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Gravidez na adolescência: análise de resultados nutricionais, obstétricos e neonatais / Teen pregnancy: analysis of the nutritional, obstetric and neonatal resultsClaudia Rios Cataño 26 July 2007 (has links)
A Gravidez na adolescência é um serio problema de saúde pública. No Brasil, cerca de 20% dos partos são de mães adolescentes, sendo que a maioria delas não conta com condições financeiras nem emocionais para assumir a maternidade. Considerando que a condição clínica e nutricional da gestante pode interferir nos resultados obstétricos, perinatais e clínicos dos recém-nascidos (RNs), o objetivo deste estudo foi analisar o estado nutricional, os resultados obstétricos e os parâmetros clínicos dos RNs de mães adolescentes, atendidas para resolução da gravidez na MATER- Maternidade do Complexo Aeroporto, no ano de 2005. Trabalhou-se na abordagem quantitativa, retrospectiva, com o levantamento de 585 prontuários. As analises foram realizadas empregando-se o programa SPSS, versão 15.0. As variáveis qualitativas foram analisadas por freqüências simples e medidas de associação; para as quantitativas, foram calculadas medidas de tendência central e dispersão ou variabilidade; nas associações bivariadas, utilizaram-se tabelas de contingência, bem como o coeficientes d de Sommer; na análise multivariavel, empregou-se o modelo de regressão logística múltipla por dicotomização dos desfechos de interesse. Encontrou-se que 46% das mães adolescentes finalizam a gravidez com baixo peso, 22,6% com sobrepeso e obesidade, e somente 36,4% com peso normal. Quanto ao tipo de parto, a maior incidência foi de parto vaginal (78,8%); também se observou que 93,5% das gravidezes foram a termo. Identificou-se 3,9% dos RNs com baixo peso e 98,6% dos casos com Apgar normal ao quinto minuto. Nas associações, encontrou-se relação fraca, estatisticamente significativa, entre o peso da mãe e o perímetro cefálico, estatura e peso do RN (? = 0,05). Na regressão logística multivariavel observou-se que o parto vaginal exerce um efeito protetor no risco de asfixia para um nível ? = 0,05 no apgar do quinto minuto (RC = 0,268), reduzindo o risco de asfixia em 70%. Concluiu-se que a idade materna, de forma isolada, não determina o comportamento obstétrico. A orientação nutricional é um aspecto determinante para o desenvolvimento satisfatório de mãe e criança. / Teen Pregnancy is a serious public health problem. In Brazil, 20% of births come from adolescent mothers and majority of them don\'t have financial or emotional conditions to take on maternity. Considereing that the clinical and nutritional condition of the mother may impact the obstetric results, prenatal and health of newborns (NBs), the objective of this study was to analyze the nutritional, obstetric results and clinical conditions of the teen mothers and their NBs comming from pregnancy resolution at MATER - Maternidade do Complexo Aeroporto, in 2005. This research is based on a retrospective review of 585 medical records and the statistical analysis undertook the SPSS programme, version 15.0. The qualitative variables were presented in simple frequency and contingency tables; measures of central tendency and variability were used for quantitative variables. The bivariate association was described by the Sommer d coeficient and the multivariable analysis included logistic regression modelling. The result indicates that 46% of the teen pregnant mothers were below normal weight, 22,6% were overweight and obese, and only 36,4% of the teen mothers were of normal weight. The prevaling method of birth was vaginal birth (78,8%); furthermore, among the vaginal birth cases, 93,5% of pregnancies went to full term. About 3,9% of the newborns were below normal weight. 98,6% of the cases had normal Apgar at 5 minute. A weak and statistically significant correlation was found between the mothers\' weight and the newborns\' cephalic perimeter, height and weight ( p? 0,05). It was observed that vaginal birth has a protecting effect on asfixia risk (? = 0,1) at 5 minute apgar (OR = 0,268) reducing it to 70%. It was concluded that isolated maternal age doesn\'t determine obstetric behavior. Nutrition is a determining aspect for a mother and child\'s development.
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Os impactos da maternidade precoce sobre os resultados socioeconômicos de curto prazo das adolescentes brasileiras / The impacts of early motherhood on the short-term socioeconomics outcomes of Brazilians adolescentsFelícia Mariana Santos 05 March 2013 (has links)
A gravidez na adolescência é um fenômeno complexo, associado a inúmeros fatores econômicos, educacionais e comportamentais. Muitos estudos realizados no Brasil e em outros países preocupam-se em apresentar a forte associação entre a idade em que a mulher tem seu primeiro filho e indicadores sociais e econômicos relativos aos seus resultados futuros. Na maioria destes estudos, encontram-se evidências de que a gravidez precoce prejudica o desempenho escolar dificultando a inserção das jovens mães no mercado de trabalho. Tal desvantagem socioeconômica pode estar associada à potencialização do círculo vicioso da pobreza e ao aumento das desigualdades de gênero no mercado de trabalho. O objetivo dessa pesquisa é analisar o impacto da presença de filho sobre os resultados econômicos e sociais de curto prazo das adolescentes brasileiras. Para tratar do problema de endogeneidade presente na relação entre filhos e resultados socioeconômicos, este trabalho propõe o uso da ocorrência de natimortos para a construção do contrafactual de interesse. Os resultados obtidos mostram que jovens que têm filho estão mais propensas a estabelecer um relacionamento conjugal, têm 18,4 pontos percentuais a mais de chances de terem cônjuge. Há também evidências de impactos negativos significativos deste evento sobre o desenvolvimento educacional da adolescente. Estima-se uma redução em 18,8 pontos percentuais da probabilidade de frequentar a escola e em 10 pontos percentuais da probabilidade da adolescente possuir pelo menos o Ensino Fundamental completo. Ademais, foram encontradas evidências de que a presença de filho também reduz em 13,7 p.p as chances da jovem participar do mercado de trabalho. / Teenage pregnancy is a complex phenomenon associated with numerous economic, educational and behavioral aspects. Many studies in Brazil and in others countries are concerned to present a strong association between the age at which women have their first child and the social and economic indicators relating to future results. In most of these studies, there are evidences that early pregnancy affects school performance hindering the inclusion of young mothers in the labor market. Such socioeconomic disadvantage may be associated with potentiation of the vicious poverty circle and with increasing gender inequalities in the labor market. The objective of this research is to analyze the impact of early motherhood on the short-term socioeconomic results of Brazilian adolescents. To address the problem of endogeneity in the relationship between children and socioeconomic outcomes, this study proposes the use of stillbirth for the construction of the counterfactual of interest. The results show that teenagers who have child are more likely to establish a marital relationship, have 18.4 percentage points more likely to have a spouse. There is also evidence of significant negative impacts of this event on the development of schooling. It is estimated a reduction by 18.8 percentage points in the probability of attending school and by 10 percentage points in the probability of have complete at least the primary education. Furthermore, evidence was found that the presence of child also reduces in 13.7 p.p the chances of adolescents participate in the labor market.
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Maternidade na adolescência: o apoio social da família para o cuidado materno e autocuidado na perspectiva das adolescentes / Teenage motherhood: the familiar social support to the maternal health care and self care from the teenagers´ perspectiveLígia Gonzaga Ramos Laudade 30 August 2013 (has links)
A gravidez na adolescência é uma importante temática em saúde pública por relacionar-se à saúde sexual e reprodutiva das adolescentes, exigindo que a jovem mãe adquira responsabilidade e habilidades para o cuidado materno e o autocuidado. Apresenta-se como um momento difícil, pois requer reestruturação pessoal e social, sendo o apoio familiar fundamental para a superação das adversidades, permitindo que a mãe adolescente possa ser a protagonista de sua história. O presente estudo tem como objetivo analisar o apoio social no contexto da família, considerando o perfil estrutural e funcional da família de puérperas adolescentes frente à maternidade, especificamente no cuidado materno e no autocuidado no puerpério. Utiliza-se a abordagem quantitativa para análise da rede social, segundo o Modelo de Escolta Social. Para compreender o significado das vivências da maternidade pelas adolescentes e o apoio social recebido para o cuidado materno e autocuidado, utiliza-se a abordagem qualitativa. Foram realizadas entrevistas com puérperas adolescentes, analisadas por meio da técnica de análise e interpretação de sentidos, sobre a perspectiva teórica do apoio social. A maioria das adolescentes era primípara, cursara até o nível fundamental, não exercia atividade laboral e residia com o parceiro. A gestação foi indesejada, com a realização do pré-natal tardio. O parto cesariano foi predominante. Na Análise da Escolta Social, a rede de apoio social das adolescentes é constituída por pessoas próximas com predomínio de mulheres. Na análise das entrevistas, depreendem-se três categorias temáticas centrais: o significado da gravidez e da maternidade para a adolescente, a gravidez precoce no contexto da família e o apoio social, e o cuidado com o bebê e a prática do autocuidado no pós-parto. A gravidez precoce demarca um rompimento com os sonhos e planos pessoais e requer adaptação à nova situação, enquanto para outras se apresenta como um sonho realizado. A vivência da maternidade é percebida como oportunidade para o amadurecimento. Na família, a gravidez é um elemento surpresa, na qual, diante da sexualidade das filhas e a aceitação, a família presta ajuda de forma processual e gradativa. O apoio social é através de pessoas que contribuem financeiramente, com experiências, ajudando nas atividades domésticas, no cuidado materno e no autocuidado. A família possibilitou à mãe adolescente ser a protagonista do cuidado materno. Identifica-se a ausência do profissional de saúde como parte da rede de apoio social, tanto como referência de cuidado à saúde quanto como mediador deste cuidado a ser ofertado pela família. Considera-se que as políticas de saúde devem ser intensificadas na prevenção e promoção da saúde dos adolescentes, atuando na conscientização sobre a maternidade e paternidade. Importante desenvolver pesquisas de intervenção para subsidiar estratégias de atuação dos profissionais de saúde para uma apreensão ampliada das necessidades das adolescentes frente à maternidade precoce / Teenage pregnancy is an important theme in the field of public health, it refers to sexual and reproductive teenager health, claiming from the young mother to be prepared with responsibility and skills to handle all situations, including maternal health care and her own care. It presents as a crisis which demands personal and social restructuration, familiar support is of primary importance helping to overcome adversities, so the teenager mother may be the protagonist of her own history. This study has as goal to analyze social support in the familiar context, considering the structural and functional profile of the puerperal teenager´s family facing motherhood, specifying maternal health care and postpartum care. We utilized quantitative approach to analyze the social network according to the Social Escort model. To understand the meaning of the motherhood experiences lived by the teenagers and the social support received to maternal care and theirs own care, we utilized qualitative approach. Postpartum teenagers were interviewed; technical analysis and interpretation of senses on the theoretical perspective of social support were used to analyze them. Most of them were primiparous teenagers; they just had studied until the elementary school, they did not have a labor activity and used to live with their partners. As well, the gestation was not desired, the prenatal monitoring had a late follow-up. The C-section was the prevalent one. In the analysis of social escort, the support of teenager is made by relatives and friends, most of these are women. Analyzing the interviews we had three categories of main themes: meaning of pregnancy and motherhood to the teenage, early motherhood in the familiar context and the social support, baby care and postpartum care. Early pregnancy demands a rupture with dreams and personal plans, it demands an adjustment to the new situation, while to others it represents a dream that was brought in. The experience of motherhood is noticed as an opportunity to have an adult condition. To the family motherhood is a surprise, having to face the sexuality of the daughters and the acceptance, their family helps on a procedural and gradual way. Social support is made by donation from known people, experiences, helping with the house activities, mother and baby care. The family helped the teenager mother to be the protagonist of the maternal care. We noticed the default from public health professional assistance as part of social support network, as well as reference of health care and support to the family. We consider that the policy of public health must be intensified to prevent and to promote teenage health, acting to create awareness about motherhood and fatherhood. It´s important to build up intervention researches to subsidize strategies to help health professionals, so they will be more prepared to handle all situations facing the needs of teenagers\' early motherhood
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Atenção de pré-natal em adolescentes : um estudo de eqüidade de gêneroVeloso, Ernani Busatto January 2015 (has links)
Neste estudo, investigou-se o atendimento de gestantes adolescentes, usando a perspectiva de gênero com marcador de equidade na atenção primária. Descreveu-se o que pensam os profissionais de saúde da Estratégia de Saúde da Família sobre a gravidez na adolescência, como atendem estas gestantes e quais são as vivências das adolescentes, em relação à gravidez. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, no qual foram realizados dois procedimentos metodológicos para a produção de informações: grupo focal com os trabalhadores e entrevistas semiestruturadas com as adolescentes grávidas. O estudo foi realizado em um município localizado na região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Este estudo é parte do projeto intitulado Equidade de Gênero nos Serviços de Saúde Como um Marcador de Integralidade na Atenção Básica, aprovado pelo Comitê de Ética da UFRGS (Carta de Aprovação nº 23752). Em relação aos profissionais de saúde, percebeu-se que decisões tidas como exclusivamente técnicas são influenciadas pelos preconceitos e estereótipos vigentes em seu meio social, inclusive os de gênero. A gravidez na adolescência é pouco compreendida em sua complexidade multifacetada, apesar de ser vista como um problema de saúde publica pelas equipes de saúde. Os trabalhadores utilizam a medicalização como única forma de lidar com a gravidez na adolescência. Ao contrário do que ocorre no meio dos profissionais, entre as adolescentes há uma percepção positiva sobre a implicação da gravidez na vida amorosa e em suas identidades. Na falta de melhores condições sociais, educação e de oportunidades, e inseridas em uma cultura cujas prescrições de gênero ainda valorizam sobremaneira os papeis tradicionais de esposa e mãe, a maternidade se configura nas classes populares como um projeto de vida. A gestação na adolescência não é um problema em si, mas sim o contexto de iniquidades que a produz e reproduz. Frente estes resultados, destaca-se a importância dos estudos de gênero que podem contribuir para a identificação de preconceitos e estereótipos que moldam a relação entre os cuidadores e os usuários dos serviços. / This study investigated specialized care in teenage pregnancy using the gender perspective as a marker for equity in Primary Health Care. It was described the thoughts of health professionals from a Family Health Unit about teenage pregnancy, how the pregnant are cared and what their experiences are relating to pregnancy. It is a qualitative and descriptive study, in which was done two methodological procedures to gather information: focal group with the professionals and semi structured interview with pregnant adolescents. This study was done in a town around the metropolitan region of Porto Alegre city, Rio Grande do Sul state, Brazil. This study is part of a project called Gender Equity in Health Services as a Marker of Integrality in Primary Health Care, approved by the Ethics Committee of UFRGS (Approval letter # 23752). Relating to the health professionals, it was seen that decisions done technical, exclusively, are influenced by prejudice and stereotypes according to their current social environment, including of gender. Teenage pregnancy is little comprehended in its multifaceted complexity, even been considered a public health problem by the health staff. The professionals use medicalization as the only way to deal with teenage pregnancy. Opposing what happens among the professionals, among the adolescents there is a positive perception about pregnancy implications in their lovely life and identities. Lacking better social conditions, education and opportunities, as well as been inserted in a culture that gender prescriptions are still severely valuing the traditional roles of wife and mother, motherhood is configured, in popular classes, as a life project. Teenage pregnancy is a not a problem itself, but an iniquity context that produces and reproduces it. Facing these results, is highlighted the relevance of gender studies that may contribute to the prejudice and stereotype identification that shape the relationship carers and users of health services.
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A gestante adolescente e seu parceiro : características do relacionamento do casal e aceitação da gravidezAbeche, Alberto Mantovani January 2002 (has links)
Resumo não disponível.
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Associação entre estado nutricional materno e desfechos neonatais em gestantes adolescentes e adultas jovensCechin, Wania Eloisa Ebert January 2003 (has links)
Resumo não disponível.
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REINCIDÊNCIA DE GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: Prevenção e cuidadoCastro, Priscila Mattos de 22 December 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-12-22 / Adolescent pregnancy requires a more effective follow-up by health
professionals, because this issue brings with it social, family and adolescent
health demands and concomitant the child that comes.The objective of this
research was to construct an informative primer emphasizing care for the
prevention of gestational reincidência during adolescence.For this, an action
research was carried out with a qualitative approach and the methodology of
research in group care was used, which was developed from the care that took
place in the discussions and conversations in a circle, providing a sensitive
listening, expression of feelings, verbalization needs and the socialization of
ideas.The sample consisted of 31 adolescents, aged 14 to 19 years, who participated
weekly in meetings that lasted one hour and occurred in a Basic Health Unit and a Family
Health Strategy in the municipality of Santa Maria, RS.The data were collected from July
to September 2017, through a field diary in which the discussions that occurred at the
meetings were recorded.From the analysis of the results four categories emerged:
fragilities involving the environment of pregnancy in adolescence; lack of dialogue
in the family; dropping out after the birth of the child; gestational
reincidência.Watsan's theory was used as a theoretical reference for the discussion of
the data. The adolescents involved in this research showed a promising look for
adolescence with the ability to overcome early pregnancy and cases of gestational
reincidência.It was emphasized the importance of participation and involvement of health
professionals, school, together with families, in sexual prevention and education.The
final product resulting from this research was an informative booklet, based on
discussions and ideas of adolescents. This brings reality with its potentialities and
weaknesses experienced during and after the gestation in adolescence. / A gravidez na adolescência exige um acompanhamento mais efetivo pelos
profissionais de saúde, pois essa questão traz consigo demandas sociais,
familiares e de saúde da adolescente, concomitante ao filho que venha ter.
Objetivou-se nesta pesquisa construir uma cartilha informativa enfatizando o
cuidado para prevenção da reincidência de gestação na adolescência. Para tal,
foi realizada uma pesquisa-ação, com abordagem qualitativa, e utilizou-se a
metodologia de pesquisa sobre cuidado em grupo, a qual foi desenvolvida a
partir dos cuidados que ocorreram nas discussões e rodas de conversas,
proporcionando uma escuta sensível, expressão de sentimentos, verbalização
das necessidades e a socialização de ideias. A amostra contou com 31
adolescentes, na faixa etária de 14 a 19 anos, as quais participaram
semanalmente dos encontros, os quais duravam uma hora, que ocorreram em
uma Unidade Básica de Saúde, a qual dispunha de um grupo focado em
Estratégias de Saúde da Família, no município de Santa Maria, RS. Os dados
foram coletados de julho a setembro de 2017, por meio de um diário de campo
em que eram registradas as discussões que ocorriam nos encontros. A partir da
análise dos resultados, quatro categorias emergiram: fragilidades que envolvem
o entorno da gravidez na adolescência; falta de diálogo na família; abandono
escolar após o nascimento do filho; e reincidência gestacional. Foi utilizada,
como referencial teórico para a discussão dos dados, a teoria de Watsan. Os
adolescentes envolvidos nesta pesquisa mostraram um olhar promissor para a
adolescência, com capacidade de superação da gravidez precoce e dos casos
de reincidência gestacional. Foi enfatizada a importância da participação e do
envolvimento dos profissionais da saúde e da escola em conjunto com as
famílias na prevenção e educação sexual. O produto final resultante desta
pesquisa foi uma cartilha informativa, embasada nas discussões e nas ideias dos
adolescentes. Esta traz a realidade com suas potencialidades e fragilidades
vivenciadas durante e após a gestação na adolescência.
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Retração precoce do bebê e humor de gestantes adolescentes de baixa renda / Early distress in babies and mood of pregnant adolescents of low incomeRenata Runavicius Toledo 03 March 2010 (has links)
A gestação é um período de transição que faz parte do processo normal do desenvolvimento humano. Há grandes transformações, não só no organismo da mulher, mas quanto ao seu bem-estar, alterando seu psiquismo. Depressão é um transtorno mental relativamente comum durante a gravidez, associado a diversos fatores de risco. Os sintomas da depressão são frequentemente confundidos com as oscilações de humor normais da gravidez. A ocorrência de depressão em gestantes pode incorrer em consequências no desenvolvimento da criança. O objetivo deste trabalho foi o de verificar se filhos de mães deprimidas apresentam diferença no índice de Apgar, peso, altura e sinais de retração, comparados àqueles cujas mães não sofreram de depressão. Para isso, foram avaliadas quarenta díades mãe-bebê utilizando os seguintes instrumentos: Escala de Avaliação de Depressão de Hamilton, Índice de Apgar e Escala de Avaliação da Reação de Retração no Bebê. Os resultados dos dois grupos (mães deprimidas e não deprimidas) foram comparados estatisticamente. Todas as mães foram submetidas aos instrumentos acima relacionados de maneira padronizada. Não foram observadas diferenças entre os índices de Apgar , peso ou altura. No entanto, observou-se uma tendência de diferença entre filhos de mães deprimidas e não deprimidas quanto aos sinais de retração. Concluiu-se que crianças filhas de mães deprimidas não apresentaram alterações em grande parte das categorias avaliadas durante os primeiros seis meses de vida, observando-se uma tendência a manifestarem maior freqüência de sinais de retração, dado que justifica a avaliação de uma amostra maior. / Pregnancy is a transition period which is natural to the process of human development. There are major transformations, not only physiological, but also in the well being of women which alters their psyche. Depression is a relatively common mental disorder that can be associated with several risk factors. The symptoms of depression are frequently mistaken for mood swings which are common during pregnancy. The presence of depression can lead to consequences in the development of the child. The objective of this paper is to verify if children from depressed mothers present differences in Apgar scores, weight, height and signs of distress when compared to children whose mothers did not suffer from depression. In order to do so, forty mother-baby dyads were evaluated using the following tests: Hamilton Rating Scale for Depression. Apgar scores and The Baby Alarm Distress Scale. The results from both groups (depressed mothers and non-depressed mothers) were compared statistically. All the mothers were subjected to the tests listed above in a standardized manner. There were no differences observed in the Apgar scores, weight or height, however a tendency was observed in the difference between children from depressed mothers and non-depressed mothers when analyzed for signs of distress. It was concluded that children from depressed mothers do not present changes in most of the evaluated categories for the first six months, observing that there is a tendency for children to present signs of distress more frequently, data which justifies the evaluation of a bigger sample of patients.
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Duas grandes transformações ao mesmo tempo: atitudes em relação à alimentação e ao corpo em gestantes adolescentes / Two big changes at the same time: attitudes toward food and body in pregnant adolescentsCarolina Marques Oliboni 09 September 2014 (has links)
Introdução - Adolescência e gestação são caracterizadas por intensas transformações relacionadas ao corpo, e ocorrendo concomitantemente podem potencializar riscos para o surgimento de problemas com a imagem corporal, atitudes alimentares disfuncionais e comportamentos de risco para transtornos alimentares. Objetivo - Avaliar as atitudes em relação à alimentação, ao peso e ao corpo de um grupo de adolescentes grávidas. Métodos - Uma amostra de adolescentes grávidas (n=67) foi avaliada por meio do Questionário de Imagem Corporal (BSQ), da Escala de Atitudes em relação ao Ganho de Peso na Gestação (AGPG) e questões sobre comportamento alimentar e de risco para transtornos alimentares e práticas não saudáveis para controle de peso. Associações entre as variáveis foram analisadas com os testes ANOVA ou Kruskal-Wallis, e correlação de Pearson ou de Spearman. Uma regressão logística avaliou a influência das variáveis independentes com relação a pular refeições, satisfação corporal e compulsão alimentar. Resultados - A amostra tinha em média 15,3 anos de idade e 21,9 semanas de gestação. O escore médio da AGPG foi 52,6 pontos (indicando boa atitude em relação ao ganho de peso), e 82,1 por cento das gestantes apresentaram satisfação corporal. As gestantes obesas apresentaram mais insatisfação corporal (p=0,001), e aquelas com sobrepeso pensavam mais em comida (p=0,025) e em comer (p=0,03). A frequência de compulsão alimentar foi de 41,8 por cento , e de pular refeições 19,0 por cento . A regressão evidenciou que o Índice de Massa Corporal atual (p=0,030; OR=1,181) e importância da percepção do corpo e forma física antes da gestação (p=0,033; OD=4,625) foram preditores de pular refeições. Maior nível socioeconômico (p=0,040; OD=0,554) e maior preocupação com ganho de peso (p=0,037; OD=0,317) predisseram compulsão alimentar. Conclusão - A maioria das gestantes apresentou atitudes positivas em relação ao ganho de peso e satisfação corporal; no entanto, as mais pesadas e mais preocupadas com ganho de peso tiveram maior risco de atitudes não saudáveis, enquanto que as de menor classe social, menos preocupadas com ganho de peso e menos envergonhadas sobre seu corpo atual tiveram menor risco de atitudes não saudáveis. / Introduction - Adolescence and pregnancy are characterized by intense body changes and occurring concomitantly may potentiate the risk for the emergence of problems with body image, dysfunctional eating attitudes and eating disorder risk behaviors. Objective - To assess attitudes about food, weight and body of a pregnant teenagers group. Method - A sample of pregnant adolescents (n = 67) was assessed using the Body Image Questionnaire (BSQ), the Attitude toward Weight Gain during Pregnancy scale (AWGP) and questions about eating behavior and risk for eating disorders and unhealthy weight control practices. Associations between variables were analyzed with ANOVA or Kruskal-Wallis, Pearson or Spearman tests. A logistic regression evaluated the influence of the independent variables regarding to skipping meals, body satisfaction and binge eating. Results - The sample mean age was 15.3 years old and 21.9 weeks of gestation. The mean score was 52.6 points AWGP (indicating positive attitude to weight gain) and 82.1 per cent of patients had body satisfaction. Obese teenagers had more body dissatisfaction (p = 0.001), and those overweight thought more about food (p = 0.025) and eating (p = 0.03). The frequency of binge eating was 41.8 per cent , and skipping meals 19.0 per cent . The regression analysis showed that the current Body Mass Index (p = 0.030; OR = 1.181) and importance of body awareness and fitness before pregnancy (p = 0.033; OD = 4.625) were predictors of skipping meals. Higher socioeconomic level (p = 0.040; OD = 0.554) and greater concern with weight gain (p = 0.037; OD = 0.317) predicted binge eating. Conclusion - The majority of the adolescents had positive attitudes toward weight gain in pregnancy and body satisfaction; however, those were heavier and more concerned with weight gain had a higher risk of unhealthy attitudes, while those from lower social class, less concerned with weight gain and less embarrassed about their current body had a lower risk of unhealthy attitudes.
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As representações sociais da evasão escolar para mães adolescentes: contribuição para a enfermagem / Social representations of school evasion for teenage mothers: contribution to nursingPadilha, Maria Angélica Silveira 28 March 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-03-28 / Adolescence is the period between childhood and maturity with biological, psychological and sexual changes, which is a remarkable time in the life of a person. Maternity becomes more complex when associated to adolescence, for besides
dealing with the doubts and conflicts of this age, the young girl still needs to face the impact of a pregnancy that may be meaningful for her. A teenager s life is influenced by the environment and education may play a fundamental role in social inclusion. This study aimed at understanding the social representations of pregnancy and school evasion for the teenage mother. It is a qualitative, exploratory and descriptive
approach, which uses the Social Representation Theory as reference. The subjects of the study were five teenage mothers, who participated in focus groups in October 2010, at a Teaching Hospital in Pelotas-RS. The data were subjected to thematic analysis and the results showed that the teenage mothers attended public schools in the urban area; came from low-income families; had relatives with low education and
during their school life had failed one or two years; suffered grade/age distortion and had evaded school due to pregnancy; did not have a professional occupation. The
study also revealed that teenage mothers probably evade school because the school professionals are not prepared to deal with the symptoms of pregnancy - the girls claimed that the changes in their biological functions made it difficult to stay in school. It is also important to review the matter of genre, once the young mothers associated school evasion with social representations: taking care of the children is
their responsibility and the financial support is a man s job. The adolescents acknowledged the importance of education as a source of economic rise, instead of seeing it as a true social empowerment taking place through school inclusion, since none of them thought about education as a future ambition to build a better world for themselves. Besides, they point out the lack of public policies to allow them to be in
school. There should be improvement in this area, for there are few studies about the relation between nursing, teenage pregnancy and school evasion. Studies like this would make it possible to identify a more social view of teenage pregnancy,
characterizing it as one of the causes for women s low education, and consequently, how difficult it is for her to enter the labor market and participate in the society.
Nursing can perform a relevant social role in building public policies to motivate these adolescents to stay in and/or go back to school, as a way to guarantee their insertion
in the society, avoiding a vicious circle in their life. / A adolescência é reconhecida como um período de transição entre infância e a fase adulta, assinalado por vários processos no âmbito biológico, psicológico e sexual, marcando uma admirável etapa na vida do ser humano. A maternidade torna-se mais complexa quando relacionada à adolescência, pois a jovem além de vivenciar questionamentos e conflitos próprios da idade, depara-se com o impacto da gestação que pode ser um elemento significativo em sua história. A vida da adolescente é influenciada pelo ambiente e a educação pode desempenhar papel fundamental como fator de inclusão social. O estudo objetivou apreender as representações sociais da gravidez e da evasão escolar para a mãe adolescente. Caracteriza-se por ser uma abordagem qualitativa, exploratória e descritiva, utilizou como referencial teórico a Teoria das Representações Sociais. Os sujeitos do estudo foram cinco mães adolescentes, que participaram dos grupos focais, durante o mês de outubro de 2010 em um Hospital de Ensino da cidade de Pelotas-RS. Os dados foram submetidos à análise temática. Os resultados apontam que as mães adolescentes frequentavam a rede pública de ensino da zona urbana, pertenciam à família de baixa renda, possuíam familiares com baixa escolaridade e a trajetória escolar era caracterizada por reprovação de um ou mais anos escolares, distorção série/idade e evasão escolar justificada pela gravidez, e nenhuma possuía ocupação fora do lar. O estudo revelou também que a evasão escolar de mães adolescentes
ocorre possivelmente devido ao o despreparo das profissionais das escolas quanto aos sintomas da gestação, pois as meninas relataram como primeira dificuldade de permanecer na escola a alteração na função biológica desempenhada pelo corpo durante gestação. Também é importante rever a questão de gênero, pois as jovens do estudo ancoram a decisão de abandono escolar nas representações sociais em
nossa sociedade, em que os cuidados com os filhos são responsabilidades exclusivas das mães e o papel do homem é o sustento financeiro da família. As adolescentes reconheceram a importância da educação, como fonte de ascensão econômica, ao invés de percebê-la como verdadeiro valor de empoderamento social que traz ao indivíduo nutrido de conhecimentos, e que ocorre por meio da inclusão
escolar, visto que nenhuma relacionou a educação como uma aspiração futura para a construção de um mundo melhor para si. Além disso, apontam a falta de políticas públicas que viabilizem a permanência das mesmas no sistema educacional. Outros caminhos merecem ser aprofundados, pois existem poucos estudos relacionando à enfermagem, à gravidez na adolescência e à evasão escolar. Estudos nessa linha
possibilitariam identificar uma visão mais social da gravidez na adolescência, caracterizando-a como uma das causas de baixa escolaridade da mulher e, conseqüentemente, sua dificuldade de inserção no mercado de trabalho e
participação social A enfermagem poderá desempenhar um papel social relevante ao participar na construção de políticas públicas que incentivem a permanência e/ou retorno das mães adolescentes à escola como forma de garantir a inserção social dessa parcela da população, evitando círculo vicioso na vida das jovens brasileiras.
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