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A formação da pessoa nos pressupostos da tradição : educação indígena kaingang

Claudino, Zaqueu Key January 2013 (has links)
Esta dissertação busca se aproximar das concepções da educação indígena a partir da tradição Kaingang, relacionando-a com a educação escolarizada. O povo Kaingang, originário das regiões sul do Brasil e moradores contemporâneos nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e parte de São Paulo, depois de um intenso processo de colonização, muitos passaram a usufruir da educação escolar inserida pelo então SPI - Serviço de Proteção ao Índio, como por exemplo, na Terra Indígena Guarita. Este estudo se concentra nos saberes da tradição Kaingang, como ela é transmitida aos descendentes desta sociedade. O trabalho que aqui apresento, descreve partes da cosmologia, dos saberes da oralidade Kaingang e suas formas tradicionais de transmissão, na busca de compreender a interação dessas práticas com o entendimento de educação escolar indígena nas Terras Kaingang do Estado do Rio Grande do Sul. A partir do diálogo com sábios anciãos e das minhas aprendizagens como pessoa kaingang, pertencente a esse povo, descrevo parte desses saberes e de como ocorre essa interação, assinalando os conflitos e os processos de “tradução” e ressignificação de seus elementos rituais para o contexto escolar. O crescente número de Kaingang que vive nas aldeias e interage com o mundo não indígena suscita indagações quanto à transformação e readaptação de seus discursos referente aos estudos realizados nas escolas Kaingang. Esta pesquisa pretende explicitar como é realizado esse movimento e as formas de afirmação identitária e de conquistas políticas, principalmente no campo da educação indígena e educação escolarizada desenvolvida pelo Estado brasileiro, em suas diferentes esferas. / Esta tesis pretende acercarse a los conceptos de educación indígena de tradición Kaingang, vinculándola a la educación escolar. El pueblo Kaingang, originarios de las regiones del sur de Brasil y habitantes actualmente en los estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná y São Paulo, después de un intenso proceso de colonización, muchos vinieron a disfrutar de la educación escolar introducida entonces por SPI - Servicio de Protección del Indígena, por ejemplo, en la Reserva Garita Tierra Indígena. Este estudio enfoca los conocimientos tradicionales de la cultura Kaingang y la forma en que se transmite a los descendientes de esta sociedad. El trabajo que aquí se presenta describe algunas partes de la cosmología, el conocimiento de los Kaingang desde su oralidad y las formas tradicionales de transmisión de estos conocimientos, intentando así entender la interacción de estas prácticas en el entendimiento de la educación indígena en las tierras kaingang del Estado de Rio Grande do Sul. Al apuntar el diálogo con los sabios y ancianos, además de mis aprendizajes personales como parte del pueblo Kaingang, por ser heredero de este pueblo, este trabajo procura describir parte de este conocimiento y cómo se produce esta interacción, lo que indica el conflicto y los procesos de "traducción" y redefinición de sus elementos rituales para el contexto escolar. El creciente número de la gente Kaingang que vive en los pueblos e interactúa con el mundo no indígena plantea preguntas acerca de la transformación y modernización de sus discursos en lo que se refiere a los estudios en las escuelas kaingang. Esta investigación pretende aclarar cómo se realiza este movimiento y las formas de afirmación de la identidad y los logros políticos, especialmente en el campo de la educación indígena y la educación escolar desarrollado por el Estado brasileño, en sus diferentes ámbitos.
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Experiências interculturais : estudantes kaingang numa escola não indígena

Dickel, Kátia Simone Müller January 2013 (has links)
A lógica ocidental de escola e de educação difere da lógica dos povos indígenas, começando pelas suas organizações e a vida cotidiana em suas comunidades. Essa diferença me mobilizou na realização desse estudo que se refere a possíveis (des)encontros entre estudantes Kaingang e a comunidade de uma escola estadual não indígena, situada na cidade de São Leopoldo, Rio Grande do Sul. A questão principal da pesquisa é compreender como ocorre esta convivência e em que medida ela expressa relações de interculturalidade. As observações, que constituíram o núcleo central da pesquisa empírica, foram realizadas numa disposição que Maffesoli (1999), chama de “estar-junto”. A perspectiva etnográfica usada para conhecer as duas comunidades escolares, permitiu-me enxergar o inter da relação, os conflitos, os (des)encontros, as experiências interculturais e as potências que se fazem presentes na vida cotidiana dos sujeitos que participam dessa comunidade escolar ocidental. Para ancorar essa disposição teórico-metodológica, utilizei o diário de campo, entrevistas dialogadas e coletivas, bem como o registro de depoimentos. Teoricamente, o presente estudo está ancorado em autores que tratam da educação indígena, de interculturalidade e de pesquisas realizadas em escolas não indígenas, como por exemplo, Bergamaschi (2005), Canclini (2007) e Bedin (2006). Os resultados evidenciam que a grande parte dos professores da escola não indígena se aproxima dos estudantes Kaingang a partir do exótico. A relação conflituosa e as idealizações também aparecem forte, mas surgem surpresas: a aceitação das diferenças entre os estudantes, que abrem possibilidades para uma relação intercultural. Além de mostrar como estão convivendo as pessoas Kaingang dentro dessa escola, também foi suscitada a discussões acerca dessa presença, com a finalidade de buscar caminhos para a aceitação das diferenças. / La lógica occidental de escuela y la educación difiere de la lógica de los pueblos indígenas, desde su organización y de su vida cotidiana en sus comunidades. Esta diferencia me incitó a la realización de este estudio que se refiere a los posibles (des) encuentros entre los estudiantes Kaigang y una comunidad de una escuela estatal no indígena, ubicada en la ciudad São Leopoldo, Rio Grande do Sul. La cuestión principal de esta investigación es entender como se produce esta convivencia y cómo ella expresa las relaciones interculturales. Las observaciones, que constituirán el núcleo central de la pesquisa empírica se obtuvieron en una disposición que Maffesoli (1999) llama "estar junto". La perspectiva etnográfica utilizada para conocer las dos comunidades escolares, me permitió ver lo inter de la relación, los conflictos, los (des)encuentros, las experiencias interculturales y las potencias que están presentes en la vida cotidiana de las personas que participan en la comunidad escolar occidental. Para anclar esa disposición teórica-metodológica, fue utilizado el diario de campo, entrevista dialogada y colectiva, bien como registros de testimonios. Teóricamente, el presente estudio está ancorado en autores que se ocupan de la educación indígena, de interculturalidade, y de investigación realizadas en escuelas no indígenas como por ejemplo, Bergamaschi (2005), Canclini (2007) e Bedin (2006). Los resultados muestran que la mayoría de los maestros de las escuelas no indígenas se acercan de los estudiantes Kaingang através del exótico. La relación de confrontación, las idealizaciones también aparecen con fuerza. Sin embargo, hay las sorpresas: la aceptación de las diferencias entre los estudiantes que abren posibilidades para una relación intercultural. Además de mostrar cómo están conviviendo las personas Kaingang en esa escuela, también se planteó la discusión a cerca de esa presencia, con la finalidad de encontrar caminos para la aceptación de las diferencias.
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Escola kaingang : concepções cosmo-sócio-políticas e práticas cotidianas

Freitas, Maria Inês de January 2017 (has links)
Este trabalho, intitulado Escola Kaingang: Concepções Cosmo-sócio-políticas e Práticas Cotidianas, apresenta a dissertação de mestrado desenvolvida por uma pesquisadora indígena, cuja pesquisa principal foi realizada nas Escolas Indígenas Antonio Kasĩn Mĩg e Mũkẽj, da Terra Indígena Guarita – municípios de Redentora, RS e Tenente Portela, RS, respectivamente. A escolha dessas escolas para desenvolver a pesquisa de campo se deu a partir do conhecimento prévio da realidade e do sentimento de pertencimento étnico; mas, igualmente, foi movida pela preocupação de refletir sobre o tratamento dado aos valores e costumes da tradição Kaingang, nas práticas escolares que caracterizam e qualificam a escola como indígena. A temática da educação escolar indígena tem sido tema de reflexões sistemáticas, e essa abordagem considera a problemática das especificidades culturais e linguísticas. A escola que foi imposta como um instrumento de dominação hoje se constitui com importância para a comunidade, como um instrumento de luta e de conquista de direitos, que são inalienáveis. A pesquisa foi desenvolvida através de aproximações, escuta sensível, entrevistas e diálogo, direcionados para as questões linguísticas e culturais. Para compreender o universo da educação foram realizadas observações no cotidiano escolar, estudos dos documentos que dão sustentação à estrutura escolar e a participação em um seminário sobre a cultura Kaingang. As reflexões dialógicas mostraram as possibilidades de interculturalidade no contexto pedagógico escolar. Porém, percebi também que se trata de um exercício desafiador, pois na estrutura colonialista do sistema escolar, onde estão inseridas as escolas indígenas, muitas vezes transcorre um conflito silencioso, devido ao trato desigual dado às culturas indígenas e à sociedade envolvente. A pesquisa foi fundamentada com os estudos sobre as concepções pedagógicas de Paulo Freire e sobre as línguas indígenas de Eunice Dias de Paula, Wilmar D’Angelis e Marcia Nascimento. Também traz a abordagem das concepções de aprendizagem e alfabetização num contexto bilíngue e a filosofia de autores indígenas. Nesse processo busquei evidenciar a importância da valorização das práticas culturais existentes nas escolas, na educação bilíngue e no cotidiano escolar, traçando um fio condutor do perfil do educador comprometido com a perspectiva da pedagogia da autonomia de Paulo Freire. Na trajetória de construção e compreensão do trato investigativo para busca de informações, foram realizadas entrevistas e diálogos com professores e lideranças da comunidade sobre a importância da língua e da cultura nos ensinamentos escolares. Observei que os professores e integrantes das comunidades indígenas possuem sentimentos e pensamentos unânimes sobre a necessidade de dispensar maior atenção às atividades linguísticas e culturais nas práticas educativas. Essa condição vai possibilitar que as escolas sejam indígenas, de fato e de direito. / Este trabajo titulado Escuela Kaingang Concepciones cosmo-socio-políticas e prácticas cotidianas, presenta la disertación de maestría desarrollado por una investigadora indígena, cuya investigación principal fue realizada en las Escuelas Indígenas Antonio Kasĩn Mĩg e Mũkẽj del territorio indígena de la Guarita, municipio de Redentora, RS y Tenente Portela, RS, respectivamente. La escogencia de estas escuelas para desarrollar la investigación de campo se dio a partir del conocimiento previo de la realidad y sentimiento de pertenencia étnica, pero igualmente, motivada por la preocupación de reflexionar sobre el tratamiento dado a los valores, las costumbres de la tradición Kaingang , en las prácticas escolares que caracterizan y cualifican a la escuela como indígena. La temática de la educación escolar indígena ha sido tema de reflexiones sistemáticas, y este abordaje considera la problemática de las especificidades culturales y lingüísticas. La escuela fue impuesta como un instrumento de dominación, hoy se constituye con importancia para la comunidad como un instrumento de lucha y de conquista de los derechos, que son inalienables. La investigación fue desarrollada a través de varias aproximaciones, escucha sensible, entrevistas y diálogo, direccionados para las cuestiones lingüísticas y culturales. Para comprender el universo de la educación, fueron realizadas observaciones en la cotidianidad escolar, estudio de los documentos que sustentan la estructura escolar y la participación en un seminario sobre cultura Kaigang. Las reflexiones dialógicas mostraron las posibilidades de interculturalidad en el contexto pedagógico escolar. Sin embargo, percibí también que se trata de un ejercicio desafiante, donde muchas veces transcurre un conflicto silencioso por el trato desigual dado a las culturas y de la sociedad que nos envuelve en la estructura colonialista del sistema escolar donde están insertas las escuelas indígenas. La investigación se fundamentó en los estudios de las concepciones pedagógicas de Paulo Freire sobre las lenguas indígenas de Eunice Dias de Paula, Wilmar D’Angelis y Marcia Nascimento. También trae el abordaje de las concepciones de aprendizaje y alfabetización en un contexto bilingüe y la filosofía de autores indígenas. En este proceso busqué evidenciar la importancia de valorizar las prácticas culturales existentes en las escuelas, en la educación bilingüe, y en el cotidiano escolar, trazando un hilo conductor del perfil del educador comprometido con la perspectiva de la Pedagogía de la Autonomía de Paulo Freire. En la trayectoria de construcción y comprensión del proceso investigativo para la búsqueda de la información, fueron realizadas entrevistas y diálogos con profesores y lideres de las comunidades sobre la importancia de la lengua y de la cultura en la enseñanza escolar. Observé que los profesores e integrantes de las comunidades indígenas, poseen sentimientos y pensamientos unánimes sobre la necesidad de prestar mayor atención a las actividades lingüísticas y culturales en las prácticas educativas. Esa condición va a posibilitar que las escuelas sean indígenas, de hecho y de derecho.
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Macedonia en el Amazonas : educación escolar indígena, interculturalidad en la frontera

Brito Alarcón, Charles Alexander January 2018 (has links)
O seguinte trabalho apresenta um projeto escolar indígena que transcorre no Amazonas, especificamente entre a fronteira da Colômbia, Peru e Brasil. Tem como objeto a instituição Francisco de Orellana, na qual reúne oito comunidades indígenas que são as da Macedônia, Porto Triunfo, Liberdade, Zaragoza, Vergel, Mocagua, Palmeras e San Martin de Amacayacu. Seu projeto educativo comunitário (PEC), instituído sobre a plataforma educativa do modelo de Educação Própria Colombiana (SEIP, 2013) aposta em uma escolaridade que equilibra os saberes próprios de sua indianidade e os saberes externos que derivam da modernidade. Posteriormente, é apresentado a partir da abordagem crítica de Fornet Betancourt (2004) e outros, a maneira singular em que os sujeitos (professores, estudantes e famílias) vivenciam tal escolaridade intercultural através de narrativas (míticas), práticas culturais (pesca, dança, artesanato) e didática que escapam ao padrão convencional. A primeira parte apresenta as circunstâncias em que a abordagem do problema está ganhando complexidade com base nos interesses do pesquisador e da comunidade educativa, nos quais se encontram claros como na questão da educação escolar indígena na Colômbia e no Departamento do Amazonas. Uma segunda parte conceitualmente enquadra a educação escolar indígena intercultural como opção descolonial do modelo convencional, visando essencialmente estabelecer uma ecologia dos saberes (BOAVENTURA DE SOUZA, 2010) que intermedia o estar sendo indígena (KUSCH, 1962) e a fagocitação, que é definida pela colonialidade (QUIJANO, 2000). Finalmente, a terceira parte relata o que foi vivenciado na Macedônia, a Reserva Indígena que abriga a sede principal de Francisco de Orellana, e que serviu de campo para a pesquisa no final de 2017. Metodologicamente, adotou-se uma abordagem etnográfica, semelhante à estrutura conceitual, do "Estar sendo" ou "estar sendo juntos" (BERGAMASCHI, 2005). A compilação do diário de campo, as quatro entrevistas (dos professores e outras pessoas da comunidade) e as respostas dadas pelos estudantes nos questionários são divididas em três seções analíticas: Solidão intercultural; O Ticuna, uma cultura intercultural; Francisco de Orellana, pedagogia intercultural. Do campo concluiu-se que, quando a interculturalidade serve apenas como substantivo (MATO, 2009) distensionando os requisitos do órgão regulador, a escola funciona como um enclave ocidental (GASCHÉ, 2008). E nos momentos em que os projetos e experiências da vivência própria do indígena empregam a escolaridade, ela se comporta como um enxerto (BERGAMASCHI, 2005). Estas experiências que se anunciam desde o estar sendo e no pensamento seminal, enriquecem o pensamento crítico das comunidades, propiciam o debate epistemológico ao mesmo tempo em que a crítica social. / El siguiente trabajo es sobre un proyecto escolar indígena que acontece en el Amazonas, concretamente en la frontera entre Colombia, Perú y Brasil. Tiene como objeto la Institución Francisco de Orellana la cual reúne ocho comunidades indígenas (Macedonia, Puerto Triunfo, La Libertad, Zaragoza, Vergel, Mocagua, Palmeras, San Martin de Amacayacu). Su proyecto educativo comunitario (PEC), montado sobre la plataforma educativa del modelo de Educación Propia colombiano (SEIP, 2013), apuesta por una escolaridad que equilibre los saberes propios de su indianía y los saberes ajenos que provee la modernidad. A lo extenso, se presenta desde el enfoque crítico de Fornet Betancourt (2004) y otros, la manera singular en que las personas (docentes, estudiantes y padres de familia) vivencian dicha escolaridad intercultural por medio de narrativas (míticas), prácticas culturales (la pesca, el baile, la artesanía) y didácticas que huyen del patrón convencional. La primera parte presenta las circunstancias en que el planteamiento del problema va ganando complejidad a partir de los intereses del pesquisador y de la comunidad educativa, los cuales se encuentran determinados por el asunto de la educación escolar indígena en Colombia y la del Departamento del Amazonas. Una segunda parte encuadra conceptualmente la educación escolar indígena intercultural como una opción decolonial del modelo convencional, volcado esencialmente, a establecer una ecología de saberes (BOAVENTURA DE SOUZA, 2010) que medie entre el estar siendo indígena (KUSCH, 1962) y la fagocitación de lo establecido por la colonialidad (QUIJANO, 2000). Finalmente, la tercera parte relata lo vivenciado en Macedonia, Resguardo Indígena que acoge la sede principal del Francisco de Orellana, y que sirvió de campo para la pesquisa a finales de 2017. Metodológicamente se optó por un abordaje etnográfico afín al encuadre conceptual, el del “estar juntos” o “estar siendo juntos” (BERGAMASCHI, 2005). Lo compilado en el Diario de campo, las cuatro entrevistas (dos profesores y dos adultos de la comunidad), y las respuestas dadas por los estudiantes en los cuestionarios, se desglosa en tres secciones analíticas: La soledad intercultural; Los Ticuna, una cultura intercultural; El Francisco de Orellana, pedagogía intercultural. Del campo se concluye que, cuando la interculturalidad sirve meramente como un sustantivo (MATO, 2009), distencionando de las exigencias del estamento regulador, la escolaridad funciona de enclave de occidente (GASCHÉ, 2008). Y en los momentos en que los proyectos y experiencias de la vivencia propia del indígena impregnan la escolaridad, ella se comporta como un injerto (Bergamaschi (2005). Estas experiencias, que se enuncian desde el estar siendo y el pensamiento seminal, enriquecen el pensamiento crítico de las comunidades, fungen de crítica epistemológica a la vez que de crítica social.
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naĩ´ãwee~ i nucuma´ü~ : Jogos autóctones ticunas na perspectiva dos povos indígenas da Região Amazônica Colombiana

Canon Buitrago, Edwin Alexander January 2015 (has links)
O jogo, como parte das manifestações da cultura corporal de movimento presente em qualquer sociedade, representa ideias e percepções estruturadas em decorrência das interações culturais estabelecidas ao longo do tempo. No caso das práticas corporais dos povos indígenas, essas interações culturais agregam um componente cosmológico que configura um tipo de manifestação pouco valorizada na sociedade contemporânea que pode ser caracterizada como autóctone. A partir dessa noção peculiar, a presente dissertação teve por objetivo compreender a especificidade dos jogos autóctones indígenas a partir dos significados atribuídos pelos povos de San Juan de Atacuari às manifestações corporais próprias do povo Ticuna, grupo étinco articulador naquela região, reconhecendo a existência dessa configuração relacionada ao jogo, ainda não abordada na literatura acadêmica específica da educação física. A pesquisa foi desenvolvida a partir de um delineamento descritivo com uma abordagem teórico-metodológica qualitativa realizada em três momentos: o primeiro, constituído por um mapeamento na produção do estado da arte entre o jogo desde o campo da educação física e a construção conceitual do autóctone desde a Antropologia; o segundo, uma descrição e localização do contexto no qual se desenvolve a pesquisa; e o terceiro, relacionado à trilha metodológica traçada para o desenvolvimento da investigação. A parte empírica do estudo foi desenvolvida na comunidade indígena de San Juan de Atacuari (Amazonas – Colômbia), entre os meses de fevereiro e abril de 2014, e contou com dezesseis colaboradores locais pertencentes aos povos Ticuna, Cocama e Yagua, escolhidos dentre aqueles que se encontravam posicionados por esta mesma comunidade no lugar de quem possuía certo tipo de conhecimento sobre a cultura local. A partir da análise de narrativas, captadas por meio da entrevista etnográfica, foi possível evidenciar a existência e a prática dos jogos autóctones indígenas naquela comunidade, bem como os múltiplos significados que este tipo de jogo representa para os diversos povos que habitam a região. Em conclusão, foi possível compreender que o jogo autóctone indígena, que na língua Ticuna é chamado de naĩ´ãwee~ i nucuma´ü~, não se resume à manifestação corporal original ou genuína de um povo específico, criação pura e indissolúvel; e sim se caracteriza por uma forma de expressão corporal da cultura ameríndia que presentifica a dimensão cosmológica no ato de jogar, por meio da interação entre seres mitológicos e seres da natureza pertencentes aos planos/mundos vertical e horizontal. / Game, a cultural manifestation of body culture present in all societies, represents ideas and perceptions structured as a result of cultural interactions established over time. In the case of indigenous peoples’ body practices, these cultural interactions include a cosmological component that is undervalued in contemporary society and may be characterized as autochthonous. Considering this perspective, this dissertation aims at understanding the specificity of autochthonous indigenous games through the meanings ascribed by the peoples of San Juan de Atacuari to the Ticuna’s – the articulating tribe of the region – body manifestations, recognizing the existence of these attributed meanings related to game, as of yet undeveloped in academic literature specific to Physical Education. The research’s theoretical-methodological qualitative method included three parts: the first one was an outline of sport from the perspective of the field of Physical Education and the conceptual construction of the autochthonous from the Anthropology viewpoint; the second part describes and locates the context in which the research is developed; and the third one is related to the methodology used for the investigation. The empirical part of the study was developed in the indigenous community of San Juan de Atacuari (Amazonas, Brazil — Colombia), between the months of February and April of 2014. It involved sixteen local collaborators belonging to the Ticuna, Cocama and Yagua peoples – individuals chosen among those seen by that community as possessing a specialized type of knowledge about the local culture. The method used was the analysis of narratives captured through ethnographic interviews, from which it was possible to show the existence and the practice of autochthonous indigenous games in the community and the multiple meanings that this kind of game represents for the several peoples that inhabit the region. In conclusion, it was possible to understand that the autochthonous indigenous game – called naĩ´ãwee~ i nucuma´ü~ in the Ticuna language – is more than an original or genuine body manifestation of a specific people or a pure and insoluble creation. Instead, it can be seen as a means of body expression from Amerindian culture that brings the cosmological dimension into the act of playing the sport by an interaction between mythological and natural beings belonging to the vertical and horizontal planes/worlds.
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Arquitetura Mbyá Guarani na Mata Atlântica do Rio Grande do Sul : estudo de caso do Tekoá Nhüu Porã / Mbyá-guarani architecture in the rain forest area of Rio Grande do Sul: case study in Tekoá Nhüu Porã

Prudente, Leticia Thurmann January 2007 (has links)
A arquitetura indígena é uma das mais importantes fontes de referência de construções realmente sustentáveis em diferentes aspectos: ambiental, social, cultural e econômico. Os povos indígenas seguem uma visão de mundo mais integral na relação entre homemnatureza e, assim, contribuem para a revisão de conceitos e princípios dos atuais paradigmas socioculturais da sociedade moderna envolvente. Os Mbyá-Guarani conservam fortemente sua cultura material com princípios que condizem com uma arquitetura sustentável, utilizando materiais, técnicas, sistemas e processos construtivos de baixo impacto ambiental. Nesse sentido, assim como outros povos indígenas, seguem lutando pela preservação dos ambientes naturais, espaços onde estão os elementos simbólicos e materiais necessários para a reprodução de sua cultura. Porém, são poucas referências e estudos sobre a arquitetura indígena, devido a pejorativos históricos que levaram à sua desvalorização. Além disto, há uma invisibilidade social de povos existentes ainda hoje, principalmente na região sul do Brasil. Esta pesquisa visa suprir essa lacuna acadêmica, abordando o universo da arquitetura do povo Mbyá-Guarani no Rio Grande do Sul, baseada no estudo de caso do Tekoá Nhüu Porã - terra indígena inserida em área de Mata Atlântica, localizado no município de Maquiné. Nesse local, há abundância de recursos naturais tradicionalmente empregados, onde os Mbyá desenvolveram uma tipologia arquitetônica singular no Estado, empregando o xaxim como material construtivo. Objetivo: caracterização da arquitetura Mbyá-Guarani, com base em princípios de sustentabilidade e em espaços sócio-ambientais apropriados. Metodologia: baseada no método etnográfico e dimensões de sustentabilidade, considerando princípios e conceitos etnológicos desse povo indígena. Resultados: contextualização físico-espacial da área habitacional; descrição da tipologia arquitetônica, por meio dos materiais, técnicas, sistemas e processo construtivo; e análise da sustentabilidade da tipologia construtiva. Espera-se que o reconhecimento da arquitetura Mbyá-Guarani contribua para políticas públicas mais adequadas às especificidades desse povo indígena, bem como amplie a discussão sobre comunidades sustentáveis através da compatibilização entre o saber acadêmico e do saber autóctone. / The indigenous architecture is one of the most important sources of reference for truly sustainable construction methods, which take account of such diverse criteria as environmental, social, cultural, and economical. The indigenous people have a more open minded vision of the world regarding the relationship between man and nature and therefore, provide an invaluable contribution to a review on the concepts and principles of the current social and cultural paradigm of the modern society. The Mbyá-Guarani robustly protect their material culture following principles that are relevant to a sustainable architecture utilizing materials, techniques, systems and building procedures of low environmental impact. In similar circumstances to other indigenous groups, they struggle to preserve these natural environments, areas where symbolic elements are crucial to the procreation of their culture. On the other hand, there are few references and research information concerning the indigenous architecture issue. This is mainly due to historical pejorative issues that have led to its devaluation as well as the social invisibility of the surviving indigenous peoples nowadays, especially in Southern Brazil. This research aims to contribute to this academic gap, by focusing specifically upon the architecture of the Mbyá-Guarani people in the State of Rio Grande do Sul. This is based on a case study in Tekoá Nhüu Porã, which is a native land inside the Rain Forest, located in the district of Maquiné. In this area there is a plentiful supply of natural and traditional resources and it is where the Mbyá-Guarani have developed a particular architectural style using the xaxim giant tree fern as the primary construction material. Objective: categorization of the Mbya-Guarani architecture based in sustainable principles in appropriate social and environmental areas. Methodology: based on the ethnographic method and on sustainability dimensions, regarding ethnologic principles and concepts of this indigenous people. Results: Define the relationship between the physical and spatial correlation of the living area and the description of the architectural style through the systems, techniques, materials and the building process as well as the analysis of the sustainability of this style. This will substantially reinforce the promotion of more appropriate public policies highlighting the needs of this indigenous group. Additionally, it will throw open the debate about sustainable communities by readdressing the balance between the knowledge based in the academic and autochthonous worlds.
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A Guerra do Chaco (1932-1935) : ocultação e participação indígena

Eltz, André Henrique 29 April 2014 (has links)
Submitted by Valquíria Barbieri (kikibarbi@hotmail.com) on 2017-09-26T20:08:20Z No. of bitstreams: 1 DISS_2014_André Henrique Eltz.pdf: 3619867 bytes, checksum: be341094a9cf9d49b91002f22fe6e9c9 (MD5) / Approved for entry into archive by Jordan (jordanbiblio@gmail.com) on 2017-09-27T13:18:16Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DISS_2014_André Henrique Eltz.pdf: 3619867 bytes, checksum: be341094a9cf9d49b91002f22fe6e9c9 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-09-27T13:18:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DISS_2014_André Henrique Eltz.pdf: 3619867 bytes, checksum: be341094a9cf9d49b91002f22fe6e9c9 (MD5) Previous issue date: 2014-04-29 / A presente dissertação, A guerra do Chaco (1932-1935): ocultação e participação indígena, aborda o conflito bélico entre a Bolívia e o Paraguai, ocorrido em um território distante das principais cidades dos dois países. O enfrentamento entre os dois beligerantes se deu em função de discussões sobre fronteiras nacionais e territórios ainda não conquistados pelos Estados. Através de análise bibliográfica e documental, a dissertação esquadrinha como algumas obras historiográficas ocultam, em suas narrativas, a participação dos diferentes grupos indígenas no conflito. Em contraposição ao ocultamento, há uma bibliografia que escreve a história do período dando visibilidade ao indígena. Por meio de conceitos como mestiçagem e etnogênese e de bibliografia especializada, além da crítica documental, foi possível demonstrar a participação indígena na guerra. / La presente disertación, La Guerra del Chaco (1932-1935): ocultación y participación indígena, hace un abordaje acerca del conflicto bélico entre la Bolivia y el Paraguay en un territorio distante de las principales ciudades de los dos países. El enfrentamiento entre los dos beligerantes se dio en función de discusiones sobre fronteras nacionales y territorios todavía no conquistados por los Estados. A través del analice bibliográfica y documental la disertación aborda como algunas obras historiográficas en suyas narrativas ocultan la participación de los diferentes grupos indígenas en el conflicto. En contraposición al ocultamiento hay una bibliografía que escreve la historia del periodo dando visibilidad al indígena. Por medio de conceptos como mestizaje y etnogénesis y de bibliografía especializada, alim de la crítica documental, fue posible demuestra la participación indígena en la guerra.
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O turismo étnico como ferramenta para o etnodesenvolvimento da aldeia Tabaçú Reko Ypy, Itanhaém-Peruíbe, SP. / Ethnic tourism as a tool for ethnodevelopment of the village Tabaçu Reko Ypy, Itanhaém-Peruíbe (SP, Brazil).

Mateus, Cássia Aparecida Praeiro 15 June 2016 (has links)
Submitted by Cássia Mateus (c.praeiro@yahoo.com.br) on 2017-11-17T21:54:41Z No. of bitstreams: 2 Dissertação Cássia Praeiro [UFSCar 2016].pdf: 4416995 bytes, checksum: 3ba6c3ce024a9681a2e595e159c638b3 (MD5) Carta Comprovante.pdf: 230527 bytes, checksum: 15802e265ab2a0106325b1098c802554 (MD5) / Approved for entry into archive by Milena Rubi ( ri.bso@ufscar.br) on 2017-11-21T13:18:14Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação Cássia Praeiro [UFSCar 2016].pdf: 4416995 bytes, checksum: 3ba6c3ce024a9681a2e595e159c638b3 (MD5) Carta Comprovante.pdf: 230527 bytes, checksum: 15802e265ab2a0106325b1098c802554 (MD5) / Approved for entry into archive by Milena Rubi ( ri.bso@ufscar.br) on 2017-11-21T13:18:53Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação Cássia Praeiro [UFSCar 2016].pdf: 4416995 bytes, checksum: 3ba6c3ce024a9681a2e595e159c638b3 (MD5) Carta Comprovante.pdf: 230527 bytes, checksum: 15802e265ab2a0106325b1098c802554 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-11-21T13:19:04Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação Cássia Praeiro [UFSCar 2016].pdf: 4416995 bytes, checksum: 3ba6c3ce024a9681a2e595e159c638b3 (MD5) Carta Comprovante.pdf: 230527 bytes, checksum: 15802e265ab2a0106325b1098c802554 (MD5) Previous issue date: 2016-06-15 / Não recebi financiamento / Since the colonization of Brazil, its indigenous peoples have been facing countless conflicts related to the protection of their territories. In the pursuit of better living conditions, several indigenous communities have been thinking of tourism as a local development alternative based on criteria established by their own ethnic groups. The aim of this research was to identify the possible impacts and consequences for ethnodevelopment which were caused by the ethnic tourism developed and applied to Tabaçú Reko Ypy village, which is located between the municipalities of Itanhaém-Peruíbe on the southern coast of São Paulo, from 2013 to 2015. The community develops and performs this activity as a supporting tool for generating alternative income with the purpose of improving their living conditions and recovering their territory and traditions. Due to the fact that it is a recently formed village, no specific literature about its people has been found. All the documents and information about their politics, social behavior and culture have been obtained through semi-structured interviews, participation in field experiences and documents provided by the indigenous people themselves. The theoretical framework for this research was obtained through the existing literature on anthropology and tourism and its interfaces. This community organizes some field experiences related to tourism in partnership with agencies and also autonomously which were monitored and registered for this research for two consecutive years. Through this study, it was possible to identify several consequences arising from ethnic tourism and to reflect on possible future impacts that can be dealt with. In conclusion, this research showed that, through the actions taken by the Ñandeva people over the two-year period from 2013 to 2015, the possibility of making use of new tools and guidelines will be useful for them to achieve autonomous ethnodevelopment with the perspective of an inclusive model of tourism capable of generating income, respecting local culture and promoting environmental balance. / Desde a colonização do Brasil, os povos indígenas enfrentam inúmeros conflitos relacionados à proteção de seus territórios. Na busca por melhores condições de vida, diversas comunidades indígenas têm pensado na atividade turística como uma alternativa de desenvolvimento local, empreendida a partir de critérios estabelecidos pelos próprios grupos étnicos. O objetivo desta pesquisa foi diagnosticar sobre os possíveis impactos e consequências ao etnodesenvolvimento causados pelo turismo étnico desenvolvido e aplicado na aldeia Tabaçú Reko Ypy, localizada entre os municípios de Itanhaém-Peruíbe, litoral sul do estado de São Paulo, ao longo dos anos de 2013 a 2015. Esta comunidade desenvolve e pratica esta atividade como uma ferramenta de apoio à geração de renda alternativa na busca de melhores condições de vida em prol da recuperação do seu território e também visa o resgate das suas tradições. Por se tratar de uma aldeia recentemente formada, nenhuma literatura específica sobre este povo foi encontrada. Os registros e informações sobre a sua política, comportamento social e cultural foram obtidos através de entrevistas semiestruturadas, participação em vivências e de registros realizados pelos próprios indígenas. Os referenciais teóricos para esta pesquisa foram obtidos através da literatura existente sobre antropologia e turismo e suas interfaces. Esta comunidade realiza, em parceria com agências e também de forma autônoma, algumas vivências e experiências relacionadas ao turismo, que foram acompanhadas e registradas para esta pesquisa durante dois anos consecutivos. Através deste estudo pôde-se notar consequências diversas advindas do turismo étnico e refletir sobre possíveis futuros impactos os quais poderão ser trabalhados. Conclui-se com esta pesquisa que, através das ações exercidas pelo povo Ñandeva ao longo destes anos, a possibilidade em se fazer uso de novas ferramentas e diretrizes servirão de apoio para o alcance de um etnodesenvolvimento autônomo sob o olhar de um modelo de turismo inclusivo capaz de gerar renda, que respeite a cultura local e que também busque promover o equilíbrio ambiental.
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Escola kaingang : concepções cosmo-sócio-políticas e práticas cotidianas

Freitas, Maria Inês de January 2017 (has links)
Este trabalho, intitulado Escola Kaingang: Concepções Cosmo-sócio-políticas e Práticas Cotidianas, apresenta a dissertação de mestrado desenvolvida por uma pesquisadora indígena, cuja pesquisa principal foi realizada nas Escolas Indígenas Antonio Kasĩn Mĩg e Mũkẽj, da Terra Indígena Guarita – municípios de Redentora, RS e Tenente Portela, RS, respectivamente. A escolha dessas escolas para desenvolver a pesquisa de campo se deu a partir do conhecimento prévio da realidade e do sentimento de pertencimento étnico; mas, igualmente, foi movida pela preocupação de refletir sobre o tratamento dado aos valores e costumes da tradição Kaingang, nas práticas escolares que caracterizam e qualificam a escola como indígena. A temática da educação escolar indígena tem sido tema de reflexões sistemáticas, e essa abordagem considera a problemática das especificidades culturais e linguísticas. A escola que foi imposta como um instrumento de dominação hoje se constitui com importância para a comunidade, como um instrumento de luta e de conquista de direitos, que são inalienáveis. A pesquisa foi desenvolvida através de aproximações, escuta sensível, entrevistas e diálogo, direcionados para as questões linguísticas e culturais. Para compreender o universo da educação foram realizadas observações no cotidiano escolar, estudos dos documentos que dão sustentação à estrutura escolar e a participação em um seminário sobre a cultura Kaingang. As reflexões dialógicas mostraram as possibilidades de interculturalidade no contexto pedagógico escolar. Porém, percebi também que se trata de um exercício desafiador, pois na estrutura colonialista do sistema escolar, onde estão inseridas as escolas indígenas, muitas vezes transcorre um conflito silencioso, devido ao trato desigual dado às culturas indígenas e à sociedade envolvente. A pesquisa foi fundamentada com os estudos sobre as concepções pedagógicas de Paulo Freire e sobre as línguas indígenas de Eunice Dias de Paula, Wilmar D’Angelis e Marcia Nascimento. Também traz a abordagem das concepções de aprendizagem e alfabetização num contexto bilíngue e a filosofia de autores indígenas. Nesse processo busquei evidenciar a importância da valorização das práticas culturais existentes nas escolas, na educação bilíngue e no cotidiano escolar, traçando um fio condutor do perfil do educador comprometido com a perspectiva da pedagogia da autonomia de Paulo Freire. Na trajetória de construção e compreensão do trato investigativo para busca de informações, foram realizadas entrevistas e diálogos com professores e lideranças da comunidade sobre a importância da língua e da cultura nos ensinamentos escolares. Observei que os professores e integrantes das comunidades indígenas possuem sentimentos e pensamentos unânimes sobre a necessidade de dispensar maior atenção às atividades linguísticas e culturais nas práticas educativas. Essa condição vai possibilitar que as escolas sejam indígenas, de fato e de direito. / Este trabajo titulado Escuela Kaingang Concepciones cosmo-socio-políticas e prácticas cotidianas, presenta la disertación de maestría desarrollado por una investigadora indígena, cuya investigación principal fue realizada en las Escuelas Indígenas Antonio Kasĩn Mĩg e Mũkẽj del territorio indígena de la Guarita, municipio de Redentora, RS y Tenente Portela, RS, respectivamente. La escogencia de estas escuelas para desarrollar la investigación de campo se dio a partir del conocimiento previo de la realidad y sentimiento de pertenencia étnica, pero igualmente, motivada por la preocupación de reflexionar sobre el tratamiento dado a los valores, las costumbres de la tradición Kaingang , en las prácticas escolares que caracterizan y cualifican a la escuela como indígena. La temática de la educación escolar indígena ha sido tema de reflexiones sistemáticas, y este abordaje considera la problemática de las especificidades culturales y lingüísticas. La escuela fue impuesta como un instrumento de dominación, hoy se constituye con importancia para la comunidad como un instrumento de lucha y de conquista de los derechos, que son inalienables. La investigación fue desarrollada a través de varias aproximaciones, escucha sensible, entrevistas y diálogo, direccionados para las cuestiones lingüísticas y culturales. Para comprender el universo de la educación, fueron realizadas observaciones en la cotidianidad escolar, estudio de los documentos que sustentan la estructura escolar y la participación en un seminario sobre cultura Kaigang. Las reflexiones dialógicas mostraron las posibilidades de interculturalidad en el contexto pedagógico escolar. Sin embargo, percibí también que se trata de un ejercicio desafiante, donde muchas veces transcurre un conflicto silencioso por el trato desigual dado a las culturas y de la sociedad que nos envuelve en la estructura colonialista del sistema escolar donde están insertas las escuelas indígenas. La investigación se fundamentó en los estudios de las concepciones pedagógicas de Paulo Freire sobre las lenguas indígenas de Eunice Dias de Paula, Wilmar D’Angelis y Marcia Nascimento. También trae el abordaje de las concepciones de aprendizaje y alfabetización en un contexto bilingüe y la filosofía de autores indígenas. En este proceso busqué evidenciar la importancia de valorizar las prácticas culturales existentes en las escuelas, en la educación bilingüe, y en el cotidiano escolar, trazando un hilo conductor del perfil del educador comprometido con la perspectiva de la Pedagogía de la Autonomía de Paulo Freire. En la trayectoria de construcción y comprensión del proceso investigativo para la búsqueda de la información, fueron realizadas entrevistas y diálogos con profesores y lideres de las comunidades sobre la importancia de la lengua y de la cultura en la enseñanza escolar. Observé que los profesores e integrantes de las comunidades indígenas, poseen sentimientos y pensamientos unánimes sobre la necesidad de prestar mayor atención a las actividades lingüísticas y culturales en las prácticas educativas. Esa condición va a posibilitar que las escuelas sean indígenas, de hecho y de derecho.
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A formação da pessoa nos pressupostos da tradição : educação indígena kaingang

Claudino, Zaqueu Key January 2013 (has links)
Esta dissertação busca se aproximar das concepções da educação indígena a partir da tradição Kaingang, relacionando-a com a educação escolarizada. O povo Kaingang, originário das regiões sul do Brasil e moradores contemporâneos nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e parte de São Paulo, depois de um intenso processo de colonização, muitos passaram a usufruir da educação escolar inserida pelo então SPI - Serviço de Proteção ao Índio, como por exemplo, na Terra Indígena Guarita. Este estudo se concentra nos saberes da tradição Kaingang, como ela é transmitida aos descendentes desta sociedade. O trabalho que aqui apresento, descreve partes da cosmologia, dos saberes da oralidade Kaingang e suas formas tradicionais de transmissão, na busca de compreender a interação dessas práticas com o entendimento de educação escolar indígena nas Terras Kaingang do Estado do Rio Grande do Sul. A partir do diálogo com sábios anciãos e das minhas aprendizagens como pessoa kaingang, pertencente a esse povo, descrevo parte desses saberes e de como ocorre essa interação, assinalando os conflitos e os processos de “tradução” e ressignificação de seus elementos rituais para o contexto escolar. O crescente número de Kaingang que vive nas aldeias e interage com o mundo não indígena suscita indagações quanto à transformação e readaptação de seus discursos referente aos estudos realizados nas escolas Kaingang. Esta pesquisa pretende explicitar como é realizado esse movimento e as formas de afirmação identitária e de conquistas políticas, principalmente no campo da educação indígena e educação escolarizada desenvolvida pelo Estado brasileiro, em suas diferentes esferas. / Esta tesis pretende acercarse a los conceptos de educación indígena de tradición Kaingang, vinculándola a la educación escolar. El pueblo Kaingang, originarios de las regiones del sur de Brasil y habitantes actualmente en los estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná y São Paulo, después de un intenso proceso de colonización, muchos vinieron a disfrutar de la educación escolar introducida entonces por SPI - Servicio de Protección del Indígena, por ejemplo, en la Reserva Garita Tierra Indígena. Este estudio enfoca los conocimientos tradicionales de la cultura Kaingang y la forma en que se transmite a los descendientes de esta sociedad. El trabajo que aquí se presenta describe algunas partes de la cosmología, el conocimiento de los Kaingang desde su oralidad y las formas tradicionales de transmisión de estos conocimientos, intentando así entender la interacción de estas prácticas en el entendimiento de la educación indígena en las tierras kaingang del Estado de Rio Grande do Sul. Al apuntar el diálogo con los sabios y ancianos, además de mis aprendizajes personales como parte del pueblo Kaingang, por ser heredero de este pueblo, este trabajo procura describir parte de este conocimiento y cómo se produce esta interacción, lo que indica el conflicto y los procesos de "traducción" y redefinición de sus elementos rituales para el contexto escolar. El creciente número de la gente Kaingang que vive en los pueblos e interactúa con el mundo no indígena plantea preguntas acerca de la transformación y modernización de sus discursos en lo que se refiere a los estudios en las escuelas kaingang. Esta investigación pretende aclarar cómo se realiza este movimiento y las formas de afirmación de la identidad y los logros políticos, especialmente en el campo de la educación indígena y la educación escolar desarrollado por el Estado brasileño, en sus diferentes ámbitos.

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