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Perfil clínico e laboratorial dos pacientes com leucemia linfoide crônica atendidos no serviço de hematologia e hemoterapiado HUWC-HEMOCE / Clinical and Laboratorial Profile of Patients with Chronic Lymphocytic Leukemia admitted at the hematology and hemotherapy service of the University Hospital Walter Cantídio (HUWC) and Hemotherapy and Hematology Center of Ceará (HEMOCE).

Custódio, Richeyla Kelly de Assis January 2009 (has links)
CUSTÓDIO, Richeyla Kelly de Assis. Perfil clínico e laboratorial dos pacientes com leucemia linfóide crônica atendidos no serviço de hematologia e hemoterapia do HUWC-HEMOCE. 2009. 79 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2009. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-01-04T12:27:57Z No. of bitstreams: 1 2009_dis_rkacustódio.pdf: 1909686 bytes, checksum: b1765670a26a4948113ea73dde11465a (MD5) / Approved for entry into archive by Erika Fernandes(erikaleitefernandes@gmail.com) on 2013-01-23T11:37:11Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2009_dis_rkacustódio.pdf: 1909686 bytes, checksum: b1765670a26a4948113ea73dde11465a (MD5) / Made available in DSpace on 2013-01-23T11:37:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2009_dis_rkacustódio.pdf: 1909686 bytes, checksum: b1765670a26a4948113ea73dde11465a (MD5) Previous issue date: 2009 / Chronic Lymphocytic Leukemia (CLL) is the most frequent leukemia on western countries, responding for 30% off all leukemia cases, reaching, specially, the under 65 years old population. It is characterized by accumulation of neoplasic mature B lymphocytes positives CD5. Concerning epidemiology, it is barely seen among eastern people, and its incidence is not influenced by environmental agents, such as toxic substances or ionizing radiation. CLL-B patients may present a variable clinical evolution, which goes from indolent to aggressive and rapidly fast cases. On last decade, there have been great advance on biology knowledge of this disease, and greater impact prognostic factors have been established. In relation to treatment, new medication, with better efficacy, appeared. Therefore, it is interesting to know the real situation of this disease, which has singular epidemiological, clinical and prognostic characteristics. In this work we trace the demographical, clinical and laboratorial profile of patients with CLL-B, at a state hemocenter (HEMOCE). We correlate prognostic markers expression (CD38 e ZAP-70) with some variable and with pharmacological treatment. We used 55 blood samples from patients CLL-B confirmed by their immunophenotypes; these patients may or may not be in treatment. CD38 and ZAP-70 were analyzed by flow cytometry and β2-microglobulin dosage, obtained through ELISA. Results were treated by statistic program. We see a discrete prevalence of male patients (1,4:1), 78% are under 65 years old and 60% live at Ceará’s capital. In relation to Rai staging system, 50,9% were classified as low risk patients. Concerning clinical evolution, more than 30% of the patients did not show clinical signs, neither at diagnose moment nor at the end of this study. In relation to the markers, 22,2% of the patients show ZAP-70 expression, and 24,13% show CD38 expression. There was no significant statistic difference between ZAP-70 and CD38 markers and hematological variable (Hb, Ht and platelets). There was correlation between Rai’s staging and pharmacological treatment and with prognostic markers. CONCLUSION: The profile was characterized by low risk patients, according Rai’s staging, it lacks prognostic markers expression and it also lacks specific treatment. / A leucemia linfocítica crônica (LLC) é a leucemia mais freqüente nos países ocidentais, ocorrendo em cerca de 30% de todas as leucemias do adulto, acometendo principalmente a população acima de 65 anos de idade. É caracterizada pela proliferação clonal de linfócitos tipo B CD5 positivos. Do ponto de vista epidemiológico, raramente é vista entre os orientais e a sua incidência não sofre influência de agentes ambientais como substâncias tóxicas ou radiações ionizantes. Os pacientes com LLC podem apresentar evolução clínica variável desde indolente a forma mais agressiva e rapidamente fatal. Na última década, houve um grande avanço no conhecimento da fisiopatologia desta doença e fatores de prognóstico de maior impacto foram estabelecidos e, do ponto de vista terapêutico, novos medicamentos com maior eficácia surgiram. Desta forma é interessante conhecer a real situação desta doença com características epidemiológicas, clínicas e de prognóstico muito peculiares. Nesse trabalho traçamos o perfil (demográfico, clínico e laboratorial) dos pacientes com LLC atendidos no serviço de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (HEMOCE) do HUWC, correlacionando a expressão dos marcadores de prognóstico (CD38 e ZAP-70) com algumas variáveis e com o tratamento farmacológico. Foram utilizadas amostras de sangue de 55 pacientes com LLC confirmados através de imunofenotipagem, em tratamento ou não. Os marcadores CD38 e ZAP-70 foram analisados por citometria de fluxo e a dosagem de β2-microglobulina obtida através de método imunoenzimático (ELISA). Os dados obtidos foram analisados através de programa estatístico. Observamos um leve predomínio de pacientes do sexo masculino (1,4:1), 78% acima de 65 anos de idade e 60% eram procedentes da capital. Quanto ao estadiamento, 50,9% pacientes foram classificados como de baixo risco, segundo classificação de Rai. Quanto a evolução clínica, mais de 30% dos pacientes não apresentavam sinais clínicos, nem no momento do diagnóstico nem no final do estudo. Em relação aos marcadores, 22,2% dos pacientes apresentavam expressão do ZAP-70 e 24,13% do CD38. Não houve diferença estatísticamente significante entre os marcadores ZAP-70 e CD38 e as variáveis hematológicas (Hb, Ht e Plaquetas). Houve correlação entre o estadiamento clínico de Rai e o tratamento farmacológico e com os marcadores de prognóstico (ZAP-70 e CD38). O perfil foi caracterizado por pacientes em estágios clínicos, segundo Rai, de baixo risco, com ausência da expressão dos marcadores de prognóstico (ZAP-70 e CD38) e com ausência de tratamento específico.
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Influência de mecanismos de resposta a danos no DNA na resistência de células de leucemia ao antineoplásico Mitoxantrona

Busatto, Franciele Faccio January 2015 (has links)
A quimioterapia é uma das principais estratégias no tratamento do câncer. No entanto, muitos tumores apresentam resistência, tornando o tratamento parcial ou totalmente ineficaz. Existem alguns mecanismos que podem estar relacionados ao desenvolvimento desse perfil de resistência, sendo o mais estudado o aumento do efluxo das drogas através de proteínas de membrana celular. Por outro lado, uma alteração nas vias de reparo de DNA também contribui para a resistência tumoral, uma vez que as lesões são removidas antes mesmo de se tornarem citotóxicas para as células, reduzindo assim a efetividade do quimioterápico. Dentre as vias de reparo de DNA, a via do Reparo por Excisão de Nucleotídeos (NER) é uma das mais versáteis, e há estudos que demonstram seu envolvimento em resposta às lesões geradas por antraciclinas. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a contribuição dos mecanismos de resposta à dano no DNA, bem como da via NER, na resistência à Mitoxantrona (MXT), um análogo de antraciclinas, na linhagem celular de leucemia HL-60/MX2. Para isso, analisou-se a sobrevivência celular, pelo método de exclusão por azul de tripan, o perfil de ciclo celular e a fosforilação da histona H2AX (γH2AX), por citometria de fluxo, além da análise de expressão gênica da via NER e proteínas de efluxo por qPCR. Os resultados indicam um perfil de resposta diferente entre a linhagem resistente e a linhagem sensível, observado pelo teste de sobrevivência e pelos diferentes perfis de ciclo celular e fosforilação de H2AX. Além disso, a análise de expressão gênica demonstra um aumento na expressão de genes da via NER, como ERCC1 já antes do tratamento e XPA após os tratamentos, na linhagem resistente. Estes resultados demonstram portanto envolvimento desta via de reparo de DNA na resistência tumoral da linhagem HL- 60/MX2. / Chemotherapy is one of the main cancer treatment strategies; however, tumors can show resistance, which makes the treatment partial or totally inefficient. Among the mechanisms that may be related to the resistant profile, the most studied is increased drug efflux through ABC transporter permeases. On the other hand, altered DNA repair pathways may contribute to cancer resistance, since the lesions are removed before they become toxic to cells, which reduces chemotherapy effectiveness. Among DNA repair pathways, Nucleotide Excision Repair (NER) is one of the most versatile, and there are studies showing its involvement in removal of anthracyclines-induced lesions. Thus, our aim was to evaluate the contribution of DNA damage response mechanisms, focusing on NER, to the resistance to Mitoxantrone (MXT), an anthracycline analog, using the mitoxantrone-resistant leukemia cell line HL-60/MX2 as a model. After treatment with MXT and Etoposide (ETO), a topoisomerase II inhibitor, cell survival was assessed by trypan blue exclusion method; cell cycle profile and H2AX histone phosphorylation (γH2AX) were evaluated by flow cytometry; and gene expression levels of NER and efflux proteins were determined by RT-qPCR. Results indicate a different response between the resistant HL-60/MX2 and the sensitive HL-60 cells, as observed in the survival assay, cell cycle, and H2AX phosphorylation profile. Furthermore, in the resistant cells, RTqPCR analysis showed an increase in the expression of NER genes, with ERCC1 expression increased before treatments, and XPA after the treatments. Therefore, our results indicate the contribution of NER machinery in the resistance of leukemia cells to Mitoxantrone.
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Leucemia promielocítica aguda: avaliação retrospectiva dos casos diagnosticados e tratados pelo serviço de hematologia do hospital universitário da Universidade Federal de Santa Catarina entre 2001 a 2013

Durigon, Giovanna Steffenello January 2014 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2014. / Made available in DSpace on 2015-02-05T20:31:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 328201.pdf: 2291315 bytes, checksum: e82c2fba3f7bff5908ddeb618461f1c9 (MD5) Previous issue date: 2014 / A leucemia promielocítica aguda (LPA) é um subtipo distinto de leucemia mieloide aguda (LMA), caracterizado pela presença de um acúmulo de promielócitos anormais na medula óssea e/ou sangue periférico, com risco de coagulopatia e a presença da translocação recíproca e balanceada entre os cromossomas 15 e 17 t(15;17)(q22;q12) e variantes. Nos últimos anos, o curso clínico da LPA tem sido modificado de uma leucemia aguda rapidamente fatal para um dos subtipos de LMA mais curáveis. A introdução de agentes terapêuticos que atuam diretamente na alteração molecular, como o ácido all-trans-retinóico (ATRA) e o trióxido de arsênico (ATO), tiveram um grande impacto na sobrevida dos pacientes com LPA. O diagnóstico presuntivo de LPA deve ser rápido, pois os pacientes correm risco de morte precoce. A incidência da LPA no Brasil é maior (20%) que nos Estados Unidos e Europa Ocidental (5 a 15%). As elevadas taxas de mortalidade, especialmente a mortalidade precoce, fazem com que estudos sejam feitos para o melhor entendimento dessa doença no nosso contexto. Alguns fatores de prognóstico adverso conhecidos têm sido usados como guia de intensificação de tratamento, tais como, o critério de Sanz (2000), o qual se baseia na plaquetopenia (<40x109/L) e principalmente na hiperleucocitose (>10x109/L). Porém, ainda se estudam fatores prognósticos adicionais que podem interferir negativamente no curso da doença, a citar: a expressão do CD34 por imunofenotipagem, alto valor da desidrogenase láctica (LDH), mutações no gene do FLT3, hemorragia grave, alto score de coagulação intravascular disseminada (CIVD), anemia (hemoglobina <10g/dL), LPA hipogranular, alterações cromossômicas adicionais (ACA), PML-RARa transcrito bcr3. Para isso, foram avaliados retrospectivamente os dados clínicos e laboratoriais de 44 pacientes portadores de LPA, diagnosticados e tratados no Serviço de Hematologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC) durante o período de 2001 a 2013. Com os dados obtidos, os pacientes foram classificados conforme categorias de risco (sistema PETHEMA), performance status, distúrbio da coagulação, score de CIVD e fatores prognósticos, como expressão do CD34, mutação FLT3, LPA hipogranular, ACA, valor de hemoglobina e LDH. A resposta do tratamento foi avaliada durante a indução, a consolidação e a manutenção. Além disso, foram analisados a presença de recidiva e o óbito. A LPA correspondeu a 25% dos casos de LMAs. Dos 44 pacientes estudados, 37 (87,8%) tiveram remissão completa. A sobrevida global (SG), sobrevida livre de doença (SLD),40sobrevida livre de eventos (SLE) e o índice de recidiva hematológica (ICR) em 2 anos foram de 77,2%, 67,4%, 67,4% e 8,3%, respectivamente. A mortalidade precoce ocorreu em 15,9%, o que corresponde 78,9% do total de mortes. A maior causa de morte foi a hemorragia grave, especialmente no sistema nervoso central (SNC). Na regressão logística, o fator prognóstico que teve influência para a resposta terapêutica foi: a ausência de sepse (p=0.007) e o fator prognóstico que mais influenciou para morte, pela análise multivariada, foi a hemorragia grave (p<0.0001), com probabilidade de sobrevivência de 89% em 2 anos, ajustando com esse fator de mau prognóstico. A resposta terapêutica foi melhor alcançada em pacientes que não apresentaram sepse (razão de chance de 9,667). A mortalidade precoce representou quase a totalidade de mortes, sendo a hemorragia grave foi o evento mais importante para a ocorrência de morte nos pacientes com LPA. Reconhecer pacientes de alto risco é de suma importância a fim de se instalar medidas de suporte mais agressivas no intuito de evitar o desfecho desfavorável nesses pacientes. Portanto, conclui-se que o desfecho clínico dos pacientes portadores de LPA no HU-UFSC é adequado e comparável aos grandes centros.<br> / Abstract : Acute promyelocytic leukemia (APL) is a distinct subtype of acute myeloid leukemia (AML) characterized by the accumulation of abnormal promyelocytes in bone marrow and/or peripheral blood, with risk of coagulopathy and chromosomal alterations involving the gene locus for the retinoic acid receptor alpha (RARa) associated in most of cases with reciprocal and balanced translocation between chromosomes 15 and 17 t(15,17)(q22;q12) and their variants. The clinical course of APL has been modified in recent years, from rapidly fatal acute leukemia to one of the curable subtypes of AML. The introduction of therapeutic agents that act directly on the molecular changes, such as all-trans retinoic acid (ATRA) and arsenic trioxide (ATO) had a major impact on APL patient survival, which is around 70-90%. The presumptive diagnosis of APL should be quick, because these patients are at risk for early death. The incidence of ALP in Brazil is higher (20%) than in the United States and Western Europe (5-15%). The slightly high mortality rates, especially early mortality, motivate studies to understand this pathology in the Brazilian context. Some known adverse prognostic factors have been used as a guide for intensifying the treatment, such as the criterion by Sanz (2000), which is based on thrombocytopenia (<40x109/L) and especially on hyperleukocytosis (>10x109/L). Nevertheless, additional prognostic factors are still being studied that can negatively impact the course of the disease, namely: CD34 expression, high value of lactate dehydrogenase (LDH), mutations in the gene FLT3, severe bleeding, high disseminated intravascular coagulation (DIC) score, anemia (hemoglobin<10g/dL), hipogranular APL, additional chromosomal abnormalities (ACAs), PML-RARa transcript bcr3. For this, it was analyzed retrospectively the laboratory and clinical findings of 44 patients with APL diagnosed and treated at the hematology service of the University Hospital of the Federal University of Santa Catarina (HU-UFSC) between 2001 and 2013. The according with results, the patients were classified following: risk group (PETHEMA system), performance status, coagulation disturbance, DIC score, and prognostic factors such, expression of CD34, FLT3 mutations, APL hipogranular, ACAs, value of hemoglobin,42LDH. The response of treatment was evaluated during induction, consolidation and maintenance, and the occurrence of relapse and death. APL corresponded to 25% of all AML cases in this study. Of the 44 patients studied, 37 (87.8%) had complete remission. Over two years, overall survival (OS), disease-free survival (DFS), event-free survival (EFS) and risk of hematologic relapse (RR) were 77.2%, 67.4%, 67.4% and 8.3%, respectively. Early mortality occurred in 15.9%, representing 78.9% of total APL deaths. The greatest cause of death was severe bleeding, especially in the central nervous system (CNS). In multivariate analysis with logistic regression, the prognostic factor influencing response to therapy were the absence of sepsis (p=0.007). The prognostic factor that most influenced death was severe bleeding (p<0.0001). Adjusting for this adverse factor, the survival probability was 89% in two years. The best therapeutic response was achieved in patients without sepsis (odd ratio=9.667). Early mortality represents almost all deaths and severe bleeding was the most important event leading to death. Recognizing high-risk patients is crucial more aggressive support measures are implemented aiming to preventing an unfavorable outcome. Thus, it is concluded that the clinical outcomes of APL patients at HU-UFSC is adequate and comparable to large centers.
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Estudo pré-clínico da atividade antitumoral do sal de isotiourônio MF08 em modelo de melanoma murino

Assunção, Laura Sartori January 2017 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2017. / Made available in DSpace on 2017-12-05T03:10:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 349061.pdf: 3005507 bytes, checksum: a29b38fab534d7f675c6c6b3e5dd0eb6 (MD5) Previous issue date: 2017 / O câncer representa um problema de saúde mundial. Apesar dos constantes esforços e significativos avanços na pesquisa e desenvolvimento de novos agentes quimioterápicos, a recidiva da doença devido à heterogeneidade do tumor e a resistência aos quimioterápicos permanece sendo um grande desafio na busca pela cura. Nesse contexto, os sais de isotiourônio vêm chamando atenção por diversas atividades biológicas, entre elas promissora atividade antitumoral. Em estudo anterior desenvolvido por nosso grupo de pesquisa foram testadas 28 moléculas com potencial atividade antitumoral, entre as quais se destacou o sal de isotiourônio brometo de (Z)-2-(isotioureidometil)-2-pentenoato de metila (SI-MF08) por apresentar significativa citotoxicidade em linhagem tumoral in vitro e um mecanismo de ação de morte celular que parece ativar diferentes sinalizações que levam à morte da célula tumoral. Esta ação multialvos pode vir a ser uma vantagem na busca por um futuro fármaco, possibilitando contornar a resistência ao tratamento desenvolvida por células tumorais. Assim, o objetivo deste trabalho foi caracterizar a citotoxicidade do SI-MF08 in vitro e realizar estudos pré-clínicos para avaliar a potencial atividade antitumoral. O primeiro capítulo deste trabalho mostra os estudos em linhagem celular de leucemia e mecanismo de ação envolvido na citotoxicidade do composto. Foi possível compreender que a molécula atua ativando a via extrínseca da apoptose via receptor de membrana Fas e ativação de caspases -8 e -3, além de causar bloqueio mitótico em fase G2/M do ciclo celular e geração de espécies reativas de oxigênio que leva ao estresse de retículo endoplasmático e perda do potencial de membrana mitocondrial. O estresse oxidativo gerado causa danos irreversíveis nas mitocôndrias levando à ativação de formação de vesículas ácidas para eliminação dessas organelas no intuito de reestabelecer a homeostasia da célula. O segundo capítulo do trabalho teve como objetivo avaliar a atividade citotóxica do composto em linhagem celular de melanoma para posterior aplicação em modelo de melanoma in vivo. Observou-se que o SI-MF08 também apresentou citotoxicidade para a linhagem celular de melanoma e o mecanismo de morte envolvido no processo foi semelhante ao encontrado nos resultados do primeiro modelo. O terceiro capítulo do trabalho refere-se aos estudos de citotoxicidade do composto em camundongos na busca pela dose máxima que não apresenta efeitos significativos. Dessa forma, observou-se no estudo de dose única que a dose limite para ser administrada é de 15 mg/kg do composto. Em seguida, no estudo de doses repetidas de 10 dias observou-se que a dose de 12 mg/kg de SI-MF08 representa a dose máxima de trabalho. O quarto capítulo deste trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antitumoral do SI-MF08 em camundongos portadores de melanoma. Os animais administrados com a dose de 7,5 mg/kg do composto não apresentaram os efeitos deletérios da doença como perda de peso e anemia, contudo a dose não foi capaz de melhorar a sobrevida desses animais ou reduzir significativamente o crescimento tumoral. Entretanto a dose de 12 mg/kg não só inibiu os efeitos deletérios da doença como também aumentou a taxa de sobrevida desses animais e reduziu significativamente o crescimento tumoral, de acordo com padrões de institutos internacionais de pesquisa em câncer. / Abstract : Cancer is a global health problem. Despite the efforts and significant advances in the research and development for new chemotherapeutic agents, recurrence of the disease due to tumor heterogeneity and chemotherapy resistance remains a major challenge in the search for the cure. In this context, isothiouronium salts have been attracting attention due to its several biological activities, among those is the promisor antitumor activity. In a previous work performed by our research group, 28 molecules with potential antitumor activity were tested. Among those, the isothiouronium salt methyl (Z)-2-(isothioureidomethyl)-2-pentenoate hydrobromide (IS-MF08) displayed significant cytotoxicity in tumoral cell line and a mechanism that seems to triggers different signals that lead to tumoral cell death. This multi-targeting mechanism may be an advantage in the search for a future drug, making possible to circumvent the resistance to treatment developed by tumor cells. Thus, the objective of this work was to characterize the cytotoxicity of IS-MF08 in vitro and to perform preclinical studies to evaluate the potential antitumor activity. It made possible to understand that the molecule activates the extrinsic pathway of apoptosis via Fas membrane receptor and further activation of caspases -8 and -3, causing mitotic block in the G2 / M phase of the cell cycle and generation of reactive oxygen species that leads to endoplasmic reticulum stress and loss of mitochondrial membrane potential. The oxidative stress generated causes irreversible damage in the mitochondria, leading to the activation of acid vesicles formation in order to eliminate these organelles and reestablish the homeostasis of the cell. The second chapter of the study aimed to evaluate the cytotoxic activity of the compound in melanoma cell line to later application in in vivo melanoma model. IS-MF08 also showed to be cytotoxic to melanoma cell line and the mechanism of death involved in the process was similar to that founded in the results of the first model. The third chapter of the work refers to the cytotoxicity studies of the compound in mice in the search for the maximum dose that has no significant effects. Thus, it has been observed in the single dose study that the dose limit of the compound to be administered is 15 mg/kg. Following, in a 10-day repeated dose study, it was observed that 12 mg/kg of IS-MF08 represents the maximum working dose. The fourth chapter of this work aimed to evaluate the antitumor activity of IS-MF08 in melanoma bearing mice. Animals that were administered with the dose of 7.5 mg/kg of the compound did not exhibit the deleterious effects of the disease as weight loss and anemia, however the dose was not able to enhance the survival rate of these animals or even reduce tumor growth significantly. However, the dose of 12 mg/kg not only inhibited the deleterious effects of the disease but also increased the survival rate of these animals and significantly reduced tumor growth, according to the standards of international cancer research institutes.
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Investigação dos mecanismos de transdução de sinais envolvidos na apoptose induzida pelas chalconas sintéticas derivadas da 2, 4,5-trimetoxiacetofenona e do 2',4',5'-trimetoxibenzaldeído em leucemias agudas

Costa, Aline January 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Farmácia / Made available in DSpace on 2012-10-26T09:34:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 303157.pdf: 8836552 bytes, checksum: 6d36524cfe394ced064ef4269ff20747 (MD5) / As leucemias constituem um grupo heterogêneo de neoplasias malignas decorrentes da proliferação clonal de células hematopoiéticas na medula óssea e/ou nos tecidos linfoides. Embora várias formas de terapia sejam utilizadas para combater as leucemias, a quimioterapia ainda é a terapia antileucêmica mais utilizada. Entretanto, a morbidade associada aos quimioterápicos ainda é um obstáculo significativo. Por isso, a busca por compostos antineoplásicos que tenham maior eficiência em induzir apoptose nas células tumorais e com insignificantes efeitos colaterais tornou-se alvo de investigação dos pesquisadores e da indústria farmacêutica. As chalconas e seus derivados têm sido descritos na literatura como promissores compostos com atividade antitumoral, no entanto, os mecanismos de ação citotóxica das chalconas ainda são controversos. Assim, neste trabalho, avaliamos o efeito citotóxico de 46 chalconas sintéticas derivadas da 2,4,5-trimetoxiacetofenona e do 2',4',5'-trimetoxibenzaldeído e os mecanismos de apoptose envolvidos nas células de leucemia mieloide aguda K562 e de leucemia linfoide aguda Jurkat, de origem humana. Nossos resultados mostram que do total de 46 chalconas testadas, 42 chalconas apresentaram efeito citotóxico significativo, e os compostos que causaram maior citototoxicidade foram as chalconas 13, 16, 19 e 26. O efeito citotóxico das chalconas avaliadas pode ser atribuído, provavelmente, às interações estéricas, pois os compostos que apresentaram efeitos citotóxicos menores possuem as mesmas características eletrônicas que as chalconas consideradas mais citotóxicas; desta forma não é possível estabelecer uma relação entre estrutura e atividade baseada nas características eletrônicas destes compostos. As chalconas com maior efeito citotóxico (chalconas 13, 16, 19 e 26) foram selecionadas para a realização de estudos citotóxicos em diferentes concentrações e tempos de incubação com as células K562 e Jurkat, e observou-se que essas chalconas causaram redução na viabilidade celular de ambas as células de maneira dependente da concentração e do tempo de incubação. Para avaliar a seletividade do efeito das chalconas sobre as células leucêmicas, as chalconas que tiveram maior efeito citotóxico também foram avaliadas quanto ao efeito citotóxico em células mononucleares de indivíduos saudáveis. Os resultados mostram que as chalconas não causaram alteração significativa na viabilidade celular dos mononucleares. Para estudar os mecanismos pelos quais esses compostos provocaram morte celular nas células K562 e Jurkat, avaliamos o ciclo celular, a indução a apoptose, o potencial mitocondrial, a expressão das proteínas Bcl-2, survivina, Bax, p53, Ki67 e caspase-3 ativa. Os resultados mostram que as chalconas 13, 16, 19 e 26 causaram aumento na proporção de células na fase Sub G0/G1 nas células Jurkat, e as chalconas 13 e 26 causaram mesmo efeito na célula K562. Além disso, as chalconas causaram diminuição na expressão do marcador de proliferação celular Ki67, sugerindo que o mecanismo de ação destes compostos envolve a inibição da proliferação celular. A avaliação da apoptose por microscopia de fluorescência e marcação com anexina V mostrou que as chalconas causaram morte celular por indução da apoptose. O estudo do mecanismo de ação dessas chalconas mostrou que as mesmas causaram redução do potencial mitocondrial, diminuição da expressão da proteína antiapoptótica Bcl-2 e aumento da expressão da proteína proapoptótica Bax, indicando que o mecanismo de indução de apoptose destes compostos envolve a via intrínseca da apoptose. Além disso, o mecanismo de ação destes compostos envolve o aumento da caspase-3 ativa e a diminuição da expressão da proteína antiapoptótica survivina e da proteína p53 mutada. / Leukemias are a diverse group of hematologic neoplasms caused by clonal proliferation of hematopoietic cells in bone marrow and/or lymphoid tissues. Although various forms of therapy are used in the treatment of leukemia, chemotherapy is still the most widely used antileukemic therapy. However, the morbidity associated with chemotherapy is a significant problem, thus, the search for anti-cancer compounds that induce tumor cell death more efficiently with fewer side effects became a major target for pharmaceutical research. Chalcones and their derivatives have been described in the literature as promising compounds with anti-tumor activity, however, their mechanisms of cytotoxic action are still under debate. In this work we evaluated the cytotoxic effect of 46 synthetic chalcones derived from 2,4,5- trimethoxyacetophenone and 2',4',5'-trimethoxybenzaldehyde and the apoptotic mechanisms involved in acute myeloid leukemia cells (K562) as well as acute lymphoid leukemia cells (Jurkat). Our results show that out of 46 chalcones tested, 42 chalcones showed significant cytotoxic effect, whereas the compounds with greater cytotoxic effect were chalcones 13, 16, 19, and 26. The cytotoxic effect of these active chalcones is probably due to their steric interactions, since some compounds with poor cytotoxic activity present the same electronic characteristics as that those considered active; thus it is not possible to establish a relationship based on the electronic characteristics of these compounds. The chalcones that provided the best cytotoxic effect (13, 16, 19, and 26) were chosen for a more detailed cytotoxicity study using K562 and Jurkat cells under different concentrations and incubation times. These chalcones caused a reduction in cell viability for both cell lines in a concentration and time-dependent manner. To assess the selectivity effect of chalcones on leukemic cells the most cytotoxic chalcones were also evaluated for cytotoxic effect on mononuclear cells from healthy individuals. The results show that chalcones caused no significant change in cell viability of mononuclear cells. To study the mechanisms by which these compounds caused cell death in K562 and Jurkat cells we evaluated the cell cycle, apoptosis induction, mitochondrial potential, expression of anti-apoptotic proteins Bcl-2 and survivin, expression of pro-apoptotic protein Bax, and expression of p53, Ki67 and active caspase-3 proteins. The results show that chalcones 13, 16, 29 and 26 caused an increase in the proportion of Jurkat cells in the Sub G0/G1 phase, and chalcones 13 and 26 caused same effect in K562 cells. In addition, chalcones caused a decrease in expression of cell proliferation marker Ki67, suggesting that the mechanism of action of these compounds involves inhibition of cell proliferation. The evaluation of apoptosis by fluorescence microscopy and labeling with annexin V showed that chalcones caused cell death by inducing apoptosis. The study of mechanism of action showed that chalcones reduced mitochondrial potential, decreased Bcl-2 expression, and increased Bax expression, indicating that the mechanism of apoptosis induced by chalcones involves the intrinsic apoptosis pathway. Moreover, the chalcones' mechanism of action involves increase in active caspase-3 expression and decrease in survivin and p53 expression.
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Indução de síntese de homoglobina em células K562 por doxorrubicina e aclarrubicina : em busca de um mecanismo comum

Delgado-Cañedo, Andrés January 2005 (has links)
As leucemias são neoplasias que afetam o sistema hematopoiético e compreendem 2,53% dos casos de câncer relatados. Entre as leucemias, 27,95% correspondem a casos de leucemia mielóide crônica (LMC), que apresenta como marcador genético o cromossomo Philadelphia (Ph). Presente em mais de 80% dos casos, o cromossomo Ph é derivado da translocação t(9;22) (q34;q11), que origina um gene híbrido entre a região 5´ do gene bcr e 3´do gene abl. O produto deste gene é uma proteína Bcr-Abl na qual a atividade reguladora e nuclear do domínio tirosina quinase, originado da proteína Abl, torna-se constitutiva e citoplasmática. Estas mudanças na atividade tirosina quinase afetam diferentes vias de sinalização, com consequências em vários processos celulares como adesão, proliferação e apoptose. Em nível fisiológico, foi mostrado tanto in vitro quanto in vivo que as células hematopoiéticas precursoras Ph+ se diferenciam principalmente em células eritróides. Entretanto, quase 70% dos pacientes com LMC sofrem anemia, mostrando que, as células Ph+ diferenciadas em células eritróides não conseguem amadurecer até hemácias funcionais. Isto faz da LMC um bom modelo para o estudo da diferenciação de células eritróides e suas características, como os fatores que afetam a sintese de hemoglobina (Hb). A linhagem K562 é uma linhagem celular eritroleucêmica Ph+, amplamente utilizada como modelo para estudar drogas com capacidade anti-proliferativa e/ou indutoras da síntese de hemoglobina fetal. Entre estas drogas encontram-se a aclarrubicina (ACLA) e doxorrubicina (DOX) que, embora sejam análogos químicos pertencentes à família das antraciclinas, possuem mecanismos de ação diferentes e ainda não completamente esclarecidos. Neste trabalho, foram investigados vários aspectos da biologia das células K562 durante o tratamento com estas drogas. Foi observado que o tratamento com DOX produz um aumento de tamanho nas células e bloqueio do ciclo celular na fase G2/M, afetando também grandemente a viabilidade celular, com 70% de células mortas no sétimo dia de tratamento. Já durante o tratamento com ACLA a viabilidade, tamanho e ciclo celular foram menos afetados, com aproximadamente 15% de células mortas no sétimo dia de tratamento e um bloqueio transitório do ciclo na fase G1. No entanto, as duas drogas causaram um aumento significativo da síntese de hemoglobina, principalmente DOX que induziu um aumento quase duas vezes maior que o induzido por ACLA. A análise da expressão gênica realizada através da técnica de differential display mostrou várias bandas diferencialmente representadas e com diversas cinéticas de expressão, apresentando semelhanças e diferenças quando são comparados os dois tratamentos ou células tratadas e controle. Destas bandas, 26 estão sequenciadas mostrando genes envolvidos em vários processos celulares como dano do DNA, resistência a drogas, processamento do RNA e codificação de proteinas relacionadas com ferro. Das bandas sequenciadas, 7 foram validadas por RT-PCR (ndrg1, erk2, nf2l2, atp6ap1, rfc1, phf20 e zkscan) sendo observado um aumento na sua expressão durante o tratamento, com exceção de ndrg1 para o qual a expressão foi induzida em vez de aumentada e nf2l2 onde a diferença com o controle foi pequena e não permitiu validar este gene como diferencialmente expresso. Com o objetivo de procurar por mecanismos comuns entre os vários indutores da síntese de hemoglobina em células K562, estes genes foram também analisados durante o tratamento destas células com os indutores hidroxiuréia e dGTP. Além de induzirem a expressão de hemoglobina, os dois tratamentos provocaram um aumento no tamanho das células tratadas e um bloqueio no ciclo celular na fase S. Visando futuros trabalhos envolvendo os genes diferencialmente expressos, foi ainda otimizado um sistema de transferência gênica por eletroporação. Para isto foram testados varios parâmetros como campo elétrico, resistência, capacitância, meios de eletroporação, manipulação das células e uso de inibidores de DNAses. Como resultado, foi alcançado com o eletroporador padrão uma eficiência de transfecção de 81%, similar àquela alcançada pelo nucleoporator (eletroporador de última geração). As condições estabelecidas foram 750 V/cm, resistência infinita, 500 μF, meio RPMI1640, centrifugação e sulfato de zinco pós-pulso. A relação das antraciclinas e a hidroxiuréia, assim como de outros indutores da síntese de hemoglobina, com o ferro intracelular, juntamente com a diferença na expressão, durante o tratamento, de genes afetados direta ou potencialmente pela não disponibilidade de ferro intracelular, nos permitiu gerar uma hipótese para a via de sinalização que leva à síntese de hemoglobina. Nesta, sinais de falta ou não disponibilidade de ferro nas células ativariam a maquinaria celular para a captação e internalização do ferro extra-celular, simultaneamente com síntese de proteínas que utilizam o ferro para realizar as suas funções biológicas, entre elas a hemoglobina. Do mesmo modo, propomos a via de sinalização do ferro como um alvo potencialmente afetado por drogas indutoras da síntese de hemoglobina, como as antraciclinas, cujos alvos são ainda pouco conhecidos. Contudo, mais genes desta via de sinalização, bem como outros indutores, deveram ser estudados para saber se a síntese de hemoglobina pode ser induzida por drogas mais específicas e com menos efeitos colaterais que aquelas usadas atualmente para o tratamento de câncer e outras doenças.
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Caracterização dos genes envolvidos nos rearranjos do gene MLL em leucemia aguda de novo de lactentes

Cóser, Virgínia Maria 18 September 2013 (has links)
Resumo: A leucemia de lactentes difere das demais por apresentar diversas características epidemiológicas e biológicas particulares, com destaque à alta freqüência do envolvimento do gene MLL que é rearranjado com uma variedade de outros genes (cerca de 50 já descritos), gerando produtos de fusão comprovadamente leucemogênicos, apesar de o mecanismo exato ser ainda desconhecido. A identificação do envolvimento do MLL é por si só de grande importância prognóstica e terapêutica, porém a identificação das seqüências parceiras assume importância desde que traz informações sobre os mecanismos básicos de leucemogênese, de possíveis alvos para terapias e pesquisa de doença residual mínima. Com o objetivo de estimar a freqüência e caracterizar os diferentes rearranjos do gene MLL em uma amostra brasileira de lactentes portadores de leucemia aguda de novo, foram analisados 112 pacientes provenientes do "Grupo Brasileiro de Estudos Colaborativos sobre Leucemia Aguda em Lactentes". Vários métodos laboratoriais foram utilizados de forma complementar (citogenética convencional e molecular, RT-PCR, Southern Blotting, LDI-PCR e seqüenciamento), de acordo com um fluxograma previamente estabelecido. Vinte pacientes (17,85%) eram portadores de alterações recorrentes e bem caracterizadas nas leucemias e foram excluídos da análise do gene MLL. Dentre os 92 restantes, 56 pacientes eram portadores de rearranjos no gene MLL (61%) e 36 não (39%). A alteração mais freqüentemente observada foi o rearranjo MLL/AFF1, observado em nove dentre os 56 pacientes positivos para o rearranjo considerando os diversos métodos (16,1%). O estudo corrobora a importância da utilização de diversas metodologias complementares na identificação do rearranjo do gene MLL e de seus parceiros, destacando a alta sensibilidade do método de hibridização in situ por fluorescência (FISH), que foi capaz de identificar 49 pacientes positivos em 82 (59,8%) em que a hibridização foi possível incluindo 38 casos que, sem esta análise, seriam dados como normais. Considerando que a limitação deste método é a não identificação do gene parceiro, a análise por LDI mostrou-se extremamente eficaz na complementação, identificando 9 de 13 casos analisados (69,2%), sendo que um destes rearranjado ao gene Nebulette, caracterizando um novo gene de fusão.
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Influência de mecanismos de resposta a danos no DNA na resistência de células de leucemia ao antineoplásico Mitoxantrona

Busatto, Franciele Faccio January 2015 (has links)
A quimioterapia é uma das principais estratégias no tratamento do câncer. No entanto, muitos tumores apresentam resistência, tornando o tratamento parcial ou totalmente ineficaz. Existem alguns mecanismos que podem estar relacionados ao desenvolvimento desse perfil de resistência, sendo o mais estudado o aumento do efluxo das drogas através de proteínas de membrana celular. Por outro lado, uma alteração nas vias de reparo de DNA também contribui para a resistência tumoral, uma vez que as lesões são removidas antes mesmo de se tornarem citotóxicas para as células, reduzindo assim a efetividade do quimioterápico. Dentre as vias de reparo de DNA, a via do Reparo por Excisão de Nucleotídeos (NER) é uma das mais versáteis, e há estudos que demonstram seu envolvimento em resposta às lesões geradas por antraciclinas. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a contribuição dos mecanismos de resposta à dano no DNA, bem como da via NER, na resistência à Mitoxantrona (MXT), um análogo de antraciclinas, na linhagem celular de leucemia HL-60/MX2. Para isso, analisou-se a sobrevivência celular, pelo método de exclusão por azul de tripan, o perfil de ciclo celular e a fosforilação da histona H2AX (γH2AX), por citometria de fluxo, além da análise de expressão gênica da via NER e proteínas de efluxo por qPCR. Os resultados indicam um perfil de resposta diferente entre a linhagem resistente e a linhagem sensível, observado pelo teste de sobrevivência e pelos diferentes perfis de ciclo celular e fosforilação de H2AX. Além disso, a análise de expressão gênica demonstra um aumento na expressão de genes da via NER, como ERCC1 já antes do tratamento e XPA após os tratamentos, na linhagem resistente. Estes resultados demonstram portanto envolvimento desta via de reparo de DNA na resistência tumoral da linhagem HL- 60/MX2. / Chemotherapy is one of the main cancer treatment strategies; however, tumors can show resistance, which makes the treatment partial or totally inefficient. Among the mechanisms that may be related to the resistant profile, the most studied is increased drug efflux through ABC transporter permeases. On the other hand, altered DNA repair pathways may contribute to cancer resistance, since the lesions are removed before they become toxic to cells, which reduces chemotherapy effectiveness. Among DNA repair pathways, Nucleotide Excision Repair (NER) is one of the most versatile, and there are studies showing its involvement in removal of anthracyclines-induced lesions. Thus, our aim was to evaluate the contribution of DNA damage response mechanisms, focusing on NER, to the resistance to Mitoxantrone (MXT), an anthracycline analog, using the mitoxantrone-resistant leukemia cell line HL-60/MX2 as a model. After treatment with MXT and Etoposide (ETO), a topoisomerase II inhibitor, cell survival was assessed by trypan blue exclusion method; cell cycle profile and H2AX histone phosphorylation (γH2AX) were evaluated by flow cytometry; and gene expression levels of NER and efflux proteins were determined by RT-qPCR. Results indicate a different response between the resistant HL-60/MX2 and the sensitive HL-60 cells, as observed in the survival assay, cell cycle, and H2AX phosphorylation profile. Furthermore, in the resistant cells, RTqPCR analysis showed an increase in the expression of NER genes, with ERCC1 expression increased before treatments, and XPA after the treatments. Therefore, our results indicate the contribution of NER machinery in the resistance of leukemia cells to Mitoxantrone.
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Abordagem molecular da leucemia transitória e da leucemia mieloide, associadas à síndrome de down

Queiroz, Lílian Barros 27 September 2012 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, 2012. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2013-02-15T12:46:14Z No. of bitstreams: 1 2012_LilianBarrosQueiroz.pdf: 2795456 bytes, checksum: 57666ae888cc1fd9f6fd5bdf624c5f97 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2013-02-18T11:41:44Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2012_LilianBarrosQueiroz.pdf: 2795456 bytes, checksum: 57666ae888cc1fd9f6fd5bdf624c5f97 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-02-18T11:41:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2012_LilianBarrosQueiroz.pdf: 2795456 bytes, checksum: 57666ae888cc1fd9f6fd5bdf624c5f97 (MD5) / A condição do paciente com síndrome de Down (SD) desperta um interesse especial nos estudos sobre leucemogênese, não só pela leucemia transitória (LT) que acomete cerca de 4% dos recém-nascidos (RNs) com SD, mas também pela alta incidência de leucemia mieloide da SD (LM-SD), normalmente rara na população pediátrica geral. A relação patogenética dessas condições foi determinada pela presença de mutações somáticas no gene GATA1 que impede a síntese da proteína GATA1, mas não a síntese da proteína truncada, GATA1s. Os objetivos desse trabalho foram: (a) identificar a presença de mutações somáticas no exon 2 do gene GATA1 em uma coorte de RNs e crianças com SD nos dois tipos de proliferação clonal, LT e LM-SD, visando a consolidá-lo como marcador molecular no monitoramento da doença residual mínima (DRM); (b) padronizar o protocolo de técnicas moleculares para o diagnóstico precoce da LT e LM-SD; (c) determinar a incidência de LT nessse grupo amostral do Distrito Federal; e (d) detectar a presença de mutações nos exons 2 e 4 do gene GATA1 em um paciente com suspeita clínica de anemia diseritropoiética, sem SD e em sua família. Deste modo, a triagem para a detecção de mutações no exon 2 do GATA1 foi realizada em 198 amostras de 169 pacientes com SD, sendo que as 29 amostras restantes corresponderam a seguimento em diferentes datas de coleta. A frequência de mutações detectada foi de 2,36%, quatro de 169 pacientes (dois com LT e os outros dois com LM-SD). Todas essas mutações encontradas foram inéditas: p.Tyr63fs66p; p.Ala62fs13; Thr53fs82; p.Asp20fs117. A citogenética identificou alteração clonal (47,XY,del(5)(p13~14),del(6)(q?),+21c[12]/47,XY,+21c[46]) em um paciente com LM-SD. Para dois pacientes, um com LT e outro com LM-DS, demonstramos que suas mutações podem ser utilizadas como marcadores estáveis no monitoramento da DRM. A análise da amostra do paciente com suspeita clínica de anemia diseritopoiética sem SD e de sua família, não revelou mutação nos exons 2 e 4 do GATA1. Podemos destacar a padronização efetiva das técnicas moleculares para mutações no GATA1 em pacientes com SD. Isso possibilita uma implantação de unidade de diagnóstico molecular para que todos os RNs com SD sejam rastreados em avaliações clínicas para a detecção precoce de mutações no GATA1, complementando assim a rotina hematológica e citogenética. Além disso, haverá a determinação da frequência real de LT, além de monitorar a DRM na remissão espontânea da LT e na resposta terapêutica em caso de progressão para LM-SD. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / The condition of patients with Down syndrome (DS) awakens a particular interest in studies on leukemogenesis, not only by transient leukemia (TL) that affects about 4% of newborns (NBs) with DS, but also by the high incidence of myeloid leukemia of DS (ML-DS), rare in the general pediatric population. The pathogenetic relationship of these conditions was determined by the presence of somatic mutations in GATA1 gene that prevents GATA1 protein synthesis, but not the expression of the truncated protein, GATA1s. The aims of this study were: (a) to identify the presence of somatic mutations in exon 2 of GATA1 gene in a cohort of NBs and children with DS in two types of clonal proliferation, TL and ML-DS, in order to consolidate it as a molecular marker for monitoring the minimal residual disease (MRD), (b) to standardize the protocol of molecular techniques for early diagnosis of TL and ML-SD; (c) to determine the incidence of TL in this group of the Federal District, (d) to detect the presence of mutations in exons 2 and 4 of the GATA1 gene in one patient with clinical suspicion of dyserythropoietic anemia, without DS and his family. Therefore, screening for GATA1 mutations in exon 2 was performed on 198 samples from 169 patients with DS, and the 29 remaining samples corresponded to follow up on different sampling dates. The frequency detected was 2.36%, four of 169 patients (two with TL and the others two with ML-DS). All these mutations were novel: p.Tyr63fs66p; p.Ala62fs13; Thr53fs82; p.Asp20fs117. Cytogenetic analysis disclosed a clonal rearrangement (47,XY,del(5)(p13~14),del(6)(q?),+21C[12]/47,XY,+21c[46]) in a patient with ML-DS. In two patients with TL and ML-DS we demonstrated that their mutations can be used as a stable marker for monitoring MRD. No mutations in GATA1 were identified in the patient with dyserythropoietic anemia and his family. We highlight the effective standardization of molecular techniques for GATA1 mutation screening in DS patients. This allows deployment of a molecular diagnostic unit for all newborns with DS to be screened for early detection of GATA1 mutations, thus complementing the hematological and cytogenetic routine. Hence, the real frequency of TL could be determined as well as monitoring of MRD in spontaneous remission of TL and therapeutic response in case of progression to ML-DS.
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Diagnóstico citogenético e molecular das alterações genéticas recorrentes em leucemias da infância, no Distrito Federal

Mesquita, Débora Rabello January 2009 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, 2009. / Submitted by Allan Wanick Motta (allan_wanick@hotmail.com) on 2010-03-11T19:00:17Z No. of bitstreams: 1 2009_DeboraRabelloMesquita.pdf: 2872995 bytes, checksum: c30400791a23e4980f61cb4759a48ee9 (MD5) / Approved for entry into archive by Carolina Campos(carolinacamposmaia@gmail.com) on 2010-03-17T12:21:25Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2009_DeboraRabelloMesquita.pdf: 2872995 bytes, checksum: c30400791a23e4980f61cb4759a48ee9 (MD5) / Made available in DSpace on 2010-03-17T12:21:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2009_DeboraRabelloMesquita.pdf: 2872995 bytes, checksum: c30400791a23e4980f61cb4759a48ee9 (MD5) Previous issue date: 2009 / Em crianças, as leucemias, predominantemente do tipo aguda, são a forma mais comum de câncer. Informações a respeito das alterações genéticas recorrentes são importantes para a confirmação diagnóstica, caracterização biológica e apresentam grande valor prognóstico nas leucemias. No entanto, no Distrito Federal, não há relatos a respeito de suas freqüências. Utilizando-se as técnicas de obtenção de metáfases a partir do cultivo de células de medula óssea e RT-PCR foram pesquisadas as alterações genéticas recorrentes em 133 pacientes pediátricos portadores de leucemia, no período de 2005 a 2007, correspondendo a 78,70% do total registrado no Hospital de Apoio de Brasília. Observaram-se um total de 88 casos de LLA de linhagem B, 34 de LMA, sete de leucemia aguda bifenotípica e quatro de LMC, correspondendo, respectivamente, a 66,17%, 25,56%, 5,26% e 3,01% do total analisado. Entre os 79 casos com análise cariotípica completa, 47 apresentaram cariótipo normal e 32 outros evidenciaram alterações cromossômicas, sendo: hiperdiploidia (12), hipodiploidia (7), pseudodiploidia (12) e trissomia do 21 (1). Transcritos híbridos recorrentes foram identificados em 17 casos de LLA de linhagem B, sendo BCR/ABL p190 (1), E2A/PBX1 (5), TEL/AML1 (10) e MLL/ENLA1 (1) e em onze de LMA: AML1/ETO (5), PML/RAR (3), CBF /MYH11 (3). Para os transcritos: MLL/AF4, MLL/AF9, MLL/ENLA2 e MLL/ELL, nenhuma amplificação foi observada. Para cada transcrito foi verificada variação no valor das freqüências obtidas ano a ano. Questões relacionadas à heterogeneidade étnica são discutidas, sugerindo-se influência deste fator na variação encontrada. Os valores referentes às freqüências do transcrito TEL/AML1 identificados, no presente trabalho, são inferiores à média de 25% relatada em países industrializados. Análise comparativa da freqüência do referido transcrito é realizada entre países com diferentes graus de industrialização, identificando-se possível correlação entre este fator e a freqüência de TEL/AML1, o que leva a considerar a possibilidade de ocorrência de uma etiologia infecciosa para a leucemia infantil. Não houve concordância entre os resultados obtidos a partir das análises citogenética e molecular. A análise molecular, por RT-PCR, foi considerada como técnica ideal para a detecção de transcritos híbridos, enquanto que a análise citogenética contribuiu para a identificação de alterações cromossômicas numéricas, alterações estruturais não recorrentes e pseudodiploidias sem transcrito correspondente. O trabalho realizado permitiu a instalação de uma Unidade de Diagnóstico Molecular de Leucemias no Distrito Federal, ao possibilitar a incorporação do exame molecular no grupo de exames realizados ao diagnóstico em todos os pacientes com suspeita de leucemia, registrados no Hospital de Apoio de Brasília. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Leukemias, mainly of the acute type, are the most common form of cancer in children. Information about recurrent genetic alterations is important for diagnostic confirmation and biological characterization, and this represents great prognostic value in leukemias. However, in the Federal District there are no reports on their frequency. Using techniques that obtain metaphases from the cultivation of bone marrow cells and RT-PCR, recurrent genetic alterations were studied in 130 pediatric leukemia patients, from 2005 to 2007, corresponding to 78,70% of the total number recorded at the Hospital de Apoio of Brasília. A total of 88 cases of LLA of B lineage, 34 of LMA, seven of acute biphenotypic leukemia and four of LMC were observed, corresponding, respectively, to 66.17%, 25.56%, 5.26% and 3.01% of the whole group analyzed. Among the 79 cases with complete karyotypic analysis, 47 presented a normal karyotype and 31 others showed chromosomal alterations, which were divided thus: hyperdiploidy (12), hypodiploidy (7), pseudodiploidy (12) and trisomy-21 (1). Recurrent hybrid transcripts were identified in 17 cases of LLA of B lineage, and these were BCR/ABL p190 (1), E2A/PBX1 (5), TEL/AML1 (10) and MLL/ENLA1 (1) and in eleven of LMA: AML1/ETO (5), PML/RAR (3), CBF /MYH11 (3). For transcripts MLL/AF4, MLL/AF9, MLL/ENLA2 and MLL/ELL, no amplification was observed. For each transcript there was a variation in the value of frequencies obtained year on year. Questions relating to ethnic heterogeneity are discussed, suggesting that this is a factor in the variation encountered. The values referring to frequencies in the TEL/AML1 transcripts identified in the current work are below the average of 25% reported in industrialized countries. Comparative analysis of the frequency of the transcript is carried out among countries with different levels of industrialization, identifying a possible correlation between this factor and the frequency of TEL/AML1, which leads one to consider the possibility of there being an infectious etiology for child leukemia. There was no match between the results obtained from cytogenetic and from molecular analyses. Molecular analysis, by RT-PCR, was considered to be the ideal technique to detect hybrid transcripts, while cytogenetic analysis helped to identify numerical chromosomal alterations, non-recurrent structural alterations and pseudodyploidies with no corresponding transcript. This work allowed a Molecular Leukemia Diagnosis Unit to be installed in the Federal District, making it possible for the molecular test to be incorporated in the group of tests carried out when diagnosing all patients with suspected leukemia, registered at the Hospital de Apoio of Brasília.

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