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Vulnerabilidade social e funcionalidade familiar de idosos com sintomas depressivos / Social vulnerability and family functioning of older people with depressive symptoms

Souza, Rosely Almeida 20 December 2013 (has links)
Os sintomas depressivos na velhice são um transtorno que interfere na qualidade de vida, nas relações sociais e na capacidade de autocuidado dos idosos. A vulnerabilidade social da família pode influenciar os agravos em saúde, uma vez que as condições de pobreza impossibilita atender as necessidades básicas de seus membros. A disfunção familiar também provoca o distanciamento entre os membros, interferindo no relacionamento entre o idoso e seus familiares. Este estudo teve como objetivo avaliar a associação entre a presença de sintomas depressivos em idosos, a vulnerabilidade social da família e a funcionalidade familiar. Estudo analítico, observacional, do tipo caso-controle, realizado em 33 Unidades da Estratégia Saúde da Família de Dourados, MS. A amostra foi composta por 374 idosos, de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 60 anos. Os 187 que apresentaram sintomas depressivos avaliados pela Escala de Depressão Geriátrica constituíram os 187 casos e os demais, os 187 controles. As entrevistas foram realizadas no período de novembro de 2012 a março de 2013, sendo utilizados os seguintes instrumentos: formulário para caracterização sociodemográfica, Escala de Depressão Geriátrica de 15 itens, Apgar de Família e Índice de Desenvolvimento da Família. Verificou-se que maioria dos idosos era do sexo feminino, com idade média de 71,8 anos. A prevalência de sintomas depressivos foi de 41,5% e a maioria dos idosos com sintomas depressivos vivia sem o companheiro. Quanto à vulnerabilidade social, 50,0% das famílias encontrava-se em situação de vulnerabilidade considerada grave. As dimensões mais comprometidas foram o acesso ao conhecimento e ao trabalho. Não houve associação significativa entre os sintomas depressivos e a vulnerabilidade social. Quanto à funcionalidade familiar, 23,8% das famílias apresentava disfunção moderada e elevada. Observou-se associação entre os sintomas depressivos e a disfuncionalidade familiar moderada e elevada (OR = 5,36; 95% IC = 3,03-9,50; p =< 0,001). Também se mostraram associados à presença de sintomas depressivos o sexo feminino (OR = 1,87; 95% IC = 1,15-3,04; p = 0,012), a presença de quatro e mais pessoas residindo no mesmo domicílio (OR = 2,26; 95% IC = 1,34-3,82; p = 0,002) e a ausência de atividade física (OR = 1,67; 95% IC = 1,00-2,82; p =0,055). A família funcional pode representar apoio efetivo para idosos com sintomas depressivos, pois oferece um ambiente de conforto que assegura o bem-estar de seus membros. Já a família disfuncional dificilmente consegue prover a atenção necessária ao idoso, o que pode agravar os sintomas depressivos. Ressalta-se a importância da utilização do instrumento Apgar de Família pelos profissionais da ESF com o intuito de avaliar as relações familiares na assistência ao idoso / Depressive symptoms in old age are a disorder that interferes with quality of life, social relationships and the ability to self-care. Family social vulnerability can influence health disorders, since poverty conditions make impossible to meet the basic needs of its members. The family dysfunction also causes its members detachment, interfering in the relationship between the elderly and the relatives. This study aimed to evaluate the association between the presence of depressive symptoms in the elderly, the social vulnerability of the family and family functioning. Analytical, observational, case-control, conducted in 33 units of the Family Health Strategy (FHS) in Dourados, MS. The sample consisted of 374 elderly of both sexes, aged 60 years or more, who showed depressive symptoms measured by the Geriatric Depression Scale, 187 cases and 187 controls. The interviews were conducted from November 2012 to March 2013, and the following instruments were used: form for sociodemographics, Geriatric Depression Scale 15 items, Family Apgar and Family Development Index. It was found that most seniors were female with a mean age of 71.8 years. The prevalence of depressive symptoms was 41.5 % and most of the older people with depressive symptoms lived without a partner. Regarding social vulnerability, 50.0% of families find themselves in vulnerable situations considered serious. The most affected dimensions were access to knowledge and labor. There was no significant association between depressive symptoms and social vulnerability. Regarding the family functionality, 23.8% of households had moderate and high dysfunction. It was found an association between depressive symptoms and family dysfunction moderate and high (OR = 5.36, 95% CI = 3.03 to 9.50, p = < 0.001). The female sex was also associated with the presence of depressive symptoms (OR = 1.87, 95 % CI = 1.15 to 3.04, p = 0.012), as well as the presence of four or more persons residing in the same household (OR = 2.26, 95% CI = 1.34 to 3.82, p = 0.002) and lack of physical activity (OR = 1.67, 95% CI = 1.00 to 2.82, p = 0.055). A functional family may represent effective support for older people with depressive symptoms, as it offers an environment of comfort that ensures the wellbeing of its members. A dysfunctional family can hardly provide the necessary care for the elderly, which can exacerbate depressive symptoms. The importance of using Family Apgar by FHS professionals is stressed in order to assess family relationships in the elderly care
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O impacto dos vínculos parentais nos relacionamentos interpessoais no ambiente de trabalho

Araujo, Gabriela Marques de Giusti 19 December 2014 (has links)
Submitted by Cristiane Chim (cristiane.chim@ucpel.edu.br) on 2016-07-14T17:52:12Z No. of bitstreams: 1 Gabriela Giusti.pdf: 314041 bytes, checksum: 70c33d4812547477e3cecfe6c40696ad (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-14T17:52:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Gabriela Giusti.pdf: 314041 bytes, checksum: 70c33d4812547477e3cecfe6c40696ad (MD5) Previous issue date: 2014-12-19 / The aim of this study was to verify the association between parental bonds perceptions and satisfaction with leadership and with colleagues in the workplace through a cross-sectional study with the staff of the Hospital Santa Casa de Misericordia de Pelotas. To evaluate the relationship with the leadership and colleagues, we used to Siqueira Work Satisfaction Scale, and the perception of parental bonds was assessed by Parental Bonding Instrument. The instruments were self-applied and the data was collected between April and June 2014, a sample of 844 professionals. No relationship was found between having received more affection or control in childhood and satisfaction with leadership, however, it was found that employees who have had a good relationship with father and mother were 2.1 (CI: 95% 1.2; 3, 9) times more satisfied with their bosses compared with those who had a better relationship with their father only. Regarding satisfaction with colleagues, remained associated better parental relationship (p = 0.046), having received parental care (p = 0.025) and missed parental control (p = 0.05). The results of this study suggest that the way we relate in childhood carry throughout our life, repeating internalized models, including in the workplace. / O objetivo deste trabalho foi avaliar os funcionários do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Pelotas, buscando verificar se há associação entre percepções de vínculos parentais e satisfação com a chefia e com os colegas no ambiente de trabalho através de um estudo transversal. Para avaliar o relacionamento com a chefia e com os colegas, foi utilizado a Escala de Satisfação de Trabalho de Siqueira, e a percepção dos vínculos parentais foi avaliada através do questionário Parental Bonding Instrument. Os questionários foram auto aplicados e a coleta de dados ocorreu no período entre abril e junho de 2014, numa amostra de 844 profissionais. Não foi encontrada relação entre ter recebido mais afeto ou controle na infância e satisfação com a chefia, porém, foi verificado que os funcionários que tiveram uma boa relação com pai e mãe estavam 2,1 (IC:95% 1,2; 3,9) vezes mais satisfeitos com seus chefes comparados com aqueles que tiveram melhor relação somente com o pai. Em relação à satisfação com os colegas de trabalho, permaneceram associadas as variáveis com quem teve melhor relação parental (p= 0,046), ter recebido cuidado paterno (p= 0,025) e não ter percebido controle paterno (p=0,05). Os resultados deste estudo sugerem que a forma como nos relacionamos na infância carregamos ao longo da nossa vida, repetindo modelos internalizados, inclusive no ambiente de trabalho.
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Família Contemporânea: complexidades e desafios atuais

Brito, Luciana Novais de Oliveira 13 April 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-07-27T14:22:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Luciana Novais de Oliveira Brito.pdf: 427361 bytes, checksum: b0f6f71068ab524ce992bfa21e4fbc9f (MD5) Previous issue date: 2011-04-13 / The present study sought to understand the place that parents take in the process of raising children, as well as their perception about this process. One of the features that are observed contemporarily are the diversity and the complexity of the interpersonal relationships. In this sense, we live in a moment of doubt on what concerns being in the world, where social and family roles are less defined. Thus, it is necessary to understand how the family has adapted itself to these changes and how the conflicts that underlie these relationships have been characterized. As a consequence, it is understood that the relationship between parents and children is to mediate the development of the subjectivity of the individual. This is a qualitative research and makes use of psychoanalysis as a theoretical background necessary for understanding the subjectivity of the subjects studied. Two low middle class families of Goiânia participated in this survey and both had teenage children studying at the same school. The interview was conducted with each member separately, in a total of six subjects. From the core of the meaning of the subjects, we tried to capture the meaning of the word family to each one as well as a sense of being a father and a mother. It was observed that both families made an idealized representation of themselves, showing a contradiction between the ideal and the real family. In addition to these data, other categories that were created from the speech of the participants were: the difficulty of parents to raise their children, to impose limits, the relation of symmetry, and the absence of references in the process of education, among others. In conclusion, it was found that today parents have no clear references when it comes to raise their children, and the data also showed the difficulties of establishing the authority over their children. The children, in turn, exposed their resentment at the absence of their parents when they are at work. / O presente trabalho buscou compreender o lugar que os pais têm ocupado no processo de criação/educação dos filhos, bem como a percepção dos mesmos sobre esse processo. Uma das características que se observa na contemporaneidade são a diversidade e complexidade das relações interpessoais. Nesse sentido, vivemos em um momento de dúvidas quanto ao ser e estar no mundo, onde os papéis sociais e familiares estão cada vez menos definidos. Assim, se faz necessário entender como a família vem se adaptando a essas transformações e como tem se configurado os conflitos que permeiam essas relações. Deste modo, entende-se que a relação entre pais e filhos é mediação para o desenvolvimento da subjetividade do individuo. A presente pesquisa enquadra-se no tipo qualitativo e utilizouse a psicanálise como aporte teórico necessário para a compreensão da subjetividade dos sujeitos pesquisados. Os participantes da pesquisa foram duas famílias de Goiânia, ambas de classe média baixa e com filhos adolescentes da mesma escola, a entrevista foi realizada com cada membro separadamente, totalizando seis sujeitos. A partir dos núcleos de significação dos sujeitos, apreenderam-se o significado de familia para cada um bem como o sentido de ser pai e mãe. Verificou-se que ambas as famílias fizeram uma representação idealizada da mesma, demonstrando uma contradição entre a familia ideal e a família real. Além desses dados, outras categorias que foram criadas a partir do discurso dos participantes foram: a dificuldade dos pais de educar, de impor limites, as relações de simetria, a ausência de referências no processo de educar, entre outros. Como conclusão, verificou-se que os pais hoje se encontram sem referências claras na hora de educar e revelam as dificuldades de demonstrar a autoridade que lhe cabem apresentar junto a seus filhos. Os filhos por sua vez, expuseram o ressentimento pela ausência dos pais no período em que estão no trabalho.
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Avaliação da estrutura familiar com crianças e adolescentes portadores de transtorno bipolar / Study on the family structure of BD children and adolescents

Nader, Edmir Cavalcanti Gurgel Pini 02 August 2012 (has links)
Em estudos conduzidos nos EUA, o ambiente familiar de crianças com Transtorno do Humor Bipolar (THB) apresentou-se desorganizado, com alta emoção expressa (EE), baixo acolhimento materno, com baixa coesão entre os membros familiares, altos níveis de conflitos, em parentes de crianças e adolescentes com THB comparadas a famílias com crianças e adolescentes sem transtornos psiquiátricos. Propomos avaliar simultaneamente características da comunicação, das relações entre membros e estrutura familiar de crianças e adolescentes com THB em comparação a famílias de crianças e adolescentes sem transtornos psiquiátricos para encontrar qual a variável que melhor diferencia os dois grupos. Foram utilizadas três escalas para esta finalidade: Inventário de Adjetivos de Emoção Expressa (Adjective Checklist) Escala Psicossocial em Idade Escolar Revisada (Psychosocial Schedule for School Age Children-Revised) e a Escala de Ambiente Familiar (Family Environment Scale FES). Hipóteses: Famílias de crianças e adolescentes com THB comparadas às famílias de crianças e adolescentes sem transtornos psiquiátricos apresentariam: alto nível de emoção expressa negativa nos familiares de pacientes com THB, de acordo com o Inventário de Adjetivos de Emoção Expressa, menor acolhimento materno segundo a Escala Psicossocial em Idade Escolar Revisada, menor nível de coesão e maior nível de conflito de acordo com a FES. Coesão seria a variável que melhor diferenciaria os dois grupos. Métodos: Trinta e três (33) famílias foram selecionadas ao preencherem os critérios de inclusão: a) presença de um filho (a) com mais de 6 anos de idade e menos de 18 anos que apresentasse diagnóstico de THB, segundo critérios do DSM-IV. b) Vinte e nove (29) famílias-controle com crianças, adolescentes e parentes de primeiro grau sem transtornos psiquiátricos. Todas as crianças e adolescentes participantes foram excluídas se QI<70. Resultados: Famílias com crianças e adolescentes com THB, quando comparadas às famílias de crianças e adolescentes sem transtornos, apresentaram maiores níveis de EE negativa no comportamento do filho (a) em relação à mãe/pai (F = 98,27, p < 0,001) e no comportamento da mãe/pai em relação ao filho (a) (F = 31,72, p < 0,001), menores níveis de EE positiva no comportamento do filho (a) em relação à mãe/pai (F = 51,57, p < 0,001) e no comportamento da mãe/pai com relação ao filho (a) (F = 18,38, p < 0,001) segundo o Inventário de Adjetivos de Emoção Expressa. Famílias com crianças e adolescentes com THB apresentaram, comparadas às famílias de crianças e adolescentes sem transtornos psiquiátricos, maiores níveis para tensão materna (p < 0,001) e paterna (Wald = 8,551, p = 0,003) e família não intacta (Wald = 6,999, p = 0,008), segundo a Escala Psicossocial em Idade Escolar Revisada; menores níveis de coesão (F = 10,99, p = 0,002) e organização (F = 9,37, p = 0,003) e maiores níveis de conflito (F = 14,66, p < 0,001) e controle (F = 13,02, p = 0,001), segundo a FES. Na Análise Discriminante, EE negativa do comportamento do filho em relação à mãe (0,798), veio em primeiro lugar, depois, EE positiva do comportamento do filho em relação a mãe (-0,599), em terceiro EE negativa do comportamento da mãe em relação ao filho (0,449), em quarto lugar tensão materna da Escala Psicossocial para Crianças em Idade Escolar Revisada (0,381) e em quinto lugar EE positiva do comportamento da mãe em relação ao filho (-0,362). Também realizamos uma Curva ROC para encontrar pontos de corte nas escalas classificando as famílias como controle ou THB, segundo os níveis de sensibilidade e especificidade. Encontramos os seguintes resultados: em primeiro lugar, temos EE negativa do comportamento do filho em relação à mãe (0,956), depois EE positiva do comportamento do filho em relação à mãe (0,914), em seguida, EE negativa do comportamento da mãe em relação ao filho (0,869), em quarto lugar, EE positiva do comportamento da mãe em relação ao filho (0,813) e em quinto lugar conflito da FES (0,792). Alto nível de EE foi a característica da família que melhor discriminou a estrutura familiar das crianças/ adolescentes com THB das famílias dos controles. As estruturas familiares de crianças e adolescentes com THB apresentaram padrões alterados relacionadas com comunicação, tensão e acolhimento materno/paterno, coesão e conflitos. De acordo com nossos resultados de maior nível de EE nas famílias de crianças e adolescentes com THB, a psicoterapia familiar deve incluir estratégias para melhorar a comunicação / Studies conducted in the USA have demonstrated that family environments of children with Bipolar Disorder (BD) were disorganized, presenting higher Expressed Emotion (EE), lower maternal warmth, lower cohesion among family members and higher level of conflict compared to families of children and adolescents who had no psychiatric disorder. We proposed to evaluate simultaneously the communication, relationship among members and family structure of BD children and adolescents in comparison with families of children and adolescents who have no psychiatric disorder in order to find the variable that would better differentiate the two groups. Three combined scales were used for this purpose: the Inventory of Expressed Emotion Adjectives - the Adjective Checklist, Psychosocial Schedule for School Age Children-Revised PSS-R, and the Family Environment Scale FES. Hypotheses: Families of bipolar disorder children and adolescents compared to families of children and adolescents with no psychiatric disorder would present: higher levels of negative expressed emotion in BD patients relatives, according to the Adjectives Checklist; lower maternal warmth according to the Psychosocial Schedule for School Age Children-Revised, and lower level of cohesion and higher level of conflict according to the FES. Cohesion would be the variable which better differentiates the two groups. Methods: Thirty three (33) families were selected as they met the inclusion criteria: a) presence of a child who was between 6 and 18 years old, and had a DSM-IV BD diagnosis. Twenty nine (29) control families composed of children, adolescents and direct relatives with no psychiatric disorder were also included. Children and adolescents who had a QI<70 were excluded. Results: Families of BD children and adolescents, compared to families of children and adolescents with no psychiatric disorder, presented higher negative EE levels regarding the childs behavior towards parents (F = 98.27, p < 0.001) and the behavior of parents towards their child (F = 31.72, p < 0.001), and lower levels of positive EE regarding the childs behavior towards his/her parents (F = 51.57, p < 0.001) and parents behavior towards their child (F = 18.38, p < 0.001), according to the Adjective Checklist; and higher levels of maternal (p < 0.001) and paternal (Wald = 8.551, p = 0.003) tension and a non intact family (Wald = 6.999, p = 0.008), according to the Psychosocial Schedule for School Age Children-Revised; lower levels of cohesion (F = 10.99, p = 0.002) and organization (F = 9.37, p = 0.003) and higher levels of conflict (F = 14.66, p < 0.001) and control (F = 13.02, p = 0.001), according to the FES. In the Discriminant Analysis, childs negative EE behavior towards his/her mother (0.798) came first, secondly came the childs positive EE behavior towards his/her mother (-0.599), third, the mothers negative EE behavior towards her child (0.449), fourth, maternal tension according PSS-R (0.381) and, fifth, the mothers positive EE behavior towards her child (-0.362). We also carried out a ROC Curve to identify scale cut-off values, classifying the families as controls or bipolar (BDs), considering the levels of sensitivity and specificity, and we achieved the following results: firstly, we found negative EE behavior of the child towards his/her mother (0.956), then positive EE behavior of the child towards his/her mother (0.914), third, negative EE behavior of the mother towards her child (0.869), fourth, positive behavior of the mother towards her child (0.813) and, at last, conflict measured by FES (0.792). Higher levels of EE were the family characteristic that better discriminate family structures of BD children/adolescents and control families. Family structures of BD children and adolescents present abnormal patterns related to communication, parents´ tension and warmth, cohesion and conflicts. According to our results of higher EE in families of BD children and adolescents, family psychotherapy should include strategies to improve communication
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A pertença estendida de adultos na família de origem / The adults who remain with their original´s family

Munhoz, Renata do Nascimento Vieira 16 February 2012 (has links)
A pertença estendida de adultos na família de origem é um fenômeno multideterminado, que envolve fatores econômicos, culturais, familiares e psíquicos, gerando insatisfação e sofrimento em adultos que estão nessa situação. O objetivo desta dissertação é a compreensão de motivos, intenções e sentidos que determinam essa pertença estendida. Para isso, utilizamos o referencial teórico psicanalítico, tanto para nos ajudar no método que fundamenta esta pesquisa quanto na discussão das informações obtidas no estudo de campo. Entender como percebem, vivem e quais sentidos esses adultos atribuem para a convivência familiar, além de identificar suas perspectivas para o futuro, como percebem a si mesmos e a sua família, foram os interesses que construíram este objeto de estudo. Pesquisamos esse fenômeno através de sete entrevistas semiestruturadas com adultos da classe média da cidade de São Paulo, entre 26 e 37 anos, cinco do sexo feminino e dois do sexo masculino, que estavam morando com suas famílias de origem em 2010. Da análise das entrevistas, alguns temas emergiram: família: cultura, tradição, história e estrutura; ser adulto; expectativas para o futuro; trabalho e remuneração: vida profissional; e relações fora da família. Constatamos nas dinâmicas familiares de alguns dos entrevistados uma relação do tipo simbiótico com a figura materna, como também uma situação financeira precária para possibilitar a saída da casa da família. A perspectiva de futuro, para alguns, inclui a saída da casa da família mediante novo rumo profissional ou casamento e, para outros, não há sentido em deixar a casa dos pais; há alguns benefícios por estar na casa dos pais, mas há, em todos os entrevistados, desconforto e um sentimento de fracasso, por não corresponderem às expectativas familiares e pessoais / The adults who remain with their original families are a multifactorial phenomenon, involving economic, cultural, familial and psychological factors, which generates discontentment and suffering for those who find themselves in this situation. The objective of this dissertation is the understanding of the motives, intentions and rationales that determine the prolonged stay of adults within their original families. In order to accomplish this, we used psychoanalytical theory both to aid our research design and to inform our analysis of the data collected through our fieldwork. Our interests in understanding how such adults perceive, attribute meaning to and live their everyday lives alongside their original families, and in identifying their perspectives on the future, themselves and their families have built the objectives of this study. We studied this phenomenon via semi-structured interviews with seven middle class adults from the city of São Paulo, aged between 26 and 37 years old, five women and two men, who lived with their original families in 2010. Some themes have emerged from the analysis of the interviews: family: culture, tradition, history and structure; being an adult; expectations about the future; work and salary: professional life; and relationships outside of the family. We ascertained in the family dynamic of some of our interviewees a symbiotic relationship with the mother figure, and also a precarious financial situation that hindered leaving the family home. The perspective of the future, to some, include leaving the family home in the case of a new professional/career path or marriage and, to others, it makes no sense to leave the parental home; there are some benefits in staying in the parental home, but in all interviewees there are a discomfort and a sense of failure, for not meeting familial and personal expectations
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Sentidos construídos acerca do relacionamento de filhos com mães diagnosticadas com um transtorno mental: entre recursos e déficits / Meanings made about relationship of children and mothers diagnosed with a mental illness: in between resources and deficits.

Palacio, Marilia Belfiore 29 August 2014 (has links)
O cuidado em saúde mental no Brasil tem passado por muitas transformações, sobretudo a partir dos movimentos que deram início à reforma psiquiátrica brasileira. Entre estas transformações, destaca-se a crescente valorização dada pelas políticas e práticas de saúde à necessidade de maior participação da família no tratamento do doente mental. No entanto, paradoxalmente, acerca da relação mãe-filho, a compreensão de que a convivência com a mãe diagnosticada com doença mental pode ser prejudicial para a vida dos filhos tem tido maior destaque na literatura da área. Este estudo qualitativo teve como objetivo compreender o complexo campo da produção de sentidos sobre relacionamento entre filhos e mães diagnosticadas com um transtorno mental, considerando tanto o discurso científico sobre o tema, como a negociação de sentidos nas práticas discursivas, no cotidiano. De maneira mais específica, buscou-se investigar como filhos de mães diagnosticadas com um transtorno mental significam seu relacionamento e convivência familiar. Foram realizadas oito entrevistas individuais, semi-estruturadas, com filhos(as) maiores de 18 anos de mulheres que fazem tratamento em um serviço de saúde mental em um município de médio porte do interior do estado de São Paulo, diagnosticadas com um transtorno mental, e que já passaram por uma internação psiquiátrica. As entrevistas foram gravadas em áudio e transcritas literalmente e na íntegra. Além disso, durante todo o processo de inserção no campo, foram feitas notas de campo com as descrições e impressões da pesquisadora. Dessa forma, o corpus da pesquisa foi constituído por esses registros e pelas transcrições das entrevistas. A pesquisa foi elaborada com base nas contribuições do movimento construcionista social em Psicologia, sobretudo considerando a pesquisa como processo dialógico, em que a participação do pesquisador e sua reflexividade perante o campo e o corpus é ressaltada na construção da pesquisa. Assim, a partir desse envolvimento e da produção de sentidos conjunta, discutimos aspectos importantes que nortearam a realização da pesquisa e damos visibilidade para reflexões principais do processo. Além disso, também analisamos a produção de sentidos nas entrevistas em dois eixos de discussão: Sentidos de Doença Mental como Déficit e Sentidos de Recurso da convivência. No primeiro eixo, destacamos momentos em que o Discurso do Déficit atravessou as conversas sobre o relacionamento familiar, isto é, momentos em que a doença mental é compreendida como dificuldade ou falha contida no indivíduo (no caso, na mãe-doente mental). No segundo eixo, destacamos os momentos de convivência nos quais houve a possibilidade de ampliar os sentidos sobre a doença mental, dando visibilidade aos recursos construídos na relação mãe-filho. A discussão aponta para a convivência de ambos nas práticas discursivas. Concluímos que apesar da forte influência do Discurso do Déficit no relacionamento familiar com o doente mental, outras narrativas sobre essa convivência são possíveis, evidenciando os recursos que podem ser produzidos conjuntamente nessa relação. Espera-se que esse trabalho possa contribuir com a construção de práticas no campo da saúde mental, ampliando a reflexão sobre a construção do cuidado, especialmente visando uma maior valorização, apoio e fortalecimento das famílias. / In Brazil, the mental health care has undergone many changes, especially as result of social movements, which started the Brazilian Psychiatric Reform. Among these changes, stand out the increasing importance given the health policies and practices to the need for a greater family involvement in the treatment of the mentally ill. However, paradoxically about the mother-children relation, the understanding that to live together with a mother diagnosed with mentally illness can be harmful to the lives of children has been highlighted. This qualitative study aimed understand the complex field of meanings made on relationship between children and mothers diagnosed with a mental illness, considering both the scientific discourse on the theme, such as the negotiation of meanings in the discursive practices, in everyday life. More specifically, we aimed to investigate how children of mothers diagnosed with a mental illness mean your relationship and family living. For this research, eight individuals and semi- structured interviews were done. The participants were adults (with age 18 or more), who their mothers, diagnosed with a mentally illness, are in treatment in a mental health service. In addition, all of mothers have already had psychiatric hospitalization. The interviews were recorded and they were transcribed literally and in full. Moreover, during all process inside the field, field notes with the researcher descriptions and impressions were written. In this way, the field notes and the interviews transcriptions formed the research corpus. The research was draft based on social constructionist movement in Psychology, especially considering the research as a dialogical process. In this process the participation of researcher and her reflexivity about the field and the corpus had emphasis during all research construction. Thus, with the involvement and joint meaning make, important aspects that guided the research and give visibility to reflections leading the process are discussed. Furthermore, we also divided the meanings constructed in the interviews in two pillars: Meanings of Mental Illness as Deficit and Meanings of Resource. In the first one, the centerpiece was when the DD appeared in the conversations about familiar relationship, in the other words, moments when the illness is understood as a difficulty or a fail inside the person (in the case, the mother with mental illness). In the second one, the focus is in moments of living together, in which there was a possibility to amplify the meanings about mental illness, and in this way, giving visibility to resources constructed in the mother-children relationship. Despite the strong influence of DD in the family relationship with the mentally ill, other narratives about this relation was possible, highlighting the resources produced jointly with adult children of the mother in psychiatric treatment, seeking to strengthen the Family as a care unit. It is expected that this study can contribute to the mental health field, amplifying the reflection about the construction of care in this field, especially towards greater appreciation, support and strengthening of families.
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Responsabilidade civil dos pais pelo abandono afetivo dos filhos menores / Parents liability for young children affective abandonment

Prado, Camila Affonso 07 May 2012 (has links)
O estudo sobre o tema proposto no presente trabalho somente se tornou possível a partir da mudança paradigmática introduzida pela Constituição Federal de 1988. Ao consagrar a dignidade da pessoa humana como fundamento do Estado Democrático de Direito, a Constituição Federal colocou a proteção do ser humano como valor central do ordenamento jurídico, estabelecendo princípios norteadores do direito de família, tais como o da solidariedade, da igualdade, do pluralismo das entidades familiares e do melhor interesse da criança e do adolescente. É nesse contexto que surge o princípio da afetividade, sobre o qual as relações familiares, em especial a de parentalidade, devem estar baseadas. Trata-se, contudo, de princípio cujo conteúdo é de difícil delimitação. Isso porque sua expressão é o afeto, usualmente entendido como sinônimo de amor, o que o desvincularia de qualquer dever jurídico. Ocorre que o princípio da afetividade não se relaciona à ideia de sentimento, mas à dedicação que os pais devem ter com a criação e a formação dos filhos menores, o que se dá por meio de comportamentos pró-afetivos. Refere-se, assim, ao cumprimento dos deveres de ordem imaterial do poder familiar, quais sejam o de criação, educação, companhia e guarda, que efetivamente colocam os filhos sob a proteção e o amparo dos pais. O descumprimento voluntário e injustificado desses deveres caracteriza o abandono afetivo. Porém, se o vínculo afetivo é rompido em decorrência da conduta do genitor guardião, que impede a convivência familiar, não há abandono afetivo, eis que descaracterizado pela prática de alienação parental. Configurado o abandono, questiona-se a possibilidade de se aplicar o instituto da responsabilidade civil à relação de parentalidade. Na hipótese dos pais que abandonam afetivamente os filhos menores é plenamente possível que todos os elementos da responsabilidade civil subjetiva conduta contrária à ordem jurídica, culpa, dano e nexo causal se façam presentes, surgindo, por conseguinte, o dever de indenizar os danos morais e materiais causados. / The study about the theme proposed in this work only became possible due to the paradigmatic change introduced by the Federal Constitution of 1988. By approving the human dignity as a Democratic Rule of Law foundation, the Federal Constitution set the human being protection as the central value of the legal system, establishing principles of family law, such as solidarity, equality, pluralism of family forms and best interest of child. It is in this context that arises the principle of affectivity, on which family relationships, especially the parental one, must be based. It is, however, a principle whose content is difficult to delimit. That is because its expression is the affection, generally understood as synonym of love, what would detach it from any legal obligation. Yet, the principle of affectivity is not related to the idea of feeling, but to the dedication that parents must have with the raising and development of their young children, which occurs by pro-affective behaviors. It refers, therefore, to the fulfillment of the immaterial duties of the parental authority, namely raising, education, company and custody, which effectively put children under protection and support of parents. The voluntary and unjustified breach of these duties characterize the affective abandonment. Nevertheless, if the affective bond is broken due to the guardian behavior that forbids family relationship, there is no affective abandonment as it results from the parental alienation. Characterized the abandonment, it is questioned the possibility of applying the liabilitys institute to the parental relationship. In the case of affective abandonment it is entirely possible that all liabilitys elements breach of duty, fault, damage and factual causation be present, resulting, as a consequence, in the duty to indemnify the moral and material damages caused.
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Experiência paterna em diferentes configurações familiares e o desenvolvimento do self infantil / Paternal experience in different family configurations and the development of the child\"s self

Scaglia, Andressa Pin 10 December 2012 (has links)
A família ocupa um lugar de grande importância no desenvolvimento físico, emocional e é fundamental na compreensão dos distúrbios psicológicos dos filhos. Apesar do grande destaque dado ao papel materno, o pai também possui significativa influência no desenvolvimento de seus filhos. Porém, diante das alterações rápidas e constantes da sociedade contemporânea, observa-se uma diversificação do comportamento paterno, assinalando um processo de redefinição/indefinição de seu papel. Nesse sentido, o objetivo da presente pesquisa foi de compreender o modo como pais inseridos em diferentes configurações familiares experimentam a função paterna, associando suas vivências ao desenvolvimento do Self de suas filhas. Participaram da pesquisa oito díades pais-filhas, advindas de diferentes arranjos familiares. As crianças são do sexo feminino, primogênitas, com idade entre quatro e sete anos. Tanto no encontro com o pai quanto no da menina, foi realizada uma entrevista semiestruturada mediada por 5 cartões do Teste de Apercepção Temática Infantil - CAT-A (1, 2, 3, 4, 8) empregado de forma compreensiva, com foco na experiência humana intersubjetiva. A estratégia metodológica para trabalhar com o acontecer clínico foi a das \"Narrativas Psicanalíticas\". Efetuou-se, uma interpretação do material obtido no contato com o pai, outra do contato com a criança e, por fim, uma síntese da díade, no intuito de relacionar a experiência paterna e o desenvolvimento do Self da menina, de acordo com o referencial psicanalítico winnicottiano. Posteriormente, foi realizada uma síntese comparativa preliminar dos resultados dos pais procedentes das diferentes configurações familiares, visando averiguar suas similaridades e peculiaridades; também uma síntese dos resultados das filhas. A emergência das contribuições indicou que mesmo diante de diferentes arranjos, algumas questões os perpassam. Circunscritos pela pluralidade da função paterna presente na contemporaneidade, bem como a coexistência de práticas novas e antigas; os pais, com exceção dos provenientes de arranjos monoparentais paternos, demonstraram que possuem pouca clareza quanto aos limites e possibilidades do exercício de suas funções. Assim, distanciam-se da apropriação das dificuldades que emergem na relação com suas filhas, ao contrário, atribuem-nas a influências externas, como, características da mãe biológica, o excesso de afazeres, a convivência com a família extensa. Desta maneira, parece haver dificuldade na percepção e suprimento das reais necessidades das filhas e estabelecimento de um contato autêntico. Os pais demonstraram pouca facilidade para proporcionar um ambiente suficientemente bom para suas filhas, principalmente no que se refere ao oferecimento de holding, dificultando a continuidade do self das meninas. As questões apontadas pelas filhas vão ao encontro do que foi exposto por seus pais. A maioria das crianças demonstrou que estão inseridas em um ambiente pouco acolhedor, possuem relação distanciada com seus pais e não se sentem percebidas de maneira real. Nesse sentido, destaca-se a importância não do arranjo familiar ao qual a díade pertence, mas sim, da posição que a criança e o pai ocupam na família. / The family occupies a place of great importance in physical, emotional development and is crucial in understanding the psychological disorders of children. Despite the great prominence given to the role of the mother, the father also has a great influence on the development of their children. However, given the rapid and constant changes of modern society, it is observed a diversification of the paternal behavior, indicating a redefinition/indefinition process of their role. In this way, this research\'s goal was to understand how fathers inserted in different family configurations experience the paternal function, linking their life experiences to the development of their daughters\' Self. The research participants were eight parent-child dyads, resulting from different family arrangements. The children are female, first-born and aged between four and seven years. It was conducted one meeting with the father and another with the child, made as a semistructured interview using five cards of the Thematic Apperception\'s Child Test - CAT-A (1, 2, 3, 4, 8) used comprehensively, focusing on the intersubjective human experience. The methodological strategy used to work with the clinical case was the \"Psychoanalytic Narratives\" and the analysis made according to Winnicott\'s psychoanalytic theory. The rise of the contributions indicated that even changing the arrangements, some issues are the same. Circumscribed by the plurality of the paternal function present in the contemporaneity as well as the coexistence of old and new practices; the fathers, with the exception of those from single-parent father arrangements, have demonstrated not having clarity about the limits and possibilities of the exercise of their functions. Thus, they take little ownership of the difficulties that they have on the relation with their daughters; instead, they attribute them to external influences, such as characteristics of the biological mother, excessive duties, coexistence with large family. In this manner, there seems to be difficulty in perception and supplying the real needs of the daughters and establishing an authentic contact. The fathers demonstrated difficulty in providing an environment good enough for their daughters, especially with regard to the offer of holding, hampering the continuity of the girls\' self. The issues raised by the daughters go back to what was exposed by their fathers. Most collaborator children demonstrated to be inserted in an unwelcoming environment, have a distant relationship with their fathers and do not feel perceived in a real manner. In this sense, stands out the importance not of the family arrangement that the dyad belongs, but the position that the child and the father occupy in the family.
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Família, comunidade e medidas socioeducativas: os espaços psíquicos compartilhados e a transformação da violência / Family, community and educational measures: the shared psychic spaces and the transformation of violence

Yokomiso, Celso Takashi 28 June 2013 (has links)
A pesquisa pretende investigar os impactos das dimensões familiares, comunitárias e institucionais em que os adolescentes infratores estão inseridos, na promoção e manutenção da violência. Foram organizadas informações referentes a 121 adolescentes que cumpriram internação, levando-se em conta configurações familiares, escolarização, trabalho, uso de drogas, sanções disciplinares, recebimento de visitas, entre outros; e realizadas entrevistas grupais e abertas com adolescentes inseridos em semiliberdade no município de São Paulo. O material foi analisado a partir da ótica da Psicologia Social e da Psicanálise, em seus espaços de fronteira, tendo primazia na discussão os conceitos de alianças inconscientes e funções intermediárias. Verifica-se que os adolescentes, predominantemente, afastaram-se das instituições escolares, são usuários de drogas, provém de famílias que se encontram em situação de fragilidade e convivem com a violência familiar e comunitária. Sustenta-se, sobretudo, que as intervenções pautadas na construção de vínculos e de espaços psíquicos compartilhados criativos entre famílias, adolescentes, comunidades e profissionais podem conceder ideais, oferecer continência aos elementos psíquicos desordenados, promover contorno identitário, e resgatar o sentido do pertencimento, tornando-se instrumentos essenciais para o trabalho socioeducativo, dentro de um tempo que alimenta a violência e a ruptura / The research aims to investigate the impacts of family, community and institutional dimensions in which young offenders are included, in the promotion and maintenance of violence. It were organized information from 121 adolescents who were in confinement, taking into account family structure, education, employment, drug use, disciplinary sanctions, receiving visits, among others; and conducted group interviews with adolescents inserted in semi-confinement in the municipality São Paulo. The material was analyzed from the perspective of social psychology and psychoanalysis, in its border areas, having primacy in discussing the concepts of unconscious alliances and intermediary functions. It appears that adolescents generally were moved away from schools, are drugs users, come from families who are in a situation of fragility and live with family and community violences. It argues in particular that the interventions based on building links and creative shared psychic spaces between families, teenagers, professionals and communities may grant ideals, provide continence to disordered psychic elements, promote contours identity, and rescue the sense of belonging, become essential tools for socioeducational working, within a time which feeds violence and rupture
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Entre o planejado e o imprevisível: processo decisório sobre o momento de ir para o hospital em busca de assistência ao parto / Between the planned and the unpredictable: decision process about the time to go to the hospital to search for childbirth care

Reis, Jéssica Gallante 17 December 2013 (has links)
Introdução: A assistência ao parto passou por diversas e intensas modificações ao longo do tempo. A mais evidente foi a mudança de seu local de realização, que passou do ambiente domiciliar para o hospitalar. Esta mudança implicou na necessidade da parturiente reconhecer o momento ideal de sair de casa e dirigir-se ao hospital em busca de assistência. Objetivos: Explorar quais fatores influenciam o processo decisório da gestante sobre o momento de sair de casa em busca de assistência ao parto e entender como são exercidas tais influências. Identificar quais pessoas interferem nesta decisão. Reconhecer quais são as demandas por suporte social e por assistência profissional das gestantes em relação ao referido processo decisório. Metodologia: Neste estudo foi utilizada abordagem qualitativa de pesquisa. Optou-se pela utilização de análise de narrativa como método de estudo. Os dados foram coletados junto a 30 puérperas internadas no setor de alojamento conjunto de um hospital público localizado na Cidade de São Paulo. Foi realizada análise temática das narrativas produzidas, agrupamento das unidades de significado de cada uma delas, identificação dos elementos temáticos comuns às mesmas, elaboração de categorias temáticas e validação das categorias com as participantes do estudo. Resultados: Foram elaboradas duas categorias descritivas para expressar a experiência coletiva: Recebendo orientações, suporte social e fazendo escolhas: o planejamento da ida para o hospital no momento do parto e Entre o planejado e o imprevisível: o processo decisório sobre o momento de ir para o hospital em busca de assistência ao parto. Considerações finais: O processo decisório das mulheres é fundamentado, sobretudo, na rede de suporte social e nas orientações recebidas de profissionais de saúde. Os profissionais atuantes no pré-natal devem desenvolver ações mediante consideração do contexto social das gestantes e integração da família no atendimento. Isto é fundamental para a qualidade da assistência / Introduction: The childbirth care has passed through several different and intense modifications over time, of which the most evident was the change of the place where it is performed, which has passed from the home context to the hospital. This change resulted in the need of the pregnant woman recognize the ideal moment to leave home and go to the hospital searching for childbirth care. Objectives: To explore what are the factors that influence decision process related to the moment to go to the hospital searching for the childbirth care and how these influences are exerted, identify people who interfere this decision and identify the demands for social support and professional support for pregnant women in relation to the decision process regarding to leave home to search for the childbirth care. Method: The theme was approached through qualitative research. The narrative analysis was the research method. Data were collected from 30 women in the rooming-in setting of a public hospital located in the City of São Paulo. The thematic analysis of the narratives was performed, meaning units of each narrative was grouped, thematic elements common to narratives were identified, and the elaborated categories were validated by the study participants. Findings: Two descriptive categories that express the collective experience were elaborated: \"Receiving guidance, social support and making choices: planning the going to the hospital at the moment of childbirth\" and \"Between the planned and the unpredictable: decision process about the time to go to the hospital searching for childbirth care\". Final Considerations: The decision-making process of women is reasoned especially in the social support network and also in the orientation received from health care providers. The professionals involved in prenatal care should develop actions considering the pregnant womens social context and the family members should be integrated in the provision of prenatal care. The adoption of these measures is essential for the improvement of the quality of care

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