Spelling suggestions: "subject:"saúde indígenas."" "subject:"aúde indígenas.""
81 |
Índice de massa corporal e valores de impedância bioelétrica de crianças e adolescentes indígenas Kaingang, Rio Grande do Sul, BrasilBarufaldi, Laura Augusta January 2009 (has links)
Fundamentos: São necessárias avaliações do estado nutricional de povos indígenas, como forma de mensurar influências ambientais e sociais sobre as condições de vida e saúde e fornecer subsídios para intervenções. Este estudo, de base escolar, objetivou descrever o estado nutricional de crianças e adolescentes Kaingang pela antropometria e pela impedância bioelétrica (IBE) e comparar as classificações geradas pelos dois métodos. Métodos: Estudaram-se 3207 indígenas (73,6% dos matriculados) das 35 escolas de 12 Terras Indígenas Kaingang do Rio Grande do Sul, Brasil. Foram mensurados peso e estatura conforme WHO (1995) e parâmetros de resistência (R) e reactância (Xc), em Ohm, mediante impedanciômetro RJL Systems Electrode Placement. O índice estatura/idade e o índice de massa corporal/idade foram calculados e classificados segundo WHO (2007). A composição corporal foi avaliada pela Análise Vetorial de Impedância Bioelétrica (BIVA) conforme Piccoli et al (1994). A comparação entre classificações da antropometria e BIVA foi realizada graficamente, com base nas elipses de tolerância do gráfico RXc. Foram considerados significantes valores de p<0,05. Resultados: A idade média da amostra foi de 10,8 anos (+2,9), sendo 56,8% adolescentes e 50,6% do sexo masculino. Encontraram-se prevalências de déficit estatural (E/I) de 15,5% e 19,9% e de excesso de peso pelo IMC/Idade de 5,7% e 6,7%, respectivamente para crianças e adolescentes. Para ambos os sexos e faixas etárias, a amostra apresentou desvio em direção ao quadrante inferior esquerdo do gráfico RXc, indicando maior proporção de gordura em relação ao tecido não gordo. Para as crianças do sexo masculino a proporção de indivíduos além da elipse de tolerância de 95% foi de 2,7% e a proporção de indivíduos com classificações discrepantes, relativas à antropometria, foi de 94,6%. As mesmas proporções alcançaram, respectivamente, 2,3% e 77,1% para os adolescentes do sexo masculino; 2,5% e 85,4% para as crianças do sexo feminino e 0,6% e 94,8% para as adolescentes do sexo feminino. Conclusão: Aponta-se a transição nutricional entre os Kaingang, caracterizada por prevalências importantes de déficit estatural e excesso de peso. As discrepâncias entre as classificações do IMC/idade e BIVA sinalizam a necessidade de estudos que procurem conciliar maior número de técnicas de avaliação nutricional, como a conciliação da antropometria com a IBE. / Background: Indigenous nutritional status evaluations are necessary, as a way to measure social and environmental influences on health and life conditions and to provide subsidies for interventions. This school-based study aimed to describe the nutritional status of Kaingang children and adolescents by anthropometry and bioelectrical impedance (BIA), and to compare classifications obtained by both methods. Methods: 3207 indigenous (73.6% of the enrolled) of the 35 schools in 12 Indigenous Lands Kaingang of Rio Grande do Sul, Brazil were studied. Weight and height were measured according to WHO (1995) and resistance parameters (R) and reactance (Xc), in Ohm, by impedanciometer RJL Systems Electrode Placement. Height/ age index and body mass/ age index were classified based on WHO (2007). Body composition was evaluated by Bioelectric Impedance Vector Analysis (BIVA) according to Piccoli et al (1994). Comparisons between anthropometry and BIVA classifications were done graphically, based on the tolerance ellipses of RXc graph. Significant p values <0.05. Results: The average age of the sample was 10.8 years (+2.9), 56.8% of adolescents and 50.6% of males. Prevalence of stunting (H/A) of 15.5% and 19.9% and overweight (BMI/ age) of 5.7% and 6.7% were found, respectively for children and adolescents. For both sexes and age groups deviation toward the lower left quadrant of RXC graph was shown, indicating a higher proportion of fat in relation to not fat tissues. For male children, proportion of subjects beyond the 95% tolerance ellipse was 2.7% and proportion of subjects with discrepant classifications, relative to anthropometry, was 94.6%. The same proportions achieved, respectively, 2.3% and 77.1% of male adolescents, 2.5% and 85.4% of female children, and 0.6% and 94.8% of female adolescents. Conclusions: The study points the nutritional transition among the Kaingang, characterized by important prevalence of stunting and overweight. Discrepancies between classifications of BMI/age and BIVA signal the necessity of studies that look for the conciliation of differents nutritional evaluation techniques, as anthropometry and BIA.
|
82 |
Representações sociais da saúde e políticas de saúde voltadas a populações indígenas : uma análise da relação entre o sistema de saúde guarani e a biomedicinaBertolani, Marlon Neves 25 September 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-12-23T14:36:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1
dissertacao marlon bertolani.pdf: 1217798 bytes, checksum: 8ad34118a49d79e31016c94a1d50fa35 (MD5)
Previous issue date: 2008-09-25 / O movimento indígena, a partir da década de 80 do século passado, inscreveu definitivamente na agenda nacional o direito a um atendimento específico, capaz de concatenar a melhoria na saúde com o respeito à diversidade cultural. Alicerçado na Teoria das Representações Sociais, este estudo tem por objetivo principal identificar e analisar as relações entre dois diferentes sistemas de saúde a biomedicina e o
sistema de saúde indígena , no contexto das ações direcionadas aos Guarani aldeados no município de Aracruz (ES). Busca compreender como as representações sociais que os indígenas e profissionais de saúde constroem acerca
de diversos aspectos dessa questão, relativos a si mesmos e aos outros , num cenário marcado por relações interétnicas, impactam ações desenvolvidas em tal área. A complexidade de implementação da referida proposição, aliada à intenção
de compreender as representações dos atores em suas conexões com a vida cotidiana, demandou uma abordagem envolvendo diferentes métodos de coleta e análise de dados, quais sejam: pesquisa documental, observação participante,
entrevistas na modalidade semi-estruturada e análise de conteúdo. Os resultados apontaram para a existência de relações de poder e disputas pela hegemonia entre os sujeitos ligados aos sistemas de saúde ora analisados. As representações da saúde e da biomedicina expressas pelos Guarani encontram-se em sintonia com as demandas do grupo no campo da saúde e orientam suas reivindicações, dentre as
quais assume destaque aquela pelo direito à diferença. Destarte, os especialistas e as lideranças indígenas mobilizam o capital simbólico de que dispõem em estratégias para preservar a hegemonia do sistema de saúde Guarani no interior do próprio grupo, galgando maior controle da agência ocidental, bem como mais espaço na relação com a biomedicina. Por sua vez, nas representações expressas
pelos profissionais de saúde, o sistema indígena de saúde aparece como subalterno e portador de eficácia mais simbólica do que propriamente empírica. Essa postura é
corroborada pelas ações da Fundação Nacional de Saúde, que ignoram as demandas do grupo. Ademais, as representações existentes entre os profissionais de saúde acerca da cultura do grupo e do comportamento dos indígenas em assuntos relacionados à saúde e/ou aos serviços a eles prestados revelaram a perpetuação de uma postura quinhentista, manifesta na sociedade envolvente e calcada na compreensão do indígena pelo paradigma da falta. Perde-se, assim, a possibilidade de compreendê-lo em sua positividade concreta, ou como o outro é, realmente. Constata-se, portanto, no tocante aos Guarani enfocados neste estudo,
que o reconhecimento da eficácia da medicina indígena e do direito desses povos à sua cultura, embora ratificado de um ponto de vista formal pelo Estado brasileiro, mantém-se, na prática, como parte de um enorme alfabeto de letras mortas . / The Brazilian indigenous movement, from the 1980s on, has definitively set in the national agenda the indigenous right to specific service, which should be able to join health improvement and the respect to cultural diversity. Based on the Theory of Social Representations, the main objective of this research is to identify and to analyze the relationships between two different healthcare systems biomedicne
and the Indigenous healthcare system , in the context of actions towards the Guarani indians living in settlements in the outskirts of Aracruz (Espírito Santo, Brazil). It tries to understand how much impact on the actions developed in this área was caused by the social representations that indigenous and health professionals have created regarding the various aspects of this issue, concerning themselves and
others , in a scenary marked by inter-ethnical relationships. Because of the complexity of implementing this proposition, which intends to understand actors representations in connection with daily life, an approach envolving a pool of different methodologies for collecting and analysing data has been required: document research, participant observation, semi-structured interview and content analysis. The results have shown the existence of power relationship and fight for hegemony between the subjects linked to the two healthcare systems hereby been analysed. The Guarani representations of health and biomedicine are in accordance with the
group s health demands and lead their claims, among which the right to difference is of great importance. Thus, the indigenous experts and leaders have mobilized their available symbolical capital in strategies that aim at preserving the Guarani healthcare system within their own group, gaining this way more control over Occidental agency, as well as more space regarding biomedicine. On the other hand,
in the representations expressed by health professionals, the indigenous healthcare system is shown as subordinated and as having a more symbolical than really empirical effectiveness. This attitude is reinforced by the actions put into effect by the Fundação Nacional de Saúde (Health National Foundation), which has ignored the indigenous demands. Besides that, the manner in which health professionals represent the indigenous culture and behavior regarding health and/or the provided services has revealed the perpetuation of an ancient position which is expressed by
the envolving society and based on the undestanding of the indigenous by the lack paradigm. This way, the possibilty of understanding them in their concrete positiveness or of perceiving how the other really is get lost. So, what can be said about the Guarani focused in this research is that the recognition of the indian medicine and of theese people s right to their culture, although ratified by the Brazilian State under a formal point of view, has in fact been kept as part of an
enormous alphabet of dead letters
|
83 |
A influência da ingestão de bebida alcoólica e transtornos mentais comuns não psicóticos na pressão arterial dos indígenas Mura / The influence of alcoholic beverages consumption and common mental disorder on arterial blood pressure of the Mura IndigenousAlaidistânia Aparecida Ferreira 20 February 2017 (has links)
Introdução: A hipertensão arterial é de causa multifatorial, envolvendo hábitos de vida e estilos de vida inadequados como o consumo excessivo de bebida alcoólica que propiciam a elevação dos níveis pressóricos. Além disso, os sintomas relacionados ao transtorno mental comum também podem se associar ao estado de saúde, provocando mais danos ao sujeito com hipertensão arterial. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo principal identificar associação entre a ocorrência de hipertensão arterial com o consumo de bebidas alcoólicas e a presença de transtorno mental comum em indígenas das aldeias Muras, residentes em região rural e urbana. Casuística e Métodos: Estudo transversal, de base populacional, com 455 indígenas Mura residentes no município de Autazes, Amazonas, Brasil. Foi aplicada a entrevista semi-estruturada com questões referentes aos dados socioeconômicos e educacionais, hábitos de vida, história clínica, histórico familiar, além dos questionários Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT) e Self-Reporting Questonnaire (SRQ-20), para avaliar o consumo de álcool e presença de transtorno mental, respectivamente. A pressão arterial foi medida com aparelho automático de braço validado. Foram realizadas três medidas e usada a média das duas últimas medidas. Realizaram-se ainda, medida do peso, altura, circunferência do pescoço, circunferência da cintura, avaliação de bioimpedância; glicemia, triglicérides e colesterol com medida capilar. Na análise bivariada, foi testada a associação entre hipertensos, separadamente, com os dois desfechos: consumo de bebidas alcoólicas e a presença de transtorno mental comum explorando especialmente, os aspectos relacionados à hipertensão arterial. Foi ajustada a regressão de Poisson com variância robusta, para ambos os desfechos, com modelagem em stepwise backward automatizado, tendo como critério de entrada, p<0,20 e de significância no modelo final, p0,05. Utilizou-se como estimativa, as razões de prevalência e respectivos intervalos de confiança de 95%. Resultados: A maioria dos participantes era do sexo feminino (57,8%), com 42,10 (16,74) anos, vivendo com companheiro (74,7%) e cerca de quatro filhos por família, baixo nível de escolaridade Analfabeto/Fundamental incompleto (41,1%) e renda até dois salários mínimos (85,0%). A prevalência de hipertensão arterial foi de 26,6%, tabagismo (20,4%) e ser sedentário/irregularmente ativo (52,8%). O consumo de bebida alcoólica foi de 40,2%, sendo 13,4% classificados como alto risco para dependência alcoólica, e maior na área rural em comparação à urbana (57,3% vs 22,2%) p<0,001. Destacam-se os seguintes aspectos do uso abusivo de álcool: sentimento de culpa/remorso (45,9%); amnésia repentina por não lembrar o ocorrido na noite em que bebeu (31,7%); além de machucar-se ou sentir-se prejudicado por causa da bebida (29,6%); preocupação por parte de parentes, amigos ou profissionais de saúde, que aconselharam o entrevistado a interromper o consumo (51,5%). Não houve associação entre a presença e consumo de bebida alcoólica (23% e 26%). Os indígenas com diagnóstico de hipertensão referida, faziam menos uso de bebida alcoólica (14,2%vs 85,8%, p=0,009), porém nas ocasiões em que bebiam, ingeriam maior quantidade, comparado com os que não referiram hipertensão [55,3(72,2) vs 33,3(62,2) gramas de Etanol p=0,008]. A prevalência de transtorno mental comum foi de 45,7%, com destaque para os seguintes itens: referência de dores de cabeça frequentes (69,5%), sentir-se nervoso, tenso ou preocupado (66,2%), ter se sentido triste ultimamente (56,0%), dormir mal (55,2%) e ter sensações desagradáveis no estômago (42,9%). Além disso, destaca-se que 7,3% referiram ideia de acabar com a própria vida e 4,2% sentiram-se incapazes de desempenhar papel útil. Após análise ajustada a razão de prevalência após análise ajustada (Razão de prevalência, IC-95%), verificou-se associação positiva entre ingestão de bebida alcoólica e sexo masculino (2,72, IC-2,12-3,48), tabagismo (1,29, IC-1,06-1,56) e morar na zona rural (2,09, IC-1,61-2,72). Porém, a ação foi protetora para idade (0,98, IC-0,98-0,99), consumo de alimentos in natura (0,97, IC-0,95-0,99), e ausência de dislipidemias (0,75, IC-0,62-0,9). Entre os que apresentaram transtorno mental comum, a hipertensão arterial identificada esteve presente em 30,3% e o consumo de álcool uma vez ao mês em 22,1%. Após a análise ajustada (Razão de prevalência, IC-95%) verificou-se associação positiva entre o transtorno mental comum e a zona de moradia urbana (1.25, IC-1,02-1,54), não sabia que tinham antecedentes para diabetes (1.56, IC-1,24-1,96) e a ingestão de bebida alcoólica (1.01, IC-1,00-1,02). Porém, foi ação protetora não ter antecedentes pessoais de cardiopatia (0.59, IC-0,48-0,73). Conclusão: Observou-se que a presença de hipertensão arterial, consumo de bebida alcoólica e de transtorno mental comum foram elevados nos indígenas da etnia Mura. Esses achados podem ser decorrentes da aproximação e convivência entre indígenas e não indígenas favorecendo mudanças culturais, especialmente de hábitos e estilos de vida, com aumento do risco de doenças crônicas não transmissíveis. / Background: The arterial hypertension has a multifactorial disorder, including unappropriated habits and lifestyle as the excessive consumption of alcoholic beverages that may increase the blood pressure. Additionally, the symptoms related to the common mental disorder may be also associated with the health status, producing even more damages to the hypertensive subjects. Thus, this study aimed to identify the association of arterial hypertension occurrence with alcoholic beverages consumption and presence of common mental disorder in Indigenous from Mura villages, who live in rural and urban zones. Casuistic and Methods: Its a cross-sectional investigation, with demographic base, conducted with 455 Mura Indigenous from Autazes, Amazon, Brazil. Through a semi-structured interview, we gathered data about sociodemographic and educational profile, lifestyle, clinical records, family antecedents. In this occasion, the Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT) and the Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) were applied to assess respectively the alcohol consumption and the presence of common mental disorder. The blood pressure was measured with an arm automatic device, validated for this goal, being three measures taken and, from the two last of them, a mean was obtained. Furthermore, we gathered weight, height, neck circumference, waist circumference, bioimpedance, glycemia, triglycerides and cholesterol, capillary measure for the last ones. In the bivariate analysis, we analyzed the association between hypertensive persons and the both outcomes- the alcohol consumption and the presence of common mental disorder, emphasizing the issues hypertension-related issues. The Poison regression, with robust variance, was adjusted for both outcomes, with a modelling in automatized stepwise backward, being p<0,20 the entrance criteria and p<0,05 the significance level for the final model. As estimative, we used the odds ratios and their respective confidence intervals of 95%. Results: Most were females (57,8%), with mean age of 42,2(16,74) years, living with a partner (74,7%), with about four children per family, poor educational level- Illiterate/Incomplete Basic (41,1%) and income of up two minimum wages (85,0%). 26,6% of the sample had hypertension, 20,4% were smokers and 52,8% were sedentary/irregularly active. Alcohol consumption was of 40,2%, with 13,4% showed high risk for alcohol addiction, and the consumption was higher in rural area in comparison with the urban one (57,3% vs 22,2%) p<0,001. We emphasize the following aspects of alcohol abuse: feeling of guilty and remorse (45,9%); abrupt amnesia for not remembering what happened in the night that they had drunk (31,7%); feeling hurt or impaired due to the drink consumption (29,6%); concerns from relatives, friends or healthcare professionals who advised the interviewed to interrupt the consumption (51,5%). There was not association between presence and alcoholic beverages consumption (23% and 26%). Indigenous diagnosed with referred arterial hypertension drank less alcoholic beverages (14,2%vs 85,8% p=0,009), but, when they drank, they had a larger amount than those with referred hypertension [55,3(72,2) vs 33,3(62,2) grams of Ethanol p=0,008]. The common mental disorder was identified in 45,7% of the individuals, being highlighted the following items: reporting of frequent headaches (69,5%), feeling nervous, anxious or worried (66,2%), feeling sad in the last days (56,0%), sleeping badly (55,2%) and having upset stomach (42,9%). Additionally, 7.3% reported the idea of committing suicide, and 4,2% felt themselves unable to play a useful role. We verified positive association between alcoholic beverage consumption and male gender (2.72, CI-2,12-3,48); smoking (1.29, CI-1.06-1.56); and living in rural area (2.09, CI-1.61-2.72). However, the action was protective for the age (0.98, CI-0,98-0,99), intake of natural foods (0.97, CI-0,95-0,99), and absence of dyslipidemias (0.75, CI-0,62-0,9). Among those diagnosed with common mental disorder, the arterial hypertension was found in 30,3% and the alcohol consumption once a month in 22,1%. We observed a positive association of common mental disorder and: living in the urban area (1.25, CI-1,02-1,54); unknowing the antecedents for diabetes (1.56, CI-1,24-1,96); and the alcohol consumption (1.01,CI-1,00-1,02). However, the absence of personal background of heart diseases was not protective (0.59, CI-0,48-0,73). Conclusion: We observed that the presence of arterial hypertension, alcoholic beverages consumption and common mental disorder were high in the Mura ethnicity. This finding may be explained for the approach and interaction among Indigenous and non-Indigenous, which favors cultural changes, especially in habits and lifestyle, increasing the risk of non-transferable chronic diseases.
|
84 |
Avaliação do grau de implementação do Programa de DST AIDS no Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul Pólo Base de Dourados / Appraisal of the status of implementation of the STD/HIV/AIDS Programme in the Special Indigenous Health District in the Dourados region of Mato Grosso do SulSantos, Vera Lopes dos January 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2011-05-04T12:36:15Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2009 / Este estudo é uma avaliação acerca do grau de implementação do Programa deDST/HIV/AIDS no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) de Mato Grosso do Sul - Região de Dourados, onde se localizam as aldeias Bororo e Jaguapiru. A Avaliação foi desenvolvida considerando a relevância e o peso atribuídos pelas equipes locais aos diferentes componentes do programa, a partir da percepção dos profissionais de saúde, inclusive indígenas. Quanto a metodologia, os dados de campo foram coletados entre julho e agosto de 2008. Além dos dados empíricos produzidos por meio de entrevistas semi-estrtuturadas e questionários, foram consideradas fontes secundárias que forneceram informações sobre o período de 2005 a 2008. Estas subsidiaram a contextualização interna e externa do programa e nortearam a comparação entre o que preconizam as políticas públicas e a forma em que elas são apropriadas na vida real do programa na localidade estudada. A caracterização do contexto externo do programa foi complementado por meio de revisão bibliográfica de estudos etnográficos desenvolvidos na região. A categoria de acesso da população indígena aos serviços de saúde, foi considerada em suas diferentes dimensões, tendo sido fio condutor para a definição da matriz de análise e da matriz de julgamento. Um importante exercício desta avaliação foi a construção de recomendações discutidas com os usuários do sistema de saúde com o intuito de contribuir com a melhoria do programa, as quais foram incorporadas neste estudo. Quanto aos resultados desta avaliação concluiu-se que, na perspectiva dos usuários alvo básicos, fatores relacionados a aspectos culturais da população indígena, às condições socioeconômicas da população, à atuação das agências governamentais indigenistas e às condições nas quais os serviços da rede de atenção básica de saúde estão instalados, influenciam a implementação do programa de DST / HIV/ AIDS no Distrito Sanitário Especial Indígena. Conforme o modelo de avaliação proposto, registrou-se que o Programa de DST/HIV/AIDS no Distrito Sanitário Especial Indígena do Mato Grosso do Sul - Região de Dourados, aldeias Bororo e Jaguapiru está em processo de implementação tendo obtido um score de 69 por cento. / The study presents an appraisal of the status of implementation of the STD/HIV/AIDS Programme in the Special Indigenous Health District in the Dourados region of Mato Grosso do Sul State where the villages of the Bororo and Jaguapiru are located. The evaluation used qualitative methodology and took into account the relevance and weight local teams attributed to programme components, namely materials, activities and products. Field data gathering was done in July and August of 2008 and secondary sources of information referring to the period 2005 to 2008 were also used to establish the internal and external context of the programme itself and enable an identification of what the programme expects to occur in that region and what is actually happening. A bibliographic review of ethnographical studies carried out in the region helped to establish the programme’s external context. One of the major tasks of the evaluation is to put forward recommendations for improving the programme that have been duly discussed with its targeted users. The evaluation also considered formal aspects of the programme components based on the perceptions of the
health workers, some of whom are indigenous people. In regard to the primary users targeted
by the programme, factors associated to cultural aspects of the indigenous population, their
living conditions, the performance of government indigenist agencies and the conditions in
which services of the primary health network are installed affect the implementation of the
STD/HIV/AIDS Programme in the Special Indigenous Health District. Access of the indigenous population to the different aspects of the health services has been analysed in this evaluation and has served to provide a thread of continuity linking the definition of the analysis matrix and the judgement matrix, in compliance with the proposed methodology. The evaluation has concluded that the STD/HIV/AIDS Programme in the Special Indigenous Health District in the Dourados region of Mato Grosso do Sul State, where the villages of the Bororo and Juguapiru are located, has been partly implemented and attributed it a score of 69%.
|
85 |
Estado nutricional e fatores associados ao crescimento de crianças indígenas Xavante, Mato Grosso / Nutritional status and factors associated with the growth of indigenous children Xavante, Mato GrossoFerreira, Aline Alves January 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2011-05-04T12:36:22Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2009 / Estudos sobre o perfil nutricional dos povos indígenas no Brasil têm apontado para elevadas prevalências de desnutrição infantil, principalmente crônica, superando os valores reportados para crianças não indígenas. O processo de transição epidemiológica que esses povos vêm atravessando está vinculado a modificações significativas no padrão de alimentação e subsistência. A investigação de fatores associados à desnutrição é um importante meio para a compreensão das transformações na saúde. Os complexos e múltiplos fatores que estão atrelados ao crescimento linear de crianças não indígenas já são reconhecidos. Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa foi descrever o estado nutricional e analisar os fatores associados ao crescimento de crianças indígenas Xavante de Pimentel Barbosa/ Etênhiritipá (MT). Considerando o contexto de vida contemporâneo da comunidade, foram selecionadas variáveis socioeconômicas, ambientais, reprodutivas e demográficas. Realizou-se uma análise descritiva a partir da construção dos índices do estado nutricional infantil (P/I, E/I e P/E) de 225 crianças menores de dez anos. Utilizou-se as curvas de referência do National Center for Health Statistics (NCHS) e Organização Mundial de Saúde (2006). A partir da estatura (E) e idade (I) de 173 crianças menores de dez anos, foram conduzidas análises univariada e multivariada (significância = 5%), tendo o E/I como variável resposta por meio dos programas SPSS 9.0 e R 2.4.1. As variáveis independentes foram: sexo, idade, idade materna, estatura materna, IMC materno, índices socioeconômicos ( renda e riqueza , analisados separadamente), proporção de adultos e de crianças no domicílio. Os pressupostos paramétricos foram testados, assim como verificados os resíduos e a colinearidade utilizando VIF (Variance Inflation Factor), do modelo final. O baixo P/I e E/I, de acordo com o NCHS, atingem 5,6 e 14,7 por cento das crianças menores de 10 anos. Já entre as crianças menores de 5 anos, esses valores, pela OMS, chegam a 4,5 e 29,9 por cento, respectivamente. A variação do estado nutricional das crianças menores de 2 anos teve a proporção do número de adultos na habitação e a idade da criança como fatores associados, nos dois modelos com os ISE diferentes. O IMC materno explicou 11,5 por cento da variabilidade do escore z nas crianças entre 2 e 5 anos. Naquelas acima de cinco anos os índices socioeconômicos renda e riqueza e a estatura da mãe mostraram-se associados ao estado nutricional. Na verificação do melhor modelo, através do teste Anova, observou-se que a contribuição de ambas as variáveis socioeconômicas foram significativas (p=0,004 e p=0,001, respectivamente) e todos os valores de VIF foram menores que 10. Também foi descartada a possibilidade de interação entre as variáveis. É possível que outros fatores, além dos analisados, estejam associados à baixa E/I de crianças Xavante. Os achados permitem uma melhor compreensão das condições devida e dos fatores que explicam, mesmo que parcialmente, o estado nutricional das crianças indígenas. As elevadas frequências de desnutrição encontradas evidenciam importantes implicações para os serviços de saúde, com necessidade de um acompanhamento contínuo a fim de minimizar os danos provocados pelos agravos nutricionais. Assim, os resultados dessa investigação podem auxiliar na implantação de propostas que visem a melhoria do quadro de saúde e nutrição e o delineamento de ações mais específicas para o tratamento e prevenção da desnutrição. / Studies of the nutritional profiles of indigenous peoples in Brazil indicate high prevalences of infant undernutrition, principally chronic, surpassing the values reported for non-indigenous children. The process of epidemiological nutrition being experienced by these peoples is associated with significant modifications in dietary and subsistence patterns. Investigating the factors associated with undernutrition is an
important means for understanding health change. The complex and multiple factors involved in linear growth of non-indigenous peoples are already recognized. Accordingly, the objective of this study was to describe the nutritional status of and analyze the factors associated with growth among indigenous Xavante children of Pimentel Barbosa/Etênhiritipá, Mato Grosso. Taking into consideration the contemporary context of life in the community, socioeconomic, environmental,
reproductive, and demographic variables were selected. Descriptive analysis began with
the construction of infant nutritional status indexes (weight-for-age, height-for-age, and
weight-for-height) for 225 children under 10 years of age. National Center for Health
Statistics (NCHS) and World Health Organization (2006) reference curves were employed. Based on the height and age of 173 children under 10 years of age, univariate and multivariate analyses were conducted (significance = 5%), with height-for-age as a response variable, using the software programs SPSS 9.0 and E 2.4.1. Independent
variables were: sex, age, maternal age, maternal height, maternal IMC, socioeconomic indices (income and wealth, analyzed separately), and proportion of adults and of children in the domicile. Parametric assumptions were tested, and the residuals and collinearity of the final model were verified using variance inflation factor (VIF). Low weight-for-age and height-for-age, according to NCHS reference curves, reached 5.6%
and 14.7% of children under 10 years of age. Among children less than 5 years of age,
these values, according to WHO reference curves, reached 4.5% and 29.9%, respectively. Variation in nutritional status among children less than 2 years of age was found to be associated with proportion of adults in the domicile and age of the child in the two models with different socioeconomic indices. Maternal BMI explained 11.5% of the variation in z-scores among children between 2 and 5 years of age. Among children 5 years of age and older, the socioeconomic indices (income and wealth) and maternal height were found to be associated with nutritional status. In verifying the best model by means of ANOVA test, it was observed that the contribution of both socioeconomic variables were significant (p=0.004 and p=0.001, respectively) and all
VIF values were less than 10. The possibility of interaction between the variables was also eliminated. It is possible that other factors that were not analyzed are associated with low height-for-age among Xavante children. The findings permit a better understanding of the life conditions and factors that explain, even partially, the nutritional status of indigenous children. The elevated frequencies of undernutrition encountered have important implications for health services, including the necessity of continuous accompaniment in order to minimize the harm caused by nutritional hardship. Thus, the results of this study may be useful for developing proposals that seek to better health and nutritional conditions and in delineating more specific actions for treating and preventing undernutrition.
|
86 |
Epidemiologia da hipertensão arterial e níveis tensionais em adultos indígenas Suruí, Rondônia, Brasil / Epidemiology of hypertension and blood pressure levels in adult indigenous Surui, Rondônia, BrazilTavares, Felipe Guimarães January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2011-05-04T12:36:29Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2010 / O objetivo desta dissertação é descrever os níveis tensionais e sua relação com condições socioeconômicas e composição corporal entre adultos indígenas Suruí com idade maior ou igual a 20 anos, residentes em Rondônia, Brasil. O surgimento das doenças e agravos não-transmissíveis (DANT) é considerado uma clara tendência no processo de transição nutricional / epidemiológica vivenciado em escala mundial. As transformações socioeconômicas sofridas pelos povos indígenas após o contato com as sociedades não-indígenas, exercem grande influência no seu perfil de saúde e doença passando a haver a mesma tendência de aumento das DANT. Inicialmente, uma revisão bibliográfica é feita, contextualizando o processo de transição epidemiológica que afeta populações de todo o mundo e seus diferentes modelos conhecidos para populações com características distintas, inclusive a transição ocorrida entre os Suruí. Logo após, aspectos epidemiológicos da hipertensão no mundo e nas populações indígenas são discutidos e então, características históricas dos Suruí são apresentadas, enfatizando as mudanças socioeconômicas e de morbidade ocorridas no período pós contato. Em seguida, um artigo inédito é apresentando, onde foram analisados os dados de pressão arterial em associação com os dados antropométricos e socioeconômicos dos adultos Suruí. Este artigo apresenta a prevalência de hipertensão arterial dos Suruí de Rondônia no ano de 2005, bem como descreve a associação entre os níveis pressóricos e estado nutricional dessa população. Ainda descreve as mudanças ocorridas nos padrões de pressão sistólica e diastólica Suruí desde o ultimo estudo, no ano de 1988. Ao final, são apresentadas algumas considerações acerca do tema estudado, no sentido de salientar aspectos realidade encontrada entre os Suruí e propor medidas que visem a melhoria do estado de saúde dos adultos Suruí. / The objective of this thesis is to describe blood pressure and its association with socioeconomic conditions and body composition among indigenous Suruí adults with 20 years of age or more in Rondônia, Brazil. The increase of non-transmissible diseases and injuries is considered a marked tendency in the global process of nutritional and epidemiological transition. The socioeconomic changes experienced by indigenous peoples after contact with non-indigenous societies have had great impact on their health and illness profiles, including the tendency for increased non-transmissible diseases and injuries. This thesis begins with a review of the literature, in which the global process of epidemiological transition is contextualized. Next, epidemiological aspects of hypertension are discussed in global context and as they relate to indigenous populations. The unpublished article presents important results regarding Suruí health.
Systolic and diastolic blood pressure varied from 90mmHg to 163mmHg and from 46mmHg to 93mmHg, respectively. The prevalence of blood pressure indicative of arterial hypertension for both sexes was 2.8% (2.4% for males and 3.1% for females). Average systolic pressure was found to increase with age in both sexes, although the
association was more evident among females than males. Individuals with greater abdominal adiposity had greater prevalence of hypertension, principally among females. Systolic pressure was positively associated with BMI, WHR and PC, for both sexes, and with age among females. Among males and females, DBP showed strong correlations
with all anthropometric variables, with the exception of height and arm muscle area. In
multiple linear regression analysis, age, BMI, waist circumference and sex were included in the final models for SBP and DBP. These data demonstrate that hypertension is an emerging health problem among Suruí, as among other indigenous populations experiencing epidemiological and nutrition transition.
|
87 |
Estado nutricional de crianças indígenas no Brasil: uma revisão sistemática da literatura científica / Nutritional status of indigenous children in Brazil: a systematic review of scientific literatureLicio, Juliana Souza Andrade January 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2011-05-04T12:36:31Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2009 / observa-se um progressivo aumento no número de artigos científicos relacionados ao tema nas últimas décadas. A maioria das publicações resulta de pesquisas realizadas com comunidades localizadas nas regiões Norte e Centro-Oeste. Mesmo que geograficamente circunscritas, é possível observar que as crianças indígenas apresentam um perfil de saúde e nutrição desfavorável quando comparadas às não-indígenas. Oobjetivo desta dissertação foi avaliar, de forma crítica e sistematizada, a produção científica, sob a forma de artigos, que abordam o estado nutricional de crianças indígenas no Brasil. A partir de pesquisa sistemática em bases bibliográficas SCOPUS, LILACS, ISI e MEDLINE foram localizados 31 artigos e avaliados 29, todos publicados entre os anos de 1974 e 2007. Os resultados indicaram que apesar do aumento da produção científica abordando o tema, em particular a partir de 2001 (69 por centodos artigos publicados), ainda não existe padronização suficiente envolvendo as metodologias aplicadas, o que traz alguma dificuldade para a análise comparativa dos achados. Foi possível observar que em 89,6 por cento dos artigos foram escritos por autores sediados em instituições brasileiras. Em relação ao idioma, 75,9 por cento dos artigos foram publicados em português e 24,1 por cento em inglês. Observou-se que 57,1 por cento dos estudos foram financiados por instituições nacionais. No que diz respeito à localização das etnias avaliadas nos estudos, observou-se uma significativa concentração de estudos nas regiões Centro-Oeste (48,3 por cento) e Norte (44,9 por cento). Notou-se que 24,1 por cento dos artigos avaliaram etnias do Alto Xingu. Estes resultados demonstram que apesar do progressivo aumento do número de publicações, existe pouca diversificação das etnias e da localização das pesquisas. A ampla maioria dos estudos é de natureza transversal (96,6 por cento). Em muitos estudos não foi possível identificar quais foram os procedimentos amostrais utilizados. De fato, tendo em vista que a maioria dos estudos (62 por cento) buscava incluir nas análises a totalidade das crianças nas faixas etárias de interesse, prevaleceu, em geral, o censo. Existiu uma grande diversidade de faixas etárias entre os estudos e em 82,7 por cento dos artigos, para fins de comparação dos resultados, foram utilizadas as curvas do NCHS-1977. Como as faixas utilizadas nos artigos não são correspondentes, esse estudo concluiu ser necessário que os resultados sejam interpretados com cautela. Não obstante isso, foi possível observar que a desnutrição, em algumas comunidades, atinge cerca de 50 por cento das crianças e o sobrepeso infantil também já se faz presente. Por fim, foi ainda possível verificar a ocorrência de um substancial crescimento do número de pesquisas envolvendo a situação nutricional dos povos indígenas brasileiros, passando o tema a ocupar lugar de destaque no âmbito da saúde coletiva no Brasil. / Despite the fact that the nutritional condition of the indigenous peoples in Brazil is still poorly known, an increasing number of scientific articles related to the theme has been published over the past decades. Most publications result from research carried out in communities located in the North and Center-West regions of the country. Even though the investigations are still geographically restricted, the results suggest that indigenous children present an unfavorable health and nutritional profile when compared to non-indigenous children. This thesis aims at evaluating, in a critical and systematized way, the production of scientific articles that have been published on the nutritional status of indigenous children in Brazil. Papers were located using SCOPUS, LILACS, ISI and MEDLINE databases. A total of 31 papers were located
and 29 were evaluated in this thesis, all published between 1974 and 2007. Despite the
increase in scientific production on the topic, particularly from 2001 onwards (69% of
articles published), lack of methodological standardization remains as a problem,
resulting in difficulties to carry out comparative analyses of the findings. It was
observed that 89% of the articles were written by authors affiliated to Brazilian institutions. In relation to language, 75.9% were published in Portuguese and 24.1% in English. It was observed that 57.1% of the articles were supported by Brazilian funding agencies. In relation to the localization of the indigenous groups investigated, there was a significant concentration of studies in the Center-West (48.3%) and North (44.9%) regions. Almost a quarter (24.1%) of the articles focused on ethnic groups from the Alto Xingu area. The results show that, despite the increase in the number of
publications, there is little diversification concerning ethnic groups and geographical
areas. The majority of the studies has employed cross-sectional procedures (96.6%). In many studies it was not possible to identify which specific sampling procedures were used. Most studies (62%) aimed at including the universe of children in the age groups under investigation. The studies presented the results using a wide
diversity of age groups. The NCHS-1977 growth curves were employed in 82.7% of the articles. As the age groups used in the articles are not comparable, it is important to be careful in interpreting the results. Nonetheless, the findings indicate that undernutrition affects over 50% of the children in some communities, while overweight is emerging as a health problem in others. It is concluded that there has
been a substantial growth in the scientific output related to the nutritional status of
indigenous children in Brazil. The topic has become part of the debates within the Brazilian public health scientific community.
|
Page generated in 0.1606 seconds