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Influência da membrana de colágeno suíno purificado na integração tecidual de telas de polipropileno implantadas em ratas / Purified porcine collagen membrane modulates integration of polypropylene mesh implant in rat model

Maciel, Luiz Carlos, 1967- 18 August 2018 (has links)
Orientador: Cássio Luís Zanettini Riccetto, Benedicto de Campos Vidal / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-18T18:21:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Maciel_LuizCarlos_D.pdf: 8260525 bytes, checksum: 6e55aa9d959f06cd42ce61de61d4ac5e (MD5) Previous issue date: 2011 / Resumo: Introdução: O aumento da expectativa de vida elevou o risco da necessidade de cirurgia para o tratamento dos prolapsos de órgãos pélvicos (PO) em mulheres, principalmente no período pós-menopausa. Os distúrbios ocasionados pelos POP afetam a qualidade de vida, ao estabelecer alterações na sexualidade, função urinaria e intestinal. Neste cenário, o uso das telas ganhou popularidade. Embora as telas de polipropileno sejam consideradas um bom material para restaurar o assoalho pélvico, diminuindo o tempo cirúrgico e a dor pós-operatória, existem preocupações quanto à infecção e exposição da tela. Objetivos: Estudar as características da deposição colágena associada aos implantes subcutâneos de telas de polipropileno revestidas por biomembrana de colágeno de submucosa intestinal suína (BMSS) em ratas, e descrever as características da reação inflamatória local. Material e Métodos: 30 ratas fêmeas foram divididas em três grupos conforme a data de eutanásia (7º; 14º, e 28º pós-operatório). Foram implantadas no subcutâneo abdominal destes animais um segmento de tela de polipropileno revestida com colágeno à direita e outro segmento de tela não revestida no lado esquerdo. O material foi fixado em HE e analizado no microscópio de polarização Olympus BX51 e acoplado ao software image Pro plus 6.0 para estudar as propriedades anisotrópicas do colágeno e as características da reação inflamatória local. Resultados: 7ºPO: A biomembrana induziu intensa proliferação vascular, vasodilatação, infiltração de linfocitos e proliferação fibroblástica. No subgrupo da tela de polipropileno isolada notaram-se predomínio de células com aspecto histiocitário e células gigantes. 14ºPO: No subgrupo da biomembrana persistiu o infiltrado predominantemente linfocitário semelhante ao 7ºPO. Não ocorreram alterações expressivas na intensidade da deposição colágena, persistiu o aspecto de congestão vascular. No subgrupo do polipropileno isolado, observou-se alguma proliferação fibroblástica em torno dos filamentos de polipropileno, além de células gigantes achatadas pelo envoltório de colágeno e fibroblastos, mantendo pouco infiltrado linfocitário, em relação à tela recoberta pela biomembrana. 28º PO: No subgrupo da biomembrana de colágeno observou-se intensa deposição colágena com diminuição do infiltrado linfocitário e presença de mononucleares histiocitários. No subgrupo da tela de polipropileno isolada evidenciaram-se células gigantes as quais apresentavam tendência de envolver o polímero, além de menor infiltrado fibroblástico em comparação ao grupo recoberto com a biomembrana. Conclusão: A tela de polipropileno revestida pela BMSS evidenciou resolução precoce da inflamação, melhor neoangiogênese e deposição colágena melhor organizada do que a tela não revestida. Isto pode representar um vantagem em segmentos clínicos se estes resultados experimentais puderem ser reproduzidos em outros estudos / Abstract: Introduction: The raise of expectance of life has brought an increase of women which will underwent pelvic organ prolapse (POP) surgery, mainly in the post menopause period. The distress caused by POP affects women's quality of life, as it alters their sexuality, urinary and bowel functions. In this scenario, the use of meshes is gaining popularity worldwide. Although polypropylene mesh (PM) is considered a good material to restore the pelvic floor, decreasing operative time and post-operative pain, there are concerns about infection and vaginal mesh exposure. Objetives: To study the characteristics of collagen deposition related to covering subcutaneous implants of monofilament polypropylene mesh in rats with purified suine collagen biomembrane and to describe the characteristics of the local inflammatory reaction. Methods: Thirty female rats were shared in three groups according to the euthanasia's day (7º; 14º, 28º post-operative day). Polypropylene meshes were implanted at abdominal subcutaneous, on the right side the mesh covered by a collagen biomembrane and on the left side a non covered PM. The material were stained with HE and analyzed with Olympus BX51 polarized microscope and image Pro plus 6.0 software to study the collagen anisotropic properties and inflammatory reaction. Results: In the 7º PO the CM group showed vascular proliferation and intense infiltration of lymphocytes and fibroblasts. The PM without CM group presented a intense histiocytary infiltrate and a mild fibrosblastic reaction and angiogenesis. At the 14º PO, the group A maintained a similar lymphocytic infiltrate which was observed at the 7º PO, without expressive alterations in the degree of fibroblastic reaction and collagem deposition. In the group B, there was a intense fibroblastic reaction surrounding the PM. Also, there were multinucleated giant cells crushed by a wrap of collagen and fibroblasts. In the 28º PO, the group A revealed an intense fibroblastic reaction process and collagen deposition. In contrast, in the group B, it is observed that the multinucleated giant cells tried to wrap up the polypropylene, and there were a decrease of fibroblastic reaction in comparison to the PM with CM group. Conclusions: PM covered with a purified porcine collagen membrane showed earlier resolution of inflammatory reaction, better neoangiogenesis and more organized host collagen deposition than in pure PM. This can represent an advantage in clinical setting if these experimental results proved to be reproducible in other trials / Doutorado / Fisiopatologia Cirúrgica / Doutor em Ciências da Cirurgia
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Qualidade de vida das mulheres com prolapso de órgão pélvico após tratamento cirúrgico / Quality of life in women with pelvic organ prolapse after surgical treatment

Espinoza, Claudia Carolina Flores 04 September 2017 (has links)
Introdução: A prevalência do prolapso de órgão pélvico (POP) aumenta com a idade, estimando-se que quase 30% das mulheres têm algum grau de POP. As pesquisas sobre qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) nesta patologia tornaram-se importantes. A QVRS das mulheres com POP é grandemente afetada; incluindo a alteração dos aspectos físicos e das áreas psicológica e social. Há pouca evidencia sobre os fatores que alteram a QVRS destas mulheres, e que poderiam predizer mudanças após do tratamento. O objetivo desta pesquisa é avaliar a QVRS das mulheres submetidas a cirurgia de correção de POP e conhecer os fatores preditores das mudanças. Método: Estudo longitudinal com desenho analítico, correlacional preditivo em 95 mulheres adultas Chilenas da Região Metropolitana, com diagnóstico de POP e com indicação de cirurgia. Realizou-se avaliação da QVRS em três momentos (basal pré-operatório, um e seis meses após a cirurgia para correção do POP), empregando-se o instrumento Prolapse Quality of Life (PQOL), em sua versão chilena, composto de nove dimensões: percepção geral de saúde (PGS), impacto do prolapso (IP), limitações de papel (LR), físicas (LF), sociais (LS) e relações pessoais (RP), emoções (E), sono/energia (SE) e medidas de gravidade (MS); Os fatores preditores da QVRS foram colhidos utilizando-se os seguintes instrumentos: dados demográficos e clínicos, Pelvic Organ Prolapse/Urinary Incontinence Sexual Function Questionnaire-12 versão Chilena (função sexual), Menopause Rating Scale versão Chilena (sintomas menopáusicos), Questionário Geral de Saúde de Golberg (sintomas depressivos) e Modified Body Image Scale (imagem corporal). Os dados foram submetidos às análises descritivas univariadas; análises de medidas repetidas com comparação de médias 2 a 2, usando-se o teste t-Student para comparação de grupos; e análise multivariada utilizando-se o Modelo Linear de Efeitos Mistos, para explicar as variáveis preditoras da QVRS. Além dessas, a Mínima Diferença Importante (MID) e o tamanho do efeito foram utilizados para determinar a magnitude das mudanças na QVRS após o tratamento cirúrgico, utilizando-se o Patient Global Impression of Improvement Index. Resultados: A idade média foi 60 anos (DP=10,3); 76% apresentaram nível educacional básico ou médio, com companheiro (61%), com atividade sexual (40%), com menopausa (74,5%); 2,5 procedimentos cirúrgicos para correção do POP em média. A QVRS melhorou após o tratamento cirúrgico, em ambos os seguimentos (p<0,001), e em todas as dimensões. A imagem corporal apresentou diferença significativa (p<0,05) em todos os momentos de avaliação: para cada ponto de piora da imagen corporal, menor mudança na QVRS após a cirurgia. Os sintomas menopáusicos impactaram em menores mudanças na QVRS nas dimensões PGS e E, em todos os tempos, embora a QVRS nas dimensões IP, LF, LS e SE tenha apresentado leve porém significativa melhora após a cirurgia (p<0,05). As mulheres com doença neurológica mostraram menores mudanças na QVRS no pós-operatório comparativamente àquelas sem essa doença nas dimensões LF, E e SE (p<0,05). Outras variáveis preditoras de QVRS foram a atividade sexual, nível educacional, idade e diabetes mellitus. Obteve-se um efeito de grande magnitude em todas as dimensões e estabeleceu-se MID entre -1,19 e -15 pontos para todas as dimensões de PQOL. Conclusão: A QVRS melhorou após o tratamento cirúrgico, em todas as dimensões, e as variáveis preditoras mais importantes foram a imagen corporal, os sintomas menopáusicos e as doenças neurológicas. O estudo contribui para corroborar a necessidade de avaliação integral das mulheres no pré-operatório visando a conhecer as tendências de sua QVRS posteriormente atuando nos fatores modificáveis que podem influir negativamente em sua recuperação pós-operatória. / Introduction: Prevalence of pelvic organ prolapse (POP) increase with age, estimating that almost 30% of women has some POP degree. Research about health related quality of life (HRQL) in this pathology it have gained relevance. HRQL of women with POP is highly affected; including physical impaired, and psychological and social spheres. There is little evidence about factors influence HRQL of these women. The aim of this research was to evaluate HRQL of women submitted to surgical correction of POP and predictors factors of changes. Methods: Llongitudinal study with analytical, correlational, predictive design in 95 Chilean women, of the Metropolitan Area, with POP diagnosis and surgical indication. An evaluation was performed of HRQL in three times (baseline before surgery, and follow up at first and six month after surgery) Instruments applied were Prolapse Quality of Life (PQOL) Chilean version which nine dimensions: General health perception (GHP), prolapse impact (PI), role (RL), physical (LF), socials (LS) and personal limitations, emotions (E), sleep/energy (SE) and, severity measurement (SM); predictors factors of HRQL were obtained using demographic and clinical data, Pelvic Organ Prolapse/Urinary Incontinence Sexual Function Questionnaire-12 Chilean version (sexual function), Menopause Rating Scale Chilean version (menopause symptoms), Goldbergs General Health Questionnaire (depressive symptoms) and Modified Body Image Scale (Body image). Data analysis included univariate descriptive analysis, repeated measures analysis with media comparison 2 to 2 for group and multivariate analysis with linear mixed effects models to explain predictors variables of HRQL. Also, the minimum important difference (MID) and effect size were used to determine magnitude of change in HRQL after surgical treatment, anchor used was Patient Global Impression of Improvement Index. Results: age average was 60 years (SD: 10.3), 76% primary or secondary educational level, 61% have couple, 40% was active sexually, most of women had menopause (74.5%), average of procedures of POP correction was 2.5. HRQL improved after surgical treatment, in both follow up (p<0.001) in every dimension. Body image had significant difference (p<0.05) without time interaction, every point for worse body image, HRQL get worse. Menopause symptoms had a positive impact on GHP and E, showed fewer score in every time, meanwhile PI, FL, SL and SE had a little but statistical significant improved after surgical treatment (p<0.05). Women with neurological disease showed less change in HRQL after surgery than without disease in FL, E and SE dimension (p<0.05). Other predictive variables after surgery (p<0.05) were sexual activity, educational level, age and diabetes. MID it determined among -1.19 y -15 points for all dimensions of HRQL, considering an large in all dimensions too. Conclusion: HRQL improved after surgery, most important predictive variables were body image, menopause symptoms and neurological disease, therefore integral assessment of women before surgery is important to know HRQL trend after treatment, to support them and improve or maintain modify factors that could have negative impact.
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Produção de matrizes sintéticas acelulares por eletrofiação para aplicações em urologia / Bioengineering production of extracellular matrices for urologic applications

Bissoli, Julio Cesar Campos 04 August 2017 (has links)
Introdução: O uso de telas de polipropileno para reforço em cirurgias para correção de prolapso vaginal apresenta taxas de complicação de até 25%. Trata-se de doença de alta prevalência, acometendo até 30% das mulheres, cujas opções atuais de tratamento foram reduzidas após a descontinuação da fabricação dos reforços tradicionais por diversos fabricantes. Uma alternativa é a utilização de matrizes sintéticas de outros materiais e com outras configurações, possibilitando inclusive cultura de células em seu leito. A eletrofiação possibilita a produção e reprodução em larga escala dessas matrizes a partir de polímeros solúveis expostos a um campo elétrico. Objetivos: Estabelecer parâmetros de produção de matrizes com fibras híbridas e randômicas através de eletrofiação, demonstrar sua reprodutibilidade e implantar tal tecnologia em solo brasileiro. Testar as seguintes características teóricas das matrizes híbridas produzidas com acido polilático (PLLA): maior força tênsil nos testes biomecânicos e biocompatibilidade mantida para cultura celular. Estudar a influência da cultura de células-tronco mesenquimais derivadas de adipócitos (CTDA) sobre as propriedades mecânicas das matrizes estudadas. Avaliar a influência da hidrólise na perda de força tênsil das matrizes em experimentos de até 90 dias. Métodos: Foram produzidas matrizes de PLLA dissolvidos em diclorometano (DCM) nas configurações de fibras randômicas, alinhadas e um novo método foi desenvolvido para produção de matrizes híbridas. Foram realizados microscopia eletrônica, testes biomecânicos, testes de atividade metabólica e biocompatibilidade com cultivo de células-tronco derivadas de adipócitos, além de testes de degradação em meio de cultura por 90 dias para comparar as matrizes. Análise de variância (ANOVA) com teste de Tukey foram utilizados para comparação dos resultados obtidos nos experimentos quando aplicáveis. Resultados: A produção de matrizes híbridas foi possível ajustando-se os parâmetros de eletrofiação. Imagens de microscopia comprovaram o alinhamento e hibridização das fibras. Testes uniaxiais mostraram que as matrizes híbridas foram 3 a 4 vezes mais resistentes a tração do que as matrizes randômicas (p < 0,0001) preservando sua biocompatibilidade e afinidade celular. A incorporação de células às matrizes híbridas e o experimento de degradação mostraram quedas nas propriedades mecânicas de força tênsil máxima das matrizes híbridas a partir de 14 dias em meio de cultura, mas sempre se mantendo acima das propriedades dos tecidos nativos pelo período estudado de até 90 dias. Conclusões: Foi possível o desenvolvimento de nova técnica de eletrofiação para produção de matrizes híbridas de fibras alinhadas e randômicas com maior força tênsil, ainda sim mantendo sua afinidade celular. Tais matrizes enfraqueceram no período de 90 dias estudado, sem contudo apresentar valores abaixo dos fisiológicos, mostrando-se como opção promissora para substituição de telas de polipropileno em clínica. Estudos com animais são necessários para confirmar essa hipótese / Introduction: Traditional reinforcement techniques for pelvic organ prolapse use mainly polypropylene meshes with complication rates up to 25%. It is a common disease with prevalence up to 30%, with reduced options of treatment after withdrawing of major companies from this market. An alternative is the use of synthetic matrices from other materials with other configurations, possibly with cell culture added. Electrospinning is a reproducible technique that uses solved polymers exposed to intense electric field to produce sheets like that. Objectives: Establish parameters to electrospin hybrid and random fibres and setup this technology in Brazil. Prove following theoretical characteristics of hybrid poly- L-lactide (PLLA) matrices: higher tensile strength in biomechanical tests with comparable biocompatibility. Study adipose derived stem cells (ADSC) culture impact over biomechanical properties of these matrices. Check hydrolysis influences on tensile strength up to 90 days. Methods: PLLA solved in dichloromethane (DCM) was electrospun in random fibres, align fibres and a novel method was developed to produce hybrid fibres. Electron microscopy (SEM), biomechanical tests, metabolic activity and biocompatibility with adipose-derived stem cells and additionally, degradation test up to 90 days in culture medium were performed to compare matrices. ANOVA with Tukey test of differences was used to compare experiment results. Results: The production of hybrid matrices was possible adjusting electrospinning parameters, SEM confirmed fibre\'s alignment and hybridization, uniaxial tests showed that hybrid matrices were 3 to 4 times stronger than random ones (p < 0,0001) maintaining its biocompatibility and cell affinity. Both cell incorporation to hybrid matrices and degradation experiment showed mechanical properties drop (ultimate tensile strength) after 14 days in culture medium but always keeping it above physiologic range up to 90 days studied. Conclusions: Development of new technique of electrospinning of hybrid matrices of align and random fibres was possible, with higher tensile strength and keeping the same cell affinity. These matrices showed drop in mechanical strength along 90 days of study but always above the natural tissues range being a promising option to polypropylene meshes in clinic. Further studies with animals are needed to confirm this hypothesis
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Tratamento do prolapso da cúpula vaginal pela técnica da sacropexia infracoccígea / Treatment of vaginal vault prolapse by infracoccigeal sacropexy technique

Corrêa, Lilian 08 October 2009 (has links)
O prolapso da cúpula vaginal é uma patologia rara, que há mais de 100 anos sua fisiopatologia e tratamento têm sido alvo de discussão, devido ao grau de dificuldade de um tratamento com preservação da anatomia. A técnica considerada como padrão-ouro para esta correção é a promontofixação abdominal, porém a alta morbidade associada à laparotomia é um fator de restrição ao uso da técnica. Neste aspecto, as técnicas de abordagens vaginais oferecem vantagem de menor morbidade e menor tempo cirúrgico quando comparadas às técnicas abdominais. Este trabalho teve por objetivo avaliar a Técnica da Sacropexia Infracoccígea na fixação da cúpula vaginal. Foram estudadas 36 mulheres com prolapso da cúpula vaginal no período de março de 2004 à fevereiro de 2008 as quais foram submetidas ao tratamento cirúrgico para correção do prolapso segundo a Técnica da Sacropexia Infracoccígea. As mulheres foram estadiadas quanto ao grau do prolapso segundo a Padronização dos Prolapsos Genitais da ICS - POPq antes e após o procedimento e foram submetidas a avaliação da qualidade de vida através da aplicação do Questionário de Qualidade de Vida em Prolapso, nos mesmos períodos de avaliação do exame ginecológico. Para avaliar a cúpula vaginal foi utilizado o Ponto C do POPq e submetido a tratamento estatístico. As mulheres foram acompanhadas por um tempo médio de 30,9 meses (10 a 55 meses). O Ponto C avaliado antes e após o procedimento variou de média de +6 (antes do procedimento) para média de -6,5 (após 24 meses da correção). A variação do Ponto C foi estatisticamente significante. Houve somente uma recidiva do prolapso após 24 meses de avaliação. Quanto ao Questionário de Qualidade de vida houve redução significativa da pontuação pós-operatória, mostrando melhora importante na qualidade de vida das mulheres estudadas (p<0,05). Em uma média de 30,9 meses de estudo a técnica foi eficaz na redução do prolapso da cúpula vaginal e na melhora da qualidade de vida das mulheres estudadas. / The vaginal vault prolapse isn´t a common pathology that there are at least one hundred years it´s physiopathology and treatment have been discussed. It´s occurs mainly by the difficulty to find an anatomic preservation treatment. The most accept technique is the abdominal colposacropexy and it´s considered the gold standard for some authors, although the high morbidity associated with it is a restriction factor. On the other hand, the vaginal techniques take less morbidity and less surgical time to perform the procedure regards abdominal techniques. The objective of this work was to evaluate long-term results and long-term patients satisfaction of infracoccigeal sacropexy technique performed for massive vaginal vault prolapse. A prospective analysis was performed of 36 women who underwent vaginal vault prolapse correction by the infracoccigeal sacropexy technique during the period of march, 2004 to February, 2008. The gynecological exam was performed by the Pelvic Organ Prolapse Standardization (POP-q) and a validated questionnaire (Prolapse Quality of Life Questionnaire) was used to evaluate patients´ satisfaction before and after surgery, at the same evaluation periods. To evaluate the vaginal vault prolapse, the Point C of POPq was taken before and after surgery and an appropriate statistical analysis was performed. The women was followed by a mean time of 30,9 months (10 to 55 months). The point C variation media was +6 before the procedure to -6,5 after the procedure (after 24 months after surgery). It was statistically significant (p<0,05). There was only one vaginal vault prolapse recurrence after 24 months of evaluation. The quality of life questionnaire showed patients´ satisfaction was statistically improved after the procedure (p<0,05). Taking a mean time of 30,9 months the technique was efficient to reduce the vaginal vault prolapse and to improve the quality of life in the group of study.
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Avaliação da auto-imagem corporal, função sexual e atratividade em mulheres com prolapso genital - um estudo transversal associado à validação do instrumento Body Image in The Pelvic Organ Prolapse (BIPOP) / Body image, sexual function and attractiveness among women with genital prolapse - a cross-sectional study with validation of the Body Image in The Pelvic Organ Prolapse questionnaire

Rafael Mendes Moroni 17 September 2018 (has links)
Os prolapsos de órgãos pélvicos (POP) são distúrbios muito comuns entre as mulheres, determinando uma série de sintomas e prejuízos funcionais. Por envolverem o trato genital, frequentemente se infere que apresentam impacto sobre a função sexual, sobre a percepção ou auto-imagem corporal e sobre a sensação de atratividade das mulheres. Tal impacto, porém, ainda não é bem elucidado na literatura, e não há estudos fazendo tal avaliação em uma população de mulheres brasileiras. Sendo assim, objetivamos avaliar função sexual, atratividade e auto-imagem corporal em um grupo de mulheres brasileiras com prolapso genital, além de comparar a atratividade entre mulheres com e sem prolapso genital. Desenvolvemos um estudo transversal, incluindo um grupo de mulheres com prolapso, em que se aplicou um questionário de auto-imagem corporal (BIPOP), um de função sexual (FSFI) e um de atratividade (BAQ); e um grupo de mulheres sem prolapso, em que se aplicou um questionário de atratividade (BAQ). Foram utilizados testes t independentes para variáveis quantitativas de distribuição normal, e testes não paramétricos para distribuições não normais. Variáveis categóricas foram comparadas utilizando-se testes de Fisher. As correlações entre os constructos foram estudadas utilizando-se o coeficiente r de Pearson. Preditores independentes para escores de autoimagem e de função sexual, além de preditores para a existência de vida sexual ativa foram estudados através de modelos de regressão multivariada. As pacientes foram recrutadas em ambulatórios de uroginecologia e de ginecologia geral dos serviços da Universidade Estadual do Oeste do Paraná e da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Para tal avaliação, optamos por utilizar um instrumento específico para estudo da auto-imagem corporal associada a prolapso genital, o Body Image in the Pelvic Organ Prolapse Questionnaire (BIPOP). Como tal instrumento não se encontrava validado para o português, realizamos a tradução, adaptação cultural e validação do instrumento ao longo da pesquisa. Foram incluídas 105 mulheres com prolapso genital - 52,3% com prolapso mais avançado, estadios 3 e 4, e 47,7% com prolapso menos avançado, predominantemente estadio 2 - além de 100 mulheres sem prolapso genital, que formaram um grupo controle para comparação do escore de atratividade. O escore BIPOP total médio, de um máximo de 5, foi igual a 3,09 (± 1,08), 3,05 (±1,00) e 3,13 (±1,15), respectivamente, para todas as mulheres com prolapso, para o subgrupo de mulheres com prolapso menos avançado (POP-Q 1 e 2) e mais avançado (POP-Q 3 e 4), não se observando diferença significativa entre os escores de acordo com o estadiamento do prolapso (p = 0,71). O único preditor independente do escore de auto-imagem corporal em um modelo de análise multivariada foi a função sexual, através do escore FSFI (? = -0,052; p = 0.02). Os escores totais da subescala de atratividade BAQ para as mulheres com prolapso e sem prolapso genital foram, de um máximo de 25, iguais a 17,01 (± 4,07) e 16,97 (± 4,60), respectivamente, não se observando diferença significativa no componente de atratividade da auto-imagem corporal geral entre essas mulheres (p = 0,93); mesmo ao se considerar somente as mulheres com prolapso avançado, não se observou diferença nos escores de atratividade em relação a mulheres sem prolapso. Observou-se a existência de correlação entre auto-imagem corporal genital e sensação de atratividade geral, mas a força da correlação foi fraca. Em relação à atividade sexual, somente ser mais velha foi um preditor independente de ser sexualmente inativa entre as mulheres com prolapso (OR = 0,9 para ser sexualmente ativa para cada ano adicional de idade; p = 0,001); em relação à função e satisfação sexual, melhor auto-imagem corporal e maior sensação de atratividade foram preditores independentes de melhor função sexual. Em relação à validação do instrumento BIPOP, a versão adaptada durante a pesquisa manteve boa consistência interna (? = 0,908), boa confiabilidade (ICC = 0,94) e manteve sua validade de constructo, com forte correlação da escala com a impressão clínica de auto-imagem genital (r = 0,81) e existência de correlação, ainda que fraca, com uma escala de sensação de atratividade geral (r = -0,2). Conclui-se que em uma coorte de mulheres brasileiras com prolapso, as características anatômicas do prolapso parecem não interferir com a sensação de autoimagem corporal genital e nem com a função sexual. A presença de prolapso também não foi preditiva da existência de atividade sexual. Por outro lado, observou-se que mulheres com pior auto-imagem corporal, independentemente do estadiamento de seus prolapsos, tinham pior função sexual. Deixamos, ainda, como resultado do estudo, um instrumento específico para avaliação de auto-imagem corporal genital validado para o português. Tal instrumento pode ser utilizado em pesquisas futuras, trazendo informações importantes acerca de como as mulheres realmente percebem o impacto do prolapso sobre seus corpos. / Pelvic organ prolapse is a very common disorder among women and is associated with various symptoms and functional impacts. Due to the involvement of the genital tract, it is frequently believed that they impair sexual function, body perception or body image and lead to a loss of the sense of attractiveness. Such effect, however, is still not clear in the literature, and there are no studies evaluating these concepts in a population of Brazilian women. Therefore, we sought to evaluate sexual function and body image in a group of Brazilian women with genital prolapse, and also to compare the sense of attractiveness between women with and without genital prolapse. We conducted a transversal study including a group of women with genital prolapse, in which we administered a genital bodyimage questionnaire (BIPOP), a sexual function questionnaire (FSFI), and an attractiveness questionnaire (BAQ); we also included a group of women without genital prolapse, in which we administered an attractiveness questionnaire (BAQ). Independent t tests were used for normally distributed quantitative variables, and non-parametric tests for non-normally distributed variables. Categorical variables were compared using Fisher\'s exact tests. Correlation between studied constructs were assessed using Pearson\'s r correlation coefficient. Independent predictors for body image and sexual function scores, and also for being sexually active, were studied through multivariate regression models. Patients were recruited in urogynecology and general gynecology outpatient clinics in Universidade Estadual do Oeste do Paraná and Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. For assessing body image, we elected to use a specific instrument for studying genital body-image, namely the Body Image in The Pelvic Organ Prolapse Questionnaire (BIPOP). Since this instrument was not validated to the Portuguese language, we performed its translation, cultural adaptation and validation along this research. We included 105 women with genital prolapse - 52,3% with advanced, stages 3 and 4, prolapse, and 47,7% with milder, predominantly stage 2 prolapse - and 100 women without genital prolapse, to form a control group, with which we compared attractiveness scores. The mean total BIPOP scores were 3,09 (± 1,08), 3,05 (±1,00) and 3,13 (±1,15), from a maximum of 5, for all women with prolapse, for the subgroups with less advanced prolapse (POP-Q 1 and 2), and with more advanced prolapse (POP-Q 3 and 4), respectively. There were no significant differences among scores according to prolapse staging (p = 0.71). The only independent predictor of body image score in a multivariate analysis model was sexual function, measured through the FSFI score (? = - 0,052; p = 0.02). The total scores for the BAQ attractiveness subscale among women with and without genital prolapse, were 17,01 (± 4,07) and 16,97 (± 4,60), from a maximum of 25, respectively, without any significant difference in the attractiveness component of bodyimage among these women (p = 0.93); when considering only women with advanced prolapse, we still did not observe a difference in attractiveness scores compared to women without prolapse. We observed a correlation between genital body image and general attractiveness, but the strength of the correlation was weak. Regarding sexual activity, only an older age predicted being sexually inactive among women with prolapse (OR = 0.9 for being sexually active for each additional year of age; p = 0.001); regarding sexual function and satisfaction, a better body image and a higher sense of attractiveness were independen predictors of a better sexual function. As for the Portuguese validation of the BIPOP instrument, the adapted version maintained good internal consistency (? = 0,908), good reliability (ICC = 0.94) and adequate construct validity, with a strong correlation between the BIPOP scale and clinical impression of body image (r = 0.81), and an existing, although weak, correlation with a general attractiveness scale (r = 0.2). We conclude that among a cohort of Brazilian women with prolapse, the anatomical features of the prolapse do not seem to interfere with the perception of genital body image nor with sexual function. The presence of genital prolapse was also not predictive of being sexually active or not. On the other hand, women with worse body image had worse sexual function, regardless of prolapse staging. As a result of the study, we also provide a Portuguese-validated instrument that specifically evaluates genital body image related to prolapse. Such instrument may be used in future research, bringing together important information regarding how women actually perceive the impact of genital prolapse over their bodies.
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Tratamento do prolapso da cúpula vaginal pela técnica da sacropexia infracoccígea / Treatment of vaginal vault prolapse by infracoccigeal sacropexy technique

Lilian Corrêa 08 October 2009 (has links)
O prolapso da cúpula vaginal é uma patologia rara, que há mais de 100 anos sua fisiopatologia e tratamento têm sido alvo de discussão, devido ao grau de dificuldade de um tratamento com preservação da anatomia. A técnica considerada como padrão-ouro para esta correção é a promontofixação abdominal, porém a alta morbidade associada à laparotomia é um fator de restrição ao uso da técnica. Neste aspecto, as técnicas de abordagens vaginais oferecem vantagem de menor morbidade e menor tempo cirúrgico quando comparadas às técnicas abdominais. Este trabalho teve por objetivo avaliar a Técnica da Sacropexia Infracoccígea na fixação da cúpula vaginal. Foram estudadas 36 mulheres com prolapso da cúpula vaginal no período de março de 2004 à fevereiro de 2008 as quais foram submetidas ao tratamento cirúrgico para correção do prolapso segundo a Técnica da Sacropexia Infracoccígea. As mulheres foram estadiadas quanto ao grau do prolapso segundo a Padronização dos Prolapsos Genitais da ICS - POPq antes e após o procedimento e foram submetidas a avaliação da qualidade de vida através da aplicação do Questionário de Qualidade de Vida em Prolapso, nos mesmos períodos de avaliação do exame ginecológico. Para avaliar a cúpula vaginal foi utilizado o Ponto C do POPq e submetido a tratamento estatístico. As mulheres foram acompanhadas por um tempo médio de 30,9 meses (10 a 55 meses). O Ponto C avaliado antes e após o procedimento variou de média de +6 (antes do procedimento) para média de -6,5 (após 24 meses da correção). A variação do Ponto C foi estatisticamente significante. Houve somente uma recidiva do prolapso após 24 meses de avaliação. Quanto ao Questionário de Qualidade de vida houve redução significativa da pontuação pós-operatória, mostrando melhora importante na qualidade de vida das mulheres estudadas (p<0,05). Em uma média de 30,9 meses de estudo a técnica foi eficaz na redução do prolapso da cúpula vaginal e na melhora da qualidade de vida das mulheres estudadas. / The vaginal vault prolapse isn´t a common pathology that there are at least one hundred years it´s physiopathology and treatment have been discussed. It´s occurs mainly by the difficulty to find an anatomic preservation treatment. The most accept technique is the abdominal colposacropexy and it´s considered the gold standard for some authors, although the high morbidity associated with it is a restriction factor. On the other hand, the vaginal techniques take less morbidity and less surgical time to perform the procedure regards abdominal techniques. The objective of this work was to evaluate long-term results and long-term patients satisfaction of infracoccigeal sacropexy technique performed for massive vaginal vault prolapse. A prospective analysis was performed of 36 women who underwent vaginal vault prolapse correction by the infracoccigeal sacropexy technique during the period of march, 2004 to February, 2008. The gynecological exam was performed by the Pelvic Organ Prolapse Standardization (POP-q) and a validated questionnaire (Prolapse Quality of Life Questionnaire) was used to evaluate patients´ satisfaction before and after surgery, at the same evaluation periods. To evaluate the vaginal vault prolapse, the Point C of POPq was taken before and after surgery and an appropriate statistical analysis was performed. The women was followed by a mean time of 30,9 months (10 to 55 months). The point C variation media was +6 before the procedure to -6,5 after the procedure (after 24 months after surgery). It was statistically significant (p<0,05). There was only one vaginal vault prolapse recurrence after 24 months of evaluation. The quality of life questionnaire showed patients´ satisfaction was statistically improved after the procedure (p<0,05). Taking a mean time of 30,9 months the technique was efficient to reduce the vaginal vault prolapse and to improve the quality of life in the group of study.
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Análise ecocardiográfica anatômica e funcional intraoperatória da valva mitral em pacientes com prolapso valvar submetidos à valvoplastia cirúrgica: estudo transesofágico bidimensional e tridimensional / Intraoperative anatomic and functional analyses of mitral valve in patients with valve prolapsed submitted to surgical valvuloplasty: a two-dimensional and three-dimensional transesophageal study

Pardi, Mirian Magalhães 01 December 2014 (has links)
Introdução: Embora o papel da ecocardiografia transesofágica (ETE) esteja bem estabelecido na avaliação morfológica e funcional da valva mitral e na seleção dos pacientes com prolapso da valva mitral (PVM) para a cirurgia reparadora, o impacto da ETE tridimensional (3D) no resultado cirúrgico ainda não está bem demonstrado. Os objetivos deste trabalho foram avaliar o valor diagnóstico adicional da ETE 3D em comparação com a técnica bidimensional (2D) e a associação de parâmetros anatômicos tridimensionais com o resultado cirúrgico em pacientes com PVM submetidos à valvoplastia. Métodos: Para a análise comparativa da sensibilidade, especificidade e acurácia diagnóstica entre ETE 2D e 3D, foram incluídos 62 pacientes operados por PVM com insuficiência importante, sendo a inspeção cirúrgica considerada padrão-ouro. Para a análise 3D, foram estudados 54 pacientes submetidos à plástica valvar que foram divididos em 2 grupos de acordo com o grau da insuficiência mitral pós-operatória (grupo 1, insuficiência mitral ausente ou grau I; grupo 2, insuficiência mitral grau II ou III). Foram medidos pela quantificação 3D os seguintes parâmetros anatômicos: diâmetros anteroposterior e intercomissural, altura, circunferência e área do anel mitral; comprimento, área e linha de coaptação das cúspides; volume e altura do prolapso; distância dos músculos papilares à borda da cúspide; e ângulos mitroaórtico e não planar. Para a identificação de variáveis associadas aos grupos de resultados cirúrgicos, foi realizada análise univariada (teste t de Student para as variáveis contínuas e teste qui-quadrado ou o teste de Fisher para as variáveis categóricas), análise multivariada com método de regressão logística e curva ROC para a obtenção do ponto de corte. Resultados: A ETE 2D apresentou maior sensibilidade no diagnóstico de prolapso nos segmentos A2, P1 e P3 que a ETE 3D (p = 0,019, 0,023, 0,012, respectivamente) enquanto que a ETE 3D apresentou maior especificidade no segmento P1 (p = 0,006). Não houve diferença na acurácia diagnóstica ente os dois métodos. A presença de prolapso das duas cúspides (p = 0,041) e a distância do músculo papilar posteromedial à borda da cúspide (p = 0,038) foram maiores no grupo 2. Análise multivariada identificou prolapso das duas cúspides e distância do músculo papilar posteromedial à borda da cúspide maior que 30 mm como fatores associados à insuficiência mitral pós-operatória grau II ou III (p = 0,039 e 0,015, respectivamente), e com risco de 5,3 e 6,3 vezes maior de insuficiência significativa pós-operatória, respectivamente. Conclusões: A ETE 2D e 3D apresentaram acurácia equivalente no diagnóstico de PVM, com maior sensibilidade da ETE 2D no diagnóstico de prolapso nos segmentos A2, P1 e P3, e maior especificidade da ETE 3D no segmento P1. A distância do músculo papilar posteromedial à borda da cúspide obtida pela análise quantitativa 3D e a presença de prolapso das duas cúspides mostraram associação com o grau da insuficiência mitral pós-operatória grau II e III / Background: Although the transesophageal echocardiography (TEE) is well established in the morphological and functional assessment of the mitral valve and in the choice of patients with mitral valve prolapse (MVP) eligible to valvuloplasty, the impact of tridimensional (3D) TEE on surgical results has not been well demonstrated yet. The present study aimed to evaluate the additional diagnostic value of 3D TEE in comparison with bidimensional (2D) technique, as well as the correlation between 3D anatomical parameters and the surgical results in patients with MVP submitted to valvuloplasty. Methods: In order to compare the sensitivity, specificity, and accuracy between 2D and 3D TEE, 62 patients with MVP and severe mitral regurgitation were enrolled; surgical appraisal was considered as the gold-standard. Regarding 3D analysis, 54 patients submitted to valvuloplasty were divided in two groups, according to their postoperative mitral regurgitation grades (group 1, absent or grade I mitral regurgitation; and group 2, grade II or III mitral regurgitation). The following parameters were assessed quantitatively by 3D TEE: anteroposterior diameter, commissural width, height, circumference and area of the mitral ring; anterior and posterior leaflets length, leaflets surface area, coaptation length, volume and height billow; distance from the tip of the anterolateral and posteromedial papillary muscle to leaflet border; non-planar and aortic-mitral angles. Univariate analysis (Student t test for continuous variables and Chi-square or Fischer test to the categorical ones), multivariate and ROC curve analyses were performed to identify the relationship between anatomical parameters and surgical results (p < 5%). Results: 2D TEE showed higher sensitivity to diagnose MVP in A2, P1, and P3 segments, when compared with 3D TEE (p= 0.019, 0.023, and 0.012, respectively), while 3D TEE showed greater specificity to identify P1 segment (p= 0.006). No difference was observed in the accuracy between both methods. The presence of bileaflet prolapse (p= 0.041) and the distance from posteromedial papillary muscle to leaflet border (p= 0.038) were higher in group 2. Multivariate analysis showed that bileaflet prolapse and distance of more than 30 mm from posteromedial papillary muscle to leaflet border were related to grade II or III postoperative mitral regurgitation (p= 0.039 and 0.015, respectively), representing 5.3 and 6.3 more risk of significant mitral regurgitation, respectively. Conclusions: Both 2D TEE and 3D TEE presented similar accuracy in the diagnosis of MVP; 2D TEE showed higher sensitivity to diagnose the prolapse in A2, P1 and P3 segments, while the 3D TEE presented greater specificity to identify the affected P1 segment. The distance from the tip of the posteromedial papillary muscle to the leaflet border quantitatively estimated by 3D TEE and the evidence of bileaflet prolapse showed to be associated to the degree of mitral regurgitation after valvuloplasty
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Avaliação da auto-imagem corporal, função sexual e atratividade em mulheres com prolapso genital - um estudo transversal associado à validação do instrumento Body Image in The Pelvic Organ Prolapse (BIPOP) / Body image, sexual function and attractiveness among women with genital prolapse - a cross-sectional study with validation of the Body Image in The Pelvic Organ Prolapse questionnaire

Moroni, Rafael Mendes 17 September 2018 (has links)
Os prolapsos de órgãos pélvicos (POP) são distúrbios muito comuns entre as mulheres, determinando uma série de sintomas e prejuízos funcionais. Por envolverem o trato genital, frequentemente se infere que apresentam impacto sobre a função sexual, sobre a percepção ou auto-imagem corporal e sobre a sensação de atratividade das mulheres. Tal impacto, porém, ainda não é bem elucidado na literatura, e não há estudos fazendo tal avaliação em uma população de mulheres brasileiras. Sendo assim, objetivamos avaliar função sexual, atratividade e auto-imagem corporal em um grupo de mulheres brasileiras com prolapso genital, além de comparar a atratividade entre mulheres com e sem prolapso genital. Desenvolvemos um estudo transversal, incluindo um grupo de mulheres com prolapso, em que se aplicou um questionário de auto-imagem corporal (BIPOP), um de função sexual (FSFI) e um de atratividade (BAQ); e um grupo de mulheres sem prolapso, em que se aplicou um questionário de atratividade (BAQ). Foram utilizados testes t independentes para variáveis quantitativas de distribuição normal, e testes não paramétricos para distribuições não normais. Variáveis categóricas foram comparadas utilizando-se testes de Fisher. As correlações entre os constructos foram estudadas utilizando-se o coeficiente r de Pearson. Preditores independentes para escores de autoimagem e de função sexual, além de preditores para a existência de vida sexual ativa foram estudados através de modelos de regressão multivariada. As pacientes foram recrutadas em ambulatórios de uroginecologia e de ginecologia geral dos serviços da Universidade Estadual do Oeste do Paraná e da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Para tal avaliação, optamos por utilizar um instrumento específico para estudo da auto-imagem corporal associada a prolapso genital, o Body Image in the Pelvic Organ Prolapse Questionnaire (BIPOP). Como tal instrumento não se encontrava validado para o português, realizamos a tradução, adaptação cultural e validação do instrumento ao longo da pesquisa. Foram incluídas 105 mulheres com prolapso genital - 52,3% com prolapso mais avançado, estadios 3 e 4, e 47,7% com prolapso menos avançado, predominantemente estadio 2 - além de 100 mulheres sem prolapso genital, que formaram um grupo controle para comparação do escore de atratividade. O escore BIPOP total médio, de um máximo de 5, foi igual a 3,09 (± 1,08), 3,05 (±1,00) e 3,13 (±1,15), respectivamente, para todas as mulheres com prolapso, para o subgrupo de mulheres com prolapso menos avançado (POP-Q 1 e 2) e mais avançado (POP-Q 3 e 4), não se observando diferença significativa entre os escores de acordo com o estadiamento do prolapso (p = 0,71). O único preditor independente do escore de auto-imagem corporal em um modelo de análise multivariada foi a função sexual, através do escore FSFI (? = -0,052; p = 0.02). Os escores totais da subescala de atratividade BAQ para as mulheres com prolapso e sem prolapso genital foram, de um máximo de 25, iguais a 17,01 (± 4,07) e 16,97 (± 4,60), respectivamente, não se observando diferença significativa no componente de atratividade da auto-imagem corporal geral entre essas mulheres (p = 0,93); mesmo ao se considerar somente as mulheres com prolapso avançado, não se observou diferença nos escores de atratividade em relação a mulheres sem prolapso. Observou-se a existência de correlação entre auto-imagem corporal genital e sensação de atratividade geral, mas a força da correlação foi fraca. Em relação à atividade sexual, somente ser mais velha foi um preditor independente de ser sexualmente inativa entre as mulheres com prolapso (OR = 0,9 para ser sexualmente ativa para cada ano adicional de idade; p = 0,001); em relação à função e satisfação sexual, melhor auto-imagem corporal e maior sensação de atratividade foram preditores independentes de melhor função sexual. Em relação à validação do instrumento BIPOP, a versão adaptada durante a pesquisa manteve boa consistência interna (? = 0,908), boa confiabilidade (ICC = 0,94) e manteve sua validade de constructo, com forte correlação da escala com a impressão clínica de auto-imagem genital (r = 0,81) e existência de correlação, ainda que fraca, com uma escala de sensação de atratividade geral (r = -0,2). Conclui-se que em uma coorte de mulheres brasileiras com prolapso, as características anatômicas do prolapso parecem não interferir com a sensação de autoimagem corporal genital e nem com a função sexual. A presença de prolapso também não foi preditiva da existência de atividade sexual. Por outro lado, observou-se que mulheres com pior auto-imagem corporal, independentemente do estadiamento de seus prolapsos, tinham pior função sexual. Deixamos, ainda, como resultado do estudo, um instrumento específico para avaliação de auto-imagem corporal genital validado para o português. Tal instrumento pode ser utilizado em pesquisas futuras, trazendo informações importantes acerca de como as mulheres realmente percebem o impacto do prolapso sobre seus corpos. / Pelvic organ prolapse is a very common disorder among women and is associated with various symptoms and functional impacts. Due to the involvement of the genital tract, it is frequently believed that they impair sexual function, body perception or body image and lead to a loss of the sense of attractiveness. Such effect, however, is still not clear in the literature, and there are no studies evaluating these concepts in a population of Brazilian women. Therefore, we sought to evaluate sexual function and body image in a group of Brazilian women with genital prolapse, and also to compare the sense of attractiveness between women with and without genital prolapse. We conducted a transversal study including a group of women with genital prolapse, in which we administered a genital bodyimage questionnaire (BIPOP), a sexual function questionnaire (FSFI), and an attractiveness questionnaire (BAQ); we also included a group of women without genital prolapse, in which we administered an attractiveness questionnaire (BAQ). Independent t tests were used for normally distributed quantitative variables, and non-parametric tests for non-normally distributed variables. Categorical variables were compared using Fisher\'s exact tests. Correlation between studied constructs were assessed using Pearson\'s r correlation coefficient. Independent predictors for body image and sexual function scores, and also for being sexually active, were studied through multivariate regression models. Patients were recruited in urogynecology and general gynecology outpatient clinics in Universidade Estadual do Oeste do Paraná and Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. For assessing body image, we elected to use a specific instrument for studying genital body-image, namely the Body Image in The Pelvic Organ Prolapse Questionnaire (BIPOP). Since this instrument was not validated to the Portuguese language, we performed its translation, cultural adaptation and validation along this research. We included 105 women with genital prolapse - 52,3% with advanced, stages 3 and 4, prolapse, and 47,7% with milder, predominantly stage 2 prolapse - and 100 women without genital prolapse, to form a control group, with which we compared attractiveness scores. The mean total BIPOP scores were 3,09 (± 1,08), 3,05 (±1,00) and 3,13 (±1,15), from a maximum of 5, for all women with prolapse, for the subgroups with less advanced prolapse (POP-Q 1 and 2), and with more advanced prolapse (POP-Q 3 and 4), respectively. There were no significant differences among scores according to prolapse staging (p = 0.71). The only independent predictor of body image score in a multivariate analysis model was sexual function, measured through the FSFI score (? = - 0,052; p = 0.02). The total scores for the BAQ attractiveness subscale among women with and without genital prolapse, were 17,01 (± 4,07) and 16,97 (± 4,60), from a maximum of 25, respectively, without any significant difference in the attractiveness component of bodyimage among these women (p = 0.93); when considering only women with advanced prolapse, we still did not observe a difference in attractiveness scores compared to women without prolapse. We observed a correlation between genital body image and general attractiveness, but the strength of the correlation was weak. Regarding sexual activity, only an older age predicted being sexually inactive among women with prolapse (OR = 0.9 for being sexually active for each additional year of age; p = 0.001); regarding sexual function and satisfaction, a better body image and a higher sense of attractiveness were independen predictors of a better sexual function. As for the Portuguese validation of the BIPOP instrument, the adapted version maintained good internal consistency (? = 0,908), good reliability (ICC = 0.94) and adequate construct validity, with a strong correlation between the BIPOP scale and clinical impression of body image (r = 0.81), and an existing, although weak, correlation with a general attractiveness scale (r = 0.2). We conclude that among a cohort of Brazilian women with prolapse, the anatomical features of the prolapse do not seem to interfere with the perception of genital body image nor with sexual function. The presence of genital prolapse was also not predictive of being sexually active or not. On the other hand, women with worse body image had worse sexual function, regardless of prolapse staging. As a result of the study, we also provide a Portuguese-validated instrument that specifically evaluates genital body image related to prolapse. Such instrument may be used in future research, bringing together important information regarding how women actually perceive the impact of genital prolapse over their bodies.
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Disfunções do assoalho pélvico no pós-parto imediato, um mês e três meses após o parto vaginal e cesárea

Colla, Cássia January 2017 (has links)
Introdução: Devido à fatores hormonais e mecânicos, a gestação e o parto provocam alterações que podem gerar disfunções do assoalho pélvico (DAP). Os estudos sobre as DAP no puerpério a curto prazo são escassos e fazem uso assistemático de métodos avaliativos. Objetivo: Identificar e avaliar as DAP no pós-parto imediato, um mês e três meses após o parto, comparando parto vaginal (PV), cesárea eletiva (CE) e cesárea intraparto (CI). Métodos: Estudo observacional longitudinal que avaliou mulheres até 48 horas (fase 1); um mês (fase 2) e três meses após o parto (fase 3). Utilizou-se o International Consultation on Incontinence Questionnaire (ICIQ-SF); o Índice de Incontinência Anal (IA) de Jorge-Wexner; a Escala Análoga Visual (EVA) para dor pélvica; o Pelvic Organ Prolapse Quantification system (POP-Q) e a perineometria dos Músculos do Assoalho Pélvico (MAP), além de questionário estruturado. Resultados: Foram avaliadas 227 pacientes na fase 1 (141 realizaram PV; 28 realizaram CI e 58 realizaram CE); 79 na fase 2 e 41 na fase 3. O escore do ICIQ-SF, índice de IA, EVA e perineometria não apresentaram diferenças significativas em relação ao tipo de parto. O ponto distal do colo uterino apresentou-se mais prolapsado no grupo PV. Conclusão: O tipo de parto não foi um fator significante para o desenvolvimento das DAP no pós-parto a curto prazo. Foi identificado que ocorreu recuperação fisiológica na funcionalidade dos MAP e piora na sustentação da parede vaginal anterior e no impacto da incontinência urinária na qualidade de vida ao longo dos três meses. / Introduction: Due to mechanical and hormonal factors, pregnancy and childbirth triggers changes that can lead to pelvic floor dysfunction (PFD). PFD studies in the immediate postpartum period are scarce and do unsystematic use of evaluation methods. Objective: To identify and evaluate the immediate, one month and three months postpartum PFD, comparing vaginal delivery (VD), elective cesarean (ECS) and cesarean indicating (ICS) during labor. Methods: This was a longitudinal observational study that assessed postpartum women after up to 48 hours (phase 1); one month (phase 2) and three months (phase 3). The study used the International Consultation on Incontinence Questionnaire (ICIQ-SF); Jorge-Wexner's Anal Incontinence (AI) score; the Visual Analogue Scale (VAS) for pelvic pain; the Pelvic Organ Prolapse Quantification System (POP-Q); and a Pelvic Floor Muscles (PFM) perineometer, as well as a structured questionnaire. Results: A total of 227 patients were assessed in phase 1 (141 had VD, 28 ICS and 58 ECS); 79 in phase 2 and 41 in phase 3. The ICIQ-SF, AI, VAS and perineometer index did not present significant differences in relation to the type of delivery. The distal point of the cervix presented more prolapse in VD. Conclusion: The type of delivery was not a significant factor for the development of postpartum PFD in the short term. The study found that there was physiological recovery of the functionality of PFM and worsening prolapse of the anterior vaginal wall and urinary incontinence over the three months.
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Correlação entre a força muscular do assoalho pélvico e status hormonal da vagina em mulheres continentes / Correlation between pelvic floor muscle strength and hormonal status in continent women

Sartori, Dulcegleika Villas Boas [UNESP] 01 March 2016 (has links)
Submitted by DULCEGLEIKA VILLAS BÔAS SARTORI null (dulcegleikasartori@yahoo.com.br) on 2016-04-14T19:52:50Z No. of bitstreams: 1 CORRELAÇÃO ENTRE A FORÇA MUSCULAR DO ASSOALHO PÉLVICO E STATUS HORMONAL DA VAGINA EM MULHERES CONTINENTES.pdf: 772099 bytes, checksum: 892c550ddbdc0f4bbf49a4e2dfdf2d2e (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Paula Grisoto (grisotoana@reitoria.unesp.br) on 2016-04-15T19:46:25Z (GMT) No. of bitstreams: 1 sartori_dvb_dr_bot.pdf: 772099 bytes, checksum: 892c550ddbdc0f4bbf49a4e2dfdf2d2e (MD5) / Made available in DSpace on 2016-04-15T19:46:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 sartori_dvb_dr_bot.pdf: 772099 bytes, checksum: 892c550ddbdc0f4bbf49a4e2dfdf2d2e (MD5) Previous issue date: 2016-03-01 / Objetivos: Avaliar a correlação entre o status hormonal da vagina e hipermobilidade uretral com a força muscular do AP, nas diferentes faixas etárias em mulheres continentes. Métodos: Foram avaliadas prospectivamente 140 mulheres continentes, divididas em quatro grupos de acordo com a faixa etária, G1 (n = 34) de 30 a 40 anos, G2 (n = 38) de 41 a 50 anos, G3 (n =35) de 51 a 60 anos e G4 (n= 33) acima de 60 anos. Os seguintes parâmetros foram avaliados: dados demográficos utilizando questionário clinico; hipermobilidade do colo vesical usando o teste do cotonete; trofismo vaginal com exame ginecológico; status hormonal da vagina com a colpocitologia; força muscular do AP, utilizando a perineometria e eletroneuromiografia (EMG). Resultados: Não houve diferença estatisticamente significativa entre a força muscular do AP, características demográficas, trofismo vaginal e hipermobilidade do colo vesical nos diferentes grupos (p>0,05). Foi encontrado um maior número de mulheres atróficas acima de 60 anos. Houve uma excelente concordância no trofismo vaginal avaliado pelo exame ginecológico e colpocitologia (Kappa = 0,888). Porém observamos que as mulheres com hipermobilidade apresentavam menor força muscular em relação às mulheres sem hipermobilidade na EMG. Conclusão: Apesar da atrofia vaginal ser maior nas mulheres acima de 60 anos , não observamos diferença na força muscular do AP durante o processo de envelhecimento fisiológico. Sendo assim, não podemos dizer que o trofismo é o único fator relacionado à força muscular do AP, dificultando a indicação de mulheres para profilaxia. Palavras - chave: continência urinária; força muscular; músculo assoalho pélvico; status hormonal; prolapso; hipermoblidade do colo vesical / Objectives: To assess the correlation between hormonal status and PF muscle strength. Methods: 140 continent women were prospectively evaluated, and divided into four groups according to age: G1 (n = 34) 30-40 years, G2 (n = 38) 41-50 years, G3 (n = 35) 51-60, and G4 (n = 33) older than 60 years. The following parameters were evaluated: demographic data using clinical questionnaire; hypermobility of the bladder neck using the swab test; vaginal trophism by gynecological examination; hormonal status of the vagina by cytology; muscle strength of the PF using perineometer and electromyography (EMG). Results: There was no statistical difference between PF muscle strength, demographic characteristics, vaginal trophism, and hypermobility of the bladder neck in the different groups (p > 0.05). There was a larger number of atrophic women among those over 60 years of age. Vaginal trophism assessed by physical examination was highly consistent with the findings of colpocytology (Kappa = 0.888). We found, however, that women with hypermobility by EMG had less muscle strength as compared to those with no hypermobility. Conclusion: Although vaginal atrophy is more intense in women older than 60 years, no difference was found in muscle strength of the PF during the physiological aging process. As a consequence, it is not possible to state that trophism is the only factor related to PF muscular strength, thus precluding the selection of women who should be referred to prophylaxis. Key-notes: urinary continence; muscle strength; pelvic floor muscles; hormonal status; prolapse; bladder neck hypermobility

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