Spelling suggestions: "subject:"immunomodulation,"" "subject:"lmmunomodulation,""
211 |
Impacto da infecção incidente pelo GBV-C na ativação celular em pessoas que vivem com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) / The impact of GBV-C incident infection on cell activation in human immunodeficiency virus (HIV)-infected patientsDayane Alves Costa 23 June 2017 (has links)
A epidemia HIV/AIDS é um grave problema de saúde enfrentado no Brasil e no mundo. Desde o surgimento do vírus, na década de 80, muitos esforços foram realizados para esclarecer o curso da infecção que resulta no comprometimento do sistema imune em indivíduos sem tratamento. A ativação imune crônica pode levar a um status de imunossenescência exacerbada, morte celular, alteração da resposta imune e uma imunodeficiência generalizada. Percebe-se que diversos fatores do hospedeiro interferem na progressão para Aids, como deleção de 32 pares de base do gene CCR5 (CCR5delta32), perfis de HLA desfavoráveis (*B35) e coinfecções, principalmente citomegalovírus, tuberculose e hepatites B e C. Estudos recentes com o GBV-C, pertencente à família Flaviviridae, gênero Pegivirus, possibilitaram uma nova perspectiva no entendimento do curso da infecção causada pelo HIV, uma vez que nenhuma doença foi relacionada à presença do vírus GB tipo C, além de promover um atraso na progressão para a Aids e aumento da sobrevida dos pacientes portadores do vírus. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar o perfil de ativação, senescência e exaustão celular em indivíduos recém-infectados pelo HIV-1 e coinfectados pelo GBVC. Foram investigados a contagem de linfócitos T CD4+ e CD8+, razão CD4/CD8, presença do GBV-C e HIV-1, além da análise da expressão de marcadores de ativação (CCR5, CD38 e HLA-DR), senescência e exaustão celular (PD-1, CD95, CD57 e CD28). Diante dos critérios de inclusão do estudo, foram selecionados nove pacientes com infecção persistente com o vírus GBV-C para o grupo 1 (HIV-1+/GBV-C+), e oito pacientes sem viremia para GBV-C foram incluídos no grupo 2 (HIV-1+/GBV-C-), sendo a média de idade dos pacientes selecionados de 31,6 e 31,7 anos, respectivamente, sexo masculino e homens que fazem sexo com homens (HSH). Na visita de inclusão no estudo (V1) nenhum dos dados analisados (células T CD4+ e CD8+, carga viral e razão CD4/CD8) apresentou diferença estatística, assim como os marcadores de ativação, senescência e exaustão celular. Na análise longitudinal da diferença (deltaVn-V1), percebeu-se uma diminuição dos marcadores de ativação e senescência no grupo HIV-1+/GBV-C +, sem significância estatística entre esses dados. Foi observado, contudo, que houve uma diminuição de células T CD4+ e CD8+ naïve no grupo HIV-1+/GBV-C+, também notou-se redução na subpopulação de células T CD8+ naïve e memória central expressando CD28, houve uma diminuição das subpopulações de memória intermediária e efetora terminal, assim como na subpopulação efetora terminal expressando HLA-DR+, no grupo HIV-1+/GBV-C+. Os resultados demonstraram que a infecção pelo GBV-C reflete na diminuição da estimulação imune, ativação celular e também na redução de marcadores de senescência e exaustão celular nas subpopulações de células T, sugerindo um envolvimento na modulação da progressão do HIV / The HIV/AIDS epidemic is a serious health problem in Brazil and in the world. Since its emergence in the 1980s, many efforts have been made to understand this infection, resulting in a compromised immune system if left untreated. Chronic immune activation may lead to exacerbated immunosenescence, cell death, altered immune response, and a generalized immunodeficiency. Several host factors play an important role in the progression to AIDS, such as the 32 base pairs deletion in the CCR5 gene (CCR5delta32), unfavorable HLA molecules (*B35), and coinfections, mainly cytomegalovirus, tuberculosis, and hepatitis B and C. Recent studies with the GBV-C (Flaviviridae family, genus Pegivirus) have provided a new perspective in the understanding of the HIV infection natural history. GBV-C coinfection delays progression to Aids and increases patient survival. In addition, no symptoms have been associated to its occurrence. The aim of this study was to evaluate the profile of cellular activation, senescence, and exhaustion in recently HIV-infected individuals coinfected with GBVC. Patients were selected from a prospective cohort diagnosed with recent HIV-1 infection with known results for levels of CD4+ and CD8+ T lymphocytes, CD4/CD8 ratio, GBV-C plasma levels, HIV-1 plasma viremia, and markers for cellular activation (CCR5, CD38, and HLA-DR) and senescence and exhaustion (PD-1, CD95, CD28, and CD57). Nine presented persistent GBV-C infection and were selected for group 1 (HIV- 1/GBV-C+), mean age of 31.6 years. Another set of eight patients without GBV-C viremia were selected as controls and included in group 2 (HIV-1/GBV-C-), mean age of 31.7 years. All participants were male, in most cases men who have sex with men (MSM). At baseline visit (V1), no variable (levels of CD4+ and CD8+ lymphocytes, viral load, CD4/CD8 ratio, and cellular activation, senescence, and exhaustion markers) presented no statistical significant differences, suggesting that all selected patients shared similar characteristics. Longitudinal analysis (delta, Vn-V1) revealed a nonsignificant decrease in activation and senescence markers for both groups. However, it was observed a decrease in naïve CD4+ and CD8+ T cells in group 1, and also a reduction in the subpopulations of naïve and central memory (CD28+) CD8+ T cells. The HIV+/GBV-C+ group also presented diminished intermediate memory and terminal effector subpopulations, as well a decrease in HLA-DR+ terminal effector cells. The data demonstrate that GBV-C infection results in reduced immune stimulation, cellular senescence, and cell exhaustion, suggesting an involvement in the modulation of HIV progression
|
212 |
Modulação da resposta imunológica no pulmão de Camundongos co-infectados com Mycobacterium bovis e Strongyloides venezuelensisCarmo, Ana Maria do 28 February 2008 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-11-01T14:25:20Z
No. of bitstreams: 1
anamariadocarmo.pdf: 1166968 bytes, checksum: 902990ead7a531c64f6dd70ebcabe511 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-12-15T13:33:36Z (GMT) No. of bitstreams: 1
anamariadocarmo.pdf: 1166968 bytes, checksum: 902990ead7a531c64f6dd70ebcabe511 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-12-15T13:33:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1
anamariadocarmo.pdf: 1166968 bytes, checksum: 902990ead7a531c64f6dd70ebcabe511 (MD5)
Previous issue date: 2008-02-28 / Sabe-se que existem inúmeros trabalhos envolvendo a modulação da resposta imune ao
Mycobacterium. No entanto, o número de indivíduos apresentando tuberculose é cada vez
maior. A resposta imune ao Mycobacterium é desencadeada principalmente por linfócitos Th1,
com a produção de IFN-γ. As parasitoses intestinais também representam um importante
problema médico-sanitário, tendo em vista o grande número de pessoas acometidas e as
inúmeras alterações orgânicas que podem provocar no hospedeiro. Essas infecções helmínticas
induzem preferencialmente uma resposta Th2 com a produção de IL-4, IL-5 e IL-13. Este
trabalho avaliou a regulação da resposta imune no pulmão de camundongos co-infectados ou
não por S. venezuelensis (SV) e/ou Mycobacterium bovis-BCG (MB), em dois pontos das duas
infecções, denominados como ponto 1 (4° e 7° dia pós-imunização [dpi]) e ponto 2 (7° e 10°
dpi) por MB e SV, respectivamente. Os animais foram infectados com 700 larvas de SV pela
via subcutânea e, após 3 dias, com 1x106 UFC de MB cepa selvagem pela via intravenosa.
Realizou-se a quantificação do número de ovos e vermes, a dosagem de citocinas (IFN-γ, IL-4
e IL-10) e quimiocinas (CCL2 e CCL5), o envolvimento de MPO e EPO, a detecção da
infecção pelo MB por PCR, a avaliação histopatológica e a expressão de moléculas coestimulat
órias/imunomodulatórias (CD80, CD86, CD28, CTLA-4 e CD25) em células ou
tecidos do pulmão dos animais infectados e/ou co-infectados. Os resultados mostraram que a
presença do MB favoreceu para o aumento do número de ovos e vermes do SV observados
nos animais nos dias 4° e 7° (ponto 1) e 7° e 10° (ponto 2) após a infecção por MB e SV,
respectivamente, nos animais co-infectados (COIN). A reação de PCR foi efetiva em detectar
a presença do MB no pulmão dos animais. Foi observado um aumento de IFN-γ e uma
diminuição de IL-4 e EPO no pulmão dos animais do grupo COIN, além de aumento na
expressão da molécula co-estimulatória CD80 no ponto 1 e uma diminuição no ponto 2.
Houve uma alta produção de IL-10 no pulmão dos animais dos grupos MB e COIN, sendo que
a histopatologia neste sítio mostrou formação de granulomas com grande influxo de
neutrófilos, macrófagos e células epitelóides na periferia nos pulmões dos animais do grupo
MB e um granuloma bem mais avançado, com centro necrótico nos animais do grupo COIN.
Baseado nesses resultados, conclui-se que o MB modula a infecção pelo SV, fazendo com que
os animais fiquem mais suscetíveis à infecção helmíntica. Por outro lado, o SV modula a
infecção pelo MB, fazendo com haja uma modificação na formação de granuloma no pulmão
dos animais do grupo COIN no ponto 1 da infecção pelo MB, que poderia ser justificada pela
diminuição de IL-4 nos animais do grupo COIN. / A rising number of people have been contracting tuberculosis around the world even though a
multitude of reports involving a modulation of the immune response to Mycobacterium have
been published. The response to Mycobacterium is mainly mediated by Th1 lymphocytes
through IFN-gamma production. Parasitic diseases account for a large proportion of human
morbidity and mortality, considering the number of people affected by them and several
pathologies associated to parasitic infection. Helminthic infections drive towards Th2 response
which leads to IL-4, IL5 and IL-13 production. The present study evaluated the immune
response of coinfected animals or not with Strongyloides venezuelensis (SV) and
Mycobacterium bovis-BCG (MB) on pulmonary cells collected from BALB/c mice at time
points 1 (4th and 7th days post-immunization [dpi] by MB and SV, respectively) and 2 (7th and
10th dpi by MB and SV, respectively). Animals were infected with 700 SV larvae
subcutaneously, and 3 days after, 1x106 CFU of wild MB strain intravenously. The number of
worms and eggs was counted as well as cytokine (IFN-gamma, IL-4 and IL-10) and
chemokine (CCL2 and CCL5) assessments, and the MPO and EPO levels determination on
pulmonary tissue from infected and/or coinfected animals. In addition, PCR for MB detection,
the histopathology and the expression of costimulatory molecules such as CD80, CD86,
CD28, CTLA-4 and CD25 on pulmonary tissue were also assessed. The results pointed that
MB led to increase SV parasite burden in coinfected mice (COIN) at both time points
analyzed. The PCR technique detected effectively MB. Moreover, elevated IFN-gamma and
reduced IL-4 and EPO levels were detected on pulmonary tissue in the COIN group. In regard
to CD80 molecule, there was an increased expression at time point 1 and diminished
expression at time point 2. Also, higher amounts of IL-10 were found on pulmonary tissue in
MB and COIN groups. The histopathological analysis revealed pulmonary granulomas with a
number of neutrophils, macrophages and epithelial cells-like in the MB group as well as
granulomas in an advanced stage with caseous necrosis in the COIN group. Based on these
findings, it may be concluded that MB modulated the immune response to SV, leading
coinfected animals to be more susceptible to helminthic infection. On the other hand, SV
modulated the MB infection by modifying the characteristics of the pulmonary granulomas in
the COIN group at time point 1 probably due the reduced IL-4 production in this group.
|
213 |
Estudo da imunomodulação induzida pela crotoxina do veneno de Crotalus durissus terrificus em modelo experimental de doença inflamatória no intestino. / Evaluation of immunomodulation induced by crotoxin from Crotalus durissus terrificus snake venom in experimental model of inflammatory bowel disease.Caroline de Souza Almeida 16 June 2014 (has links)
Neste trabalho foi estudado o potencial imunorregulador da crotoxina (CTX) obtida do veneno de C. d. terrificus, em modelo experimental de colite induzida pelo TNBS em camundongos. A CTX foi capaz de diminuir a perda de peso, o score clínico e histológico, síntese de MPO e citocinas pró-inflamatórias. Menor número de neutrófilos e macrófagos com fenótipos M1 e M2 na lâmina própria foi observado nos grupos TNBS/CTX em relação ao TNBS. A CTX induziu TGF-b e IL-10, PGE2 e LXA4. A neutralização in vivo dessas citocinas ou o bloqueio da síntese desses eicosanoides indica que estas moléculas exercem papel relevante na ação moduladora da CTX no quadro inflamatório. As análises das diferentes populações celulares da lâmina própria, linfonodos e Placas de Peyer mostraram que não houve diferença nos linfócitos CD4+Tbet+ entre os grupos TNBS e TNBS/CTX. No entanto, a CTX promoveu aumento de CD4+FoxP3+ e diminuição de CD4+RORg+. Estes resultados indicam que a CTX é capaz de modular a resposta inflamatória aguda intestinal melhorando o quadro clinico observado nos animais. / In this work it was analyzed the immunomodulatory effect of crotoxin (CTX) isolated from C.d. terrificus snake venom, on the experimental model of colitis induced by TNBS in mice. The CTX was able to inhibit the weight loss, clinical and histological score, MPO synthesis and pro-inflammatory cytokines. Lower number of neutrophils and macrophage (M1 and M2) in lamina propria was observed in TNBS/CTX mice compared with the TNBS group. In contrast, the CTX induced increased TGF-b, IL-10, PGE2 and LXA4. The in vivo neutralization of these cytokines or eicosanoids synthesis indicates that these molecules exert significant role in the modulatory effect of CTX. The analyzes of distinct cell populations from lamina propria, lymph nodes and Peyers pathes showed no difference in CD4+Tbet+ between TNBS or TNBS/CTX mice. However, CTX induced an increase of CD4+FoxP3+ and decreased CD4+RORgt+. Together, these results indicate that CTX is able to modulate intestinal acute inflammatory response induced by TNBS improving the clinical status of the mice.
|
214 |
Capacidade imunomoduladora de extratos etanólico de própolis verde e aquoso de própolis marrom em camundongos inoculados com antígenos múltiplos / Immunomodulatory capacity of ethanolic extract of green propolis and aqueous extract of brown propolis in mice inoculated with multiple antigensFerreira, Líllian das Neves 30 March 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2014-08-20T14:37:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1
dissertacao_lilian_ferreira.pdf: 360548 bytes, checksum: 5b53738e6a0e6f27ef278c1c1b74e44c (MD5)
Previous issue date: 2009-03-30 / The vaccines with multiple antigens have represented a major advance in the
immunization of pets and production animals, since they represent economies of
time, cost, and stress. However, the efficiency of these vaccines have sometimes
been questioned and the choice of an appropriate adjuvant can mean a breakthrough
in multiple immunizations. In this context, propolis, which is drawing the attention of
many researchers due to its bioactive properties, emerges as a possible candidate,
because many studies have demonstrated its stimulating activity on the humoral and
cellular immune system. As studies have shown adjuvant activity in inactivated and
monovalent vaccines, but there are no reports on its action on multiple and
attenuated vaccines, this study aimed at evaluating the immunomodulatory capacity
of ethanolic extract of green propolis and aqueous extract of brown propolis, against
attenuate parvovirus canine (CPV) and inactivated canine coronavirus (CCoV), when
associated with a vaccine composed of multiple antigens. Green propolis stimulated
the production of antibodies against CPV in animals inoculated with the highest
concentration of antigen (3.0 x106 TCID50) co-administered with 400 mg/dose of its
ethanolic extract. The addition of 400 mg/dose of aqueous extract of brown propolis
to different concentrations of commercial antigens (0.75, 1.5 e 3.0 x 106 TCID50)
increased the humoral immune response against CPV in all groups. Regarding
CCoV, green propolis showed no adjuvant activity. Already titration of the antibodies
showed an increase in animals inoculated with 1.5 and 3.0 x106 TCID50 of antigens
co-administered with aqueous extract of brown propolis. The cellular response was
assessed by the expression of messenger RNA (mRNA) for interferon gamma (INFı),
revealing that the green propolis showed no adjuvant activity, while the brown
propolis increased the production of this cytokine against CPV in animals inoculated
with 0.75 and 3.0 x106 TCID50 of antigens. The production of INF-ı specific to CCoV
revealed properties immunostimulating agent of green propolis in concentrations of
0.75 and 3.0 x106 TCID50 of antigens and of brown propolis at a dose of vaccine of
3.0 x106 TCID50. The results presented in this study demonstrated that the ethanol
extract of green propolis increased humoral response against CPV and cellular
response against CCoV.And the aqueous extract of brown propolis has adjuvant
activity on the humoral and cellular immune responses against the attenuated CPV
and inactivated CCoV, when incorporated into a multiple vaccine. The use of propolis may contribute to the effectiveness of multiple vaccines due its stimulating activity to
both the humoral and cellular immune responses, which justifies more research in
that area. / As vacinas com antígenos múltiplos têm representado um grande avanço na
imunização de animais de companhia e de produção, já que aliam economias de
tempo, custo, manejo e estresse. No entanto, a eficiência dessas vacinas tem sido
por vezes questionada e a escolha de um adjuvante adequado pode significar um
avanço nas imunizações múltiplas. Nesse contexto, a própolis, que vem chamando a
atenção de muitos pesquisadores devido as suas propriedades bioativas, surge
como uma possível candidata, pois muitas pesquisas vêm demonstrando suas
atividades moduladoras sobre o sistema imune humoral e celular. Como estudos já
demonstraram atividade adjuvante em vacinas inativadas e monovalentes, mas
ainda não existem relatos sobre sua ação em vacinas múltiplas e atenuadas, o
objetivo desse trabalho foi avaliar a capacidade imunomoduladora de extratos
etanólico de própolis verde e aquoso de própolis marrom, contra o parvovírus canino
(CPV) atenuado e o coronavírus canino (CCoV) inativado, quando associados com
uma vacina composta por antígenos múltiplos. A própolis verde estimulou à
produção de anticorpos contra o CPV nos animais inoculados com a maior
concentração dos antígenos (3,0x106 TCID50) co-administrados com 400 μg de seu
extrato etanólico. A adição de 400 μg/dose de extrato aquoso de própolis marrom a
diferentes concentrações dos antígenos comerciais (0,75, 1,5 e 3,0 x 106 TCID50)
incrementou a resposta imune humoral contra o CPV em todos os grupos. Com
relação ao CCoV, a titulação dos anticorpos não revelou atividade adjuvante da
própolis verde, no entanto foi verificado aumento na resposta humoral nos animais
inoculados com 1,5 e 3,0x106 TCID50 dos antígenos co-administrados com extrato
aquoso de própolis marrom. A resposta celular foi avaliada pela expressão de RNA
mensageiro (mRNA) para interferon gamma (INF-ı), revelando que a própolis verde
não apresentou ação imunoestimulante, já a própolis marrom incrementou a
produção dessa citocina contra CPV nos animais inoculados com 0,75 e 3,0x106
TCID50 dos antígenos. A produção de INF-ı específico para CCoV revelou
propriedade imunoestimulante da própolis verde nas concentrações de 0,75 e 3,0
x106 TCID50 dos antígenos e da própolis marrom na dose de vacina de 3,0x106
TCID50. Os resultados apresentados nesse estudo demonstraram que o extrato
etanólico de própolis verde incrementou a resposta humoral contra o CPV e a celular
contra o CCoV. Já o extrato aquoso de própolis marrom apresentou atividade
adjuvante sobre as respostas imunes humoral e celular, contra o CPV atenuado e o CCoV inativado, quando incorporado a uma vacina múltipla. O uso da própolis pode
contribuir para a eficácia de vacinas múltiplas devido à atividade estimulante tanto
sobre a resposta imune humoral como celular, justificando mais pesquisas nessa
área.
|
215 |
Avaliação da capacidade imunomoduladora de extratos de própolis verde em animais vacinados com herpesvírus suíno tipo 1 (SuHV-1) ou herpesvírus bovino tipo 5 (BoHV -5) / Evaluation of the immunomodulator activity of green propolis extract in animals vaccinated with swine herpesvirus type 1 (SuHV-1) or bovine herpesvirus type 5 (BoHV-5)Fischer, Geferson 28 February 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2014-08-20T13:32:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1
tese_geferson_fischer.pdf: 1176305 bytes, checksum: aba1e55bca9c3b0b1e42000394239602 (MD5)
Previous issue date: 2007-02-28 / Vaccine formulation often requires the use of adjuvants which enhance or potentiate
humoral and/or cellular responses. Nowadays, many vaccines are formulated with
substances such as aluminum hydroxide or oily emulsions, specific for veterinary
use. However, the interest on the evaluation of natural substances with adjuvant
potential like plant extracts has grown. Propolis produced by honey bees from
exudates collected from plants has call the attention of researchers due to several
bioactive properties reported, such as antiviral, antiinflamatory and antitumoral
action. In addition, although the mechanism of action remains unknown, propolis
presents activity on the immune system. The aim of this study was to evaluate the
immunomodulator activity of an ethanolic extract of Brazilian green propolis, when
used as adjuvant in inactivated vaccines against swine herpesvirus type 1 (SuHV-1)
or bovine herpesvirus type 5 (BoHV-5). The addition of 5 mg/dose of the extract to a
vaccine with aluminum hydroxide against SuHV-1 increased the humoral immune
response of mice, when compared to the same vaccine without propolis (P<0,01).
This effect was more evident when the vaccine was diluted (1:4 and 1:8). The raise in
neutralizing antibodies titer, expressed in log2, went from 3 to 4.48 and 2.18 to 4.48,
respectively, suggesting that the smaller the antigenic mass or less immunogenic the
antigen, more pronounced is the adjuvant effect of propolis. When propolis was used
on its own with the antigen, an increase in the titer of neutralizing antibodies
determined by seroneutralization was not observed. Besides increasing the humoral
immune response, the use of propolis also increased the cellular response,
increasing mRNA synthesis of IFN-? in mice splenocytes, measured by RT-PCR.
This increase was also observed in the group of animals immunized only with antigen
and propolis, unlike the effect observed on the humoral response. The adjuvant
effect of propolis was also demonstrated when mice were challenged with 31.6 lethal
doses of SuHV-1, 21 days after the second inoculation. The addition of propolis to
the vaccine with aluminum hydroxide increased the percentage of protected animals,
especially in the higher dilutions, comparing to the vaccine without propolis. Similar
result was observed in the group of animals vaccinated only with propolis and
antigen. The association of 40 mg/dose of ethanolic extract of green propolis to the
oily vaccine against BoHV-5 increased titer of bovine neutrali zing antibodies
(P<0,01), when compared to a vaccine without propolis. Thirty days after the second
dose the titer went from 35 to 54, and after the third dose it increased from 43 to 67.
In addition, there was an increase in the percentage of animals with titer above 32.
The inclusion of 20 mg/dose of the extract did not alter the humoral response. The chromatographic analysis of propolis by HPLC showed high levels of phenolic
compounds as artepillin C and cynamic acid derived, which may be the main
substances with action on the immunologic system. Therefore, green propolis
ethanolic extract acted as an adjuvant substance, increasing humoral and cellular
immune responses in mice and humoral response in bovines, improving the
efficiency of experimental vaccines. / A formulação de vacinas frequentemente requer o uso de adjuvantes que prolongam
ou potencializam as respostas imunes humoral e/ou celular. Atualmente, muitas
vacinas são formuladas a partir de substâncias como o hidróxido de alumínio ou
emulsões oleosas, específicas para uso veterinário. Contudo, tem sido crescente o
interesse pela avaliação de substâncias naturais com potencial adjuvante, como os
extratos derivados de plantas. A própolis, produzida pelas abelhas a partir de
exsudatos coletados de plantas, tem despertado o interesse de pesquisadores em
função das inúmeras propriedades bioativas relatadas, como ação antiviral,
antiinflamatória e antitumoral. Além disso, apesar de desconhecidos muitos dos
mecanismos de ação, a própolis apresenta atividade sobre o sistema imune. O
objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade imunomoduladora de um extrato
etanólico da própolis verde brasileira, quando utilizado como adjuvante em vacinas
inativadas contra o herpesvírus suíno tipo 1 (SuHV-1) ou herpesvírus bovino tipo 5
(BoHV-5). A adição de 5 mg/dose do extrato a uma vacina com hidróxido de
alumínio contra o SuHV-1 incrementou a resposta imune humoral de camundongos,
quando comparado com a mesma vacina sem própolis (P<0,01). Este efeito foi mais
evidente quando a vacina foi diluída (1:4 e 1:8), podendo-se observar um aumento
no título de anticorpos neutralizantes, expresso em log2, que passou de 3 para 4,48
e de 2,18 para 4,48, respectivamente, sugerindo que quanto menor a massa
antigênica ou menos imunogênico o antígeno, mais pronunciado é o efeito adjuvante
da própolis. Quando a própolis foi utilizada isoladamente com o antígeno, não foi
observado aumento no título de anticorpos neutralizantes, determinado por
soroneutralização. Além de incrementar a resposta imune humoral, o uso da própolis
também aumentou a resposta celular, elevando a síntese de mRNA de IFN-? nos
esplenócitos dos camundongos, mensurada pela técnica de RT-PCR. Este aumento
foi observado inclusive no grupo de animais imunizados somente com antígeno e
própolis, contrariando os resultados da resposta humoral. O efeito adjuvante da
própolis foi evidenciado também quando camundongos foram desafiados com 31,6
doses letais do SuHV-1, 21 após a segunda inoculação. A adição da própolis à
vacina com hidróxido de alumínio aumentou o percentual de animais protegidos,
especialmente nas maiores diluições, em comparação à vacina sem própolis.
Resultado semelhante foi observado no grupo de animas vacinados somente com
própolis e antígeno. A associação de 40 mg/dose do extrato etanólico de própolis
verde à vacina oleosa contra BoHV-5 aumentou o título de anticorpos neutralizantes
de bovinos (P<0,01), quando comparado à vacina sem própolis. Trinta dias após a segunda vacinação, o título passou de 35 para 54 e aumentou de 43 para 67, trinta
dias após a terceira vacinação. Além disso, houve aumento no percentual de
animais com títulos elevados, acima de 32. A inclusão de 20 mg/dose do extrato não
alterou a resposta humoral. A análise cromatográfica da própolis por HPLC revelou
altos níveis de compostos fenólicos como o artepillin C e derivados do ácido
cinâmico, que podem ter sido as principais substâncias com ação sobre o sistema
imunológico. Portanto, o extrato etanólico de própolis verde atuou como uma
substância adjuvante, incrementando as respostas imunes humoral e celular em
camundongos e humoral em bovinos, melhorando a eficiência das vacinas
experimentais.
|
216 |
Caractérisation d'une chaîne lourde de kinésine et de son rôle immunomodulateur chez Trypanosoma bruceiDe Muylder, Géraldine 13 October 2008 (has links)
Le Trypanosome africain, dont Trypanosoma brucei est le prototype, est un parasite sévissant en Afrique sub-tropicale. Il est responsable de la maladie du sommeil chez l’Homme et de diverses affections chez les animaux tant sauvages que domestiques.<p><p>T. brucei est un parasite extracellulaire qui se développe dans le sang de son hôte mammifère. Il est donc confronté en permanence au système immunitaire de l’hôte et a en conséquence, afin de générer un environnement plus favorable à sa croissance, établit différents mécanismes d’échappement tels que la variation antigénique ou l’immunomodulation. <p><p>Dans ce contexte, il a été montré que T.brucei libère des facteurs capables d’induire la voie arginase des macrophages. Cette induction peut favoriser la croissance des trypanosomes dans le sang de leur hôte de diverses manières. Premièrement, l’arginase participe à la synthèse de composés tels que les polyamines ou la trypanothione, facteurs de croissance des cellules. Deuxièmement, l’arginase partage le même substrat que la NO synthase inductible (iNOS), ces deux enzymes sont donc en compétition et l’activation de l’arginase pourrait contribuer à diminuer la quantité de NO, composé cytostatique et cytotoxique, produit par les macrophages en limitant le substrat disponible pour l’iNOS. Troisièmement, la déplétion du milieu en arginine suite à l’activation de l’arginase inhibe la prolifération de cellules du système immunitaire dont les lymphocytes T.<p><p>Nous avons identifié une chaîne lourde de kinésine chez T.brucei, TbKHC1 (Trypanosoma brucei Kinesin Heavy Chain 1), appartenant à la superfamille des kinésines, comme un candidat potentiellement capable d’induire la voie arginase des macrophages. TbKHC1 est principalement exprimée au stade sanguicole du parasite et est localisée au niveau de la région endo-exocytaire. Dans un modèle d’infection murin, une invalidation de l’expression de TbKHC1 (par ARN interférence ou par knock-out) conduit à une diminution du premier pic de parasitémie et à une prolongation de la survie des souris infectées. Nous avons montré que TbKHC1 joue un rôle dans l’interaction hôte/parasite à deux niveaux indépendants :premièrement, l’induction de la voie arginase des macrophages par TbKHC1 en début d’infection favorise la croissance du parasite et son établissement au sein de son hôte. Deuxièmement, elle joue un rôle dans l’induction de la pathologie liée à l’infection. <p> / Doctorat en Sciences / info:eu-repo/semantics/nonPublished
|
217 |
Inflammation aiguë pulmonaire en réanimation : développement d'axes diagnostiques, préventifs et de thérapies immunomodulatrices / Acute pulmonary inflammation in intensive care unit : research development in diagnosis, prevention and immunomodulatory therapiesMonsel, Antoine 26 September 2016 (has links)
Les deux formes d'inflammation pulmonaire en réanimation sont la pneumonie et le syndrome de détresse respiratoire aiguë (SDRA). Nous avons conçu un test diagnostique rapide basé sur l'autofluorescence des neutrophiles alvéolaires. S'appuyant sur une étude expérimentale, puis sur une étude clinique randomisée, nous avons montré que les sondes d'intubation avec ballonnets coniques diminuaient les micro-inhalations sans prévenir l'incidence des pneumonies post-opératoire. Une grande variabilité des pressions des ballonnets coniques pose la question de leur effet délétère. La thérapie cellulaire basée sur les cellules souches mésenchymateuses (CSM) est prometteuse. L'étude des effets thérapeutiques des vésicules extracellulaires issues de CSM (VE-CSM) constitue un nouvel axe de recherche. Dans 2 modèles murins de SDRA, puis dans un modèle de poumons humains ex vivo, nous avons démontré des effets thérapeutiques des VE-CSM. Nous avons ensuite étudié les lymphocytes T régulateurs (Treg) pulmonaires et systémiques dans le SDRA. Cette étude a montré un déficit quantitatif plutôt que fonctionnel de la population Treg pulmonaire dans le SDRA, avec une cinétique évoquant un recrutement des Treg circulants vers le compartiment pulmonaire au cours de la maladie. En conclusion, nos travaux ont développé de nouvelles stratégies diagnostiques et préventives des pneumonies de réanimation, afin de réduire leur impact en termes de morbi-mortalité. Les bénéfices thérapeutiques des CSM et des VE-CSM dans le SDRA expérimental, ainsi que l'altération du phénotype Treg observé chez nos patients, ouvrent de nouveaux champs de recherche vers le développement d'immunothérapies innovantes. / Pneumonia and acute respiratory distress syndrome (ARDS) are two facets of severe acute lunginflammation, often met in intensive care unit (ICU). Rapid diagnosis of pneumonia remains essential inorder to optimize their management. We worked on setting up a quick test diagnosis based on theintensity of alveolar neutrophils autofluorescence. The validation of this test in a multicenter cohort isunderway. Preventing microaspiration across the cuff remains a priority to prevent pneumonia inmechanically ventilated patients. Based on the results of an ex vivo study followed by a clinicalrandomized trial, we showed that tapered-cuff endotracheal tube prevented microaspiration in the exvivo model, without lowering intraoperative microaspirations and postoperative pneumonia rate aftermajor vascular surgery. Both studies yielded similar results concerning the higher variation of cuffpressureover time, which leads to the question of their safety of use in terms of potential resultingtracheal wall ischemia.Pneumonia represents 80% of the cause of ARDS, which can be viewed as lung uncontrolledinflammatory response. Cell-based therapy using mesenchymal stem cells (MSC) is a growing field ofresearch in ARDS therapy. Despite numerous beneficial effects in ARDS, their capacity of self-renewalpoints them out as a potential cancer inducer in the mid-long term. In this context, evaluating thetherapeutic effects of extracellular vesicles-released from MSC (EV-MSC) represents a novel approach.We showed therapeutic effects of EC-CSM in two murine model of ARDS induced by endotoxin or liveEscherichia coli bacteria, and in another ex vivo human lung preparation.We then focused our research on temporal and compartmental dynamics of regulatory T cells(Treg) phenotypes in ARDS patients. This prospective observational clinical study showed that Early ARDSwas characterized with an alveolar compartment fully polarized towards pro-inflammatory state andneutrophils chemotaxis. In lung compartment, and compared to control patients, ARDS patients showeda quantitative Tregs deficiency, which partially recovered over time, while activation markers wereoverexpressed in both Tregs and effectors T cells (Teff). Conversely, patients with ARDS had a higherproportion of systemic Tregs compared to controls. Significant increased proportion in circulating Th1,Th22, and ILC1 subsets, and decreased proportion in ILC3 subsets were also found in ARDS patientscompared to controls.In conclusion, we developed novel strategies to diagnose and prevent pneumonia in ICU, whichremains essential to improve patients’ outcomes. Therapeutic effects of MSC and EV-MSC, as well asTreg phenotype alterations pave the way for development of novel immunoregulatory therapies.
|
218 |
Avaliação da atividade imunomoduladora de \'Alternanthera tenella\' Colla e investigação de ações do extrato aquoso em modelo de artrite experimental / Evaluation of the immunomodulatory activity of Alternanthera tenella Colla. Effects of the aqueous extract investigated in an experimental arthritis modelCarla de Agostino Biella 15 June 2007 (has links)
Plantas do gênero Alternanthera (Amaranthaceae) vêm sendo estudadas por suas propriedades antiparasitária, antibacteriana e antiviral. No Brasil a planta Alternanthera tenella Colla, objeto de nossa investigação, é utilizada na medicina popular por possuir atividade antiinflamatória. Considerando a importância do sistema imunológico em infecções e em doenças auto-imunes sistêmicas que apresentam intensa reação inflamatória, o objetivo do atual estudo foi investigar a ação imunomoduladora de extratos de A. tenella no sistema imune de camundongos BALB/c e sua atividade em modelo de artrite experimental induzida pelo óleo mineral pristane (2,6,10,14-tetrametilpentadecano) em camundongos AIRmax, obtidos por seleção genética para reação inflamatória aguda máxima. Extratos brutos orgânicos (etanólico e hexânico), aquosos, frações e flavonóides foram inoculados via intraperitoneal em camundongos BALB/c imunizados ou não com eritrócitos de carneiro (EC). Efeitos imunomoduladores e imunotóxicos foram avaliados através da determinação do peso corporal e dos órgãos linfóides, celularidade do baço e de ensaios funcionais como enumeração de células formadoras de placas (PFC, plaque forming cells), produção de anticorpos anti-EC e edema de pata induzido por carragenina. Posteriormente foram avaliados os efeitos dos extratos aquosos nas subpopulações de linfócitos esplênicos (CD3, CD4, CD8 e CD19), na expressão de marcadores de ativação de linfócitos (CD25, CD40, CD45RB e CD69) e na indução de apoptose nessas células. Os extratos avaliados não induziram alterações no peso dos animais e dos órgãos (baço, timo e fígado) após 4 e 14 dias. Animais imunizados com EC e tratados com o flavonóide 2-O--L-ramnopiranosilvitexina (15 mg/kg), isolado de extrato bruto etanólico (E) ou com o extrato aquoso extraído a frio (AF - 100 mg/kg) apresentaram aumento significativo (p<0,05) no número de PFC anti-EC em comparação aos controles. Os extratos E e AF induziram aumento no título de anticorpos circulantes anti-EC das classes IgG e IgM. Estes resultados sugerem atividade imunoestimulante. Ambos os extratos aquosos, AF e extraído a quente (AQ), apresentaram atividade antiinflamatória no edema de pata induzido por carragenina, principalmente AF que demonstrou efeito dose-dependente (50% e 61% de inibição do edema nas doses de 200 mg/kg e 400 mg/kg, respectivamente). Estes extratos em camundongos BALB/c normais não induziram apoptose, alterações nas subpopulações de linfócitos e não modificaram a expressão de marcadores de ativação em linfócitos T e B. Com base nestes resultados, o extrato AF foi selecionado para utilização nos experimentos em camundongos AIRmax, para investigação de suas possíveis atividades moduladora e/ou terapêutica na artrite induzida por pristane. Os animais que foram tratados com seis doses de 200 mg/kg do extrato AF antes das injeções do pristane (G1, n=15) apresentaram menor incidência de artrite em comparação ao grupo controle positivo, composto por animais que receberam apenas pristane (G4, n=15) (54,5% e 70%, respectivamente). A porcentagem de animais que apresentaram deformidade nas articulações, também foi menor no grupo G1 (18,2%) em comparação ao G4 (30%). Os animais que receberam apenas o extrato (G3, n=14) não apresentaram artrite. Adicionalmente, AF conferiu atividade protetora ao desenvolvimento de ascite, processo inflamatório que também pode ser induzido pelo óleo mineral. As taxas de incidência de ascite nos animais tratados previamente (G1) bem como nos animais tratados após (G2, n=16) as injeções de pristane foram menores do que a do grupo controle positivo (G1=18,2%, G2=6,7% e G4= 50%). Ressalta-se que os índices de sobrevivência nos grupos de animais que receberam o extrato foram superiores ao grupo controle positivo (G1= 86,7%; G2= 93,7%; G4= 60,0%). A taxa de sobrevivência do grupo G3 foi de 100% ao final do experimento. Esses efeitos moduladores do extrato no processo da artrite parecem não ser dependentes da modulação de marcadores de ativação de linfócitos T, nem de alterações nas subpopulações dessas células (CD4+, CD8+, T regulatórias). Tampouco dependeram da indução de apoptose nos linfócitos esplênicos, conforme avaliado pelas técnicas da anexina V e análise da fragmentação de DNA. Entretanto, aumentos na porcentagem de células B/CD69+ sugerem possível participação destas células no processo de modulação da doença. Analisados conjuntamente, os resultados apresentados sugerem que alguns dos produtos vegetais avaliados podem modular a função de linfócitos B, além de apresentarem importante atividade antiinflamatória em edema de pata induzido por carragenina. Adicionalmente, o extrato AF apresentou ação moduladora na artrite induzida por pristane. Esses resultados fornecem subsídios para o entendimento das atividades biológicas da Alternanthera tenella e para a validação científica do seu uso popular / Antiparasitic, antibacterial and antiviral activities in plants of the Alternanthera genus (Amaranthaceae) have been studied. In Brasil, Alternanthera tenella Colla are used in popular medicine as an anti-inflammatory agent. Considering the importance of the immune system in infectious and systemic autoimmune diseases showing intense inflammatory reaction, the objective of this study was to investigate the immunomodulatory activity of A. tenella extracts in BALB/c mice. The plant extracts were also tested in a mineral pristane oil (2,6,10,14-tetramethylpentadecane) induced arthritis model in AIRmax mice, genetically selected for maximal acute inflammatory reactions. Organic solvent crude extracts (ethanol and hexane), aqueous fractions and isolated flavonoids were intraperitoneally inoculated in BALB/c mice immunized or not with sheep red blood cells (SRBC). Immunomodulatory and immunotoxic effects were evaluated by determining body and lymphoid organ weights, splenic cellularity and through functional assays like plaque-forming cells (PFC), antibody anti-SRBC production and carrageenan-induced paw edema. The effects of aqueous extracts on splenic lymphocyte subtypes (CD3, CD4, CD8 and CD19) and apoptosis detection in these cells were further evaluated. The extracts tested did not induce changes in body and organ (spleen, thymus and liver) weights 4 and 14 days after administration. PFC numbers were significantly increased (p<0,05) in SRBC immunized animals treated with 15mg/kg 2-O--L-ramnopiranosilvitexina, a flavonoid isolated from the etanolic (E) crude extract or with the cold aqueous extract (CAE 100 mg/kg) when compared to the controls. The E and CAE extracts induced increased anti-SRBC IgG and IgM circulating antibody titers, suggesting immunostimulatory activity. Aqueous extracts, CAE and hot aqueous extract (HAE), had significant anti-inflammatory activity in the carrageenan paw edema, especially CAE, which showed a dose-related effect (50% and 61% edema inhibition in dosages of 200 mg/kg and 400 mg/kg, respectively). In normal BALB/c mice the extracts did not induce apoptosis or changes in lymphocyte subtypes and T and B activation markers. Based on these results, CAE was selected for tests of modulatory and /or therapeutic activity in a model of pristane induced arthritis in AIRmax mice. Animals (G1, n=15) treated with six doses of CAE (200 mg/kg) before pristane injections showed smaller arthritis incidence when compared to the control positive group receiving pristane only (G4, n=15) (54,4% and 70%, respectively). Percentage of animals showing joint deformities was smaller in G1 (18,2%) in comparison to G4 (30%). The animals receiving extract only (G3, n=14) did not show signs of arthritis. In addition, CAE showed protective activity against ascites development, an inflammatory process that may be induced by the mineral oil. The arthritis incidence index, both in CAE previously treated animals (G1) and in animals treated after pristane injections (G2, n=16), was smaller than in the positive control group (G1=18,2% and G2=6,7% x G4= 50%). It is noteworthy that extract- treated animals, in both groups, also had a higher survival index when compared to the positive control group (G1= 81,9% and G2= 90,8% x G4= 40,2%). The survival index in the G3 group was 100% up to the end of the experiments. The extract modulatory effects in arthritis do not seem to be dependent on the modulation of T lymphocyte activation markers, or on changes in T cells subtypes (CD4+, CD8+, regulatory T cells). Also, they did not depend on apoptosis induction in splenic lymphocytes as evaluated by annexin V and analysis of DNA degradation techniques. However, the percentage increase of B/CD69+ cells suggest their participation in the modulatory process. Together, the results suggest that some of the evaluated plant-derived products may modulate B lymphocyte functions, besides showing important anti-inflammatory activity in carrageenan paw edema. In addition, CAE showed modulatory action in pristane induced arthritis. These results contribute to the understanding of Alternanthera tenella biological activities and provide scientific validation to its popular use.
|
219 |
Investigação de efeitos imunomoduladores de veneno bruto de Tityus serrulatus sobre funções de linfócitos T humanos / Investigation of the immunomodulatory effects of crude venom of Tityus serrulatus on human T lymphocytes functionsAndrea Casella Martins 03 February 2012 (has links)
Escorpiões da família Buthidae estão envolvidos na maioria dos envenenamentos em todo o mundo. Tityus é um dos gêneros dessa família, sendo Tityus serrulatus a espécie mais perigosa, por estar envolvida em envenenamentos graves, nos quais as vítimas são crianças, podendo levar a óbito. As manifestações da picada incluem dor local, hipersensibilidade, hipertensão, manifestações cardiovasculares e edema pulmonar. A peçonha do T. serrulatus contem, entre outros componentes, várias toxinas que atuam em canais de K+, Na+ e Ca2+ e que são responsáveis pelos efeitos tóxicos do veneno. Estudos recentes mostraram que a peçonha de T. serrulatus pode ativar macrófagos que são críticos na resposta imune e desempenham papel fundamental na resposta humoral e celular. Entretanto, pouco se conhece sobre os efeitos diretos dessas peçonhas sobre linfócitos humanos. Considerando que a modulação de funções celulares como proliferação, ativação e produção de citocinas pode desempenhar papel importante em envenenamentos, o presente estudo propôs: a) avaliar o efeito citotóxico do veneno bruto de Tityus serrulatus (VTs) sobre células mononucleares do sangue periférico humano (PBMC); b) analisar o efeito do VTs sobre a modulação da expressão de marcadores fenotípicos (CD3, CD4, CD8 e CD19) e de marcadores de ativação celular, incluindo CD69, CD25 e HLA-DR em células T e B; c) avaliar o efeito do VTs sobre a proliferação de linfócitos T; d) avaliar a capacidade do VTs em modular a produção de citocinas pelas PBMC. Ensaios de citotoxicidade foram realizados pela técnica do MTT (3-(4,5-dimethyl-2-thiazolyl-2,5-diphenyl-2H-tetrazolium bromide) e mostraram que as concentrações de 500, 1000 e 2000 ?g/mL do VTs apresentaram citotoxicidade baixa a moderada para PBMC (12,7, 22,2 e 23,7% de redução na viabilidade celular, respectivamente). Concentrações de 25, 50 e 100 ?g/mL não foram citotóxicas. Com base nesses ensaios, estas ultimas concentrações foram utilizadas nos ensaios subsequentes. A citometria de fluxo foi empregada para avaliação da proliferação celular, da expressão de marcadores fenotípicos e de ativação celular, bem como para a quantificação de citocinas nos sobrenadantes de culturas celulares. As concentrações utilizadas não induziram alterações significativas nas subpopulações de linfócitos e não modificaram a expressão de marcadores de ativação em linfócitos T CD4+, CD8+ e B, após 24h de cultivo. O ensaio de proliferação celular, utilizando marcação concomitante com diacetato carboxifluoresceína succinimidyl ester (CFSE) e anticorpos monoclonais contra marcadores fenotípicos e marcadores de ativação celular, permitiu que se avaliasse não só a proliferação, mas a discriminação das diferentes subpopulações celulares e o estado de ativação das mesmas após 96h de cultivo. Os resultados sugerem que o VTs inibe a proliferação de linfócitos estimulados com fitohemaglutinina (PHA), e em especial a porcentagem de linfócitos T CD8+CD25+ (linfócitos T citotóxicos ativados). O VTs não foi capaz de induzir proliferação celular. Em contraste, o VTs quando adicionado isoladamente à cultura de PBMC, nas concentrações de 50 e 100 ?g/mL, induziu a produção de IL-6 (p<0,05 e p<0,01, respectivamente), uma citocina pró-inflamatória que desempenha papeis importantes nas respostas imunes ii inata e adaptativa. A secreção aumentada de IL-6, portanto, não está vinculada a aumento na proliferação celular. A presença do VTs concomitantemente à PHA apresentou tendência para inibição da produção de citocinas por células estimuladas com a PHA, como IL-10, TNF e IFN-gama. Os resultados sugerem que o VTs é uma fonte potencial de substâncias com ações imunomoduladoras sobre linfócitos T humanos e estimulam novas investigações para o esclarecimento dos mecanismos de ação envolvidos, incluindo estudos que considerem a participação dos canais iônicos de linfócitos T nos fenômenos observados. Essas investigações, juntamente com a identificação dos componentes da peçonha, responsável pela atividades observadas, poderão contribuir para a descoberta de ferramentas para estudo dos mecanismos fisiopatológicos do envenenamento, bem como para a descoberta de novas alternativas de tratamento para doenças mediadas pelo sistema imune. / Scorpions of the Buthidae family are involved in most envenomations worldwide. Tityus is one of the genera of this family, being Tityus serrulatus the most dangerous species, because it is involved in severe envenomation, in which the victims are children and it can lead to death. The manifestations of scorpion sting are classified from mild to severe and its clinical signs include local pain, hypersensitivity, hypertension, cardiovascular manifestations and pulmonary edema. T. serrulatus venom contains, among other components, various toxins that act on K+, Na+ and Ca2+ channels, and are responsible for the toxic effects of the venom Recent studies showed that the venom of T. serrulatus (VTs) can activate macrophages that are critical to immune response and play a key role in the humoral and cellular response. However, little is known about the direct effects of these venoms on human lymphocytes. Considering that the modulation of cellular functions such as proliferation and induction of citokines production may play an important role in envenomation, the study proposed: a) to evaluate the cytotoxic effects of crude venom on peripheral blood mononuclear cells, b) to examine the effect of VTs on the modulation of expression of phenotypic markers (CD3, CD4, CD8 and CD19) and markers of cellular activation, including CD69, CD25 and HLA-DR on T and B cells c) to evaluate the VTs effect on the proliferation of T lymphocytes d) to evaluate the ability of VTs to modulate cytokine production by PBMC. Cytotoxicity assays were performed by the technique of MTT (3 - (4,5-dimethyl-2-thiazolyl-2,5-diphenyl-2Htetrazolium bromide) and showed that VTs concentrations of 500, 1000 and 2000 ?g/mL showed low to moderate cytotoxicity to PBMC (12.7, 22.2 and 23.7% reduction in cell viability, respectively). Concentrations of 25, 50 e 100 ?g/mL were not cytotoxic. Based on these tests, these concentrations were used in subsequent trials. Flow cytometry was used to assess cell proliferation, expression of phenotypic markers and cell activation, as well as for the quantification of cytokines in supernatants of cell cultures. The concentrations used did not induce significant changes in subpopulations of lymphocytes and did not modify the expression of activation markers on CD4+, CD8+ and B cells, after 24 hours of culture. The cellular proliferation assay, using simultaneously diacetate carboxyfluorescein succinimidyl ester (CFSE) and monoclonal antibodies against phenotypic markers and cell activation markers, allowed the evaluation not only of proliferation, but the discrimination of different cell subpopulations and activation state of the same after 96h of culture. The results suggest that VTs inhibits the proliferation of lymphocytes stimulated with phytohemagglutinin (PHA), and in particular the percentage of T lymphocytes CD8+ CD25+ (activated cytotoxic T lymphocytes). The VTs were not able to induce cell proliferation. In contrast, the VTs when added alone to the culture of PBMC at concentrations of 50 and 100 ?g/mL induced production of IL-6 (p <0.05 and p <0.01, respectively), a proinflammatory cytokine that plays important roles in innate and adaptive immune responses. The increased secretion of IL-6, therefore, is not linked to increased cell proliferation. The presence of VTs concurrently with PHA tended to inhibit cytokine production by cells stimulated with PHA, as IL-10, TNF and iv IFN-gamma.The results suggest that the VTs is a potential source of substances with immunomodulatory actions on human T lymphocytes and stimulate further research to elucidate the mechanisms of action involved, including studies to consider the participation of ion channels of T lymphocytes in the phenomena observed. These investigations, along with the identification of the components of the venom responsible for the observed activities may contribute to the discovery of tools to study the pathophysiological mechanisms involved in the envenomation as well as for the discovery of new treatment alternatives for diseases mediated by the immune system.
|
220 |
Modulação de eventos da imunidade humoral e celular por venenos brutos e componentes dos venenos de Bothrops jararacussu e Bothrops pirajai / Modulation of events of humoral and cellular immunity by crude venom and components of Bothrops jararacussu and Bothrops pirajaiLorena Rocha Ayres 23 August 2010 (has links)
Serpentes do gênero Bothrops são responsáveis por 90% dos acidentes ofídicos no Brasil. Seus venenos provocam efeitos locais em humanos e animais, como hemorragia, edema, dor e necrose, caracterizando uma resposta inflamatória, cujo mecanismo não está bem definido. Esses efeitos estão relacionados com a ação combinada de proteases, substâncias que induzem hemorragia e fosfolipases, bem como a liberação de mediadores endógenos gerados pelos venenos. Considerando que a ativação do sistema complemento (SC) e de funções celulares, como quimiotaxia, ativação, proliferação e citotoxicidade podem desempenhar papel importante nos processos inflamatórios e de lesão tecidual subsequentes ao envenenamento, o estudo propõe: a) investigar a capacidade dos venenos brutos de serpentes Bothrops jararacussu e Bothrops pirajai e das toxinas purificadas, serinoprotease de B. jararacussu (SPBj) e L-aminoácido oxidase de B. pirajai (LAAOBp), em modular a atividade do SC; b) avaliar a contribuição do efeito sobre o SC no recrutamento de leucócitos polimorfonucleares humanos (PMN); c) avaliar o potencial citotóxico direto dos venenos e toxinas sobre células mononucleares do sangue periférico humano (PBMC); d) analisar o efeito dos venenos sobre a modulação da expressão dos marcadores de ativação CD69, CD25 e HLA-DR em células T, B e natural killer (NK). Os resultados do ensaio de citotoxicidade mostraram que o veneno bruto de B. jararacussu foi citotóxico para PBMC apenas nas concentrações maiores, de 50 e 100g/mL, não apresentando citotoxicidade nas outras concentrações testadas. A serinoprotease apresentou baixa citotoxicidade para essas células, o que sugere a necessidade de maiores investigações quanto aos mecanismos que levam a essa morte celular. O aumento da viabilidade celular encontrado nas amostras incubadas com veneno bruto e LAAO de B. pirajai sugere possível indução de proliferação celular, que necessita de maiores estudos. Os resultados obtidos sugerem que os venenos brutos de B. jararacussu e B. pirajai são capazes de ativar o SC como observado nos ensaios cinéticos da VCVL e VA e de quimiotaxia de neutrófilos, onde ficou evidenciado que a migração celular foi devida a liberação dos fatores quimiotáticos do SC, C3a e C5a. e que suas respectivas toxinas, serinoprotease e LAAO apresentam efeitos moduladores sobre o SC humano, e estimulam investigações mais aprofundadas com a finalidade de se esclarecer os mecanismos de ação e identificar os componentes responsáveis pelos efeitos observados. Houve expressão aumentada de CD69, CD25 e HLA-DR nas células T CD4+ e CD8+, especialmente quando incubadas com veneno bruto de B. jararacussu e LAAO de B. pirajai, o que reflete ativação da resposta imune celular, e pode sugerir que este tipo de resposta desempenhe papel relevante na indução e/ou controle dos processos imunopatológicos decorrentes de envenenamentos por B. jararacussu e B. pirajai. Esta investigação visa fornecer subsídios para a possível utilização das toxinas para fins terapêuticos e como ferramentas para investigação dos mecanismos envolvidos nos processos fisiopatológicos que ocorrem em decorrência de picadas e também em outras doenças de caráter inflamatório. / Snakes of the genus Bothrops are responsible for 90% of snakebites in Brazil. Their venoms cause local effects in humans and animals, such as hemorrhage, edema, pain and necrosis, characteristic of an inflammatory response. The mechanism is not well defined. These effects are related to the combined action of proteases, substances that induce bleeding and phospholipases, as well as release of endogenous mediators generated by the venoms. Considering that activation of the complement system (CS) and cellular functions such as chemotaxis, activation, proliferation and cytotoxicity, may play a role in inflammatory processes and tissue injury following envenomation, the study proposes: a) to investigate the ability of crude venom of B. jararacussu and B. pirajai and the purified toxins, serineprotease of B. jararacussu and L-amino acid oxidase (LAAO) of B pirajai in modulating the activity of the CS, b) to assess the contribution of the effect on CS in the recruitment of human polymorphonuclear leukocytes (PMN), c) to assess the direct cytotoxic potential of venoms and toxins on human peripheral blood mononuclear cells (PBMC), d) to analyse the effect of venoms on the modulation of the expression of activation markers CD69, CD25 and HLA-DR on T, B and natural killer (NK) cells. The results of cytotoxicity assay showed that the crude venom of B. jararacussu was cytotoxic to PBMC only at higher concentrations, 50 and 100g/mL, showing no cytotoxicity in the other concentrations. The serineprotease showed low cytotoxicity to the cells, suggesting the need for further investigations about the mechanisms that lead to this cell death. The increase in cell viability found in samples incubated with crude venom of B. pirajai and LAAO suggests the possibility of induction of cell proliferation, which needs further study. The results suggest that the crude venom of B. jararacussu and B. pirajai are capable of activating the CS as observed in kinetic assays of classical pathwaylectin pathway and alternative pathway and neutrophil chemotaxis assay, where it was shown that cell migration was due to release of CS chemotactic factors, C3a and C5a, and that their respective toxins, serineprotease and LAAO have modulatory effects on human CS, and stimulate further research in order to clarify the mechanisms of action and identify the components responsible for the observed effects. There was increased expression of CD69, CD25 and HLA-DR on CD4+ and CD8+, especially when incubated with crude venom of B. jararacussu and LAAO of B. pirajai. It reflects activation of cellular immune response and may suggest that this type of response play an important role in the induction and/or control of immunopathological processes arising from envenomation by B. jararacussu and B. pirajai. This research aims to provide subsidies to the possible use of the toxin for therapeutic purposes and as tools for investigating mechanisms involved in pathophysiological processes that occur as a result of snakebites and also in other diseases of inflammatory nature.
|
Page generated in 0.1401 seconds