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Agressividade e o adolescente em conflito com a lei: um estudo psicanalítico / Aggressiveness and the adolescent in conflict with the law: a psychoanalytic studyCRUZ, Alexandre Théo de Almeida 20 October 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2011-03-23T21:19:26Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / Item created via OAI harvest from source: http://www.bdtd.ufpa.br/tde_oai/oai2.php on 2011-03-23T21:19:26Z (GMT). Item's OAI Record identifier: oai:bdtd.ufpa.br:184 / This masters degree course conclusion work is a theoretical research based on the psychoanalysis and the fundamental psychopathology, and it presents a study
on aggressiveness and the adolescent in conflict with the law. First of all, it is shown how the aggressiveness is part of the subjectivity, that is, it exists inside all the human beings, according to the analysis made by Freud in his book Civilization and its Discontents (1930); after that, the aggressiveness is studied on Winnicott (2002), who also affirms that this [the aggressiveness] is part of the subjectivity and emphasizes the importance of understanding this concept with its relationship with the antisocial tendency and the delinquency. Then, a reflection is brought up about the antisocial behavior and the delinquency, where the thought of Vilhena (2002) is underlined. This author differentiates aggressiveness and violence and at the same time, articulates the concepts of emotional privation with contemporary aspects; showing that the family is the support of those adolescents
in conflict with the law, but as well, the failure of the parents regarding their children, which is a fact that should be taken into account in the study of the aggressiveness, the antisocial tendency and the delinquency. Finally, Marta Gerez-Ambertín's theory (2004) is presented on the "subject of the action". In this authors opinion, the subject should have a subjective compromise with his actions and speech. Working hypothetically, its said that the adolescents in conflict with the law try to find answers to their conflicts and unconscious desires. Yet, to the adolescent in conflict with the law, it is necessarily offered the possibility to talk about his action and assume the responsibilities for his behavior. / A presente dissertação de mestrado trata-se de uma pesquisa teórica fundamentada na psicanálise e na psicopatologia fundamental e propõe um estudo sobre agressividade e o adolescente em conflito com a lei. Primeiramente demonstra-se como a agressividade é constitutiva da subjetividade, ou seja, existe em todos os sujeitos humanos, tomando como base a análise feita por Freud em o Mal-estar na civilização (1930); posteriormente estuda-se a agressividade em Winnicott (2002) o qual também afirma ser esta constitutiva da subjetividade e enfatiza a importância de se compreender este conceito em sua relação com a tendência anti-social e a delinquência. Em seguida, apresenta-se uma reflexão sobre a conduta anti-social e a delinquência onde se destaca o pensamento de Vilhena (2002) que diferencia agressividade e violência ao mesmo tempo em que articula os conceitos de de-privação com aspectos da contemporaneidade, destacando que a família é o lugar do suporte para o adolescente que transgride as leis sociais, assim como a falência dos papéis parentais deve ser levada em consideração no estudo da agressividade, tendência anti-social e delinquência. Por fim apresenta-se a teoria de Marta Gerez-Ambertín (2004) sobre o "sujeito do ato" Para a autora o sujeito deve ter um comprometimento subjetivo com seus atos através de seu discurso. Trabalha-se com a hipótese de que os adolescentes em conflito com a lei tentam encontrar respostas a seus conflitos e desejos inconscientes. Outrossim, ao adolescente em conflito com a lei, deve-se oferecer a possibilidade de falar sobre seu ato e assumir as responsabilidades por sua conduta.
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Cognições parentais: crenças, metas e estratégias de socialização de mães primíparas / Parental cognitions: beliefs, goals and socialization strategies of primiparous motherSILVA, Raimundo Arão 01 April 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2011-03-23T21:19:42Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / Item created via OAI harvest from source: http://www.bdtd.ufpa.br/tde_oai/oai2.php on 2011-03-23T21:19:43Z (GMT). Item's OAI Record identifier: oai:bdtd.ufpa.br:337 / The literature about parental cognitions has been indicating that mothers of different contexts and with differences in the education level tend to differ as the valorization of socialization goals: the mothers from countries western and urban centers emphasize goals of related selfmaximization, while the mothers of cultures no western tend to emphasize goals of proper demeanor. The literature has also been indicating that the Brazilian mothers tend to be heterogeneous regarding emphasis given on the categories of socialization goals. The present study was based on that literature and had as objective investigates the parental cognitions in mothers from two different contexts. The sample was formed by 100 mothers primiparous, being 50 from urban context and 50 from no-urban context. The participants answered the Questionnaire of Beliefs about maternal practices and the Interview on Goals Socialization. The data were analyzed in agreement with the categories proposed by the authors of the instruments. The results indicated that the mothers from two contexts differed in the age, education level, value of the scores in the evaluation of practices and levels of verbal fluency in the regarding answers the goals and socialization strategies. The level of maternal education was correlated positively with the age, with the scores of the evaluation of the practices and with the verbal fluency. It was verified that the mothers of the two contexts resemble each other as for the level of importance attributed the some practices, but they differ in relation to other and that they present the same order of valorization of the dimensions of beliefs. They were also identified significant differences in the emphasis on the selfmaximization goals and of propper demeanor and in the dimensions individualist and sociocentric. In relationship the socialization strategies were verified that the mothers from two contexts gave larger emphasis on the strategies centered in the context, and the mothers of urban context stood out in this emphasis. Some of the hypotheses of the study were confirmed. The found results corroborate data of the national literature that has indicated that the mothers from Belém emphasize the selfmaximization categories and proper demeanor identically, suggesting an inclination for a autonomous relational model. These results contribute to the enlargement of the understanding of the Brazilian mothers' cognitions and to strengthen the evidence of the effects of the context and of the education about the parental cognitions. / A literatura sobre cognições parentais tem indicado que mães de diferentes contextos e com diferenças no nível de escolaridade tendem a diferir quanto a valorização de metas de socialização: as mães de culturas ocidentais e centros urbanos enfatizam metas de automaximização relacionadas, enquanto as mães de culturas não ocidentais enfatizam metas de bom comportamento. A literatura também tem indicado que as mães brasileiras apresentam-se heterogêneas em relação a ênfase dada sobre as categorias de metas de socialização. O presente estudo se baseou nessa literatura e teve como objetivo investigar as cognições parentais em mães de dois contextos diferentes. A amostra foi formada por 100 mães primíparas, sendo 50 de contexto urbano e 50 de contexto não-urbano. As participantes responderam ao Questionário de Crenças sobre práticas maternas e a Entrevista sobre Metas de Socialização. Os dados foram analisados de acordo com as categorias propostas pelos autores dos instrumentos. Os resultados indicaram que as mães dos dois contextos diferiram quanto a idade, escolaridade, valor dos escores na avaliação de práticas e níveis de fluência verbal nas respostas relacionadas as metas e estratégias de socialização. O nível de escolaridade materna correlacionou-se positivamente com a idade, com os escores da avaliação das práticas e com a fluência verbal. Foi verificado que as mães dos dois contextos assemelham-se quanto ao nível de importância atribuído a algumas práticas, mas diferenciamse em relação a outras e que apresentam a mesma ordem de valorização das dimensões de crenças. Também foram identificadas diferenças significativas na ênfase sobre as metas de automaximização e de bom comportamento e nas dimensões individualista e sociocêntrica.
Em relação as estratégias de socialização foi verificado que as mães do dois contextos deram maior ênfase sobre as estratégias centradas no contexto, sendo que as mães de contexto urbano se destacaram nesta ênfase. Os resultados encontrados corroboram dados da literatura nacional que tem indicado que as mães de Belém enfatizam identicamente as categorias de automaximização e bom comportamento, indicando uma inclinação para um modelo autônomo-relacional. Estes resultados contribuem para a ampliação da compreensão das cognições de mães brasileiras e para fortalecer as evidencias dos efeitos do contexto e da escolaridade sobre as cognições parentais.
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Crenças e conhecimento de pais e profissionais de saúde sobre desenvolvimento de crianças com síndrome de Down até dois anos de idade / Beliefs and knowledge of parents and health professionals about development of children with Down syndrome up to two years of ageAline Melo de Aguiar 04 May 2010 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este estudo apoia-se na abordagem sociocultural, em uma perspectiva interacionista da relação biologia cultura, beneficiando-se também do olhar da psicologia evolucionista para os fenômenos humanos. Estas abordagens, a partir de uma visão do homem como biologicamente cultural fazem-se relevantes para o estudo de crenças e conhecimento sobre o desenvolvimento de crianças com síndrome de Down (SD). Esta síndrome tem prevalência de um a cada 700 nascimentos, não importando classe social, racial ou local de nascimento dos pais, ou seja, é universal. A revisão da literatura revelou uma carência de estudos psicológicos sobre o contexto de desenvolvimento dessas crianças, inclusive as crenças de seus cuidadores e de profissionais de saúde. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi investigar crenças e conhecimento de dois grupos (pais e profissionais de saúde) sobre o desenvolvimento de crianças com síndrome de Down até dois anos de idade no Estado do Rio de Janeiro. Participaram da pesquisa 101 pessoas sendo 60 pais com filhos de até oito anos com síndrome de Down e 41 profissionais de saúde, médicos ou residentes do Instituto Fernandes Figueira, IFF/Fiocruz. Foram utilizados os seguintes instrumentos: Questionário com duas perguntas abertas sobre crenças sobre síndrome de Down que foram respondidas livremente pelos participantes; inventário sobre concepção de desenvolvimento infantil (ICDI); inventário sobre conhecimento de desenvolvimento infantil (KIDI) modificado, adaptado para crianças com síndrome de Down. Os dados foram analisados em aspectos qualitativos e quantitativos. A aplicação dos instrumentos foi realizada individualmente, em local conveniente para o participante ou no IFF/Fiocruz e após a assinatura do termo de consentimento. Os dados dos três instrumentos foram tratados e reduzidos. As respostas ao instrumento de crenças foram organizadas em categorias e comparadas. Escores nas diferentes subescalas do ICDI foram calculados e, em cada grupo (pais e profissionais) analisaram-se as concepções sobre desenvolvimento predominantes, estabelecendo-se comparações entre eles. Escores nas diferentes partes do KIDI foram ainda calculados (porcentagem de acertos). Foram feitas comparações intra e entre grupos. Os resultados foram tratados em cada um dos aspectos: crenças sobre SD, concepções e conhecimento sobre desenvolvimento. Os resultados obtidos mostram que as crenças dos pais estão distribuídas em oito categorias com três focos distintos (na criança, nos pais ou nos dois) e a dos profissionais em nove categorias, também, com três focos distintos (na SD, no médico e na criança e família). O resultado obtido no ICDI indica que os participantes valorizam mais as concepções de aprendizagem e interacionismo do que de maturação e que não há diferença significativa entre os grupos. Para o KIDI observou-se diferença significativa entre os grupos tanto no resultado geral de percentual de acertos como nos resultados em cada subescala. Espera-se que os resultados obtidos possam contribuir para a literatura sobre psicologia do desenvolvimento e síndrome de Down. / This study is based on the sociocultural approach in an interactive perspective about the relationship between culture and biology. It also benefits from the evolutionary psychology view on human phenomena. These approaches, based on the understanding of men as biologically cultural, are relevant to the study of beliefs and knowledge regarding the development of children with Down Syndrome (DS). This syndrome occurs in one in every 700 briths, regardless of social class, race or parents place of birth, that is, it is a universal phenomenon. Literature review had demonstrated a lack of psychological studies on the developmental context of these children, including caretakers and health professionals beliefs. Hence, the goal of the present study was to investigate beliefs and knowledge of two groups (parents and health professionals) regarding the development of children with Down syndrome up to two years-old in the state of Rio de Janeiro. Participants in the study were 101 people - 60 parents of children with Down syndrom aged up to eight years-old, and 41 health professionals, doctors or residents in Fernandes Figueira Institute (IFF/Fiocruz). The following instruments were used: one questionnaire with two open questions regarding beliefs about Down syndrome, which were freely answered by the participants; the inventory on child development conceptions (ICDI), and the inventory on knowledge about child development (KIDI), transformed and adapted for children with Down syndrome. Data was analyzed in its both qualitative and quantitative aspects. The application of instruments was done individually, in a convenient place for the participants or in IFF/Fiocruz, and after they had signed the informed consent. Data on the three instruments was treated and reduced. Answers in the beliefs instrument were organized in categories and compared. Scores in the different ICDI subscales were calculated and, for each group (parents and professionals), predominant conceptions regarding development were analyzed and compared. Scores in the different sections of KIDI were calculated (percentage of right answers). Intra and inter-group comparisons were performed. Results were treated in each of the following aspects: beliefs about DS, conceptions and knowledge about development. Results show that parents beliefs are distributed in eight categories with distinct foci (on child, parents or on both). In turn, professionals beliefs are distributed in nine categories, also with three distinct foci (on DS, doctor, or on child and family). The result found in ICDI indicates that participants value more conceptions of learning and interactionism than conceptions of maturation, and that there is no significant difference between the groups. As for the KIDI, it was observed a significant difference between the groups, both in the overall result of right answers percentage and in the results of each subscale. It is expected that the obtained results contribute to the literature in developmental psychology and Down syndrome.
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A identificação na filiação por adoção: um estudo na clínica psicanalítica / The identification in affiliation for adoption: a study in psychoanalytic clinicsXERFAN, Cláudia Cruz January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / FIDESA - Fundação Instituto para o Desenvolvimento da Amazônia / UNAMA - Universidade da Amazônia / O presente trabalho nasceu das inquietações oriundas da escuta na clínica psicanalítica e consiste em um estudo sobre a identificação da criança com seus pais na filiação por adoção. Com o intuito de compreendê-la, realizou um percurso teórico investigando a identificação e a filiação na obra freudiana. Assim, chegou a Narciso e Édipo enquanto importantes mitos tomados pela psicanálise freudiana como fundadores do “Eu”. E, em função de que estes revelam que o ego se constrói através do vínculo afetivo inicial entre a criança e seus pais, adentrou também nas relações entre alteridade, cultura e identificação. A análise destas relações levou à constatação de que a cultura castra, põe limites à pulsão. Portanto, que o humano, tal qual Freud nos apresentou, é condenado a carregar consigo a angústia da incompletude e do desconhecimento de si. Deste modo, este estudo chegou à clínica psicanalítica, partindo de seu aspecto crucial, a saber, a transferência, tendo sempre como fio condutor o conceito de identificação. Então, apresentou esta mesma clínica no que se refere à análise de crianças de um modo geral e a de crianças perfilhadas em adoção mais especificamente, utilizando como método de pesquisa o Estudo de Caso Clínico. Para a análise da questão da identificação na construção do eu da criança na filiação por adoção, expôs fragmentos do atendimento clínico de uma criança perfilhada por um casal que não a gerou biologicamente. Esses fragmentos foram interpretados à luz dos aportes teóricos aqui descritos. As considerações finais deste estudo de caso indicaram que, se o percurso identificatório pelo qual o ego se constrói é absolutamente singular por um lado, por outro há aspectos peculiares às
questões da identificação na filiação por adoção. Sobretudo os que se referem à herança genética e à existência de outros pais com os quais também a criança se identifica e precisa elaborar sua filiação. / This paper was born from the concerns due to hearings in psychoanalytic clinics and consists on a study about the child’s identification with their parents in adoption affiliation. Aiming to understand it, a theoretical performance was set in place to investigate the identification and affiliation at Freudian work. Thus, it
has reached Narcisus and Oedipus as important myths taken by Freudian psychoanalysis as establishers of “I”. They have revealed that the ego is
constructed through the initial affection bind between the children and their
parents, also reaching the relationships between alterity, culture and
identification. The analysis of these relationships has led to the determination that culture castrates and imposes limitations to compulsion. Thus, that the human, just like Freud has presented us, is condemned to carry on by himself the anguish of self incompleteness and unknown. Hence, this dissertation has
come to the psychoanalytical clinics directly from transference as its crucial aspect taking as a leading guide the concept of identification. Then, it was presented these very clinics as for analysis of children in a general standard
and the children in line for adoption more specifically, using as a research
method the study of clinical cases. In order to analyze the matter of
identification in the construction of “I” of the child in the affiliation through
adoption, it has been exposed fragments of the clinical service of a child in line
to a couple who has not biologically generated it. These fragments were
interpreted under the light of the theoretical assumptions described here. The
final considerations of such a case study have indicated that if the identification
by which the ego is constructed is absolutely singular by one hand, by the other
there are peculiar aspects concerning the identification through adoption.
Particularly the ones that refer to the genetics inheritance and the existence of
other parents with which the child also identifies and needs to elaborate its
affiliation.
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Habilidades sociais de pais e mães de crianças do Rio de Janeiro: estudo preliminar sobre sua relação com as práticas e estilos parentais / Parental social abilities: preliminar study corelating with parental stylePriscila Tenenbaum Tyszler 24 November 2010 (has links)
O estilo parental tem influência no desenvolvimento humano e pode ser definido como um padrão de comportamentos identificáveis nos pais quando se relacionam com seus filhos. A literatura tem utilizado alguns parâmetros para compreender os estilos parentais. Um deles se caracteriza pelo binômio: limites-afeto ou responsividade e exigência, delimitando três estilos parentais: Autoritário, Permissivo e Autoritativo. O estilo autoritário caracteriza-se por pais que dão muitos limites e pouco afeto. Estes pais procuram manter a ordem e o controle da família, devendo a obediência ser alcançada ainda que sob padrões punitivos. O estilo permissivo caracteriza-se por pais que dão pouco limite e muito afeto. Nesse caso, há uma crença naturalista segundo a qual a criança deve expressar livremente suas necessidades e aprender por si só. Estes pais não se vêem como responsáveis por ensinar ou modificar comportamentos infantis. O estilo autoritativo caracteriza-se por pais que dão muito limite e muito afeto. O cuidador apresenta condutas intermediárias entre as permissivas e autoritárias, estimulando verbalizações emocionais, permitindo que os filhos participem das decisões, estimulando argumentações, autonomia e disciplina. A empatia é considerada uma habilidade essencial para a manutenção dos laços sociais, que propicia a percepção da necessidade do outro e ao mesmo tempo favorece a sensação de ser compreendido. A assertividade é a habilidade de expressar e defender sua opinião com firmeza e segurança, sem, contudo desrespeitar o outro. Esta pesquisa tem como hipótese a idéia de que pais autoritativos seriam mais empáticos e assertivos do que pais autoritários. O objetivo deste estudo foi correlacionar os Estilos Parentais s Habilidades Sociais: Assertividade e Empatia. Participaram da pesquisa 64 pais, 21 homens e 43 mulheres. Os instrumentos utilizados foram: o Inventário de Habilidades Sociais (IHS-Del Prette), ao Inventario de Empatia (IE FALCONE) e ao Parental Autority Questionary (PAQ). A Análise dos dados foi feita através do SPSS. Foram efetuadas correlações r de Person entre os fatores do PAQ e os fatores do IHS e do IE. Os resultados apontaram para uma correlação positiva (r = 0,30 ; p < 0,05) entre o fator Enfrentamento e Auto-afirmação do IHS e o estilo Autoritativo. Uma relação negativa (r = -0,24 ; p < 0,05) foi observada entre este mesmo fator e o estilo Autoritário. Em relação a empatia, os fatores Tomada de Perspectiva (r = 0,33 ; p < 0,01), Sensibilidade Afetiva (r = 0,25 ; p < 0,05) e Autruismo (r = 0,25 ; p < 0,05) correlacionaram-se positivamente ao estilos Autoritativo, Em relação ao fator Autoritário, foi verificada uma correlação negativa ( r = -0,24 ; p < 0,05) com o fator Altruísmo do IE. A partir deste resultado, foram realizadas três análises de regressão linear múltipla (stepwise) considerando cada um dos fatores do PAQ como variáveis dependentes dos fatores do IHS e do IE. Os Fatores Enfrentamento e Auto-afirmação do IHS e o fator Autruísmo do IE junto explicam 15% da variância do Fator autoritativo. Os resultados apresentados são discutidos a luz da psicologia do desenvolvimento, psicologia social e neuropsicologia. / The human behavior is not determined by a single factor. The relation between environment, heredity and temperament enables us to understanding what we are and what we become, from childhood to adulthood. Human Development has been influenced by Parental Styles, wich can be defined as a pattern of parents behaviors in their relationship with their children. The Literature has used some parameters to parental style. One of them is the bidimensional relation between limits-affect or responsiveness and demandingness, delimiting three parenting styles: Authoritarian, Permissive and Authoritative. The authoritarian style is characterized by parents who give limits and dont give much affection. These parents goals are to maintain family order and control, been obedience a virtue to be achieved even under punitive standards. The permissive style is characterized by parents who give very little limit and affection. In this case, there is a naturalistic belief that the child should freely express their needs and guide his/herselves. These parents do not see themselves as responsible for teaching or modifying child behavior. The authoritative style is characterized by parents who give limit and affection. The caregiver is in-between permissive and authoritarian, encouraging emotional free expression, allowing the children to participate in decisions, stimulating arguments, autonomy and discipline, with warmth and control. Empathy is considered to be an essential skill for maintaining social bonds, with which is possible to perceive others needs and thus, promotes a feeling of being understood. Assertiveness is the ability to express and defend your on opinion, firmly and securely, without disregarding others. Having as background the evolutionary perspective, this research has hypothesized the idea that authoritative parents are more empathetic and assertive than authoritarian parents. The aim of this study was to correlate the Parenting Styles Social Skills: Empathy and Assertiveness. 64 parents participated in the survey, 21 men and 43 women. The instruments used were: Inventário de Habilidades Sociais (IHS-Del Prette), the Inventário de Empatia (IE - FALCONE) and the Parental Autority Questionnaire (PAQ). The data analysis was performed using SPSS. R of Pearson correlation between PAQ factors and IHS and IE were done. Results sHOWEd a positive correlation (r = 0.30, p <0.05) between Coping and Self-affirmation factor of the IHS and style Autoritartivo. A negative relationship (-0.24, p <0.05) was observed between this factor and the authoritarian style. Regarding empathy, the factors Perspective Taking (r = 0.33, p <0.01), Affective Sensitivity (r = 0.25, p <0.05) and Altruism (r = 0.25, p <0.05) have been correlated positively to Authoritative Style. Regarding the Authoritarian factor, there was a negative correlation of -0.24 (p <0.05) with the Altruism factor of IE. After this result, three multiple linear regression analysis (stepwise) within each of the factors PAQ factors as dependent variables of the IHS and IE were done. The Coping and Self-affirmation factor of the IHS and Altruism IE factor together explain 15% of variance of Factor authoritative. The results are discussed in the light of developmental psychology, social psychology and neuropsychology.
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O processo de socialização de crianças e o desenvolvimento moral das mães: estudos sobre expressão de conteúdos e traços estereotípicos de crianças brancas e negras acerca da cor de peleAlmeida, Saulo Santos Menezes de 22 August 2016 (has links)
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tese_defesa.pdf: 2335865 bytes, checksum: b35898104ef9f278e245de2f5f292455 (MD5) / Na literatura sobre o processo de socialização de crianças, há ideias que vão desde uma visão passiva, onde a criança se apresenta como um depositário de produtos externos, até uma visão mais ativa, onde a criança se apresenta atrelada a um processo consciente da realidade. O processo de socialização é um processo de ação e interação da criança com o mundo exterior, durante o qual se formam as estruturas de consciência e no qual a participação em grupos sociais é fundamental, devido a transmissão da cultura, conhecimentos, técnicas, valores, símbolos, representações, normas e papéis sociais apresentados como saberes, crenças, imagens identitárias e modelos de comportamento. Assim, a criança pode assumir uma atitude de pertencente a um determinado grupo, e ao se pensar no negro, a introjeção de crenças e estereótipos transforma-o em um ser estigmatizado, e isto pode levar a criança a carregar estereótipos que influenciam negativamente a autopercepção das pessoas pertencentes a um grupo que foi estereotipado culturalmente, socialmente e historicamente. Desta forma, o presente estudo parte da investigação de como o processo de socialização, através de agentes socializadores (neste caso, a mãe e os pares) influenciam a reprodução e/ou reflexão de traços e conteúdos estereotípicos na criança frente a outra criança em razão de sua cor de pele (brancas ou negras). Fundamentados nos estudos acerca do processo de socialização, dos estereótipos, da identidade social e do desenvolvimento cognitivo e moral, a investigação a ser apresentada busca analisar o processo de socialização através do desenvolvimento moral das mães e sua relação com os traços e conteúdos estereotípicos apresentados pela criança acerca da cor de pele de crianças brancas e negras. É um estudo de caráter descritivo e exploratório, cuja amostra foi composta de forma aleatória por conveniência. No primeiro estudo, foram selecionadas 200 crianças, sendo 125 crianças classificadas pelos juízes como negras e 75 brancas, com faixa etária entre 8 a 11 anos de idade (x=10; s= 1,41). Destas 200 crianças, 100 crianças foram do Estado de Sergipe (32 brancas e 68 negras) e 100 crianças do Estado da Bahia (42 brancas e 58 negras). Elas foram solicitadas a se classificarem quanto a cor de sua pele e também a exporem seus pensamentos com o uso de traços e conteúdos estereotípicos relacionados à atratividade física, capacidade cognitiva, comportamento normativo e nível socioeconômico, e qual a sua preferência de cor de pele de uma outra criança (uma criança negra e outra branca, apresentadas em fotos) quando há a possibilidade de um contato direto ou proximidade. No segundo estudo acerca do processo de socialização, conteúdos e traços estereotípicos da criança e o desenvolvimento moral das mães, os participantes foram constituídos por 30 mães de crianças negras participantes do estudo, e todas residentes na Bahia. Os instrumentos utilizados para alcançar os objetivos foram um questionário sociodemográfico, o DIT – Questionário de Opiniões Sociais, que é uma medida objetiva de avaliação do julgamento moral segundo a teoria de Kohlberg, e a ERM – Escala de Racismo Moderno desenvolvida por McConahay (1986) e adaptada por Santos, Gouveia, Navas, Pimentel e Gusmão (2006) ao contexto brasileiro, que tem como objetivo mensurar atitudes a respeito do racismo mais velado. A partir dos resultados encontrados, a criança branca apresenta um menor espectro de cores em comparação com a criança negra. No entanto, partindo para a identificação das diferenças na 8 atribuição de traços estereotípicos acerca da cor de pele entre crianças brancas e negras, ao levar em consideração o total de respostas da criança brancas e negras participantes da pesquisa, os itens da escala de categorização da cor de pele não apresentaram tendências a distinguirem significativamente a criança brancas e negras apresentadas em fotos, com exceção das características de atratividade física e nível socioeconômico, onde, de forma notória, a criança negras da Bahia mostram-se mais adeptas a associar os traços “bonito” e “rico” mais do que o esperado. Não foram encontradas diferenças significativas entre as atribuições dirigidas para as crianças negras e brancas acerca dos atributos. Da mesma forma, a criança não tendeu a escolher com mais frequência a palavra “comportada” para se referir à fotografia da criança branca, nem tenderam a escolher com mais frequência a palavra “bom (boa) ” para se referir à fotografia da criança branca mais do que para a fotografia da criança negra. Em termos de contato e proximidade, a criança também não apresentou uma tendência a escolher com mais frequência a criança branca para manter um contato, seja como irmão ou como amigo, nem para escolher com mais frequência a criança branca para manter uma proximidade, seja em termos de partilha de um doce, seja para realizar um trabalho em dupla. Em termos gerais, configura-se uma realidade em que não se mostram resultados que revelem uma diferença significativa entre brancos e negros na associação de traços e conteúdos a alvos brancos ou negros, quando a criança não é forçada a escolher entre um alvo branco ou negro. Isto traz à tona a sustentação de que a criança, mesmo que socializadas em um contexto social onde a cor de pele negra possa ser alvo de estereótipos negativos, apresentam crenças que coadunam com a realidade objetiva, não configurando traços estereotípicos negativos aos negros quando estes devem ser associados a aspectos internos ao sujeito. As diferenças de estágio de desenvolvimento moral das mães também não se mostraram diretamente relacionadas com as escolhas e preferências de características e/ou estereótipos da criança, ainda que as mães demonstrem um nível convencional de desenvolvimento moral e um racismo moderno, não confirmando a hipótese de que quanto maior o nível de desenvolvimento moral das mães, menor será a atribuição das características “feio”, “burro”, “não-estudioso”, “briguento”, “malvado” ou “pobre” aos alvos negros apresentados em fotos. Pode-se salientar a possibilidade de a mãe não ser o personagem a se destacar quando se trata do controle dos traços e conteúdos estereotípicos apresentados pela criança. Os pares e outros ambientes socializadores, aliados a um processo autônomo de reflexão das crenças compartilhadas socialmente feito pela criança, parece ser importante para a expressão de traços e conteúdos estereotípicos frente a alvos de diferentes grupos. O processo de socialização não se torna imperativo em termos de crenças, estereótipos ou comportamento moral, mas provoca contextos onde a criança se coloca como um sujeito capaz de intervir e repensar as situações expostas. / In the literature on the children's socialization process, there are ideas ranging from a passive
view, where the child is presented as a keeper of external products, to a more active vision,
where the child appears linked to a conscious process of reality. The socialization process is a
process of action and interaction of children with the outside world, during which form the
structures of consciousness and in which participation in social groups is critical, because the
transmission of culture, knowledge, skills, values, symbols, representations, norms and social
roles presented as knowledge, beliefs, identity images and role models. Thus, the child can take
an attitude of belonging to a particular group, and to think in black, the internalization of beliefs
and stereotypes turns it into a being stigmatized, and this can lead children to carry stereotypes
that negatively influence the perception of persons belonging to a group that was stereotyped
culturally, socially and historically. Thus, studies have left the investigation of how the process
of socialization through socializing agents (in this case, the mother and peers) influence the
reproduction and / or reflection traits and stereotypical content in children against other
children because of their skin color (white or black). Based on about studies of the process of
socialization, stereotypes, social identity and cognitive and moral development, studies to be
presented had the objective of analyzing the process of socialization through the moral
development of mothers and their relationship with the features and content stereotypic
presented by the children about the skin color of white and black children. It is a descriptive
and exploratory study, whose sample was composed of randomly for convenience. In the first
study, 200 children were selected, and 125 children classified by the judges as black and 75
white, aged between eight to 11 years old (x = 10; s = 1.41). Of these 200 children, 100 children
were in the state of Sergipe (32 white and 68 black) and 100 children of the State of Bahia (42
white and 58 black). They were asked to rank as the color of his skin and also expose their
thoughts with the use of traits and stereotypical content related to physical attractiveness,
cognitive ability, normative behavior and socioeconomic status, and what their skin color
preference another child (a black child and a white, presented in pictures) when there is the
possibility of a direct or close contact. In the second study of the socialization process, content
and features stereotypical children and moral development of mothers, participants consisted
of 30 mothers of black children in the study, and all residents in Bahia. The instruments used
to achieve the objectives were a sociodemographic questionnaire, the DIT - Questionnaire
Social opinions, which is an objective measure of assessment of moral judgment on the theory
of Kohlberg, and ERM - Modern Racism Scale developed by McConahay (1986) and adapted
by Santos, Gouveia, Navas, Pimentel and Gusmão (2006) to the Brazilian context, which aims
to measure attitudes about the most veiled racism. From the results found and objectives of
these studies, white children had a lower spectrum of color compared to black children.
However, starting to identify the differences in the attribution of stereotypical traits about the
skin color between black and white children, to take into account the total responses of white
and black children participants, the items in the categorization of the color scale skin showed
no trends to significantly distinguish white and black children presented in photos, with the
10
exception of physical attractiveness characteristics and socioeconomic level, where, notably,
the black children of Bahia show is more adept to associate the features "beautiful "and" rich
"more than expected. Children not tended to choose more often the word "smart" to refer to
white photograph of the child rather than to the black child photography, or tended to choose
more often the word "scholar (a)" to refer white photograph of the child to more than for the
black child photography. Similarly, children not tended to choose more often the word
"behaved" to refer to white photograph of the child, or tended to choose more often the word
"good (good)" to refer to white photograph of the child more than for black children
photography. In terms of contact and proximity, the children did not show a tendency to choose
more often the white child to maintain contact, either as a brother or friend, or to choose more
often the white child to maintain a close, either terms of sharing a sweet, is to carry out work
in pairs. In general terms, it sets up a reality that does not show results that show a significant
difference between whites and blacks in the pool of features and content to white or black
targets when children are not forced to choose between a white target or black . This brings up
the support that children, even socialized in a social context where black skin color can be the
target of negative stereotypes, have beliefs that are in line with objective reality, not setting
negative stereotypical traits to blacks when they should It is associated with internal aspects of
the subject. The moral development stage differences mothers are generally not directly related
to the choices and preferences of characteristics and / or stereotypes of children, even if mothers
show a conventional level of moral development and a modern racism, not confirming the
hypothesis that the higher the level of moral development of mothers, the lower the allocation
of characteristics "ugly," "stupid," "non-scholar," "quarrelsome", "bad" or "poor" blacks targets
presented in pictures. One can point out the possibility that the mother would not be the
character to stand out when it comes to control the traits and stereotypical content that child.
The pairs and other socializing environments, combined with a self reflection process of
socially shared beliefs made by children, appears to be important for the expression of traits
and stereotypical content against targets different groups. The socialization process does not
become imperative in terms of beliefs, stereotypes or moral behavior, but causes contexts where
the child is placed as a subject capable of intervening and rethink exposed situations.
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A queixa escolar na dinâmica do self educacional de adolescentes em acompanhamento psicológicoSilva, Alan Souza Pereira 26 August 2016 (has links)
Submitted by Alan Souza Pereira Silva (asouzap@yahoo.com.br) on 2016-09-12T14:28:23Z
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AlanDissertação_versao final(revisada).pdf: 1074335 bytes, checksum: e929af5b502234e2048f95875afd1ab5 (MD5) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / A queixa escolar constitui uma das principais demandas para atendimento psicológico de crianças e adolescentes nos serviços de saúde, nas clínicas-escolas e nos consultórios privados. Geralmente, essa queixa surge quando o estudante não atinge o desempenho esperado ou não atende às expectativas dos pais ou dos professores. Assim, parte-se do pressuposto de que a queixa escolar é uma narrativa polifônica, pois é construída por discursos ideológicos expressos nas vozes dos pais, dos professores e dos colegas, as quais transmitem valores, estados afetivos, sentidos e expectativas sobre o que o estudante é, poderia e deveria ser. Diante dessa queixa, existe uma pessoa que age no mundo, formula crenças, organiza-se psicologicamente, assume posições, negocia e toma decisões. É na e pela interação dialógica com essas vozes que o estudante desenvolve seu self, construindo um sentido de si, do outro e do mundo social e, mais especificamente, seu self educacional, que se refere a uma parte do self desenvolvida nas relações dialógicas vividas na idade escolar. Com base nisso, a presente pesquisa teve como objetivo compreender a construção de sentidos acerca da queixa escolar por adolescentes em atendimento psicológico, enfatizando dinâmica do self educacional. Tendo como base a Psicologia Cultural do desenvolvimento, que concebe a cultura como um conjunto de processos pertencente à relação da pessoa com o ambiente, realizou-se um estudo de caso múltiplo e idiográfico. Para a produção de dados, foram realizadas entrevistas narrativas com duas adolescentes, de 13 e 17 anos, que estavam em acompanhamento psicológico em virtude de queixa escolar. Uma das participantes foi encaminhada ao psicólogo por causa de dificuldade para ler e escrever, com diagnóstico de dislexia confirmado, e a outra apresentava dificuldade de concentração e atenção, com suspeita de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, que foi descartada. Organizou-se a história das participantes em períodos escolares e, à luz dos conceitos de signo, internalização ativa, mediação semiótica, posição do Eu e ruptura-transição, analisaram-se trechos de suas narrativas buscando compreender a dinâmica do self educacional na situação de queixa escolar. Os resultados indicam que a queixa escolar pode surgir como uma experiência destrutiva na vida dessas estudantes, desestabilizando seus selves educacionais e requisitando reposicionamentos e a construção de novos sentidos. Diante disso, cada participante recorre a distintos processos semióticos auto reguladores para resgatar a dinâmica estabilidade do self educacional. Nesses processos semióticos, as participantes recuperam posições inicialmente definidas na infância ou tendem a defender a posição atual para manter ou reestabelecer o senso de continuidade do self educacional. / Complaints regarding student performance are one of the main demands for psychological care of children and adolescents in health services, academic health centers and private practices. Generally, the complaints refer to poor student performance or failure to meet the expectations of parents or teachers. The complaints are thus a polyphonic narrative, which comprises different ideological discourses expressed by the voices of parents, teachers, and classmates, which transmit values, affective states, senses and expectations about what the student is, could and should be. When faced with this complaint, the person acts in the world, formulates beliefs, organizes herself psychologically, takes a stand, negotiates and makes decisions. It is in and through dialogical interacting with those voices that the students develop their selves, building a sense of the self, the other, the social world, and, more specifically, the educational self, which refers to a part of the self that develops within the dialogical relations experienced at school age. In light of this, this study investigated the construction of meanings about complaints regarding adolescents in psychological care due to poor performance at school, emphasizing the dynamics of the educational self. Based on the Cultural Psychology of development, which conceives culture as a set of processes belonging to the individual’s relationship with the environment, an idiographic study of multiple cases was conducted. Two adolescents aged 13 to 17 were interviewed who were in counseling because of complaints regarding their performance at school. One of the participants was referred to a psychologist because of difficulties with reading and writing, and had a diagnosis of dyslexia confirmed. The other participant had difficulties with concentration and attention, but the suspected diagnosis of Deficit Attention Hyperactivity Disorder was discarded. In order to analyze the data, the stories of the participants were organized in school periods, and, in light of concepts such as sign, active internalization, semiotic mediation, the I-position and disruption-transition, excerpts of their narratives were examined in order to understand the dynamics of the educational self within the complaints regarding student performance. The results indicate that such complaints can arise as a disruptive experience in the school life of these students, destabilizing their educational selves and requiring that they take new stands and make up new meanings. Thus, each participant uses different self-regulatory semiotic processes to rescue the dynamic stability of the educational self. In these semiotic processes, the participants resume positions from their childhood or defend the current position in order to maintain or re-establish a sense of continuity of their educational selves.
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Cultura, afeto e narrativas: os caminhos semióticos da paternidade no contexto da separação conjugalMachado, Paulo Maciel 05 September 2017 (has links)
Submitted by Paulo Machado (paulommac01@gmail.com) on 2017-10-21T18:34:11Z
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Dissertação FINAL.pdf: 1902170 bytes, checksum: bd88236c03cb15122480887f0b0faaff (MD5) / Approved for entry into archive by Biblioteca Isaías Alves (reposiufbat@hotmail.com) on 2017-10-24T12:37:48Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Dissertação FINAL.pdf: 1902170 bytes, checksum: bd88236c03cb15122480887f0b0faaff (MD5) / Made available in DSpace on 2017-10-24T12:37:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertação FINAL.pdf: 1902170 bytes, checksum: bd88236c03cb15122480887f0b0faaff (MD5) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia / Desde o final da década de 1990, a paternidade passou a ser alvo de interesses científicos e jurídicos. Muitos estudos foram feitos, buscando verificar possíveis consequências da presença/ausência do pai no desenvolvimento infantil; outros, investigaram o fenômeno do envolvimento paterno; pesquisas também foram feitas, descrevendo que com o passar do tempo, a forma de se exercer a paternidade teve significativas alterações. Diversas leis foram editadas sobre o tema (como a mais recente Lei 13.058/14, que dispõe sobre a aplicação da guarda compartilhada), concorrendo para a legitimação do pai enquanto um personagem com papel singular, portador de direitos e deveres. Outras investigações voltaram-se também para o comportamento paterno – tendo como fonte de dados as percepções de filhos e cônjuges a respeito desses pais. Nota-se entretanto que, no atual estado da arte, pouca atenção foi dedicada à subjetividade dos pais – buscando compreender como estes personagens, na atualidade, pensam, sentem e agem, enquanto pais. A presente investigação foi teoricamente referenciada na Psicologia Cultural de Orientação Semiótica e teve como objetivo explorar as possíveis formas de se construir significados sobre paternidade por pais que passaram pela transição pessoal da separação conjugal, em um momento histórico marcado por transições na forma de atribuir significados à experiência de ser homem e ser pai. Para isto, quatro pais, representantes de paternidades construídas em condições diversas – idade; tempo de separação; modalidade da guarda; coabitação com filhos; estado civil; classe social -, foram entrevistados, proporcionando a exploração qualitativa sobre o tema. A investigação obteve como resultados indicativos sobre quais roteiros sociais a coletividade tem disponibilizado para balizar a experiência afetiva de paternidade no contexto de separação conjugal, além de indicativos a respeito de quais recursos semióticos estão sendo utilizados pelos pais contemporâneos para significar as suas experiências enquanto “pais separados” – como a percebem, o que pensam, o que sentem e o que fazem. / Since the late 1990s, paternity has come to be the subject of scientific and legal interests. Many
studies were done, seeking to verify possible consequences of the presence / absence of the
father in the development of children; Others have investigated the phenomena of parental
involvement; Researches were also made, describing that over time, the way of exercising
paternity had significant changes. A number of laws have been issued on the subject (such as
the latest Law 13.058 / 14, which provides for the application of shared custody), which
contributes to the legitimacy of the father as a person with a singular role, bearer of rights and
duties. Other investigations have also turned to paternal behavior - having as a source of data
the perceptions of children and spouses about these parents. It is noteworthy, however, that in
the current state of art, little attention was paid to the subjectivity of fathers – looking for
understanding how these characters nowadays think, feel and act as parents. The present
research was theoretically referenced in the Cultural Psychology of Semiotic Guidance and
aimed to explore the possible ways of constructing meanings on paternity by fathers who
underwent the personal transition of the conjugal separation, in a historical moment marked by
transitions in the form of assigning meanings to the experience of being a man and being a
father. For this, four parents, representatives of paternities built in diverse conditions - age;
separation time; guardian mode; cohabitation with children; marital status; social class - were
interviewed, providing qualitative exploration on the topic. The research obtained as indicative
results on which social routes the community has made available to mark the affective
experience of paternity in the context of conjugal separation, as well as indicatives as to what
semiotic resources are being used by contemporary fathers to mean their experiences - how they
perceive it, what they think, what they feel and what they do
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Saúde mental e conjugalidade de mulheres primíparas: adaptação de um programa de intervenção direcionado à transição para a parentalidadeOliveira, João Marcos de 03 April 2018 (has links)
Submitted by João Marcos de Oliveira (joaomarcosdeoliveira@gmail.com) on 2018-07-30T22:59:58Z
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Tese - João Marcos de Oliveira.pdf: 1871133 bytes, checksum: e4433e90484548dc6955876820aca98b (MD5) / Approved for entry into archive by Rosevânia Machado (rosevaniamachado.s@gmail.com) on 2018-07-31T13:11:07Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Tese - João Marcos de Oliveira.pdf: 1871133 bytes, checksum: e4433e90484548dc6955876820aca98b (MD5) / Made available in DSpace on 2018-07-31T13:11:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Tese - João Marcos de Oliveira.pdf: 1871133 bytes, checksum: e4433e90484548dc6955876820aca98b (MD5) / CNPq / A transição para a parentalidade é um período desenvolvimental, com mudanças graduais e progressivas relacionadas ao estabelecimento das relações afetivas e de cuidado entre mães, pais e seus filhos. O presente estudo teve como objetivo avaliar as relações entre a saúde mental da mulher e a conjugalidade durante a transição para a parentalidade e os efeitos de um programa de intervenção domiciliar sobre esses dois fatores. A saúde mental materna foi avaliada pelos sintomas de transtornos mentais comuns e de depressão. A conjugalidade foi avaliada em duas dimensões: o ajustamento diádico e a comunicação do casal. Os objetivos da pesquisa foram alcançados por meio de dois estudos. O Estudo I avaliou as relações entre a saúde mental da mulher e a conjugalidade durante a transição para a parentalidade por meio de um delineamento correlacional. Participaram do Estudo I, 50 mulheres primíparas, acompanhadas em maternidades públicas ou Unidades de Saúde da Família da cidade de Salvador, que coabitavam com o genitor do bebê e que estavam no segundo ou terceiro trimestre de gestação do primeiro filho do companheiro atual. Os instrumentos utilizados foram o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) e o Inventário Beck de Depressão (BDI) para a avaliação da saúde mental, e a Escala de Ajustamento Diádico (EAD) para a avaliação da conjugalidade. O Estudo II testou os efeitos de um programa de intervenção domiciliar sobre a saúde mental da mulher e a conjugalidade com um delineamento experimental de caso único do tipo AB, com medidas repetidas. Participaram deste estudo uma das mães que integrou a amostra do Estudo I e o pai do seu bebê. A coleta de dados teve início no segundo mês do bebê e foi finalizada aos sete meses. Além dos instrumentos do Estudo I respondidos no pré-teste e no follow-up, foram realizadas seis visitas domiciliares de avaliação divididas entre o pré e pós-teste, com intervalos aproximados de duas semanas. Em cada uma das visitas de avaliação, foi realizada a Observação da Interação do Casal para avaliar a comunicação do casal, considerada uma dimensão da conjugalidade. Cada observação teve duração aproximada de 10 minutos. Entre as avaliações pré e pós-teste, foram conduzidas seis visitas domiciliares para a realização do programa de intervenção Bases da Família. No Estudo I, análises correlacionais e regressões múltiplas revelaram que tanto os sintomas de transtornos mentais comuns quanto os sintomas de depressão estão relacionados a menor qualidade do ajustamento diádico em mulheres, durante a transição para a parentalidade. Também se destacou o poder preditivo do tempo de relacionamento do casal, junto aos transtornos mentais comuns, na explicação do ajustamento diádico. O Estudo II não revelou efeitos substanciais do programa Bases da Família. Houve apenas o aumento da frequência de discussão positiva e a redução da frequência da recusa de atenção do pai, do pré para o pós-teste. Constatou-se ainda o aumento do escore de satisfação diádica autorrelatada pela mãe. A ausência de efeitos sobre a saúde mental materna, sobre as demais dimensões do ajustamento diádico e sobre a comunicação materna indica que o formato e os conteúdos abordados pela intervenção não foram adequados para promover esses fatores. Isso pode ter ocorrido, pelo menos em parte, devido ao potencial de influência dos sintomas de depressão e transtornos mentais comuns da mãe sobre os demais domínios da transição para a parentalidade. / Transition to parenthood is a developmental period, with gradual and progressive changes related to the establishment of affective and caring relationships between mothers, fathers and their children. The present study aimed to evaluate the relationship between women’s mental health and conjugality during a transition to parenthood and the effects of a home care program on these two factors. Maternal mental health was assessed by the symptoms of common mental disorders and depression. Conjugality was evaluated in two dimensions: dyadic adjustment and couple's communication. Research goals were achieved through two studies. Study I assessed the relationship between women's mental health and conjugality during transition to parenthood through a correlational design. Participated in this study 50 primiparous women, accompanied in public maternities or Family Health Units of the City of Salvador, who cohabited with the baby's parent and that were in the second or third trimester of gestation of the first child of the current companion. The instruments used were the Self-Report Questionnaire (SRQ-20) and the Beck Depression Inventory (BDI) for mental health assessment, and a Dyadic Adjustment Scale (EAD) for conjugality assessment. Study II tested the effects of a home care program on women's mental health and conjugality with a single-case experimental design, AB-type, with repeated-measures. This study included one of the mothers from Study I and the father of their baby. Data collection began in the second month of the baby and was completed at seven months. In addition to the instruments of the study I answered at the pre-test and follow-up, six home visits of evaluation were made between the pre- and post-test, with intervals of approximately two weeks. In each of the evaluation visits, a Couple's Interaction Observation was made to evaluate couple's communication, considered a dimension of conjugality. Each observation lasted approximately 10 minutes. Between pre- and post-test evaluations, six home visits were conducted to carry out the Family Foundations program. In Study I, correlational analyzes and multiple regressions revealed that both symptoms of common mental disorders and symptoms of depression are related to lower quality of dyadic adjustment in women during the transition to parenthood. It also standed out the predictive power of couple's relationship duration, along with common mental disorders, in explaining dyadic adjustment. Study II did not reveal substantial effects of the Family Foundations program. There was only an increase in the frequency of positive discussion and a reduction in the frequency of father’s attention refusal, from pre- to post-test. It was also observed an increase in the self-reported dyadic satisfaction scored by the mother. The absence of effects on maternal mental health, on dimensions of dyadic adjustment, and on maternal communication indicates that format and contents addressed by the intervention were not adequate for these factor’s promotion. This may have occurred, at least in part, due to the potential influence of mother's depression symptoms and common mental disorders on other domains of transition to parenthood.
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O impacto das práticas de socialização emocional sobre os problemas internalizantes na infânciaLins, Taiane 17 May 2018 (has links)
Submitted by Taiane Lins (lins.taiane@gmail.com) on 2018-07-31T12:43:02Z
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Tese_Taiane Lins.pdf: 1834223 bytes, checksum: 3f6e9f823d1d4f3282ae6b99d98977aa (MD5) / Approved for entry into archive by Rosevânia Machado (rosevaniamachado.s@gmail.com) on 2018-07-31T13:14:29Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Tese_Taiane Lins.pdf: 1834223 bytes, checksum: 3f6e9f823d1d4f3282ae6b99d98977aa (MD5) / Made available in DSpace on 2018-07-31T13:14:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Tese_Taiane Lins.pdf: 1834223 bytes, checksum: 3f6e9f823d1d4f3282ae6b99d98977aa (MD5) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Múltiplas variáveis têm sido associadas a problemas internalizantes e estudos recentes têm apontado para a possibilidade de que as práticas parentais para ensinar os filhos a regular as emoções exerçam influência importante devido, principalmente, à natureza marcadamente emocional dos problemas internalizantes. Assim, o objetivo desta tese foi examinar o impacto das práticas maternas de socialização emocional sobre os problemas internalizantes na infância. Para alcançar esse objetivo, foram realizados dois estudos. O Estudo 1 teve como objetivo específico examinar as relações entre as práticas maternas de socialização emocional e os problemas internalizantes, analisando o efeito moderador da depressão materna sobre essa relação. Participaram desse estudo 153 mães cujos filhos eram de ambos os sexos e tinham idade média de 54,75 meses. As mães responderam a uma ficha de dados sociodemográficos, à Escala de Reações Parentais às Emoções Negativas dos Filhos (CCNES), ao Inventário de Comportamentos de Crianças (CBCL: versão 1 ½ - 5 ou versão 6 - 18 anos) e ao Inventário Beck de Depressão (BDI). O Estudo 2 teve como objetivos específicos: (a) avaliar os efeitos do Programa de Práticas de Socialização Emocional (PPSE) sobre os problemas internalizantes de crianças; (b) avaliar os efeitos da participação no PPSE nas práticas maternas de socialização emocional. Participaram 12 mães do Estudo 1, cujos filhos obtiveram escores limítrofes ou clínicos para problemas internalizantes de acordo com o CBCL. Essas mães compuseram os grupos intervenção e comparação e foram designadas aos grupos com base no critério único de motivação e disponibilidade para participar do PPSE. O pré-teste correspondeu à coleta de dados do Estudo 1 e foi seguido pela implementação do programa no grupo intervenção. O grupo comparação não foi submetido a nenhum tipo de tratamento. O PPSE foi composto por oito sessões com duração de duas horas cada e envolveu atividades voltadas para o aprendizado de estratégias para manejo das próprias emoções e das emoções dos filhos. Após três meses da finalização do PPSE, foi realizado o pós-teste, quando
as mães responderam à CCNES, ao CBCL e à Entrevista sobre Práticas de Socialização das Emoções Negativas dos Filhos. O Estudo 1 confirmou o poder preditivo de uma das práticas não apoiadoras das emoções negativas dos filhos, as reações de desconforto e da depressão materna sobre os problemas internalizantes, embora a depressão não tenha apresentado efeito moderador sobre a relação entre as práticas de socialização emocional e os problemas internalizantes. O Estudo 2 não revelou efeitos do PPSE sobre os problemas internalizantes, mas no pós-teste o grupo intervenção apresentou frequência total de práticas não apoiadoras significativamente mais baixa do que o grupo comparação. A discussão destaca as relações entre a depressão materna e as reações de desconforto e seu impacto sobre os problemas internalizantes dos filhos, a necessidade de adaptações de programas de intervenção realizados com famílias que apresentem indicadores de problemas de saúde mental, assim como a adoção de diferentes estratégias de obtenção de dados e de avaliação das variáveis investigadas antes e depois da participação de pais em programas de intervenção. / Many variables are related with these problems and recent studies have pointed to the possibility that practices adopted to teach children to regulate emotions exert important influence due to the evidently emotional nature of internalising problems. In this way, the aim of this thesis was to examine the impact of maternal emotional socialization practices over childhood internalising problems. To achieve this aim, two studies were carried out. The specific aim of Study 1 was to examine relationships between maternal emotional socialization practices and children’s internalising problems, whilst considering the moderating effects of maternal depression over that relationship. Participants were 153 mothers of girls and boys with a median age of 54.75 months. Mothers completed a sociodemographic data sheet, the Coping with Children’s Negative Emotions (CCNES), the Child Behavior Checklist (CBCL: version 1½ - 5 or version 6 - 18 years) and the Beck Depression Inventory (BDI). The specific aims of Study 2 were: (a) to evaluate the effects of the Emotional Socialization Practices Program (ESPP) on children’s internalising problems; (b) to evaluate the effects of the participation in ESPP on maternal emotional socialisation practices. Participants were 12 mothers from Study 1, whose children were classified as borderline or clinical range for internalising problems, according to CBCL. These mothers were split into intervention and comparison groups and they were assigned to the groups based on the sole criteria of motivation and availability to be involved in the ESPP. The pre-test corresponded to the data collection of Study 1 that was followed by the realisation of the program on the intervention group. The comparison group wasn’t submitted to any kind of treatment. The ESPP was composed of eight sessions lasting two hours each and it involved activities for mothers to learn strategies to deal with their own emotions and to deal with
children’s emotions. After three months from the end of PPSE, the post-test was performed when mothers completed the CCNES, CBCL and the Socialisation Practices of Children's Negative Emotions Interview. The Study 1 confirmed the predictive power of distress reactions, one of non-supportive practices, and of maternal depressive symptoms on internalising problems, although the maternal depressive symptoms did not present a moderating effect on the relationship between emotion socialisation practices and internalising problems. The Study 2 did not reveal ESPP effects on internalising problems, but on post-test the intervention group presented total of non supportive practices significantly lower than the comparison group. The discussion highlights the relationship between maternal depressive symptoms and the distress reactions, as well as the impact of these relationship on children's internalising problems. The need of adaptations of intervention programs to be performed with families presenting indicators of mental health problems and the adoption of different strategies to collect data and to evaluate the investigated variables before and after the participation of parents in intervention programs were discussed too.
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