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Seleção do local de desova das tartarugas marinhas Eretmochelys imbricata e Caretta caretta na praia de Arembepe, Bahia, Brasil: conseqüências sobre o sucesso de eclosão e para o manejo das desovas.Serafini, Thiago Zagonel January 2007 (has links)
Submitted by Mendes Eduardo (dasilva@ufba.br) on 2013-08-21T15:40:14Z
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Previous issue date: 2007 / Fapesb, Tamar BA / A seleção do local de desova pelas tartarugas marinhas representa um aspecto importante de seu processo reprodutivo, pois poderá influenciar o sucesso de eclosão dos ninhos. A posição do ninho ao longo do perfil da praia e o efeito da presença e quantidade de vegetação sobre o ninho são variáveis potencialmente relevantes nesse aspecto. A praia de Arembepe, no estado da Bahia, Brasil, é área de desova de Caretta caretta e Eretmochelys imbricata. Nas temporadas reprodutivas de 2004/2005 e 2005/2006, avaliamos, para ambas as espécies, a influência das características da praia e da cobertura vegetal na escolha dos locais de desova e no sucesso de eclosão.C. caretta apresentou preferência por desovar na zona de areia e E. imbricata não apresentou preferência por nenhuma das zonas (areia e vegetada). A vegetação praial foi importante na modulação do comportamento de seleção do local de desova para ambas as espécies. Em nenhuma das espécies o sucesso de eclosão foi influenciado pela sua posição ao longo do perfil da praia. Para E. imbricata, o sucesso foi influenciado negativamente pelo aumento da densidade de cobertura de vegetação. O padrão de distribuição dos ninhos das espécies refletiu em uma maior necessidade de manejo de ninhos em risco de erosão pela maré de C. carttea do que de E. imbricata. Para a conservação das espécies, ressalta-se a importância da preservação da vegetação praial. Ninhos em risco de erosão podem ser manejados para qualquer posição ao longo do perfil da praia, sem efeito relevante sobre o
sucesso de eclosão, devendo-se apenas evitar altas densidades de cobertura de vegetação
para desovas de E. imbricata. / Salvador, Bahia.
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Helmintofauna de Chelonia mydas (Linnaeus, 1758) no sul do Estado do Espírito Santo e descrições de lesões teciduais.BINOTI, E. 09 February 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-02-09 / Dentre as espécies de tartarugas marinhas existentes, todas estão classificadas em algum grau de extinção, inclusive as cinco espécies que ocorrem na costa brasileira. As ameaças são várias, incluindo a ação antrópica, e dentre as enfermidades que as fazem aparecer mortas ou debilitadas nas praias, está o parasitismo. Devido a falta de conhecimento acerca dos patógenos que acometem esses animais, objetivou-se com este estudo avaliar a helmintofauna das tartarugas marinhas da espécie Chelonia mydas que vieram a óbito no litoral Sul do Estado do Espírito Santo e descrever as lesões teciduais nos animais parasitados. Foi realizado um estudo retrospectivo utilizando 212 fichas das tartarugas que foram necropsiadas. E um estudo prospectivo, onde das 212 tartarugas, 50 parasitadas foram selecionadas para coleta de amostras de parasitos, e 16 para coleta de amostra de tecidos. Um total de 106 tartarugas apresentou uma ou mais espécies de parasitos. Foram identificados 21 espécies diferentes e um gênero de trematódeos distribuídos em nove famílias. Dentre as espécies identificadas, três delas são relatadas pela primeira vez na costa brasileira, Deuterobaris intestinalis, Enodiotrema reductum e Rhytidodoides similis. Não houve associação significativa do parasitismo com os animais debilitados. Dos tecidos avaliados no exame histopatológico, foram observados ovos de trematódeos, associados ou não a células gigantes, em vários órgãos, principalmente em baço e pulmões. No entanto, as lesões por ovos não foram relacionadas à debilidade ou morte dos animais e não foi possível afirmar que os ovos pertenciam à família Spirorchiidae, devido as lesões serem crônicas e os parasitos adultos desta família não terem sido encontrados em todos os animais que apresentaram os ovos nos tecidos. Estes resultados contribuem de forma importante para o conhecimento da fauna helmintológica das tartarugas marinhas da costa do Espírito Santo.
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Estimativa da razão sexual de Lepidochelys olivacea (Testudines, Cheloniidae) no Espírito Santo, BrasilVASCONCELOS, D. G. 07 April 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-04-07 / Mundialmente são listadas sete espécies de tartarugas marinhas, divididas em duas famílias Dermochelyidae e Cheloniidae, das quais cinco ocorrem no Brasil: Lepidochelys olivacea, Chelonia mydas, Eretmochelys imbricata, Caretta caretta e Dermochelys coriacea. As tartarugas marinhas são répteis cosmopolitas, com migrações de centenas a milhares de quilômetros entre as áreas de alimentação e desova. Lepidochelys olivacea, conhecida como tartaruga-oliva é a menor dentre as tartarugas marinhas encontradas em águas Brasileiras. O estado do Espírito Santo é considerado área secundária de nidificação para a espécie, por apresentar um número reduzido de desovas. Os quelônios marinhos apresentam determinação sexual dependente da temperatura do ambiente onde se encontram. A razão sexual desses animais está diretamente relacionada à temperatura do solo e ao tempo de incubação dos ninhos, na qual temperaturas mais altas produzem fêmeas, enquanto os machos são produzidos em temperaturas amenas. Existe um período sensível para a determinação do sexo, e este ocorre em torno do terço médio da incubação (20º ao 41º dia). Uma razão sexual de 1:1 (50% machos e 50% fêmeas) é produzida quando os embriões são expostos, no segundo terço de incubação, à chamada temperatura pivotal. O procedimento mais usual na identificação do sexo em quelônios recém-nascidos é uma análise histológica das gônadas, visto que os filhotes não possuem dimorfismo sexual. O trabalho de campo foi realizado no litoral norte do município de Linhares, Espírito Santo, entre a foz do rio Doce, a vila de Povoação e o balneário de Pontal do Ipiranga na temporada reprodutiva de 2015/16. Através de busca ativa foram encontrados os ninhos de Lepidochelys olivacea e inserido para registro das temperaturas um data logger (termômetro) que monitorou a temperatura durante todo o período de incubação e retirado no momento da eclosão dos filhotes. Monitoramos a temperatura de 15 ninhos de L. olivacea, esses ninhos registraram durante todo o período de incubação temperaturas entre 29ºC e 32,5ºC. No segundo terço, os valores de ficaram entre 31°C, dentro da temperatura pivotal para espécie em estudo. A temperatura média dos ninhos com a temperatura média do ambiente externo, foram significativamente diferentes (valor p=0,000), sendo que a temperatura média dentro dos ninhos (30,93°C) foi maior que a externa (25,59°C). O número médio de filhotes machos foi significativamente igual ao número médio de filhotes fêmeas (valor-p=0,782). Analisando a temperatura com os dias de incubação, ficou evidente que quanto maior a temperatura média do ninho, menor tenderá a ser o tempo de incubação. O número de ninhos, assim como o tempo de incubação analisados em temporadas passadas (entre 2003/04 a 2015/16), uma vez que o valor da temperatura está relacionado aos dias de incubação, observamos ao longo dos anos de 2003/04 a 2015/16 que o número médio de dias de incubação dos ninhos diminuiu ao longo do tempo e a redução média foi maior na base PV. Estimamos a razão sexual em 1:1, com 50% fêmeas e 50% machos na maioria dos ninhos estudados, e a sexagem dos filhotes também indicou não ocorrer diferença significativa entre os sexos.
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Impacto da pesca sobre a mortalidade de tartarugas-verdes (Chelonia mydas) na costa do Espírito SantoUZAI, L. M. S. 23 February 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-02-23 / Devido à ação antrópica, as tartarugas-verdes (Chelonia mydas) tem sofrido redução populacional, principalmente de exemplares juvenis. Objetivou-se estipular o número de mortes registradas em C. mydas nas praias capixabas em decorrência da atividade pesqueira (direta e indiretamente) nos anos de 2013 a 2014, bem como, associar as características biométricas nestes animais. Os dados foram obtidos por levantamento retrospectivo das fichas de registro e de necropsia de C. mydasprovenientes de encalhe. Foi realizada estatística descritiva e o teste não paramétrico de correlação de Spearman a 5% de probabilidade. As praias com maiores mortalidades foram: Praia do Suá e Curva da Jurema, em Vitória; Boa Vista do Sul, em Marataízes; Porto Velho, em Anchieta; Praia de Piúma, em Piúma e Praia de Itaipava, em Itapemirim. Em 76% (222/293) a causa primária da morte foi classificada como impacto direto e em 24% (71/293) como indireto. Constatou-se que 568 Chelonia mydas vieram a óbito no período estudado e o impacto com pesca foi responsável pela morte de52% (293/568) dos animais. Destes verificou-se que 87% (254/293) foram fêmeas e 13% (39/293) machos, com peso médio de 5,95 kg (±2,83), comprimento curvilíneo de carapaça (CCC) de 37,86 cm (±7,43) e largura curvilínea de carapaça (LCC) média de 34,68 cm (± 6,83). A condição corporal boa foi registrada em 53% (154/293) dos animais e a estação do ano com maior mortalidade foi o inverno com 29% (85/293). Estatisticamente houve significância do impacto pesqueiro com o peso e do impacto pesqueiro com a condição corporal. Conclui-se que nos anos de 2013 a 2014 as praias com maior índice de mortalidade em C. mydas foram aquelas que possuem maior representatividade na atividade pesqueira e turística no Estado. Os indivíduos mais afetados foram fêmeas, juvenis e aqueles com boa condição corporal, além disso, o impacto pesqueiro revelou correlação negativa com o menor peso e com a condição corporal ruim.
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O campo magnético natural terrestre como parâmetro da movimentação oceânica de tartarugas marinhasSILVA, Guilherme Pereira da 25 October 2013 (has links)
Submitted by Amanda Silva (amanda.osilva2@ufpe.br) on 2015-03-05T14:03:58Z
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Previous issue date: 2013 / Neste estudo relaciona-se o campo magnético natural terrestre, a movimentos oceânicos de tartarugas
marinhas. Utilizou-se mapas e dados de posição geográfica, referentes a rotas oceânicas de tartarugasverdes
(Chelonia mydas) e tartarugas-de-couro (Dermochelys coriacea), publicados em periódicos
especializados. Construiu-se tabelas, contendo dados relativos ao campo geomagnético, em softwares
dos modelos globais WMM2010 e EMM2010. Além de comparativos, com gráficos e tabelas
numéricas, entre as posições ocupadas por animais e a intensidade do campo magnético total (F), da
contribuição dada pela crosta. Inicialmente, foi identificada a presença de múltiplas anomalias
magnéticas (variações irregulares do campo), próximas às posições ocupadas pelas tartarugas
marinhas. Localizadas as posições geográficas e intensidades destas anomalias, constatou-se que as
tartarugas-verdes deslocaram-se no sentido de evitarem estas regiões. O estudo aplicou a metodologia,
à trilhas oceânicas de onze regiões distintas, verificando ser este comportamento comum a todas elas.
Um estudo matemático específico, relativo às intensidades de anomalias magnéticas, nas proximidades
das Ilhas de Ascensão (no Oceano Atlântico) e da Ilha Europa (Canal de Moçambique), mostrou que,
além de desviarem de anomalias, os animais navegaram por uma faixa cuja intensidade oscilou entre
- 50 e +50 nanoTesla (nT). Isto sugere haver uma “faixa de conforto geomagnético”, relativo à
contribuição gerada pela crosta terrestre, na qual os animais buscam se posicionar. Cinco tartarugasverdes
na Ilha de Ascensão estiveram em regiões a 85% desta faixa, e três animais na Ilha Europa, a
81%. Assim, na maior parte das posições ocupadas pelos animais, o campo de anomalias variou entre -
50 e +50 nT. Foram realizados mais dois estudos comparativos, utilizando o campo magnético da
crosta, porém considerando-se as componentes Norte-Sul, Leste-Oeste e Vertical, do campo total. Um
primeiro estudo, comparou posições geográficas de sete tartarugas-verdes, que depositaram ovos em
Galápagos e migravam para o continente, com a intensidade do campo total da crosta oceânica. Neste
caso, os animais também mantiveram o mesmo comportamento, evitando regiões de maior
variabilidade geomagnética. Ao analisar-se a região do entorno de cada posição ocupada, verificou-se
que os animais optaram por ocupar posições com intensidade relativa próxima à média local. Uma
projeção georreferenciada, de regiões do entorno (limites meio por meio grau), mostrou que os
animais estavam, na maior parte das vezes, mais próximos das intensidades médias do que das
máximas e mínimas. Numéricamente, a diferença entre as médias locais e as intensidades nas posições
dos animais variou entre 1,4 e 8,5%. A diferença relativa de intensidade para máximos e mínimos
locais estão, em média, entre 44,3 e 55,7%, indicando que os animais optaram por posições
intermediárias. Um último estudo, repetiu a metodologia para duas tartarugas-de-couro, um macho e
uma fêmea, que navegaram no Oceano Atlântico Sul, próximo à costa brasileira. Além de percorrem
rotas que evitavam regiões com maior variabilidade do campo da crosta oceânica, estes animais
mantiveram-se em posições cujas intensidades eram relativamente medianas ao entorno. Durante o
trajeto, os animais posicionaram-se em locais onde a intensidade é mais próxima das médias locais, do
que das máximas e mínimas. O espécime fêmea esteve em pontos que diferiam de intensidade, em
média, em 1,75% do valor médio local de campo; enquanto o espécime macho em 0,42%. Assim,
através de avaliações realizadas por regiões oceânicas distintas, espécies diferentes e épocas diversas,
pode-se apontar a intensidade do campo magnético gerado pela crosta terrestre como um parâmetro
componente da orientação e navegabilidade de tartarugas marinhas em mar aberto.
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Análise de marcas de crescimento ósseo e estimativas de idade para Chelonia mydas (Linnaeus, 1758) no litoral do Rio Grande do SulTrigo, Cariane Campos January 2004 (has links)
A tartaruga-verde, Chelonia mydas, possui ampla distribuição geográfica circuntropical, ocorrendo em toda zona costeira brasileira. A espécie está incluída em diversas listas de animais ameaçados de extinção, sendo assim fundamental a elaboração de modelos demográficos que possam vir a subsidiar futuros planos de manejo. Contudo, muitos aspectos referentes à história de vida destes animais ainda são pouco conhecidos, por serem animais marinhos de difícil observação, especialmente durante o período que despendem nas áreas de alimentação e durante as grandes migrações. As tartarugas marinhas apresentam características, em seu ciclo de vida, que dificultam a realização de estudos de marcação e recaptura, para determinação de parâmetros importantes como crescimento e determinação de idade. Por esta razão, muitos estudos envolvendo determinação de idade utilizando linhas cíclicas de crescimento presentes nos tecidos rígidos - esqueletocronologia, vêm sendo acumulados para esta espécie. Muito pouco se sabe sobre quaisquer aspectos relacionados às etapas do ciclo de vida das tartarugas marinhas que habitam o litoral do Rio Grande do Sul, deste modo, este estudo tem como principal objetivo avaliar a técnica histológica utilizada usualmente nas análises de esqueletocronologia em tartarugas marinhas a fim de verificar a ocorrência de crescimento cíclico nos ossos e de se obter estimativas de idade para a população local. As amostras são provenientes de tartarugas-verdes encalhadas no litoral norte do Rio Grande do Sul e coletadas, de forma sistemática entre Torres e Mostardas, de março de 1994 a setembro de 2003. Os 89 exemplares (35%) de tartarugas-verdes registrados indicam que a espécie é a segunda em número de ocorrências, sendo menos freqüente apenas que Caretta caretta (54%). Foi verificada apenas a ocorrência de exemplares juvenis (ccc = 29,0 a 52,0 cm, média = 38,9cm), que estão iniciando o período de desenvolvimento costeiro. A técnica avaliada não apresentou os resultados esperados, necessitando de algumas modificações metodológicas. A partir da observação dos cortes histológicos pôde-se constatar a presença de linhas de crescimento ósseo em apenas onze dos vinte e quatro indivíduos que apresentaram resultados satisfatórios na preparação histológica, indicando que a deposição das linhas pode ser variável e dependente de fatores ambientais. Nos onze indivíduos puderam ser distinguidas de uma a cinco linhas de crescimento, indicando uma idade entre 1 e 5 anos para o término da fase no ambiente pelágico. Com estes resultados obteve-se o primeiro registro da presença de linhas de crescimento ósseo, assim como, a primeira estimativa de idade para a população de Chelonia mydas no início de sua fase de desenvolvimento costeiro no Brasil.
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Análise de marcas de crescimento ósseo e estimativas de idade para Chelonia mydas (Linnaeus, 1758) no litoral do Rio Grande do SulTrigo, Cariane Campos January 2004 (has links)
A tartaruga-verde, Chelonia mydas, possui ampla distribuição geográfica circuntropical, ocorrendo em toda zona costeira brasileira. A espécie está incluída em diversas listas de animais ameaçados de extinção, sendo assim fundamental a elaboração de modelos demográficos que possam vir a subsidiar futuros planos de manejo. Contudo, muitos aspectos referentes à história de vida destes animais ainda são pouco conhecidos, por serem animais marinhos de difícil observação, especialmente durante o período que despendem nas áreas de alimentação e durante as grandes migrações. As tartarugas marinhas apresentam características, em seu ciclo de vida, que dificultam a realização de estudos de marcação e recaptura, para determinação de parâmetros importantes como crescimento e determinação de idade. Por esta razão, muitos estudos envolvendo determinação de idade utilizando linhas cíclicas de crescimento presentes nos tecidos rígidos - esqueletocronologia, vêm sendo acumulados para esta espécie. Muito pouco se sabe sobre quaisquer aspectos relacionados às etapas do ciclo de vida das tartarugas marinhas que habitam o litoral do Rio Grande do Sul, deste modo, este estudo tem como principal objetivo avaliar a técnica histológica utilizada usualmente nas análises de esqueletocronologia em tartarugas marinhas a fim de verificar a ocorrência de crescimento cíclico nos ossos e de se obter estimativas de idade para a população local. As amostras são provenientes de tartarugas-verdes encalhadas no litoral norte do Rio Grande do Sul e coletadas, de forma sistemática entre Torres e Mostardas, de março de 1994 a setembro de 2003. Os 89 exemplares (35%) de tartarugas-verdes registrados indicam que a espécie é a segunda em número de ocorrências, sendo menos freqüente apenas que Caretta caretta (54%). Foi verificada apenas a ocorrência de exemplares juvenis (ccc = 29,0 a 52,0 cm, média = 38,9cm), que estão iniciando o período de desenvolvimento costeiro. A técnica avaliada não apresentou os resultados esperados, necessitando de algumas modificações metodológicas. A partir da observação dos cortes histológicos pôde-se constatar a presença de linhas de crescimento ósseo em apenas onze dos vinte e quatro indivíduos que apresentaram resultados satisfatórios na preparação histológica, indicando que a deposição das linhas pode ser variável e dependente de fatores ambientais. Nos onze indivíduos puderam ser distinguidas de uma a cinco linhas de crescimento, indicando uma idade entre 1 e 5 anos para o término da fase no ambiente pelágico. Com estes resultados obteve-se o primeiro registro da presença de linhas de crescimento ósseo, assim como, a primeira estimativa de idade para a população de Chelonia mydas no início de sua fase de desenvolvimento costeiro no Brasil.
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Filogeografia global da tartaruga oliva (Lepidochelys olivacea)Hahn, Anelise Torres January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / The first chapter of this thesis is the first study about the olive ridley turtle’s (Lepidochelys olivacea) genetic diversity and population structure in Brazil. The olive ridley is the most abundant species of marine turtle and is listed as vulnerable by the IUCN. Olive ridleys had a strong history of harvest in the Atlantic Ocean, with some populations being severely depleted; in Brazil the egg exploitation was intense until before 1982. However, a single study with a very low sample size so far investigated the species´ mtDNA diversity in the region. Herein we characterize the genetic diversity and population structure of the olive ridley nesting populations in the Brazilian coast based on 92 samples sequenced for the mtDNA control region and 67 samples genotyped for fifteen microsatellite loci. Although three mtDNA haplotypes were found, two previously unknown but very rare, the Brazilian nesting population presented one of the lowest mtDNA diversity known for the species. Contrary, our newly described microsatellite data showed moderate to high genetic diversity for olive ridleys from Brazilian nesting sites, similar to the few other nesting populations studied so far, suggesting that the high level of egg harvest in Brazil did not result in a recent genetic bottleneck. mtDNA data indicated a population expansion following a population decline in the past while microsatellite data suggested a scenario of demographic stability, supporting the scenario of colonization of Atlantic Ocean via a founder effect. Since results from both markers present no evidence of significant genetic differences between the studied olive ridleys nesting areas in the Brazilian coast, conservation strategies should consider the Brazilian olive ridleys as a single interbreeding population. The second chapter is a global phylogeographic study of the olive ridley. It was proposed that the ridley turtles diverged after the closure of the Isthmus of Panama during the Pliocene, and then L. olivacea has spread from the Pacific Ocean into the Indo-Pacific, Indian and only recently to the Atlantic Ocean. Genetic analyses have been consistent with this scenario although some authors have proposed the Indo-Pacific region as the center of origin for the ridley turtles instead. To address this and other questions on the population structure patterns and demographic changes through time, we used mtDNA sequence and the STRs for 300 samples of ridley turtles across their range. The olive ridley nesting sites are well structured for the mtDNA, while for STRs the population divergences are lower for regional rookeries but highly significant among oceans, suggesting male-mediated gene flow within oceans. Beyond a kemp’s clade, we corroborated the existence of four geographic mtDNA clades for the olive ridleys: the K clade only found in Indian Ocean, and the East Pacific, Indo- Pacific and Atlantic clades. The K clade originated around 1. 6 Mya, the East Pacific clade about 0. 61 Mya, and the split between the Indo-Pacific and Atlantic lineages around 0. 36 Mya. These results are mostly consistent with the recent colonization of East Pacific and the Atlantic and suggest a model of recurrent extinction/colonization for most ridley nesting sites that may be explained by the climatic changes, especially during the Pleistocene. Diversification times within all five clades are very similar, ranging between 221 Kya and 342 Kya, suggesting the most recent demographic events for most oceanic regions may have been concurrent. Significant statistics for the STR data and similarly shaped star trees in each of the four major olive ridley clades suggested a population expansion, a scenario partially corroborated by the Bayesian Skyline Plot analysis which is indicating a population expansion for L. olivacea after the last glacial maximum. / O capítulo inicial desta tese é o primeiro estudo sobre a diversidade genética e estrutura populacional de Lepidochelys olivacea (tartaruga oliva) no Brasil. O litoral de Sergipe e do norte da Bahia correspondem as principais áreas de desova da tartaruga oliva no Brasil. Desde 1992, o número de desovas de tartaruga oliva vem crescendo nestas áreas, indicando um aumento populacional; porém, a espécie continua ameaçada, principalmente devido às atividades de pesca e ao desenvolvimento costeiro desordenado. Neste estudo foram utilizadas sequências do DNA mitocondrial (mtDNA), além de 15 loci de microssatélites (STRs) para avaliar a diversidade genética e a estrutura populacional da tartaruga oliva em sítios de desova no Brasil. Além disso, utilizaram-se sequências previamente publicadas do mtDNA do Suriname para comparações populacionais. Identificou-se baixa diversidade genética no mtDNA da tartaruga oliva, com registro de apenas três haplótipos (F, F1 e F2), sendo o mais comum deles (F) encontrado em quase 95% dos indivíduos amostrados. Por outro lado, os loci de STRs mostraram maior diversidade genética. Os resultados também evidenciaram a falta de diferenciação genética entre as praias de desova na costa do Brasil, tanto para o mtDNA quanto para os STRs, sugerindo assim, a existência de uma única população de desova da tartaruga oliva no Brasil. As análises de diferenciação populacional entre Brasil e Suriname indicaram baixa distinção genética entre estas duas áreas, porém características biológicas sugerem que as duas populações atualmente estejam isoladas.O segundo capítulo estuda a filogeografia global de L. olivacea, utilizando um segmento do mtDNA e 15 loci de STRs em 330 e 291 indivíduos amostrados, respectivamente. Foram encontradas quatro clados mitocondriais correspondentes aos oceanos Índico, Indo-Pacífico, Pacífico leste e Atlântico. As idades de separação foram 1,6, 0,6 e 0, 32 milhão de anos atrás para o clado exclusivo do oceano Índico, do Pacífico leste e do Indo-Pacífico e Atlântico, respectivamente, ou ainda, mais recente que isto. Nossos resultados corroboram um modelo de extinção/colonização recorrentes para a maioria dos sítios de desova da espécie. A estruturação genética entre os oceanos foi altamente significativa, bem como entre a maior parte dos diferentes sítios de desova intra-oceânicos. Da mesma forma, a análise dos STRs demonstrou que a diferenciação entre os oceanos é alta, no entanto, dentro dos oceanos esta diferenciação é consideravelmente menor e não significativa entre a maior parte das áreas de desova, indicando os machos como importantes veículos para o fluxo gênico. Nossos resultados indicam que as linhagens atuais se diversificaram há aproximadamente 200 mil anos atrás com uma expansão populacional para a espécie há aproximadamente 15 mil anos, sendo que, este cenário é parcialmente corroborado quando analisamos as linhagens separadamente. Os resultados com STRs indicaram crescimento populacional quando as análises foram realizadas agrupando as populações dentro dos oceanos. Os resultados obtidos neste estudo indicam que as populações de desova de L. olivacea dos oceanos Índico, Indo-Pacífico, Pacífico leste e Atlântico são distintas e devem ser manejadas separadamente.
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Dieta da tartaruga-verde, Chelonia mydas Linnaeus, 1758 (Testudines, Cheloniidae), no litoral norte do Rio Grande do SulNakashima, Sue Bridi January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / To analyze the diet of a green sea turtle, Chelonia mydas, in the northern coast of Rio Grande do Sul we analyzed 64 gastrointestinal contents. Specimens were obtained between 1994 and 2006 during beach surveys of strandings and accidental captures in fishing nets. The study area extended from Lagoa do Peixe, in Tavares (29º19´S) to Torres (049º43´W). Torres is the northern limit of Rio Grande do Sul in the boundaries with the State of Santa Catarina. We registered 146 green sea turtles with a 40 cm mean carapace length (29,0 - 67,0 cm) what indicated that all specimens were juveniles. Specimens were collected along all seasons, but were more frequent during spring (n = 22) and summer (n = 17). The stomach contents were divided in five categories (percentage of total volume in parentheses): algae (72 %), mollusks (68 %), crustaceans (31 %), fishes (8 %) and marine debris (80 %). The most abundant algae species were Sargassum spp. (25 %) and Ulva spp. (22 %). The animal species more frequent were mollusks, Amiantes purpuratus e Anomalocardia brasiliana (6,3 %), crustaceans Cytograpsus alimanus (12,5 %) and fish Urophycis brasiliensis (4,7 %). Marine debris was the most frequent item in the gastrointestinal contents were classified as flexible (67 %) or inflexible (53 %). It is suggested that marine debris is one of the main causes for sea turtles mortality, a major problem for the conservation of the entire marine environment. / Para a análise da dieta da tartaruga-verde, Chelonia mydas, no litoral norte do Rio Grande do Sul, foram analisados os conteúdos de tratos gastrointestinais de 64 exemplares. As amostras foram obtidas através de monitoramento de beira de praia e capturas acidentais em redes de pesca, entre os anos de 1994 a 2006. A área de estudo compreende desde a barra da lagoa do Peixe em Tavares (29º19´S) até o município de Torres (049º43´W), limite norte do Rio Grande do Sul, divisa com o Estado de Santa Catarina. Durante o período de estudo foram registrados 146 exemplares de tartarugas-verdes, com comprimento da carapaça entre 29,0 e 67,0 cm (média = 39,7 cm), o que indica serem todos juvenis. Constataram-se registros por todo o ano, com um número maior de exemplares na primavera (n = 22) e verão (n = 17), em todos os anos de coletas. Os itens encontrados foram divididos em cinco categorias: algas (72 %), moluscos (68 %), crustáceos (31 %), peixes (5 %) e lixo (80 %). Sargassum spp. (25 %) e Ulva spp. (22 %) foram as algas mais freqüentes encontradas. As espécies de animais mais freqüentes, segundo as categorias estabelecidas foram: duas espécies de moluscos da Classe Bivalvia, Amiantes purpuratus e Anomalocardia brasiliana (6,3 %), uma de crustáceos Cytograpsus alimanus (12,5 %) e uma de peixes Urophycis brasiliensis (4,7 %). O lixo foi o mais freqüente de todos os itens encontrados nos conteúdos gastrointestinais, divididos entre maleáveis (67%) e rígidos (53 %). Sugere-se que o lixo é uma das causas da mortalidade de tartarugas marinhas, sendo um grande problema para a conservação de todo o ambiente marinho.
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Análise de marcas de crescimento ósseo e estimativas de idade para Chelonia mydas (Linnaeus, 1758) no litoral do Rio Grande do SulTrigo, Cariane Campos January 2004 (has links)
A tartaruga-verde, Chelonia mydas, possui ampla distribuição geográfica circuntropical, ocorrendo em toda zona costeira brasileira. A espécie está incluída em diversas listas de animais ameaçados de extinção, sendo assim fundamental a elaboração de modelos demográficos que possam vir a subsidiar futuros planos de manejo. Contudo, muitos aspectos referentes à história de vida destes animais ainda são pouco conhecidos, por serem animais marinhos de difícil observação, especialmente durante o período que despendem nas áreas de alimentação e durante as grandes migrações. As tartarugas marinhas apresentam características, em seu ciclo de vida, que dificultam a realização de estudos de marcação e recaptura, para determinação de parâmetros importantes como crescimento e determinação de idade. Por esta razão, muitos estudos envolvendo determinação de idade utilizando linhas cíclicas de crescimento presentes nos tecidos rígidos - esqueletocronologia, vêm sendo acumulados para esta espécie. Muito pouco se sabe sobre quaisquer aspectos relacionados às etapas do ciclo de vida das tartarugas marinhas que habitam o litoral do Rio Grande do Sul, deste modo, este estudo tem como principal objetivo avaliar a técnica histológica utilizada usualmente nas análises de esqueletocronologia em tartarugas marinhas a fim de verificar a ocorrência de crescimento cíclico nos ossos e de se obter estimativas de idade para a população local. As amostras são provenientes de tartarugas-verdes encalhadas no litoral norte do Rio Grande do Sul e coletadas, de forma sistemática entre Torres e Mostardas, de março de 1994 a setembro de 2003. Os 89 exemplares (35%) de tartarugas-verdes registrados indicam que a espécie é a segunda em número de ocorrências, sendo menos freqüente apenas que Caretta caretta (54%). Foi verificada apenas a ocorrência de exemplares juvenis (ccc = 29,0 a 52,0 cm, média = 38,9cm), que estão iniciando o período de desenvolvimento costeiro. A técnica avaliada não apresentou os resultados esperados, necessitando de algumas modificações metodológicas. A partir da observação dos cortes histológicos pôde-se constatar a presença de linhas de crescimento ósseo em apenas onze dos vinte e quatro indivíduos que apresentaram resultados satisfatórios na preparação histológica, indicando que a deposição das linhas pode ser variável e dependente de fatores ambientais. Nos onze indivíduos puderam ser distinguidas de uma a cinco linhas de crescimento, indicando uma idade entre 1 e 5 anos para o término da fase no ambiente pelágico. Com estes resultados obteve-se o primeiro registro da presença de linhas de crescimento ósseo, assim como, a primeira estimativa de idade para a população de Chelonia mydas no início de sua fase de desenvolvimento costeiro no Brasil.
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