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Possíveis atividades (anti)estrogênica e (anti)androgênica e efeitos reprodutivos e comportamentais em ratos wistar expostos à fluoxetina em períodos críticos de desenvolvimentoMuller, Juliane Centeno January 2012 (has links)
Orientador : Prof. Dr. Paulo Roberto Dalsenter / Co-orientador : Prof. Dr. Anderson Joel Martino-Andrade / Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia. Defesa: Curitiba, 15/06/2012 / Bibliografia: fls. 138-152 / Resumo: O tratamento antidepressivo durante a gestação e lactação é desejável ou necessário quando os riscos da depressão não tratada para a mãe e o bebê são maiores do que aqueles associados com o uso de antidepressivos. Nas últimas décadas houve um aumento considerável no uso de antidepressivos durante a gestação e lactação, e a fluoxetina foi reportada como a droga mais utilizada durante estes períodos. A fluoxetina atravessa facilmente a barreira placentária, alcançando níveis séricos fetais semelhantes aos maternos, e é excretada no leite materno no momento da amamentação. Assim, um grande número de crianças em desenvolvimento é exposta a este antidepressivo in utero e durante a lactação. Estudos clínicos e pré-clínicos mostraram alterações reprodutivas em diferentes espécies após a exposição à fluoxetina. A partir desses estudos nossa primeira hipótese foi que a fluoxetina poderia estar mediando tais efeitos através de uma possível atividade estrogênica e/ou anti-androgênica. Esta hipótese foi testada pela investigação de possível atividade da fluoxetina (0,4, 1,7 e 17 mg/kg/dia) sobre receptores estrogênicos e/ou androgênicos pelos testes de Hershberger, uterotrófico e do gene repórter. Os resultados indicaram ação estrogênica da fluoxetina tanto in vivo (1,7 e 17 mg/kg) como in vitro (17 ?M). Substâncias que atuam no sistema endócrino são passíveis de interferir com a regulação hormonal através de diferentes mecanismos e dessa maneira causar vários efeitos adversos na reprodução. Assim, a segunda parte deste estudo teve por objetivo testar a hipótese de que se a fluoxetina é capaz de interferir com a ação de hormônios gonadais, tais como o estradiol, a exposição à fluoxetina durante períodos críticos de desenvolvimento poderia produzir efeitos reprodutivos a curto e a longo-prazo. Esta hipótese foi testada através da avaliação dos parâmetros gestacionais e do desenvolvimento sexual dos descendentes no teste de exposição in utero e lactação em ratos Wistar. Os resultados da exposição in utero e lactação revelaram que a fluoxetina causou redução no ganho de massa corporal durante a prenhez, redução na massa corporal no 21° dia de prenhez (corrigido pela soma do peso dos filhotes no 1° dia pós-natal), menor peso ao nascimento, redução no índice de viabilidade e desmame, além de alterações hormonais e no peso de órgãos nas progenitoras tratadas com 17 mg/kg de fluoxetina durante a gestação e a lactação. Não foram observadas alterações no desenvolvimento sexual dos filhotes expostos à fluoxetina in utero e lactação. Outro aspecto a ser considerado é sobre os possíveis efeitos da exposição à fluoxetina em períodos de neurodesenvolvimento, já que a serotonina desempenha um papel importante na neuroplasticidade durante críticos estágios embrionários. Com isso, a terceira parte deste estudo teve por objetivo investigar se a exposição à fluoxetina in utero e lactação a ratos Wistar poderia causar alterações comportamentais e neuroquímicas a longo prazo através de dosagens de neurotransmissores e da avaliação nos testes de campo aberto, labirinto em cruz elevado, natação forçada modificado e preferência à sacarose. Os resultados do terceiro estudo mostraram que a exposição à fluoxetina produziu redução nos níveis de noradrenalina, do ácido 5-hidroxindolacético e do ácido 3,4-dihidroxifenilacético no córtex pré-frontal e hipocampo dos animais na vida adulta. Porém, não foram observadas alterações relevantes em comportamentos que expressam ansiedade e depressão nestes animais. As consequências funcionais e implicações clínicas destas alterações neuroquímicas nas estruturas cerebrais permanecem a ser elucidadas. Concluímos que a fluoxetina demonstrou atividade estrogênica, causou toxicidade fetal e materna, além de induzir alterações hormonais em progenitoras tratadas com esta droga durante a gestação e lactação. A maioria destas alterações reprodutivas foi observada apenas com a maior dose de fluoxetina investigada (17 mg/kg). Além disso, a exposição à fluoxetina in utero e lactação produziu alterações a longo prazo nos níveis de neurotransmissores dos descendentes, e estas alterações variaram de acordo com o sexo e as doses de fluoxetina. / Abstract: The use of antidepressant medications is currently acceptable for pregnant and lactating women in situations where the risks to the mother and child of not treating the disease are greater than the risks associated with exposure to the antidepressant drug. In recent decades has seen a large increase in the use of antidepressants during pregnancy and lactation, and fluoxetine was reported as the most widely used antidepressant during these periods. Fluoxetine readily cross the placenta reaching similar levels in maternal and fetal serum, and is also secreted into breast milk during lactation. Thus, a large number of developing children is exposed to fluoxetine in utero and during lactation. Clinical and preclinical studies showed reproductive changes in different species after exposure to fluoxetine. From these studies we hypothesized that fluoxetine could be mediating these effects through a possible estrogenic and/or anti-androgenic activity. This hypothesis was tested by investigating possible activities of fluoxetine (0.4, 1.7 and 17 mg/kg) on estrogenic and/or androgenic receptors in the Hershberger, uterotrophic, and reporter gene assays. The results indicated estrogenic activity of fluoxetine in both, in vivo (1.7 and 17 mg/kg) and in vitro (17 ?M), assays. Substances that act on the endocrine system are likely to interfere with the hormonal regulation through different mechanisms and to produce several adverse effects on reproduction. Thus, the second part of this study was to test the hypothesis that if fluoxetine is able to interfere with the gonadal hormones action, such as estradiol, fluoxetine exposure during critical periods of development could produce reproductive effects in the short and long-term. This hypothesis was tested by evaluating pregnancy outcomes and sexual development of offspring in the in utero and lactation assay using Wistar rats. The results revealed that fluoxetine caused a reduction in body weight gain during pregnancy, body weight reduction on gestational day 21(corrected by subtracting the sum of the weights of the pups on postnatal day 1), low birth weight, reduction in viability and weaning indices, as well as hormonal and organ weights changes in dams treated with 17 mg/kg of fluoxetine during pregnancy and lactation. There were no changes in sexual development of offspring exposed to fluoxetine in utero and lactation. Another aspect to be considered is the possible effects of fluoxetine exposure in neurodevelopment periods. It is known that serotonin plays an important role in neuroplasticity in critical embryonic stages. Thus, the third part of this study was to investigate whether exposure to fluoxetine in utero and lactation could cause long-term neurochemical and behavioral changes in rats by measurement of neurotransmitters and assessment in the open field, elevated plus maze, forced swimming and sucrose preference tests. The results of the third study showed that exposure to fluoxetine produced a reduction in the levels of noradrenaline, 5-hydroxyindoleacetic acid and 3,4-dihydroxyphenylacetic acid in the prefrontal cortex and hippocampus in adulthood. However, there were no significant changes in behaviors that express anxiety and depression in these animals. The functional consequences and clinical implications of these neurochemical changes in brain structures remain to be elucidated. We concluded that fluoxetine showed estrogenic activity, caused maternal and fetal toxicity, and induced hormonal changes in dams treated with this drug during pregnancy and lactation. Most of these reproductive changes was observed only with the highest dose of fluoxetine (17 mg/kg). Furthermore, exposure to fluoxetine in utero and lactation produced long-term changes in neurotransmitter levels of the offspring, and these changes varied according to the sex and the doses of fluoxetine.
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Efeito do tratamento com sinvastatina nos parâmetros sensoriais, motor e morfologico em modelo de neuropatia periféricaCorso, Claudia Rita January 2015 (has links)
Orientadora : Profª. Drª. Maria Fernanda de Paula Werner / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia. Defesa: Curitiba, 27/02/2015 / Inclui bibliografia / Resumo: Estudos têm demonstrado que além de reduzir os níveis de colesterol através da
inibição da HMG-CoA redutase, as estatinas, como a sinvastina, apresentam efeitos
pleiotrópicos tais como ações anti-inflamatória, imunomodulatória e melhora da
disfunção endotelial. No entanto, em relação a neuropatias periféricas, estudos mostram controvérsia sobre os efeitos neuroprotetores e de melhora da dor neuropática, tanto em doses elevadas quanto em doses baixas de sinvastatina. Além disso, relata-se que doses elevadas da sinvastatina podem aumentar o risco de desenvolver neuropatia periférica. Dessa maneira, o objetivo deste estudo foi investigar as evidências conflitantes sobre os efeitos da sinvastatina, comparando uma dose baixa e uma dose alta, em parâmetros sensoriais, motor e morfológico em modelo de neuropatia periférica induzida pelo esmagamento do nervo ciático em ratos. Inicialmente, ratos Wistar machos receberam por via oral veículo (salina, 1 ml/kg), sinvastatina (2 ou 80 mg/kg) ou morfina (2 mg/kg, s.c.), 1 h antes da injeção intraplantar de 50 ?l de solução de formalina (2,5%) para avaliação de nocicepção química e edema de pata. O modelo de neuropatia periférica foi induzido pelo esmagamento de nervo ciático (nenhum procedimento em ratos falso operados) por 30 s. A avaliação da alodinia mecânica (método Von Frey updown) e ao frio (teste da acetona), função motora (índice funcional do ciático e índice estático do ciático), análise histológica bem como a determinação de MPO e NAG e resposta nociceptiva induzida pelo mevalonato foram avaliadas após esmagamento do nervo. Os animais foram tratados por via oral com veículo, sinvastatina (2 ou 80 mg/kg) ou gabapentina (30 mg/kg) durante 18 dias. O tratamento com sinvastatina (2 e 80
mg/kg) atenuou a fase inflamatória induzida pela formalina, porém não diminuiu o edema de pata. No modelo de neuropatia periférica, a alodinia mecânica foi reduzida pela menor dose de sinvastatina até o 12º dia após a lesão, e por 18 dias pela gabapentina. Entretanto, nenhum dos tratamentos (sinvastatina e gabapentina) diminuiram a alodinia ao frio ou melhoraram a função motora após a lesão. Interessante, ambas as doses de sinvastatina demonstraram efeito neuroprotetor após a lesão, superior ao tratamento com gabapentina, preservando a bainha de mielina e o número de fibras mielinizadas.
Além disso, a sinvastatina diminuiu a infiltração de neutrófilos no nervo ciático e somente a maior dose diminui a nocicepção induzida pelo mevalonato. Em conjunto, esses resultados indicam que a sinvastatina apresenta efeitos antialodínico e anti-inflamatório, concomitante com a preservação da morfologia do nervo ciático após a lesão. Além disso, a menor e a maior dose parecem ter seus efeitos antinociceptivos dependente e independente da via do mevalonato, respectivamente.
Palavras-chaves: sinvastatina, dor neuropática, nervo ciático, neuroproteção. / Abstract: Studies have shown that in addition to reducing cholesterol levels by inhibiting
HMG-CoA reductase inhibitors, statins, such as simvastin, have pleiotropic effects such
as anti-inflammatory, immunomodulatory and improvement in endothelial dysfunction.
However, in peripheral neuropathies, studies show controversy over the neuroprotective effects and improvement of neuropathic pain, both in high doses and low doses of simvastatin. In addition, it is reported that high doses of simvastatin can increase the risk of developing peripheral neuropathy. Thus, this study aimed to investigate the conflicting evidence about the effects of simvastatin, comparing a low and high dose, in sensory, motor and morphological parameters in peripheral neuropathy model induced by sciatic nerve crush in rats. Male Wistar rats were orally treated with vehicle (saline, 1 ml/kg), simvastatin (2 and 80 mg/kg) or morphine (2 mg/kg, s.c.), 1 h before intraplantar injection (50 ?l) of 2.5% formalin solution to evaluate chemical nociception and paw edema. The peripheral neuropathy model was induced by crushing the sciatic nerve using a nonserrated clamp (no sciatic crush in animals sham) for 30 s. Mechanical (von Frey updown method) and cold allodynia (acetone test), motor function (measurement of sciatic functional and sciatic static index), histological analysis as well as MPO and NAG measurement and nociceptive response induced by mevalonate were evaluated after nerve crush. Animals were orally treated with vehicle, simvastatin (2 and 80 mg/kg) or gabapentin (30 mg/kg), during 18 days. Simvastatin treatment (2 and 80 mg/kg) reduced the inflammatory phase induced by formalin, but failed to decrease the paw edema. In the model of peripheral neuropathy, mechanical allodynia was reduced for the low dose of simvastatin until 12th day after injury, and for 18 days by gabapentin. However, none
of the treatments (simvastatin and gabapentin) attenuated cold allodynia or improved the motor function. Interestingly, both doses of simvastatin showed neuroprotective effect after injury, superior to treatment with gabapentin, preserving the myelin sheath
thickness and number of myelinated fibers. Furthermore, simvastatin inhibited neutrophil infiltration on sciatic nerve and only the higher dose diminished the nociception induced by mevalonate. These results indicate that simvastatin treatment has antiallodynic and anti-inflammatory effect concomitant with preservation of morphology of the sciatic nerve after injury. Moreover, the lowest and the highest dose seem to have antinociceptive effects dependent and independent of the mevalonate pathway, respectively.
Keywords: simvastatin, neuropathic pain, sciatic nerve, neuroprotection.
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Efeitos da exposição intermitente ao etanol na adolescência sobre a resposta febril em ratosTelles, Tatiane Mendes Boutin Bartneck January 2016 (has links)
Orientador : Prof. Dr. Aleksander R Zampronio / Coorientadora : Diego Correia / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia. Defesa: Curitiba, 29/06/2016 / Inclui referências : f. 56-59 / Área de concentração / Resumo: A exposição ao etanol, durante diferentes fases da vida pode aumentar o risco de infecções e promover alterações no sistema nervoso central. No presente estudo, investigou-se o efeito da exposição ao etanol (binge) em ratos adolescentes na resposta febril induzida por lipopolissacarídeo (LPS) e interleucina-1?(IL-1?). A exposição dos animais durante a adolescência ao etanol não alterou a temperatura corporal dos animais. Observou-se uma redução significativa na resposta febril induzida por LPS (5 ou 50 ?g/kg, por via intraperitoneal) no dia 51 pós-natal (13 dias depois da última exposição ao etanol). No entanto, não foram observadas alterações na resposta febril em animais expostos ao etanol no dia 63 pós-natal (25 dias depois da última exposição ao etanol). A resposta febril induzida pela administração intracerebroventricular de IL-1? (3 ?g) foi também reduzida em animais expostos ao etanol (binge) durante a adolescência (dia 51 pós-natal). O tratamento oral agudo com etanol 24 h antes da administração de LPS não alterou a resposta febril induzida por este pirogênio. A exposição ao etanol durante a adolescência não alterou os parâmetros hematológicos ou o número e viabilidade dos macrófagos peritoneais. A administração de LPS aumentou os níveis plasmáticos de IL-1? de maneira similar em animais que receberam salina ou expostos ao etanol na adolescência. No entanto, os animais expostos ao etanol apresentaram níveis significativamente menores de IL-1? no fluido cerebroespinhal após a administração de LPS quando comparados com animais que receberam salina. Estes resultados sugerem que a exposição ao etanol (binge) durante a adolescência produz alterações no sistema nervoso central que podem prejudicar a resposta febril e que podem ser observadas mais tarde, após a suspensão da exposição, mas que são reversíveis. Estas alterações parecem envolver as mudanças na sinalização LPS/IL-1?. / Abstract: Ethanol exposure during different phases of life may increase the risk of infections and promote alterations in the central nervous system. In the present study, investigated the effect of binge-like exposure to ethanol of adolescent rats in the febrile response induced by lipopolysaccharide (LPS) and interleukin-1? (IL-1?). The exposure of the animals during adolescence to ethanol did not change the body temperature of the animals. A significant reduction in the febrile response induced by LPS (5 or 50 ?g/kg, intraperitoneally) was observed on postnatal day 51 (13 days after the last exposure to ethanol). However, no changes in the febrile response in ethanol-exposed animals were observed on postnatal day 63 (25 days after last exposure to ethanol). The febrile response induced by intracerebroventricular IL-1? (3 ng) was also significantly abrogated in binge-like ethanol exposed animals during adolescence (postnatal day 51). The acute oral treatment with ethanol 24 h prior LPS administration did not change the febrile response induced by LPS (50 ?g/kg). The binge-like exposure to ethanol during adolescence did not change the hematological parameters or the number and viability of peritoneal macrophages. LPS administration increase the plasma levels of IL-1? in both animals that received saline and exposed to ethanol during adolescence. However, the animals that were exposed to ethanol showed significantly lower levels of IL-1? in the cerebrospinal fluid after the administration of LPS when compared to animals that received saline. These results suggest that binge-like exposure to ethanol during adolescence produce changes in the central nervous system that can impair the febrile response and that can be observed later after the suspension of the treatment but that are reversible. These changes may involve changes in LPS/IL-1? signaling.
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Efeitos da silmarina sobre a angiogênese e estresse oxidativo em camundongos normoglicêmicos e diabéticosStolf, Aline Maria January 2016 (has links)
Orientador : Profª. Drª. Alexandra Acco / Coorientadora : Profª. Drª. Cibele Campos Cardoso / Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia. Defesa: Curitiba, 04/11/2016 / Inclui referências : f. 46-54;77-80;82-85 / Resumo: Contexto: Diversos dados sugerem benefícios do tratamento com estatinas durante a sepse, mas ainda não existe um consenso a respeito disso na literatura. O objetivo principal deste trabalho foi investigar os efeitos do tratamento prolongado com estatinas em sepse, dando ênfase em suas propriedades antioxidantes, antiinflamatórias e metabólicas. Desenho experimental: Ratos Wistar machos foram tratados com simvastatina (1,17 ou 5,85 mg/kg), atorvastatina (0,59 ou 2,95 mg/kg) ou veículo uma vez ao dia, por gavagem. Após 30 dias de tratamento, foi induzida a sepse pelo modelo de ligadura e punção do ceco (CLP) nos grupos Controle, Simvastatina e Atorvastatina (n=6). O grupo Sham (n=6), que também recebeu veículo, foi submetido apenas à laparotomia. Os grupos Simvastatina Basal e Atorvastatina Basal receberam 5,85 mg/Kg e 2,95 mg/kg, respectivamente (n=5), mas não foram submetidos a nenhum procedimento cirúrgico. Passadas 24 horas da CLP ou laparotomia, os animais foram anestesiados novamente para coleta de amostras (fígado e sangue). Ensaios foram feitos para avaliar o estresse oxidativo hepático (catalase, superóxido dismutase, glutationa-S-transferase, glutationa reduzida e peroxidação lipídica), histologia hepática, atividade de enzimas mitocondriais hepáticas, migração leucocitária, contagem de leucócitos no sangue, expressão gênica de superóxido dismutase e TNF? no fígado, bioquímica sérica (aspartato aminotransferase, alanina aminotransferase, colesterol e triglicerídeos) e nível plasmático de TNF?. Resultados: A maior parte dos parâmetros testados demonstrou alterações compatíveis com a condição de sepse. Neste estudo o único parâmetro capaz de evidenciar algum benefício proporcionado pelo tratamento com as estatinas em ratos submetidos ao modelo da CLP foi a atividade enzimática mitocondrial. Nos demais parâmetros, a simvastatina e a atorvastatina não protegeram o fígado contra as injúrias causadas pela indução da sepse polimicrobiana. Conclusão: Ambas as estatinas quando usadas isoladamente por 30 dias antes da indução de sepse pelo modelo de CLP parecem melhorar a atividade mitocondrial, mas esse resultado não se repetiu em outros marcadores de função hepática e migração leucocitária durante a sepse. Mais estudos devem ser realizados para avaliar a combinação de estatinas com outras drogas utilizadas no tratamento dessa condição patológica. Palavras-chave: sepse, fígado, estatinas, simvastatina e atorvastatina. / Abstract: Background: Several data suggest benefical effects of treatment with statins during sepis, but there is not yet a consensus in scientific literature about that. The major objective of this study was to investigate the effects of long-term statins treatment on hepatic parameters during sepsis, focusing its antioxidant, antiinflammatory and metabolic properties. Experimental approach: Male Wistar rats were treated orally with simvastatin (1.17 or 5.85 mg/kg), atorvastatin (0.59 or 2.95 mg/kg) or vehicle once a day. After 30 days of treatment, sepsis was induced by CLP on Control, Simvastatin and Atorvastatin groups (n=6). Sham group (n=6), which also received vehicle, was submitted only to laparotomy. Basal Simvastatin and Basal Atorvastatin groups also received 5.85 mg/Kg and 2.95 mg/kg, respectively (n=5), but these animals were not submitted to any surgical procedure. After 24 hours of CLP or laparotomy, the animals were anaesthetized for sample collection (hepatic tissues and blood). Assays were performed to evaluate hepatic oxidative stress (catalase, superoxide dismutase, glutathione-S-transferase, reduced glutathione and lipid peroxidation), liver histology, activity of hepatic mitochondria enzymes, leukocyte migration, leukocyte count on blood, gene expression of hepatic superoxide dismutase and TNF?, plasmatic biochemistry (aspartate aminotransferase, alanine aminotransferase, cholesterol and triglycerides) and plasmatic level of TNF?. Results: Most of the parameters tested showed alterations compatible with sepsis outcome. However, only liver mitochondrial enzymatic activity presented improvement with statins treatment in rat submitted to sepsis conditions. In other parameters, simvastatin and atorvastatin failed to protect liver against injuries of CLP polimicrobial sepsis model. Conclusion: The treatment with simvastatin and atorvastatin during 30 days as single drug before inducing CLP seems to improve liver enzymatic mitochondria activity, but this result was not reproducible in other biomarkers of liver function and leukocytes migration during sepsis. Future studies should be encouraged to evaluate the combination of statins with other drugs used in the therapy of sepsis. Key words: sepsis, liver, statins, simvastatin, atorvastatin
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Alisquireno : uma nova estratégia para o tratamento da psoríase?Pawloski, Priscila Lúcia January 2013 (has links)
Orientador : Prof. Dr. Michel Fleith Otuki / Co-orientadora : Profª Drª Daniela Cabrini de Almeida / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia. Defesa: Curitiba, 26/08/2013 / Inclui referências / Resumo: A psoriase e uma doenca inflamatoria complexa mediada por diversos fatores, incluindo citocinas inflamatorias como o fator de necrose tumoral (TNF)-ƒ¿ e IL-6, entretanto os mecanismos envolvidos nao sao completamente compreendidos. A angiotensina II (ANG II), o peptideo ativo do sistema renina-angiotensina (RAS), pode estar envolvido em processos inflamatorios, como a cicatrizacao de feridas, a proliferacao e reparacao celular. Investigamos o efeito da inibicao da renina no processo de proliferacao de queratinocitos por alisquireno, um farmaco inibidor da renina. Atraves de um modelo de inflamacao cutanea em camundongos, foram analisadas as respostas anti-inflamatorias e antiproliferativa apos o tratamento por via oral com 30, 100 e 300 mg/kg de alisquireno. Observou-se uma reducao dos niveis de citocinas, TNF-ƒ¿ e IL-6, e da atividade da mieloperoxidase (MPO), porem nao houve efeito sobre o edema da orelha. O tratamento com 30 mg/kg de alisquireno foi capaz de reduzir os niveis de PCNA em analise de imunohistoquimica e Western blot. Os testes de toxicidade demonstraram que tratamentos com alisquireno nao promoveram alteracoes em parametros como pressao sistolica, atrofia da pele, atrofia adrenal, peso do timo e linfonodo. Estes resultados demonstraram que o alisquireno e um agente anti-proliferativo eficaz no modelo experimental de inflamacao cutanea em camundongos o que sugere que pode ser eficaz na terapia de doencas hiperproliferativas e inflamatorias da pele, como a psoriase.
Palavras-chave: Psoriase, Renina, Proliferacao de queratinocitos, PCNA, Alisquireno / Abstract: Psoriasis is a complex inflammatory disease mediated by several factors, including cytokines like tumor necrosis factor (TNF)-? and IL-6, but the mechanisms involved are not completely understood. Angiotensin II (ANG II), the most active peptide of the Renin-Angiotensin System (RAS), may be involved in the inflammatory processes, like wound healing, cell proliferation and tissue repair. We investigated the effect of renin inhibition in the process of keratinocytes proliferation by Aliskiren, a renin inhibitor drug. In a chronic skin inflammation model in mice, it was analyzed the anti-inflammatory and antiproliferative responses after orally treatments with 30, 100 and 300 mg/kg of aliskiren. It was observed a reduction of cytokines levels, TNF-? and IL-6, and of myeloperoxidase (MPO) activity, but no effect was found on ear thickness. The treatment with 30 mg/kg of aliskiren was able to reduce PCNA levels in immunohistochemistry and Western blot analysis. Toxicity tests had shown that aliskiren treatments promoted no change in parameters like alterations in the systolic blood pressure, skin atrophy, adrenal atrophy, in the thymus and lymph node weight. These results showed that aliskiren is an effective antiproliferative agent in the experimental model of chronic skin inflammation in mice which suggests that it could beeffective in the therapy of inflammatory and hyperproliferative skin disorders, such as psoriasis. Key-words: Psoriasis, Renin, Skin proliferation, PCNA, Alisquiren
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Modulação de efeitos estrogênicos induzidos pelo artesunatoSouza, Evana Figueiredo Junckes de January 2016 (has links)
Orientador : Prof. Dr. Paulo Roberto Dalsenter / Coorientadora : Profª Drª Ana Cláudia Boareto da Costa Cesar / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia. Defesa: Curitiba, 24/06/2016 / Inclui referências : f. 53-60 / Área de concentração / Resumo: O artesunato é um derivado da artemisinina, que tem origem da planta chinese Artemisia annua, usado no tratamento de malária falciparum. Seu uso não é indicado no primeiro trimestre de gestação devido a efeitos tóxicos para o embrião e feto demonstrados em estudos in vivo. Além disso, a artemisinina e alguns de seus derivados já apresentaram toxicidade reprodutiva. Os estrogênios estão envolvidos em processos fisiológicos e patológicos dos tratos reprodutores feminino e masculino. Ademais, alterações sexuais e reprodutivas podem estar relacionadas com a exposição a substâncias estrogênicas. Apesar de indícios de toxicidade reprodutiva do artesunato, nenhum trabalho verificou atividade estrogênica ou antiestrogênica desse fármaco. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito estrogênico e antiestrogênico do artesunato sobre o útero. Para este fim, foi realizado o teste uterotrófico em ratas imaturas, tratadas com artesunato isolado e associado ao estradiol. O artesunato foi testado em diferentes doses (6,25; 12,5; 25; 50 e 100 mg/kg), por via oral. A análise histomorfométrica das camadas uterinas (perimétrio, miométrio, endométrio e epitélio) foi realizada de forma cega manualmente e através do programa Image J®. Os resultados do teste uterotrófico demonstraram aumento uterino no grupo de ratas tratadas com artesunato na dose de 12,5 mg/kg, o que sugere estrogenicidade. Ademais, o tratamento com artesunato nas doses de 6,25 e 12,5 mg/kg combinado com estradiol aumentou a massa uterina quando ambos foram administrados pela mesma via (oral). A alteração da via de administração do estradiol (subcutânea) em associação com artesunato não apresentou diferença na massa uterina, sugerindo que o efeito estrogênico observado possa estar relacionado com a via de administração oral. Os animais tratados com as doses de 50 e 100 mg/kg de artesunato não apresentaram antagonismo quando associadas ao estradiol (na dose de 5?g/kg, s.c.), diferentemente do modulador de receptores estrogênicos, o tamoxifeno. Os resultados histomorfométricos foram coerentes com os testes uterotróficos, demonstrando que as fêmeas tratadas com artesunato na dose de 12.5 mg/kg tiveram as espessuras do endométrio e epitélio aumentadas. A associação de estradiol (por via oral) com artesunato na dose de 6,25 mg/kg aumentou a espessura do perimétrio, miométrio e endométrio. O grupo tratado com estradiol combinado ao artesunato na dose de 100 mg/kg apresentou redução do miométrio e endométrio. O tratamento por via subcutânea de estradiol na dose de 0,3 ?g/kg associada com artesunato nas doses 6,25; 12,5 e 25 mg/kg aumentou a espessura do perimétrio, miométrio e endométrio. Já a associação do estradiol, 1 ?g/kg, s.c., com artesunato em todas as doses, aumentou todas as camadas uterinas. Além do mais, as espessuras do miométrio, endométrio e epitélio foram aumentadas em todos os animais tratados com a associação de estradiol subcutâneo na dose de 5 ?g/kg. Deste modo, podemos concluir que o artesunato tem efeito estrogênico, e apresenta efeito modulador da resposta estrogênica mediada por baixas doses de estradiol, quando a administração de ambos se dá pela via oral.
Palavras-chave: Artemisia annua. Artesunato. Estrogenicidade. Teste uterotrófico. / Abstract: Artesunate is a derivative of artemisinin, originates from the Chinese plant Artemisia annua, used for treatment of falciparum malaria. It is not indicated in the first trimester of pregnancy due toxic effects to the embryo and fetus demonstrated in vivo studies. Besides that, artemisinin and its derivatives have presented reproductive toxicity. Estrogenic compounds are involved with physiological and pathological processes female and male reproductive tracts. Sexual and reproductive changes may be related to exposure estrogenic compounds. Despite the evidence of reproductive toxicity of artesunate, none study found estrogenic or antiestrogenic activity of this drug. The aim of this study was to evaluate estrogenic and antiestrogenic effects of artesunate on the uterus. To this end, the uterotrophic test carried out with immature female rats. They were treated with artesunate isolated and combinated with estradiol. The doses tested of artesunate were 6.25, 12.5, 25, 50 and 100 mg/kg, orally. Histomorphometric analysis of uterine layers (perimetrium, myometrium, endometrium and epithelium) was performed blind and manually through the software Image J®. Results of uterotrophic test showed that the group of animals treated with artesunate at dose of 12.5 mg/kg had uterine weight gain, suggesting estrogenicity. Moreover, treatment with artesunate at the doses of 6.25 and 12.5 mg/kg estradiol increased the uterine weight when both were administered by the same route (oral). The change of estradiol administration (subcutaneous) in combination with artesunate showed no difference in uterine weight, suggesting that the estrogenic effect observed may be related to the oral route of administration. The animals treated with artesunate doses of 50 and 100 mg/kg showed no antagonism when combined with estradiol (5 ìg/kg, s.c.), unlike estrogen receptor modulator, tamoxifen. Histomorphometric results were consistent with the uterotrophic test, showing that animals treated with artesunate at a dose of 12.5 mg/kg had endometrial thickness and epithelium increased. The combination of estradiol with artesunate orally at a dose of 6.25 mg/kg perimetrium increased thickness, myometrium and endometrium. The group treated with estradiol combined with in artesunate 100 mg/kg decreased the myometrium and endometrium as compared to the group treated with oral estradiol. The treatment via subcutaneous estradiol (0.3 ìg/kg) associated with artesunate at the doses 6.25; 12.5 and 25 mg/kg increased the thickness of perimetrium, myometrium and endometrium. The combination of estradiol (1 ìg/kg, s.c.) and artesunate at all doses increased uterine layers. The thickness of the myometrium, endometrium and epithelium was increased in all animals treated with the combination of estradiol subcutaneously at dose of 5 ìg/kg. Thus, we can conclude that the artesunate has estrogenic effect and modulates estradiol response at low doses when the administration of both is oral.
Key words: Artemisia annua. Artesunate. Estrogenicity. Uterotrophic test.
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Efeito dos antiinflamatórios em modelos animais de parkinsonismoSereniki, Adriana January 2006 (has links)
Orientadora : Maria Aparecida B. F. Vital / Dissertaçao (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciencias Biológicas, Programa de Pós-Graduaçao em Farmacologia. Defesa: Curitiba, 30/01/2006 / Inclui bibliografia / Resumo: A doença de Parkinson é uma patologia neurodegenerativa, cujos sintomas incluem bradicinesia, tremor em repouso, instabilidade postural e associados à depressão, que afeta aproximadamente 40% dos pacientes. A etiologia da doença de Parkinson não está completamente elucidada, entretanto, dentre os vários fatores relacionados à neurodegeneração, a neuroinflamação exerce papel
relevante como fator de risco de desenvolvimento da patologia. Neste sentido, avaliamos o efeito de antiinflamatórios em modelos animais de parkinsonismo induzidos pela reserpina e pelo MPTP. Verificamos que a administração da reserpina (1mg/Kg) provocou redução
da atividade geral dos ratos no teste do campo aberto e redução do tempo de natação e aumento do tempo de imobilidade no teste da natação forçada versão modificada. Observamos também que a administração da dexametasona (2mg/Kg), da indometacina (10mg/Kg), da nimesulida (10mg/Kg) e do parecoxib (5mg/Kg) reverteu a hipoatividade dos animais avaliados no teste do campo aberto. No entanto, no teste da natação forçada, apenas a nimesulida (10mg/Kg) e o parecoxib (5mg/Kg) aumentaram o tempo de natação e reduziram o tempo de
imobilidade dos ratos avaliados. A infusão intranigral bilateral de MPTP foi capaz de reduzir a atividade geral dos animais avaliados no teste do campo aberto. Mais ainda, no teste da natação forçada, a infusão desta neurotoxina provocou a redução dos tempos de escalada e natação e aumento do tempo de imobilidade. Entretanto, a nimesulida administrada previamente (10 e 25mg/Kg) à cirurgia e prolongadamente (3 e
10mg/Kg) durante 28 dias não reverteu a hipoatividade induzida pelo MPTP, bem como não aumentou o tempo de escalada e natação e reduziu o tempo de imobilidade. Deste modo, verificamos que os efeitos dos antiinflamatórios em modelos animais da doença de Parkinson precisam ser melhor investigados / Parkinson’s disease is a neurodegenerative pathology, which symptoms
include bradikinesia, tremor at rest, postural instability and are associated to
depression, which affects 40% of the patients. The etiology of Parkinson’s disease
is still unknown, but among all risk factors, the neuroinflammation exerts an
important role in neurodegeneration. Thus, we evaluated the effects of antiinflammatory
drugs in animal models of reserpine and MPTP-induced
Parkinsonism.
We verified that reserpine administration (1mg/Kg) reduced the general
activity of rats in the open field test. This drug also produced a reduction in the
swimming time and an increase in the immobility time in the forced swim test. We
observed that the administration of dexamethasone (2mg/Kg), indomethacin
(10mg/Kg), nimesulide (10mg/Kg) and parecoxib (5mg/Kg) reversed the animal’s
hipoactivity in the open field test, but only nimesulide and parecoxib were capable
to reduce the immobility time in the forced swim test.
The MPTP intranigral infusion provoked a reduction in general activity of rats
evaluated in the open field test. In the forced swim test, this neurotoxin also
produced an increase in the immobility time associated to a reduction in the
climbing and swimming time. However, prior (10 and 25mg/Kg) and prolonged (3
and 10mg/Kg) administration of nimesulide during 28 days was not able to reverse
MPTP induced-hypoactivity, as well as, did not reduce the immobility time and
increase climbing and swimming times.
Thus, we verified that the effects of anti-inflammatory drugs in animal
models of Parkinsonism must be better investigated.
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Caracterização farmacológica e toxicológica de chalconas quinoxalínicas como candidatas a fármacos anti-tuberculoseMuradás, Thaís Cristina January 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017
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Reflexões sobre ciência e tecnologia e suas implicações sociais em aulas de botânica aplicada à farmacologiaBordignon, Kione Baggio 23 February 2012 (has links)
Acompanha: Reflexões sobre ciência e tecnologia e suas implicações sociais em aulas de botânica aplicada a farmacologia / O objetivo desse estudo foi propor estratégias de ensino que estimulem a reflexão sobre ciência, tecnologia e suas implicações sociais nas aulas de Botânica Aplicada à Farmacologia no curso de Farmácia. A abordagem metodológica foi a qualitativa de natureza interpretativa. As técnicas de coleta de dados utilizadas foram anotações em diário de campo, fotografias, filmagens. Também em alguns momentos foram utilizados questionários com perguntas abertas. Participaram do estudo 23 alunos do segundo período do Curso de Farmácia da instituição de ensino superior União de Ensino do Sudoeste do Paraná – UNISEP, do município de Francisco Beltrão, estado do Paraná, na disciplina de Botânica Aplicada a Farmacologia. No decorrer do estudo houve o desenvolvimento das atividades: visita técnica ao “O Boticário”, discussões sobre ciência e tecnologia, leitura de notícias, produção do herbário institucional, confecção de folders, seminário final com apresentação para toda a comunidade acadêmica. No final do estudo, percebeu-se que os alunos evoluíram em relação as suas concepções sobre as questões sociais da ciência e da tecnologia e a influência científica e tecnológica no cotidiano das pessoas. Como produto final do estudo foi elaborado um guia didático a partir das atividades desenvolvidas, para que outros professores possam utilizá-lo como referência e/ou façam adaptações na aplicação de outros estudos. / The aim of this study was to propose teaching strategies that stimulate reflection on science, technology and its social implications in the classes of Botany Applied Pharmacology for the Pharmacy course. The methodological approach was qualitative interpretive in nature. The data collection techniques were used on field notes, photographs and films. Also in some instances, were used questionnaires with open questions. The study involved 23 students of the second period of the Course of Pharmacy institution of higher education Union of Education in southwestern Paraná - UNISEP, the municipality of Francisco Beltran, state of Paraná, in the discipline of Botany Applied Pharmacology. In the course of the study was the development of activities: technical visit to "The Apothecary", discussions on science and technology, reading news, production of the institutional herbarium, making folders, with final seminar presentation for the entire academic community. At the end of the study, it was noticed that the students have developed regarding their views on social issues of science and technology and the influence of science and technology in daily life. As a final product of the study has drawn from the teaching guide activities, so that other teachers can use it as a reference and / or make adjustments in the application of other studies.
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Avaliação dos efeitos in vivo e in vitro de ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 sobre os efeitos do quimioterápico, ciclofosfamidaFreitas, Raquel Dal Sasso January 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015 / This study investigated the effects of the long-term dietary fish oil supplementation or the acute administration of the omega-3 fatty acid docosahexaenoic acid (DHA) in the mouse hemorrhagic cystitis (HC) induced by the anti-cancer drug cyclophosphamide (CYP). HC was induced in mice by a single CYP injection (300 mg/kg i. p. ). Animals received four different diets containing 10% and 20% of corn or fish oil, during 21 days. Separated groups received DHA by i. p. (1 μmol/kg) or i. t. (10 μg/site) routes, 1 h or 15 min before CYP. The behavioral tests (spontaneous nociception and mechanical allodynia) were carried out from 1 h to 6 h following CYP injection. Bladder inflammatory changes, blood cell counts, and serum cytokines were evaluated after euthanasia (at 6 h). Immunohistochemistry analysis was performed for assessing spinal astrocyte and microglia activation, or GPR40/FFAR1 expression. In vitro studies were conducted to determine the potential effects of DHA on CYP-induced cytotoxicity in human breast cancer cells. Either fish oil supplementation or DHA treatment (i. p. and i. t. ) markedly prevented visceral pain, without affecting CYP-evoked bladder inflammatory changes. Moreover, systemic DHA significantly prevented the neutrophilia/lymphopenia caused by CYP, with a partial effect on serum IL-6 levels. DHA also modulated the spinal astrocyte activation and the GPR40/FFAR1 expression. Finally, the pre-incubation of DHA increased the anti-tumor effects of CYP in human breast cancer cells. The supplementation with omega-3 fatty acids-enriched fish oil or parenteral DHA might be interesting nutritional approaches for cancer patients under chemotherapy schemes with CYP. / A suplementação com ômega-3 é bastante utilizada como coadjuvante no tratamento quimioterápico. Os efeitos benéficos das dietas ricas em ômega-3 estão principalmente relacionados com a presença do ácido eicosapentaenoico (EPA) e do ácido docosahexaenoico (DHA). A cistite hemorrágica é um efeito colateral que ocorre em até 40% dos pacientes que utilizam o agente antitumoral, ciclofosfamida. Este trabalho teve por objetivo avaliar os efeitos do ômega-3 na cistite hemorrágica induzida por ciclofosfamida, in vivo, em camundongos. Ademais, o presente estudo também investigou a influência da incubação in vitro com DHA sobre os efeitos antitumorais da ciclofosfamida em células humanas de câncer de mama. Três tratamentos diferentes foram realizados previamente à aplicação de uma única dose de ciclofosfamida (300 mg/kg i. p. ) em camundongos machos Swiss: (i) suplementação com óleo de peixe rico em ômega-3 (10% e 20%) por 21 dias, aplicação aguda (ii) i. p. e (iii) i. t de DHA, 1 hora e 15 minutos antes, respectivamente. As dietas consideradas controle foram suplementadas com óleo de milho nas mesmas concentrações. Animais tratados com solução salina, por via i. p. ou i. t., foram utilizados como controles para o tratamento com DHA. A ciclofosfamida causou nocicepção espontânea e alodínia mecânica na pata traseira e no abdômen, sendo esses comportamentos revertidos pela suplementação de óleo de peixe 20 % e pelo DHA, administrado por ambas as vias. A inflamação vesical induzida pela ciclofosfamida, caracterizada por edema e hemorragia marcantes, não foi revertida por nenhum dos tratamentos testados, corroborando com os resultados negativos encontrados em relação à atividade da mieloperoxidade (MPO) em todos os grupos. Em relação à contagem total de leucócitos, a ciclofosfamida aumentou consideravelmente o número de neutrófilos, levando à redução do número de linfócitos. Entretanto, tanto a suplementação com ômega-3, como o tratamento com DHA (i. p. ) reverteu parcialmente esse perfil leucocitário, após aplicação da ciclofosfamida.A administração de ciclofosfamida resultou em aumento significativo dos níveis séricos de interleucina-6 (IL-6) e da proteína quimiotática de monócitos-1 (MCP-1), sendo que o tratamento com DHA produziu apenas uma leve redução da produção de IL-6. Em relação à ativação de células da glia na medula espinhal, viu-se que a ciclofosfamida não foi capaz de ativar as células da micróglia; porém, estimulou a ativação de astrócitos. O tratamento com DHA sistêmico mostrou uma tendência em diminuir essa ativação, mas de maneira não significativa. No que diz respeito à expressão do receptor GPR40/FFAR1 na medula espinhal, a ciclofosfamida foi capaz de diminuir de forma significativa sua expressão, sendo este parâmetro revertido pelo tratamento com DHA i. p. De forma interessante, a incubação com DHA, de forma isolada, causou redução significativa da viabilidade de células humanas de câncer de mama da linhagem MDA-MB231. Além disso, o DHA potencializou o efeito antitumoral da ciclofosfamida, quando testado em esquemas de combinação. Os resultados apresentados demonstram que o ômega-3, tanto na forma de suplementação ou, administrado por via parenteral ou central parece representar um tratamento coadjuvante promissor durante as terapias anti-câncer. Ademais, os dados obtidos indicam que o DHA pode melhorar os efeitos antitumorais de fármacos quimioterápicos, incluindo a ciclofosfamida.
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