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Avaliação de terapia cognitiva-comportamental para prevenção de reincidência penitenciária / Evaluation of cognitive-behavioral therapy for prevention of prison recidivism

Fabiana Saffi 23 March 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: A reinserção do indivíduo na sociedade, após ele ter cometido um ato anti-social, iniciou-se com o Iluminismo. Atualmente várias pesquisas têm sido realizadas para se verificar a eficácia de trabalhos de reinserção social para criminosos. Entretanto na realidade brasileira não existem trabalhos sistematizados para a população prisional. Como decorrência disto, pensou-se em sistematizar uma intervenção terapêutica para prevenção de reincidência penitenciária e verificar sua eficácia. MÉTODOS: A terapia cognitivo-comportamental para prevenção à reincidência penitenciária é composta por 10 sessões estruturadas. O grupo de sujeitos foi formado por sentenciados, que cumpriam pena no regime semi-aberto, presos, no mínimo, pela segunda vez (reincidentes penitenciários); o tempo máximo de pena que teriam que cumprir deveria ser inferior a quinze anos e já deveriam ter cumprido tempo suficiente para requisitar progressão de regime. Os 43 sujeitos que iniciaram a pesquisa foram divididos em dois grupos grupo de trabalho e grupo controle. Foram feitas entrevistas e aplicações de escalas antes e depois da intervenção. RESULTADOS: Como resultado do trabalho não se percebeu diferença estatisticamente significativa entre os sujeitos que estavam no grupo de trabalho e no grupo controle em relação a reincidência penitenciária. Em relação às escalas aplicadas, os sentenciados que terminaram o programa apresentaram um escore maior no Questionário de Pensamentos Automáticos, comparado com aqueles que desistiram. Os que concluíram a pesquisa e estava no grupo de trabalho percebemos que o Programa de Prevenção a Reincidência Penitenciária reduz o medo de avaliação negativa. Os que estavam no grupo controle apresentaram um decréscimo na Escala de Estresse e Fuga Social. Após 12 meses de intervenção, entre os sentenciados que iniciaram a pesquisa, os reincidentes mostraram uma tendência a ter um escore menor no Questionário de auto-estima antes da intervenção. Os reincidentes que estavam no grupo de trabalho apresentaram uma tendência a já terem cumprido mais tempo de suas penas e os do grupo controle, uma tendência a ter um escore menor na Escala de Medo de Avaliação Negativa antes do início do programa e um escore menor na escala de Estresse e Fuga Social depois da intervenção. Entre os sentenciados que terminaram o programa e reincidiram, pôdese perceber que a intervenção causou uma redução nos resultados no escore da Escala de Estresse e Fuga Social e uma tendência em diminuir o escore no Questionário de Pensamentos Automáticos. Dentre os não reincidentes existe uma diminuição no escore da Escala de Medo de Avaliação Negativa depois do programa; os que estavam no grupo de trabalho, apresentaram uma tendência de redução do medo de avaliação negativa e os que estavam no grupo controle apresentaram uma diminuição no escore da escala de estresse e fuga social. CONCLUSÕES: A partir deste estudo pôde-se notar que a terapia cognitiva para prevenção à reincidência penitenciária, apesar de apresentar alguns resultados positivos diminuição do medo de avaliação negativa e uma discreta redução na taxa acumulada de reincidência penitenciária daqueles que concluíram o programa - necessita ser revisto e reformulado. / INTRODUCTION: The idea of rehabilitating individuals after they have committed an antisocial act came about during the Enlightenment. Nowadays, a lot of researches have been done to realize the efficacy of offenders social rehabilitation. However, in Brazil don´t exist studies systematized for prison population. As a result of this a therapeutic intervention for prevention of prison recidivism was systematized. METHODS: The technique used in this program is cognitive-behavioral therapy, composed of 10 structured meetings. The group of subjects in the study comprehended 43 inmates (20 of them from the control group and 23 from the experimental group) who served their terms in medium security prisons, and who were serving, at least, their second term. A directed interview and some questionnaires or scales were applied both before and after the program. Results: Regarding re-offense, when we compare accumulated monthly rate, we cannot see statistic difference neither of all the subjects that started the program or those that finished the program. Based on analysis of the data collected it can be asserted that: the Penitentiary Re-offense Prevention Program reduces the fear of negative evaluation; participants in the control group had a decreased score in the Stress and Social Escape Scale; inmates who finished the program had a greater score in the Automatic Thoughts Questionnaire, a greater fear of a negative evaluation at the beginning of the program and a greater score in the Stress and Social Escape Scale. Subjects that re-offended at least one year after the end of the program showed a tendency to have a lower score in the Self-esteem Scale before the intervention. Those who were in the control group and re-offended showed tendency to have lower fear of a negative evaluation before the beginning of the program and had the lowest score rate in the Stress and Social Escape Scale, following the program. For inmates who finished the program and re-offense, the intervention caused a decrease on the results of the score in the Stress and Social Escape Scale, and a trend towards a decrease in the Questionnaire on Automatic Thoughts. Among the non-re-offenders there is a noticeable trend in reducing negative evaluation after the program. The non-re-offenders who were members of the experimental group showed a tendency to have a lower score in fear of a negative evaluation scale. CONCLUSION: From this study it was noted that cognitive therapy for preventing of prison recidivism, although they had some positive results, such as reducing the fear of negative evaluation needs to be revised and recast.
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Reabilitação cognitiva em grupo com foco em metas funcionais para pacientes com doença de Alzheimer leve: um ensaio clínico controlado / Cognitive rehabilitation in group with focus on functional goals for patients with mild Alzheimer\'s disease: a controlled clinical trial

Paula, Edneia Aparecida de 29 September 2016 (has links)
O presente estudo foi realizado com o objetivo de verificar a eficácia da Reabilitação Cognitiva (RC) em grupo, com enfoque em metas funcionais, para indivíduos com Doença de Alzheimer leve (DA). A amostra foi constituída por 21 pacientes (com idade média de 75,2 anos) e seus respectivos cuidadores, que foram alocados aleatoriamente nos seguintes grupos: pacientes submetidos à Reabilitação Cognitiva (GRC; n=6), Grupo Placebo (GP; n=8) e Grupo Controle (GC; n=7). No GRC foram utilizadas técnicas de RC, com o objetivo de melhorar o desempenho dos pacientes em três metas funcionais, previamente selecionadas: \"lembrar de dar recado\", \"lembrar dos compromissos\" e \"praticar um hobby\". Os pacientes do GP assistiram a vídeos não relacionados com a intervenção e os do GC não participaram de nenhuma intervenção programada. Os grupos GRC e GP participaram de 24 sessões de 60 minutos, durante o período de três meses. Concomitantemente, ao atendimento dos pacientes, os cuidadores do GRC e GP receberam suporte terapêutico e psicoeducação. Os participantes foram avaliados quanto ao alcance das metas selecionadas, às habilidades cognitivas e aos sintomas neuropsiquiátricos em três momentos: T1 (pré-intervenção), T2 (pósintervenção) e T3 (três meses após a intervenção). Com relação ao alcance das metas, os pacientes do GRC relataram melhora quanto à meta \"praticar um hobby\" em comparação com o GP (p < 0,05) e o GC (p < 0,05) no T2, mas a diferença não se manteve em T3. Os cuidadores do GRC, entretanto, relataram melhora no desempenho dos pacientes para \"lembrar de dar recados\", comparados aos GP (p < 0,05) e GC (p < 0,01) e melhora para \"lembrar compromissos\", em relação ao GC (p < 0,05), em T2. No T3, os cuidadores do GRC observaram melhora somente na \"prática de um hobby\" com relação aos GP (p < 0,05) e GC (p < 0,01). Não foram encontrados efeitos importantes da RC sobre as habilidades cognitivas, mas foi observado que os pacientes dos grupos GRC e GP apresentaram redução dos sintomas ansiosos e depressivos (p =< 0,05) no T2. Porém no T3, os sintomas depressivos aumentaram para o GP (p =< 0,05). Os cuidadores apresentaram diminuição do sofrimento relacionado às alterações comportamentais dos pacientes entre os tempos T1 e T2 (p < 0,05) e entre os tempos T1 e T3 (p < 0,05). De forma geral, nossos resultados sugerem que a RC apresenta efeitos positivos na funcionalidade, redução dos sintomas ansiosos e depressivos dos pacientes e diminuição do sofrimento dos cuidadores relacionado às alterações comportamentais dos pacientes, consistindo assim em uma ferramenta importante para o tratamento de sujeitos com DA leve / The present study was conducted in order to verify the effectiveness of Cognitive Rehabilitation (RC), applied in group, with a focus on functional goals, for individuals with mild Alzheimer\'s disease (AD). The sample consisted of 21 patients (mean age 75.2 years) and their caregivers, who were randomly divided into the following groups: patients undergoing RC (GRC; n = 6), placebo group (GP, n = 8) and control group (CG, n = 7). In GRC, RC techniques were used in order to improve the performance of patients in three functional goals, previously selected: \"remembering errands\", \"remembering appointments\" and \"practicing a hobby.\" Patients from GP watched videos unrelated to the intervention and patients from GC did not participate in any planned intervention. GRC and GP groups participated in 24 sessions of 60 minutes, during the period of three months. Concomitantly, caregivers from GRC and GP, participated in group sessions of therapeutic support and psychoeducation. Participants were evaluated on the achievement of the selected goals, cognitive skills and neuropsychiatric symptoms in three moments: T1 (pre-intervention), T2 (post-intervention) and T3 (three months after the intervention). Regarding goals\' achievement, GRC patients reported improvement of the goal related to \"practicing a hobby\" when compared to the GP (p < 0.05) and CG (p < 0.05) in T2, but the difference was not maintained at T3. However, GRC caregivers reported improved performance for patients for \"remembering errands\", when compared to GP (p < 0.05) and GC (p < 0.01), and for \"remembering appointments\", in relation to CG (p < 0.05), in T2. In T3, GRC caregivers observed improvement only for \"practicing a hobby\", in relation to GP (p < 0.05) and GC (p < 0.01). There was no important effects of the intervention on cognitive skills, but it was observed that patients of GRC and GP showed reduced symptoms of anxiety and depression (p = < 0.05), in T2. However, depressive symptoms increased for GP (p = < 0.05), in T3. Caregivers showed decreased distress related to behavioral changes in patients between the times T1 and T2 (p < 0.05) and between T1 and T3 (p < 0.05). Overall, our results suggest that the RC had positive effects in functionality, reduced symptoms of anxiety and depression in patients and reduced caregiver\'s suffering associated to the behavioral changes of patients. Therefore, RC consists of an important tool for the treatment of subjects with mild Alzheimer\'s disease
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Características neuropsicológicas no transtorno obsessivo compulsivo e seu impacto na resposta ao tratamento / Neuropsychological features in obsessive compulsive disorder and its impact on response to treatment

D'Alcante, Carina Chaubet 10 March 2010 (has links)
Estudos prévios avaliando domínios neuropsicológicos, especialmente funções executivas, indicam a presença de déficits em portadores do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). No entanto, achados neste sentido são muitas vezes contraditórios. Estas divergências podem, em parte, ser explicadas a partir de limitações metodológicas como pareamento inadequado de pacientes e controles e o uso de medicamentos no momento da avaliação neuropsicológica. Este estudo teve os seguintes objetivos: 1) verificar o funcionamento neuropsicológico, especialmente das funções executivas, de pacientes portadores de TOC sem tratamento prévio comparados a controles normais; 2) identificar fatores neuropsicológicos preditivos de resposta a tratamento com terapia cognitivo-comportamental em grupo (TCCG) ou fluoxetina. Pacientes portadores de TOC (n=50) foram pareados com controles saudáveis (n=35) por gênero, idade, escolaridade, nível socioeconômico e lateralidade manual. Estes foram avaliados a partir de uma bateria neuropsicológica investigando: quociente intelectual, funções executivas, memória verbal e não verbal, habilidades sociais e funções motoras. Os pacientes portadores de TOC foram alocados em dois subgrupos: 26 foram submetidos a tratamento medicamentoso com fluoxetina e 24 foram submetidos a um protocolo de TCCG por 12 semanas. Encontramos déficits nos pacientes portadores de TOC quando comparados a controles saudáveis quanto à flexibilidade cognitiva (segundo teste de Hayling), funções motoras (pelo teste de Grooved pegboard) e habilidades sociais (pelo inventário de Del Prette). Algumas medidas neuropsicológicas foram preditivas de melhor resposta a ambos os tratamentos: maior número de respostas corretas no teste do California verbal learning test (CVLT) (Trials 1-5); maior rapidez na parte D 14 (Dots) do Victoria stroop test (VST); maior lentidão na parte W (Word) no VST e menor número de erros na parte C (Colors) do VST (principalmente à TCCG). Maior quociente intelectual (QI) verbal se associou com melhor resposta à TCCG. Menor número de respostas perseverativas no CVLT se associou com melhor resposta à TCCG e pior resposta à medicação. Concluindo, neste estudo portadores de TOC apresentaram déficits na flexibilidade mental, habilidades sociais e funções motoras. Medidas neuropsicológicas como QI verbal, memória verbal e controle inibitório foram preditivas de resposta ao tratamento. Padrões específicos das habilidades verbais e perserveração se associaram de forma diferenciada á resposta a TCCG ou à fluoxetina. Assim, a avaliação neuropsicológica, pode auxiliar não só na indicação do melhor tratamento, mas também alertar o clínico para aqueles pacientes com maiores chances de não resposta ao tratamento de primeira escolha, nos quais medidas adicionais devem ser associadas. / Previous studies assessing neuropsychological domains, especially executive functions, indicate the presence of deficits in patients with Obsessive Compulsive Disorder (OCD). However, findings in this sense are often contradictory. These discrepancies may partly be explained by methodological limitations such as inadequate matching of patients and controls and use of medication at the time of neuropsychological assessment. This study had two aims: 1) to assess the neuropsychological functioning, especially in executive functions in OCD patients without prior treatment compared with healthy controls and 2) to identify neuropsychological predictors of response to treatment with fluoxetine or cognitivebehavioral therapy in group (CBTG). Patients with OCD (n=50) were matched with healthy controls (n=35) by gender, age, education, socioeconomic status and handedness. Patients and controls were evaluated with a neuropsychological battery investigating: intellectual quotient (IQ), executive functions, motor functions, verbal memory and non-verbal, social skills and motor function. OCD patients were allocated into two subgroups: 24 were submitted to GCBT for 12 weeks and 26 underwent treatment with fluoxetine. We found deficits in OCD patients compared to healthy controls in cognitive flexibility (Hayling test), motor functions (Grooved pegboard test) and social skills (inventory of Del Prette). Some neuropsychological measures were predictive of a better response to both treatments: greater number of correct answers on the California verbal learning test (CVLT) (Trials 1-5); greater speed on board D (Dots) of the Victoria stroop test (VST); greater slowness on board W (Word) of VST and fewer errors on the board C (Colors) of VST (primarily in TCCG). Greater verbal IQ was associated with better response to CBTG. Fewer perseveration answers in the 17 CVLT was associated with better response to CBTG and worse response to fluoxetine. In conclusion, patients with OCD showed deficits in cognitive flexibility, social skills and motor functions compared to healthy controls. Neuropsychological measures such as verbal IQ, verbal memory and inhibitory control were predictive of treatment response. Specific patterns of verbal abilities and mental flexibility predicted different treatment response to GCBT or fluoxetine. Thus, neuropsychological assessment may provide important information for treatment choice in clinical settings and may alert clinicians to those patients that are most likely non-responders, in whom additional treatment modalities should be implemented.
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Avaliação do tratamento cognitivo-comportamental estruturado para grupo de pacientes com tricotilomania / Assessment of structured cognitive-behavioral therapy in a group of patients with trichotillomania

Toledo, Edson Luiz de 14 April 2014 (has links)
Tricotilomania (TTM) é um transtorno prevalente e incapacitante caracterizado pelo repetitivo arrancar de cabelo, sendo, atualmente, classificada no grupo dos transtornos relacionados ao transtorno obsessivo-compulsivo (APA, 2013). Diversos estudos foram apresentados na literatura clínica, sugerindo que a TTM é mais comum do que se acreditava e várias propostas de tratamento foram apresentadas. As pesquisas do comportamento em pacientes com TTM têm focalizado seus fatores mantenedores. Entretanto, devemos considerar o potencial papel das cognições que podem operar junto com variáveis de comportamento, na etiologia e manutenção da TTM. Exceto por três estudos controlados para Terapia de Reversão de Hábito, até o momento, não foram publicados estudos controlados sobre o uso de Terapia Cognitivo-comportamental (TCC) em TTM; apenas relatos e séries de casos. O presente estudo teve como objetivo testar um programa manualizado de TCC em Grupo (TCC-G) para portadores de TTM, diagnosticados de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais - 4ª Edição (DSM-IV). Os pacientes com TTM foram alocados aleatoriamente em um dos dois grupos, sendo que um grupo experimental (n=22) participou de TCC-G e o outro grupo controle (n=22) participou de Terapia de Apoio em Grupo (TA-G). Durante o estudo, os participantes do grupo experimental participaram de vinte e duas sessões de um programa de TCC-G manualizado. A principal variável de desfecho foi a Massachusetts General Hospital Hair Pulling Scale (MGH-HPS), as demais variáveis secundárias de desfecho foram: Inventário de Depressão de Beck (Beck Depression Inventory - BDI), Inventário de Ansiedade de Beck (Beck Anxiety Inventory - BAI), Escala Adequação Social (EAS) e Escala de Impressão Clínica Global (CGI). Os grupos experimental e controle foram comparados em três momentos: na triagem, no início e no final das intervenções, utilizando-se análise de variância (ANOVA) para medidas repetidas. Ambos os grupos apresentaram melhora significativa dos sintomas de TTM e depressão ao longo do tratamento (p < 0,001). Sintomas ansiosos e ajustamento social não apresentaram variação significativa. O grupo experimental mostrou uma redução significativamente maior dos sintomas de TTM em comparação com o grupo controle (p=0,038) ao fim do tratamento. Conclui-se que a TCC-G é um método válido para o tratamento da TTM. Revisões futuras e ampliações deste modelo devem ser realizadas para que esse possa abarcar de forma mais eficaz a sintomatologia concorrente, em especial, ansiedade, e o ajustamento social / Trichotillomania (TTM) is a prevalent, disabling disorder, characterized by repetitive hair pulling, which is now included in the obsessive-compulsive and related disorders chapter of the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (Fifth Edition, DSM-V). There is now evidence that TTM is more common than previously believed, and various treatments have been proposed. Behavioral studies in TTM patients have focused on their maintaining factors. However, it is possible that variables related to cognition, as well as those related to behavior, play a role in etiology and maintenance of TTM. With the exception of three studies of habit reversal therapy, there have been no controlled studies of cognitive-behavioral therapy (CBT) in TTM. The present study aimed to investigate the effectiveness of manual-based group CBT (GCBT), in comparison with that of supportive group therapy (SGT), in 44 patients diagnosed with TTM according to DSM-IV criteria. Patients were randomly allocated to receive 22 sessions of manual-based GCBT (n=22) or SGT (n=22). The main outcome variable was the Massachusetts General Hospital - Hairpulling Scale score. Secondary outcome variables were the Beck Depression and Anxiety Inventory scores, as well as the Social Adjustment Scale-Self-Report score and the Clinical Global Impression score. Using analysis of variance for repeated measures, we compared the two groups at three time points: at the initial screening; at treatment initiation; and at the end of treatment. After treatment, both groups showed significant improvement in symptoms of TTM and depression (p < 0.001), although there were no significant differences in terms of social adjustment or symptoms of anxiety. The improvement in TTM symptoms was more pronounced in the GCBT group than in the SGT group (p=0.038). We conclude that GCBT is a valid method for the treatment of TTM. However, the GCBT treatment model should be revised and expanded in order to treat TTM comorbidities, especially anxiety and social dysfunction, more effectively
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Intervenção combinada de terapia cognitivo comportamental e reabilitação neuropsicológica em grupo para portadores de transtorno do humor bipolar / Combined intervention of cognitive behavioral therapy and neuropsychological group rehabilitation for patients with bipolar disorder

Bernardo Carramão Gomes 06 December 2018 (has links)
Mesmo quando adequadamente medicados pacientes com transtorno bipolar (TB) apresentam elevadas taxas de recaída, considerável sintomatologia residual e prejuízo funcional. Intervenções psicoterápicas têm sido propostas com intuito de aumentar o período de remissão e reduzir sintomas de humor, porém os achados iniciais ainda são controversos e pouco se sabe sobre a eficácia de tais intervenções em desfechos funcionais. Ao mesmo tempo diversos estudos apontam para um prejuízo cognitivo entre uma parcela significativa destes pacientes que perdura mesmo na fase eutímica. A Neuropsicologia clínica oferece instrumentos para quantificar este prejuízo e melhor compreender os achados de ensaios clínicos em psicoterapia no TB. Diversos autores desenvolveram intervenções de reabilitação cognitiva a fim de melhorar tanto o prejuízo cognitivo e funcional bem como diminuir sintomatologia depressiva, porém os achados até o momento não apresentam evidência de uma eficácia robusta. Dessa forma, novas intervenções psicoterápicas se mostram necessárias. Desenvolvemos um novo protocolo de psicoterapia em grupo baseado na experiência prévia do grupo que objetiva prevenir novos episódios e melhorar a performance cognitiva e funcionalidade dos pacientes com TB. Metodologia: Foram incluídos 60 pacientes neste ensaio clínico cego controlado randomizado com portadores de TB tipo I ou II que se encontravam em uso de tratamento farmacológico padrão. O grupo controle foi mantido apenas em uso de tratamento padrão e o grupo experimental, além desse participou de 12 sessões semanais desta nova intervenção chamada de Reabilitação Cognitivo Comportamental (RCC). Inicialmente todos participantes eram avaliados para presença de episódios de humor, funcionalidade e desempenho cognitivo o que foi repetido após 12 semanas e nove meses do início da fase interventiva, totalizando 12 meses de seguimento. Resultados: Ao todo 39 pacientes fora incluídos nas análises finais e 21 foram excluídos, não havendo diferença entre os grupos para as perdas de indivíduos. Trinta e nove pacientes foram randomizados sendo que 20 participaram das sessões de RCC e 19 mantidos sobre tratamento padrão e todos participaram das reavaliações após o fim das 12 semanas de tratamento, porém o período de 12 meses não foi atingido por todos os participantes e, assim são apresentados os resultados parciais do pós-tratamento. Não houve diferença entre os grupos para tempo até novo episódio de humor bem como nas escalas de funcionalidade e de qualidade de vida. O grupo de RCC melhorou seu desempenho no reconhecimento total de emoções e reduziu seu tempo de reação. Conclusão: A nova intervenção proposta não foi eficaz na prevenção de novos episódios de humor no transtorno bipolar embora pareça melhorar de forma específica alguns domínios cognitivos comumente reportados como prejudicados no TB / Even when correctly medicated patients with bipolar disorder (BD) continue to present high rates of relapse, considerable residual symptomatology and functional impairment. Psychotherapeutic interventions have been proposed aiming to increase the remission period and reduce mood symptoms, however initial results are still controversial and little is known about the effectiveness of such interventions in functional outcomes. At the same time, several studies point to cognitive impairment among a significant portion of these patients that lasts even in the euthymic phase. Clinical Neuropsychology offers tools to quantify this impairment and to better understand the findings of clinical trials in psychotherapy in BD. Authors have developed cognitive rehabilitation interventions to improve both cognitive and functional impairment as well as reduce depressive symptoms, but the findings so far have not provided evidence of robust efficacy. Thus, new psychotherapeutic interventions are needed. We developed a new protocol in group psychotherapy based on previous experience of the group aiming at preventing new episodes and improving cognitive performance and functionality of patients with TB. Method: Sixty patients were included in this randomized controlled clinical trial with type I or II TB patients who were using standard pharmacological treatment. The control group was maintained only on standard treatment and the experimental group, in addition to this, participated in 12 weekly sessions of this new intervention called Cognitive Behavioral Rehabilitation (RCC). Initially all participants were evaluated for episodes of mood, functionality and cognitive performance, which was repeated after 12 weeks and nine months after the beginning of the intervention phase, totaling 12 months of follow-up. Results: A total of 39 patients were included in the final analysis and 21 were excluded, with no difference between groups for the loss of individuals. Thirty-nine patients were randomized, 20 of which participated in RCC sessions and 19 maintained on treatment as usual and all participated in the re-evaluations after the end of the12-week treatment, but the 12-month period has not been reached by all participants and therefore we present the preliminary results of the post-treatment. There was no difference between groups for time to new mood episode as well as for functional and quality of life scales. The RCC group improved their performance in total recognition of emotions and reduced their reaction time. Conclusion: The new proposed intervention was not effective in preventing new mood episodes in bipolar disorder although it seems to improve in a specific way some cognitive domains commonly reported as impaired in TB
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Estudo longitudinal de pacientes com transtorno obsessivo compulsivo após cinco anos de tratamento com sertralina ou terapia cognitivo-comportamental em grupo

Borges, Cenita Pereira January 2010 (has links)
Objetivo: Avaliar a resposta ao tratamento em longo prazo de pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) após cinco anos de terapia cognitivocomportamental em grupo (TCCG) ou sertralina 100mg/dia. Método: Em um estudo naturalístico foram acompanhados após cinco anos cinquenta pacientes que completaram 12 sessões semanais de duas horas de TCCG ou utilizaram 100mg de sertralina/dia pelo mesmo período. A intensidade dos sintomas foi avaliada cinco anos após o tratamento pela Yale-Brown Obsessive- Compulsive Scale (Y-BOCS), Impressão Clínica Global (CGI), Beck Anxiety Inventory (BAI), Beck Depression Inventory (BDI) e a qualidade de vida através do World Health Organization Quality of Life Assesment – Abreviated Version (WHOQOL-bref). Resultados: Tanto os pacientes tratados com TCCG como os tratados com sertralina apresentaram redução significativa na gravidade dos sintomas e manutenção dos ganhos terapêuticos cinco anos após o término do tratamento. Observamos também no período de seguimento um aumento no uso de medicação no grupo TCCG (p<0.001) e busca por atendimento psicoterápico no grupo que usou sertralina (p=0,084) embora este último em nível não significativo. Os resultados indicaram que 61,9% dos pacientes seguiram usando ou iniciaram o uso de medicamentos, e 41,5% iniciaram ou continuaram a TCC. Houve um aumento significativo de pacientes em remissão no grupo da sertralina (p=0,046), não ocorrendo o mesmo no grupo da TCCG (p=0,083). Houve aumento nos escores dos diferentes domínios da qualidade de vida independente do grupo. Conclusões: Nossos resultados demonstram que tanto o grupo que realizou TCCG como o que usou sertralina mantiveram a melhora alcançada logo após o término do tratamento, cinco anos após. Além disto, observou-se uma melhora em todos os domínios da QV. Talvez isso se deva ao fato de que mais da metade dos pacientes terem continuado em tratamento durante o seguimento. / Objective: Assess obsessive-compulsive disorder (OCD) patients' long term response to treatment after five years of cognitive-behavioral group therapy (CBGT) or sertraline 100mg/day. Methods: Fifty patients who completed 12 two-hour weekly CBGT sessions or had sertraline 100 mg/day for the same period were followed up in a naturalistic study. The severity of symptoms were evaluated after five years from the conclusion of treatment by Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale (Y-BOCS), Clinical Global Impressions Scale - Severity underscore (CGI-S), Beck Anxiety Inventory (BAI), Beck Depression Inventory (BDI), and quality of life with World Health Organization Quality of Life Assesment – Abreviated Version (WHOQOL-bref). Results: Both patients treated with CBGT and those treated with sertraline showed a significant reduction in the severity of symptoms and maintained therapeutic gains five years after the end of treatment. We also noticed an increase in the use of medication in the CBGT group (p<0.001) during the follow-up period and a search for psychotherapeutic treatment in the group who took sertraline (p=0.084), although this latter occurred at a non-significant level. Results indicated that 61.9% of patients continued using or started using the medication and 41.5% started or continued with the CBT. There was a significant increase of remissive patients in the sertraline group (p=0.046), while the same did not occur in the CBGT group (p=0.083). There was an increase in the scores of different quality of life domains (QL) regardless of the group. Conclusions: Our results showed that both the group that underwent CBGT and the one that took sertraline maintained their levels of improvement at the end of the five-year treatment. As well, an increase in all QL domains was noticed. Perhaps this may be put down to the fact that over half the patients continued with the treatment during the follow-up period.
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Efeito de dois tratamentos de fisioterapia na fibromialgia: ensaio paralelo randomizado / Effect of two physiotherapy treatments for fibromyalgia: a randomized parallel trial

Matsutani, Luciana Akemi 09 March 2018 (has links)
INTRODUÇÃO: Fibromialgia (FM) é uma síndrome caracterizada por dor severa, difusa e crônica, e uma magnitude de sintomas. Exercícios de flexibilidade são indicados para o tratamento de dor crônica por disfunções osteomioarticulares. O aprendizado sobre a FM, comportamentos saudáveis e perspectivas positivas no processamento de informações (resiliência) são imprescindíveis para os indivíduos com FM. O objetivo deste estudo foi comparar o efeito de dois tratamentos para FM: Tratamento A - exercícios de flexibilidade em cadeias musculares baseados no método de Reeducação Postural Global associados à abordagem educativa segundo referencial da terapia cognitivo-comportamental (TCC) e Tratamento B - exercícios de flexibilidade segmentar associados à abordagem educativa segundo referencial da TCC. MÉTODOS: Quarenta pacientes com FM foram randomizados em dois grupos: A e B, com 20 em cada. Os tratamentos tiveram 10 sessões de atendimento individual, uma vez por semana. Foram feitas duas avaliações (linha de base e no final do tratamento). As variáveis foram intensidade da dor (EVA), multidimensionalidade da dor (Questionário McGill de dor), limiar de dor nos tender points (dolorimetria), atitudes frente à dor crônica (IAD-breve), impacto da FM na qualidade de vida (QIF), postura corporal (PAS/SAPO), flexibilidade (teste sentar-e-alcançar) e controle postural (mCTSIB). RESULTADOS: Os grupos apresentaram, no final do tratamento, menor intensidade da dor (linha de base vs. final; grupo A: 6 ± 1,8 vs. 2,2 ± 1,6cm, p < 0,01; grupo B: 6,4 ± 2,1 vs. 2,5 ± 1,7cm, p < 0,01), menor severidade da dor (p < 0,05), maior limiar de dor (p <= 0,01), maior adaptação nas atitudes frente à dor crônica (p < 0,01) e menor escore total do QIF (linha de base vs. final; grupo A: 61 ± 19,8 vs. 38,2 ± 16,6, p < 0,01; grupo B: 57,2 ± 13,9 vs. 39,3 ± 11,5, p < 0,01). O grupo A mostrou diferença estatisticamente significante no alinhamento postural (cabeça, tronco e pelve), aumento no controle postural em uma condição sensorial e redução em duas condições sensoriais (p < 0,05); o grupo B mostrou diferença estatisticamente significante no alinhamento postural (cabeça e tronco) (p <= 0,05) e aumento no controle postural em duas condições sensoriais (p <= 0,02). Houve melhora clínica relevante na intensidade e severidade da dor, limiar de dor e qualidade de vida em ambos os grupos. No final do tratamento, não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos nas variáveis de desfecho. CONCLUSÃO: Os dois tratamentos de fisioterapia reduziram a intensidade e severidade da dor, aumentaram o limiar de dor nos tender points, melhoraram as atitudes de enfrentamento à dor crônica e reduziram o impacto da FM na qualidade de vida em pacientes com FM. Os dois tratamentos de fisioterapia reduziram os escores dos critérios de diagnóstico da FM de 2010/2011 do Colégio Americano de Reumatologia em um nível que implica a ausência de FM no final dos tratamentos / INTRODUCTION: Fibromyalgia (FM) is a syndrome characterized by severe, diffuse, chronic pain and a multitude of symptoms. Flexibility exercises are indicated for the treatment of chronic musculoskeletal pain. Learning about FM, healthy behaviors, and positive perspectives in information processing (resilience) is imperative for individuals with FM. The aim of this study was to compare the effect of two treatments for FM: Treatment A -- flexibility exercises in muscle chains based on the Global Posture Reeducation method and used in concert with an educational approach rooted in cognitive behavioral therapy (CBT) and Treatment B -- segmental flexibility exercises used in concert with an educational approach rooted in CBT. METHODS: Forty patients with FM were randomized into two groups: A and B, with 20 in each. The two treatments were performed in ten individual sessions once a week. Two assessments were made, one at baseline and one at the end of treatment. The outcome variables were pain intensity (VAS), multidimensional pain (McGill Questionnaire), pain threshold at tender points (dolorimetry), attitudes toward chronic pain (SOPA-brief), impact of FM on quality of life (FIQ), body posture (PAS/SAPO), flexibility (sit-and-reach test) and postural control (mCTSIB). RESULTS: The groups presented, at the end of treatment, lower pain intensity (baseline vs. final; group A: 6 ± 1.8 vs. 2.2 ± 1.6cm, p < 0.01; group B: 6.4 ± 2.1 vs. 2.5 ± 1.7cm, p < 0.01), lower pain severity (p < 0.05), higher pain threshold (p<=0.01), greater adaptation in attitudes towards chronic pain (p < 0.01), and lower total FIQ score (baseline vs. final; group A: 61 ± 19.8 vs. 38.2 ± 16.6, p < 0.01; group B: 57.2 ± 13.9 vs. 39.3 ± 11.5, p < 0.01). The group A showed statistically significant difference in postural alignment (head, trunk and pelvis), an increase in postural control in one sensory condition and a reduction in two sensory conditions (p < 0.05); group B showed statistically significant difference in postural alignment (head and trunk) (p<=0.05), and an increase in postural control in two sensory conditions (p <= 0.02). There was a relevant clinical improvement in the intensity and severity of pain, pain threshold and quality of life in both groups. At the end of the treatment, there was no statistically significant difference between groups in the outcome variables. CONCLUSIONS: The two physiotherapy treatments reduced the intensity and severity of pain, increased pain threshold in tender points, improved attitudes towards chronic pain and reduced the impact of FM in the quality of life in patients with FM. The two physiotherapy treatments reduced the American College of Rheumatology 2010/2011 FM diagnostic criteria scores at a level that implies the absence of FM at the end of the treatments
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Avaliação de terapia cognitiva-comportamental para prevenção de reincidência penitenciária / Evaluation of cognitive-behavioral therapy for prevention of prison recidivism

Saffi, Fabiana 23 March 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: A reinserção do indivíduo na sociedade, após ele ter cometido um ato anti-social, iniciou-se com o Iluminismo. Atualmente várias pesquisas têm sido realizadas para se verificar a eficácia de trabalhos de reinserção social para criminosos. Entretanto na realidade brasileira não existem trabalhos sistematizados para a população prisional. Como decorrência disto, pensou-se em sistematizar uma intervenção terapêutica para prevenção de reincidência penitenciária e verificar sua eficácia. MÉTODOS: A terapia cognitivo-comportamental para prevenção à reincidência penitenciária é composta por 10 sessões estruturadas. O grupo de sujeitos foi formado por sentenciados, que cumpriam pena no regime semi-aberto, presos, no mínimo, pela segunda vez (reincidentes penitenciários); o tempo máximo de pena que teriam que cumprir deveria ser inferior a quinze anos e já deveriam ter cumprido tempo suficiente para requisitar progressão de regime. Os 43 sujeitos que iniciaram a pesquisa foram divididos em dois grupos grupo de trabalho e grupo controle. Foram feitas entrevistas e aplicações de escalas antes e depois da intervenção. RESULTADOS: Como resultado do trabalho não se percebeu diferença estatisticamente significativa entre os sujeitos que estavam no grupo de trabalho e no grupo controle em relação a reincidência penitenciária. Em relação às escalas aplicadas, os sentenciados que terminaram o programa apresentaram um escore maior no Questionário de Pensamentos Automáticos, comparado com aqueles que desistiram. Os que concluíram a pesquisa e estava no grupo de trabalho percebemos que o Programa de Prevenção a Reincidência Penitenciária reduz o medo de avaliação negativa. Os que estavam no grupo controle apresentaram um decréscimo na Escala de Estresse e Fuga Social. Após 12 meses de intervenção, entre os sentenciados que iniciaram a pesquisa, os reincidentes mostraram uma tendência a ter um escore menor no Questionário de auto-estima antes da intervenção. Os reincidentes que estavam no grupo de trabalho apresentaram uma tendência a já terem cumprido mais tempo de suas penas e os do grupo controle, uma tendência a ter um escore menor na Escala de Medo de Avaliação Negativa antes do início do programa e um escore menor na escala de Estresse e Fuga Social depois da intervenção. Entre os sentenciados que terminaram o programa e reincidiram, pôdese perceber que a intervenção causou uma redução nos resultados no escore da Escala de Estresse e Fuga Social e uma tendência em diminuir o escore no Questionário de Pensamentos Automáticos. Dentre os não reincidentes existe uma diminuição no escore da Escala de Medo de Avaliação Negativa depois do programa; os que estavam no grupo de trabalho, apresentaram uma tendência de redução do medo de avaliação negativa e os que estavam no grupo controle apresentaram uma diminuição no escore da escala de estresse e fuga social. CONCLUSÕES: A partir deste estudo pôde-se notar que a terapia cognitiva para prevenção à reincidência penitenciária, apesar de apresentar alguns resultados positivos diminuição do medo de avaliação negativa e uma discreta redução na taxa acumulada de reincidência penitenciária daqueles que concluíram o programa - necessita ser revisto e reformulado. / INTRODUCTION: The idea of rehabilitating individuals after they have committed an antisocial act came about during the Enlightenment. Nowadays, a lot of researches have been done to realize the efficacy of offenders social rehabilitation. However, in Brazil don´t exist studies systematized for prison population. As a result of this a therapeutic intervention for prevention of prison recidivism was systematized. METHODS: The technique used in this program is cognitive-behavioral therapy, composed of 10 structured meetings. The group of subjects in the study comprehended 43 inmates (20 of them from the control group and 23 from the experimental group) who served their terms in medium security prisons, and who were serving, at least, their second term. A directed interview and some questionnaires or scales were applied both before and after the program. Results: Regarding re-offense, when we compare accumulated monthly rate, we cannot see statistic difference neither of all the subjects that started the program or those that finished the program. Based on analysis of the data collected it can be asserted that: the Penitentiary Re-offense Prevention Program reduces the fear of negative evaluation; participants in the control group had a decreased score in the Stress and Social Escape Scale; inmates who finished the program had a greater score in the Automatic Thoughts Questionnaire, a greater fear of a negative evaluation at the beginning of the program and a greater score in the Stress and Social Escape Scale. Subjects that re-offended at least one year after the end of the program showed a tendency to have a lower score in the Self-esteem Scale before the intervention. Those who were in the control group and re-offended showed tendency to have lower fear of a negative evaluation before the beginning of the program and had the lowest score rate in the Stress and Social Escape Scale, following the program. For inmates who finished the program and re-offense, the intervention caused a decrease on the results of the score in the Stress and Social Escape Scale, and a trend towards a decrease in the Questionnaire on Automatic Thoughts. Among the non-re-offenders there is a noticeable trend in reducing negative evaluation after the program. The non-re-offenders who were members of the experimental group showed a tendency to have a lower score in fear of a negative evaluation scale. CONCLUSION: From this study it was noted that cognitive therapy for preventing of prison recidivism, although they had some positive results, such as reducing the fear of negative evaluation needs to be revised and recast.
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Preditores de resposta à terapia cognitivo-comportamental em grupo de tempo limitado no transtorno obsessivo-compulsivo

Raffin, Andrea Litvin January 2007 (has links)
O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) possui freqüentemente curso crônico, incapacitando cerca de 10% dos seus portadores. Os sintomas interferem de forma acentuada na vida do paciente, alterando suas rotinas e causando incompreensão dos familiares e daqueles que convivem com ele. A terapia cognitivo-comportamental em grupo (TCCG) é um tratamento eficaz, reduzindo os sintomas do TOC em mais de 70% dos portadores, sendo que ao redor de 27% obtêm remissão completa dos sintomas. Entretanto, cerca de 30% não obtêm nenhuma melhora. Conhecer as razões pelas quais esses pacientes não melhoram e identificar os fatores preditores associados ao aproveitamento ou não da terapia poderia auxiliar em uma melhor compreensão do TOC, numa melhor indicação do tratamento e no desenvolvimento de estratégias que incrementem sua eficácia. O presente estudo foi realizado com 181 pacientes com TOC, que cumpriram um programa de TCCG de 12 sessões semanais de 2 horas, entre outubro de 1999 e dezembro de 2006, no Programa de Transtornos de Ansiedade (PROTAN) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e tinha como objetivo verificar, em pacientes portadores de TOC, a existência de fatores preditores da resposta à TCCG.Os pacientes foram avaliados antes, durante e ao final do tratamento com os seguintes instrumentos: Y-BOCS, Y-BOCS chek-list, CGI, WHOQOL-BREF. Foi utilizada uma entrevista clínica estruturada com a finalidade de colher dados sobre os sintomas do paciente, histórico da doença, tratamentos anteriores e estabelecimento do diagnóstico do TOC de acordo com o DSM-IV-TR. Também foram coletados dados demográficos, socioeconômicos, status ocupacional, uso de medicação e critérios deinclusão na pesquisa. A entrevista foi complementada pelo MINI (International Neuropsychiatric Interview) para verificar a presença de comorbidades. Considerou-se como “resposta” a redução no mínimo de 35% nos escores da Y-BOCS e uma pontuação na CGI “normal” ou “limítrofe para doença” do pós para o pré-tratamento. O estudo pretende verificar se as seguintes variáveis: sexo, idade do paciente no início do tratamento, tempo de duração da doença, idade de início da doença, situação conjugal, nível de instrução, situação ocupacional, tipo de início da doença, curso, intensidade dos sintomas do TOC no início do tratamento, juízo crítico, história familiar, tipos de sintomas, uso de medicação específica para o TOC concomitante à TCCG estão associadas ou não com a resposta ao tratamento. Para avaliar a associação entre as variáveis categóricas à resposta ao tratamento, foi utilizado o teste qui-quadrado de Pearson. Nas variáveis dicotômicas foi aplicada a correção de Yates. Para avaliar as variáveis quantitativas em relação às categorias de resposta ao tratamento, foi utilizado o teste t de Student para amostras independentes. As variáveis que obtiveram um nível descritivo amostral (valor p) menor do que 0,25 foram inseridas no modelo de regressão logística múltipla.Fatores associados com uma melhor resposta à TCCG: sexo feminino (p=0,074); melhor juízo crítico acerca dos sintomas da doença (p=0,017); melhor qualidade de vida antes do início do tratamento: domínio físico (p=0,039), domínio psicológico (p<0,001), domínio ambiental (p=0,038), domínio social (p=0,053). Fatores associados com piores resultados: maior gravidade global da doença no início do tratamento, avaliada pela CGI (p=0,007); maior número de comorbidades associadas ao TOC (p=0,063); presença de fobia social (p=0,044) e distimia (p=0,072); presença de compulsão de repetição (p=0,104).Numa segunda etapa da análise estatística, incluiu-se no modelo todas as variáveis que na primeira fase haviam apresentado associação com os resultados. As variáveis que na análise de regressão logística múltipla permaneceram associadas significativamente foram: sexo feminino (ORAjustado=2,58; p=0,021); domínio psicológico da WHOQOLBREF (ORAjustado=1,05; p=0,011); juízo crítico (ORAjustado=2,67; p=0,042) e CGI-gravidade antes do inicio da terapia (ORAjustado=0,62; p=0,045). Embora alguns fatores relacionados com a resposta ao tratamento tenham sido identificados, poder prever quais os pacientes irão aproveitar a terapia e quais não irão se beneficiar é uma questão em aberto e está longe de ser esclarecida. As razões para essas dificuldades podem estar relacionadas à heterogeneidade do TOC e das amostras utilizadas nos diferentes estudos, além da falta de padronização das técnicas psicoterápicas utilizadas. Por fim, é possível que fatores não-específicos relacionados com a pessoa do terapeuta, com a qualidade da relação terapêutica, além da motivação e capacidade de tolerar frustração por parte do paciente possam exercer um papel importante que não tem sido avaliado pelas pesquisas. / Obsessive-compulsive disorder (OCD) frequently is a chronic disorder that incapacitates about 10% of patients. Symptoms severety affect the life of patients, change their routines and cause misunderstandings with family and all those that have contact with the patient. Group cognitive-behavioral therapy (GCBT) in 12 two-hour weekly sessions is an efficient treatment that reduces OCD symptoms in over 70% of the patients and results in complete remission of symptoms in 27%. However, about 30% of the patients do not show any improvement. The knowledge of reasons why these patients do not improve and the identification of factors associated with these different therapy outcomes may help to understand OCD better, and may inform treatment indications and the development of strategies to increase its efficacy. This study included 181 patients with OCD treated with 12 session of GCBT from October 1991 to December 2006 at the Anxiety Disorders Program (Programa dos Transtornos de Ansiedade – PROTAN) of Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, Brazil. The purpose of this study was to investigate predictors of response to GCBT.The following instruments were used to evaluate patients before and at the end of the treatment: Y-BOCS, Y-BOCS checklist, CGI, WHOQOL-BREF. Evaluation was conducted by means of a structured clinical interview to collect data about the patient’s symptoms, disease history, previous treatments, and OCD diagnosis according to DSM-IVTR (APA, 2002). Demographic and socioeconomic data, occupational status, use of medication and criteria for inclusion in the study were also recorded. The interview wascomplemented with the MINI (International Neuropsychiatric Interview) to investigate comorbidities. Response criteria were: >35% reduction in Y-BOCS scores and normal or borderline CGI scores at post-treatment evaluation. The study investigated the possible association of the following variables with response to treatment: sex, age at beginning of treatment, disease duration, age at onset, marital status, education, occupation, type of disease onset, disease course, intensity of OCD symptoms at beginning of treatment, insight, family history, types of symptoms, and use of antiobsessional medications during GCBT. The Pearson chi-square test was used to evaluate the association between categorical variables and response to treatment. Yates correction was performed for dichotomous variables. The Student t test for independent samples was used to evaluate quantitative variables in relation to categories of response to treatment. Variables that achieved a p value lower than 0.25 were included in the initial logistic regression model, which evaluated the predictors of response to treatment and also controlled for possible confounding variables. The following factors showed associations with response to GCBT: women had greater odds of responding to treatment (p=0.074); better insight into disease symptoms was associated with better results (p=0.017); better quality of life before the beginning of treatment was also associated with better results (physical domain: p=0.039; psychological domain: p<0.001; environmental domain: p=0.038; social domain: p=0.053); patients with greater global severity of disease according to CGI had worse results (p=0.007); a greater number of associated comorbidities (p=0.063), social phobia (p=0.044) and dysthymia (p=0.072) were associated with poorer results; repeating compulsion was also associated with lower odds of responding to treatment (p=0.104).In the second stage of statistical analysis, all variables associated with results in the first analysis were included in the multivariate model, and the variables that retained significance were: female sex (ORAdjusted=2.58; p=0.021); WHOQOL-BREF psychological domain (ORAdjusted=1.05; p=0.011); insight (ORAdjusted=2.67; p=0.042) and CGI-severity before GCBT (ORAdjusted=0.62; p=0.045). Although we identified some factors associated with response to treatment, predicting which patients will benefit from therapy and which will not is still an open question. The reasons for such different outcomes may be associated with the heterogeneity of OCD and of the samples used in different studies, as well as with the lack of standardization of the psychotherapeutic techniques used. Finally, unspecific factors not associated with the person of the therapist, the quality of the therapeutic relationship, and the patient’s motivation and tolerance to frustration may play an important role that remains to be evaluated.
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Terapia cognitivo-comportamental em grupo para transtorno de pânico : avaliação de efeito do protocolo padrão e do acréscimo de sessões de reforço com técnicas cognitivas nas estratégias de enfretamento (coping)

Viana, Ana Cristina Wesner January 2012 (has links)
O transtorno de pânico (TP) é uma condição crônica e recorrente que prejudica a qualidade de vida e o funcionamento psicossocial dos pacientes. O tratamento com medicamentos e a terapia cognitivo-comportamental (TCC) tem evidências comprovadas de eficácia. Entretanto, a recaída é frequente e a falha nas estratégias de enfrentamento (coping), ao lidar com eventos estressores, tem sido apontada como um gatilho deste desfecho. O protocolo de 12 sessões de TCC em grupo (TCCG), atualmente utilizado, é específico para sintomas do TP. Estudos que avaliam os efeitos de intervenções com técnicas cognitivas de estratégias de coping ainda não foram testados. Pretende-se, neste estudo, verificar se a TCCG padrão modifica as estratégias de coping dos pacientes com TP comparados a um grupo sem transtorno mental (artigo 1) e avaliar o efeito ao acréscimo de quatro sessões de reforço com técnicas cognitivas de estratégias de coping após a TCCG (artigo 2). Trata-se de um ensaio clínico com pacientes (n=48) que participaram das 12 sessões de TCCG para TP de 2006 a 2009, chamados novamente em 2010 e sorteados para o grupo de intervenção (4 sessões de reforço) ou para o grupo controle (2 reuniões educativas). A gravidade dos sintomas foi mensurada pelas escalas: Impressão Clínica Global (CGI), Escala de Gravidade do TP (PDSS), Inventário do Pânico, Hamilton-Ansiedade (HAM-A) e Inventário de Depressão de Beck (BDI). Para identificar as estratégias de coping e a resiliência foram aplicados o Inventário de Estratégias de Coping (IEC) e a Escala de Resiliência, respectivamente. A qualidade de vida (QV) foi avaliada pela WHOQOL-bref. Para o primeiro objetivo de avaliar a mudança das estratégias de coping, os instrumentos foram aplicados antes e após a TCCG e o grupo sem transtorno mental (n=75) respondeu o IEC. Para verificar o efeito das sessões de reforço, os instrumentos foram aplicados antes da intervenção e após o término (1, 6 e 12 meses) por avaliadores independentes. A TCCG padrão foi efetiva na redução dos sintomas do TP em todas as medidas de desfecho. No artigo 1, foi observado que os pacientes diminuíram significativamente o uso da estratégia de coping de confronto (p=0,039) e de fuga e esquiva (p=0,026) quando comparada com o início do tratamento. Porém, a fuga e esquiva após a TCCG não foi mais significativamente diferente (p=0,146) que o grupo sem transtorno mental. Também foi encontrado que o uso de estratégias mais adaptativas estava correlacionado à diminuição da ansiedade antecipatória e dos ataques de pânico. No Artigo 2, os resultados do efeito das quatro sessões de reforço demonstraram melhora significativa dos sintomas do TP, da ansiedade e de depressão em ambos os grupos, considerando desfecho tempo. Ocorreu aumento significativo no domínio de relações sociais da QV no grupo de intervenção, considerando a interação tempo*grupo, independentemente da melhora dos sintomas. Entretanto, não houve diferença significativa nas estratégias de coping e nos demais domínios da QV. As mudanças nos níveis de resiliência foram dependentes dos sintomas do TP, ansiedade e depressão, isto é, quanto menor a intensidade dos sintomas, maior foram os níveis de resiliência. Concluindo, as técnicas da TCCG padrão podem modificar as estratégias de coping, porém com exceção da fuga e esquiva, as estratégias continuam diferentes do grupo sem transtorno mental. A resposta ao acréscimo de sessões de reforço com técnicas específicas de coping melhora o domínio das relações sociais da QV ao longo do tempo, independentemente da diminuição dos sintomas. Por outro lado, o aumento dos níveis de resiliência foi dependente da melhora da intensidade dos sintomas do TP, ansiedade e depressão e a melhora destes sintomas foi significativa, porém não foi diferente entre os grupos intervenção e controle. A hipótese é que este resultado pode estar relacionado a fatores terapêuticos do formato de grupo tanto das sessões de intervenção quanto do controle. Portanto, estudos que investiguem a adição de técnicas cognitivas de coping durante a TCCG padrão e o efeito de fatores terapêuticos do formato de grupo ainda precisam ser realizados. / Panic disorder (PD) is a chronic and recurrent condition that impairs patients’ quality of life and psychosocial functioning. Treatment with medication and cognitive-behavioral therapy (CBT) has confirmatory evidence of efficacy. Nonetheless, relapse is frequent and failure on coping strategies, when dealing with stressful events, has been suggested as being the trigger of this outcome. The protocol of 12 cognitive-behavioral group therapy (CBGT) sessions, as currently used, is specific for PD symptoms. Studies assessing the effects of interventions with cognitive techniques of coping strategies have not been tested yet. The present study aims to verify if the standard CBGT changes PD patients’ coping strategies, when compared to the ones used by the group of individuals without mental disorders (Article 1), and to evaluate the effect of adding 4 booster sessions with cognitive techniques of coping strategies after CBGT (Article 2). This study is a controlled clinical trial with patients (n=48) who participated in the 12 CBGT sessions for PD from 2006 to 2009, who were assessed again in 2010 and assigned either for the intervention group (4 booster sessions) or the control group (2 educational sessions). Symptoms severity was measured by the following scales: Clinical Global Impression (CGI), PD Severity Scale (PDSS), Panic Inventory, Hamilton-Anxiety (HAM-A), and Beck Depression Inventory (BDI). To identify coping strategies and resilience, Coping Strategies Inventory (CSI) and Resilience Scale were applied. Quality of life (QoL) was assessed by WHOQoL-bref. For the first objective of assessing the change on coping strategies, the instruments were applied before and after CBGT, while the group of individuals without mental disorders (n=75) answered CSI. To analyze the impact of booster sessions, the instruments were applied before the intervention and after it was concluded (1, 6, and 12 months) by independent interviewers. Standard CBGT was effective in reducing PD symptoms in all outcome measures. In the Article 1, it was observed that the patients reduced significantly the use of confrontive (p=0.039) and escape and avoidance (p=0.026) coping strategies in comparison to the treatment onset. However, the escape and avoidance strategy after CBGT was not more significantly different (p=0.146) than the strategy used by the control group without mental disorders. It was also observed that the use of more adaptive strategies correlated to the reduction of anticipatory anxiety and panic attacks. In the Article 2, the results of the effect of 4 booster sessions showed significant improvement of PD, anxiety and depression symptoms in both groups, considering the outcome time. A significant increase on social relations domain of QoL was observed in the intervention group, considering interaction time*group, regardless of symptom improvement. However, there was no significant difference on coping strategies and other domains of QoL. Changes on resilience levels depended on PD, anxiety, and depression symptoms, that is, the smaller the symptoms intensity the higher the resilience levels were. In conclusion, standard CBGT techniques might change coping strategies, but, except for escape and avoidance ones, other strategies are still different from the ones used by the group without mental disorders. The response to adding booster sessions with specific coping techniques improves the social relations domain of QoL over time, regardless of the reduction of symptoms. On the other hand, the increase of resilience levels depended on the improvement of PD, anxiety, and depression symptoms intensity. The improvement of these symptoms was significant, but not different for intervention and control groups. The hypothesis is that this result may be related to therapeutic factors of the group therapy both in intervention and control sessions. Therefore, research investigating the addition of cognitive coping techniques during standard CBGT and the effect of therapeutic factors of group therapy is yet to be carried out.

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