Spelling suggestions: "subject:"sartre."" "subject:"tartre.""
111 |
L'articulation de l'éthique et de la politique chez Spinoza et Sartre / Articulation of ethics and politics in Spinoza's and Sartre's thoughtÇankaya Eksen, Zubeyde Gaye 08 March 2013 (has links)
Dans ce travail, à partir de la question d'Alexandre Matheron, qui nous invite, dans son ouvrage Intitulé Individu et communauté chez Spinoza, à interroger sur une analogie éventuelle entre la pensée politique de Sartre et la théorie classique contractualiste, nous tentons de soulever les lignes d'argumentation parallèles (ou parfois communes) chez Spinoza et Sartre concernant le processus de la constitution et du maintien de la société libre. Et, dans la théorisation de ce processus active et résistante à toute approche contractualiste, nous tentons de montrer qu'une sorte d'articulation de la politique et de l'éthique se pose d'une manière semblable chez Spinoza et Sartre. Dans une telle démarche de réflexion, qui se situe au-delà d'une simple confrontation des théories politiques et éthiques des deux philosophes et d'une constatation des différences assez connues entre celles-ci, nous précisons le domaine philosophique dans lequel il paraît bien légitime de lire la philosophie pratique de Spinoza en parallèle avec celle de Sartre. Dans notre recherche, ce domaine de réflexion se présente comme un domaine d'analyse de la libération commune qui est suivie par l'établissement de la stabilité de la liberté, de la paix interindividuelle et de la concorde dans la société humaine. / In the origin of the present study lies a passage from Alexandre Matheron's book Individu et communauté chez Spinoza, where a highly interesting question incites the reader to reflect on the articulation of ethics and politics through a comparative study of Spinoza's and Jean-Paul Sartre's practical philosophies. In the present work, Matheron's question will constitute the point of departure of a reflection on the possibility of establishing a parallelism between the philosophies of Spinoza and Sartre. By proposing a negative answer to it, we will make a categorical distinction between Sartre's and Hobbes' political theories. To the existent that we will distinguish Sartre's political theory from classical contractualism, we will be able to emphasize the points of contact between the Sartrian and Spinozian standpoints, which, in our opinion, share a common anticontractualist basis. Throughout this comparative study, a detailed analysis of the moment of the organization of political society will be presented, with a view to disclose a particular way of articulating politics and ethics that is common to both of these philosophers who seems radically different at first glance.
|
112 |
Humano, cientificamente humano? O especialismo de reduções cientificistas no saber psicológico contemporâneo / Human, scientifically human? The expertism of scientistic reductions in the psychological knowledge contemporaryMichelle Thieme de Carvalho Moura 11 June 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esse trabalho tem como objetivo compreender como se configura a relação entre o saber psicológico que chega ao grande público na sociedade contemporânea e o fenômeno aqui chamado de especialismo psi de reduções cientificistas. Tal fenômeno será aqui entendido como um tipo de especialismo que acredita possuir o domínio absoluto das narrativas sobre o homem, domínio esse pautado muitas vezes em uma aceitação incondicional da concepção de ciência proveniente do campo das ciências exatas. Para investigar como uma redução cientificista estaria chegando ao grande público, o presente trabalho faz uso de alguns flashes do contemporâneo, incluindo aí uma breve análise de fragmentos jornalísticos que retratam questões psi publicadas nos anos 2009 e 2010 em duas revistas de grande circulação no Rio de Janeiro. O método progressivo-regressivo proposto por Jean-Paul Sartre será a estratégia metodológica adotada nesse trabalho, onde a tentativa de não compreender o fenômeno humano como algo puramente individual nem puramente universal se apresenta como um constante desafio. Uma restrição cientificista no campo psi foi observada a partir de tendências como a do uso do método experimental e sua conseqüente tentativa de criação de relações causais, além da busca pela substancialização de experiências subjetivas, usando para isso conhecimentos da neurociência e fenômenos como o da matematização da existência. A busca por universalidades abstratas e o abandono do sentido singular parecem ser, portanto, características importantes desse saber psi analisado. Para reafirmar a possibilidade de lidar com o conhecimento psicológico a partir da abertura de sentidos, e não a partir de uma restrição cientificista, esse trabalho busca principalmente no pensamento de Jean-Paul Sartre elementos para pensar uma proposta de saber que fuja da formatação dos sentidos feita pela cultura dos especialismos. / This work aims to understand how to configure the relationship between psychological knowledge that reaches the general public in contemporary society and the phenomenon here called expertism "psi" of scientistic reductions. This phenomenon is understood here as a kind of expertism that believes it has the absolute control of the narrative about man ruled this area many times in an unconditional acceptance of the concept of science from the field of exact sciences. To investigate how a reduction scientistic was coming to the general public, this paper makes use of some flashes of the contemporary, including here a brief analysis of journalistic pieces that portray issues "psi" published in the years 2009 e 2010 in two mass-circulation magazines in Rio de Janeiro. The progressive-regressive method proposed by Jean-Paul Sartre is the methodological strategy adopted in this work, where no attempt to understand human phenomenon as purely individual or purely universal presents itself as a constant challenge. The restriction scientistic in the "psi" was observed from trends such as the use of the experimental method and its subsequent attempt to establish causal relationships, and the search for the substantiation of subjective experiences, using for that knowledge of neuroscience and phenomena such as the mathematization of existence. The search for universals and abstract singular sense of abandonment seem to be, therefore, important characteristics of this knowledge "psi" analyzed. To reaffirm the possibility of dealing with the psychological knowledge from the opening of the senses, and not from a restriction scientistic, this work aims mainly at the thought of Jean-Paul Sartre elements to think about a proposal to give away to know that the formatting of the senses made by culture of expertism.
|
113 |
Engajamento e criação: sobre o desvendamento da realidade em Sartre / Engajement and creation: about the realitys devoilement in SartreAntonia Faro Agostinelli Peixoto Barbosa 01 June 2009 (has links)
Em nosso trabalho buscamos compreender a relação entre literatura e conhecimento do real em Jean-Paul Sartre e suas conseqüências para a ação moral, pois desta abordagem resulta o engajamento do leitor em face daquilo que foi desvendado por ele. Assim, devemos esclarecer direta ou indiretamente dois conceitos centrais da obra sartriana: o de ação por desvendamento e o de realismo, o que exige o deslocamento de conceitos tradicionais de seus locais originais, redefinindo uma nova constelação que operará um novo método. A dissertação desenvolve-se, então, em quatro partes. Na primeira, visamos o conceito de conhecimento como desvendamento, analisando passagens das obras O ser e o nada (Être et néant 1943) e, principalmente, Verité et existence (1948). A verdade passa, a partir da leitura destas obras, a ser considerada não como uma forma axiomática, mas como experiência da contingência. Daí a mudança necessária no método filosófico e o embate contra determinada tradição a das chamadas filosofias digestivas. Na segunda parte, com base principalmente nos ensaios Que é a literatura? (Quest-ce que la littérature - 1947) e Lartiste et sa conscience, vemos como as outras artes (à exceção da prosa) não se constituem para Sartre como movimentos privilegiados da experimentação e verificação do conhecimento da realidade. Na terceira parte, abordamos propriamente o conteúdo ontológico da linguagem que funciona como modo de visar o ser através da ausência e observamos como estas relações conduzem à questão moral, pois é pelo olhar do outro que o dom (o que foi verificado e estabelecido por uma comunidade) readquire o sentido de novo desvendamento e, nesta perspectiva, é a ação do leitor, que faz o papel do outro da linguagem, que terminará a obra literária tanto no sentido da criação como no da ação moral. Por fim, na parte quatro, propomos como exemplo do modo de visar o real do desvendamento e da prosa a interpretação de um conto de Franz Kafka, Tribulação de um pai de família (1919), baseada nos conteúdos abordados nas partes anteriores. / In this work, we seek comprehension about the relationship between literature and reality knowledge in Jean-Paul Sartre, as well as the consequences for the moral action, because from this approach results the reader engagement in face of what has been unveiled by him or her. Therefore, we must clarify directly or indirectly two central concepts in the sartrian works: the concept of action through revealment and the concept of realism, which requires a displacement of traditional concepts from their original places, redefining a new constellation that will produce a new method. The dissertation is developed in four parts. In the first one, we aim at the concept of knowledge as devoilement, analyzing passages of the works Être et néant (1943) and, foremost, Verité et existence (1948). After the study of these works, the truth turns to be considered not as an axiomatic form, but as an experience of contingence. Thence comes the necessary change on philosophical methods and the fight against a certain tradition the tradition of what it known as digestive philosophies. In the second part, based primary on the essays Quest-ce que la littérature? (1947) and Lartiste et sa conscience, we see how the other arts (with exception to the prose) do not constitute for Sartre as privileged movements for the experimentation and verification of the reality knowledge. In the third part, we approach properly the ontologic content of language that function as a way of aiming at the being through the absence and we observe how these relationships drive to the moral question, since it is through the others look that the gift (what was verified and established by a community) reacquires the sense of a new revealment. In this perspective, it is the action of the reader, which acts as the other opposed to the language, that will complete the literature work both in the sense of creation and in the sense of moral action. Finally, at the forth part of this work we propose an interpretation of a Franz Kafka short story, Worries of a family man (1919), as an example of the way of aiming at the real of the devoilement and of the prose, based on the contents approached on the last sections.
|
114 |
Humano, cientificamente humano? O especialismo de reduções cientificistas no saber psicológico contemporâneo / Human, scientifically human? The expertism of scientistic reductions in the psychological knowledge contemporaryMichelle Thieme de Carvalho Moura 11 June 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esse trabalho tem como objetivo compreender como se configura a relação entre o saber psicológico que chega ao grande público na sociedade contemporânea e o fenômeno aqui chamado de especialismo psi de reduções cientificistas. Tal fenômeno será aqui entendido como um tipo de especialismo que acredita possuir o domínio absoluto das narrativas sobre o homem, domínio esse pautado muitas vezes em uma aceitação incondicional da concepção de ciência proveniente do campo das ciências exatas. Para investigar como uma redução cientificista estaria chegando ao grande público, o presente trabalho faz uso de alguns flashes do contemporâneo, incluindo aí uma breve análise de fragmentos jornalísticos que retratam questões psi publicadas nos anos 2009 e 2010 em duas revistas de grande circulação no Rio de Janeiro. O método progressivo-regressivo proposto por Jean-Paul Sartre será a estratégia metodológica adotada nesse trabalho, onde a tentativa de não compreender o fenômeno humano como algo puramente individual nem puramente universal se apresenta como um constante desafio. Uma restrição cientificista no campo psi foi observada a partir de tendências como a do uso do método experimental e sua conseqüente tentativa de criação de relações causais, além da busca pela substancialização de experiências subjetivas, usando para isso conhecimentos da neurociência e fenômenos como o da matematização da existência. A busca por universalidades abstratas e o abandono do sentido singular parecem ser, portanto, características importantes desse saber psi analisado. Para reafirmar a possibilidade de lidar com o conhecimento psicológico a partir da abertura de sentidos, e não a partir de uma restrição cientificista, esse trabalho busca principalmente no pensamento de Jean-Paul Sartre elementos para pensar uma proposta de saber que fuja da formatação dos sentidos feita pela cultura dos especialismos. / This work aims to understand how to configure the relationship between psychological knowledge that reaches the general public in contemporary society and the phenomenon here called expertism "psi" of scientistic reductions. This phenomenon is understood here as a kind of expertism that believes it has the absolute control of the narrative about man ruled this area many times in an unconditional acceptance of the concept of science from the field of exact sciences. To investigate how a reduction scientistic was coming to the general public, this paper makes use of some flashes of the contemporary, including here a brief analysis of journalistic pieces that portray issues "psi" published in the years 2009 e 2010 in two mass-circulation magazines in Rio de Janeiro. The progressive-regressive method proposed by Jean-Paul Sartre is the methodological strategy adopted in this work, where no attempt to understand human phenomenon as purely individual or purely universal presents itself as a constant challenge. The restriction scientistic in the "psi" was observed from trends such as the use of the experimental method and its subsequent attempt to establish causal relationships, and the search for the substantiation of subjective experiences, using for that knowledge of neuroscience and phenomena such as the mathematization of existence. The search for universals and abstract singular sense of abandonment seem to be, therefore, important characteristics of this knowledge "psi" analyzed. To reaffirm the possibility of dealing with the psychological knowledge from the opening of the senses, and not from a restriction scientistic, this work aims mainly at the thought of Jean-Paul Sartre elements to think about a proposal to give away to know that the formatting of the senses made by culture of expertism.
|
115 |
Contradição, engajamento e liberdade: reflexões de Sartre sobre o intelectual no século XX / Contradiction, engagement and freedom: Sartre\'s thought about the intellectual in the twentieth centuryPaola Gentile Jacobelis 27 February 2012 (has links)
Nesse trabalho buscamos entender as reflexões de Sartre sobre o lugar e a função possível do intelectual na situação histórica do século XX. Essas reflexões estão dispersas por toda sua obra, já que constituem uma tentativa de refletir sobre sua própria posição. No entanto, nos limites dessa dissertação nos detivemos principalmente nas duas obras que mais explicitamente tematizam a questão de forma sistemática: O que é Literatura, escrito em 1947, resultado da junção de quatro ensaios publicados inicialmente na revista Les Temps Modernes, e Em defesa dos intelectuais, também resultado da junção de três conferências proferidas no Japão em 1965. Para compreender o tema que nos propusemos cumpre então nos deter principalmente nas reflexões sobre o surgimento da noção de intelectual a partir da contradição de seu lugar social e histórico e de sua função, nos fins do século XIX e no século XX, na noção de engajamento dos homens em geral, do escritor e do intelectual, em particular, e suas relações com os conceitos de desvelamento de verdade, de dialética e de história. A dissertação desenvolve-se então em três partes. Na primeira, visamos reconstituir o surgimento do problema em torno da idéia de uma função prática do intelectual, retomando seu modelo ideal no século XVIII e as questões surgidas no século XIX a partir da concepção marxista de ideologia e seu desenvolvimento no pensamento de Gramsci, além de expor a concepção de Sartre sobre a situação que faz emergir a figura do intelectual propriamente dito em fins do século XIX a partir de uma situação histórica determinada que o define por uma contradição interna que expressa a dilaceração das sociedades capitalistas do século XX. Na segunda parte, buscamos esclarecer a noção de engajamento em Sartre que diz respeito à condição ontológica de todos os homens, mas adquire contornos específicos nas figuras do escritor (de prosa) e do intelectual, que se propõem a um empreendimento de comunicação de seu desvelamento da verdade e da realidade histórica para a libertação dos homens (já ontológicamente livres). Para tal, ainda será preciso esclarecer o modo específico desse engajamento pela análise da linguagem e as relações das noções de escritor e intelectual. Enfim, na terceira parte, propomos relacionar a discussão teórica sobre o intelectual com a prática concreta de Sartre como um exemplo de intelectual engajado, a partir somente de alguns poucos empreendimentos que jugamos exemplares de sua ação como um todo. / This work seeks to understand Sartres thought about the place and the possible function of the intellectual of the twentieth century. This theme can be found in the Sartres whole work, because is a way to think about own his situation. However, in this present work, we restrict the analyses to only a couple of books: What is literature? (1947) and Plaidoyer pour les intellectuels (1965). These books deal with the question of the intellectual systematically. The first book was published like four essays in the review Modern Times. The second book was a group of three lectures in Japan. To understand our theme is necessary to focus the question of the emergence of the intellectual and his social and historical contradiction. The development of the subject refers from end of nineteenth century to twentieth century. The theme also deals with notion of engagement of the men and, particularly, of the writer and the intellectual. This notion of the engagement should be treated in group with others notions as disclosure of the truth, dialectic and history. This work has three parts. The first part accosts the origin of the question by practice function of the intellectual. The central point is the approach of the pattern of the intellectual in eighteenth century and the new questions about this as from the conception of Marxist ideology in the nineteenth century and its development in Gramscis thought. Another point of the problem is the Sartres analyses about the historical situation for the emergence of the intellectual like a being of intern contradictions (self-contradictions), as an expression of a broken capitalist society. The second part seeks to enlighten the notion of engagement in Sartre. This notion concerns to ontological condition of the men, but it has specific aspects in the figures of the writer (prose) and intellectual. These figures try a disclosure of the truth and the historical situation to free the men (men are always free in ontological sense). For this goal, this work will do a study of the notion of engagement, analyzing the language and the writer and the intellectual. The last part will study the relation between the theoretical notion of intellectual in Sartre and his own condition of engaged intellectual. Thus, this work will emphasize some examples of Sartres action like an engaged intellectual.
|
116 |
\'Jagunços em situação\': os matizes de um diálogo entre Sartre, Rosa e Riobaldo / \'Jagunços in situation\': the nuances of a dialogue between Sartre, Rosa and RiobaldoLuana Alves dos Santos 29 June 2018 (has links)
O presente trabalho tem por objetivo promover um espaço de interlocução no qual possamos reunir Jean-Paul Sartre e João Guimarães Rosa em torno de uma questão-guia: em que medida a travessia de Riobaldo pelos espaços sertanejos, da memória e da narrativa pode ser vislumbrada à maneira de um \"retrato romanceado\" da condição existencial humana em sua sempre inacabada \"travessia\" rumo a si? Num primeiro momento, capítulos I e II, trata-se de delinear um campo temático comum ao filósofo francês e ao escritor mineiro a partir das considerações sartreanas acerca do engajamento do escritor. Partimos de Sartre, isto é, partimos de sua relação com a literatura, do lugar que a prosa literária ocupa em seu sistema filosófico e da recepção de suas concepções literárias junto à intelectualidade brasileira. Por essa vertente, chegamos, ao fim do primeiro capítulo, ao que poderíamos chamar de elaboração rosiana do engajamento. Desse ponto, então, tendo por base o conceito de \"romance metafísico\", tal qual proposto por Simone de Beauvoir e aludido por Sartre em Que é a literatura?, voltamo-nos para a relação entre filosofia e prosa literária, a fim de elucidar a especificidade desta frente àquela. Esse movimento nos permitirá investigar, logo em seguida, alguns aspectos formais desse \"romance metafísico\" à luz das marcas de leitura deixadas por Rosa em seu exemplar de Que é a literatura?. Em linhas gerais, trata-se de observar em que medida o romance de Rosa repõe a discussão sartreana acerca da linguagem, da técnica e do estilo romanescos. Num segundo momento, capítulos III e IV, voltamo-nos para a análise do romance Grande sertão: veredas. A essa altura, centramos nossa investigação na maneira pela qual o romance parece pôr em movimento o drama da existência na irremediável singularidade do ex-jagunço Riobaldo: ora como projeto de ser, no plano da \"experiência vivida\"; ora revelando, no próprio tecido de sua narrativa, ou no plano da \"experiência narrada\", a impossibilidade de dar acabamento à vida. / The present work aims to promote a dialogue space between Jean-Paul Sartre and João Guimarães Rosa around a question: to what extent can Riobaldo\'s crossing through sertanejos spaces, memory and narrative be glimpsed in the manner of a \"romanticized portrait\" of the existential human condition in its always unfinished \"crossing\" towards itself? At first, chapters I and II, it is about delineating a common thematic field to the French philosopher and the writer based on the Sartrean considerations about the \"writer\'s engagement\". We start from Sartre, namely, we start from his relationship with literature, from the place that literary prose occupies in his philosophical system and from the reception of his literary conceptions close to Brazilian intelligentsia. From this point of view, we arrive, at the end of the first chapter, to what we could call the Rosa\'s elaboration of the engagement. Following, we analyse the relation between literature and philosophy based on the concept of \"metaphysical novel\", as proposed by Simone de Beauvoir and alluded by Sartre in the essay What is Literature?. This movement allows us to investigate, soon afterwards, the reading marks left by Rosa in What is Literature? In general, it is about perceiving to what extent Rosa\'s novel restores the Sartrean discussion of Romanesque language, technique and style. In the second place, chapters III and IV, we analyse The Devil to pay in the Backlands. At this point, we focus our investigation on the way in which the novel seems to set in motion the drama of existence in the irremediable singularity of the ex-jagunco Riobaldo: some times as a project of being, on the level of \"lived experience\"; sometimes revealing, in the tissue of his narrative, or in the plane of \"narrated experience\" the impossibility of finishing life.
|
117 |
A hantologie de Sartre : sobre a espectralidade em o ser e o nada / L'hantologie de Sartre. Sur la spectralité dans l'Être et le Néant : sur la spectralité dans l'Être et le Néant / Sartre's hauntology : on the spectrality in Being and NothingnessAlt Froes Garcia, Fernanda 11 April 2017 (has links)
Il est aujourd'hui possible d'affirmer que, depuis la publication de L'Être et le Néant, s'est imposée une interprétation dominante, fondée sur la lecture de cet ouvrage, de l'ontologie de Jean-Paul Sartre. Les traces les plus marquantes de cette lecture peuvent être attribuées au travail critique de Merleau-Ponty, dont la philosophie s'est développée en partie par affinité avec la pensée sartrienne et en partie en opposition avec elle. En fait, plutôt qu'une simple opposition, la critique merleau-pontyenne opère un questionnement approfondi des principes fondamentaux de l'ontologie sartrienne, en particulier ce qui concerne le problème du dualisme. La présente thèse met en question la lecture de Merleau-Ponty -et avec elle la vision dominante plus générale qui s'est constituée de L'Être et le Néant -, en proposant une autre lecture qui vise, non pas simplement à offrir des réponses aux apories posées par l'apparent dualisme de Sartre, mais à principalement rendre possible la reprise de cette pensée d'une manière originale. Ainsi, le passage par la critique de Merleau-Ponty a signifié non pas une défense unilatérale du texte, mais plutôt une exploration des propres ambiguïtés de Sartre par d'autres chemins, indiquant une richesse peu exploitée de sa philosophie. Il a fallu alors présenter en quoi consistent les problèmes inhérents à la division établie par Sartre entre les modes d'être du pour-soi et de l'ensoi, à partir d'un déplacement des argumentations de Merleau-Ponty, et rendre manifestes les impasses révélées à la reprise de la question du dualisme en termes d'être et de néant, subjectivité et objectivité. Notre travail a consisté à démontrer qu'il y a des éléments implicites dans le texte -ou même explicites, mais non exploités -qui permettent de dépasser les difficultés posées par le dualisme. Inspirée par certaines analyses de Jacques Derrida sur les spectres, nous appelons spectralité la couche implicite de l'œuvre qui, en surgissant, ébranle la base dualiste qui paraissait la soutenir. En faisant émerger la couche spectrale, nous révélons aussi l'omniprésence et le caractère essentiel des relations de hantise, à tel point que nous comprenons l'ontologie de Sartre comme une hantologie, pour souligner la pertinence et la prédominance de telles relations. A partir de cette perspective, il est possible de voir non seulement qu'un dualisme rigide entre pour-soi et en-soi ne rend pas compte d'une multiplicité de modes d'être dans le texte sartrien, ni non plus de l'importance des relations de hantise qui garantissent l'imbrication des régions ontologiques, parfois considérées comme incompatibles. Cette lecture démontre finalement qu'un mode de présence non intuitive des spectres ébranle la supposée "pureté" lumineuse de la conscience qui s'est établie comme paradigme du sujet sartrien, dans la mesure où la hantise démontre un type singulier d'opacité qui finalement inscrit le sujet dans le monde et obscurcit sa relation à soi. / Today, it's possible to affirm that, since the publication of Being and Nothingness (L 'Être et le Néant), a certain reading based on this work has consolidated and established itself as the dominant interpretative view over Jean-Paul Sartre's ontology. This reading's most remarkable traces can be attributed to Merleau-Ponty's critical work, whose philosophy has developed in part because of an affinity which, at the same time, claimed for an opposition to Sartre's thinking. Merleau-Ponty's critical view, however, cannot actually be described as a simple opposition, since it leads to the deeper questioning of aspects which form the groundwork of Sartre's ontology, specially concerning the problem of dualism. This thesis calls into question MerleauPonty's reading - as well as the more general dominant view that has formed about L 'Être et le Néant - while proposing another interpretation, which does not aim at simply offering answers to the resulting aporias of Sartre' s apparent dualism, but primarily at amplifying the possibility to return to such line of thought through an original path. Thus, going over Merleau-Ponty's critical view did not mean defending a text has a single meaning; though it did suggest that Sartre's ambiguities could be worked with in other ways, indicating a seldom explored depth in his philosophical thinking. It was then necessary to explain the division established by Sartre between the modes of being For-itself and Being- in-itself, and its inherent problems. Moreover, after the displacement of Merleau-Ponty's arguments, it was essential to highlight the impasses revealed when reconsidering the issue of dualism in terms of being and nothingness, subjectivity and objectivity. Our work consisted in demonstrating there are implicit - or even explicit, but unexplored - elements in the text which allow us to surpass the difficulties created by the dualism. By way of an inspiration caused by a few analyses of specters by Jacques Derrida, we refer to spectrality as the implicit layer, which might arise from the work, undermining the dualistic basis seemingly supporting it. By making the spectral layer emerge, we also reveal the omnipresence and the essential character of the haunting (hantise) relations, to the point of understanding Sartre's ontology as an hauntology, and stressing the significance and predominance of such relations. From this perspective, it is possible to observe not only that a rigid dualism between the For-itself and the in Being-in-itself cannot encompass the multiple modes of being present in Sartre 's work, but also the relevance of the haunting relations as those which guarantee the imbrication of the ontological regions, at times taken as incompatible. Finally, this reading demonstrates how a spectral mode of non-intuitive presence disrupts the supposed luminous "purity" of conscience which bas stablished itself as a paradigm of Sartre's view of the subject, insofar as the haunting shows a unique kind of opacity which ultimately inscribes the subject in the world and overshadows his relationship to himself.
|
118 |
Sartre et le problème de la connaissanceJoannis, David Guy 27 January 2022 (has links)
Le problème de la connaissance est essentiel à une juste compréhension de la pensée de Sartre. Conscience et liberté se donnant pour leur propre fondement, l'alternative à l'éthique est d'aborder la question de l'homme en tentant de concilier la subjectivité avec la certitude et la vérité de la connaissance. Ni la science ni le Cogito cartésien ne permettent d'accéder à une connaissance véritable : la conscience est existence concrète et préréflexive. Il ressort de l'ontologie une dualité de la connaissance que résout une dialectique de la conscience; il y a, dans la connaissance, une nécessité incontournable de recourir à la rationalité, alors que la réalité qu'elle vise est irréductible à la rationalité. La théorie de la conscience fonde épistémologiquement cette dialectique et assure la vérité et l'intelligibilité de l'homme et de l'histoire: la connaissance est située. Existence et savoir ne font qu'un; la vérité est l'acte de la liberté.
|
119 |
L'identité face aux concepts de mauvaise foi et d'authenticité et ses répercussions moralesVerret, Charles January 2012 (has links)
Le point de départ de notre recherche était d'étudier la notion d'identité ouverte sur le terrain d'une philosophie anti-fondationnalisme, celle de Sartre, pour voir les conséquences d'une telle prise de position, surtout en lien avec la morale. Ce point de départ nous a amené [i.e. amenés] à nous interroger sur des questions telles que, comment agir si nous n'avons aucune base objective pour nous guider entre le bien et le mal? Qu'est-ce qui me fais [i.e. fait] choisir d'agir de telle façon? Comment atteindre l'authenticité s'il n'y a pas de base objective donné [i.e. donnée] d'avance pour guider notre conduite? Ne tombons-nous pas dans un relativisme où tout se vaut? Comment donner une valeur à quoi que ce soit si le point de départ est la subjectivité de la conscience? Dans la première partie de notre recherche nous avons posé les bases de la philosophie sartrienne afin de pouvoir dans la deuxième partie questionner l'aspect morale [i.e. moral] et voir la cohérence de celle-ci avec l'ontologie. Nous avons commencé par expliquer, qu'est-ce que le néant et montré que comme l'humain n'est pas un plein d'être, c'est-à-dire qu'il a la capacité de se renouveler, de changer de position, de rectifier une attitude, de se créer en sommes [i.e. somme]. Ceci nous amène à penser qu'il y a choix et donc liberté. La liberté sartrienne est cependant toujours située, c'est une liberté qui s'incarne dans le choix que je vais faire parmi les possibles qui s'offrent à moi dans telle situation. À partir de cette conception de la liberté, Sartre va développer le concept de mauvaise foi. Une personne de mauvaise foi serait par exemple une personne qui choisi [i.e. choisit] d'ignorer sa liberté pour se laisser guider par les préceptes de la bible ou par ce que lui aurait révélé son horoscope et ainsi ne pas avoir à choisir, ce qui lui permet de se décharger de la responsabilité de son action. Pourtant, ne pourrions-nous pas imaginer quelqu'un qui choisi [i.e. choisit] librement de suivre les préceptes de la bible? En ce cas, il n'ignorerait pas sa liberté, mais l'affirmerais [i.e. affirmerait]. Cependant pour Sartre, quelqu'un qui choisirais [i.e. choisirait] librement de se laisser guider par des principes immuables, choisirais [i.e. choisirait] en même temps l'inauthenticité, puisqu'il fuirait volontairement l'étoffe dont il est pétri. Sartre lui, reste convaincu qu'on doit toujours remettre en question nos choix à chaque instant, puisque comme nous le verrons un peu plus loin, ceux-ci sont producteurs de valeurs. Toutefois, si l'être est liberté et transcendance dans des situations contingentes, que devient l'égo? Quelle forme prend-t-il? L'égo pour Sartre n'est pas un objet fixe, c'est un objet transcendantal. L'ego n'est jamais inachevé et totale [i.e. total] sauf au moment de la mort. Dans le monde, l'égo se redéfinie [i.e. redéfinit] à chaque action en fonction des choix et des possibilités qui s'offrent à lui. C'est en choisissant que l'égo se crée. Il n'est pas donné d'avance comme un objet qui influencerait nos choix par une structure préprogrammé [i.e. préprogrammée]. Cependant, il reste difficile d'être toujours critique et ne jamais tomber dans un fanatisme ou dans le réflexe pour agir, mais Sartre a le mérite de nous demander l'impossible pour tirer le meilleur de nous. Il nous dessine un idéal critique vers lequel il croit que nous devons tendre.
|
120 |
Libertad, elección y angustia: apuntando a una ética existencialAlvarez Rojas, Nicolás January 2013 (has links)
Tesis para optar al grado de Licenciado en Filosofía / El presente trabajo pretende dar cuenta de las consideraciones éticas que trae consigo la filosofía existencial expuesta por el francés Jean-Paul Sartre, demostrando así que los prejuicios que se tienen contra ella de ser una filosofía individualista sin ningún sesgo ético, no son más que malinterpretaciones de la misma. Los argumentos que se utilizan para respaldar la idea expuesta en el párrafo anterior que, en el fondo, es el gran tema del trabajo, están patentes en los mismos textos de Sartre, partiendo por la base de la llamada condena a la libertad que nos lleva a elegir y a la acción más, y ya en profundidad, a elegir a la humanidad eligiéndonos a nosotros mismos. El método que se utiliza para poder exponer los argumentos es, a grandes rasgos, la exposición misma, primero, de lo que corresponde a lo ontológico en Sartre, que es llevado de la mano con lo individual de su doctrina, más, después estos mismos argumentos son llevado al plano de lo ético y desarrollados como tales. Finalmente, queda claro que la filosofía existencial sartreana no es una filosofía que llama al quietismo, la inacción o cosas similares, mucho menos se puede considerar una filosofía individual, ya que, y como se expondrá en el cuerpo del mismo informe, el hombre no está solo en el mundo, y al elegirse, elige a toda la humanidad.
|
Page generated in 0.0306 seconds