%) and accuracy (74.53%) was CT2 (L/S), with a cutoff level of 1.0 for diagnosis of NAFLD. The histopathological parameters with statistically significant differences between the group without steatosis and group C and between groups B and C were Mallory bodies, portal inflammation and perivenular, perisinusoidal and portal fibrosis. Portal inflammation was more intense in patients in group C. There was a statistically significant difference in the intensity of macrovesicular steatosis between groups B and C; this was mild in 42 (82.4%) of the patients in the former group and in only 2 (3.9%) in the latter. There was a statistically significant difference in microvesicular steatosis and glycogenated nuclei between groups B and C. Logistic regression revealed that the associated risk factors for determining the probability of patients with cholelithiasis having NAFLD are increased values of blood glucose, HOMA-IR, total cholesterol abdominal circumference and steatosis on ultrasound. In the presence of three or four risk factors the probability of NAFLD was 91%. Conclusion: The prevalence of NASH in cholelithiasis patients was 7.4%, indicating that NAFLD is a serious problem in this group of patients. It is therefore very important to determine the risk factors for NAFLD in cholelithiasis patients who will be submitted to surgery in order to decide whether a liver biopsy should be performed, as this is the only diagnostic method for differentiating between steatosis and NASH
|
36 |
O valor da biópsia do fígado na doença hepática gordurosa não alcoólica em pacientes com colelitíase submetidos à colecistectomia laparoscópica / The importance of liver biopsy in non-alcoholic fatty liver disease in patients with cholelithiasis submitted to laparoscopic cholecystectomyPinto, Monica Madeira 07 April 2011 (has links)
A colelitíase é uma doença frequente na população geral. Um dos seus fatores de risco é a diabetes melitus tipo 2, relacionada à anormalidades metabólicas associadas a sobrepeso, obesidade, resistência à insulina, hipertrigliceridemia e hábitos dietéticos. Fatores de risco semelhantes são encontrados na doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). A DHGNA engloba um espectro de condições patológicas que pode evoluir da esteatose, para esteato-hepatite (EHNA), fibrose, cirrose e neoplasia hepática. A distinção entre esteatose e EHNA é de grande relevância na prática clínica, em virtude de a primeira ser uma condição benigna e reversível, enquanto que a segunda apresenta potencial evolutivo para cirrose e carcinoma hepatocelular. Somente a biópsia hepática pode classificar e estadiar a DHGNA. A DHGNA e a colelitíase têm similaridade quanto à patogênese e aos fatores de risco, o que nos motivou a realizar este estudo. Os objetivos do trabalho foram: a) Definir a frequência da esteatose hepática e da EHNA em pacientes com colelitíase submetidos à colecistectomia laparoscópica. b) Avaliar as alterações histopatológicas da DHGNA nos pacientes com colelitíase. c) Avaliar a acurácia dos exames de imagem-ultrassonografia abdominal (US) e tomografia computadorizada (TC) no diagnóstico da DHGNA. d) Relacionar aspectos clínicos, laboratoriais e de imagem com diagnósticos histopatológicos de esteatose e EHNA em portadores de colelitíase. e) Analisar variáveis preditivas da DHGNA na indicação da biópsia hepática para os pacientes com colelitíase a serem submetidos à colecistectomia laparoscópica. Método: Foi realizado estudo prospectivo sequencial de pacientes portadores de colelitíase com indicação cirúrgica que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Foram analisados 161 pacientes submetidos à colecistectomia laparoscópica e à biópsia hepática. Os pacientes foram avaliados quanto ao sexo, à idade, história clínica e aos antecedentes pessoais, com ênfase nas comorbidades relacionadas à síndrome metabólica. Foram realizadas as seguintes medidas antropométricas: peso (kg), altura (m) e circunferência abdominal (cm), sendo calculado o Índice de Massa Corpórea (IMC). Além da avaliação bioquímica, foram avaliados parâmetros metabólicos através da dosagem da glicemia e insulinemia de jejum, índice de HOMA IR e perfil lipídico. Os pacientes foram submetidos a dois USs em momentos distintos, nos quais foram avaliados a vesícula biliar, as vias biliares e os possíveis diagnósticos qualitativo e quantitativo da esteatose hepática. Na tomografia abdominal, foram medidos os coeficientes de atenuação hepática e esplênica. O diagnóstico de esteatose foi determinado através de dois índices: TC1 (e-h) calculado pela diferença entre o valor da atenuação esplênica e hepática e o TC2 (h/e) medido pela fração da atenuação hepática sobre a esplênica. Antes da colecistectomia laparoscópica com exploração de vias biliares, foi realizada biópsia hepática com agulha de tru-cut no mesmo tempo cirúrgico. Os parâmetros histopatológicos utilizados para avaliar as biópsias hepáticas foram: esteatose macrovesicular, esteatose microvesicular, infiltrado inflamatório acinar e portal, balonização hepatocelular, corpúsculos hialino de Mallory, alterações ductulares e fibrose perissinusoidal, perivenular, portal, sobrecarga de ferro e pseudoinclusão nuclear de glicogênio. Para o diagnóstico de EHNA, foi utilizado o escore de atividade da doença hepática gordurosa não alcoólica (NAS). Os 161 pacientes foram distribuídos em três grupos formados a partir do resultado da histopatologia hepática: Grupo A - colelitíase sem esteatose (n = 98), Grupo B - colelitíase com esteatose (n = 51) e Grupo C - colelitíase com esteatohepatite (n = 12). Resultados: Entre os 161 pacientes submetidos à colecistectomia com biópsia hepática, 63 (39,1%) eram portadores de DHGNA, dentre eles, 12/161 (7,4%) com EHNA. Cento e trinta e sete (85%) pacientes eram do sexo feminino; 125 (78%) eram brancos. A idade média global foi de 45 anos. A hipertensão arterial sistêmica esteve presente em 40 (25%), diabetes mellitus tipo 2 em 17 (11%) e a síndrome metabólica em 39 (24%). Os aspectos clínicos, laboratoriais e comorbidades que apresentaram diferença estatística significantes entre o grupo A e os grupos B e C foram: idade, IMC, circunferência abdominal, glicemia em jejum, ALT. A síndrome metabólica, a resistência insulínica, diabetes mellitus tipo 2, AST e o colesterol total registraram diferença estatisticamente significante apenas entre os grupos A e C. Não existiram aspectos clínicos, laboratoriais ou de comorbidades que diferenciaram os portadores de esteatose e EHNA. Os exames de US I e II nas duas ocasiões revelaram sensibilidade de 57% e 59%, especificidade de 91% e 90%, respectivamente, e em ambos USs a acurácia foi de 78%. No exame de TC, o índice e o nível de corte de maior sensibilidade (50%), especificidade, (90,72%) e acurácia (74,53%) foi o índice TC 2 (h/e), com nível de corte menor que 1,0 para o diagnóstico da DHGNA. Os parâmetros histopatológicos que apresentaram diferença estatística significante entre os grupos A e C e entre os grupos B e C foram: corpúsculos hialino de Mallory, infiltrado inflamatório portal e fibrose perivenular, perissinusoidal e portal. Houve maior grau de intensidade do infiltrado inflamatório portal nos pacientes do grupo C. Houve diferença estatística significante entre os grupos B e C com relação à esteatose microvesicular e a pseudoinclusão nuclear de glicogênio. Pela regressão logística, foi avaliada a probabilidade de os pacientes portadores de colelitíase apresentarem DHGNA. Os fatores preditivos foram: aumento da glicemia, HOMA-IR, colesterol total, circunferência abdominal e esteatose ao US. Na presença de três ou quatro destes fatores de risco a probabilidade de DHGNA foi de 91%. Conclusão: A prevalência de EHNA em pacientes com colelitíase foi de 7,4% neste grupo de pacientes Assim, é de fundamental importância o reconhecimento dos fatores de risco para a DHGNA em pacientes com colelitíase que serão submetidos à intervenção cirúrgica. Assim sendo, a biópsia hepática durante o procedimento cirúrgico deve ser preconizada na vigência de fatores preditivos, pois é o único método para diferenciar esteatose de EHNA / Cholelithiasis is a very common disease in the population at large, and one of the risk factors is type II diabetes mellitus, which is related to metabolic disorders associated with overweight, obesity, insulin resistance, hypertriglyceridemia and dietary abnormalities. Similar risk factors are found in non-alcoholic fatty liver disease (NAFLD). NAFLD covers a spectrum of pathological conditions that can range from steatosis to steatohepatitis (NASH), fibrosis, cirrhosis and even liver cancer. The distinction between steatosis and NASH is of great importance in clinical practice because the former is a benign, reversible condition whereas the latter can progress to cirrhosis and hepatocellular carcinoma. Only a liver biopsy, however, can be used to classify and stage NAFLD. NAFLD and cholelithiasis have similar pathogenesis and risk factors, a fact which led us to undertake this study, the aims of which were: a) to define the frequency of hepatic steatosis and NASH in patients with cholelithiasis undergoing laparoscopic cholecystectomy; b) to assess the accuracy of abdominal ultrasound imaging (US) and computed tomography (CT) in the diagnosis of NAFLD; c) to assess histological alterations caused by NAFLD in patients with cholelithiasis; d) to relate clinical, laboratory and imaging findings to histopathological diagnoses of steatosis and NASH in cholelithiasis; and e) to analyze predictors of NAFLD used when referring patients with cholelithiasis already scheduled for laparoscopic cholecystectomy for liver biopsy as well. Methods: We performed a prospective sequential study of patients with cholelithiasis who had been referred for surgery and had signed a voluntary informed-consent form. A total of 161 patients were analyzed after they had undergone a laparoscopic cholecystectomy and liver biopsy. Besides sex and age, clinical and medical history were recorded, with emphasis being placed on comorbidities related to metabolic syndrome. The anthropometric measurements weight (kg), height (m) and abdominal circumference (cm) were recorded during the physical examination and the body mass index was calculated. Biochemical and metabolic assessment parameters, including fasting blood sugar and fasting insulin, which were used to calculate the HOMA-IR index, and fasting lipid profile, were evaluated. Patients had two ultrasounds at different times to assess the gallbladder and bile ducts as well as the quantitative and qualitative diagnosis of hepatic steatosis. In the abdominal tomography, the attenuation coefficients of the liver and spleen were measured for diagnosis of steatosis based on two indices: CT1 (S-L), given by the difference between spleen and liver attenuations, and CT2 (L/S), given by the attenuation of the liver divided by the attenuation of the spleen. Before laparoscopic cholecystectomy with bile duct exploration, a liver biopsy with a tru-cut was performed. The following histological parameters were used to evaluate the liver biopsies: macrovesicular steatosis, microvesicular steatosis, acinar and portal inflammatory infiltrate, hepatocellular ballooning, Mallory bodies, ductal changes, perisinusoidal, perivenular and portal fibrosis, iron overload and glycogenated nuclei. The NAFLD activity score was used to diagnose NAFLD in the steatosis or NASH phases. A comparative analysis of the 161 patients was carried out after they had been divided into three groups according to the results of the liver histopathology: group A cholelithiasis without steatosis (n=98), group B - cholelithiasis with steatosis (n=51) and group C - cholelithiasis with NASH (n=12). Results: Of the 161 patients subjected to cholecystectomy with a liver biopsy, 63 (39.1%) had NAFLD, of whom 12 (7.4%) also had NASH. A total of 137 (85%) of the patients were female, and 125 (78%) were Caucasian. Average age was 45 years. Arterial hypertension was observed in 40 (25%) patients, 17 (11%) had diabetes mellitus and 39 (24%) had metabolic syndrome. The clinical and laboratory findings with a statistically significant difference between group A and/or groups B and C were age, BMI, abdominal circumference, fasting blood sugar, total cholesterol, ALT and AST. Metabolic syndrome, insulin resistance and diabetes mellitus only exhibited a statistically significant difference between groups A and C. There were no clinical or laboratory findings or image abnormalities that differentiated steatosis from NASH. The first and second ultrasounds, which were carried out at different times, had sensitivities of 57% and 59% and specificities of 91% and 90%, respectively; both had accuracies of 78%. In the computed tomography, the index with the greatest sensitivity (50%), specificity (90.72%) and accuracy (74.53%) was CT2 (L/S), with a cutoff level of 1.0 for diagnosis of NAFLD. The histopathological parameters with statistically significant differences between the group without steatosis and group C and between groups B and C were Mallory bodies, portal inflammation and perivenular, perisinusoidal and portal fibrosis. Portal inflammation was more intense in patients in group C. There was a statistically significant difference in the intensity of macrovesicular steatosis between groups B and C; this was mild in 42 (82.4%) of the patients in the former group and in only 2 (3.9%) in the latter. There was a statistically significant difference in microvesicular steatosis and glycogenated nuclei between groups B and C. Logistic regression revealed that the associated risk factors for determining the probability of patients with cholelithiasis having NAFLD are increased values of blood glucose, HOMA-IR, total cholesterol abdominal circumference and steatosis on ultrasound. In the presence of three or four risk factors the probability of NAFLD was 91%. Conclusion: The prevalence of NASH in cholelithiasis patients was 7.4%, indicating that NAFLD is a serious problem in this group of patients. It is therefore very important to determine the risk factors for NAFLD in cholelithiasis patients who will be submitted to surgery in order to decide whether a liver biopsy should be performed, as this is the only diagnostic method for differentiating between steatosis and NASH
|
37 |
Avaliação da ecogenicidade hepática através de análise computadorizada em crianças obesas e eutróficasSoder, Ricardo Bernardi January 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T19:07:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1
000409370-Texto+Completo-0.pdf: 2523470 bytes, checksum: 895c196dfd804012df59a50bb68658ad (MD5)
Previous issue date: 2008 / PURPOSE: No simple computer-assisted method to assess liver echogenicity has been developed to date. This study describes an accessible and reproducible computer-assisted method to measure liver echogenicity in obese and normal-weight children, and correlates it with laboratory tests. MATERIALS AND METHODS: Research ethics committee approval was obtained for this study, and written informed consent was obtained from all participants' parents or guardians. Twenty-two children aged 6 to 11 years were assigned to one of two groups of 11 children each and paired by sex and age. All children underwent US examination, anthropometric measurements and laboratory tests. A hepatorenal index (HRI) was calculated using the ImageJ image analysis software as the difference in echogenicity between liver parenchyma and kidney cortex. The Student t test and the Mann-Whitney tests were used for statistical analyses. RESULTS: HRI was statistically different between obese and normal-weight children (33. 9±6. 6 versus 14. 1±6. 1, p<0. 001). The analysis of laboratory tests of obese and normal-weight children revealed statistically significant differences in the values of glucose (p=0. 034), insulin (p=0. 001), triglycerides (p=0. 036), uric acid (p<0. 001) and alkaline phosphatase (p=0. 045). CONCLUSIONS: Computer-assisted analysis of US liver echogenicity using the ImageJ software is an accessible, reproducible and easy tool to calculate HRI, and may be used to follow up and control the treatment of fat infiltration in the liver of obese children. / OBJETIVOS: Até o momento, não existe um método simples que avalie a ecogenicidade hepática por análise computadorizada. O objetivo desse estudo é propor uma metodologia acessível e reprodutível para quantificação da ecogenicidade hepática em crianças obesas e eutróficas através de análise computadorizada, estabelecendo uma correlação com os exames laboratoriais. MATERIAIS E MÉTODOS: O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa de nossa instituição e todos os pais ou responsáveis legais pelas crianças assinaram o termo de consentimento para participar do estudo. Vinte e duas crianças entre 6 e 11 anos foram alocadas em dois grupos de 11 crianças, emparelhadas por sexo e idade. Todas as crianças realizaram ultra-sonografia abdominal, medidas antropométricas e exames laboratoriais. Utilizou-se um programa de análise computadorizada de imagens (ImageJ) para calcular o índice hepatorrenal (IHR), que representa a diferença de ecogenicidade entre o parênquima hepático e o córtex renal. Para análise estatística, foram utilizados o teste t de Student e o teste de Mann-Whitney. RESULTADOS: O IHR foi estatisticamente diferente entre as crianças obesas e eutróficas (33. 9±6. 6 versus 14. 1±6. 1, p<0. 001). A análise dos exames laboratoriais das crianças obesas e eutróficas revelou diferença estatisticamente significativa nos valores de glicose (p=0,034), insulina (p=0,008), triglicerídeos (p=0,036), ácido úrico (p<0,001) e fosfatase alcalina (p=0,045). CONCLUSÃO: A análise computadorizada da ecogenicidade hepática, utilizando o programa ImageJ, é uma ferramenta acessível, reprodutível e de fácil manuseio para calcular o IHR, podendo também ser usada no seguimento e controle do tratamento da infiltração gordurosa hepática em crianças obesas.
|
38 |
Efeito da N-acetilcisteína sobre a inflamação, estresse oxidativo e morte celular em camundongos com esteato-hepatite submetidos à isquemia e reperfusão hepática / Effect of N-acetylcysteine on inflammation, oxidative stress, and cell death in mice with steatohepatitis submitted to hepatic ischemia and reperfusionNatalie Chaves Ferreira 14 May 2018 (has links)
A manipulação cirúrgica do fígado com esteato-hepatite pode levar a complicações pós-operatórias importantes. A N-acetilcisteína (NAC) apresenta efeito protetor em modelos de I/R hepática, bem como na doença hepática gordurosa não alcoólica. Porém, há carência de estudos relacionados a seu efeito em lesões de I/R em fígado com esteato-hepatite. Portanto, esse estudo teve como objetivo avaliar o efeito da NAC sobre a reação inflamatória, estresse oxidativo e morte celular induzidos pela I/R hepática associada à esteato-hepatite. Foram utilizados camundongos C57BL/6J, machos, com oito semanas e peso entre 25 e 30 gramas, que receberam ração normal AIN-93M ou deficiente em Metionina e Colina (DMC) de acordo com o grupo de estudo. A NAC (150mg/kg) foi administrada 15 minutos antes da isquemia (DMC-I/R+NAC). Nos grupos DMC-I/R e DMC-I/R+NAC, os animais foram submetidos a 30 minutos de isquemia e 24 horas de reperfusão. Após esse período, o sangue foi coletado, para análise bioquímica das transaminases, e o fígado, removido cirurgicamente para avaliação histopatológica, dosagem das citocinas IL-1beta, TGF-beta1 e IFN-y, nitrito e Substâncias Reativas ao Ácido Tiobarbitúrico (TBARS), análise da expressão celular de Bcl-2 e apoptose (TUNEL). A histopatologia mostrou redução de focos inflamatórios no grupo DMC-I/R+NAC. Os níveis AST foram elevados no grupo DMC-I/R enquanto que os de ALT diminuíram em relação ao controle. No grupo DMC-I/R+NAC houve redução em ambas as transaminases, sendo significante apenas para a avaliação de AST. A produção das citocinas IL-1beta e TGF-beta1 foi elevada no fígado esteatótico de camundongos submetidos à I/R em comparação aos animais com fígado normal; porém, o tratamento com NAC promoveu uma redução significante dessas citocinas. A análise do estresse oxidativo mostrou que os animais com esteato-hepatite submetido à I/R tiveram as concentrações de TBARS e de nitrito elevadas em relação aos camundongos com fígado normal. No entanto, ao receberem o tratamento com NAC, esses animais apresentaram uma redução de ambos. A análise da expressão de Bcl-2 mostrou que essa proteína estava elevada em camundongos com fígado normal, e reduzida na presença de esteato-hepatite ou quando esta afecção está associada à I/R. A NAC, nesse caso, promoveu o aumento da expressão de Bcl-2 em camundongos com esteato-hepatite submetido à I/R. Esse resultado estava associado aos dados de apoptose, nos quais foi observado aumento do número de células apoptóticas no fígado esteatótico de camundongos em que a I/R foi induzida e redução nos animais tratados com NAC. Desta forma, conclui-se que o uso da NAC promove efeitos benéficos sobre o fígado de camundongos com esteato-hepatite associada à lesão de I/R por meio da redução do infiltrado inflamatório, das concentrações de IL-1beta e TGF-beta1, do estresse oxidativo e da morte celular / The surgical manipulation of the liver with steatohepatitis may lead to important postoperative complications. The N-acetylcysteine (NAC) has a protective effect in hepatic I/R models, as well as in non-alcoholic fatty liver disease. However, there is a lack of studies related to its effect inI/R injury to liver with steatohepatitis. Therefore, the purpose of this study was to assess the effect of NAC over inflammatory, oxidative stress and cell death induced by hepatic I/R associated to steatohepatitis. The mice used were C57BL/6J, male, eight weeks old and weighing between 25 and 30 grams, which received normal diet AIN-93M or Methionine and Choline-deficient diet (DMC) according to their study group. The NAC (150mg/kg) was administered 15 minutes before the ischemia (DMC-I/R+NAC). In groups DMC-I/R and DMC-I/R+NAC, the animals were submitted to 30 minutes of ischemia and 24 hours of reperfusion. After this period, blood was collected, for biochemical analysisof transaminases, and the liver, surgically removed for histopathological assessment, dosage of cytokines levels IL-1beta, TGF-beta1 and IFN-y, nitrite and Reactive Substances to Thiobarbituric Acid (TBARS), analysis of cell expression of Bcl-2 and apoptosis (TUNEL). The histopathology showed a reduction of inflammatory foci in DMC-I/R+NAC group. The AST levels were elevated in DMC-I/R group while the ALT reduced in comparing to control. In the DMC-I/R+NAC group there was a reduction in both transaminases, being significant only for AST assessment. The production of cytokines IL-1beta and TGF-beta1 was elevated in the liver with steatosis of mice submitted to I/R when compared to the animals with normal liver; however, the treatment with NAC provided a significant reduction of these cytokines. The oxidative stress analysis showed that the animals with steatohepatitis submitted to I/R had the concentrations of TBARS and nitrite elevated when compared to the mice with normal liver. However, when they received treatment with NAC, these animals presented a reduction in both. The analysis of the Bcl-2 expression showed that this protein was high in mice with normal liver, and reduced in the presence of steatohepatitis or when this affection is associated to I/R. A NAC, in this case, lead to an increase of Bcl-2 expression in mice with steatohepatitis submitted to I/R. This result was associated to data of apoptosis, where increase in the number of apoptotic cells in liver with steatosis of mice in which theI/R was induced and reduction in animals treated with NAC was observed. Therefore, the conclusion is that the use of NAC promotes beneficial effects on the liver of mice with steatohepatitis associated to I/R injury through the reduction of inflammatory infiltrate, of concentrations of IL-1beta and TGF-beta1, of oxidative stress and cell death
|
39 |
Integração entre vias metabolicas e inflamatorias durante a esteatose hepatica induzida por dieta hiperlipidica / Integration between metabolic and inflammatory pathways during hepatic steatosis induced by hiperlipidic dietCintra, Dennys Esper, 1976- 12 April 2008 (has links)
Orientador: Licio Augusto Velloso / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-12T13:12:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Cintra_DennysEsper_D.pdf: 2036070 bytes, checksum: 1c0ff9462c147443a4261b0699b9128d (MD5)
Previous issue date: 2008 / Resumo: A obesidade se manifesta de forma pandêmica, acometendo milhões de
pessoas, principalmente nos países ocidentais e industrializados. Além dos inúmeros aspectos comportamentais e sociais, o desenvolvimento dessa doença
contribui consideravelmente para o aumento da morbidade e mortalidade em decorrência de sua freqüente associação com outras doenças que compõem a
síndrome metabólica, tais como, diabetes mellitus, hipertensão arterial, dislipidemia, ovários policísticos, esteatose hepática, entre outras. Os distúrbios no
metabolismo de ácidos graxos frequentemente relacionados à obesidade contribuem para a disfunção de múltiplos órgãos e sistemas. No fígado, o simples
acúmulo de gordura no parênquima (esteatose hepática) pode ser um estado transitório e benigno, facilmente reversível. Entretanto, com a perpetuação do quadro, e dependendo de algumas características genéticas ainda pouco conhecidas, ativa-se uma resposta inflamatória que desempenhará papel central na progressão da esteatose para esteato-hepatite, fibrose e cirrose, sendo esta um estágio final da doença hepática. Durante a instalação da inflamação hepática,
uma série de citocinas pró-inflamatórias são expressas e participam da indução da
disfunção orgânica. Entretanto, alguns estudos recentes revelam que a interleucina-10 (IL-10), uma citocina antiinflamatória, também é produzida no fígado e que sua presença nesse contexto ameniza a progressão para graus avançados de lesão hepática. O objetivo desse trabalho foi investigar como a IL-
10 endógena modula alguns parâmetros inflamatórios e metabólicos no fígado de
um modelo animal de obesidade, resistência à insulina e esteato-hepatite induzidos por dieta. Para tal, a IL-10 foi inibida in vivo por técnicas de inativação
com anticorpo específico e oligonucleotídeos de cDNA modificado complementares ao RNAm dessa proteína, impedindo sua tradução. A inibição da
IL-10 em animais que consumiram dieta rica em gordura acentuou a disfunção hepática, inibindo a atividade de importantes proteínas como as do receptor de insulina e seus substratos (IR, IRS-1 e IRS-2), fomentando o processo inflamatório
local e ativando vias pró-apoptóticas. A partir desses resultados, conclui-se que a
IL-10 endógena atua como um fator protetor, controlando vias inflamatórias durante a progressão da esteatose para esteato-hepatite não alcoólica. / Abstract: Obesity has grown as an epidemiological phenomenon that threatens
millions of people worldwide, and particularly those living in western, developed
countries. Besides its multiple behavioral and social problems, obesity contributes
considerably to increase morbidity and mortality due to its common association
with diseases that compose the metabolic syndrome, such as diabetes mellitus,
hypertension, dyslipidemia, polycystic ovaries, hepatic steatosis, among others.
The abnormalities in the metabolism of fatty acids that frequently occur in obesity,
contribute to the dysfunction of a number of organs and systems. In the liver, the
simple accumulation of fat in the parenchyma cells leads to steatosis which is
somewhat benign and reversible. However, as far as the condition is maintained,
and depending on some yet to be known genetic factors, an inflammatory response can be installed leading to steatohepatitis, fibrosis and cirrhosis, a terminal liver disease. During the installation of steatohepatitis, a number of proinflammatory cytokines are expressed, contributing to the progression of the
liver damage. However, some recent studies have shown that interleukin-10 (IL-
10), an anti-inflammatory cytokine, is produced in the liver and plays a role in the
negative modulation of the inflammatory response. The objective of the present
study was to evaluate the roles of IL-10 as an endogenous factor controlling inflammatory and metabolic parameters in diet induced hepatic steatosis. IL-10 was inhibited in vivo by two distinct methods, a neutralizing antibody and an antisense oligonucleotide. The inhibition of IL-10 in diet induced steatohepatitis increased proinflammatory cytokine expression and worsened a number of metabolic parameters, including insulin signal transduction. Thus, IL-10 is an endogenous factor that modulates inflammatory response in diet-induced hepatic
disease. / Doutorado / Ciencias Basicas / Doutor em Clínica Médica
|
40 |
O papel da Acetil-CoA Carboxilase hipotalâmica na resposta contra regulatória hepática de ratos = Hypothalamic inhibition of acetyl-CoA carboxylase stimulates hepatic counter-regulatory response independent of AMPK activation in rats / Hypothalamic inhibition of acetyl-CoA carboxylase stimulates hepatic counter-regulatory response independent of AMPK activation in ratsPereira, Vinícius Dias, 1985- 23 August 2018 (has links)
Orientador: Márcio Alberto Torsoni / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-23T16:21:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Pereira_ViniciusDias_M.pdf: 1179657 bytes, checksum: 3d71a3a82020acdf4b2e2a10b8eabfdf (MD5)
Previous issue date: 2013 / Resumo: A AMPK hipotalâmica age como um sensor energético e é capaz de modular a ingestão alimentar, homeostase de glicose e a biossíntese de ácidos graxos. É conhecido que a injeção intra-hipotalâmica de ácidos graxos suprime a produção de glicose pelo fígado, principalmente pela ativação de canais de potássio sensíveis a ATP hipotalâmico (K(ATP)). Uma vez que em todos os modelos estudados a biossíntese de malonil-CoA estava envolvida, nós hipotetizamos que a Acetil-CoA Carboxilase poderia modular respostas contra-regulatórias independente da disponibilidade de nutrientes. Nesse estudo foram empregados os seguintes métodos: Immunoblot, PCR em tempo real, ELISA e avaliações bioquímicas. Através desses métodos, nós mostramos que a redução da expressão de acetil-CoA carboxilase pela injeção de oligonucleotídeo antisense intraventricular resultou no aumento da ingestão alimentar e diminuiu a expressão dos mRNA de CART, CRH e TRH. Além disso, como nos ratos em jejum, os ratos tratados com oligonucleotídeo antisense apresentaram concentrações de corpos cetônicos e glucagon séricos aumentados, além de níveis de insulina e glicogênio hepático diminuídos. A redução de acetil-CoA carboxilase hipotalâmica também aumentou a expressão de PEPCK, fosforilação de AMPK e a produção de glicose no fígado. Interessantemente, esses efeitos foram observados sem modificação da fosforilação da AMPK hipotalâmica. Com isso, concluímos que a inibição da ACC hipotalâmica pode ativar resposta contra-regulatória hepática independente da ativação da AMPK hipotalâmica / Abstract: BACKGROUND: Hypothalamic AMPK acts as a cell energy sensor and can modulate food intake, glucose homeostasis, and fatty acid biosynthesis. Intrahypothalamic fatty acid injection is known to suppress liver glucose production, mainly by activation of hypothalamic ATP-sensitive potassium (K(ATP)) channels. Since all models employed seem to involve malonyl-CoA biosynthesis, we hypothesized that acetyl-CoA carboxylase can modulate the counter-regulatory response independent of nutrient availability. METHODOLOGY/PRINCIPAL FINDINGS: In this study employing immunoblot, realtime PCR, ELISA, and biochemical measurements, we showed that reduction of the hypothalamic expression of acetyl-CoA carboxylase by antisense oligonucleotide after intraventricular injection increased food intake and diminished the expression of CART, CRH, and TRH mRNA. Additionally, as in fasted rats antisense oligonucleotide-treated rats, increased serum glucagon and ketone bodies were observed along with diminished levels of serum insulin and hepatic glycogen. The reduction of hypothalamic acetyl-CoA carboxylase also increased PEPCK expression, AMPK phosphorylation, and glucose production. Interestingly, these effects were observed without modification of hypothalamic AMPK phosphorylation. CONCLUSION/SIGNIFICANCE: Hypothalamic ACC inhibition can activate hepatic counter-regulatory response independent of hypothalamic AMPK activation / Mestrado / Clinica Medica / Mestre em Clinica Medica
|
Page generated in 0.0614 seconds