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Racismo y Educación en el Uruguay Pos-Durban (2001-2018) : relatos de experiencias de educadores/as afrodescendientesFernández Ramírez, Martín January 2018 (has links)
Esta dissertação tem como principal finalidade analisar como os educadores/as afrodescendentes relatam o racismo e seu combate em instituições de educação secundária na cidade de Montevidéu, Uruguai. Reflete sobre como ocorre o racismo em instituições educativas e que mecanismos de combate a ele vem sendo implementados. Conjectura-se que o racismo no Uruguai é estrutural e institucional, e que a instituição educativa tem um papel preponderante em dita estrutura. Este pressuposto possibilita definir o seguinte problema que norteou a pesquisa: Como os/as educadores/as afrodescendentes relatam suas experiências em torno do racismo e seu combate em instituições educativas? Para abordar tal problema, o desenho metodológico adotado é de abordagem qualitativa, através de um estudo de campo que utiliza como principal técnica de produção de dados a entrevista compreensiva. Consideram-se os relatos das pessoas entrevistadas como saberes de experiências, os quais são finitos, singulares e próprios, embora se possa identificar, na totalidade dos relatos, elementos em comum de combate ao racismo. Busca-se articular tais relatos com documentos escritos como: programas curriculares, livros didáticos e políticas públicas. Entre os autores utilizados destaca-se os pressupostos de Frantz Fanon, bem como a teoría Pós-Colonial e o pensamento Decolonial, como referências centrais. Conceitos como negação, invisivilidade, (não) reconhecimento, branqueamento e branquitude constituem as categorias analíticas primordiais do trabalho. Desta forma, o eixo central que atravessa as categorias analíticas é definido como a base epistemológica dos conhecimentos ensinados. Este é determinante nas características intrínsecas ao racismo que prevalecem nas instituições de educação secundária e que são analisadas através dos três capítulos da dissertação. A partir da pesquisa, pode-se afirmar como conclusão inicial, que o racismo nas instituições de educação secundária no Uruguai, não apenas é determinado pela cor da pele, mas por uma ideología de branqueamento, que opera através da invisibilidade e o não reconhecimento, identificável nos conhecimentos ensinados nas instituições. / Esta disertación tiene como principal finalidad analizar cómo educadores/as afrodescendientes relatan el racismo y su combate en instituciones de educación secundaria en Montevideo, Uruguay. Reflexiona sobre cómo opera el racismo en las instituciones educativas y qué mecanismos de combate a él vienen siendo implementados. Se presupone que el racismo en Uruguay es estructural e institucional, y que la institución educativa juega un rol preponderante en dicha estructura. Este presupuesto posibilita definir el problema de la investigación a través de la pregunta: «¿cómo los/as educadores/as afrodescendientes relatan sus experiencias en torno al racismo y su combate en instituciones educativas?» Para abordar tal problema, el diseño metodológico adoptado es de corte cualitativo, a través de un estudio de campo que utiliza como principal técnica de producción de datos la entrevista comprensiva. Se consideran los relatos de las personas entrevistadas como saberes de experiencia, los cuales son finitos, singulares, propios, únicos. Sin embargo, es posible identificar en todos ellos, elementos en común de combate al racismo. Se busca articular (y no comprobar) tales relatos con documentos escritos como: programas curriculares, manuales didácticos y políticas públicas. Entre los autores y autoras utilizados se destacan los presupuestos de Frantz Fanon, así como la teoría poscolonial y el pensamiento descolonial. Conceptos como negación, invisibilidad, (no) reconocimiento, blanqueamiento y blanquitud constituyen las categorías analíticas centrales de todo el trabajo. De esta forma, el eje central que atraviesa estas categorías es definido como la base epistemológica de los conocimientos enseñados. Éste es determinante en las características intrínsecas al racismo prevalecientes en las instituciones de educación secundaria, las cuales son analizadas a través de los tres capítulos de la disertación. A partir de la investigación, se puede afirmar como conclusión primaria que, el racismo en las instituciones de educación secundaria en Uruguay, según se interpreta del relato de las personas entrevistadas, no solo es determinado por el color de la piel. También por una ideología de blanqueamiento, que opera a través de la invisibilidad y el no reconocimiento, identificable en los conocimientos enseñados en las instituciones.
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Os retornos do capital humano na Região Metropolitana de SalvadorAvena, Cláudio Pondé 02 1900 (has links)
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CLAÚDIO PONDÉ AVENA 2.pdf: 23739386 bytes, checksum: c9cd3b2087e95f32c191acada8b2c818 (MD5) / A presente dissertação objetiva testar a aderência do modelo de capital humano desenvolvido por Mincer (1974) à base de dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego da Região Metropolitana de Salvador(PED-RMS) por meio da estimação de funções salário. São estimadas diversas variantes dos modelos de escolaridade simples e ampliado com o uso de variáveis de escolaridade contínua ou dummy e outras variáveis de controle, de capital humano ou não. Ambos os modelos , o simples e o ampliado, apresentam coeficientes de determinação muitas vezes mais elevados dos que outros resultados encontrados na literatura. As variáveis escolaridade, experiência, o quadro desta, sexo, cor, migração, carteira assinada, tamanho da empresa e outras estaticamente significativas na explicação dos rendimentos dos indivíduos da RMS .
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Ó pa í, prezada!: racismo e sexismo institucionais tomando bonde no Conjunto Penal Feminino de SalvadorSantos, Carla Adriana da Silva 29 August 2012 (has links)
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DISSERTAÇÃO de Carla Adriana da Silva Santos.pdf: 2018453 bytes, checksum: 673a7d70b1fe8ed186698f54272f9693 (MD5) / Este trabalho tem por objetivo identificar e analisar a intersecção do racismo e sexismo institucionais no Conjunto Penal Feminino de Salvador, Bahia, Complexo Penitenciário Lemos de Brito, utilizando, para tanto, o conceito de interseccionalidade como ferramenta teórico-metodológica e prática à captura dos marcadores do binômio gênero-raça que dão margem à opressão diferenciada das mulheres negras em privação de liberdade. Filia-se à metodologia afrodescendente de pesquisa e à contribuição epistemológica do feminismo negro. Trata-se de uma investigação concentrada em estudos sobre mulheres, gênero e feminismo, trazendo à tona a ausência de políticas públicas em gênero e raça voltadas às encarceradas, agravando as tecnologias de poder na execução penal. O trabalho se baseia em estudo de campo de cunho etnográfico realizado durante os meses de dezembro de 2011 e janeiro de 2012 no referido Conjunto Penal Feminino, período em que foram entrevistadas dirigentes, agentes carcerários e internas. O estudo revelou que, a exemplo do que acontece em outras instituições penais femininas, as encarceradas são majoritariamente pobres, negras, semialfabetizadas, presas por tráfico de drogas. Todas são submetidas a situações de constrangimento, perda da privacidade, péssimo atendimento médico, violência psicológica e moral de toda sorte por parte da equipe de agentes, sendo que as negras, por força da sua condição de raça e classe que resulta em baixa escolaridade, não desfrutam nem mesmo das poucas possibilidades de trabalho existentes. O estudo revelou também a pouca tolerância, tanto por parte da instituição quanto das próprias internas, à prática de religiões afro-brasileiras, bem como ao pleno exercício da sexualidade, com destaque para a incidência da lesbofobia. Revelou, ainda, que o conjunto penal estudado está longe de fazer valerem as Regras Mínimas de Tratamento de Presas, em vigor desde 2010.
The objective of this study is to identify and analyze the intersection of institutionalized racism and sexism in the Penitentiary for Women of Salvador, Bahia, which is part of the Lemos de Brito Penal Complex. For that purpose, it relies on the concept of intersectionality as a theoretical, methodological, and practical tool to capture the markers of the binomial race-gender that engender the differentiated oppression of black women in a situation of imprisonment. It is affiliated to an afro-descendant research methodology and to the epistemological contribution of Black feminism. The investigation is concentrated on the field of studies on women, gender, and feminism, showing that the absence of public policies informed by a gender and race perspective, geared towards imprisoned women, intensify the technologies of power in penal execution. The study is based on ethnographic field research carried out during the months of December, 2011, and January, 2012, when prison directors, staff, and interns were interviewed. The study revealed that, as it happens in other similar institutions, most of the imprisoned women are poor, black, partially illiterate, and imprisoned on drug traffic charges. It showed that while all are subjected to humiliating situations, loss of privacy, poor medical assistance, and different forms of violence on the part of the institution, black women, due to their condition of race and class which results in low levels of schooling, are even deprived of the few work opportunities available. The study also revealed instances of lack of tolerance, both on the part of the staff as well as of other inmates, towards the practice of Afro-Brazilian religions, as well as to the exercise of sexuality, with expressions of lesbophobia. It further reviewed that the institution under investigation is far from putting into practice the Minimum Rules for the Treatment of Imprisoned Women enacted since 2010.
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A Política de Saúde da População Negra no Brasil: atores políticos, aspectos étnico-raciais e principais tensões do campo.Brasil, Sandra Assis January 2011 (has links)
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Dissertação SAndra Assis Brasil. 2011.pdf: 1679285 bytes, checksum: 1a841e4a3bfa840cc3b0aebd89d3e46f (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2018-08-20T17:33:54Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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Dissertação SAndra Assis Brasil. 2011.pdf: 1679285 bytes, checksum: 1a841e4a3bfa840cc3b0aebd89d3e46f (MD5) / A emergência da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), formulada sob a égide da valorização deste segmento populacional, contou com a participação de representantes do movimento negro, gestores de saúde e intelectuais que possibilitaram a formulação de uma política afirmativa no seio do Sistema Único de Saúde. Sua formulação levou em conta aspectos sociais e raciais e possibilitou discussões em torno da incorporação da categoria „raça‟ na formulação de políticas públicas de saúde. O presente trabalho objetivou analisar o processo de formulação da PNSIPN, destacando os principais fatos, atores políticos e suas posições diante da questão étnico-racial no setor saúde. Foi realizada uma pesquisa que contemplou a produção científica sobre o tema, análise de documentos oficiais sobre a promoção da equidade racial em saúde e entrevistas com atores políticos do cenário nacional. Adotou-se como referencial teórico a Teoria do Ciclo da Política Pública, complementada por abordagens sobre a dinâmica sociocultural e política da sociedade brasileira, considerando categorias como classe social e elementos étnico-raciais. O estudo sobre a PNSIPN constitui-se como importante campo de produção de saber em virtude das necessidades de se pensar abordagens teóricas que deem conta de aspectos da realidade social. Os processos de formulação de tal política em saúde conjugam elementos da estrutura social – sua lógica de produção econômica e de reorganização das instituições sociais – com os elementos da superestrutura, aspectos ideológicos e hegemônicos em torno da formação da identidade nacional brasileira. Os principais depoimentos destacaram que a PNSIPN foi formulada no seio de uma sociedade que se constituiu segundo a ideologia da mestiçagem e da igualdade racial. O mito da democracia racial e o racismo camuflado da sociedade brasileira se colocam como cenário de fundo nas disputas entre diversos atores. A formulação da política de SPN ganhou força num contexto internacional de ações de combate ao Racismo. A Conferência de Durban (2001) e a posterior criação da SEPPIR mostraram-se como uma janela de oportunidade para a construção da política. As inflamadas discussões sobre raça e cor da pele e suas repercussões sobre a identidade nacional permitiram a entrada de novos intelectuais – pesquisadores negros – na cena. A raça enquanto categoria de análise social é retomada para enfatizar o racismo existente na saúde. Conclui-se sobre a necessidade de seguir avançando na implementação desta política em saúde, especialmente no enfrentamento ao racismo no cotidiano das unidades de saúde e no envolvimento de novos atores políticos neste processo.
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Formulação da política de saúde da população negra em Salvador, 2005-2006: um estudo de caso.Araújo, Marcos Vinícius Ribeiro de January 2011 (has links)
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Diss MARCOS VINÍCIUS RIBEIRO DE ARAÚJO.2011.pdf: 577092 bytes, checksum: 145e89c86fa3ee2b2a4b87b52e66db4f (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2018-08-29T02:51:20Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Diss MARCOS VINÍCIUS RIBEIRO DE ARAÚJO.2011.pdf: 577092 bytes, checksum: 145e89c86fa3ee2b2a4b87b52e66db4f (MD5) / Made available in DSpace on 2018-08-29T02:51:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Diss MARCOS VINÍCIUS RIBEIRO DE ARAÚJO.2011.pdf: 577092 bytes, checksum: 145e89c86fa3ee2b2a4b87b52e66db4f (MD5) / O reconhecimento da problemática da saúde da população negra tem subsidiado a mobilização social em torno da formulação de políticas e programas específicos nas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde. O objetivo desse estudo é descrever e analisar o processo de formulação da Política de Saúde da População Negra ocorrido em Salvador, no período 2005-2006, com base em extensa revisão documental e análise de entrevistas realizadas com informantes-chave que participaram direta ou indiretamente do processo. Os resultados incluem a caracterização do Contexto, a identificação dos Atores e a descrição do processo político-institucional desenvolvido pelo Grupo de Trabalho de Saúde da População Negra, criado no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde em 2005, bem como a análise dos problemas identificados e as propostas elaboradas e formalizadas no Plano Municipal de Saúde 2006-2009.
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Com quantos retalhos se faz um quilt? costurando a narrativa de três escritoras negras contemporâneas / How many patches make a quilt ?Heloísa do Nascimento 30 May 2008 (has links)
A presente tese pretende estabelecer as confluências entre romances de três autoras distintas. Partindo de um viés womanista, dois romances de cada escritora foram analisados e suas similaridades enfocadas, principalmente no que concerne ao tratamento dado às personagens femininas. A tese é composta de cinco capítulos. O primeiro lida com conceitos e temas subjacentes ao debate em torno das literaturas produzidas pelas chamadas minorias. Já o segundo, mergulha no universo literário de Conceição Evaristo, nossa autora afro-brasileira. O terceiro segmento aborda a literatura da afro-americana Toni Morrison. No quarto capítulo, enfocamos a obra da moçambicana Paulina Chiziane. A costura do texto é alinhavada no quinto capítulo, quando tecemos considerações finais sobre as semelhanças e particularidades de cada autora / The present thesis intends to establish the confluences between novels by three distinct authors. From a womanist perspective, two novels by each author were analyzed and their similarities were highlighted, especially concerning the treatment provided to the female characters. The thesis is made up of five chapters. The first one deals with concepts and themes underlying the debate about the literatures produced by the so-called minorities. The second chapter dives into the literary universe of our Afro-Brazilian writer, Conceição Evaristo. The third segment of the thesis focuses on the literature of the Afro-American Toni Morrison. The fourth sheds light on the works of the Mozambican Paulina Chiziane. The sewing of the text receives its finishing touches in the fifth chapter, where we elaborate final considerations on the similarities and peculiarities of each author
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Redemocratização e racismo : novas formas de genocídio no Brasil pós-ditadura militarAmérico, Jorge Luiz Toledo January 2015 (has links)
Orientador: Prof. Dr. Paris Yeros / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do ABC, Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas e Sociais, 2015. / O genocídio tem um alvo coletivo. Busca a destruição social ampla através de homicídios e
agressões culturais, políticas e econômicas. Atinge indivíduos não em sua particularidade,
mas naquilo que faz deles membros de um grupo nacional. A aspiração inicial da qual surgiu
a concepção de genocídio ¿ enquanto crime contra a humanidade ¿ tinha o objetivo não
apenas de denunciá-lo após sua consumação e punir seus autores. Buscava, mais que tudo,
formas de freá-lo enquanto ainda está em curso. Constatamos que, no Brasil, as desigualdades socioeconômicas, a seletividade penal e a eliminação física direta agem sincronicamente para movimentar uma engenhosa máquina de extermínio. Partimos das contribuições de Abdias do Nascimento sobre o genocídio cultural e buscamos atualizá-las, demonstrando a permanência, no período pós-ditadura militar, das estratégias de eliminação inspiradas no racismo. / Genocide has a collective target. It seeks the wide-ranging social destruction through
homicide and cultural, political and economic attacks. It does not reach the individuals in their particularities, but in what makes them part of a national group. The initial aspiration from which the genocide conception ¿ as crime against humanity ¿ did not have only the goal of denouncing it after its consummation and punishing its authors. It sought, most of all, ways of stopping it while it is still in progress. We verified that, in Brazil, the socio-economical
inequalities, the penal selectivity, and the direct physical elimination act synchronically to
move an ingenious extermination machine. We started with the contributions of Abdias do
Nascimento about the cultural genocide and we aimed to update them, demonstrating the
permanence, in the military post-dictatorship period, of elimination strategies inspired by
racism.
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1923: investigação sobre a existência de racismo no noticiário esportivo carioca / 1923: a research on the existence of racism in sport news from the city of Rio de Janeiro.João Paulo Vieira Teixeira 22 March 2011 (has links)
No ano de 1923, o Clube de Regatas Vasco da Gama disputa pela primeira vez a Primeira Divisão do Campeonato Carioca de Futebol. A equipe conquista o título tendo, entre seus jogadores, homens negros e mulatos. Com vitórias expressivas, aquela trajetória passa a ocupar um lugar importante no imaginário construído sobre as primeiras décadas do futebol brasileiro. Toda esta construção está fundamentada na obra de Mario Filho, O Negro no Futebol Brasileiro. O livro relata o feito vascaíno como uma trajetória heróica, na qual um time formado por negros e mulatos precisou superar preconceitos raciais para alcançar seus objetivos. A proposta desta pesquisa é comparar a narrativa de Mario Filho com o que foi escrito nos jornais da época. O objetivo é verificar se há mais incoerências ou coincidências entre o que Mario Filho escreveu e o que os jornais noticiaram. Ao retomar os jornais da década de 1920, verificamos como a imprensa enxergava o acontecimento à época e, se o preconceito racial estava presente nas páginas dos jornais, assim como nos faz crer a obra de Mario Filho. A comparação revelou que, em alguns momentos, a narrativa de Mario Filho encontra respaldo integral nas notícias publicadas no ano de 1923. No entanto, em outras oportunidades o autor não encontra nenhum respaldo nas outras fontes consultadas. / In 1923, the Clube de Regatas Vasco da Gama takes part of the Rio de Janeiro state football First Division league for the very first time. The team wins the title having black and mulatto men among its players. With its impressive victories, that trajectory begins to occupy an important role in the imagination built on the early decades of Brazilian football. This whole construction is based on Mario Filhos work, The Negro in Brazilian Soccer. The book tells the achievements of this man as a heroic journey, in which a team made up of blacks and mulattos had to overcome racial prejudice in order to achieve his goals. The present research aims at comparing Mario Filhos narrative with what was written in the newspapers of that time. The main objective is to check for inconsistencies or more coincidences between what Mario Filho has written and what the newspapers reported. By taking up the newspapers from the 1920s, it is possible to examine how the event was seen by the press at the time. It is also possible to determine whether racial bias was present in the pages of newspapers, as Mario Filhos work makes us believe. The comparison showed that, in some parts, Mario Filhos narrative is greatly supported by reports published in 1923. However, on other occasions, the author finds no support in other sources consulted.
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Gerando eus, tecendo redes e trançando nós: ditos e não ditos das professoras e estudantes negras nos cotidianos do curso de pedagogia / Generating selves, weaving webs and braiding us: spoken and unspoken of black female teachers and students in everyday of pedagogy courseMargareth Maria de Melo 27 July 2012 (has links)
O presente trabalho objetiva compreender como a temática afrobrasileira era abordada nos cotidianos do Curso de Pedagogia, campus I, da Universidade Estadual da Paraíba. A questão norteadora da pesquisa foi descobrir como professoras e estudantes negras se sentem e enfocam essa temática nas suas redes de conhecimentos, práticas e relações. Para tanto, foi preciso adentrar na história do povo negro no Brasil a partir da luta dos movimentos sociais negros buscando entender as noções de raça, racismo, identidade e os limites da educação do/a negro/a ao longo da história brasileira. Neste percurso se dialoga com diversos estudiosos/as como: Santos (2002), Viana (2007), Oliveira (2003, 2006, 2007, 2008), Fernandes (2007), Domingues (2009), Munanga (2002, 2006, 2009), Veiga (2007, 2008)), Pereira (2008, 2009), Gomes (2003, 2006, 2008), Morin (2000), Hall (2003), Moreira e Câmara (2008), dentre outros. Exemplificando a luta e a resistência de mulheres negras são apresentadas as histórias de vida de quatro professoras e quatro estudantes negras, praticantes (CERTEAU, 2007), sujeitos da pesquisa, que expõem o processo de tessitura de suas identidades. Suas narrativas evidenciam indícios de racismo e discriminação que marcaram suas trajetórias, desde o seio familiar, fortalecendo-se na escola, na academia e, para algumas, chegando até o ambiente de trabalho. Uma das professoras é a pesquisadora que, à medida que narra a história de vida das praticantes, tece sua própria história, como mulheres costurando uma colcha de retalhos em que cada estampa retrata os momentos vividos. A metodologia de pesquisa nos/dos/com os cotidianos (ALVES, 2008) foi o caminho percorrido. Além da observação dos cotidianos, foram realizadas conversas (LARROSA, 2003) sobre as histórias de vida (BOSI, 2003; PORTELLI, 1997) e tecidas as narrativas a partir dessas vivências. Estas revelaram que tais mulheres, ao longo de suas histórias, viveram/vivem processos de afirmaçãonegação, visto que suas identidades não são fixas, mas negociações e renegociações (MUNANGA, 2010) que geram alegrias e conflitos. O entendimento do que é Ser Negra é experimentado por cada uma, sem um modelo padrão para suas existências. Elas foram se gerando nas relações com o/a outro/a, em cada contexto familiar, escolar, acadêmico e profissional. São senhoras de suas vidas e mesmo as mais jovens buscam fazer suas histórias com autonomia. São praticantes porque lutaram/lutam para conquistar um lugar na vida, utilizando astúcias e táticas para fabricar (CERTEAU, 2007) meios de enfrentamento das adversidades. As táticas do silêncio, do estudo e do trabalho revelaram que essas mulheres não ficaram invisíveis nem se colocaram como vítimas no espaço social. Assim, urge delinear a superação da visão da pessoa negra a partir dos traços físicos e reconhecer as raízes do povo brasileiro para compreender a história da negritude. A partir da ancestralidade, serão identificadas as origens do povo negro, que poderão trazer o passado de resistência e luta por liberdade, dignidade, cidadania que produzem o orgulho de ser negra. Orgulho que recupera a autoestima e a capacidade de organização e mobilização para combater o racismo e as desigualdades raciais. Os cursos de formação docente precisam abordar essa temática para capacitar os/as futuros/as professores/as nessa tarefa. Essa abordagem envolve o ensinaraprender, em que professores/as e estudantes assumem compromisso com uma educação crítica e inclusiva. A reflexão entre os/as docentes formadores/as nessa perspectiva plural e intercultural poderia ajudar na superação do eurocentrismo ainda presente nos conteúdos e nas mentalidades. Sob essa ótica, tecer um processo de formação docente no Curso de Pedagogia, comprometido com uma educação inclusiva, considera um contínuo fazerdesfazer, na tessitura de um diálogo permanente entre a práticateoriaprática, num movimento de pesquisaintervenção. Isso implica a reflexão da trajetória pessoal e coletiva e a articulação da ação pedagógica com um projeto político de transformação da sociedade excludente em sociedade plural e solidária. Os não ditos necessitam de aprofundamento em trabalhos posteriores, pois os silenciamentos se referem ao passado próximo e as relações interraciais na família, na academia e também nos ambientes de trabalho. Será que não existe mais racismo? Ou este foi naturalizado dificultando sua identificação nos cotidianos? Os limites do processo de introjeção do racismo, que provocam a invisibilidade de algumas praticantes, são novos desafios para estudos futuros. Assim, percebo que colcha de retalhos tecida ao longo desta trajetória não é justaposição como usualmente é entendida. Para além disto, significa a socialização das experiências vividas nos cotidianos das praticantes, a fim de inspirar atitudes de combate ao racismo que se ampliem para o contexto social. / This work aims to comprehend how afro-Brazilian theme was addressed in everyday on the pedagogy course, campus I, of the state University of Paraíba. The guiding question of this research was to discover how female teachers and black students feel themselves and focus this theme in their knowledge networks, practices and relationships. For that, it was necessary to get into the black people history in Brazil from the struggle of the social black movements searching to understand the nations of race, racism, identity and the limits of education of the black along the Brazilian history. This route it dialogues with several scholars such as: Santos (2002), Viana (2007), Oliveira (2003, 2006, 2007, 2008), Fernandes (2007), Domingues (2009), Munanga (2002, 2006, 2009), Veiga (2007, 2008), Pereira (2008, 2009), Gomes (2003, 2006, 2008), Morin (2000), Hall (2003), Moreira e Candau (2008), among others. Exemplifying the struggle and the resistance of female black women are presented the life histories of four female black teachers and students, practitioners (CERTEAU, 2007), research subjects, who expose the process of tessitura of their identities. Their narratives show evidences of racism and discrimination that marked their trajectory of lives, since within family, strengthening themselves in schools, academies and, for some of them, getting to work. One of the teachers is the researcher that, while she narrates the life histories of the participants, she also weaves her own history, like women sewing a patchwork in which each print represents the moments experienced. The research methodology in / of / with the everyday routine (ALVES, 2008) was the path. Beyond this everyday observation, they were accomplished dialogues (LARROSA, 2003) on live histories (BOSI, 2003; PORTELLI, 1997) and weaved the narratives from these experiences. Theses ones showed that such women, along their histories, lived / live processes of affirmationnegation, as their identities are not fixed, however negotiation and renegotiations (MUNANGA, 2010) that creates joys and conflicts. The understanding of Being Female Black is experienced by each one, without a standard model for their existences. These experiences were being generated in the relations with the other, in each familiar, school, academic and professional context. They are ladies of their own lives and still the youngest ones search to build their histories with autonomy. They are practitioners because they fought / fight to conquer a place in life, using wiles and tactics to fabricate (CERTEAU, 2007) ways of coping with adversities. The tactics of silence, study and work reveal that these women did not get invisible nor put themselves as victims in the social space. Thus, it urges to trace the overcoming of the blacks vision from the physical traces and recognize the roots of Brazilian people to understand the history of the black people. From the ancestry, it will be identified the black people origins which could bring the past of resistance and struggle of freedom, dignity, citizenship that produces the pride of being black. Pride which recovers the self-esteem and capacity of organization and mobilization to combat racism and racial inequality. The teaching education courses need to approach this theme to train future teachers in this task. This approaching involves the teachinglearning, in which teachers and students assume the commitment with a critical and inclusive education. The reflection among teacher trainers in this plural and intercultural perspective could help in the separation of eurocentrism still present in the contents and mentalities. In this light, weaving a process in the teaching formation, in the Pedagogy Course, committed with the inclusive education, it is considered a continuous doundo, in the tessiture of a permanent dialogue between practicetheorypractice, in a movement of researchintervention. This implies the reflection of the personal and collective tragetory and the articulation of the pedagogic action with a project of transformation of the excluding society into plural lonely society. The unsaid need of deepening in subsequent works, because the silencing refers to the near past and the relations interracial in the family, in the academy and working place as well. Is that racism no longer exists? Or was it naturalized getting difficult its identification in everyday? The limits of the process of racism introjection which causes the invisibility of some practitioners are new challengers for future studies. Thus, I realize that patchwork weaved along this path is not juxtaposition as it is usually understood. For beyond this, it means the socialization of experiences in the practitioners every day to inspire combating attitudes against racism which expand to the social context.
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Mulheres negras soropositivas e as interseccionalidades entre gênero, classe e raça/etniaToledo, Angetita Alves de January 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico. Programa de Pós-Graduação em Serviço Social. / Made available in DSpace on 2013-06-25T21:19:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1
312167.pdf: 478080 bytes, checksum: 3c3523002300957ed4c176dc8b489f63 (MD5) / O presente estudo tem como objetivo analisar a tríplice desigualdade e os fatores de vulnerabilidade que contribuem para mulheres negras de Florianópolis contraírem o vírus HIV/Aids. Partiu-se da hipótese que a interseccionalidade entre as categorias gênero, classe, e raça/etnia são determinantes no desencadeamento das vulnerabilidades individuais, sociais e políticas frente à epidemia do vírus HIV/Aids que repercutem de forma particular no processo de saúde e doença das mulheres negras. Foram sujeitos da pesquisa, mulheres soropositivas autodeclarantes como pretas ou pardas, que foram acolhidas e atendidas pela Fundação Açoriana para o Controle da Aids (FAÇA), no período de Março à Maio de 2012. Utilizamos a entrevista como método para uma abordagem qualitativa, através de um roteiro norteador ressaltando os seguintes eixos temáticos: a) a percepção de identidade de gênero e raça/etnia; b) a percepção da condição de classe; c) os cuidados em saúde e percepção de exposição ao vírus HIV/Aids; d) a tripla desigualdade. Os principais resultados obtidos através das entrevistas demonstram: baixa escolaridade das mulheres negras; forte sentimento de discriminação racial, principalmente em relação ao trabalho; falta de percepção em relação a contrair o vírus por conta da confiança na estabilidade da relação e pelo imaginário da Aids, enquanto doença "do outro"; importância da realização do exames pré-natal durante a gestação; discriminação enquanto soropositivo e dificuldade de aceitação do vírus. Concluímos, com a pesquisa, que a tríplice desigualdade a que estão expostas as mulheres negras, em particular o "racismo sexista" é favorecedora do adoecimento seja ele psíquico ou físico das pessoas de cor preta ou parda, contribuindo de forma decisiva na contração do vírus HIV/Aids e que a sociedade, como um todo deve ser alertada em relação ao preconceito, à discriminação e ao "comportamento de risco" a que todos estamos expostos, ou seja entender que a Aids faz parte do cotidiano das pessoas e que ela não e somente "a doença do outro". / This study aims to analyze the triple inequality and vulnerability factors that contribute to black women contracting the virus from Florianopolis HIV/Aids. We started from the hypothesis that the intersectionality between the categories gender, class, and race / ethnicity are determinants in triggering the individual vulnerabilities, and social policies to the epidemic of HIV/Aids that resonate in a particular way in the process of health and disease black women. Were research subjects, seropositive women autodeclarantes as black or brown, which were received and answered by the Azorean Foundation for the Control of AIDS in the period March to May 2012. We use the interview as a method for qualitative approach, through a guiding roadmap highlighting the following themes: a) the perception of gender identity and race / ethnicity b) the perception of class condition, c) health care and perception of exposure to HIV/Aids d) the triple inequality. The main results from the interviews show: poor education of black women, strong sense of racial discrimination, particularly in relation to work, lack of perception in relation to contract the virus because of the confidence in the stability of the relationship and the imaginary Aids, disease as "the other"; importance of completing the prenatal examinations during pregnancy, while HIV positive discrimination and difficulty accepting the virus. We conclude, through research, that the triple inequality they are exposed to black women, in particular the "sexist racism" is favoring the illness be it mental or physical people of black or brown, contributing decisively in the contraction of the virus HIV/Aids and that society as a whole should be warned against the prejudice, discrimination and "risky behavior" to which we are all exposed, ie understand that Aids is part of everyday life and that she did not and only "somebody else's disease."
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