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Influência do sistema histaminérgico cerebelar na consolidação da memória emocional de camundongos

Gianlorenço, Anna Carolyna Lepesteur 10 February 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:18:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 5721.pdf: 10685553 bytes, checksum: b8c33e77b08071259076d9ba53ebc334 (MD5) Previous issue date: 2014-02-10 / Universidade Federal de Minas Gerais / This study investigated the function of cerebellar histaminergic system on emotional memory consolidation. The cerebellar vermis of male mice were implanted with guide cannulae, and after three days of recovery, the animals were submitted to the elevated plus maze (EPM) or the inhibitory avoidance test (IA) on two consecutive days. Immediately after the first day, animals received a microinjection of histaminergic drugs into the cerebellar vermis: experiment 1, animals received microinjections of saline (SAL) or histamine (HA) (0.54, 1.36, 2.72, and 4.07 nmol/0.1 microliter); experiment 2, animals received a microinjection of SAL or the H1 antagonist chlorpheniramine (CPA, 0.016, 0.052 or 0.16 nmol/0.1 μl); experiment 3, SAL or the H2 antagonist ranitidine (RA, 0.57, 2.85 or 5.7 nmol/0.1 μl); experiment 4, SAL or HA 5 minutes after a pretreatment with 0.16 nmol CPA or SAL; and experiment 5, SAL or HA 5 minutes after a pretreatment with 2.85 nmol ranitidine (RA) or SAL. In the EPM, the decrease of open arm exploration (% entries and % time spent in the open arms) in Trial 2 relative to Trial 1 was used as a measure of learning and memory; while in the IA, latency to cross to the dark compartment was used to evaluate memory retention. Data were analyzed using ANOVA and Duncan‟s test. The results of experiment 1 showed that animals microinjected SAL and 0.54 and 1.36 nmol HA reduced percentage of open arm entries and time, while mice microinjected with HA 2.72 and 4.07 nmol did not decrease open arm exploration on trial 2; which indicates that histamine induced a dose-dependent inhibitory effect on memory consolidation. In the IA task, results showed that 1.36 nmol histamine facilitated memory consolidation, suggesting a different action of HA in a memory model that uses punishment. In the experiment 2, microinjections with CPA did not present behavioral effects in the EPM or in the IA at the doses used (0.016, 0.052 and 0.16 nmol). The results of experiment 3 showed that 5.7 nmol RA impaired memory consolidation on both protocols. The experiment 4 demonstrated that animals treated with HA did not reduce the avoidance to the open arms on retesting, and indicated that CPA did not altered behavioral parameters by itself, but the pretreatment with CPA reverted histamine-induced impairment on memory consolidation, which suggests that histamine effect on the EPM was mediated by H1 receptors. In the IA test, the results showed that the groups that received CPA+HA and SAL+HA showed a significant difference in latency on the second day of testing in relation to group SAL+SAL , while the group treated with CPA + SAL showed no difference with the control group. These results show that microinjection of histamine in the cerebellar vermis increased latency time and that pretreatment with CPA did not reverse this effect. For the fifth experiment, the results showed that animals microinjected with SAL+SAL and RA+SAL reduced the percentage of entries and time spent in open arms in the EPM while the groups treated with RA+HA and SAL+HA showed no difference between test days. These results show that RA did not alter memory consolidation and was unable to reverse the effect of histamine. In the IA, there was significant difference between SAL+SAL and SAL+HA groups, showing the facilitatory effect of histamine on memory consolidation of IA. The groups that received combined injection of RA+SAL and RA+HA showed no significant difference compared to control, which shows that the RA had no effect by itself, but when applied before histamine was able to reverse its effect. Our results suggest different histamine effects in tasks involving anxiety or fear. / Esse trabalho teve como objetivo investigar a atuação do sistema neural histaminérgico na consolidação da memória emocional de camundongos. Foi realizada cirurgia esterotáxica para implantação da cânula no vérmis cerebelar de camundongos machos. No terceiro dia de recuperação, foram realizados os testes comportamentais Labirinto em Cruz Elevado (LCE) e Esquiva Inibitória (EI) em dois dias consecutivos. Imediatamente após o primeiro dia de teste, os animais receberam o tratamento farmacológico com a microinjeção de drogas histaminérgicas no vérmis cerebelar. No experimento 1, foi verificado o efeito da histamina (HA) microinjetada nas doses de 0,54 nmol, 1,36 nmol, 2,72 nmol e 4,07 nmol em camundongos submetidos ao LCE (experimento 1a) e ao teste EI (experimento 1b). No experimento 2 foi realizada microinjeção de antagonista H1 (Clorfeniramina, CPA) nas doses de 0,016 nmol, 0,052 nmol e 0,16 nmol em camundongos submetidos ao LCE (experimento 2a) e ao teste EI (experimento 2b). No experimento 3, microinjeção de antagonista H2 (Ranitidina, RA) nas doses de 0,57 nmol, 2,85 nmol e 5,7 nmol em camundongos submetidos ao LCE (experimento 3a) e ao teste EI (experimento 3b). No experimento 4, foi realizada microinjeção combinada de antagonista H1 e HA em camundongos submetidos ao LCE (experimento 4a) e ao teste EI (experimento 4b); e no experimento 5, foi realizada microinjeção combinada de antagonista H2 e HA no LCE (experimento 5a) e EI (experimento 5b). O índice de memória dos animais no LCE foi definido pela redução da exploração dos braços abertos na reexposição (T1/T2). Para o Teste de EI, o aumento ou a redução das latências foi considerado indicativo de facilitação ou prejuízo na retenção da memória. Os resultados do experimento 1a mostraram que no LCE, os animais do grupo controle (SAL) e dos grupos HA nas doses de 0,54 nmol e 1,36 nmol apresentaram redução da exploração dos braços abertos (BA) na reexposição, enquanto os animais que receberam HA nas doses de 2,72 e 4,07 não apresentaram diferença significativa em relação a T2. Esses resultados indicam uma inibição da memória emocional quando a histamina foi injetada no vérmis cerebelar em animais submetidos ao LCE. No experimento 1b, a análise estatística mostrou um aumento significativo na latência no teste de EI para os animais que receberam histamina na dose de 1,36 nmol em relação ao grupo controle. Além disso, houve diferença significativa entre os grupos microinjetados com 1,36 nmol e com 2,72 nmol e 4,07 nmol. Estes resultados indicam que a histamina microinjetada na dose de 1,36 nmol facilitou a consolidação da memória de EI em camundongos, sugerindo um papel diferente da histamina em um modelo que usa punição. No experimento 2a, os resultados mostraram que os grupos microinjetados com salina e CPA nas doses de 0,016 nmol, 0,052 nmol e 0,16 nmol reduziram a exploração dos BA na reexposição, o que sugere a CPA não apresentou efeitos sobre a consolidação da memória emocional. No experimento 2b, a CPA também não apresentou efeito nas doses utilizadas no teste de EI. No experimento 3a, a análise estatística indicou que os animais que receberam RA na dose de 5,7 não apresentaram redução na exploração dos BA, o que sugere prejuízo na consolidação da memória. Os resultados do experimento 3b mostraram que a RA na dose de 5,7 nmol prejudicou a consolidação da memória emocional no teste de EI. Os resultados do estudo 4a com injeção combinada de antagonista H1 e HA em camundongos reexpostos ao LCE mostraram que os animais microinjetados com SAL+SAL, CPA+SAL e CPA+HA reduziram a porcentagem de entradas e de tempo nos braços abertos, enquanto que os animais do grupo SAL+HA não apresentaram diferença significativa na exploração dos BA na reexposição, confirmando os resultados do experimento 1a em que animais injetados com HA (4,07 nmol) apresentam prejuízo na consolidação da memória emocional. Além disso, os resultados mostraram que a CPA não alterou os parâmetros comportamentais quando aplicada por si só, e que foi capaz de reverter o déficit produzido pela histamina na consolidação da memória emocional em camundongos no LCE. No experimento 4b no teste de EI, os resultados mostraram que os grupos que receberam injeção combinada de antagonista H1 e histamina (CPA+HA) e a injeção de SAL+HA apresentaram diferença significativa no tempo de latência no segundo dia de teste em relação ao grupo controle SAL+SAL, enquanto o grupo tratado com CPA+SAL não apresentou diferença com o grupo SAL+SAL. Esses resultados mostram que a microinjeção de histamina no vérmis cerebelar aumentou o tempo de latência, e que o pré-tratamento com CPA não reverteu esse efeito. Para o experimento 5a, com microinjeção combinada de antagonista H2 e HA em camundongos submetidos ao LCE, os resultados mostraram que animais microinjetados com SAL+SAL e RA+SAL reduziram a porcentagem de entrada e de tempo nos braços abertos, enquanto os grupos tratados com RA+HA e SAL+RA não apresentaram diferença entre os dias de teste nesse parâmetros. Estes resultados mostraram que a RA não alterou a consolidação da memória e não foi capaz de reverter o efeito da histamina. Já no experimento 5b com a microinjeção combinada de RA e HA no teste de EI, houve diferença significativa entre os grupos SAL+SAL e SAL+HA, mostrando novamente o efeito facilitador da histamina na consolidação da memória de EI. Os grupos que receberam injeção combinada de antagonista H2 e histamina (RA+HA) e o grupo de recebeu RA+SAL não apresentaram diferença significativa em relação ao controle no tempo de latência no segundo dia de teste, o que mostra que a RA não apresentou efeito por si só, mas quando aplicada pré histamina foi capaz de reverter seu efeito. Os resultados dos diversos experimentos realizados parecem indicar efeitos da histamina em circuitos neurais diferentes em tarefas envolvendo medo ou ansiedade.
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Evidências pré-clínicas da ação antinociceptiva do 3-fenil-5-(4-etilfenil)-imidazolidina-2,4-diona em estudos psicofarmacológicos / Preclinical evidence of antinociceptive action of 3-phenyl-5-(4-etilfenil)-imidazolidine-2,4-dione in psychopharmacological studies.

Queiroz, Ronaldo Bezerra de 28 February 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T13:00:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 848309 bytes, checksum: ccc0950ac2cd6a78a38eac3b62f6aa2c (MD5) Previous issue date: 2011-02-28 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Imidazolidine derivatives are synthetic products with many different therapeutic applications. Many imidazolidine derivatives have pharmacological properties at the level of the CNS, such as phenytoin, which is used in clinical practice as an anticonvulsant. However, this also works effectively in the treatment of neuropathic pain and it has been already used as anti-arrhythmic heart. The 3-phenyl-5-(4- ethyphenyl)-imidazolidine-2,4-dione (IM-3), recently synthesized from amino acid was selected for psychopharmacological studies. Based on the chemical and structural similarity, this study investigated the antinociceptive activity of IM-3 in animal models. The study has began with screening and behavioral pharmacology of the LD50 determination. In the screening results indicate a depressant activity on CNS and from the LD50 doses were chosen for subsequent tests with 50, 100 and 200 mg / kg intraperitoneally. In the next step, methodologies to evaluate the specific antinociceptive activity were used. The first was the writhing induced by acetic acid; afterwards, the formalin test and finally the hot plate test, which is specific for the central antinociceptive activity. In the three methodologies used, the IM-3 showed to be effective in the writhing test by acetic acid at a dose of 200 mg/kg which increased both the latency to the onset of writhing and reduced the number of writhing in the control group and in the formalin test at doses of 100 and 200 mg / kg decreased the time of the paw lick in the second phase of testing. Therefore, from these experimental data, it is possible to infer that the IM-3 has antinociceptive activity of the anti-inflammatory type. / Os derivados imidazolidínicos são produtos sintéticos com inúmeras diferentes aplicações terapêuticas. Muitos derivados imidazolidínicos apresentam propriedades farmacológicas em nível do SNC, por exemplo a fenitoína que é utilizada na prática clínica como anticonvulsivante, mas também atua no tratamento da dor neuropática e também já foi utilizada como antiarrítmico cardíaco. O 3-fenil-5-(4-etilfenil)- imidazolidina-2,4-diona (IM-3), sintetizado recentemente a partir de aminoácido foi selecionado para realização de estudos psicofarmacológicos. Baseado nessa semelhança químico-estrutural, o presente trabalho investigou a atividade antinociceptiva do IM-3 em modelos animais. O estudo teve início com a triagem farmacológica comportamental e determinação da DL50. Na triagem os resultados apontaram para uma atividade depressora no SNC e a partir da DL50, foram escolhidas as doses para testes subseqüentes de 50, 100 e 200 mg/kg por via intraperitoneal. Em seguida, metodologias para avaliar a atividade antinociceptiva específicas foram utilizadas. A primeira foi a das contorções abdominais induzidas pelo ácido acético; em seguida, o teste da formalina e por fim, o teste da placa quente, que é específico para atividade antinociceptiva central. Nas três metodologias usadas, o IM-3 apresentou-se efetivo no teste das contorções abdominais pelo ácido acético na dose de 200 mg/kg que aumentou tanto a latência para o aparecimento das contorções abdominais como reduziu o número de contorções abdominais em relação ao grupo controle e no teste da formalina nas doses de 100 e 200 mg/kg diminuiu o tempo de lambida da pata na segunda fase do teste. Portanto, a partir destes dados experimentais, é possível inferir que o IM-3 possui atividade antinociceptiva do tipo anti-inflamatória.
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Mal-estar na cultura do risco: uma leitura dos impasses e dificuldades criadas pelas situações dúplices de tratamento médico e psicanalítico

Cembranelli, Fernando Alberto Taddei 15 February 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:39:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Fernando Alberto Taddei Cembranelli.pdf: 700138 bytes, checksum: cde5b176f87208c871a26b3489796b4c (MD5) Previous issue date: 2008-02-15 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The practice of psychoanalysis holds some challenges nowadays. One of them refers to the coexistence with medical treatments in a general way and, over all, with the psychopharmacological treatments, which had grown in the last years exponentially. The treatment of dual situation by psychoanalysis and conventional medicine becomes each day more common. This work represents an attempt to consider the possible clinical effects of this practice on the analytical situation. The research considers two premises: 1. The specific social cultural context that favors the dual situation strongly is that one which is dominated by the concern about the risks that surround the healthy and the body, inside the risk-society . 2. The more current psychopathological pictures are the psychosomatic manifestations, the addictions and the cases that an exceeding adaptation is observed (normopathy). The work tries to show that there are some non accidental resonances between the cultural environment and the clinic. The two initial chapters examine the social cultural context above critically, through concept analysis, values and specific mechanisms that produce it; this allows pointing out psychoanalysis, whiling therapeutic experience, away from the horizon of adaptation and equalization that reaches the individual, which cognitivism is one of its representatives. At this point some researches about psychoanalytical analysis of the contemporary culture are helpful guides. In the second part of the research, some clinical narratives are presented and argued in order to show what happens between analyst and patient in these situations. Two types of effects are detached: a weakness of transference, and a partial invalidation of the analyst s abilities, for instance, the decrease of the function of continent, as described by Wilfred Bion. Under this perspective, a conclusion that a risk logic appears is developed, which may affect the analytical experience and its results in a negative way / O exercício da clínica psicanalítica na atualidade comporta vários desafios. Um deles refere-se à coexistência com os tratamentos médicos, de maneira geral, e, sobretudo, com os tratamentos psicofarmacológicos, que cresceram exponencialmente nos últimos anos. O que aqui se denomina situações dúplices de tratamento, pela psicanálise e pela medicina, torna-se a cada dia uma realidade mais comum e incontornável. Este trabalho representa uma tentativa de considerar os possíveis efeitos clínicos desta realidade sobre a situação analítica. A pesquisa parte de dois pressupostos: 1. O contexto sócio-cultural específico que favorece fortemente as situações dúplices é aquele dominado pela preocupação com os riscos que cercam a saúde e o corpo, no interior da chamada sociedade do risco . 2. Os quadros psicopatológicos mais freqüentes nestas situações são as manifestações psicossomáticas, as adições e os casos em que se nota uma sobre-adaptação á realidade externa, as normopatias. Procura-se mostrar que, não por acaso, há várias ressonâncias entre os planos da cultura e da clínica. Os dois capítulos iniciais examinam criticamente o contexto sócio-cultural referido, por meio da análise dos conceitos, valores e certos mecanismos que o engendram; isso permite situar a psicanálise, enquanto experiência terapêutica, como distinta do horizonte de adaptação e normatização que se abre para o indivíduo contemporâneo, e do qual o cognitivismo seria um dos representantes. Nesse ponto, servem de guia alguns estudos de autores que fazem uma interpretação psicanalítica da cultura contemporânea. Na segunda parte da dissertação, algumas narrativas clínicas são apresentadas e discutidas com o objetivo de mapear o que se passa na relação entre o analista e o paciente, nestas situações. Dois tipos de efeitos são destacados: um enfraquecimento da transferência, e uma invalidação parcial das capacidades do analista, entre as quais, a capacidade de oferecer continência, nos termos descritos por Wilfred Bion. À luz desse entendimento, desenvolve-se a noção-síntese de uma lógica do risco , algo que pode vir interferir negativamente com a experiência analítica e seus resultados
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Avaliação do mecanismo de ação antidepressiva e estudo da toxicidade oral aguda e de doses repetidas de hypericum polyanthemum em camundongos / Evaluation of the antidepressant mechanism of action and oral toxicity study of Hypericum polyanthemum in mice

Stein, Ana Cristina January 2012 (has links)
O objetivo deste trabalho foi ampliar o estudo do mecanismo de ação antidepressivo de Hypericum polyanthemum (POL) e de seu composto derivado da classe dos floroglucinóis uliginosina B (ULI). Considerando o potencial desta planta para o desenvolvimento de novos fármacos, realizou-se um estudo pré-clínico de toxicidade aguda e doses repetidas de POL em camundongos. A administração via oral (v.o.) do extrato ciclo-hexano de POL (90 mg/kg) foi capaz de reduzir significativamente o tempo de imobilidade de ratos e camundongos no teste de natação forçada (TNF). A administração de ULI (10 mg/kg, v.o.) igualmente reduziu o tempo de imobilidade no TNF e também no teste de suspensão pela cauda (TSC). A administração simultânea (v.o), das subdoses de POL (45 mg/kg) e ULI (5 mg/kg) foram capazes de potencializar o efeito antidepressivo das subdoses de imipramina (10 mg/kg), bupropiona (3 mg/kg) e fluoxetina (15 mg/kg), no TNF em camundongos. O pré- tratamento de camundongos, pela via intraperitoneal, com SCH 23390 (antagonista de receptor dopaminérgico D1); sulpirida (antagonista de receptor dopaminérgico D2); prazosin (antagonista de receptor α1-adrenérgico); ioimbina (antagonista de receptor α2-adrenérgico) e p-clorofenilalanina metil éster (pCPA- inibidor da síntese de serotonina (5-HT), preveniu o efeito anti-imobilidade de ULI no TNF. In vitro, ULI inibiu a recaptação sinaptossomal de dopamina ([3H]-DA), noradrenalina ([3H]-NA) e serotonina ([3H]-5-HT), sem ligação aos transportadores, e isto foi demonstrado através das diferentes concentrações de ULI que não afetaram a ligação de [3H]- mazindol, [3H]-nisoxetina e [3H]-citalopram aos sítios de recaptação de DA, NA e 5- HT, respectivamente. Estes resultados sugerem que ULI tem ação não-seletiva sobre o sistema monoaminérgico, o que pode representar um novo composto com inibição tripla da recaptação; além disso possui mecanismo de ação diferente dos antidepressivos clássicos, inibindo a recaptação das monoaminas sem se ligar aos respectivos sítios específicos dos transportadores. Também realizou-se estudo bioquímico da atividade da Na+,K+-ATPase em córtex cerebral e hipocampo de camundongos. O tratamento agudo e repetido por via oral (3 dias, 1 x ao dia) aumentou a atividade desta enzima em córtex cerebral de camundongos em diferentes tempos. ULI não alterou a atividade da Na+,K+-ATPase em hipocampo dos camundongos, e esse resultado corrobora com a hipótese de que ULI pode estar contribuindo para a manutenção da excitabilidade neuronal estimulando esta enzima, e agindo seletivamente no córtex cerebral. Além disso, investigou-se o papel de ULI sobre os canais de sódio dependentes de voltagem (Na+), através da pré-administração de veratrina (ativador de canal de Na+). A veratrina bloqueou o efeito antidepressivo de ULI no TNF e este resultado indica a possibilidade de ULI estar bloqueando os canais de Na+ alterando o gradiente iônico através da estimulação da atividade da Na+,K+-ATPase e, prejudicando ou inibindo a recaptação das monoaminas. Nos experimentos de toxicidade, as mudanças fisiológicas, bioquímicas e histopatológicas mais pronunciadas foram observadas nos camundongos que receberam POL nas doses 5 e/ou 10 vezes maiores que a dose efetiva no TNF em camundongos. Entretanto, POL apresenta constituição química diferente de H. perforatum, sugerindo baixo risco desta espécie em relação à fototoxicidade (ausência de hipericina). Através dos dados obtidos neste estudo, acredita-se que POL pode se tornar uma espécie promissora no desenvolvimento de um novo fitoterápico com ação neuroativa. A inibição da recaptação das monoaminas pode estar relacionada a uma alteração do gradiente iônico de Na+, através da estimulação da atividade da Na+,K+-ATPase, o que leva a crer que ULI possui um perfil de ação lamotrigina-like. Dessa forma, ULI torna-se um novo e promissor padrão molecular de substância com atividade no sistema nervoso central. / The aim of this work was to continue studying the antidepressant mechanism of Hypericum polyanthemum (POL) and its compound derived from phloroglucinols class uliginosin B (ULI). Considering the potential for development of new drugs with this plant, a preclinical study of toxicity with POL was accomplished, administering acute and repeated-doses in mice. The cyclo-hexane extract administration by oral route (p.o.) of POL (90 mg/kg) was able to significantly reduce the immobility time of rats and mice in the forced swimming test (FST). ULI (10 mg/kg, p.o.) also produced a reduction in immobility time in two models predictive of antidepressant activity in mice, FST and the tail suspension test (TST). Simultaneously administration (p.o) of subeffective doses of POL (45 mg/kg) and ULI (5 mg/kg) were able to potentiate the antidepressant effect of subeffective dose of imipramine (10 mg/kg), bupropion (3 mg/kg ) and fluoxetine (15 mg/kg), in the mouse FST. The pretreatment of mice, by i.p. route, with SCH 23390 (dopamine D1 receptor antagonist); sulpiride (dopamine D2 receptor antagonist); (α1 adrenoceptor antagonist); yohimbine (α2 adrenoceptor antagonist) and p-chlorophenylalanine methyl ester (pCPA- an inhibitor of serotonin (5-HT) synthesis) prevented anti- immobility effect of ULI in FST. In vitro, ULI inhibited synaptosomal uptake of dopamine ([3H]-DA), noradrenaline ([3H]-NA) and 5-HT ([3H]-5-HT), without binding with monoaminergic transporters, and this was demonstrated by different concentrations of ULI that did not affect the binding of [3H]-mazindol, [3H]-nisoxetine and [3H]-citalopram to DA, NA and 5-HT uptake sites, respectively. These results suggest that ULI has non-selective action on the monoaminergic system, which may represent a new compound with triple reuptake inhibition; furthermore, ULI has a mechanism of action different from the classical antidepressants by inhibiting monoamine reuptake without bind to respective neurotransporters. In addition we have performed a biochemical study for activity of Na+, K+-ATPase in cerebral cortex and hippocampus of mice. Acute and repeated oral treatment (3 days, 1 x per day) increased enzyme activity in cortex at different times. ULI did not alter Na+, K+- ATPase activity in hippocampus, and this result confirms the hypothesis that ULI can be contributing to the maintenance of neuronal excitability by stimulating this enzyme, and acting selectively in cerebral cortex. Moreover, we investigated the role of ULI on voltage-gated sodium channels (Na+), through pre-administration of veratrine ( Na+ channel oppener). Veratrine was able to abolish the antidepressant effect of ULI in TNF and this result indicates the possibility that ULI blocks the Na+ channels by altering the ionic gradient through the stimulation of Na+, K+-ATPase and impairing or inhibiting the reuptake of monoamines. In toxicity experiments, the more pronounced physiological, biochemical and histopathological changes were observed in mice that received POL at doses 5 and/or 10 fold higher than the effective dose in TNF. However, POL has chemically different from H. perforatum, suggesting low risk of this species in relation to phototoxicity (absence of hypericin). Considering all results, we supposed that POL could be a product with potential for the development of new drugs. The monoamine reuptake inhibition can be related to a change on the gradient of Na+ ion, by stimulation of Na+, K+-ATPase, which suggests that ULI has a lamotrigine-like profile. Therefore, we suggest that phloroglucinol derivative ULI represents a promising new molecular pattern with central nervous system activity.
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Ensaios clínicos em psicofarmacologia de crianças e adolescentes com transtorno de humor bipolar

Tramontina, Silzá January 2008 (has links)
Introdução: O Transtorno Bipolar (TB) em crianças e adolescentes é um transtorno crônico e severo que causa graves prejuízos ao desenvolvimento e crescimento emocional destes pacientes. Está associado com taxas alarmantes de suicídio, problemas escolares, engajamento em comportamentos de alto-risco, com altas taxas de recorrência e baixas taxas de recuperação. Apesar do tratamento, apresenta muitos sintomas residuais e baixa adesão à medicação devido aos efeitos colaterais, em especial o aumento de peso. Altas taxas de comorbidade com TDAH (mais de 75%) são encontradas em amostras clínicas de crianças e adolescentes com TB. Por estas razões, é fundamental estudar novas opções para o tratamento do TB em crianças e adolescentes, em especial quando em comorbidade com TDAH. Objetivos: Explorar novas opções no tratamento farmacológico do TB em crianças e adolescentes que possam apresentar eficácia e boa tolerabilidade. Neste estudo sobre tratamento farmacológico, optamos por estudar dois fármacos, topiramato e aripiprazol, utilizados no tratamento do TB em crianças e adolescentes e que não parecem estar relacionados com ganho de peso. Método: No estudo do Topiramato, dez pacientes (11-17 anos) que estavam estabilizados usando uma única medicação (estabilizador de humor ou um antipsicótico atípico) e que tinham aumentado de peso em mais de 5% foram arrolados para as 11 semanas do protocolo. A medicação usada foi trocada pelo topiramato, de forma gradual durante as primeiras quatro semanas do estudo. A escala utilizada para medir melhora dos sintomas foi a Young Mania Rating Scale (YMRS), avaliada semanalmente junto com o controle do peso. O ensaio aberto com o aripiprazol envolveu 10 crianças e adolescentes de 8 a 17 anos, com diagnóstico de TB tipos I e II em comorbidade com TDAH. Neste estudo, o aripiprazol foi utilizado por seis semanas e como medidas primárias foram usadas a Young Mania Rating Scale (YMRS), a Swanson, Nolan, and Pelham Scale- version IV (SNAP-IV), o Clinical Global Impressions- Severity (CGI-S) e o peso. Os possíveis efeitos adversos também foram controlados. O terceiro estudo foi um ensaio clínico com aripiprazol, duplo-cego, randomizado e controlado por placebo em 43 crianças e adolescentes com diagnóstico de TB tipo I e II em comorbidade com TDAH. Foram utilizadas como medidas primárias as escalas YMRS, SNAP-IV e o peso. A Child Mania Rating Scale- Parent version (CMRS-P), a CGI-S, a Child Depression Rating Scale- Reviewed (CDRS-R) e a Kutcher Adolescent Depression Scale (KADS) foram utilizadas como medidas secundárias. Testes laboratoriais e controle dos efeitos colaterais foram também avaliados. Resultados: No estudo aberto de manutenção durante o uso de Topiramato, houve uma redução significativa nos escores da YMRS (p<0,01) e no peso (p<0,01) no estudo aberto de manutenção. No segundo estudo houve um significativo aumento nos escores do funcionamento global (F=3.17, P=.01, tamanho de efeito=0.55), sintomas maníacos (F=5.63, P<.01; ES=0.93), e nos sintomas de TDAH (t=3.42, P<.01; ES=1.05). Embora uma boa tolerabilidade tenha sido encontrada, um significativo aumento de peso (F=3.07, P=.05) foi observado. No terceiro estudo, o aripiprazol apresentou uma significativa redução nos escores da YMRS comparado com o placebo (27,22 versus 19,52; p=0,02; tamanho de efeito=0,80), além de significativa taxa de resposta e remissão dos sintomas de mania (resposta- 88,9% versus 52%, p=0,02; NNT= 2,70; remissão 72% versus 32%, p=0,01; NNT= 2,50); não houve melhora nos escores da SNAP-IV em relação ao placebo. Não houve diferença significativa no peso entre o grupo do aripiprazol e do placebo (p=0,42). Apenas dois pacientes abandonaram o estudo, um usando placebo e outro usando aripiprazol. Não houve diferença significativa nos eventos adversos entre os dois grupos. Conclusão - Existem poucos estudos sobre tratamento de manutenção em crianças e adolescentes bipolares. Os resultados encontrados no estudo com o Topiramato sugerem que ele possa ser usado na fase de manutenção do TB juvenil, promovendo estabilização e redução de peso. No estudo aberto com o aripiprazol observamos significativa melhora nos sintomas maníacos, nos sintomas do TDAH e no funcionamento global, fortalecendo a evidência para o uso desta nova opção no tratamento farmacológico do TB juvenil. Estes achados também sugerem o uso do aripiprazol para a comorbidade TB e TDAH. Entretanto, foi observado ganho de peso ao contrário dos estudos anteriores. No estudo duplo cego, randomizado com aripiprazol comparado com placebo o resultado significativo na melhora dos sintomas do TB tanto nas medidas primárias como nas medidas secundárias, confirma os resultados do estudo aberto inicial e abre uma nova possibilidade para o tratamento destes pacientes, baseada na mais alta qualidade de critérios para a avaliação da eficácia de medicações. Além disso, não houve diferença significativa entre o peso dos pacientes que utilizaram o aripiprazol e os que utilizaram placebo. O uso de outros instrumentos neste estudo, como o SNAP-IV para a avaliação dos sintomas de TDAH, a Youth Quality of Life (YQOL-R) e a Kutcher Adolescent Depression Scale (KADS), cujos resultados serão avaliados em futuras publicações poderão desenvolver um algoritmo mais efetivo para a avaliação e tratamento da comorbidade entre TB juvenil e TDAH. Os resultados satisfatórios obtidos com estes estudos, o desenvolvimento de novos artigos para publicação destes outros resultados não contemplados nesta tese e a criação de um programa especializado (PROCAB) pode permitir a geração de novos conhecimentos nesta área. / Introduction: Bipolar Disorder in children and adolescents is a chronic and severe disorder, with high recurrence and low recovery rates, which causes significant impairment to emotional development. It is associated to alarming suicide rates, school, family, and social problems, and high-risk behaviors. In spite of the treatment, patients present many residual symptoms, and low adherence to treatment due to adverse events, especially weight gain. High comorbidity rates with Attention-Deficit /Hyperactivity Disorder (ADHD - over 75%) are found in clinical samples of children and adolescents with BD. For these reasons, it is fundamental studying new options for the treatment of BD and BD comorbid with ADHD in children and adolescents. Objectives: Explore new psychopharmacological agents which may present good tolerability and safety in the treatment of BD in children and adolescents. In this study about psyhopharmacological treatment, we decided to study two drugs, topiramate and aripiprazole, which are used in the treatment of children and adolescents with BD, and are not associated to weight gain. Methods: In the trial with topiramate, 10 patients (11-17 years-old) were consecutively allocated. They had been euthymic using a single mood antimanic agent or an atypical antipsychotic, but presented weight gain (more than 5% of their baseline weight). They were enrolled in an 11-week open protocol. Their previous medication was switched gradually to topiramate along the first four weeks of the study. Symptom change was assessed weekly using the Young Mania Rating Scale (YMRS), and weight was also assessed weekly. The aripiprazole open trial enrolled 10 children and adolescents from 8 to 17 years-old, with BD I or II comorbid with ADHD. In this study, aripiprazole was used during six weeks. Primary outcome measures were the YMRS, the Swanson, Nolan, and Pelham Scale- version IV (SNAP-IV) – for ADHD symptoms, the Clinical Global Impressions - Severity (CGIS), and weight. Possible adverse events related to aripiprazole use were monitored. The third study was a double-blind, placebo controlled, randomized clinical trial of aripiprazole in 43 children and adolescents with BD I or II and comorbid ADHD. The primary outcome measures used were the YMRS, SNAP-IV, and weight. The secondary outcome measures were the Child Mania Rating Scale - Parent version (CMRS-P), the CGI-S, the Child Depression Rating Scale - revised (CDRS-R), and the Kutcher Adolescent Depression Scale (KADS). Lab tests and adverse events were also monitored. Results: During the use of topiramate, there was a significant reduction in YMRS scores (p<0.01), and in weight (p<0,01). In the second trial, significant improvement in global functioning scores (F=3.17, P=.01, effect size=0.55), manic symptoms (F=5.63, P<.01; ES=0.93), and ADHD symptoms (t=3.42, P<.01; ES=1.05) were detected. Although an overall positive tolerability was reported, significant weight gain (F=3.07, P=.05) was observed. In the third study, aripiprazole presented a significant reduction in YMRS scores compared to placebo (p=0,02; effect size =0,80), and significant differences in rates of response and remission (Response: 88,9% versus 52%, p=0,02; NNT= 2,70; Remission: 72% versus 32%, p=0,01; NNT= 2,50); there was also a significant reduction in the CMRS-P, (p=0,02, effect size 0,54) and in the CGI-Severity (p=0,04, effect size 0,28). No differences between aripiprazole and placebo groups were observed in ADHD symptoms (p=0,4) and weight change (p=0,42). Only two patients discontinued the trial, one using placebo, and the other in the aripiprazole group. There were no significant differences in adverse events count between groups. Conclusion - There are few studies about the maintenance treatment in children and adolescents with BD. The results of the trial with topiramate suggest it may be used in the maintenance phase of JBD, promoting stabilization and weight reduction. In the aripiprazole open trial, we observed significant improvement in manic symptoms, ADHD, and global functioning, strengthening the evidence for the use of this new option in the pharmacological treatment of juvenile BD. These findings also and suggest the use of aripiprazole for comorbid BD and ADHD. However, weight gain was observed, oppositely to prior studies. The double-blind, placebo-controlled, randomized clinical aripiprazole trial, a study that fullfills A level criteria in terms of scientific evidence, opens a new possibility for the treatment of these patients, based on the highest quality of criteria for the assessment of efficacy of the drugs. The use of other instruments in this trial, like the SNAP- IV for the assessment of ADHD symptoms, the Youth Quality of Life (YQOL-R), and the Kutcher Adolescent Depression Scale, whose results will be evaluated and 19 published later, may allow us to develop a more effective algorithm for the assessment and treatment of the comorbidity between BD and ADHD, and the depressive symptoms of BD. The satisfactory results obtained with these studies, the development of new articles for the publication of these other results not approached in the thesis, and the creation of a specialized program (PROCAB) will enable the generation of new knowledge in this area.
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Perfil químico dos óleos essenciais de citrus aurantium lineu e citrus sinensis (L.) Osbeck e avaliação psicofarmacológica da ação ansiolítica

Wolffenbuttel, Adriana Nunes January 2014 (has links)
Este estudo pesquisou a composição química dos óleos essenciais (OE) do pericarpo (casca dos frutos) e folhas de Citrus aurantium Lineu (laranja amarga) e Citrus sinensis (L.) Osbeck (laranja doce) visando correlacionar seus constituintes com a avaliação psicofarmacológica da ação ansiolítica, através da inalação durante 30 minutos destes OE por camundongos. Os OE foram obtidos por destilação de arraste de vapor, hidrodestilação e prensagem a frio de cítricos coletados nas regiões sul e centro-sul do Brasil, tanto de extrações em laboratório como de marcas comerciais, onde constatamos a semelhança química entre seus constituintes, com importância comercial e farmacológica. Os OE provenientes do pericarpo possuem o limoneno como componente majoritário (67,7-82,5%) e os OE provenientes das folhas possuem o acetato de linalila (28,0-51,8%) e o linalol (14,2-24,8%) como componentes majoritários. O isomero (R)-(+)-limoneno é ee em todos os OE analisados. O isomero (R)-(-)-linalol é ee nos OE C. aurantium, e que o (S)-(+)-linalol é ee nos OE C. sinesis. Após a inalação, os camundongos foram submetidos a ensaios comportamentais. O OE de C. sinensis demonstrou provocar comportamento indicativo de redução da ansiedade através do teste claro-escuro e diminuição da sua atividade locomotora no teste de atividade locomotora, indicando um efeito depressor do SNC. Demonstramos que os OE inalados foram absorvidos pelo organismo dos camundongos através da detectação dos componentes dos OE, dentre eles o limoneno e o linalol no plasma dos camundongos. Quantificamos os hormônios relacionados com os estados emocionais de ansiedade e estresse, Melatonina (MEL) e Corticosterona (CORT), onde constatamos que os OE inalados não atuam no sistema que envolve a síntese da MEL, bem como no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal da CORT. Comprovamos que o protocolo aplicado aos camundongos e o ensaio de suspensão pela cauda não são eventos estressantes, pois o hormônio CORT manteve-se nos valores basais. / This study investigated the chemical composition of essential oils (EO) of the pericarp of the fruit and leaves of Citrus aurantium Linneu (bitter orange) and Citrus sinensis (L.) Osbeck (sweet orange) in order to correlate their constituents with psychopharmacological evaluation the anxiolytic action through inhalation for 30 minutes these EO for mice. EO were obtained by steam distillation, hydrodistillation and cold pressing of Citrus collected in southern and south-central regions of Brazil, both in laboratory extractions as trademarks, which found the chemical similarity among their constituents, with important commercial and pharmacology. OE from pericarp have limonene as a major component (67.7 to 82.5%) and EO from the leaves have linalyl acetate (28.0 to 51.8%) and linalool (14.2 to 24.8%) as major components. The (R)-(+)-Limonene is ee in all OE analyzed. The (R)-(-)-linalool is ee in the OE C. aurantium, and (S)-(+)-linalool is ee in the OE C. sinensis. After inhalation, the mice were subjected to behavioral testing. The EO of C. sinensis showed cause behavior indicative of anxiety reduction through the light-dark test and decreased their locomotor activity in the locomotor activity test, indicating a CNS depressant effect. We have demonstrated that inhaled EO were absorbed by the body of the mice over the detections components of EO, including limonene and linalool, in the plasma of mice. We quantify the hormones related to emotional states of anxiety and stress, melatonin (MEL) and corticosterone (CORT), which found that inhaled OE do not work in the system involving the synthesis of MEL, as well as in the hypothalamic-pituitary-adrenal axis of CORT. We prove that the protocol applied to mice and the tail suspension test are not stressful events because the hormone CORT remained at basal values.
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Ensaios clínicos em psicofarmacologia de crianças e adolescentes com transtorno de humor bipolar

Tramontina, Silzá January 2008 (has links)
Introdução: O Transtorno Bipolar (TB) em crianças e adolescentes é um transtorno crônico e severo que causa graves prejuízos ao desenvolvimento e crescimento emocional destes pacientes. Está associado com taxas alarmantes de suicídio, problemas escolares, engajamento em comportamentos de alto-risco, com altas taxas de recorrência e baixas taxas de recuperação. Apesar do tratamento, apresenta muitos sintomas residuais e baixa adesão à medicação devido aos efeitos colaterais, em especial o aumento de peso. Altas taxas de comorbidade com TDAH (mais de 75%) são encontradas em amostras clínicas de crianças e adolescentes com TB. Por estas razões, é fundamental estudar novas opções para o tratamento do TB em crianças e adolescentes, em especial quando em comorbidade com TDAH. Objetivos: Explorar novas opções no tratamento farmacológico do TB em crianças e adolescentes que possam apresentar eficácia e boa tolerabilidade. Neste estudo sobre tratamento farmacológico, optamos por estudar dois fármacos, topiramato e aripiprazol, utilizados no tratamento do TB em crianças e adolescentes e que não parecem estar relacionados com ganho de peso. Método: No estudo do Topiramato, dez pacientes (11-17 anos) que estavam estabilizados usando uma única medicação (estabilizador de humor ou um antipsicótico atípico) e que tinham aumentado de peso em mais de 5% foram arrolados para as 11 semanas do protocolo. A medicação usada foi trocada pelo topiramato, de forma gradual durante as primeiras quatro semanas do estudo. A escala utilizada para medir melhora dos sintomas foi a Young Mania Rating Scale (YMRS), avaliada semanalmente junto com o controle do peso. O ensaio aberto com o aripiprazol envolveu 10 crianças e adolescentes de 8 a 17 anos, com diagnóstico de TB tipos I e II em comorbidade com TDAH. Neste estudo, o aripiprazol foi utilizado por seis semanas e como medidas primárias foram usadas a Young Mania Rating Scale (YMRS), a Swanson, Nolan, and Pelham Scale- version IV (SNAP-IV), o Clinical Global Impressions- Severity (CGI-S) e o peso. Os possíveis efeitos adversos também foram controlados. O terceiro estudo foi um ensaio clínico com aripiprazol, duplo-cego, randomizado e controlado por placebo em 43 crianças e adolescentes com diagnóstico de TB tipo I e II em comorbidade com TDAH. Foram utilizadas como medidas primárias as escalas YMRS, SNAP-IV e o peso. A Child Mania Rating Scale- Parent version (CMRS-P), a CGI-S, a Child Depression Rating Scale- Reviewed (CDRS-R) e a Kutcher Adolescent Depression Scale (KADS) foram utilizadas como medidas secundárias. Testes laboratoriais e controle dos efeitos colaterais foram também avaliados. Resultados: No estudo aberto de manutenção durante o uso de Topiramato, houve uma redução significativa nos escores da YMRS (p<0,01) e no peso (p<0,01) no estudo aberto de manutenção. No segundo estudo houve um significativo aumento nos escores do funcionamento global (F=3.17, P=.01, tamanho de efeito=0.55), sintomas maníacos (F=5.63, P<.01; ES=0.93), e nos sintomas de TDAH (t=3.42, P<.01; ES=1.05). Embora uma boa tolerabilidade tenha sido encontrada, um significativo aumento de peso (F=3.07, P=.05) foi observado. No terceiro estudo, o aripiprazol apresentou uma significativa redução nos escores da YMRS comparado com o placebo (27,22 versus 19,52; p=0,02; tamanho de efeito=0,80), além de significativa taxa de resposta e remissão dos sintomas de mania (resposta- 88,9% versus 52%, p=0,02; NNT= 2,70; remissão 72% versus 32%, p=0,01; NNT= 2,50); não houve melhora nos escores da SNAP-IV em relação ao placebo. Não houve diferença significativa no peso entre o grupo do aripiprazol e do placebo (p=0,42). Apenas dois pacientes abandonaram o estudo, um usando placebo e outro usando aripiprazol. Não houve diferença significativa nos eventos adversos entre os dois grupos. Conclusão - Existem poucos estudos sobre tratamento de manutenção em crianças e adolescentes bipolares. Os resultados encontrados no estudo com o Topiramato sugerem que ele possa ser usado na fase de manutenção do TB juvenil, promovendo estabilização e redução de peso. No estudo aberto com o aripiprazol observamos significativa melhora nos sintomas maníacos, nos sintomas do TDAH e no funcionamento global, fortalecendo a evidência para o uso desta nova opção no tratamento farmacológico do TB juvenil. Estes achados também sugerem o uso do aripiprazol para a comorbidade TB e TDAH. Entretanto, foi observado ganho de peso ao contrário dos estudos anteriores. No estudo duplo cego, randomizado com aripiprazol comparado com placebo o resultado significativo na melhora dos sintomas do TB tanto nas medidas primárias como nas medidas secundárias, confirma os resultados do estudo aberto inicial e abre uma nova possibilidade para o tratamento destes pacientes, baseada na mais alta qualidade de critérios para a avaliação da eficácia de medicações. Além disso, não houve diferença significativa entre o peso dos pacientes que utilizaram o aripiprazol e os que utilizaram placebo. O uso de outros instrumentos neste estudo, como o SNAP-IV para a avaliação dos sintomas de TDAH, a Youth Quality of Life (YQOL-R) e a Kutcher Adolescent Depression Scale (KADS), cujos resultados serão avaliados em futuras publicações poderão desenvolver um algoritmo mais efetivo para a avaliação e tratamento da comorbidade entre TB juvenil e TDAH. Os resultados satisfatórios obtidos com estes estudos, o desenvolvimento de novos artigos para publicação destes outros resultados não contemplados nesta tese e a criação de um programa especializado (PROCAB) pode permitir a geração de novos conhecimentos nesta área. / Introduction: Bipolar Disorder in children and adolescents is a chronic and severe disorder, with high recurrence and low recovery rates, which causes significant impairment to emotional development. It is associated to alarming suicide rates, school, family, and social problems, and high-risk behaviors. In spite of the treatment, patients present many residual symptoms, and low adherence to treatment due to adverse events, especially weight gain. High comorbidity rates with Attention-Deficit /Hyperactivity Disorder (ADHD - over 75%) are found in clinical samples of children and adolescents with BD. For these reasons, it is fundamental studying new options for the treatment of BD and BD comorbid with ADHD in children and adolescents. Objectives: Explore new psychopharmacological agents which may present good tolerability and safety in the treatment of BD in children and adolescents. In this study about psyhopharmacological treatment, we decided to study two drugs, topiramate and aripiprazole, which are used in the treatment of children and adolescents with BD, and are not associated to weight gain. Methods: In the trial with topiramate, 10 patients (11-17 years-old) were consecutively allocated. They had been euthymic using a single mood antimanic agent or an atypical antipsychotic, but presented weight gain (more than 5% of their baseline weight). They were enrolled in an 11-week open protocol. Their previous medication was switched gradually to topiramate along the first four weeks of the study. Symptom change was assessed weekly using the Young Mania Rating Scale (YMRS), and weight was also assessed weekly. The aripiprazole open trial enrolled 10 children and adolescents from 8 to 17 years-old, with BD I or II comorbid with ADHD. In this study, aripiprazole was used during six weeks. Primary outcome measures were the YMRS, the Swanson, Nolan, and Pelham Scale- version IV (SNAP-IV) – for ADHD symptoms, the Clinical Global Impressions - Severity (CGIS), and weight. Possible adverse events related to aripiprazole use were monitored. The third study was a double-blind, placebo controlled, randomized clinical trial of aripiprazole in 43 children and adolescents with BD I or II and comorbid ADHD. The primary outcome measures used were the YMRS, SNAP-IV, and weight. The secondary outcome measures were the Child Mania Rating Scale - Parent version (CMRS-P), the CGI-S, the Child Depression Rating Scale - revised (CDRS-R), and the Kutcher Adolescent Depression Scale (KADS). Lab tests and adverse events were also monitored. Results: During the use of topiramate, there was a significant reduction in YMRS scores (p<0.01), and in weight (p<0,01). In the second trial, significant improvement in global functioning scores (F=3.17, P=.01, effect size=0.55), manic symptoms (F=5.63, P<.01; ES=0.93), and ADHD symptoms (t=3.42, P<.01; ES=1.05) were detected. Although an overall positive tolerability was reported, significant weight gain (F=3.07, P=.05) was observed. In the third study, aripiprazole presented a significant reduction in YMRS scores compared to placebo (p=0,02; effect size =0,80), and significant differences in rates of response and remission (Response: 88,9% versus 52%, p=0,02; NNT= 2,70; Remission: 72% versus 32%, p=0,01; NNT= 2,50); there was also a significant reduction in the CMRS-P, (p=0,02, effect size 0,54) and in the CGI-Severity (p=0,04, effect size 0,28). No differences between aripiprazole and placebo groups were observed in ADHD symptoms (p=0,4) and weight change (p=0,42). Only two patients discontinued the trial, one using placebo, and the other in the aripiprazole group. There were no significant differences in adverse events count between groups. Conclusion - There are few studies about the maintenance treatment in children and adolescents with BD. The results of the trial with topiramate suggest it may be used in the maintenance phase of JBD, promoting stabilization and weight reduction. In the aripiprazole open trial, we observed significant improvement in manic symptoms, ADHD, and global functioning, strengthening the evidence for the use of this new option in the pharmacological treatment of juvenile BD. These findings also and suggest the use of aripiprazole for comorbid BD and ADHD. However, weight gain was observed, oppositely to prior studies. The double-blind, placebo-controlled, randomized clinical aripiprazole trial, a study that fullfills A level criteria in terms of scientific evidence, opens a new possibility for the treatment of these patients, based on the highest quality of criteria for the assessment of efficacy of the drugs. The use of other instruments in this trial, like the SNAP- IV for the assessment of ADHD symptoms, the Youth Quality of Life (YQOL-R), and the Kutcher Adolescent Depression Scale, whose results will be evaluated and 19 published later, may allow us to develop a more effective algorithm for the assessment and treatment of the comorbidity between BD and ADHD, and the depressive symptoms of BD. The satisfactory results obtained with these studies, the development of new articles for the publication of these other results not approached in the thesis, and the creation of a specialized program (PROCAB) will enable the generation of new knowledge in this area.
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Mecanismos comportamentais e moleculares envolvidos na interação entre as substâncias de abuso e os fatores de risco para o desenvolvimento da dependência

Leão, Rodrigo Molini 08 March 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:22:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 4914.pdf: 6126867 bytes, checksum: 84adde1d63af407ef40d3973b9aaaaeb (MD5) Previous issue date: 2013-03-08 / Financiadora de Estudos e Projetos / Tobacco and ethanol are the most used drugs in the world and often co-abused. An important issue in the field of drug abuse research is the characterization of risk factors related to increased vulnerability to drug addiction. In the present study we investigated in rats: a) the effects of exposure to variable stress on nicotine-induced locomotor activation, CREB and ERK activities in the prefrontal cortex, nucleus accumbens and amygdala and nicotine intravenous self-administration; b) whether previous exposure to cocaine could affect nicotine seeking behaviors, and if this phenomenon could be related to alterations in the BDNF, TrkB, DYN, Mi-Opio, NPY and CRFR1 gene expression in the nucleus accumbens; c) whether repeated nicotine treatment could induce anxiety-like behavior, which in turn increases alcohol intake; d) the effect of simultaneous nicotine treatment during the transition to development of alcohol dependence and whether that is mediated by activation of neuronal ensembles in different parts of the brain. We found: the variable stress exposure caused cross sensitization with nicotine, increased the nicotine selfadministration behavior and decreased CREB activity in mesencephalic areas; the pretreatment with cocaine caused sensitization of cocaine motor response, locomotor cross-sensitization with nicotine, and increased motivation to nicotine intake; the pretreatment with nicotine increased the anxiety-like behavior and the motivation to ethanol intake; the simultaneous administration of nicotine and ethanol vapor exposure speed up the escalation of ethanol self-administration, increased the motivation and the compulsivity to ethanol intake and these behaviors could be related to activation of extended amygdala and mesocorticolimbic systems. Our results suggest that additional factors to the drug use such as stress and preexposure to other drug could increase the vulnerability to addiction. / Tabaco e etanol são as substâncias de abuso mais consumidas no mundo e frequentemente co-abusadas. Apesar do número elevado de pessoas que fazem uso de substâncias de abuso, apenas uma pequena, mas considerável porcentagem se torna dependente. Assim, outros fatores interagem com o efeito da droga influenciando o desenvolvimento da dependência. No presente estudo investigamos em ratos: a) se a exposição prévia ao estresse variado poderia alterar os parâmetros da autoadministração de nicotina, e se este fenômeno poderia estar relacionado à alterações na atividade de CREB e ERK no córtex pré-frontal medial, núcleo acúmbens e amídala; b) se a administração prévia e repetida de cocaína poderia alterar os parâmetros de autoadministração de nicotina, e se este fenômeno poderia estar relacionado a alterações na expressão de BDNF, TrkB, DYN, Mi-Opio, NPY e CRFR1 no núcleo acúmbens; c) se a exposição prévia à nicotina poderia alterar os parâmetros de autoadministração de etanol; d) o efeito da administração simultânea de nicotina no desenvolvimento da dependência ao etanol, e as áreas encefálicas bem como o fenótipo dos neurônios envolvidos nesse comportamento. Nossos resultados demonstram que a exposição ao estresse variável induziu sensibilização cruzada com nicotina e aumentou a motivação e o consumo dessa substância e reduziu a atividade de CREB em regiões mesoencefálicas. O pré-tratamento com cocaína induziu sensibilização cruzada com nicotina e aumentou a motivação e o consumo dessa substância. O pré-tratamento com cocaína aumentou a expressão gênica de BDNF no núcleo acúmbens desses animais. O pré-tratamento com nicotina aumentou os comportamentos relacionados à ansiedade e a motivação para o consumo de etanol. A administração simultânea de nicotina acelerou a escalada da autoadministração, aumentou o ponto de ruptura e a compulsividade para o consumo de etanol e esses comportamentos podem estar relacionados a ativação da amídala estendida e do sistema mesocorticolímbico. Desta forma, nossos resultados sugerem que fatores adicionais ao uso de uma substância de abuso como estresse e a pré-exposição a outra substância podem aumentar a vulnerabilidade ao desenvolvimento da dependência.
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Efeito ansiolítico do ondansetron, antagonista dos receptores 5-HT3, injetado na amídala de camundongos submetidos à exposição e reexposição no labirinto em cruz elevado

Nunciato, Ana Claudia 02 March 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:22:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 3795.pdf: 1250266 bytes, checksum: 92066a2c1ad5d8123001121adcd92bc3 (MD5) Previous issue date: 2011-03-02 / Financiadora de Estudos e Projetos / Against of stimuli that are dangerous, animals manifest defense reactions that cause fear and anxiety. These stimuli activate the serotonergic system, which sends projections to structures involved in defense mechanisms such as the septum, hypothalamus, hippocampus, amygdala and periaqueductal gray modulates the behavioral changes that can be characterized as anxiety. Studies have shown that 5-HT3 receptors are part of this modulation. The elevated plus maze (EPM) is a widely used animal model to evaluate the anxiolytic activity of drugs. Currently, it is known that the retest in rodents (rats and mice) increases the avoidance of it, this phenomenon, which refers to "a display of tolerance" (OTT, One Trial Tolerance). The amygdala is a prosencephalic structures that have significant amount of serotonin (5-HT) in this way, recent results from our laboratory have shown that microinjections of ondansetron antagonist 5-HT3 receptors in the amygdala of mice produced anxiolytic-like effect evaluated in LCE. The aim of this study was to evaluate the involvement of receptors 5-HT3 receptors in the amygdala of mice prior experience the elevated plus-maze (EPM). Conventional measures of anxiety (% of entry and time spent in open arms), locomotor activity (frequency in closed arms) and ethological measures related to risk assessment were recorded. The present study demonstrated that intra-amygdala of ondansetron, antagonist of 5-HT3 receptors, produced anxiolytic-like effects in naive mice and mice prior experience the LCE. The injection of ondansetron in only one of the exhibits produced anxiolytic-like effect, which leads us to conclude that the drug produced no change in memory. Both the Trial 1 and in Trial 2, none treatments affected locomotor activity. So while the amygdala is involved in the neurobiology of the defense reactions such as anxiety response, as it refers to the phenomenon it seems OTT not to participate. / Diante de estímulos que representam perigo os animais manifestam reações de defesa que originam o medo e a ansiedade. Estes estímulos ativam o sistema serotonérgico, o qual emite projeções para estruturas envolvidas nos mecanismos de defesa tais como, septo, hipotálamo, hipocampo, substância cinzenta periaquedutal e amídala, modulando as alterações comportamentais que podem ser caracterizadas como ansiedade. Estudos têm demonstrado que os receptores 5-HT3 fazem parte desta modulação. O labirinto em cruz elevado (LCE) é um modelo animal amplamente utilizado para avaliar a atividade ansiolítica de drogas. Atualmente, sabe-se que o reteste em roedores (ratos e camundongos) aumenta a evitação do mesmo, fenômeno este, que se refere à tolerância de uma exposição (OTT, do inglês One Trial Tolerance). A amídala é uma das estruturas prosencefálicas que apresentam quantidade relevante de serotonina (5-HT), dessa forma, resultados recentes do nosso laboratório demonstram que microinjeções de ondansetron, antagonista dos receptores 5- HT3, na amídala de camundongos, produziu efeito ansiolítico avaliado no LCE. O objetivo deste estudo foi avaliar o envolvimento dos receptores 5-HT3 na amídala de camundongos reexpostos ao labirinto em cruz elevado (LCE). Medidas convencionais de ansiedade (% de entrada e de tempo gasto nos braços abertos), atividade locomotora (freqüência de entrada nos braços fechados) e medidas etológicas relacionadas à avaliação de risco foram registradas. O presente estudo demonstrou que a injeção intra-amídala de ondansetron, antagonista de receptores 5-HT3, produziu efeito ansiolítico tanto em camundongos ingênuos quanto em camundongos reexpostos ao LCE. A injeção de ondansetron em apenas uma das exposições produziu efeito ansiolítico, o que nos leva a concluir que a droga não produziu alteração da memória. Tanto na exposição 1 como na reexposição, nenhum dos tratamentos afetou a atividade locomotora. Portanto, embora a amídala esteja envolvida na neurobiologia das reações de defesa, tais como a resposta de ansiedade, no que se que refere ao fenômeno OTT ela parece não participar.
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Avaliação do mecanismo de ação antidepressiva e estudo da toxicidade oral aguda e de doses repetidas de hypericum polyanthemum em camundongos / Evaluation of the antidepressant mechanism of action and oral toxicity study of Hypericum polyanthemum in mice

Stein, Ana Cristina January 2012 (has links)
O objetivo deste trabalho foi ampliar o estudo do mecanismo de ação antidepressivo de Hypericum polyanthemum (POL) e de seu composto derivado da classe dos floroglucinóis uliginosina B (ULI). Considerando o potencial desta planta para o desenvolvimento de novos fármacos, realizou-se um estudo pré-clínico de toxicidade aguda e doses repetidas de POL em camundongos. A administração via oral (v.o.) do extrato ciclo-hexano de POL (90 mg/kg) foi capaz de reduzir significativamente o tempo de imobilidade de ratos e camundongos no teste de natação forçada (TNF). A administração de ULI (10 mg/kg, v.o.) igualmente reduziu o tempo de imobilidade no TNF e também no teste de suspensão pela cauda (TSC). A administração simultânea (v.o), das subdoses de POL (45 mg/kg) e ULI (5 mg/kg) foram capazes de potencializar o efeito antidepressivo das subdoses de imipramina (10 mg/kg), bupropiona (3 mg/kg) e fluoxetina (15 mg/kg), no TNF em camundongos. O pré- tratamento de camundongos, pela via intraperitoneal, com SCH 23390 (antagonista de receptor dopaminérgico D1); sulpirida (antagonista de receptor dopaminérgico D2); prazosin (antagonista de receptor α1-adrenérgico); ioimbina (antagonista de receptor α2-adrenérgico) e p-clorofenilalanina metil éster (pCPA- inibidor da síntese de serotonina (5-HT), preveniu o efeito anti-imobilidade de ULI no TNF. In vitro, ULI inibiu a recaptação sinaptossomal de dopamina ([3H]-DA), noradrenalina ([3H]-NA) e serotonina ([3H]-5-HT), sem ligação aos transportadores, e isto foi demonstrado através das diferentes concentrações de ULI que não afetaram a ligação de [3H]- mazindol, [3H]-nisoxetina e [3H]-citalopram aos sítios de recaptação de DA, NA e 5- HT, respectivamente. Estes resultados sugerem que ULI tem ação não-seletiva sobre o sistema monoaminérgico, o que pode representar um novo composto com inibição tripla da recaptação; além disso possui mecanismo de ação diferente dos antidepressivos clássicos, inibindo a recaptação das monoaminas sem se ligar aos respectivos sítios específicos dos transportadores. Também realizou-se estudo bioquímico da atividade da Na+,K+-ATPase em córtex cerebral e hipocampo de camundongos. O tratamento agudo e repetido por via oral (3 dias, 1 x ao dia) aumentou a atividade desta enzima em córtex cerebral de camundongos em diferentes tempos. ULI não alterou a atividade da Na+,K+-ATPase em hipocampo dos camundongos, e esse resultado corrobora com a hipótese de que ULI pode estar contribuindo para a manutenção da excitabilidade neuronal estimulando esta enzima, e agindo seletivamente no córtex cerebral. Além disso, investigou-se o papel de ULI sobre os canais de sódio dependentes de voltagem (Na+), através da pré-administração de veratrina (ativador de canal de Na+). A veratrina bloqueou o efeito antidepressivo de ULI no TNF e este resultado indica a possibilidade de ULI estar bloqueando os canais de Na+ alterando o gradiente iônico através da estimulação da atividade da Na+,K+-ATPase e, prejudicando ou inibindo a recaptação das monoaminas. Nos experimentos de toxicidade, as mudanças fisiológicas, bioquímicas e histopatológicas mais pronunciadas foram observadas nos camundongos que receberam POL nas doses 5 e/ou 10 vezes maiores que a dose efetiva no TNF em camundongos. Entretanto, POL apresenta constituição química diferente de H. perforatum, sugerindo baixo risco desta espécie em relação à fototoxicidade (ausência de hipericina). Através dos dados obtidos neste estudo, acredita-se que POL pode se tornar uma espécie promissora no desenvolvimento de um novo fitoterápico com ação neuroativa. A inibição da recaptação das monoaminas pode estar relacionada a uma alteração do gradiente iônico de Na+, através da estimulação da atividade da Na+,K+-ATPase, o que leva a crer que ULI possui um perfil de ação lamotrigina-like. Dessa forma, ULI torna-se um novo e promissor padrão molecular de substância com atividade no sistema nervoso central. / The aim of this work was to continue studying the antidepressant mechanism of Hypericum polyanthemum (POL) and its compound derived from phloroglucinols class uliginosin B (ULI). Considering the potential for development of new drugs with this plant, a preclinical study of toxicity with POL was accomplished, administering acute and repeated-doses in mice. The cyclo-hexane extract administration by oral route (p.o.) of POL (90 mg/kg) was able to significantly reduce the immobility time of rats and mice in the forced swimming test (FST). ULI (10 mg/kg, p.o.) also produced a reduction in immobility time in two models predictive of antidepressant activity in mice, FST and the tail suspension test (TST). Simultaneously administration (p.o) of subeffective doses of POL (45 mg/kg) and ULI (5 mg/kg) were able to potentiate the antidepressant effect of subeffective dose of imipramine (10 mg/kg), bupropion (3 mg/kg ) and fluoxetine (15 mg/kg), in the mouse FST. The pretreatment of mice, by i.p. route, with SCH 23390 (dopamine D1 receptor antagonist); sulpiride (dopamine D2 receptor antagonist); (α1 adrenoceptor antagonist); yohimbine (α2 adrenoceptor antagonist) and p-chlorophenylalanine methyl ester (pCPA- an inhibitor of serotonin (5-HT) synthesis) prevented anti- immobility effect of ULI in FST. In vitro, ULI inhibited synaptosomal uptake of dopamine ([3H]-DA), noradrenaline ([3H]-NA) and 5-HT ([3H]-5-HT), without binding with monoaminergic transporters, and this was demonstrated by different concentrations of ULI that did not affect the binding of [3H]-mazindol, [3H]-nisoxetine and [3H]-citalopram to DA, NA and 5-HT uptake sites, respectively. These results suggest that ULI has non-selective action on the monoaminergic system, which may represent a new compound with triple reuptake inhibition; furthermore, ULI has a mechanism of action different from the classical antidepressants by inhibiting monoamine reuptake without bind to respective neurotransporters. In addition we have performed a biochemical study for activity of Na+, K+-ATPase in cerebral cortex and hippocampus of mice. Acute and repeated oral treatment (3 days, 1 x per day) increased enzyme activity in cortex at different times. ULI did not alter Na+, K+- ATPase activity in hippocampus, and this result confirms the hypothesis that ULI can be contributing to the maintenance of neuronal excitability by stimulating this enzyme, and acting selectively in cerebral cortex. Moreover, we investigated the role of ULI on voltage-gated sodium channels (Na+), through pre-administration of veratrine ( Na+ channel oppener). Veratrine was able to abolish the antidepressant effect of ULI in TNF and this result indicates the possibility that ULI blocks the Na+ channels by altering the ionic gradient through the stimulation of Na+, K+-ATPase and impairing or inhibiting the reuptake of monoamines. In toxicity experiments, the more pronounced physiological, biochemical and histopathological changes were observed in mice that received POL at doses 5 and/or 10 fold higher than the effective dose in TNF. However, POL has chemically different from H. perforatum, suggesting low risk of this species in relation to phototoxicity (absence of hypericin). Considering all results, we supposed that POL could be a product with potential for the development of new drugs. The monoamine reuptake inhibition can be related to a change on the gradient of Na+ ion, by stimulation of Na+, K+-ATPase, which suggests that ULI has a lamotrigine-like profile. Therefore, we suggest that phloroglucinol derivative ULI represents a promising new molecular pattern with central nervous system activity.

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