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A subalternidade em Cloud Atlas, de David Mitchell / The subalternity in Cloud Atlas, by David MitchellSouza, Davi Silistino de 09 February 2018 (has links)
Submitted by Davi Silistino de Souza (dvssouza@hotmail.com) on 2018-02-27T18:37:49Z
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Previous issue date: 2018-02-09 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) Coordenação de
confiança e Aperfeiçoamento de
financiamento desta Pessoal de Nível
pesquisa Superior (CAPES) / As injustiças e opressões enfrentadas pelos subalternos vêm sido estudadas há algumas décadas pelos Grupos de Estudos Subalternos, seja o de origem indiana ou latina. Com o auxílio dessas pesquisas, na contemporaneidade, os indivíduos excluídos adquirem voz, sendo ouvidos e respeitados na sociedade. Considerando esses fatos, a dissertação tem como objetivo contribuir para esse enfrentamento, ao estudar de que maneira a subalternidade é representada nas personagens de Cloud Atlas (2004), romance escrito por David Mitchell. Em nossas análises, evidenciaremos a presença de uma crítica às estruturas hegemônicas na construção das protagonistas, pertencentes a sociedades organizadas em hierarquias sociais e econômicas que propiciam a subjugação e abafamento da voz dos marginalizados. Verificaremos como Mitchell dá voz a personagens subversoras da relação de desprezo, ataque ou mesmo silenciamento. Como aparato crítico-teórico, fundamentamos nossa pesquisa em Grosfoguel (2008), Mignolo (2007) e Castro-Goméz (2005), para discutir questões relacionadas à decolonialidade; em Foucault (2015), Rabinow e Rose (2006), para tratar do conceito de biopoder; em Butler (2003), Foucault (1980) e Stadniky (2007), para estudar as questões de identidade e gênero; em Arendt (2000), Bauman (2014), Butler e Spivak (2007), para debater acerca da liberdade dos subalternos; em Bauman (2014) e Eagleton (2004; 1996), para estudar conceitos relacionados à contemporaneidade; e, por fim, Bhabha (2013) e Santana (2008), para discutir questões relacionadas às diversas concepções de tempo. / Injustices and oppressions faced by subalterns have been studied for some decades by Subaltern Studies Groups, whether of Indian or Latin origin. With the aid of the group researches, contemporarily, excluded individuals acquire a voice, being heard and respected. Considering these facts, the dissertation aims to contribute to this fight by studying how subalternity is represented in characters in Cloud Atlas (2004), a novel written by David Mitchell. In our analysis, we will highlight the presence of hegemonic structure critiques in the construction of characters from subaltern groups. They belong to societies organized in a social and economic hierarchy, responsible for subjugation and muffling of subaltern’s voices. We will observe how Mitchell gives voice to characters who subvert the contempt, attack or even muzzling subalterns. As a criticaltheoretical approach, we base our research on Grosfoguel (2008), Mignolo (2007) and Castro-Goméz (2005), to discuss issues related to decoloniality; in Foucault (2015), Rabinow and Rose (2006), to deal with the concept of biopower; in Butler (2003), Foucault (1980) and Stadniky (2007), to study identity and gender issues; in Arendt (2000), Bauman (2014), Butler and Spivak (2007), to discuss subaltern freedom; in Bauman (2014) and Eagleton (2004, 1996), to study concepts related to contemporaneity; and finally, Bhabha (2013) and Santana (2008), to discuss issues related to different conceptions of time. / 2015/25282-4
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Subalternos nos caminhos da modernidade: marginais, politização do cotidiano e ameaças à dominação numa sociedade subordinadora do sul da Bahia (Itabuna, década de 1950)Sousa, Erahsto Felício de January 2010 (has links)
288f. / Submitted by Oliveira Santos Dilzaná (dilznana@yahoo.com.br) on 2013-10-11T17:57:40Z
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Dissertação - Erahsto Felício de Sousa.pdf: 10102365 bytes, checksum: 0996452d7156cc6774a40d18be642fb1 (MD5) / Esta pesquisa analisa como sujeitos subalternos transformaram a sociedade de Itabuna (sul da
Bahia), durante a década de 1950, a partir de resistências às campanhas de elites que os subordinavam.
Tratam-se, portanto, de histórias de mendigos, prisioneiros, ladrões, filhos de santo, feirantes,
comunistas e etc. que estiveram em constante enfrentamento com forças modernizadoras e capitalistas.
O tema geral da pesquisa foi a subordinação que as classes hegemônicas imprimiam à diversos
grupos sociais e como estes usavam da própria subordinação para emergir socialmente como agentes
políticos. No plano de fundo há ainda analises sobre pobreza, condições de sobrevivência, crescimento
populacional, abastecimento local de alimentos, padrão político de elite, racismo, alteridade
cultural a partir da desigualdade social e medo dos subalternos. Trata-se, assim, de entender os
distintos mecanismos de subordinação e as diversas formas que a subalternidade tomou para sobreviver.
A pesquisa se baseou em jornais, processos crimes e cíveis, fotografias, poemas e crônicas,
sempre procurando nestes documentos dimensões da vida e ação de sujeitos invisibilizados pela
memória local registrada e pela historiografia vigente. This research analyses how the subalterns individuals have changed Itabunas´s society (South
of Bahia) during the 50´s through resistance against upper-classes campaign which had turned them
subordinates. Therefore, it refers to story of beggars, prisoners, thiefs, Sons of Saints, market sellers,
comunists and others that was often facing capitalists modernizers forces. The general topic of
this research was the subordination whose the hegemonic classes have executed against different
social groups and how these groups took advantages from the own subordination to emerge as politics.
There are studies about poverty, conditions of survival, population growth, local supplying of
food, elite politic standard, racism, cultural otherness from social inequality and fear of the subordinates
on in the background. However, this is about understand the distinct mechanism of subordination
of men and the different manners that subordinated men have got for survive. The sources of
the research was newspaper, criminal judgement and civilian, photos, poetry and chronicles. We
was always looking in these documents for dimensions of life and forgotten fellows by wrote
memory and by actual historiography. / Salvador
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Significações da violência no cinema brasileiroPereira, Maurício Matos dos Santos January 2009 (has links)
180f. / Submitted by Suelen Reis (suziy.ellen@gmail.com) on 2013-05-09T18:08:02Z
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Previous issue date: 2009 / A tese focaliza as significações da violência em suas relações com o tráfico de drogas, abarcando o cinema brasileiro produzido no final dos anos 1990 e no primeiro qüinqüênio dos anos 2000, na encruzilhada entre os estudos do cinema brasileiro, a antropologia urbana, os estudos culturais e a história social brasileira. Tomando como contraponto a violência em Deus e o diabo na terra do sol, como expressão de um cinema moderno comprometido com as lutas políticas dos anos 1960, a investigação articula os regimes discursivos da violência no contexto da democratização e da emergência do crime organizado, quando ela se torna complexa, a facção criminosa do tráfico de drogas demarca os espaços da favela e do presídio como lugar de invenção da subalternidade, ao mesmo tempo em que o tráfico passa a construir a subjetividade, enraizando-se nos meninos que aderem às facções. O “eu-vivo” é o conjunto aberto das relações que o tráfico impõe, seja com segmentos reconhecidos interessados no consumo, seja com organizações transnacionais para o fornecimento da droga. / Bahia
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Hegemonia e educação: proposta gramsciana de superação da subalternidade / Hegemony and education: Gramscian proposal to subalternity overcoming.Silva, Deise Rosalio 01 June 2016 (has links)
O presente trabalho versou sobre a investigação do léxico gramsciano com o objetivo de identificar os conceitos que influenciaram o delineamento de uma perspectiva educativa e do lugar que ela ocupa no conjunto da obra de Gramsci. Partindo do levantamento quantitativo de palavras e termos que representam conceitos mobilizados pelo autor, buscou-se a compreensão das noções desenvolvidas, a relação entre a recorrência do conceito e sua incidência na conformação de um ideário educativo integrante do projeto de ação política para a superação da subalternidade. A análise centrou-se no conjunto dos Cadernos do cárcere, obra que melhor expressa o apurado exame histórico e as reflexões sobre a delimitação estratégica de luta política desenvolvida pelo autor. Escritos anteriores à prisão, as Cartas do cárcere e produções de comentaristas foram complementares ao estudo. Pensada como parte inerente do seu projeto de transformação social, a concepção educativa não poderia ser plenamente compreendida se deslocada de um conjunto de conceitos produzidos e/ou reformulados por Gramsci ao longo de sua permanência no cárcere, entre os quais se destacam: senso comum, bom senso, religião, filosofia, ideologia, filosofia da práxis, sociedade política, sociedade civil, estrutura, superestrutura, guerra de posição, guerra de movimento, relações de força, transformismo, Oriente, Ocidente, Estado, bloco histórico, revolução passiva, revolução permanente, hegemonia, subalternidade, reforma intelectual e moral, teoria e prática, tradutibilidade, catarse, molecular, vontade coletiva, conformismo, forma e conteúdo, intelectual, partido, cultura e homem. A quantificação do uso dos conceitos nos Cadernos do cárcere sinalizou a relevância, mas não determinou necessariamente o peso da sua importância na construção da acepção pedagógica gramsciana. A ampliação do conceito de Estado e a reformulação e o aprofundamento da teoria de hegemonia compõem a maneira pela qual Gramsci realiza a tradutidibilidade do marxismo, enriquecendo-o com uma perspectiva educativa revolucionária concebida como proposta para a superação da subalternidade. A teoria histórica e política elaborada por Gramsci pode ser expressa por duas díades integradas: hegemonia e educação; teoria e prática. A revolução é pensada como um processo molecular de educação permanente para preservação da hegemonia necessária à conformação de um bloco histórico que deponha a subalternidade. / The present work is related on the research of Gramsci\'s lexicon in order to identify the concepts that influenced the delimitation of an educational perspective and the place it occupies in the set of Gramscis work.Through the quantitative survey of words and terms that represent concepts mobilized by the author, sought the understanding of the developed ideas, the relationship between the concepts recurrence and its incidence on the formation of an educational setting, part of a political action project for the subalternity overcoming. The analysis focused on the set of \"Prison Notebooks\", the work that best expresses the accurate historical examination and the reflections on the strategic definition of political struggle developed by the author.Previous writings to his prison, \"Prison Letters\" and commentators productions were complementary to the study. Imagined as an inherent part of his project of social transformation, the educational conception could not be fully understood if shifted from a set of concepts produced and or reformulated by Gramsci throughout his stay in prison, among which stand out: common sense, good sense, religion, philosophy, ideology, philosophy of praxis, political society, civil society, structure, superstructure, war of positions, war of movement, power relations, transformism, Eastern, Western, State, historical bloc, passive revolution, permanent revolution, hegemony, subalternity, intellectual and moral reform, theory and practice, translatability, catharsis, molecular, collective will, conformism, form and content, intellectual, party, culture and men.The concepts use quantification in the \"Prison Notebooks\" signaled the relevance, but not necessarily determined the weight of their importance in the construction of Gramscian pedagogical meaning.The concept expansion of State and the reformulation and deepening of hegemony theory make up the way in which Gramsci realizes Marxism translatability, enriching it with a revolutionary educational perspective conceived as a proposal for subalternity overcoming.The historical and political theory developed by Gramsci can be expressed by two integrated dyads: hegemony and education; theory and practice.The revolution is thought as a molecular process of continuing education to preserve the hegemony required to the formation of a historical bloc that deposes the subalternity.
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UM GRITO EM RIMBAUD, RENATO RUSSO E PAULO LEMINSKI: ARTE EM DIÁLOGO.Oliveira, Vanderley José de 26 February 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-02-26 / This research presents a cutout in the work of the French poet Jean Nicolas Arthur Rimbaud
and Brazilian artists Renato Russo and Paul Leminski in analog form; grounded in the
literature and cultural production of the final decades of the nineteenth century in France and
Brazil, as well as in the final decades of the twentieth century. The analysis of texts is directed
to modernity: the hybrid theoretical aspects, polyphonic and dialogic; with emphasis on
marginalized and subaltern enunciation. The aim is to demonstrate, through these productions,
the interartistic effects of such aspects as well as its reflex on the language and public
reader-listener: the interlocutors. In discussing these issues based on the triad of texts, the
study aims to mark the arising of modern poetry, even in the late nineteenth century, the
moment that Rimbaud is the protagonist. Thus, was used as an object of analysis: the poems
of Rimbaud: Fome and O coração logrado ; the songs of Renato Russo: Teatro dos
vampiros and Daniel na cova dos leões and, finally, the poems of Leminski: Sintonia para
pressa e presságio and Sem título . In this context, the painting O gritoof the Norwegian
Edvard Munch (1893) emerges as a visual correspondence of poetic and musical art. / Esta pesquisa apresenta um recorte da obra do poeta francês Jean Nicolas Arthur Rimbaud e
dos artistas brasileiros Renato Russo e Paulo Leminski, de forma analógica, embasado na
literatura e produção cultural das décadas finais do século XIX na França e no Brasil, só que
nas décadas finais do século XX. A análise dos textos está direcionada à modernidade: seus
aspectos teóricos híbridos, polifônicos e dialógicos, com ênfase na marginalidade e
enunciação subalterna. O objetivo é demonstrar, por meio dessas produções, os efeitos
interartísticos de tais aspectos, bem como seus reflexos na linguagem e no público
leitor-ouvinte: os interlocutores. Ao discutir tais temas com base nos textos da tríade, o estudo
visa a demarcar o surgimento da poesia moderna, ainda no final do século XIX, momento no
qual Rimbaud é protagonista. Para tanto, foi utilizado como objeto de análise, os poemas de
Rimbaud: FOME e O coração logrado ; canções de Renato Russo: Teatro dos vampiros
e Daniel na cova dos leões e, por fim, os poemas de Leminski: Sintonia para pressa e
presságio e Sem título . Nesse contexto, a pintura O Grito, do norueguês Edward Munch
(1893), surge como a correspondência visual da arte poética e musical.
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A VISIBILIDADE DA MULHER SUBALTERNA. ANAHY DE LAS MISIONES: A MONARCA DAS COXILHASHauer, Roseneia do Rocio Prestes 29 March 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-03-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In the classic eighteenth-century narratives, which ones represent Farrapos’ War, the protagonism stands for phallocentric discourse. In a very sensitive and deeply way, the movie Anahy de las misiones (1997), unlike the classics, addresses the marginalized and subaltern woman issues, giving her the center and the voice of narrative. The director Sérgio Silva, director/actor, launches another look about Farroupilha Revollution and in this essay we intend to discuss what were these strategies which modified the discourse and brought as featured, in the work, the marginalized woman, subaltern, understanding the objectives of authorial and resumption films. It also intends to set up the effects this war brought for those women and the consequences for them and also for their people. Because for Weinhardt (2004), it is impossible to pass ten years of war only with great deeds. This essay justifies itself towards the fact that subaltern woman needs a higher power intervention to speak and to be heard. It also justifies itself because of the necessity of discussing about Gender issues, which is already constitute as a social emergency; and also for the help in comprehension of our diverse and intricate Brazilian society. To follow with the objectives we extract dialogues and scenes of Anahy and articulate it with historians, sociologists and philosophers studies, besides the Gender Theory – Butler, Scott, Lamas – literary and cinematographic. Furthermore, we will approach Derridean questions about deconstruction, for, “neglecting this inversion phase means forgetting the conflictual and subordinating structure of opposition.” (DERRIDA, 2001, p.48). The movie, released in 1997, it is part of the Resumption’s cinema decade, in which the greatest objective is to leverage national identity’s questions and its complex formation. / Nas narrativas clássicas oitocentistas, as quais representam a Guerra dos Farrapos, o protagonismo fica por conta do discurso falocêntrico. De uma maneira muito sensível e profunda, o filme Anahy de Las Misiones (1997), ao contrário dos clássicos, aborda a questão da mulher subalterna e marginalizada dando a ela o centro e a voz da narrativa. O diretor Sérgio Silva, o diretor/autor, lança outro olhar sobre a Revolução Farroupilha e pretende-se, neste trabalho, discutir quais foram essas estratégias que modificaram esse discurso e trouxeram como destaque, na obra, uma mulher marginalizada, subalterna, entendendo os objetivos do cinema autoral e do cinema de Retomada. Também, pretende levantar os efeitos que essa guerra trouxe para estas mulheres e as consequências desses efeitos sobre ela e os seus. Para Weinhardt (2004), não se consegue passar dez anos de guerra somente com grandes feitos. Esse trabalho justifica-se perante o fato de que a mulher subalterna necessita de intervenção de um poder maior para falar e ser ouvida. Justifica-se também pelo fato da necessidade de discutir sobre as questões de Gênero, o que já se constitui como urgência social; e pelo auxílio da compreensão da nossa intrincada e diversa sociedade brasileira. Para seguirmos com os objetivos extraímos diálogos e cenas de Anahy e articulamos com os estudos de historiadores, sociólogos, filósofos, além das teorias sobre Gênero – Butler, Scott, Lamas – e das teorias literária e cinematográfica, além de entrevistas com o diretor Sérgio Silva. Além disso, abordaremos as questões derridianas sobre a Desconstrução, pois, “descuidar-se dessa fase de inversão significa esquecer a estrutura conflitiva e subordinante da oposição”. (DERRIDA, 2001, p.48) O filme, lançado em 1997, faz parte da década do cinema de Retomada, onde o objetivo maior é alavancar as questões da identidade nacional e a sua complexa formação.
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CONTAR O CORPO: QUANDO O SUBALTERNO ASSUME A NARRATIVA.Martins, Josiane Aparecida 04 May 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-05-04 / The aim of this work is to analyze the novels: Paixao Pagu – early autobiography of Patricia Galvao, by Patricia Galvao, memorial telling of one of the most expressive Brazilian women, directed to Geraldo Ferraz, her intellectual partner and affair; and O Doce Veneno do Escorpiao – o Diario de uma garota de programa, by Bruna Surfistinha, published as the journal of one of the most required prostitutes in Brazil (both published in 2005, but written in different times). Our goal is to follow the track of the subordinate, when it finds the way to make himself listened by the society. In this context we privilege the subject woman because of the silent condition that woman is often submitted. The way followed by this work is going to be done from the theory of writing about self, by Michel Foucault, from the process of deconstruction and deterritorialization, by Gilles Deleuze and Felix Guatarri, and from the studies about autobiography, by Pillippe Lejeune, by the discourse analysis on both authors: Patricia Galvào and Bruna Surfistinha. / O objetivo deste trabalho é analisar as obras: Paixão Pagu – autobiografia precoce de Patrícia Galvão, de Patrícia Galvão, relato memorialístico de uma das mais expressivas mulheres brasileiras, dirigido a Geraldo Ferraz, seu companheiro íntimo e intelectual; e O Doce Veneno do Escorpião – o diário de uma garota de programa, de Bruna Surfistinha, relato publicado em forma de diário de uma das prostitutas mais aclamadas do Brasil (ambos pubicados em 2005, porém escritos em períodos distintos). O intuito é traçar a trajetória do subalterno, quando este encontra meios de se fazer ouvir na sociedade, através da análise dos textos literários citados. Privilegiamos o sujeito mulher, neste contexto, por conta da condição de silenciamento a que ela, quase sempre, é submetida. Tal percurso irá se realizar a partir da teoria da escrita de si, de Michel Foucault; dos processos de desconstrução e desterritorialização, conceituados por Gilles Deleuze e Félix Guatarri; e dos estudos sobre a autobiografia, efetuados por Philippe Lejeune, através da análise do discurso dos textos das duas autoras: Patrícia Galvão e Bruna Surfistinha.
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Entre o bronze da letra e o cristal da voz : interditos da voz na ficção de Mia CoutoSantos, Cristina Mielczarski January 2017 (has links)
Este trabalho propõe uma análise de seis livros de contos do autor moçambicano Mia Couto, publicados no período de 1987 a 2004. Fazem parte do corpus as seguintes obras contísticas: Vozes Anoitecidas (1987), Cada Homem é Uma Raça (1990), Estórias Abensonhadas (1994), Contos do Nascer da Terra (1997), Na Berma de Nenhuma Estrada e outros contos (2001) e O Fio das Missangas (2004), ampliando a proposta também para três romances: Vinte e Zinco (1999), A Confissão da Leoa (2012) e Mulheres de Cinzas (2015). A seguinte premissa norteou o trabalho: a escrita como tema na obra do autor pode ser considerada como a porta de entrada para a palavra interdita? Optou-se por ter, como objeto de estudo, a interdição da voz, ou seja, desenvolver um enfoque a partir das personagens que utilizam a escrita para comunicação. O foco foi dado a partir do gênero epistolar (bilhetes, cartas e diários), mas abrindo para outros silenciamentos, como o caso das exiladas da razão. As cartas são objeto de argumentação; exposição da intimidade e documento de foro íntimo. Verificaram-se similitudes e diferenças entre a carta real e a ficcional; elas podem assumir múltiplas características, a saber: conciliadora dos laços familiares; diálogo, monólogo ou solilóquio; preenchimento da solidão; confissão do inconfessável, espaço de contestação, revelação de sentimentos e emoções. Podem ser cartas falsas, de apresentação, de elemento de primeiro contato verbal. Escrevem tanto os alfabetizados como os analfabetos, esses com ajuda de terceiros. As missivas podem ter um destinatário imediato ou direto ou mediato ou indireto; elas conjecturam um diálogo que supõe um remetente, a subjetividade direta (o eu que fala) e um destinatário – a marca de uma alteridade. Nas obras do autor moçambicano, a palavra escrita presentifica-se e é representada por aquele que escreve – o que domina a escrita, a letra. Porém, dominando-a, ela pode também ser questionada, subvertida. Evidenciou-se, neste contexto, por intermédio das obras expostas o silenciamento da voz feminina pela repressão suscitada por meio da instituição patriarcal, social e política. Dialogou-se com críticos literários e estudiosos da literatura africana de língua portuguesa, dentre os quais destacamos: Ana Mafalda Leite, Inocência Mata, Maria Fernanda Afonso, José Pires Laranjeira, Laura Cavalcante Padilha, entre outros. Também houve interlocução com intelectuais africanos como Chinua Achebe, Anthony Kwame Appiah, Nkolo Foé e Achille Mbembe e Franz Fanon, da Martinica. Para dar conta da análise das missivas empregamos Andrée Crabbé Rocha; Michel Foucault; Philippe Lejeune, Phillip Rothwell e Leonor Arfuch. Abordou-se a palavra escrita, porque é por intermédio dela que as personagens subvertem o silenciamento de suas vozes. / This work proposes an analysis of six short story books by the Mozambican author Mia Couto, published between 1987 to 2004. The following works are part of the corpus: Vozes Anoitecidas (1987), Cada Homem é Uma Raça (1990), Estórias Abensonhadas (1994), Contos do Nascer da Terra (1997), Na Berma de Nenhuma Estrada e outros contos (2001) e O Fio das Missangas (2004), extending the proposal also to three novels, namely Vinte e Zinco (1999), A Confissão da Leoa (2012) and Mulheres de Cinzas (2015). The following premise guided the work: can written word as a theme in the author's work be considered as the door to the word interdict? I choose as object of study, the interdiction of the voice, that is, to develop a focus from the characters that use the writing for communication. The focus was given from the epistolary genre (notes, letters and diaries), but increased to other silencers, such as the case of reason exiles. The letters are subject to argument; intimacy exhibition and intimate forum document. There were similarities and differences between real and fictional letters; they can assume multiple characteristics: reconciling family ties; dialogue, monologue or soliloquy; filling the loneliness; confession of the unconfessable, space of contestation, revelation of feelings and emotions. They may be false letters, of presentation, of first element of verbal contact. Both the literate and the illiterate write, this with the help of others. The missives may have an immediate or direct receiver either mediate or indirect receiver, they conjecture a dialogue that supposes a sender, direct subjectivity (the speaking self) and a receivers – the mark of an otherness. In the work of the Mozambican author, the written word presents itself and is represented by the one who writes – which dominates the writing, the letters. But by dominating it, it can also be questioned, subverted. In this context, through the works on display, the silence of the female voice was repressed through the patriarchal, social and political institution. Dialogue with literary critics and Luso-African Literature scholars, among wich we name: Ana Mafalda Leite, Inocência Mata, Maria Fernanda Afonso, José Pires Laranjeira, Laura Cavalcante Padilha, among others. There were also interlocution with African intellectuals such as Chinua Achebe, Anthony Kwame Appiah, Nkolo Foé, Achille Mbembe and Franz Fanon from Martinica. For the analyses of missives, are employed theories by Andrée Crabbé Rocha; Michel Foucault; Philippe Lejeune, Phillip Rothwell and Leonor Arfuch. The written word was approached, because it is through it that the characters subvert the silencing of their voices.
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Poetic language and subalternity in Yvonne Vera's butterfly burning and the stone virgins.Kostelac, Sofia Lucy 28 February 2007 (has links)
Student Number : 9803321X -
MA Dissertation -
School of Literature and Language Studies -
Faculty of Humanities / The primary aim of this dissertation is to trace the ways in which Yvonne Vera’s final
two novels, Butterfly Burning and The Stone Virgins, provide a discursive space for the
enunciation of subaltern histories, which have been silenced in dominant socio-political
discourse. I argue that it is through the deployment of ‘poetic language’ that Vera’s prose
is able to negotiate the voicing of these suppressed narratives. In exploring these
questions, I endeavour to locate Vera’s texts within the theoretical debates in postcolonial
scholarship which question the ethical limitations of representing oppressed subjects in
the Third World, as articulated by Gayatri Spivak, in particular. Following Spivak’s
claim that subalternity is effaced in hegemonic discourse, I focus on the ways in which
Vera’s inventive prose works to bring the figure of the subaltern back into signification.
In order to elucidate how this dynamic operates in both novels, I employ Julia Kristeva’s
psycholinguistic theory of ‘poetic language’. I argue that Kristeva’s understanding of
literary practice as a transgressive modality, which is able to unsettle the silencing
mechanisms of dominant monologic discourse, critically illuminates the subversive value
of Vera’s fictional style for marginalised subaltern narratives.
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How to hear the unspoken: Engaging cross-cultural communication through the Latin American testimonial narrativeRuiz-Aho, Elena Flores 01 June 2006 (has links)
This project seeks to address issues in cultural politics brought on by difficulties in cross-cultural communication, particularly as these problems manifest themselves in twentieth century Latin American testimonial narratives. By developing a critical line of questioning drawn from Gayatri Spivak's influential article "Can the Subaltern Speak," one aim herein is to analyze and describe the ways in which the narrative, Me Llamo Rigoberta Menchú Me Nació la Conciencia, translated into English as I, Rigoberta Menchú: An Indian Woman in Guatemala, exemplifies the incommensurable nature of cross-cultural discursive attempts. This is done through a twofold method: one, by placing heavy emphasis on the role of the reader as constitutor of meaning in a (textual) discursive transaction between culturally-different agents, and two, by drawing attention to the role of historically-determined interpretive frameworks in the reception and interpretation of Subaltern ennunciative acts. The latter, I argue, is necessary for gaining an adequate understanding of receiving and conveying meaning within cross-cultural paradigms. To this end, as an example of the problems, contextual and methodological, that arise in such communicative attempts between cultures, I take up the academic controversy stirred up by the publication of David Stoll's Rigoberta Menchú and the Story of All Poor Guatemalans. Lastly, I investigate the socio-political implications of such failures in intercultural communication, giving rise to secondary lines of questioning such as finding ways to create favorable conditions for the possibility of genuine cross-cultural dialogue. One possibility, I suggest, is adopting a method of reading/listening which, borrowing from phenomenology, is continually on the way, always unfinished, and lets the life of the subaltern emerge by remaining open, not just to what is said, but to what is left unsaid.
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