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Fundamentos filosóficos da semântica argumentativa: um legado de Platão à linguística

Rocha, Thomas January 2016 (has links)
Made available in DSpace on 2016-03-14T18:10:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000477586-Texto+Completo-0.pdf: 916017 bytes, checksum: 7fc4984a72f7186a0d7ddeaadb3ff16f (MD5) Previous issue date: 2016 / This work aims to address the nexus between the theory of alterity developed by Plato in his Sophist dialogue and the theory of linguistic value introduced by Ferdinand de Saussure in his Course in General Linguistics (CGL). It departs from the hypothesis raised by Oswald Ducrot that Saussure, by developing the notion of linguistic value, applies in the study of language what Plato stated about ideas. Ducrot – an expert in classical philosophy – draws in the linguistic value theory to develop the branch in linguistic studies known as Argumentative Semantics. According to Ducrot, it is possible to find the philosophical origin of Saussure's theory of value in Plato's theory of alterity. The article intends to draw on a detailed study on the dialogue between Sophist and CGL to circumscribe concepts belonging to different fields of study: philosophy and linguistics. Thus, it aims an epistemological perspective. By the means of the aforementioned works, Ducrot set a nexus between the idea of alterity and the notion of value by finding in both the idea of “opposition” as constitutive of the issues under analysis. Through the investigation and the deepening of the understanding on the notion of value, it tries to reveal the philosophical influences under the concept developed by the Genebrian linguist. Both Plato and Saussure have set discourses which echo in posterity. These discourses are texts dialoguing with the theories they help to build. In this regard, it looks to counterpoint their interdiscursivity. / Nesta dissertação, nos propomos a fazer um estudo que coloca em relação a teoria da alteridade, elaborada por Platão no diálogo Sofista, e a teoria do valor linguístico apresentada no Curso de linguística geral (CLG) de Ferdinand de Saussure. Partimos da hipótese levantada por Oswald Ducrot de que, ao desenvolver a noção de valor linguístico, Saussure aplica ao estudo da linguagem o que Platão disse sobre as Ideias. Profundo conhecedor da filosofia clássica, Ducrot encontrou, na teoria do valor linguístico, a fundamentação que o lançou na pesquisa linguística e que hoje conhecemos pelo nome de Semântica Argumentativa. Segundo Ducrot, na teoria da alteridade concebida por Platão encontramos a origem filosófica da teoria saussuriana do valor. Nossa intenção é, partindo de um estudo minucioso do diálogo Sofista e do CLG, circunscrever a concepção de diferentes conceitos que, por sua vez, pertencem a diferentes campos do conhecimento: a filosofia e a linguística. Dessa forma, é de uma perspectiva epistemológica que nos colocamos. Foi através desses textos que Ducrot pode relacionar a ideia de alteridade com a noção de valor, ao encontrar, em ambas, a ideia de “oposição” como constitutiva das entidades a serem analisadas. De modo que, ao investigar e aprofundar a noção de valor, tentamos explicitar as influências filosóficas que fundamentaram o conceito desenvolvido pelo linguista genebrino. Tanto Platão quanto Saussure são fundadores de discursos que ecoam na posteridade. São textos que dialogam com as teorias que ajudam a constituir, de modo que buscamos colocar em contraponto essa convergência discursiva.
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A filosofia da linguagem em Platão

Ribeiro, André Antônio January 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T18:56:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000345370-Texto+Completo-0.pdf: 548171 bytes, checksum: 2780179991289e0c3001258948f70e32 (MD5) Previous issue date: 2006 / In Plato’s philosophy, the Forms are postulated to be the objective extra-linguistical reference that assure the linguistic meaning. But theory of Forms in Republic and Phaedo has many inconsistencies. Plato, by a self-criticism of your theory of Forms, made changes in important aspects of his theory. To do this, he uses ordinary speech, especially ours intuitions about the relevant differences between meaningful and meaningfulness language, as paradigm to solution of aporias in theory of Forms. We want to show that, if the Forms are postulated to assure the significant speech, language is used by Plato as a model to modify and avoid contradictions of his earlier theory. / Na filosofia da Platão, as Idéias são postuladas para serem a referência extralingüística objetiva que garantiria a significabilidade da linguagem. O problema é que, tal como apresentada nos diálogos República e Fédon, a Teoria das Idéias tem graves inconsistências, sendo a não menos importante o fato de não explicar como as Idéias se relacionam com o mundo sensível, o que é o mesmo que dizer que elas são incognoscíveis. Platão, através de uma crítica à sua própria Teoria das Idéias e às concepções de linguagem defendidas pelos sofistas, reformulará, em aspectos importantes, a sua Teoria. O que queremos enfatizar neste trabalho é que, para essa reformulação, Platão utilizará a linguagem, tal como a usamos no dia-a-dia, como paradigma para resolver os problemas da Teoria das Idéias, de modo que ela possa, sem aporias, ajudar no entendimento das diferenças entre linguagem significativa e não-significativa. Ou seja: tentaremos mostrar que, se a Teoria das Idéias foi postulada para garantir a significação lingüística, a linguagem, por sua vez, servirá como modelo para ajudar a mesma Teoria a superar seus problemas.
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O argumento da anámnêsis na filosofia de Platão

Rocha, Gabriel Rodrigues January 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T18:56:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000400561-Texto+Completo-0.pdf: 791005 bytes, checksum: 99ee58bb630b3870e2f976612cadf151 (MD5) Previous issue date: 2007 / The research introduces as main objective to investigate the conception of reminiscence and also its possible implications in Plato’s theory of knowledge. This implies: a) to analyse what the soul is in Plato; b) to analyse the argument of reminiscence used as justification of the soul immortality; c) to work with hypothesis that reminiscence is used to show virtue’s unity; d) to demonstrate that reminiscence is an attempt of theoric justification, used by Plato, working as the reason of his Theory of Ideas. / A pesquisa apresenta como objetivo principal investigar o conceito da reminiscência (anámnêsis), bem como suas possíveis implicações na teoria do conhecimento de Platão. Isto implica: a) analisar o que é alma (psychê) em Platão; b) analisar o argumento da reminiscência utilizado como justificativa da imortalidade (athánatos) da psychê; c) trabalhar com a hipótese de que a reminiscência serve para mostrar a unidade da Virtude (Aretê); d) Demonstrar ser a reminiscência uma tentativa de justificativa teórica, utilizada por Platão, servindo como fundamento de sua Teoria (Theôría) das Idéias (Idéai).
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Platão, o Bem, e a fragilidade da jangada humana: um estudo sobre o símile do Sol da República / Plato, the Good, and the fragility of human raft: a study about Republic\'s simile of Sun

André Luiz Braga da Silva 25 April 2017 (has links)
A tese é uma análise interpretativa do trecho conhecido como símile do Sol na obra República de Platão (508b-509b). Esta análise tem por base dois vieses: i) aquele das questões de relação entre autor e seus personagens, e das questões da relação dos personagens com o próprio drama vigente no diálogo; e ii) aquele das questões relativas à argumentação metafísica apresentada nesta parte do debate, seja quanto aos seus conteúdos, seja quanto aos métodos nela empregados. Estas duas perspectivas de abordagem do símile são atravessadas tendo como fio condutor da exegese o elemento dramático que o próprio autor Platão fez questão que se seguisse à exposição de Sócrates da analogia solar: a reação do personagem Glauco, sobretudo a seguinte passagem: E Glauco muito humorosamente falou: Ah, Apolo, mas que exagero extraordinário! (República VI 509c1-2). O símile do Sol assim é analisado segundo os seus possíveis aspectos de autoria, drama, comicidade e religiosidade, de um lado, e, do outro, segundo os aspectos de sua relação com alguns pontos filosóficos apresentados pelo próprio personagem Sócrates platônico no diálogo e alhures, como a assim chamada Teoria das Ideias, o chamado caminho mais longo, e alguns aludidos métodos de investigação. A partir disso, o presente estudo pretende discutir com, e lançar dúvidas sobre, algumas posições que a tradição da filosofia ocidental construiu nos séculos XX e XXI a respeito da Ideia de Bem dentro do texto da República. / This thesis is an interpretative analysis of the analogy known as simile of the Sun in Plato\'s Republic(508b-509b). The analysis is based on two perspectives: i) that of issues about relationship between author and his characters, and about relationship between the characters and own living drama in the dialogue; and ii) that of issues related to metaphysical argumentation presented in this part of work, whether about its contents or about its methods. In both these approach perspectives of the simile the exegesis\' leitmotiv is the dramatic element that author Plato himself decided put after Socrates\' exposition of analogy of sun: the reaction of character Glaucon, mainly this passage: And Glaucon very comically said: Oh, Apollo, what an extraordinary exaggeration! (RepublicVI 509c1-2). Therefore simile of Sun is analyzed according to its possible features of authorship, drama, comicality and religiosity, on one hand, and, on the other, according to its features about relationship between it and some points made by character Socrates himself in the dialogue and elsewhere, as so called Theory of Ideas, so called longer way, and some alluded to methods of inquiry. With these bases, this study intends discuss with, and cast doubts on, some positions developed at XX and XXI centuries by Western Philosophy tradition about Idea of Good within Republic\'s text.
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Liberdade democrática versus liberdade filosófica: um estudo dos usos do conceito de eleuthería na República de Platão / Democratical freedom versus philosophical freedom: a study of the uses of the concept of eleuthería in Platos Republic

Louise Walmsley Nery 15 August 2016 (has links)
O presente trabalho tem por objeto de estudo os usos do conceito de eleuthería na República de Platão. Tem-se por ponto de partida uma gama de conceitos relativos à noção de liberdade na antiguidade, propondo-se a analisar o diálogo segundo duas concepções antagônicas de eleuthería. A primeira delas é a mais comum na abordagem dos diálogos platônicos, trata-se da ideia de fazer o que se quer e esse sentido é encontrado, sobretudo, no exame da forma de governo democrática e do homem que corresponde a esse regime político. Para uma compreensão adequada desse sentido, propõe-se que se entenda o que está em jogo quando se tece uma crítica ao regime democrático. Esse sentido é tido como essencialmente negativo, pois traz consequências indesejáveis dentro do contexto em que é apresentado. Supõe-se que haja um outro sentido de eleuthería presente no diálogo, o qual não é tratado sistematicamente e que é apenas sugerido nas entrelinhas da mais bela cidade, a kallípolis. Diante da necessidade de mostrar que esse sentido pode integrar a economia da obra, parte-se de indícios textuais nos quais a liberdade não está associada à forma de governo democrática para mostrar que a caracterização de uma liberdade positiva parece ser possível. Esse sentido positivo estaria associado a um certo ideal de excelência. Por fim, sugere-se que de acordo com esse sentido positivo a expressão fazer o que se quer possa ser interpretada de uma forma completamente diversa da encontrada no contexto democrático. / The present work has as object of study the uses of the concept of eleuthería in Plato\'s Republic. As starting point we have a wide range of concepts related to the notion of freedom in antiquity, it is proposed the analysis of the dialogue according to two antagonical concepts of eleuthería. The first is the most common in Plato\'s dialogues, it is the idea of \"to do whatever one wants\" and this meaning is found, above all, when examining the democratic government and the corresponding man to this political regime. For an adequate comprehension of this meaning, it is proposed the understanding of what is at stake when a critique of the democratic regime is made. This meaning is held essentially as negative because it brings undesirable consequences in the context in which it is presented. It is supposed that there is other meaning of eleuthería present in the dialogue which is not sistematically addressed and is only suggested between the lines of the most beautiful city, the kallípolis. Facing the necessity of showing that this meaning can integrate the economy of the work, starting from textual indications in which freedom is not associated to the democratic way of government to show that the characterization of a positive freedom seems possible. This positive meaning could be associated to a certain ideal of excellency. In the end it is suggested that, according to this meaning the expression \"to do whatever one wants\" could be interpreted in a completely diverse way of the meaning found in the democratic context.
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ΤΗΣ ΜΟΥΣΙΚΗΣ ΤΟΠΟΣ ΤΗΙ ΠΟΛΙΤΕΙΑΙ: sobre a educação elementar através da música na República de Platão / ΤΗΣ ΜΟΥΣΙΚΗΣ ΤΟΠΟΣ ΤΗΙ ΠΟΛΙΤΕΙΑΙ: on the elementar education through music in Plato\'s Republic

Bruno Drumond Mello Silva 05 March 2010 (has links)
O objetivo deste trabalho pode ser resumido na tarefa de expor a análise que Platão faz da μονσικη nos Livros II e III da República, demonstrando o papel central que desempenha na educação dos jovens e, por conseguinte, na constituição da πολιτειι , quais seus objetivos, e de que modo serve à relativização dos argumentos dirigidos contra a poesia no Livro X. / The aim of this work may be reduced to the task of presenting Platos analysis of μονσικη in Republic II and III, demonstrating the central role it plays on the education of the young and thus, on the constitution of the πολιτειι , which are its objectives, and how it can mitigate Books X claims against poetry
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Justiça e verdade: a interpretação heideggeriana da alegoria da caverna de Platão / Justice et vérité: linterprétation heideggerienne de lallégorie de la caverne de Platon

Leandro Caetano dos Santos 01 July 2013 (has links)
Cette recherche vise à analyser l\'interprétation de l\'Allégorie de la Caverne, u um extrait de l\'oeuvre La République, de Platon, réalisé par Martin Heidegger, philosophe allemand. La recherche vise à mettre en évidence l\'originalité de l\'interprétation que Heidegger fait de ce passage célèbre de l\'oeuvre de Platon et de ce qu\'elle a été dévoilée par le philosophe allemand: le changement dans la détermination de l\'essence de la vérité. Confronterons les interprétations actuelles de l\'Allégorie de la Caverne faite par divers interprètes de l\'oeuvre de Platon, y compris par Hans Kelsen, aux l oeuvre de laquelle nous trouvons l\'influence de la philosophie platonicienne. Pour l\'interprétation de Heidegger sur l\'Allégorie de la Caverne, nous rencontrons la notion de aletheia (dévoilement) comme l\'essence de la vérité, établi de cette manière par les penseurs grecs d\'origine / Esta pesquisa visa analisar a interpretação da Alegoria da Caverna, trecho da obra A república, de Platão, feita por Martin Heidegger, filósofo alemão. A pesquisa procura evidenciar a originalidade da interpretação que Heidegger fez deste famoso trecho da obra de Platão e o que nela foi desvendado pelo filósofo alemão: a mudança na determinação da essência da verdade. Confrontaremos as interpretações correntes da Alegoria da Caverna feita por diversos intérpretes da obra de Platão, inclusive por Hans Kelsen, em cuja obra encontramos a influência da filosofia platônica. Na interpretação de Heidegger sobre a Alegoria da Caverna deparamo-nos com a noção de aletheia (desvelamento) como a essência da verdade, elaborada dessa forma pelos pensadores gregos originários.
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A questão da unidade e do ensino das virtudes em Platão / Question of unity and teaching of virtues in Plato

Zoraida Maria Lopes Feitosa 28 April 2006 (has links)
O objetivo deste trabalho está relacionado à questão de saber qual a natureza da virtude em Platão; para tanto, procuramos demonstrar que a virtude na ética platônica possui diferentes fases. A primeira, trata da virtude a partir da visão socrática, considerada a fase de juventude de Platão; nesta fase, o conceito de virtude coincide com conhecimento, ou seja, todo princípio ético deve estar fundamentado pela razão, portanto o conhecimento é o princípio fundamental e unificador de todas as virtudes. Na segunda fase, o conhecimento continua sendo o princípio unificador, no entanto, o conceito de virtude se evidencia como uma unidade que se harmoniza pelo pressuposto das diferenças, isto é, Platão faz emergir a ação, o conflito, conseqüentemente isto leva à superação do intelectualismo socrático, no sentido de mostrar que o conhecimento é necessário, mas não suficiente para unificar as virtudes. E por último, temos a questão do ensino da virtude a partir do diálogo Mênon. Embora o citado diálogo negue a possibilidade do ensino da virtude, entretanto deixa em aberto a mesma possibilidade no que diz respeito à natureza da virtude ser ensinável. / The objective of this paper concerns the question of knowing what the nature of virtue in Plato is. In order to achieve it, we aim to demonstrate that the virtue in the platonic ethics has different phases. The first one deals with virtue from the socratic vision, known as the phase of Plato\'s youth; in which the concept of virtue coincides with knowledge, that is, all ethical principles must be based on reason, therefore knowledge is the basic and unifying principle of all virtues. In the second phase, in spite of the fact that knowledge is still regarded as the unifying principle, the concept of virtue is evidenced as a unit that is harmonized through the assumption of differences, that is, Plato makes the action and the conflict emerge, which consequently leads to the overcoming of the socratic intellectualism, in that it shows that `knowledge is necessary, but not enough to unify the virtues. Finally, there is the question of the teaching of virtue from the Menon dialogue. Although the aforementioned dialogue denies the possibility of the teaching of virtue, yhe same possibility concerning the nature of the teaching of virtue remains unresolved.
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Sobre o Crátilo de Platão / On Platos Cratylus.

Alberto Moniz da Rocha Barros Neto 13 April 2011 (has links)
A pesquisa propõe uma leitura do Crátilo de Platão. O interesse central está na estrutura argumentativa do diálogo com ênfase nas teses do naturalismo e convencionalismo lingüístico. O trabalho busca demonstrar que Platão concede vitória a um convencionalismo moderado. / The dissertation at hand offers a reading of Platos Cratylus with emphasis on its argumentative structure, particularly with what pertains to the doctrines of linguistic naturalism and linguistic conventionalism. The research strives to show that Plato credits victory to a moderate version of conventionalism.
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Virtude e conhecimento no Prótagoras de Platão / Virtue andknowledge in Platos Protagoras

Marcos Tadeu Neira Miranda 13 March 2018 (has links)
Do conjunto dos chamados primeiros diálogos de Platão, o Protágoras destaca-se como a obra em que é apresentada mais sistematicamente a doutrina conhecida como intelectualismo ético. Grosso modo, trata-se de compreender os temas éticos, como as virtudes ou excelências morais (justiça, piedade, sabedoria, temperança e coragem), exclusivamente como resultado de um processo cognitivo; em outros termos, trata-se de afirmar que os assuntos éticos para uma correta apreciação exigem a consideração de um tipo de conhecimento, que, sob esse diapasão, mostrar-se-á como o conhecimento do bem. O final do Protágoras apresenta esse ponto com clareza. Ali, as virtudes discutidas ao longo do diálogo são, a rigor, uma só coisa, a saber, conhecimento. A doutrina ética intelectualista conduz a consequências que não deixaram de ser exploradas por Platão nos primeiros diálogos, notadamente no Protágoras. Primeiramente, reduz-se com isso a multiplicidade das manifestações da excelência humana à posse de um conhecimento, problema que deixará sua herança à literatura antiga e que chega aos estudos eruditos contemporâneos como a questão da unidade das virtudes; em segundo lugar, o papel destacado do conhecimento na compreensão da vida ética requer a compreensão da relação deste com outros elementos fundamentais e reconhecidos, igualmente decisivos para a alma humana e para determinação das ações, como os apetites e as paixões. Este último ponto surge devido à constatação abundante nos diálogos da primeira fase de Platão, corroborada exemplarmente pelo Protágoras, de que o conhecimento é condição não apenas necessária, mas também suficiente para a obtenção e o exercício das virtudes, de modo que nenhum elemento extracognitivo (como o são paixões e apetites) é capaz de desviar a rota de ação indicada pelo conhecimento. Sendo o conhecimento do bem que caracteriza a virtude, hegemônico quando presente na alma humana, qual papel, portanto, seria reservado para paixões e apetites na ética dos primeiros diálogos? Uma doutrina que articula esses dois pontos é avançada no Protágoras, sendo este o diálogo que sistematiza e aprofunda as teorias socráticas presentes nos demais diálogos do conjunto. Nesse sentido, proponho um exame da relação entre virtude e conhecimento no Protágoras, dividido em duas partes: a primeira parte lidando mais diretamente com o problema da unidade das virtudes, enquanto a segunda investigará o sentido do intelectualismo ético segundo a relação entre conhecimento e elementos não cognitivos, parte na qual o exame de uma virtude particular receberá destaque: a coragem. / Among Platos first dialogues, the Protagoras stands out as the work in which the so called ethical intellectualism is exposed in the most systematic manner. Roughly, in ethical intellectualism, ethical themes such as virtues or moral excellences (justice, piety, wisdom, temperance and courage) are defined exclusively as the result of a cognitive process; in other terms, for ethical matters to be correctly understood, a certain knowledge must be considered; in this case, knowledge of the good. This point is made clear at the end of the Protagoras: all virtues discussed throughout the dialogue are strictly one thing, namely knowledge. The consequences of the intellectualist ethical doctrine were also explored by Plato in his first dialogues, especially in the Protagoras. First, the multiplicity of different manifestations of human excellence are thus reduced to the possession of a knowledge, a problem that was thoroughly explored in ancient literature and resulted, contemporarily, in the question of the unity of virtue. Secondly, the central role of knowledge in the comprehension of the ethical life requires the comprehension of the relation between knowledge and other admittedly fundamental aspects such as appetites and passions that are decisive to the human soul and crucial to determine ones actions. This latter point arises from the abundant observation in Platos first dialogues, especially in the Protagoras, that knowledge is not only a necessary condition but also a sufficient condition to obtain and exercise virtue in such a way that no extracognitive element (such as passions and appetites) is able to interfere in the path of action indicated by knowledge. If knowledge of the good is what defines virtue and if it is hegemonic when present in the human soul, what role is left to passions and appetites in the ethics of the first dialogues? These two points are articulated in the doctrine that is exposed in the Protagoras, a dialogue that deepens and systematizes Socrates theories discussed in the other dialogues from this period. Therefore, I intend to examine the relation between virtue and knowledge in the Protagoras. This work is divided in two parts: in the first, I deal with the problem of the unity of virtues; in the second part, I investigate the meaning of ethical intellectualism in view of the relation between knowledge and non-cognitive elements, and one particular virtue shall be examined: courage.

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