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Modelos teóricos da deficiência no discurso acadêmico brasileiro: perspectivas integracionistas e o campo da saúde coletivaBárbara Fonseca da Costa Caldeira de Andrada 07 March 2013 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Atualmente, a deficiência é pensada através de dois modelos principais: o modelo médico e o modelo social. Cada um deles adota paradigmas próprios para a definição da deficiência e a proposição de ações reparadoras. Os efeitos sociais da adoção destes modelos variam amplamente, indo da exclusão à inclusão social de pessoas com deficiência. Esta dissertação apresenta a contribuição de perspectivas críticas recentes - nomeadas aqui como perspectivas integracionistas - que congregam elementos dos modelos anteriores. Essas perspectivas apontam para os limites dos modelos tradicionais, e propõem uma abordagem integrada que possa dar conta da complexidade do fenômeno da deficiência, característica que as tornam particularmente interessantes para o campo da Saúde Coletiva. No Brasil a deficiência ainda é considerada uma temática específica de determinados nichos de conhecimento, mais ligados aos campos da saúde e da educação. O tema da deficiência permanece abordado de modo incipiente pelas ciências humanas e sociais no país. No entanto, o país atravessa um momento de transição de paradigmas a respeito da deficiência: ao mesmo tempo em que desenvolvemos dispositivos legais alinhados às diretrizes da Convenção sobre
os Direitos das Pessoas com Deficiência (ONU), ainda há uma enorme diferença entre os discursos circulantes e as práticas efetivamente dirigidas às pessoas com deficiência. Por esta
razão, este trabalho buscou traçar um panorama do discurso acadêmico brasileiro sobre a deficiência, visando avaliar como as diferentes perspectivas e modelos teóricos emergem nas
narrativas acadêmicas sobre o tema. Para isso, foi realizada uma revisão bibliográfica em base de dados virtuais (SciELO Brazil). Foram selecionados para a amostra artigos cujos
conteúdos se relacionavam à questão da deficiência no Brasil e trouxessem achados de pesquisas empíricas, relatos de experiência, pesquisas documentais ou estudos de caso no
tema da deficiência. Procedimentos quantitativos e qualitativos foram usados para a análise da amostra. O trabalho se divide em duas partes: a primeira parte apresenta os principais
modelos teóricos da deficiência e a contribuição crítica das perspectivas integracionistas. O propósito de tal discussão teórica é situar a deficiência em sua transversalidade e destacar as relações entre a adoção de um modelo e as práticas e discursos sobre a deficiência que dele se
derivam. A segunda parte do trabalho apresenta e discute os dados da pesquisa, buscando levantar as especificidades do contexto brasileiro sobre o tema da deficiência, relacionando os
achados com os debates internacionais do campo dos Estudos sobre Deficiência. / Currently, disability is thought through two main models: the medical model and the social model. Each one of them has its own paradigms for the definition of disability and proposal of remedial actions. The social effects of adopting each of the models vary widely, ranging from exclusion to social inclusion of people with disabilities. This dissertation presents the contribution of recent critical perspectives - named here as "integrationist perspectives" - which bring together elements from previous models. These perspectives point to the limits of traditional models, and propose an integrated approach that can cope with the complexity of the phenomenon of disability, a characteristic that makes them particularly interesting for the field of Collective Health. In Brazil disability is still considered a topic of specific niches of knowledge, most linked to the fields of health and education. The theme of disability remains covered incipiently by humanities and social science in the country. However, Brazil is experiencing a time of transition in paradigms regarding disability: while developing legal devices aligned with the guidelines of the Convention on the Rights of
Persons with Disabilities (UN), there is still a huge difference between the circulating discourses and practices concerning people with disabilities. Therefore, this study aimed to give an overview of the Brazilian academic discourse on disability, to evaluate how the different perspectives and theoretical models emerge in academic narratives on the subject. For this purpose, it was conducted a literature review on virtual database SciELO (Brazil). We selected for the sample articles related to the issue of disability in Brazil and with findings from empirical research, experience reports, documentary research or case studies on the theme of disability. We used quantitative and qualitative procedures for sample analysis. The work is divided into two parts: the first part presents the main theoretical models of disability and the contribution of critical integrationist perspectives. The purpose of this theoretical discussion is situating disability in its transversality and highlighting the relationship between the adoption of a model and the practices and discourses on disability which comes from it. The second part presents and debates the survey data aimed to assess the specificities of the Brazilian context on the subject of disability, relating the findings to the international discussions of the field of Disability Studies.
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O MODELO SOCIAL DA DEFICIÊNCIA NO DIREITO BRASILEIRO: Reconhecimento, Justiça e Direitos Humanos / THE SOCIAL MODEL OF DEFICIENCY IN BRAZILIAN LAW: Recognition, Justice and Human RightsCHAVES, Denisson Gonçalves 09 February 2017 (has links)
Submitted by Maria Aparecida (cidazen@gmail.com) on 2017-04-26T14:41:03Z
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Previous issue date: 2017-02-09 / Nowadays, the deficiency is a multidimensional thematic, approached by the most various
areas of the Science, from the spheres of health, like medicine, to Social Sciences, such as
Law and Politics. However, this plurivision is something recent, so that until the middle of the
21st century a purely biomedical perspective of the phenomenon of disability prevailed in a
hegemonic way, considering it as pathology. The social model of disability emerges as an
innovative paradigm, defining disability as the livingness in bodies with impairments in
environments with barriers. In these terms, it becomes part of human diversity, not a stigma.
In spite of this interpretative revolution, the deficiency is still governed by common standards,
by charitable attitudes or even relegated to social invisibility. The Brazilian Law contains a
vast number of protective norms for people with disabilities, however, they need enforcement.
This misfortune is due in part to the lack of studies on this topic from a legal perspective.
Furthermore, even within the sociology of health, the social model is still poorly diffused.
Therefore, the objective of this work is to analyze the social model of disability from a Law
perspective, showing "if" and "how" the internal legal system is adopting such archetype. The
methodology used was the analysis of the content of national and international decisions and
legislations, as well as the bibliographic review about the disability. The results found in this
study show that the Brazilian State has a mechanism to enforce the rights of people with
functional diversity, though, obstacles, such as invisibility, prejudice and socioinstitutional
disengagement represent environmental barriers that generate and promote the exclusion of
the disabled. / Hodiernamente, a deficiência é uma temática multidimensional, podendo ser abordada pelas
mais variadas áreas da Ciência, desde as esferas da saúde, como a medicina, até as Ciências
Sociais, como o Direito e Política. Entretanto, esta plurivisão é algo recente, de maneira que
até meados do século XXI prevalecia de modo hegemônico uma perspectiva puramente
biomédica do fenômeno da deficiência, considerando-a como uma patologia. O modelo social
da deficiência surge como um paradigma inovador, definindo deficiência como a vivência em
corpos com impedimentos em ambientes com barreiras. Neste sentido, ela se torna parte da
diversidade humana e não um estigma. Apesar dessa revolução interpretativa, a deficiência
ainda é governada pelos ditames do senso comum, por posturas caritativas ou mesmo relegada
à invisibilidade social. O Direito brasileiro contém um amplo rol de normas protetivas das
pessoas com deficiência, que contudo, carecem de densificação. Essa mazela deve-se em parte
a carência de estudos sobre a temática pela ótica jurídica. Ademais, mesmo no âmbito da
sociologia da saúde, o modelo social ainda é pouco difundido. Portanto, o objetivo deste
trabalho é analisar o modelo social da deficiência pela perspectiva do Direito, demonstrando
“se” e “como” o ordenamento jurídico interno está adotando tal arquétipo. A metodologia
utilizada foi a análise de conteúdo de decisões e legislações nacionais e internacionais, bem
como a revisão bibliográfica sobre a deficiência. Os resultados encontrados demonstram que o
Estado brasileiro dispõe de mecanismo de efetivação dos direitos das pessoas com diversidade
funcional, todavia, óbices, como a invisibilidade, preconceito e descomprometimento
socioinstitucional representam barreiras ambientais que geram e promovem a exclusão dos
deficientes.
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Modelo de desenvolvimento intelectual para agentes rob?ticosMaia, Rosiery da Silva 18 December 2012 (has links)
Submitted by Automa??o e Estat?stica (sst@bczm.ufrn.br) on 2017-01-04T13:19:42Z
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Previous issue date: 2012-12-18 / IDeM-MRS ? um modelo com regras formais para gerenciar a coopera??o de um
grupo de rob?s, quando aplicados em resolu??o de tarefas. Esse formalismo ? totalmente
baseado em modelos sociais de aprendizagem de indiv?duos reais e coordena eficientemente
o sistema multirrob?, propiciando a Assimila??o e Acomoda??o do conhecimento
atrav?s de trocas de experi?ncias entre os componentes do grupo. Algumas quest?es foram
particulamente tratadas, como uma representa??o realista do ambiente multirrob?
(que envolve a miss?o global, as tarefas que pertencem a essa miss?o e os rob?s atuantes)
e uma forma de sele??o de tarefas, baseada em teorias de abordagens socias de aprendizagem,
como as pregadas por Lev Vygotsky, Jean Piaget e John Watson. Essas teorias,
j? consolidadas para indiv?duos reais, permitem a execu??o cooperativa eficiente pelos
rob?s. IDeM-MRS pode ser usado em diferentes tipos de miss?es, desde as mais simples
?s mais complexas. Os experimentos e resultados validam a efici?ncia dessa proposta em
compara??o a um modelo emp?rico tradicional. / IDeM-MRS is a model with formal rules to manage the cooperation of multi-robot
systems, if it is applied in tasks execution. This formalism is completely based on learning
social models of real individuals and efficiently coordinates the group allowing
knowledge assimilation and accommodation through experiences exchange among the
group components. Some issues are particularly investigated, such as the realist multirobot
environment representation (involving the global mission, the tasks that belong to
this mission and the active robots) and a task selection form based on theories and social
learning approaches, such as theories of Lev Vygotsky, Jean Piaget and John Watson. Its
theories already consolidated to real individuos, allows the cooperative execution efficient
by robots. IDeM-MRS can be used for different types of missions, from the simplest to
more complex ones. The experiments and results validate the effectiveness of this formalism
compared to the traditional empirical model.
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Modelos teóricos da deficiência no discurso acadêmico brasileiro: perspectivas integracionistas e o campo da saúde coletivaBárbara Fonseca da Costa Caldeira de Andrada 07 March 2013 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Atualmente, a deficiência é pensada através de dois modelos principais: o modelo médico e o modelo social. Cada um deles adota paradigmas próprios para a definição da deficiência e a proposição de ações reparadoras. Os efeitos sociais da adoção destes modelos variam amplamente, indo da exclusão à inclusão social de pessoas com deficiência. Esta dissertação apresenta a contribuição de perspectivas críticas recentes - nomeadas aqui como perspectivas integracionistas - que congregam elementos dos modelos anteriores. Essas perspectivas apontam para os limites dos modelos tradicionais, e propõem uma abordagem integrada que possa dar conta da complexidade do fenômeno da deficiência, característica que as tornam particularmente interessantes para o campo da Saúde Coletiva. No Brasil a deficiência ainda é considerada uma temática específica de determinados nichos de conhecimento, mais ligados aos campos da saúde e da educação. O tema da deficiência permanece abordado de modo incipiente pelas ciências humanas e sociais no país. No entanto, o país atravessa um momento de transição de paradigmas a respeito da deficiência: ao mesmo tempo em que desenvolvemos dispositivos legais alinhados às diretrizes da Convenção sobre
os Direitos das Pessoas com Deficiência (ONU), ainda há uma enorme diferença entre os discursos circulantes e as práticas efetivamente dirigidas às pessoas com deficiência. Por esta
razão, este trabalho buscou traçar um panorama do discurso acadêmico brasileiro sobre a deficiência, visando avaliar como as diferentes perspectivas e modelos teóricos emergem nas
narrativas acadêmicas sobre o tema. Para isso, foi realizada uma revisão bibliográfica em base de dados virtuais (SciELO Brazil). Foram selecionados para a amostra artigos cujos
conteúdos se relacionavam à questão da deficiência no Brasil e trouxessem achados de pesquisas empíricas, relatos de experiência, pesquisas documentais ou estudos de caso no
tema da deficiência. Procedimentos quantitativos e qualitativos foram usados para a análise da amostra. O trabalho se divide em duas partes: a primeira parte apresenta os principais
modelos teóricos da deficiência e a contribuição crítica das perspectivas integracionistas. O propósito de tal discussão teórica é situar a deficiência em sua transversalidade e destacar as relações entre a adoção de um modelo e as práticas e discursos sobre a deficiência que dele se
derivam. A segunda parte do trabalho apresenta e discute os dados da pesquisa, buscando levantar as especificidades do contexto brasileiro sobre o tema da deficiência, relacionando os
achados com os debates internacionais do campo dos Estudos sobre Deficiência. / Currently, disability is thought through two main models: the medical model and the social model. Each one of them has its own paradigms for the definition of disability and proposal of remedial actions. The social effects of adopting each of the models vary widely, ranging from exclusion to social inclusion of people with disabilities. This dissertation presents the contribution of recent critical perspectives - named here as "integrationist perspectives" - which bring together elements from previous models. These perspectives point to the limits of traditional models, and propose an integrated approach that can cope with the complexity of the phenomenon of disability, a characteristic that makes them particularly interesting for the field of Collective Health. In Brazil disability is still considered a topic of specific niches of knowledge, most linked to the fields of health and education. The theme of disability remains covered incipiently by humanities and social science in the country. However, Brazil is experiencing a time of transition in paradigms regarding disability: while developing legal devices aligned with the guidelines of the Convention on the Rights of
Persons with Disabilities (UN), there is still a huge difference between the circulating discourses and practices concerning people with disabilities. Therefore, this study aimed to give an overview of the Brazilian academic discourse on disability, to evaluate how the different perspectives and theoretical models emerge in academic narratives on the subject. For this purpose, it was conducted a literature review on virtual database SciELO (Brazil). We selected for the sample articles related to the issue of disability in Brazil and with findings from empirical research, experience reports, documentary research or case studies on the theme of disability. We used quantitative and qualitative procedures for sample analysis. The work is divided into two parts: the first part presents the main theoretical models of disability and the contribution of critical integrationist perspectives. The purpose of this theoretical discussion is situating disability in its transversality and highlighting the relationship between the adoption of a model and the practices and discourses on disability which comes from it. The second part presents and debates the survey data aimed to assess the specificities of the Brazilian context on the subject of disability, relating the findings to the international discussions of the field of Disability Studies.
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Das PrÃticas Escolares Ao Exame Nacional do Ensino MÃdio (ENEM): a experiÃncia avaliativa de alunos surdos na cidade de Fortaleza-Ce / From school practices to Exame Nacional do Ensino MÃdio (ENEM): the evaluative experience of deaf students in Fortaleza - CEMarta Cavalcante Benevides Loureiro 30 July 2015 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / A busca pelo Ensino Superior tem levado anualmente milhares de jovens do paÃs inteiro a se inscreverem no Exame Nacional do Ensino MÃdio (ENEM). Inicialmente criado, em 1998, com o objetivo de avaliar o desempenho do estudante ao final da EducaÃÃo BÃsica, a partir do ano de 2009, passou a ser utilizado como ferramenta de seleÃÃo para a EducaÃÃo Superior. Tal exame, que na atualidade apresenta vÃrios objetivos, deve assegurar a todos, indistintamente, o acesso, conforme previsto no princÃpio jurÃdico da igualdade ou da isonomia, que afirma que todos sÃo iguais perante a lei. O ENEM, portanto, deve prover recursos que garantam a igualdade a todos que dele desejem participar, sendo necessÃria, aos organizadores desse exame, a preocupaÃÃo em disponibilizar recursos que atendam adequadamente as necessidades daqueles que apresentam especificidades em seu desenvolvimento, comportamento, mobilidade, entre outros. Dentre aqueles que necessitam de recursos diferenciados para se sentirem incluÃdos estÃo as pessoas marcadas pela surdez, caracterÃstica esta que provoca no indivÃduo um modo diferenciado e particular de desenvolvimento, visto que a audiÃÃo à um dos principais elementos responsÃveis pela aquisiÃÃo da linguagem e sua ausÃncia irà interferir na constituiÃÃo e desenvolvimento do pensamento, memÃria e de outros processos psicolÃgicos bÃsicos. Apesar da existÃncia do princÃpio da isonomia em nossa legislaÃÃo, sÃo muitos os relatos de queixas de estudantes surdos que nÃo se sentem contemplados nos recursos de acessibilidades previstos pelo Inep para a realizaÃÃo do ENEM. Exemplo disso à que, ao longo dos anos, temos encontrado diversas manifestaÃÃes advindas da sociedade civil, seja por meio de mÃdias sociais ou atravÃs da procura dos meios jurÃdicos, para a conquista do direito a esse princÃpio bÃsico no ENEM. A pesquisa que se apresenta a seguir intenciona investigar as condiÃÃes avaliativas de acessibilidade no Exame Nacional do Ensino MÃdio â ENEM para alunos com surdez na cidade de Fortaleza, estado do CearÃ. A realidade que se desenha justifica a importÃncia social da realizaÃÃo de pesquisas que possam investigar e aprofundar conhecimentos sobre a temÃtica. Academicamente, uma pesquisa na Ãrea se justifica pela escassez de material cientÃfico que trate sobre o assunto e pela importÃncia de construir conhecimentos mais consistentes sobre a acessibilidade no ENEM. Para realizaÃÃo dessa investigaÃÃo, foi realizada uma pesquisa qualitativa, na forma de um estudo de caso. Foram utilizados como instrumentos o questionÃrio, a anÃlise de documentos e a entrevista semiestruturada. Os resultados apontam para a inadequaÃÃo de recursos de acessibilidade para candidatos surdos, pois estes apresentam grande dificuldade na compreensÃo da lÃngua portuguesa, o que favorece uma incompreensÃo do que à solicitado pelas questÃes do ENEM, que apresentam longos textos em seus enunciados. Os resultados apontam que os surdos nÃo possuem autonomia nesse exame e dependem quase que exclusivamente do intÃrprete para a sua compreensÃo.
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Modelos de gestión impulsados por la tecnología para el desarrollo de sociedades inteligentesVarela Guzmán, Erick Giovanni 08 September 2023 (has links)
En los años recientes, la humanidad ha sido testigo de cambios que se están produciendo en la sociedad, en donde la innovación basada conocimiento científico y el acelerado desarrollo tecnológico son elementos que se han convertido en pilares fundamentales de la sociedad contemporánea, y han logrado integrarse y ejercer una fuerte influencia en prácticamente todos los niveles y sectores de la sociedad. Si bien, la adopción masiva de la tecnología ha permitido habilitar oportunidades para lograr mejoras significativas en la calidad de vida, el bienestar de las personas, el acceso a servicios básicos, y el desarrollo de la sociedad en general, aún existen muchas situaciones complejas que representan un verdadero desafío para la sociedad, y que con los modelos de trabajo tradicionales y las herramientas disponibles no han sido posible abordar de forma adecuada. Por lo que es necesario definir una línea de actuación consistente para el futuro, con el objetivo de aprovechar las oportunidades disponibles, y poder superar gradualmente todos estas complejas situaciones que limitan el proceso de desarrollo de la sociedad. El fundamento de este trabajo es seguir profundizando en esta línea para comprender mejor los complejos y multidimensionales cambios que se están produciendo en la sociedad debido a la influencia de la tecnología en las interacciones humanas, y como las tecnologías pueden ser utilizadas para desarrollar modelos innovadores de trabajo que permitan lograr avances en los objetivos de sostenibilidad y mejoras en la calidad de vida que busca la sociedad. Por lo tanto, en este trabajo se propone y desarrolla el concepto de la sociedad inteligente, un modelo social centrado en las necesidades e intereses de las personas, que propone como línea de avance sostenible aprovechar las oportunidades habilitadas por las nuevas tecnologías para establecer estrategias innovadoras basadas en el trabajo colaborativo, y la distribución de responsabilidades entre todos los agentes sociales involucrados, con especial énfasis en potenciar la participación de los ciudadanos, que se establecen como la principal fuerza para poder enfrentar los problemas y desafíos que la sociedad debe superar. El resto del trabajo está estructurado de la siguiente forma: El capítulo 1, ofrece una contextualización del escenario, en donde se exploran los cambios que estás sucediendo en la sociedad debido al aumento considerable de la información, el desarrollo tecnológico y los avances científicos. También se identifican los principales desafíos que limitan el proceso de desarrollo de la sociedad y se define una propuesta para navegar el conjunto de problemas y desafíos complejos. El capítulo 2 está enfocado en definir y caracterizar a la sociedad inteligente. También se define el marco conceptual del modelo que propone el rol que cada interesado debe adoptar en el contexto de la sociedad inteligente y la estructura del modelo que se desarrolla a través de un esquema de dimensiones. En el Capítulo 3 se explora el potencial de las tecnologías emergentes para definir esquemas de trabajo innovadores y que permitan abordar los complejos desafíos que enfrenta la sociedad. El capítulo 4, tiene como principal objetivo definir y desarrollar una herramienta que permita medir de forma objetiva que tan cerca esta una sociedad de compatibilizar sus agendas de desarrollo con los objetivos establecidos en el contexto de la sociedad inteligente. Finalmente, expone las conclusiones, los resultados obtenidos y las contribuciones al conocimiento que realiza este trabajo.
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Ironias da Desigualdade: Políticas e Práticas de Inclusão de Pessoas com Deficiência FísicaVasconcelos, Fernando Donato 16 February 2005 (has links)
Submitted by FERNANDO DONATO VASCONCELOS (fdvasconcelos@gmail.com) on 2017-11-29T00:43:09Z
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Ironias da Desigualdade TESE FDV.pdf: 3015033 bytes, checksum: cef0e49fb7d89f4554f8b69f325f7e62 (MD5) / O autor analisa políticas e práticas de inclusão da pessoa com deficiência física no mercado de trabalho em Salvador, Bahia. Considerou como hipóteses que o modelo
biomédico não é adequado para orientar políticas de inclusão das pessoas com
deficiência, uma vez que a deficiência é, acima de tudo, um produto social; o suporte
familiar e a classe social são fundamentais nas chances de inclusão social das pessoas
com deficiência; e que as estratégias de inclusão no trabalho adotadas no Brasil são
insuficientes e, para que tenham êxito, precisam estar associadas a outras medidas
políticas, sociais, culturais e econômicas que levem em conta a complexidade do
mundo do trabalho e dos sujeitos envolvidos. Foram entrevistados, utilizando
questionários semi-estruturados, 22 deficientes físicos, dentre os quais trabalhadores
de banco, supermercado, terceirizados numa empresa estatal, dois comerciantes, uma
juíza, um professor e uma psicóloga. Foram ainda entrevistados 6 chefes e colegas
desses trabalhadores com deficiência, assim como e 7 técnicos e dirigentes de
instituições relacionadas à deficiência, totalizando 35 entrevistas. Foi feita revisão da
legislação, analisados dados censitários e estatísticas de emprego, além de realizadas
visitas a instituições dedicadas à capacitação e/ou inclusão de deficientes no mercado
de trabalho, onde foram entrevistados técnicos ou dirigentes. O autor concluiu que as
hipóteses iniciais foram confirmadas, destacando a importância do“modelo social”na
explicação da deficiência. Constatou ainda que o sistema de cotas de emprego, ainda
que seja uma política afirmativa que estimula a criação de vagas de trabalho informal e
cria novas oportunidades de trabalho formal, não é suficiente para garantir um número
de vagas suficientes para as pessoas com deficiência. Verificou que a formação
profissional não é assumida no Brasil como uma tarefa essencial do Estado, repassada
às suas entidades de defesa, que o fazem de modo precário. Para viabilizar sua
inclusão de deficientes, algumas dessas entidades chegam a assumir a terceirização de
trabalhadores deficientes, passando a enfrentar conflitos como patrões daqueles que
querem defender. Analisa que, para o senso comum, é de difícil compreensão a idéia
de que os socialmente excluídos devam ter direitos especiais. Identificou que as
estratégias e práticas de inclusão estão marcadas por situações que denomina de
ironias da desigualdade, que ocorrem tanto no âmbito da família, quanto no trabalho e
na sociedade, como por exemplo, a discriminação da deficiência congênita em relação
à deficiência adquirida; a ameaça de chefes a empregados, obrigando-os a tratar os
deficientes como normais; a visão da deficiência como virtude, por facilitar o acesso ao
emprego; a “desvantagem racial”superando a desvantagem física; a utilização do
deficiente como exemplo de bom trabalhador e fator de disciplinamento, em razão da
sua superação de limites; a vitimização do deficiente que é submetido às mesmas
condições de risco dos demais trabalhadores e termina por ser excluído do trabalho
através da demissão ou aposentadoria. É destacada a importância de novos estudos e
políticas de inclusão das pessoas com deficiência no Brasil. / ABSTRACT: The author had studied politics and practical of inclusion of people with physical
disablement in the work market in Salvador, Brazil. He had considered as hypotheses
that the biomedical model is not adjusted to guide politics of inclusion of the disabled
people, once disablement is, above all, a social product; the familiar support and the
social classroom are basic factor in the possibilities of social inclusion of the people with
disablement; the strategies of inclusion in the work adopted in Brazil are insufficient and
need to be associates to other measures politics, social, cultural and economic that take
in account the complexity of the world of the work and the involved individuals. 35
people have been interviewed: 22 physical disabled workers, 6 other people among their
heads and colleagues, and 7 professionals and leaderships of institution of disabled
people. Specific legislation and statistics of employment were analysed, beyond carried
through visits the dedicated institutions to the qualification and/or inclusion of disabled in
the job market. The author confirms the initial hypotheses, emphasizing the importance
of“social model”on the explication of disablement. He had evidenced that the system of
quotas of job, in spite of stimulates new chances of formal and informal work, is not
enough to guarantee an enough number of jobs for the disabled workers. He had
verified that the professional formation of the disabled is attributed by the State to its
associations, activity that they carry through in precarious way. Some of those nongovernmental
institutions also have assumed the condition of employer of disabled
workers to make possible its inclusion, incorporating a contradictory situation. The
author had identified that strategies and practical of inclusion marked for situations that
calls of ironies of the inequality, that occur in such a way in the scope of the family, in
the work and the society, as, for example, the discrimination of the congenital
disablement in relation to the acquired disablement; the fact of heads compelling
workers to treat disabled people as the normal ones; the vision of the impairment as a
virtue, for facilitating the access to the job; the fact of race is cause of more
disadvantage than the physical impairment; the use of the disabled as example of good
worker, in reason of its overcoming of limits; the exposure of the disabled worker to the
same conditions of occupational risks and diseases, what results in exclusion from the
work through the resignation or retirement. The author considers the importance of new studies and politics of inclusion of the deficient in Brazil.
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Construções discursivas acerca da deficiência intelectual: entre concepções e implicações para políticas públicas / Discursive constructions about intelectual disability: between conceptions and implications for the public policiesDias, Marília Costa 29 May 2017 (has links)
Este estudo utiliza contribuições de diferentes campos do conhecimento, para compreender o universo de sentidos que determinam as práticas sociais em relação às pessoas que têm dificuldade nas habilidades intelectuais. O construcionismo social e a perspectiva ecológica foram as bases para discutir o constructo deficiência intelectual. A abordagem de gestão social nas políticas públicas foi utilizada para refletir em relação à administração pública numa óptica não hegemônica, em que o interesse público está em primeiro lugar e a dimensão social do desenvolvimento é parte integrante e essencial da atividade econômica. A investigação teve como objetos de estudo: 1) as construções discursivas acerca da deficiência intelectual; 2) os discursos sobre políticas públicas, para identificar tendências e implicações das formas de compreensão a respeito da deficiência intelectual. Do ponto de vista metodológico, a análise do discurso francesa foi a base do dispositivo analítico construído para analisar as formações discursivas. Foram selecionadas e analisadas quatro definições de deficiência e onze de deficiência intelectual. Nos discursos que definem o constructo deficiência, como categoria ampla, constatou-se que os sentidos estão associados ao modelo social que considera a deficiência como resultado de fatores relacionados às características da pessoa e do ambiente no qual está inserida. No entanto, em relação ao constructo deficiência intelectual, ainda há vários discursos que remetem às premissas do modelo médico, o qual considera a deficiência como um problema individual que exige capacidade de adaptação a situações e desafios da vida cotidiana. As significações atreladas ao modelo social se fazem presentes, mas não são prevalentes. Nas construções discursivas de nove policymakers, foram analisadas concepções com relação à deficiência intelectual; assim como elementos relacionados aos processos políticos de formulação de políticas públicas. Os resultados apontam vários sentidos associados ao modelo social da deficiência, o que revela uma tendência a se considerar o papel da sociedade e do Estado na construção de uma cultura inclusiva, em termos de serviços públicos. Porém há diferenças acentuadas na forma como esses sentidos se constroem e se articulam. Ao mesmo tempo em que há referência à Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência, de 2006, que é um marco do modelo social, há também vários sentidos associados ao modelo médico/reabilitador. O fato de alguns sentidos serem incorporados não significa abandono imediato de outros sentidos conflitantes. Tal fato revela um processo de apropriação de discursos a respeito da deficiência, que ocorre de forma gradativa em direção ao modelo social. Nos discursos dos entrevistados, foram encontradas marcas dos discursos da funcionalidade, da diversidade, das capacidades, as quais revelam sentidos em construção e em disputa. Em relação às tendências em políticas públicas, foram mais recorrente sentidos relacionados à abordagem de direitos humanos. / This study utilizes contributions from different fields of knowledge to understand the universe of meanings that determine the social practices related to persons who face difficulties in intellectual abilities. Social constructionism and the ecological perspective were the basis to discuss intellectual disability as a construct. The approach of social management in public policies was used to think over the public administration in a non-hegemonic viewpoint, in which the public interest comes first and the social dimension of development is a key and integral part of the economic activity. The investigation took as objects of study: 1) the discursive constructions about intellectual disability; 2) the discourses on public policies to identify tendencies and implications of the ways of comprehending intellectual disability. From the methodological perspective, the French analysis of discourse was the basis for the analytical device devised to analyze the discursive formations. Four definitions of disability and eleven definitions of intellectual disability were selected and analyzed. In the discourses defining the construct of disability, as a broad category, I have found that the meanings are associated with the social model that considers disability as the result of factors related to personal characteristics and the environment which a person is a part of. However, regarding the construct of intellectual disability, there are still several discourses referred to the assumptions of the medical model, which takes disability as an individual problem demanding capacity to adapt to situations and challenges of everyday life. The significances linked to the social model are present but they do not prevail. In the discursive constructions by nine policymakers, conceptions were analyzed in reference to intellectual disability; as well as elements related to the political processes involved in the making of public policies. The results point to several meanings associated with the social model of disability, which reveals a tendency of considering the role of society and the State in the construction of an inclusive culture in terms of public services. But there are sharp differences in the way these meanings are built and intertwined. While there is reference to the 2006 International Convention on the Rights for People with Disabilities, which is a landmark for the social model, there are also several meanings associated with the medical/rehabilitating model. The fact that some meanings are absorbed does not mean that other conflicting meanings are immediately abandoned. Such fact reveals a process of appropriation of discourses on disability, which happens gradually towards the social model. In the discourse of the interviewees, marks were found of functionality, diversity, capacities, as they reveal meanings under construction and being disputed. In relation to the tendencies in public policies, meanings associated with the human rights approach were more persistent.
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Bibliotecas universitárias: mediação e acesso à informação para pessoas com deficiênciaBotelho, Maria de Fátima Cleômenis 29 August 2014 (has links)
Rubim, Linda Silva Oliveira ver Rubim, Lindinalva Silva Oliveira / Submitted by Fatima Cleômenis Botelho Maria (botelho@ufba.br) on 2014-12-13T12:47:18Z
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Dissert_BotelhoMFC_v.final[27.10.14].pdf: 2268253 bytes, checksum: 105f00d70d5f7a2d0bd68242c03f5f74 (MD5) / Este trabalho focaliza o acesso à informação por pessoas com deficiência em bibliotecas universitárias, especificamente nas bibliotecas do Sistema Universitário de Bibliotecas da Universidade Federal da Bahia (SIBI/UFBA), objetivando investigar o papel mediador exercido por essas bibliotecas e profissionais bibliotecários que nelas atuam. A pesquisa teve como pressuposto, a ausência significativa desses usuários nas bibliotecas e se deteve no atendimento praticado pelo Serviço de Referência (SR) de duas bibliotecas: a Biblioteca Universitária Reitor Macedo Costa (BRUMC) e a Biblioteca Universitária de Saúde (BUS). A fundamentação teórica partiu dos Disability Studies (Estudos sobre Deficiência), formulados por teóricos britânicos da década de 1960, cujos conceitos estruturaram os movimentos pelos direitos das pessoas com deficiência, intensificados mundialmente. Apresenta o Modelo Social da Deficiência, bem como os aspectos históricos relacionados à problemática da deficiência, abordando questões relativas ao preconceito, segregação e direitos humanos. Aborda também o conceito de mediação da informação, a importância do SR e sua prática relacionada às competências em informação, dos profissionais bibliotecários. Efetuou-se uma pesquisa exploratória, com intuito de conhecer a relação que a biblioteca universitária tem com seus usuários com deficiência, visando contribuir para o aperfeiçoamento desse atendimento. Utilizou-se a entrevista como instrumento de coleta de dados, tendo em vista não apenas o tamanho da amostra, como também às características subjetivas das questões formuladas, que revelaram o caráter essencialmente qualitativo da pesquisa. Os resultados foram obtidos mediante a análise das respostas de dois grupos de bibliotecários do SIBI/UFBA: o primeiro formado pelos bibliotecários gestores e o segundo pelos que atuam no SR. Esses resultados comprovaram os pressupostos iniciais da pesquisa, constatando a ausência de usuários com deficiência nas bibliotecas e também a inexistência de políticas institucionais direcionadas ao atendimento dessas pessoas nas bibliotecas do SIBI/UFBA. Os resultados apontam também para a necessidade de uma discussão mais aprofundada sobre a deficiência e sobre a mediação direcionada a esse público. Sugere-se que mudanças na formação dos profissionais bibliotecários são necessárias, além da elaboração de políticas e ações, por parte do SIBI/UFBA, que permitam maior aproximação como esse público específico. / This study focuses on access to information by people with disabilities in university libraries, specifically in the library system of the Federal University of Bahia (SIBI/UFBA). The objective is to investigate the mediating role performed by these libraries and professional librarians who work in them. The research was based on the significant absence of these users in libraries and has been engaged in the observation of the service given by Service Reference (SR) of two libraries: Reitor Macedo Costa University Library and University Library of Health. The theoretical foundation came from Disability Studies, formulated by British theorists of the 1960s, whose concepts have structured the movement for the rights of people with disabilities, intensified worldwide. Displays the Social Model of Disability, as well as the historical aspects related to the disability, addressing issues of preconception, segregation and human rights. Also addresses the concept of mediation of information, the importance of the SR and practice related to information literacy, of librarians. We conducted a exploratory research, in order to know the relationship that the university library has with its users with disabilities to contribute to the improvement of this service. We used the interview as an instrument of data collection, considering not only the sample size, but also the subjective characteristics of the questions, which show the essentially qualitative nature of the research. Results were obtained by analyzing the responses of two groups of librarians SIBI/UFBA: the first formed by the managers and the second by librarians who work in SR. These results confirmed the initial assumptions of the research, noting the absence of users with disabilities in libraries and also the lack of institutional policies focused on serving these people in the SIBI/UFBA libraries. The results also point to the need for further discussion on disability and on mediation aimed at these users. It is suggested that changes in the education of librarians are needed, in addition to the development of policies and actions by the SIBI / UFBA, enabling closer approach to that specific public.
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Contribuições a um pensar sociológico sobre a deficiênciaPiccolo, Gustavo Martins 03 July 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-07-03 / Throughout modern history the deficiency has been described mainly by the medical knowledge. In this paper we propose to investigate the importance of theory toward understanding the cited phenomenon on other bases than the accepted hegemonic, for this, we assumed that only a movement led by a revolutionary theory can effectively exercise the role of combatant lead. The development cited to materialize mainly through a process of dive on the writings of the London group called Disability Studies, representative current of a movement that can be seen as an inflection point on the historically dominant knowledge in dealing with disabilities, based on explanatory concepts from the field of sociology. Our work will be focused on this literature , aiming to compose a scenario which presents the historical development of this movement, as well as some of its limitations and possibilities to be explored. By materializing a theoretical search process, this work constitutes primarily as a literary composition (involving review, seizure, analysis, explanation and creation of literature), with the guidelines the historical materialism theory, though it does not materialize a Marxist work strict sense. Prior to submission of detailed theoretical corpus, we conducted a methodological process by state of the art on the dissertations and theses produced on (post-)graduate programs accredited by CAPES in fields related to sociological science (Sociology, Social Sciences, Anthropology and Political Science) between 1990 and 2010, mister universe by which Londoners develop their relations on disability. After collecting these data we found empirically that almost nothing was written about disability in the sociological fields. In 5691 texts of sociology cataloged only 10 (0.18%) dealt directly on disability. These data do not show significant changes when we compared the texts produced in the Graduate Program in Anthropology and Political Science. In anthropology, 1893 works were produced, and only 5 (0.26%) of these papers have disability as the main object of study, the same number found in Political Science in a universe of 1211 theses and dissertations. Of the 20 works found in a universe of 8798, only two made sporadic references to the London group. Thus, the deficiency still seems primarily as a medical phenomenon, a pre-sociological issue, not worthy of note to be represented as a matter of research in the sciences that make use of social analysis. In this sense, a question inevitably tends to be made: How to develop emancipatory policies for people with disabilities if the benchmark it leaves is inextricably linked to disability as a condition of dependency? Policies and practices need to be libertarian concepts and epistemologies also libertarian. But such concepts exist and seeking to appropriate the same we did a real scan magazine articles published in Disability & Society, the most important journal in the existing sociological analysis of disability. From June 1986 to July 2011 the magazine published 1487 articles, all in English, although produced by authors from more than 30 countries. Of these, 383 were read in full, which allowed us to compose the lines of this work, having as a foundational assumption the idea that disability is a product of social oppression inserted over the differences expressed by the body of his subjects, so, it is created by the intrinsic insensitivity of the environment in which we operate. From the literature review indicated themes were extracted to analyze the contributions and limits of social approach to disability and the urgent need ownership of their constructs. We conclude that the deficiency to be a category created shown capable of overcoming, whose objective conditions are given in the interstice of capitalist sociality, though never effected due to the structurally exclusive composition that features this system. Having all the means to overcome this oppressive condition that involves people with disabilities and does not exceed it is a phenomenon that highlights so nuclear forms the split between essence and existence, hence the need in fighting against these alienations, which reduces human beings the simple desire to have, the role of mere objects, thus, dispossessed or pruned sharply as the subjective capacity for self-determination, the choice of destination and the means of its attainment. The aforementioned struggle will succeed only when that full coincidence of changing circumstances and the transformation of consciousness, hallmark of any revolutionary act. Revolution, therefore, that never ceased to be the transformation of economic, political and cultural structures, linked by awareness the truths and prohibitions of the system that oppresses us. Only to discover their real interests can actually propose to overcome them. Precisely at the intersection of these elements, the thought of Marx's arises such as philosophy unsurpassed in our time because of its critical and emancipatory property; the dialectical unity between the study of capital and call for its overthrow, the analysis of alienation and fetishism by which we are involved and proposals for the disposal of all the conditions within which a man is to be reduced, abandoned, mutilated, despised. We need to bring Marxism to the analytical field of disability, that is our commitment and the universe with which the reader will encounter now. / Ao longo da história moderna a deficiência tem sido fundamentalmente descrita pelo saber médico. No presente trabalho nos proporemos a investigar a importância da teoria em direção a compreensão do fenômeno aludido sobre outras bases que não as hegemonicamente veiculadas, na medida em que partimos do pressuposto que apenas um movimento guiado por uma teoria efetivamente revolucionária pode desempenhar o papel de combatente de vanguarda. A empreitada envolveu um processo de densa imersão sobre os escritos do grupo londrino denominado Disability Studies, corrente representativa de um movimento que pode ser visto como um ponto de inflexão sobre os saberes historicamente dominantes no trato com a deficiência, tendo por base conceitos explicativos oriundos do campo sociológico. Sobre esta literatura nosso trabalho se debruçará, intuindo compor um cenário que apresenta o desenvolvimento histórico deste movimento, assim como algumas de suas limitações e possibilidades projetivas a serem exploradas. Por materializar um processo de busca teórica, o referente trabalho se constitui basicamente como uma composição literária (envolvendo revisão, apreensão, análise, explicação e criação de literatura), tendo por referencial teórico cardeal o materialismo histórico, embora o mesmo não materialize um trabalho marxista strictu sensu. Anteriormente a apresentação pormenorizada deste corpus teórico, realizamos como preposto metodológico um processo de estado da arte sobre as dissertações e teses produzidas nos programas de pós-graduação credenciados pela CAPES em campos afins a ciência sociológica (Sociologia, Ciências Sociais, Antropologia e Ciência Política) entre os anos de 1990 e 2010, universo mister pelo qual os londrinos desenvolvem suas relações sobre a deficiência. Após a coleta destes dados constatamos empiricamente que pouco de efetivamente sociológico foi escrito sobre a deficiência. Na sociologia dos 5691 trabalhos catalogados apenas 10 (0,18%) versaram diretamente sobre a deficiência. Na antropologia, dos 1893 trabalhos produzidos apenas 5 (0,26%) tiveram a deficiência como objeto de estudo principal, o mesmo número encontrado na Ciência Política em um universo de 1211 teses e dissertações. Dos 20 trabalhos encontrados em um universo de 8.798, apenas dois fizeram esporádicas menções ao grupo londrino. Assim, a deficiência ainda parece vista essencialmente sob firmamentos médicos, um tema pré ou pouco sociológico, não digno de nota de ser representado como questão de pesquisa pelas ciências que se valem da análise do social. Nesse sentido, uma pergunta emerge: Como se elaborar políticas públicas emancipatórias para as pessoas com deficiência se o referencial do qual partem está inextricavelmente ligado a condição da deficiência como doença e dependência? Políticas e práticas libertárias carecem de conceitos e epistemologias também libertárias. Mas tais conceitos existem e na busca em se apropriar dos mesmos fizemos uma verdadeira varredura nos artigos publicados pela revista Disability & Society, mais importante periódico existente na análise sociológica da deficiência. De junho de 1986 a julho de 2011 a revista publicou 1.487 artigos, todos em língua inglesa, embora produzidos por autores de mais de 30 países. Destes, 383 foram lidos na íntegra, os quais nos permitiram compor as linhas deste trabalho, que tem como um de seus pressupostos fundantes a ideia de que a deficiência é produto da opressão social inserida por sobre as diferenças expressas pelo corpo de seus sujeitos, portanto, criada mediante a insensibilidade intrínseca do meio no qual estamos inseridos. A partir da análise da literatura indicada foram extraídos os eixos temáticos no que tange ao analisar as contribuições e limites desta abordagem social da deficiência e a necessidade imperiosa de apropriação de seus constructos. Conclui-se que por ser a deficiência uma categoria criada se mostra passível de superação, cujas condições objetivas estão dadas no interstício da própria sociedade capitalista, embora jamais efetivadas devido à própria composição estruturalmente excludente que caracteriza dito sistema. Ter todos os meios para se superar esta condição opressiva que envolve as pessoas com deficiência e não superá-la é um fenômeno que destaca cardealmente a cisão entre essência e existência, daí a necessidade candente em lutarmos contra estas alienações, as quais reduzem os seres humanos ao simples desejo do ter, ao papel de meros objetos, destarte, despossuídos ou podados bruscamente quanto à capacidade subjetiva de autodeterminação, da escolha do destino e dos caminhos elencados para esta acolhida. A citada luta apenas obterá sucesso pleno quando da coincidência entre a mudança das circunstâncias e a transformação das consciências, marca característica de qualquer ato efetivamente revolucionário. Revolução, por conseguinte, que nunca deixou de ser a transformação das estruturas econômicas, políticas e culturais coadunadas pela tomada de consciência das verdades e interditos do sistema que nos oprime. Apenas ao desvendar seus reais interesses podemos de fato propor sua superação. Justamente na intersecção destes elementos que o pensamento de Marx se coloca como a filosofia ainda insuperável de nosso tempo em função de sua propriedade crítica e emancipadora; da unidade dialética entre o estudo do capital e a convocação para sua derrubada, da análise da alienação e do fetichismo ao qual estamos envolvidos e a proposição de eliminação de todas as condições no seio das quais o homem é um ser diminuído, abandonado, mutilado, desprezado. É preciso trazer o marxismo ao campo analítico da deficiência, essa é nossa aposta e o universo com o qual o leitor se deparará a partir de agora.
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