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Manipulação neonatal, aprendizado olfatório e reprodução em ratos

Raineki, Charlis January 2006 (has links)
Em ratos, um procedimento simples, como “manipular” os filhotes por alguns minutos durante as duas primeiras semanas de vida, pode marcar decisivamente o desenvolvimento do indivíduo. Assim, esse modelo experimental tem sido muito utilizado para se examinar os mecanismos pelos quais variações precoces do ambiente do animal podem afetar seu desenvolvimento. A manipulação neonatal tem como conseqüência, na vida adulta, uma série de alterações comportamentais e neuroendócrinas que se caracterizam basicamente por uma diminuição do medo. Por outro lado, esse procedimento também induz a uma diminuição da função reprodutiva tanto em machos quanto em fêmeas. No entanto, os mecanismos neurais afetados por essas intervenções no período neonatal são pouco conhecidos. Em filhotes de ratos, a identificação da mãe é vital para a sobrevivência. Esse reconhecimento ocorre devido ao aprendizado olfatório, que se dá por condicionamento, através do pareamento do cuidado maternal (estímulo tátil) com o cheiro da mãe. O estímulo tátil, realizado pela mãe, atua sobre o locus coeruleus promovendo um aumento na liberação de noradrenalina no bulbo olfatório, que vai resultar na fosforilação do CREB, fundamental para a formação da memória olfatória. Os resultados apresentados nessa tese mostram que a manipulação neonatal repetida interfere com esse aprendizado olfatório, impedindo o reconhecimento do odor maternal. Esse efeito da manipulação neonatal é dependente de sexo, pois apenas as fêmeas foram afetadas. A manipulação neonatal interfere com a via noradrenalina/CREB, pois as ratas do grupo manipulação repetida aos 7 dias após o nascimento apresentam uma redução no conteúdo de noradrenalina no bulbo olfatório e um aumento no conteúdo de MHPG (metabólito da noradrenalina), indicando um aumento da atividade noradrenérgica no bulbo olfatório. Esse aumento pode interferir com a fosforilação do CREB, uma vez que os ratos manipulados não apresentam um aumento na fosforilação do CREB. Portanto, a ausência do reconhecimento da mãe, pelo filhote manipulado, provavelmente seja devido a um aumento da estimulação tátil que o filhote recebe o que, por sua vez, altera o sistema noradrenérgico, que está envolvido na regulação da fosforilação do CREB, fundamental para a formação da memória olfatório no bulbo olfatório. Além de interferir na relação mãe-filhote, experiências no início da vida do indivíduo podem determinar o comportamento sexual do animal quando adulto, isto provavelmente ocorre porque os odores que são associados à infância, apresentam um valor na vida adulta, entretanto, o papel desse odor muda da infância (reconhecimento da mãe) para a vida adulta (reprodução). Os resultados apresentados nessa tese mostraram que a manipulação neonatal repetida reduz a motivação sexual tanto em machos quanto em fêmeas, evidenciado pelo teste de preferência sexual. O efeito da manipulação neonatal sobre a ausência de preferência sexual é dependente de sexo, pois em machos a experiência sexual foi capaz de reverter esse efeito, o que não aconteceu em fêmeas. Assim como a motivação sexual adequada, a regulação da secreção do hormônio liberador de gondadotrofinas (GnRH) também é essencial para o sucesso reprodutivo. O GnRH desempenha um papel crucial na receptividade sexual e na ovulação. O sistema noradrenérgico e o óxido nitrérgico apresentam um papel fundamental na regulação indireta da secreção do GnRH. Ratas manipuladas no período neonatal, quando adultas, apresentam um aumento do conteúdo de GnRH na área pré-óptica medial. Os resultados apresentados nessa tese mostraram que a manipulação neonatal repetida não altera o conteúdo de noradrenalina e MHPG na pré-óptica medial e hipotálamo médio basal. No entanto, o conteúdo de óxido nítrico no hipotálamo está reduzido nas ratas do grupo manipulação repetida, podendo ser uma das prováveis causa do aumento do conteúdo de GnRH na pré-óptica medial da rata manipulada no período neonatal, resultando na redução do pico de LH na tarde do proestro e conseqüentemente na redução da ovulação. Em conclusão, a manipulação no período neonatal interfere negativamente no estabelecimento de relações sociais como a relação mãe-filhote e a escolha do parceiro sexual.
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Estudo do eixo hipotálamo hipófise adrenal no cushing leve através do cortisol sérico no pós-operatório de pacientes com doença de cushing e avaliação da monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas nos pacientes com acromegalia

Costenaro, Fabiola January 2016 (has links)
No capitulo I desta tese estudamos pacientes em remissão cirúrgica da doença de Cushing (DC) e seu comportamento em relação aos níveis de cortisol no período pósoperatório. Níveis baixos de cortisol no período pós-operatório estão claramente relacionados com a remissão cirúrgica da DC. Entretanto, alguns pacientes em remissão apresentam elevado pico de cortisol sérico durante as primeiras 48 horas (h) da avaliação após a cirurgia transesfenoidal e muitas vezes apresentam queda mais tardia do cortisol no período pós-operatório. O objetivo principal deste estudo foi caracterizar este grupo de pacientes para melhor compreensão do comportamento do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal destes casos. Pela possibilidade de pacientes com menor gravidade da DC apresentarem menor supressão dos corticotrofos peritumorais, foram avaliados os critérios clínicos e laboratoriais relacionados ao hipercortisolismo no momento do diagnóstico da doença objetivando confirmar a hipótese de que os pacientes com uma forma mais leve da DC teriam maiores picos de cortisol nas primeiras 48 h da avaliação pós-operatória. Foram avaliados 70 pacientes em remissão cirúrgica da DC, acompanhados em média por 6 anos, procedentes de uma coorte em acompanhamento regular no ambulatório de Neuroendocrinologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Foi observado que menores níveis de cortisol livre urinário de 24 h no período pré-operatório foram associados a maiores picos do cortisol sérico no período pós-operatório. O ponto de corte definido para Cushing leve foi o cortisol livre urinário de 24 h abaixo de três vezes o limite superior da normalidade para o método utilizado (n=39). Outros critérios bioquímicos envolvidos na avaliação do comprometimento do eixo hipotálamo hipófise adrenal no momento do diagnóstico da síndrome de Cushing e da DC foram igualmente avaliados, entre eles: a intensidade de supressão do cortisol sérico após 1 mg de dexametasona overnight ou após 8mg de dexametasona, níveis de cortisol sérico à meia-noite, de ACTH plasmático e de sulfato de dehidroepiandrosterona, entretanto nenhum deles foi capaz de identificar diferentes picos de cortisol sérico durante as primeiras 24-48 h do período pós-operatório. Estes 39 pacientes, também possuíam menor comprometimento da função sexual e menor prevalência de fragilidade capilar no momento da investigação da DC. Em 10-12 dias ou mesmo em 30 dias após a cirurgia transesfenoidal os níveis de cortisol sérico foram semelhantes entre pacientes com ou sem DC leve e foram compatíveis com remissão da DC. No capitulo II foi estudado o comportamento da pressão arterial (PA) sistêmica de pacientes com acromegalia. O método utilizado foi a monitorização ambulatorial de 24h (MAPA). O artigo retrata 37 pacientes que fazem parte da coorte de pacientes com acromegalia em acompanhamento no ambulatório de Neuroendocrinologia do HCPA. O objetivo foi determinar a homeostase pressórica destes pacientes, sua associação com critérios bioquímicos de atividade da acromegalia e parâmetros ecocardiográficos. Os pacientes foram estratificados em doença em remissão, controlada por medicamentos ou ativa. Foi realizada a aferição da PA sistêmica durante as consultas ambulatoriais, a MAPA, e a avaliação de parâmetros metabólicos (perfil lipídico, níveis glicêmicos, aferição do peso e altura corporal e a medida do índice de massa corporal). Devido à elevada prevalência de síndrome de apneia do sono ou hipopneia em pacientes com acromegalia e sua possibilidade de interferência nos níveis pressóricos, esta alteração também foi investigada. Foi observado que a medida da PA sistêmica de consultório superestimou a prevalência de hipertensão nesta coorte. A PA aferida pela MAPA classificou 23% dos indivíduos analisados como hipertensos, enquanto a pressão de consultório classificou 32% deles como portadores de hipertensão. Além disto, as medidas de pressão realizadas pela MAPA foram associadas com os parâmetros de atividade da acromegalia, seja com os níveis de fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF1, do inglês Insulin-like growth factor type 1) seja com os níveis de hormônio de crescimento humano (GH, do inglês Growth hormone). Os níveis pressóricos aferidos pela MAPA, especialmente PA sistólica noturna, foram associados a parâmetros ecocardiográficos de cardiomiopatia. Além disto, a ausência de descenso noturno da PA sistólica foi associada positivamente a maiores níveis de GH e à presença de hipertrofia ventricular esquerda. Conclusões: Os dados destes dois estudos acrescentam importantes contribuições para o entendimento destas patologias. No estudo 1, pacientes com níveis de cortisolúria de 24 h < 3 x acima do limite superior da normalidade do método utilizado para esta medida, apresentaram maior pico de cortisol nas primeiras 24 h de pós-operatório, demonstrando maior resposta ao estresse cirúrgico dos corticotrofos peri-tumorais. Estes pacientes com cortisolúria de 24 h < 3 x o limite superior da normalidade foram classificados como portadores de DC leve. Estes pacientes podem necessitar aguardar entre 10 dias a 1 mês para a completa definição da remissão da DC após o procedimento cirúrgico. No estudo 2, demonstrou-se que a utilização da MAPA em pacientes com acromegalia é uma ferramenta útil para o entendimento da homeostase pressórica, e ainda observou-se associação de hipertrofia relativa do ventrículo esquerdo a níveis de PA sistólica noturna, mesmo após o ajuste para fatores de risco classicamente associados com hipertrofia ventricular esquerda.
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Identificação de possíveis mecanismos envolvidos na ação da progesterona sobre o hipotálamo e o bulbo olfatório de ratas Wistar submetidas ao teste do nado forçado

Arbo, Bruno Dutra January 2012 (has links)
A depressão é um transtorno comportamental com uma alta prevalência na população, a qual é maior nas mulheres do que nos homens. Estudos prévios mostraram que a administração de baixas doses de progesterona em ratas em diestro tem um efeito antidepressivo no teste do nado forçado. A depressão está associada com a neurodegeneração e a morte celular em alguns circuitos cerebrais, e a progesterona é um esteróide neuroprotetor que poderia prevenir ao menos parcialmente essa neurodegeneração. A fisiopatologia da depressão também envolve os sistemas GABAérgico e serotoninérgico, e ambos poderiam ter seu funcionamento modulado pela progesterona. Os animais de laboratório são constantemente expostos a vários tipos de estressores na rotina de laboratório, e o estresse poderia ser um fator de interferência em estudos comportamentais. O objetivo desse estudo foi verificar o efeito da progesterona na expressão protéica e na ativação da Akt e da Erk, e na expressão da caspase-3, SERT e na subunidade α4 do receptor GABAA no hipotálamo e no bulbo olfatório de ratas em diestro submetidas ao teste do nado forçado. No primeiro experimento, fêmeas em diestro (n= 8/grupo) foram randomicamente selecionadas para receber uma injeção diária de progesterona (0,4mg/kg i.p.) ou veículo durante dois ciclos estrais regulares e completos (8-10 dias). No dia do experimento, os animais foram eutanasiados 30 min após o teste do nado forçado, e foram avaliadas a expressão das proteínas Akt, Erk, caspase-3, SERT e da subunidade α4 do receptor GABAA no hipotálamo e no bulbo olfatório. No segundo experimento, ratos machos e fêmeas ovariectomizadas (n= 6/grupo) foram expostos ao estresse agudo e crônico ocasionado pela manipulação e pela administração de veículo ou progesterona (0,4mg/kg i.p.), e os níveis séricos de corticosterona, prolactina e progesterona foram avaliados. A progesterona reduziu a expressão da procaspase-3 no hipotálamo, mas não alterou a ativação da Akt e da Erk, bem como a expressão do SERT nessa estrutura. A progesterona não mudou a ativação e a expressão dessas proteínas no bulbo olfatório. O tratamento aumentou a expressão da subunidade α4 no hipotálamo, e também alterou a expressão dessa subunidade no bulbo olfatório, aumentando a expressão dessa subunidade no hemisfério direito e diminuindo no hemisfério esquerdo, criando uma assimetria na expressão dessa subunidade. Não houve correlação significativa entre a expressão dessas proteínas e o comportamento de imobilidade desses animais no teste do nado forçado. No segundo experimento, verificamos uma diferença de sexo na secreção de corticosterona no experimento agudo, de forma que as fêmeas apresentaram níveis séricos de corticosterona maiores do que os machos. Ainda, a exposição crônica aos estressores reduziu a corticosterona sérica e aumentou a prolactina sérica nas fêmeas em relação ao experimento agudo, sem ocasionar alterações na secreção desses hormônios nos machos. Em suma, nossos resultados sugerem que o efeito neuroprotetor da progesterona no hipotálamo através da redução na expressão da procaspase-3 poderia estar envolvido no efeito antidepressivo da progesterona em fêmeas em diestro. O receptor GABAA é outra via paralela de ação da progesterona, e a modulação da expressão da subunidade α4 no hipotálamo e no bulbo olfatório também pode estar relacionada com seu efeito antidepressivo. Existem diferenças na resposta neuroendócrina ao estresse ocasionado por procedimentos laboratoriais de rotina, e esse fato deve ser levado em conta na interpretação dos resultados oriundos da experimentação animal. / Depression is a mood disorder with a high prevalence in the population, which is higher in women than in men. Previous studies showed that the chronic administration of low doses of progesterone in diestrus female rats has an antidepressive effect in the forced swimming test (FST). Depression is associated with the neurodegeneration and the cell death of some brain circuits and progesterone is a neuroprotective steroid that could at least partially prevent this neurodegeneration. Also, the physiopathology of depression involves the GABAergic and serotoninergic systems, and both of them could be functionally modulated by progesterone. The laboratory animals are constantly exposed to several kinds of stressors in the laboratory routine, and stress could be an interfering factor in behavioral studies. The aim of this study was to verify the effect of progesterone in the protein expression and activation of Akt and Erk and the expression of caspase-3, SERT and GABAA receptor α4 subunit in the hypothalamus and in the olfactory bulb of diestrus female rats exposed to the forced swimming test (FST). In the first experiment, diestrus female rats (n = 8/group) were randomly selected to receive a daily injection of progesterone (0.4mg/kg i.p.) or vehicle, during two complete female estrous cycles (8-10 days). On the experiment day, the animals were euthanized 30 min after the FST, and we evaluated the protein expression of Akt, Erk, caspase-3, SERT and GABAA α4 subunit in the hypothalamus and in the olfactory bulb. In the second experiment, male and ovariectomized female rats (n = 6/group) were acute and chronically exposed to the manipulation and the injection stress caused by the administration of vehicle or progesterone (0.4mg/kg i.p.), and the serum levels of corticosterone, prolactin and progesterone were evaluated. Progesterone decreased the expression of procaspase-3 in the hypothalamus, but did not change the activation of Akt and Erk and the expression of SERT in this area. Progesterone did not change the activation and the expression of these proteins in the olfactory bulb. The treatment increased the expression of α4 subunit in the hypothalamus, and also changed the expression of this subunit in the olfactory bulb, increasing the expression of this subunit in the right hemisphere and decreasing this expression in the left hemisphere, creating an asymmetry in the expression of this subunit. There was not significant correlation between the expression of these proteins and the immobility behavior of these animals in the FST. In the second experiment, there was a sex difference in the seric levels of corticosterone in the acute experiment, with females showing higher levels of corticosterone than males. Also, the chronic exposure to the stressors decreased the seric levels of corticosterone and increased the seric levels of prolactin in females in relation to the acute experiment, but not in males. In summary, our results suggest that the neuroprotective effect in the hypothalamus through the reduction in the expression of procaspase-3 could be involved in the antidepressive effect of progesterone in diestrus females. The GABAA receptor is another target for the action of progesterone, and the modulation of the expression of α4 subunit in the hypothalamus and in the olfactory bulb could also be related do the antidepressive effect of progesterone in the FST. There are sex differences in the neuroendocrine response to the stress generated by routine laboratory proceedings and this should be taken in consideration in the interpretation of results involving animal experimentation.
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Ingestão de alimento após a ativação de receptores 5-HT1A do núcleo arqueado do hipotálamo e da área hipotalâmica lateral de ratas em duas fases do ciclo estral

Steffens, Sérgio Murilo January 2009 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Neurociências, Florianópolis, 2009. / Made available in DSpace on 2012-10-24T07:11:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1 267283.pdf: 1324404 bytes, checksum: fb966aaea39f2adcbee5e380529431d2 (MD5) / O presente estudo examinou os efeitos da injeção local de metergolina (MET, antagonista de receptores 5-HT1 e 5-HT2; 0, 2 e 20nmol), 8-hidroxi-2-(di-n-propilamino)-tetralina (8-OH-DPAT, agonista de receptores 5-HT1A e 5-HT7; 0, 6 e 6nmol) e de 8-OH-DPAT (6nmol) em ratas pré-tratadas com maleato de ciclo hexano carboxamida n-[2-[4-(2-metoxifenil)-1-piperazinil]etil]-n-(2-piridinil) (WAY 100635, antagonista seletivo de receptor 5-HT1A, 37nmol) no núcleo arqueado (ARC) e na área hipotalâmica lateral (AHL), nos comportamentos ingestivos e não ingestivos de ratas. Estes efeitos foram examinados durante as fases de estro ou diestro e as ratas foram adaptadas com dieta enriquecida com sacarose 10% durante 1h, por 3 dias consecutivos, na caixa de experimento. Os resultados mostraram que a injeção de 8-OH-DPAT na AHL reduziu a ingestão de alimento em todas as doses e em ambas as fases do ciclo estral, enquanto que no ARC esse tratamento desencadeou uma resposta hipofágica, somente na maior dose de 8-OH-DPAT e apenas na fase de estro. A administração de MET (em todas as doses) no ARC não afetou a ingestão alimentar durante ambas as fases do ciclo estral examinadas. Ocorreu uma redução na ingestão de alimento após a injeção de ambas as doses de MET na AHL de ratas durante as fases de estro e diestro. Na fase de estro, a injeção da maior dose de 8-OH-DPAT no ARC e na AHL diminuiu a duração da ingestão de alimento. A latência para iniciar o consumo de alimento, a ingestão de água e de outros comportamentos não ingestivos não foi afetada pela administração de 8-OH-DPAT ou MET no ARC ou na AHL em ambas as fases do ciclo estral. O pré-tratamento com WAY 100635 na AHL bloqueou o efeito hipofágico desencadeado pela injeção de 8-OH-DPAT (6nmol) durante as fases de estro e diestro. O pré-tratamento com WAY 100635 no ARC bloqueou a resposta hipofágica, bem como a redução na duração do consumo de alimento desencadeado pela injeção de 8-OH-DPAT na fase de estro. A latência para iniciar a ingestão de alimento, ingestão de água, bem como a duração dos outros comportamentos não ingestivos, não foi afetada pelos diferentes tratamentos efetuados, pela região hipotalâmica examinada (ARC ou AHL) ou pelas diferentes fases do ciclo estral estudadas (estro e diestro). Estes resultados indicam que receptores 5-HT1A participam no controle serotoninérgico de mecanismos relacionados à regulação da ingestão de alimentos localizados no ARC e na AHL. Estes circuitos serotoninérgicos relacionados com ingestão de alimento em ambas as áreas são, possivelmente, afetados por hormônios esteróides ovarianos, que poderiam aumentar a sensibilidade dos neurônios do ARC aos efeitos hipofágicos desencadeados pela injeção de 8-OH-DPAT, ou aumentar a eficácia de sinais de saciedade que desencadeiam o término do consumo de alimento. Além disso, este estudo indica que circuitos serotoninérgicos localizados no ARC e na AHL não exercem uma atividade inibitória tônica sobre circuitos neuronais relacionados com a ingestão de alimento.
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Receptores 5-HT1B/1D presentes no hipotálamo posterior medial e núcleo paraventricular envolvidos no controle serotonérgico da ingestão de alimento em pombos (Columba livia)

Poffo, Marine Josiane January 2005 (has links)
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-graduação em Neurociências / Made available in DSpace on 2013-07-16T01:50:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 213448.pdf: 826974 bytes, checksum: e222fad3b88d4e5225edb19effb026df (MD5) / No presente estudo, investigou-se a presença de receptores serotonérgicos no hipotálamo posterior medial (PMH) e no núcleo paraventricular (PVN) envolvidos no controle neural da ingestão de alimento e de água em pombos saciados (Columba livia). Para tanto, administrou-se nesses sítios hipotalâmicos a MET (um antagonista não-seletivo dos receptores 5-HT1/2), o GR 46611 (agonista dos receptores 5-HT1B/1D) e o 8-OH-DPAT (agonista 5-HT1A), a fim de identificar os subtipos de receptores presentes nesses locais. Foram utilizados animais saciados, com cânulas-guia implantadas próximas ao PMH e ao PVN, onde era inserida a agulha injetora excedendo em 1,0; 1,7; 2,4 ;3,1; e 3,8mm a cânula-guia. Uma semana após a cirurgia, as aves foram tratadas com veículo (ácido ascórbico 5%), MET (20 nmol), GR (0,6 e 6 nmol) ou 8OH (6 nmol), aleatoriamente. Após a administração das drogas, os animais retornavam às suas gaiolas, que continham água e alimento previamente pesados. O registro comportamental era efetuado durante 1 hora, onde era avaliado o comportamento ingestivo relativo ao consumo de alimento e água (duração e latência) e os comportamentos não ingestivos auto-limpeza, locomoção, parado alerta e posturas típicas de sono (duração e latência). Ao final de 1 hora, o consumo de alimento e de água foi quantificado. Os dados mostram que a injeção de MET no PMH provocou uma resposta hiperfágica, acompanhada de aumento na duração da refeição e redução na latência para iniciar o comportamento alimentar, comparado com os valores obtidos com a injeção de veículo. No PVN, a administração de MET provocou um aumento da quantidade de alimento ingerido, sem alterar a duração total e a latência para iniciar o comportamento ingestivo. O tratamento com GR 46611 no PMH resultou em uma resposta semelhante à obtida com a MET, em ambas as doses utilizadas, e de maneira dose-dependente, sendo mais eficaz a dose de 6 nmol. Entretanto, no PVN apenas a dose maior de GR obteve êxito em causar hiperfagia e aumento na magnitude da ingestão de alimento, sem interferir na latência para iniciar a resposta ingestiva. A administração de 8OH não modificou nenhum dos aspectos avaliados pertinentes à ingestão de alimento. O comportamento de ingestão de água foi modificado pela injeção de GR no PMH. Ambas as doses induziram uma resposta dipsogênica e provocaram uma redução na latência para iniciar a ingestão de alimento, mais eficazmente na dose de 0,6 nmol, mas somente a dose de 6 nmol retardou o término dessa resposta. O tratamento realizado com a MET não alterou a ingestão hídrica em nenhum dos sítios investigados. Porém, a administração de 8OH no PVN induziu um aumento significante na latência para iniciar o consumo de água. Os efeitos provocados pelas drogas administradas foram estritamente relacionados ao comportamento ingestivo, uma vez que não houve alterações nos comportamentos não ingestivos. Concluindo, o presente estudo indicou a presença dos receptores serotonérgicos 5-HT1B/1D no PMH e no PVN envolvidos com a regulação da ingestão de alimento e de água (a última somente no PMH) em pombos, interferindo nos processos de saciação e de saciedade.
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Efeitos ingestivos e coportamentais de microinjeção de metergolina ou 8-OH-DPAT no núcleo arqueado do hipotálamo e no hipotálamo lateral em ratos

Araújo, Bruno Blanco January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Neurociências / Made available in DSpace on 2012-10-22T10:58:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 229192.pdf: 1296541 bytes, checksum: de8078aef35d76f47f67c621503282d7 (MD5) / O presente trabalho descreve uma série de experimentos realizados com o objetivo de identificar efeitos ingestivos e comportamentais de microinjeções de Metergolina (Met - 20 nmol - antagonista não seletivo 5-HT1/2), 8-OH-DPAT (8-OH - 1,6 nmol - agonista 5-HT1A), ou de veículo (ácido ascórbico 5%) no ARC, LH ou em áreas hipotalâmicas adjacentes (AHA) de ratos alimentados livremente (AL) ou submetidos à restrição alimentar (RA). Durante 30 minutos após o tratamento, registrou-se a ingestão de água e alimento, além da duração, latência e freqüência de comportamentos ingestivos e não-ingestivos. Em relação ao grupo AL, os dados mostram que injeções de Met no ARC, LH ou em AHA não modificam a ingestão de água e alimento, nem alteram qualquer dos comportamentos analisados, enquanto que as injeções de 8-OH aumentam a atividade de manutenção, quando administrado em AHA. Em contrapartida, nossos dados demonstram que as manipulações, incluindo a implantação da cânula-guia e a administração de veículo em qualquer dos núcleos testados, são capazes de provocar alterações comportamentais em relação aos animais não-operados (NO), como o aumento, da atividade locomotora e da imobilidade. Além disso, manipulações no ARC ou em AHA diminuem a atividade exploratória e aumentam a busca e a exploração do alimento, quando comparado aos animais NO. Já em relação ao grupo RA, os dados mostram que injeções de Met e 8-OH no ARC, LH ou em AHA, não modificam o consumo de água ou alimento. Injeções de Met no LH aumentam a imobilidade e a latência para iniciar a locomoção, além de diminuir a exploração do alimento. A administração de 8-OH neste mesmo núcleo diminui a atividade exploratória. No entanto, a administração de veículo no ARC, LH ou em AHA já é capaz de provocar alterações comportamentais. Injeções de veículo em qualquer das áreas estudadas aumentam a atividade de manutenção (auto-limpeza). Além disso, injeções no LH aumentam a atividade locomotora e a exploração do alimento, diminuindo a atividade exploratória do ambiente. Esta diminuição da atividade exploratória foi também observada em AHA. Em resumo, a administração de Met e de 8-OH no ARC e no LH de ratos, AL ou RA, não afeta a ingestão de água ou alimento, sugerindo a ausência de uma ação tônica inibitória, por parte da 5-HT, nesses sítios. Além disso, nossos dados indicam a participação de receptores 5-HT1/2 na modulação de comportamentos não-ingestivos.
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Programação materna em camundongas prenhes submetidas ao exercício físico / Maternal programming in pregnancy mice submitted to physical exercise

Fernandes, Leandro [UNIFESP] January 2012 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-12-06T23:45:11Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2012 / Sabe-se que o exercicio fisico regular proporciona uma serie de beneficios ao praticante. Em contrapartida, a interrupcao de um programa de exercicios fisicos em animais de experimentacao e humanos tem sido associada ao ganho rapido de massa gorda e outras alteracoes metabolicas. Diante disso, verificamos como o treinamento de natacao (T) (5 vezes/semana, 1 h/dia) de camundongas antes da fecundacao, durante a prenhez e lactacao afeta o perfil metabolico, molecular e comportamental de sua prole. Tambem investigamos o efeito do destreinamento durante a prenhez e lactacao. Quatro grupos de filhotes foram formados: um que o T foi mantido durante a prenhez e lactacao (PT); o segundo que as maes foram submetidas ao destreinamento na prenhez (PDP); o terceiro que as maes foram submetidas ao destreinamento na lactacao (PDL) e; um grupo controle (PCT) de maes nao treinadas. Em todos os grupos foram analisados parametros metabolicos, moleculares e comportamentais. Femeas e machos responderam de maneira distintas nas diversas analises. O grupo PDP apresentou reducao do peso corporal no dia pos natal 3 (DPN3), aumento da massa do figado em valores absolutos e relativos, aumento na concentracao total de colesterol, triglicerides e lactato, alem de apresentar diminuicao na expressao dos genes NPY, CART, pre-&#945;-MSH e aumento da expressao de leptina, mostrando-se o grupo mais sensivel as alteracoes metabolicas. O grupo PDL, apresentou maior ansiedade no Novelty Supressed Feeding Test (NSFT) tanto em femeas quanto em machos, se mostrando o grupo mais responsivo a alteracoes comportamentais, alem de apresentar modificacoes na expressao genica. O treinamento em todas as etapas do desenvolvimento foi eficaz no controle do peso corporal e diminuiu a concentracao plasmatica de insulina no grupo PT. Nossos dados sugerem que o exercicio fisico e a interrupcao deste produzem alteracoes em sentido oposto no ambiente intrauterino que podem resultar em longo prazo em modificacoes metabolicas e comportamentais / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Caracterização da expressão in situ de mediadores hipotalâmicos da hombostase energética em animais nocautes de receptor B1 de cininas / In situ characterization of the expression of hypothalamic mediators of energy homeostasis in kinin B1 receptor knockout mice

Torres, Hugo Arruda de Moura [UNIFESP] 29 April 2009 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:49:40Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2009-04-29. Added 1 bitstream(s) on 2015-08-11T03:25:27Z : No. of bitstreams: 1 Publico-00272a.pdf: 1939032 bytes, checksum: 8909a1a58abf8a089d6c5e15f9ab0dc0 (MD5). Added 1 bitstream(s) on 2015-08-11T03:25:27Z : No. of bitstreams: 2 Publico-00272a.pdf: 1939032 bytes, checksum: 8909a1a58abf8a089d6c5e15f9ab0dc0 (MD5) Publico-00272b.pdf: 922324 bytes, checksum: 7763fc40b0d1d67d34b28da3e6cdf817 (MD5) / A síndrome metabólica é uma condição patológica de impacto global e recursos financeiros substanciais são gastos por governos no tratamento de doenças associadas como obesidade, diabetes mellitus e cardiopatias. O crescente índice de obesos no mundo não tem uma causa única e parece ter raízes evolutivas. É clara a participação do hipotálamo no controle da ingestão alimentar e do gasto energético, sendo ele um dos principais locais de integração de fatores centrais e periféricos que controlam a homeostase energética. Nosso grupo recentemente correlacionou o sistema calicreína-cinina como controle do gasto energético, mostrando que animais nocautes para o gene codificacador do receptor B1 de cininas (B1-/-) apresentam um fenótipo de resistência à obesidade induzida por dieta. Estes animais apresentam, por exemplo, níveis séricos basais reduzidos de leptina, porém são mais sensíveis a este hormônio em comparação a animais controles selvagens. Além disso, esses animais possuem também um aumento na atividade física quando submetidos a uma dieta rica em lipídeos. A descoberta de que a leptina tem uma ação trófica sobre estruturas hipotalâmicas estimulou-nos a investigar se anormalidades estruturais no hipotálamo têm papel importante na causação do fenótipo observado. As técnicas de imuno-histoquímica e hibridização in situ com sondas para peptídeos classicamente implicados no controle do balanço energético - Neuropeptídeo Y (NPY), transcrito relacionado à cocaína e anfetamina (CART), -melanocyte stimulating hormone (-MSH) e sonda para o receptor de leptina (Ob-Rb) - foram usadas. A região do núcleo paraventricular hipotalâmico e a região perifornicial da área hipotalâmica lateral (em que a ação do CART está corelacionada com o aumento do gasto energético e aumento da atividade locomotora, respectivamente) de animais B1-/- apresentam um aumento significativo na expressão de CART em comparação a animais WT corroborando nossas observações experimentais prévias sobre estes animais. / The metabolic syndrome is a global aiction and substantial financial resources are spent by governments in the treatment of related diseases such as obesity, diabetes mellitus and cardiopathies. The growing index of obese people in the world has not a single cause and seems to have evolutionary roots. There is a clear role of the hypothalamus in the control of food intake and energetic expenditure. It is one of the major integration sites of peripheral and central factors regulating energy homeostasis. Our group has recently correlated the kallikrein-kinin system with the control of energy expenditure showing that mice that had the kinin B1 receptor gene knockedout( B1-/-) display a phenotype of resistance to diet-induced obesity. These mice have reduced leptin serum levels and are more sensitive to this hormone as opposed to wild-type mice. In addition, they diplay an increased motor activity when submited to a high-lipid containing diet. The discovery that leptin has a trophic action on hypothalamic structures has prompted us to investigate whether structural abnormalities in the hipothalamic circuitry of B1-/- mice would have a role in the causation of the observed phenotype. Immunohistochemistry and in situ hybridization techniques using probes targeting peptides classically implicated in the control of energy balance - Neuropeptide Y (NPY), Cocaine-and-Amphetamine Related Transcript (CART), -melanocyte stimulating hormone (-MSH) and the leptin receptor (Ob-Rb) - were used. The paraventricular nucleus of the hypothalamus and the perifornical region of the lateral hipothalamic area are places at which the CART peptide activity is respectively correlated to increased energy expenditure and increased locomotor activity. An increased CART expression was demonstrated in these nuclei in B1-/- mice, satisfying our previous experimental observations about the B1 knock-out phenotype. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Efeitos da inibição reversível do hipotalamo dorsomedial e da porção dorsal do hipotálamo ventromedial sobre respostas comportamentais de defesa / Effects of inhibition of the hypothalamic dorsomedial reveersível and dorsal portion of the ventromedial hypothalamus on behavioral responses of defense

Nascimento, Juliana Olivetti Guimarães [UNIFESP] 28 April 2010 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:49:57Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2010-04-28. Added 1 bitstream(s) on 2015-08-11T03:26:31Z : No. of bitstreams: 1 Publico-472.pdf: 622403 bytes, checksum: 6ffd5126c843b5fda444f16935ac1337 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / O hipotálamo é uma estrutura de fundamental importância para a adaptação do organismo a situações de estresse, seja ele provocado por estímulos aversivosou por qualquer situação que altere o equilíbrio homeostático. Os núcleoshipotalâmicos mediais têm sido propostos como relacionados à modulação de respostas comportamentais de defesa e das alterações fisiológicas que a acompanham. Fazem parte do hipotálamo medial, o núcleo dorsomedial, a porção dorsal do hipotálamo ventromedial, o núcleo anterior do hipotálamo e o núcleo premamilar dorsal. A participação do sistema GABAérgico dohipotálamo medial na gênese de respostas comportamentais e fisiológicas aestímulos aversivos tem sido evidenciada por diversos estudos experimentais.Tem sido demonstrado que a administração de antagonistas GABAérgicosintra-hipotálamo medial induz comportamento de fuga, à semelhança daestimulação elétrica do núcleo. Pouco tem sido investigado com relação à modulação exercida pelo hipotálamo medial sobre respostas de defesa condicionadas e/ou evocadas por situações mais naturalísticas. O objetivo do presente trabalho foi melhor investigar o envolvimento do sistema GABAérgico e dos substratos neurais do hipotálamo medial em respostas comportamentais de defesa condicionadas e incondicionadas, a partir da utilização de um modelo animal de ansiedade, o labirinto em T elevado (LTE), que permite a medida de duas respostas comportamentais (esquiva inibitória e fuga de uma via), em um mesmo animal. Em termos clínicos, estas respostas têm sido relacionadas à ansiedade generalizada e ao transtorno do pânico, respectivamente. No presente trabalho, ratos Wistar machos (aproximadamente 280 g) foram implantados com cânulas-guia para microinjeção em dois núcleos do hipotálamo medial: o hipotálamo dorsomedial e a porção dorsal do hipotálamo ventromedial. Em um primeiro momento (experimentos 1 e 2) , os animais receberarm microinjeções do agonista GABAA muscimol (0,5 e 1,0 nmol, no experimento 1; 1,0 nmol no experimento 2) e dez minutos depois foram submetidos ao LTE. Para fins de comparação, em um terceiro experimento um grupo de animais foi tratado intra-hipotálamo dorsomedial com o anestésico local lidocaína (1 nmol; experimento 3). A fim de se evitar falsos negativos ou positivos devido ao efeito das drogas sobre a atividade locomotora, os animais foram testados em um campo aberto após os testes com o LTE. Os resultados mostraram um efeito seletivo do muscimol intra-núcleo dorsomedial sobre as respostas de fuga e esquiva. A injeção de muscimol na dose de 0,5 nmoles neste núcleo não alterou a latência sobre a esquiva inibitória dos braços abertos, nas três medidas tomadas, aumentando a latência sobre a fuga nas medidas 2 e 3. na dose de 1.0 nmol o muscimol aumentou a latência basal sobre a esquiva inibitória e a latência de fuga 3, embora tenha produzido também alteração motora verificada através da diminuição do número de cruzamentos e levantamentos no teste do campo aberto. Tal alteração motora não foi verificada na dose mais baixa. De maneira semelhante, o anestésico local lidocaína, administrado intra-núcleo dorsomedial, também não alterou nenhuma das duas medidas realizadas no LTE, esquiva e fuga, muito embora o efeito da droga não restrinja-se à inibição de corpos neuronais, já que a droga inativa também fibras de passagem. Para concluir, é possível afirmar que a inativação do hipotálamo dorsomedial por muscimol inibe seletivamente uma resposta comportamental de defesa, a fuga, que em termos clínicos tem sido relacionada ao transtorno do pânico / Previous evidence indicates that the medial hypothalamus is part of a neurobiological substrate controlling defensive behavior. In particular, it has been shown that a hypothalamic nucleus, the dorsomedial hypothalamus (DMH), is involved in the regulation of escape, a defensive behavior related to panic attacks. The role played by other hypothalamic nuclei in the organization of fear-related responses however is less clear. In this study we addressed this question by investigating the effects of the reversible inactivation of two hypothalamic nuclei, the DMH and the dorsomedial part of the ventromedial hypothalamus (VMHdm), on escape behavior generated in male Wistar rats by an ethologically relevant threatening stimulus: the exposure of rats to the open arms of the elevated T-maze. Results showed that intra-DMH administration of the GABAA receptor agonist muscimol (0.5 nmol and 1.0 nmol/0.2 μl) inhibited escape behavior, suggesting an antiaversive effect, although the higher dose also altered locomotor activity in an open field. Muscimol intra-DMH did not affect elevated T-maze inhibitory avoidance, a behavior associated with generalized anxiety disorder. On the other hand, muscimol intra-VMHdm did not alter either avoidance or escape measurements. Also, intra-DMH administration of the sodium channel blocker lidocaine (1 nmol/0.2 μl) was without effect, what is probably related to the fact the lidocaine, unlike muscimol, also inactivate fibers of passage and not only cell bodies. Taken together, our data corroborate previous evidence suggesting that the DMH is involved in the modulation of escape. Dysfunction of this regulatory mechanism may be of relevance in the genesis/maintenance of panic disorder. / FAPESP: 06/56950-3 / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Estudo do eixo hipotálamo hipófise adrenal no cushing leve através do cortisol sérico no pós-operatório de pacientes com doença de cushing e avaliação da monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas nos pacientes com acromegalia

Costenaro, Fabiola January 2016 (has links)
No capitulo I desta tese estudamos pacientes em remissão cirúrgica da doença de Cushing (DC) e seu comportamento em relação aos níveis de cortisol no período pósoperatório. Níveis baixos de cortisol no período pós-operatório estão claramente relacionados com a remissão cirúrgica da DC. Entretanto, alguns pacientes em remissão apresentam elevado pico de cortisol sérico durante as primeiras 48 horas (h) da avaliação após a cirurgia transesfenoidal e muitas vezes apresentam queda mais tardia do cortisol no período pós-operatório. O objetivo principal deste estudo foi caracterizar este grupo de pacientes para melhor compreensão do comportamento do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal destes casos. Pela possibilidade de pacientes com menor gravidade da DC apresentarem menor supressão dos corticotrofos peritumorais, foram avaliados os critérios clínicos e laboratoriais relacionados ao hipercortisolismo no momento do diagnóstico da doença objetivando confirmar a hipótese de que os pacientes com uma forma mais leve da DC teriam maiores picos de cortisol nas primeiras 48 h da avaliação pós-operatória. Foram avaliados 70 pacientes em remissão cirúrgica da DC, acompanhados em média por 6 anos, procedentes de uma coorte em acompanhamento regular no ambulatório de Neuroendocrinologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Foi observado que menores níveis de cortisol livre urinário de 24 h no período pré-operatório foram associados a maiores picos do cortisol sérico no período pós-operatório. O ponto de corte definido para Cushing leve foi o cortisol livre urinário de 24 h abaixo de três vezes o limite superior da normalidade para o método utilizado (n=39). Outros critérios bioquímicos envolvidos na avaliação do comprometimento do eixo hipotálamo hipófise adrenal no momento do diagnóstico da síndrome de Cushing e da DC foram igualmente avaliados, entre eles: a intensidade de supressão do cortisol sérico após 1 mg de dexametasona overnight ou após 8mg de dexametasona, níveis de cortisol sérico à meia-noite, de ACTH plasmático e de sulfato de dehidroepiandrosterona, entretanto nenhum deles foi capaz de identificar diferentes picos de cortisol sérico durante as primeiras 24-48 h do período pós-operatório. Estes 39 pacientes, também possuíam menor comprometimento da função sexual e menor prevalência de fragilidade capilar no momento da investigação da DC. Em 10-12 dias ou mesmo em 30 dias após a cirurgia transesfenoidal os níveis de cortisol sérico foram semelhantes entre pacientes com ou sem DC leve e foram compatíveis com remissão da DC. No capitulo II foi estudado o comportamento da pressão arterial (PA) sistêmica de pacientes com acromegalia. O método utilizado foi a monitorização ambulatorial de 24h (MAPA). O artigo retrata 37 pacientes que fazem parte da coorte de pacientes com acromegalia em acompanhamento no ambulatório de Neuroendocrinologia do HCPA. O objetivo foi determinar a homeostase pressórica destes pacientes, sua associação com critérios bioquímicos de atividade da acromegalia e parâmetros ecocardiográficos. Os pacientes foram estratificados em doença em remissão, controlada por medicamentos ou ativa. Foi realizada a aferição da PA sistêmica durante as consultas ambulatoriais, a MAPA, e a avaliação de parâmetros metabólicos (perfil lipídico, níveis glicêmicos, aferição do peso e altura corporal e a medida do índice de massa corporal). Devido à elevada prevalência de síndrome de apneia do sono ou hipopneia em pacientes com acromegalia e sua possibilidade de interferência nos níveis pressóricos, esta alteração também foi investigada. Foi observado que a medida da PA sistêmica de consultório superestimou a prevalência de hipertensão nesta coorte. A PA aferida pela MAPA classificou 23% dos indivíduos analisados como hipertensos, enquanto a pressão de consultório classificou 32% deles como portadores de hipertensão. Além disto, as medidas de pressão realizadas pela MAPA foram associadas com os parâmetros de atividade da acromegalia, seja com os níveis de fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF1, do inglês Insulin-like growth factor type 1) seja com os níveis de hormônio de crescimento humano (GH, do inglês Growth hormone). Os níveis pressóricos aferidos pela MAPA, especialmente PA sistólica noturna, foram associados a parâmetros ecocardiográficos de cardiomiopatia. Além disto, a ausência de descenso noturno da PA sistólica foi associada positivamente a maiores níveis de GH e à presença de hipertrofia ventricular esquerda. Conclusões: Os dados destes dois estudos acrescentam importantes contribuições para o entendimento destas patologias. No estudo 1, pacientes com níveis de cortisolúria de 24 h < 3 x acima do limite superior da normalidade do método utilizado para esta medida, apresentaram maior pico de cortisol nas primeiras 24 h de pós-operatório, demonstrando maior resposta ao estresse cirúrgico dos corticotrofos peri-tumorais. Estes pacientes com cortisolúria de 24 h < 3 x o limite superior da normalidade foram classificados como portadores de DC leve. Estes pacientes podem necessitar aguardar entre 10 dias a 1 mês para a completa definição da remissão da DC após o procedimento cirúrgico. No estudo 2, demonstrou-se que a utilização da MAPA em pacientes com acromegalia é uma ferramenta útil para o entendimento da homeostase pressórica, e ainda observou-se associação de hipertrofia relativa do ventrículo esquerdo a níveis de PA sistólica noturna, mesmo após o ajuste para fatores de risco classicamente associados com hipertrofia ventricular esquerda.

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