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Estimativa e mapeamento da radiação solar incidente em superfícies com topografia heterogênea na zona de produção vitivinícola Serra Gaúcha / Estimation and mapping of solar radiation on surfaces with heterogeneous topography in the serra gaucha wine production zoneWeber, Eliseu Jose January 2011 (has links)
A radiação solar exerce papel determinante nos processos de troca de energia entre a atmosfera e a superfície terrestre e afeta todos os processos físicos, químicos e biológicos nos ecossistemas. Em áreas com topografia heterogênea a radiação incidente varia em função da altitude, da declividade e da orientação da superfície, bem como da posição da mesma em relação a superfícies vizinhas. Para estimar a radiação solar nessas condições, além da atenuação atmosférica, é necessário considerar a situação topográfica da superfície e sua interação com a radiação incidente. O objetivo geral deste estudo foi efetuar e avaliar a estimativa e o mapeamento da radiação solar incidente na zona de produção vitivinícola Serra Gaúcha, considerando simultaneamente a influência da atmosfera e da topografia. Foram utilizados dados de radiação solar global média decendial de 4 estações meteorológicas, um Modelo Digital de Elevação, receptores GPS e programas de Sistemas de Informação Geográfica (SIG). A atmosfera foi caracterizada pela fração difusa (Kd), estimada por meio de três relações empíricas a partir do índice de claridade (Kt), e pela transmitância direta, calculada por diferença e corrigida de três formas para o menor caminho óptico com base no ângulo zenital médio. A radiação incidente na superfície foi estimada para períodos decendiais, empregando o algoritmo Solar Analyst e os parâmetros atmosféricos acima citados. As estimativas foram verificadas com os registros das estações meteorológicas da área de estudo. O melhor desempenho foi obtido com Kd estimado pelo coeficiente linear da equação de Ångstrom, ajustado para a região, e transmitância direta corrigida pelo ângulo zenital médio excluindo as elevações do Sol inferiores a 10° no outono-inverno. O coeficiente de determinação entre os dados estimados e registrados foi de 0,8511, com uma subestimativa média de 4,59%. Os mapas estimados mostraram que o campo de radiação apresenta uma alta variabilidade espacial e temporal, em decorrência da topografia heterogênea. A irradiação global anual na área de estudo apresentou uma amplitude de 425 MJ.m-2 a 5.045 MJ.m-2. A variabilidade espacial foi menor na primavera e no verão e aumentou no outono e no inverno, com maiores variações observadas em encostas sul. A radiação direta foi a mais afetada pelas características topográficas da superfície, constituindo a maior determinante da variabilidade da radiação global estimada em superfícies com topografia heterogênea. A metodologia utilizada possibilitou estimar a radiação solar incidente com acurácia e com alta resolução espacial. / Solar radiation exerts major influence on energy exchange processes between atmosphere and Earth surface, and affects all the physical, chemical and biological processes in ecosystems. In areas with heterogeneous topography, incident radiation depends on elevation, slope, orientation, and position of the surface related to neighboring surfaces. Under such conditions, beside atmospheric attenuation, also surface topography and its effects on incident radiation must be taken into account to estimate solar radiation. The aim of this study was to estimate the solar radiation and to generate radiation maps of the Serra Gaúcha wine production zone, accounting simultaneously for the influence of atmosphere and topography. Long term 10-day average global solar radiation data measured at four meteorological stations, a Digital Elevation Model, GPS receivers and Geographic Information Systems (GIS) software were used. Atmosphere was characterized by its diffuse fraction (Kd) and direct transmittance. Kd was estimated by three empirical relationships based on the clearness index (Kt). Direct transmittance was calculated by difference from Kd and corrected for the smallest optical path based on the mean zenith angle applied in three different ways. Incident radiation was estimated for decendial periods, using the Solar Analyst software and the above mentioned atmospheric parameters. Solar radiation estimates were validated with average data measured at meteorological stations within the study area. The best performance was obtained with Kd estimated by the linear coefficient of the Ångstrom equation fitted for the region, and direct transmittance corrected by the mean zenith angle excluding Sun elevations below 10° in autumn-winter. The determination coefficient between estimated and measured data was 0.8511, and an underestimation of 4.59% was found. The estimated maps showed that the radiation field has a high spatial and temporal variability due to heterogeneous topography. The annual global irradiation over the study area ranged from 425 MJ.m-2 to 5,045 MJ.m-2. The spatial variability was lower in spring and summer, and increased in autumn and winter, with larger variations observed in south facing slopes. The direct radiation was the component most affected by topography, constituting a major driver of the global radiation variability on surfaces with heterogeneous topography in Serra Gaúcha. The proposed methodology allowed estimates of incident solar radiation with high accuracy and high spatial resolution.
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Caracterização química de uvas e vinhos goethe produzidos na região de Urussanga, Santa CatarinaSartor, Sabrina de Bona 24 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Ciência de Alimentos, Florianópolis, 2009. / Made available in DSpace on 2012-10-24T14:09:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1
275611.pdf: 775442 bytes, checksum: 4e00ec783316c7eae6c7ad485f84c2b1 (MD5) / A uva Goethe é obtida pelo cruzamento das variedades Moscatel de Hamburgo e Carter, sendo cultivada principalmente nos municípios de Urussanga e Pedras Grandes, região sul de Santa Catarina - Brasil. Este trabalho teve como objetivos monitorar as variáveis agroclimáticas da variedade Goethe e seus clones Clássica e Primo (fenologia, somatório de graus-dias, índice heliotérmico e evolução da maturação) durante os ciclos produtivos 2007/08 e 2008/09, e, também, caracterizar quimicamente os vinhos Goethe safra 2008. Os experimentos foram conduzidos em quatro vinhedos, dois localizados em Urussanga (UC e UP, clones Clássica e Primo, respectivamente) e dois em Pedras Grandes (PGC e PGP, clones Clássica e Primo, respectivamente).O monitoramento da maturação foi realizado através de coletas semanais de amostras, iniciando quando cerca de 50% das bagas iniciaram o véraison até a colheita. As condições climáticas da região (temperaturas máximas, médias, mínimas e precipitação) foram monitoradas desde a brotação até a colheita durante os dois ciclos. As uvas provenientes destes locais de cultivo foram microvinificadas e as amostras avaliadas quimicamente, em intervalos de
três meses, durante nove meses. Foram realizadas análises de conteúdo de sódio e potássio, polifenóis totais, pH, acidez total titulável, acidez volátil e compostos voláteis. O somatório do índice heliotérmico de Huglin, durante o ciclo 2007/08, classificou os locais como IH5 (Região Quente). No ciclo 2008/09 os locais PGC e PGP foram classificados de IH4 (Região Temperado Quente) e UC e UP classificadas como IH5 (Região Quente). A duração média dos ciclos produtivos (brotação à colheita) em UC e UP foi de 149 e em PGC e PGP de 148 dias. Os parâmetros físicos e químicos
monitorados na maturação evoluíram de forma positiva durante o período. Foram observadas diferenças significativas entre os valores iniciais e finais em todos os parâmetros químicos monitorados. Os teores mais elevados de K+ foram observados nas amostras PGC e UC, ambas provenientes do mesmo clone, Goethe Clássica. As amostras PGP e UC apresentaram concentrações de Na+ mais elevados em relação aos demais locais. O conteúdo de polifenóis totais foi significativamente mais elevado nas amostras de vinhos PGC e PGP. As concentrações de monoterpenos livres e de compostos sulfurados leves presentes nas amostras ficaram abaixo dos seus limiares de percepção olfativa, não contribuindo de forma direta para a formação do aroma dos vinhos Goethe. As amostras UC e UP apresentaram elevadas concentrações de compostos com descritores frutado. O aroma de rosas foi consideravelmente elevado nas amostras PGC e UC, podendo atuar como um futuro marcador de tipicidade dessas amostras.
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Perfil fenólico e atividades antioxidante e hipolipemiante de vinhos de variedades Vitis vinifera cultivadas em São Joaquim - SC - BrasilGris, Eliana Fortes 25 October 2012 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Alimentos, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T01:49:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1
282929.pdf: 6889505 bytes, checksum: 7ac4262feacd893c7ecb4f29a184c674 (MD5) / Neste estudo avaliou-se a adaptação das variedades Cabernet Franc, Merlot, Sangiovese e Syrah, safras 2006 e 2007, implantadas em São Joaquim-SC - Brasil, uma nova região produtora de vinhos no sul do Brasil, através do monitoramento da fenologia das videiras e da maturação dos frutos. Realizou-se também a caracterização química dos principais compostos fenólicos, flavonóides (flavonóis, antocianinas, flavan-3-óis) e não flavonóides (ácidos hidroxicinâmicos, ácidos hidroxibenzóicos, estilbenos e tirosol), bem como a avaliação da atividade antioxidante in vitro e in vivo e hipolipemiante in vivo dos respectivos vinhos; e a correlação entre o conteúdo fenólico e as atividades biológicas. A fenologia foi avaliada através do monitoramento das principais fases fenológicas. A maturação das uvas foi avaliada através das análises de pH, acidez total, sólidos solúveis totais, antocianinas totais e polifenóis totais. A composição fenólica dos vinhos foi realizada através de HPLC-DAD e/ou HPLC-DAD-MS. A atividade antioxidante in vitro dos vinhos foi avaliada contra os radicais DPPH e ABTS, e pela inibição da peroxidação lipídica (TBARS). A atividade antioxidante e hipolipemiante in vivo foram avaliadas em camundongos após 30 dias de consumo de vinho. A partir do plasma foram verificados a capacidade antioxidante total do plasma (FRAP) e os níveis lipídicos e a partir do fígado avaliaram-se a peroxidação lipídica (TBARS), a carbonilação de proteínas (PC), os níveis de glutationa reduzida (GSH), e a atividade de enzimas antioxidantes catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GPx). O monitoramento da fenologia mostrou que o ciclo fenológico de brotação até a colheita ocorreu entre 191 e 219 dias exigindo um requerimento térmico entre 1.161 e 1.340 graus-dias. Os resultados do monitoramento da maturação mostraram que as variedades de uvas apresentaram características típicas de uma boa maturação. O conteúdo dos compostos fenólicos quantificados nos vinhos foi considerado adequado e de acordo com dados da literatura para vinhos finos de qualidade. O conteúdo de flavan-3-óis livres revelou que a catequina e epicatequina foram os dois principais monômeros, e a PA B1 o principal dímero; o grau médio de polimerização das PAs, percentagem de prodelfinidinas e de galoilação variaram entre 4,9-9,8; 30,5-41,3 e 1,4-2,4, respectivamente. Os principais flavonóis presentes nos vinhos foram a quercetina e a miricetina. Entre as antocianinas a malvidina foi a predominante, e, em geral, as aciladas apresentaram-se em maiores concentrações que as cumáricas. Os ácidos hidroxicinâmicos conjugados foram predominantes nos vinhos e as maiores concentrações foram do ácido trans-caftárico. Em relação aos ácidos hidroxibenzóicos, o ácido gálico foi o majoritário, representando, em média 76% do total dos ácidos hidroxibenzóicos quantificados. As análises revelaram vinhos com significativos conteúdos de tirosol e estilbenos monômeros, predominando as formas glicosiladas, e dos isômeros trans sobre os cis. Os vinhos apresentaram efetiva ação contra os radicais DPPH e ABTS, como também inibiram a peroxidação lipídica in vitro. O monitoramento da atividade antioxidante in vivo revelou que o consumo de vinhos promoveu, de modo geral, um aumento na capacidade antioxidante nos animais, verificado pelo aumento nos níveis de FRAP, diminuição dos níveis dos índices de TBARS, PC, e da atividade das enzimas SOD, CAT e GPx. O consumo de vinhos reduziu significativamente a hipercolesterolemia, a hipertrigliceridemia, e o índice aterogênico e aumentou os valores de colesterol HDL. Significativas correlações foram verificadas entre os efeitos benéficos do consumo de vinhos e o conteúdo dos compostos fenólicos quantificados, demonstrando a importante atividade biológica desses compostos. Os resultados sugerem que São Joaquim possui potencial para a produção de vinhos finos de qualidade. / This study investigated the adaptation of Vitis vinifera Cabernet Franc, Merlot, Sangiovese and Syrah in two consecutive vintages (2006 and 2007) in São Joaquim, Santa Catarina State, Brazil, a new grape growing region at southern Brazil, by monitoring the phenology and ripening characteristics. Moreover, was carried out a chemical characterization of the main phenolic compounds of the respective wines, flavonoids (flavonols, anthocyanins, flavan-3-ols) and non-flavonoids (hydroxycinnamic and hydroxybenzoic acids, stilbenes and tirosol), as well the evaluation of antioxidant activity in vitro and in vivo and the hypolipidemic activity in vivo of these wines, and the correlation between phenolic content and biological activities. The phenology was assessed by monitoring the main phases of development. In order to monitor the ripening levels of pH, total acidity, total soluble solids, total monomeric anthocyanins, total polyphenols index were analyzed. Phenolic composition was determined using HPLC-DAD and/or HPLC-DAD-MS analysis. The scavenger capacity of the wines was measured using DPPH and ABTS radicals and the lipid peroxidation by the TBARS method. The hypolipidemic and antioxidant activity in vivo were evaluated in mice after 30 days of wine consumption. From the plasma were checked total antioxidant capacity of plasma (FRAP) and lipid levels and from the liver were evaluated lipid peroxidation (TBARS), carbonyl protein (CP), reduced glutathione levels (GSH), and activity of antioxidant enzymes catalase (CAT), superoxide dismutase (SOD) and glutathione peroxidase (GPx). The results show that the phenological cycle from budburst to harvest occurred within a frame time of 191 and 219 days and the heat summation requirements varied between 1,161 and 1,340 GDD. The results showed that these different grape varieties had typical characteristics at maturity. In general, wine phenolic content were in line with those reported in the literature from the most renowned regions of premium wine production. For flavan-3-ols, catechin and epicatechin were the two main monomers, and the proanthocyanidin (PA) B1 was the main dimer. The values for the mean degree of polymerization, and the prodelphinidins and galloylation percentages ranged from 4.9-9.8; 30.5- 41.3, and 1.4-2.4, respectively. The main flavonols were quercetin and myricetin. Among the anthocyanins, malvidin was the predominant and, in general, the acylated were the derivatives predominant. The hydroxycinnamates (hydroxycinnamic acids conjugated) were predominant in wine samples and the highest concentrations were obtained by trans-caftaric acid. Regarding hydroxybenzoic acid, gallic acid was the majority, representing on average 76% of total hydroxybenzoic acids quantified. Analyses revealed wines with significant content of stilbene monomers and tirosol; in respect to stilbenes was verified the predominance of glycosylated and trans forms. The wine samples demonstrated effective scavenging activity against DPPH and ABTS radicals and against lipid peroxidation in vitro. The wine consumption promoted a significant increasing of plasma antioxidant capacity, a decreasing in TBARS and CP levels, as well as a decreasing in CAT, SOD and GPx activities. It was also found that wine consumption reduced the hypercholesterolemia, hypertriglyceridemia and atherogenic index and increased HDL cholesterol levels. In general, phenolic content of wines was positively correlated with the biological capacity promoted by wine consumption. These interesting results further support the potential of the region to produce high quality wines.
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Comportamento ecofisiológico da videira (Vitis vinifera L.) cultivada em São Joaquim, Santa CatarinaBorghezan, Marcelo 25 October 2012 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T06:06:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1
285059.pdf: 7812512 bytes, checksum: ae2f12022141e714fd13185021f6205b (MD5) / A região serrana de Santa Catarina, com destaque para São Joaquim, é uma das áreas de cultivo de uvas viníferas mais recentes no Brasil. As variáveis climáticas retardam o início do ciclo, que é mais longo em comparação com outras regiões. O maior período de maturação favorece o acúmulo de compostos do metabolismo secundário nas bagas, resultando em uvas e os vinhos com características distintas. O manejo das plantas ainda é pouco estudado, sendo que o comportamento ecofisiológico das plantas ainda não foi estabelecido para as regiões de altitude de Santa Catarina. O equilíbrio entre a área foliar e a produção beneficia o desenvolvimento das plantas, a maturação das bagas, a composição da uva e a qualidade dos vinhos. O objetivo deste estudo foi avaliar o desenvolvimento vegetativo, a maturação da uva e as características sensoriais dos vinhos das variedades de videira (Vitis vinifera L.) Cabernet Sauvignon, Merlot e Sauvignon Blanc, sob o efeito de diferentes níveis de área foliar, em um vinhedo de São Joaquim, no Planalto Serrano de Santa Catarina, sul do Brasil, durante os ciclos fenológicos 2005/2006 e 2006/2007. Foram avaliadas plantas de um vinhedo comercial, implantado em 2002, conduzido em sistema espaldeira, a uma altitude de 1.293m. Os tratamentos de área foliar foram realizados a partir do desponte dos ramos, mantendo 12, 16, 20 folhas e sem o desponte dos ramos, com a remoção de todas as brotações lateriais (feminelas). O tratamento testemunha não recebeu manipulação do dossel vegetativo. A área foliar foi estimada a partir da superfície de cada folha utilizando um modelo direto e não destrutivo. A maturação foi monitorada avaliando o teor de sólidos solúveis totais, a acidez total titulável e o pH, a partir do estádio de mudança de cor das bagas. As variáveis de crescimento e rendimento foram avaliadas para
estimar os índices de produção. Amostras de 30kg de uvas foram microvinificadas, sendo a análise sensorial dos vinhos realizada por julgadores experientes. A produção limitada das plantas ocasionou desequilíbrio, favorecendo o excessivo crescimento vegetativo. O crescimento vegetativo dos ramos da videira cessou durante a maturação da uva. Os resultados indicaram elevada qualidade da uva, que atingiu
adiantado estágio de maturação. A precipitação pluviométrica excessiva
afetou a qualidade da uva, principalmente durante o ciclo 2006/2007. Os
vinhos apresentaram coloração e aromas frutados e florais intensos, boa
estrutura, além de adequada acidez e gosto amargo pouco evidente. A
área foliar apresentou influência sobre a composição das bagas e sobre a qualidade sensorial dos vinhos. A redução excessiva da área foliar (<1,0m2/kg de uva) limitou a acumulação de açúcares nas bagas, enquanto que o excesso de folhas está relacionado com maior intensidade de aromas vegetais nas características sensoriais dos vinhos. Os valores intermediários de área foliar (cerca de 2,5m2/kg de uva) proporcionaram as condições mais adequadas para o manejo do dossel, não afetando a maturação das bagas e com a melhor avaliação na análise sensorial dos vinhos. / The mountain region of Santa Catarina, highlighting São Joaquim, is one of the recent areas to grow wine grapes in Brazil. The climatic variables extended the onset of the cycle, which is longer compared to other regions. A longer period of ripening allows the accumulation of secondary metabolic compounds in the berries, resulting in grapes and wines with distinct characteristics. The tree cultural practices are still little known, and the ecophysiological behavior of the plants has not been set for this region of Santa Catarina. The balance between leaf area and yield benefits the tree development, ripening of berries, the composition of the grape and wine quality. The aim of this study was to evaluate the vegetative growth, ripening of the grape and the sensory characteristics of wine of the cultivars (Vitis vinifera L.) Cabernet Sauvignon, Merlot and Sauvignon Blanc under the effect of different levels of leaf area in a vineyard in São Joaquim, in the Planalto Serrano of Santa Catarina, southern Brazil, during phenological cycles 2005/2006 and 2006/2007. For the measurements it was used a 1,293maltitude commercial vineyard established in 2002 and trained under vertical trellis system. Leaf area treatments were carried by topping of the shoots and keeping 12, 16 or 20 leaves or no topping, just removing all lateral shoots. The control treatment received no manipulation of the canopy. Leaf area was estimated by evaluating the surface of each leave using a direct and not destructive model. Ripening was monitored by evaluating the content of soluble solids, total acidity and pH from veraison to harvest. The variables of growth and yield were evaluated to estimate production index. Thirty kg grapes samples were microvinificated and sensory evaluation were performed by expert judges. The limited production of the trees caused imbalance, allowing excessive vegetative growth. The vegetative growth of the vines ceased during grape ripening. The results indicated high quality of the grapes, what reached an advanced stage of ripening. The excessive rainfall affected the quality of grapes, especially during the 2006/2007 cycle. The wines showed intense color and fruity and floral flavors, good structure, and also adequate acidity and little evident bitter taste. Leaf area influenced the berries composition and the sensory quality of wines. The excessive reduction of the leaf area (<1.0m2/kg grape) limited the accumulation of sugars in the berries, whereas the high amount of leaves is related to the more intensity of vegetal aromas in the sensory characteristics of the wines. The intermediate values of leaf area (about 2.5m2/kg grape) provided the best conditions for the canopy management, not affecting berries ripening and providing a best evaluation in the sensory evaluation of wines.
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Micorrização e resistência a Fusarium oxysporum Sch. f. sp. herbemontis em genótipo de porta-enxerto de videiraDalla Costa, Murilo 25 October 2012 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-graduação em Recursos Genéticos Vegetais, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T06:57:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1
276368.pdf: 19499211 bytes, checksum: a68479fe79440173224ed0cfd8bac176 (MD5) / O declínio e morte de videiras, problema fitossanitário que limita a vitivinicultura no estado de Santa Catarina, tem como um dos agentes causais o fungo do solo Fusarium oxysporum f. sp. herbemontis. Até o momento, o controle da murcha vascular causada pelo patógeno é feito com uso de porta-enxertos resistentes. A inoculação de fungos micorrízicos arbusculares na fase de aclimatização de videiras micropropagadas in vitro pode acelerar a produção de mudas de alta qualidade; essa biotecnologia pode também reduzir a incidência de Fusarium spp., podendo melhorar a expressão do potencial genético de porta-enxertos, até mesmo daqueles suscetíveis ao patógeno. Os mecanismos de resistência de plantas micorrizadas a patógenos radiculares ainda estão pouco esclarecidos, especialmente no que se refere ao papel indutor da simbiose na expressão de genes de defesa da planta. O trabalho tem como objetivo avaliar, em genótipo de porta-enxerto suscetível a fusariose, o papel da formação de micorriza na expressão de proteínas radiculares e na indução de resistência localizada contra F. oxysporum f. sp. herbemontis. Mudas micropropagadas de videira da cultivar SO4 foram aclimatizadas e metade delas foram inoculadas com o fungo micorrízico Glomus intraradices. Após 75 dias, as raízes das plantas foram mergulhadas em suspensão de conídios de Fusarium spp. ou água estéril. Para realizarem-se avaliação dos níveis de atividade hidrolítica das enzimas quitinases e -1,3-glucanases e para eletroforese bidimensional de proteínas, amostras radiculares foram coletadas aos quatro e aos 14 dias após a inoculação do patógeno, respectivamente. A avaliação de sintomas de infecção por Fusarium spp. foi realizada aos 90 dias após inoculação do patógeno. A expressão de quitinases acima dos níveis basais foi induzida nas raízes dos tratamentos com inoculação do fungo micorrízico e/ou patógeno. A atividade de -1,3-glucanases foi maior somente no tratamento com inoculação de G. intraradices e do patógeno. Os simbiontes mutualístico e parasítico induziram 11 e duas proteínas, respectivamente. A formação de micorrizas e a inoculação de Fusarium spp. promoveram mudanças no nível de expressão de 13 proteínas do sistema radicular de videiras. Videiras inoculadas com G. intraradices apresentaram diminuição nos sintomas de infecção por Fusarium spp., sugerindo que a simbiose mutualística promoveu a indução de quitinases e -1,3-glucanases com ação específica na supressão do patógeno, bem como a expressão diferenciada de proteínas relacionadas com indução de resistência e com efeito bioprotetor contra o patógeno vascular.
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A vitivinicultura em São Joaquim - SCCordeiro, Wilton Carlos January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas. / Made available in DSpace on 2012-10-22T20:25:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1
235989.pdf: 672178 bytes, checksum: 1081a1209dcba224ba9458dd2bc119db (MD5) / A vitivinicultura é tradicionalmente praticada no Brasil em regiões de colonização italiana, e a Serra Gaúcha é o ícone da atividade no país. No caso de São Joaquim, o cultivo de uvas viníferas iniciou-se recentemente, e em uma região sem qualquer tradição. A atividade foi implantada a partir de experimentos conduzidos pela EPAGRI desde 1991, os quais demonstraram o seu potencial edafoclimático à elaboração de vinhos finos. Esse potencial resulta da combinação de noites frias, que possibilitam a plena maturação dos frutos e um período mais seco na época da colheita, proporcionando uvas capazes de gerar vinhos com uma qualidade diferenciada dos demais vinhos brasileiros. Atualmente, São Joaquim é o município com a maior área plantada com uvas viníferas em Santa Catarina, entrando definitivamente para o mapa vitivinícola brasileiro. Localizado no planalto sul catarinense, possui uma altitude média de mil e trezentos metros acima do nível do mar e tem sua economia alicerçada na fruticultura de clima temperado (é terceiro produtor brasileiro de maçã). Apesar desta marca, apresenta um dos Índices de Desenvolvimento Humano mais baixos do estado. Nesse contexto, a vitivinicultura é vista como uma atividade econômica promissora para o município. Assim, o presente trabalho teve por objetivo compreender a emergência e a trajetória da vitivinicultura no cenário rural de São Joaquim através da visão dos indivíduos que estão construindo essa nova região vitivinícola. Para tanto, lançou-se mão da pesquisa qualitativa através do estudo de caso, usando-se para a coleta de informações a entrevista semi-estruturada, composta de questionário (caracterização do produtor e da propriedade) e da entrevista propriamente dita. Foram entrevistados doze dos vinte e quatro vitivinicultores joaquinenses, somando noventa e oito hectares de vinhedos, ou seja, setenta por cento do total da área cultivada. O tamanho dos plantios variou entre um e vinte e quatro hectares, plantados basicamente com uvas tintas. O produtor de uvas joaquinense não tem experiência anterior no cultivo de uvas, o que é compensado buscando-se o conhecimento acumulado nas regiões mais tradicionais; é consciente que a qualidade de seu produto está ligada diretamente ao recurso específico de sua região e percebe a importância da existência de uma organização para garantir a preservação dessa qualidade e, conseqüentemente, a consolidação da atividade na região. Apesar do entusiasmo com a atividade, os entrevistados apontam diferentes entraves que dificultam a expansão da vitivinicultura, sendo os mais citados o custo de implantação do vinhedo, a falta de tradição da região na produção de uvas e vinhos e a escassa capacidade de associativismo da população local. Esses entraves são em parte compensados por um grande esforço de marketing para tornar o produto bem conhecido pelos consumidores. A trajetória da vitivinicultura em São Joaquim abre um leque de oportunidades para a sociedade local, com destaque ao desenvolvimento do Enoturismo na região e a formação de uma Indicação de Procedência para os vinhos produzidos na região, protegendo e valorizando o recurso natural específico desse local.
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População de fungos filamentosos e sua relação com micotoxinas presentes na uva e no vinho de Santa CatarinaNunes, Estela de Oliveira 23 October 2012 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química, Florianópolis, 2008. / Made available in DSpace on 2012-10-23T22:39:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1
272747.pdf: 4085370 bytes, checksum: 20dc1502f08def68d31f0f6b55ecc29b (MD5) / Mudanças expressivas no perfil do consumidor de alimentos e bebidas são notórias, dentre os vários aspectos que primam pela qualidade, está a preocupação com a segurança alimentar. Essa mudança no mercado consumidor tem estimulado os vitivinicultores do mundo todo a agregarem novos elementos de qualidade aos vinhos. Com a introdução de novas práticas agrícolas, a presença de substâncias prejudiciais à saúde, tais como: resíduos de pesticidas e micotoxinas, tem sido investigada em várias matérias-primas vegetais e em seus derivados, como é o caso das uvas e vinhos. A produção de uvas e vinhos na América Latina em relação à produção mundial, representa cerca de 6,6 e 10%, respectivamente, onde o Brasil é terceiro maior produtor. A vitivinicultura brasileira, nos últimos anos tem voltado sua atenção à produção de vinhos finos, sendo a região Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) a maior produtora de uvas destinadas ao processamento de sucos e vinhos. Quanto à produção de vinhos, o Estado de Santa Catarina divide-se em 3 regiões: tradicional, nova e super nova (BRDE, 2005). O presente trabalho buscou o estabelecimento de um panorama sob o ponto de vista micotoxicológico, em relação à qualidade das uvas produzidas e processadas em 2 das regiões catarinenses: tradicional (Meio Oeste) e super nova (Planalto). Para tanto, foram investigadas uvas obtidas durante as vindimas de 2005/2006. Analisou-se os seguintes parâmetros: micobiota, capacidade produtora de ocratoxina A (OTA) dos isolados de Aspergillus da secção Nigri (OTA) em cultura pura, níveis de OTA e patulina e de ácido glucônico nas uvas. Foram isoladas e identificadas 1492 estirpes de fungos filametosos, das quais 82 pertencentes à secção Nigri, todos os exemplares de A. japonicus foram OTA (-) e 15,9% das estirpes de agregado A. niger foram OTA (+). Dos 2 exemplares de A. carbonarius recuperados, apenas um foi hábil para produzir OTA. A ocorrência das micotoxinas OTA e patulina nas uvas foi estudada, onde 100% das amostras foram negativas para a patulina, enquanto a OTA foi detectada em 40,6% do total de uvas amostradas. Os níveis médios de OTA foram: 0,124 µg.Kg-1 (Meio Oeste) e 0,076 µg.Kg-1 (Planalto), refletindo uma estreita relação entre os níveis de OTA e a incidência de representantes do grupo agregado A. niger e de A. carbonarius. A concentração de ácido glucônico foi determinada nas uvas e a relação com os níveis de OTA e a incidência de Botrytis sp. foi investigada. A correlação entre os níveis de ácido glucônico e de OTA foi fraca, sugerindo ineficiência na predição do rastreio à OTA. Porém, a incidência de Botrytis sp. apresentou uma correlação significativa, comportando-se como um bom indicador para a contaminação das uvas por Botrytis, a qual muitas vezes, não é observada no exame visual. A capacidade de degradação de OTA em meio de uva sintético por meio da atividade residual de uma protease ácida de uso comercial foi avaliada sob as seguintes condições: pH (3,5 e 4,5), temperatura (20 e 350C) e concentrações iniciais de OTA (2,0 e 0,2 µg.L-1), com concentração fixa da enzima. A formação de ocratoxina alfa (OT ) mediada pela enzima confirmou a atividade na hidrólise de OTA. A formação de OT foi discretamente favorecida na maior temperatura (350C), independente do pH e das concentrações iniciais de OTA. No entanto, a atividade específica da enzima foi muito baixa e as concentrações de OT ao final de 114 horas de ensaio foram similares para ambas concentrações iniciais do substrato. Esse fato leva a constatação de que a enzima não possui como atividade principal a hidrólise da OTA e, sim que apresenta uma ação colateral. A hipótese de que o meio de uva possa apresentar algum componente que venha a colaborar para a redução da hidrólise da OTA também é sugerida. A evolução dos níveis de OTA durante o processo de microvinificação de uvas tintas provenientes da safra de 2006, foi monitorada através do seu controle nas principais operações unitárias. Realizou-se 2 ensaios: o primero a partir de uvas visualmente sãs (ensaio 1) e outro contendo ± 1/3 de uvas com podridão (ensaio 2). A concentração de OTA observada no mosto fresco do ensaio 2 foi 9,9 vezes superior ao observado no mosto fresco do ensaio1. Para os dois ensaios a remoção da OTA no vinho foi superior a 80%. A fermentação alcoólica foi a operação mais representativa na redução dos níveis de OTA (50%). Isso permite definir sob o ponto de vista de análise de risco, que a realização do controle apresenta 2 pontos críticos: mosto fresco e após a fermentação alcoólica, pois o nível de OTA continuou decrescendo até o final do processo de vinificação.
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Indicação geográfica e desenvolvimento territorial sustentávelVelloso, Carolina Quiumento January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas. / Made available in DSpace on 2012-10-24T01:34:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1
249759.pdf: 6170866 bytes, checksum: f1cbc349d560b46bd0d25e697c2e84ef (MD5) / A região de Urussanga, no Sul de Santa Catarina, apresenta potencial para a diferenciação e valorização de um produto típico, um produto arraigado na cultura e história locais e somente ali existente. É o caso da produção do vinho da variedade "Goethe". Por esta razão e pelo interesse de produtores que cultivam a uva e produzem seu vinho, desenvolveu-se um projeto que busca reunir informações necessárias para a obtenção de uma Indicação Geográfica (IG), a se chamar "Vales da Uva Goethe". A discussão em torno das Indicações Geográficas, no Brasil, é recente, mas tem sido bastante difundida entre produtos e regiões portadoras de tal potencialidade. Os produtos com Indicação Geográfica carregam consigo a identidade local, ou seja, está "embutido" a cultura, a tradição, as condições ambientais, a história, o saber fazer local. Embora as IG não tenham sido concebidas para promover o desenvolvimento territorial, elas podem contribuir para o desenvolvimento de novas formas de organização territorial, permitindo identificar e valorizar recursos territoriais, integrando novos desafios ao desenvolvimento territorial e sustentável. Pensar na Indicação Geográfica como uma simples forma de agregar valor - sobretudo o financeiro - ao produto, como forma de aumento da renda aos produtores, seria, no entanto, um equívoco e mais uma vez um reducionismo, tão criticado até hoje na agricultura, por seus fortes impactos negativos. As IG também apresentam, em contrapartida, riscos potenciais de concentração de renda ou de exclusão social. O sucesso não somente na obtenção da IG, como na sua continuidade e no desenvolvimento do território, depende da participação e persistência de seus protagonistas e de sua relação com seu ambiente. Desta forma, o objetivo deste trabalho é avaliar as estratégias, ações e representações da associação de produtores (em conjunto com seus parceiros) na contribuição para a valorização de recursos territoriais e a criação de novas oportunidades para os atores sociais envolvidos. Para tanto, foram realizadas revisões bibliográficas, levantamento de dados e, principalmente, a observação participante e a realização de entrevistas. A análise revelou que a associação articula atividades e estratégias além da obtenção da IG, mas também ligadas a ela, como o desenvolvimento das atividades vitivinícola e turística e a promoção e divulgação do vinho Goethe. A participação dos atores envolvidos, contudo, é bastante baixa (principalmente com o passar do tempo), revelando uma nova preocupação. O estreitamento da associação promoveria uma espécie de clube de produtores e uma maior exclusão social, conquanto identifiquem e valorizem alguns recursos territoriais. O grupo começa então a enfrentar novas preocupações e novos desafios relacionados à IG.
The region of Urussanga, in South of Santa Catarina State, presents a potential to the differentiation and promotion of a typical product, a product with strong relation with the local culture and history, existing just there. It is the case of the "Goethe" variety wine production. For this reason, and due to the interest of wine and grape producers, a project to work with a Geographical Indication (GI) perspective - to be called "Vales da Uva Goethe" - was developed. In Brazil, the discussions around the GI are recent, but it has been much disseminated between products and regions that have this potentiality. The GI products bring with itself the local identity, it means, there are local culture, tradition, environmental conditions, history, know-how embedded on them. Although the Geographical Indications have not been idealized to promote territorial development, they can contribute to the development of new ways of territorial organization, allowing identify and exploit territorial resources, integrating new challenges to the sustainable territorial development. Thinking about GI as a simple way to aggregate value - especially the monetary - to the product, as a way to increase the producer's income, would be, however, one more time an equivoque and a reductionism, very criticized until today in the agriculture, because of its strong negative impacts. The GI also presents, however, potential risks of income concentration or social exclusion. The success not just in the GI consolidation, but also in its continuity and in the territorial development, depends on their protagonists participation and perseverance and their relation with the environment. Thus, the aim of this study is to evaluate the association of producers' strategies, actions and representations, in order to contribute to territorial resources valorization as well as the creation of new opportunities to the local actors. For this, bibliographic revisions, collecting data and especially the holding of participant observation and interviews were utilized. The analysis reveled that the association articulates activities and strategies further than the GI consolidation, but also linked to it, such as the viticulture, winery and tourism development, in addition to the "Goethe" wine promotion and marketing. The producers participation, however, is very low (especially after a while), revealing a new concern. The association narrowing would promote "a kind of" a producers club and would increase social exclusion, although they identify and exploit some territorial resources. The group then begins to face new concerns and new challenges related to the GI.
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Aplicação de ethephon em videira 'Niagara Rosada' (Vitis labrusca L.) visando produção na entressafra do Estado de São Paulo /Fracaro, Antonio Augusto. January 2004 (has links)
Orientador: Fernando Mendes Pereira / Banca: João Alexio Scarpare Filho / Banca: Sérgio Ruffo Roberto / Banca: Antonio Baldo Geraldo Martins / Banca: Aparecida Conceição Boliani / Resumo: Para a produção de uva na entressafra (setembro-outubro), é necessário que a poda seja realizada em período de provável ocorrência de baixas temperaturas, o que prejudica a emissão e desenvolvimento de brotos. Embasado em trabalho anterior, objetivou-se desenvolver uma técnica para viabilizar a emissão e desenvolvimento das brotações do cv. Niagara Rosada, mesmo em condições desfavoráveis com temperaturas abaixo de 10 ºC. Os experimentos foram conduzidos em vinhedos comerciais, na região de Jales-SP. Foram testadas quatro concentrações de ethephon (0; 720; 1.440 e 2.160 mg.L-1), aplicado de maio a junho, via foliar antes da poda de produção, em seis distintos experimentos, sendo três em 2001 e três em 2002. Verificou-se que a aplicação de ethephon promoveu o desfolhamento das videiras, principalmente nas concentrações de 1.440 e 2.160 mg.L-1. A aplicação em plantas pouco enfolhadas e/ou em período sem ocorrência de baixas temperaturas,não produziu resultados estatisticamente significativos na produção. Porém, observou-se um aumento na emissão e no desenvolvimento dos brotos nas concentrações mais elevadas. A aplicação de ethephon na concentração de 2.160 mg.L-1 em videiras com enfolhamento superior a 70% e temperaturas abaixo de 10 ºC, propiciou resultados excelentes no que se refere ao maior número de gemas brotadas, ao maior desenvolvimento dos ramos (comprimento e diâmetro) e a maior produção. O uso de ethephon não alterou o período da poda à floração, os teores de sólidos solúveis totais e a acidez total titulável mas, proporcionou aumento no comprimento e peso dos cachos e das bagas, na largura dos cachos e no diâmetro das bagas, melhorando a qualidade da uva. / Abstract: For off-season grape production (September-October), pruning it is necessary in period of probable occurrence of low temperatures, what damages the emission and development of sprouts. Based in previous work, it was developed a technique to make possible the emission and development the sprout of the grape 'Niagara Rosada', even though unfavorable conditions of climate. These studies were carried out at commercial vineyards, in region of Jales, SP, Brazil. Four levels of ethephon (0; 720; 1,440 and 2,160 mg.L-1), applied from May to June, on leaves before the frutification pruning, in six experiments, on 2001 and three on 2002. It was observed that application of ethephon promoted defoliation of the grapevines, mainly in levels of 1,440 and 2,160 mg.L-1. The application in plants with less leaves and/or period without occurrence of low temperatures, did not produce significant results in the production. However, a trend of increase in emission and development of sprouts when higher levels of ethephon was observed. The application of ethephon (2,160 mg.L-1) on grapevines with more that 70% of leaves, in period of occurrence of lower temperatures (smaller 10 ºC), propitiated excellent results regarding the number of sprouted buds, shoot growth (length and diameter) and production. The use of ethephon did not modify the duration of the period from pruning to flowering, the total soluble solids and titrabre concentration acidity, but increased the length, diameter, the width and mass of the clusters and berries, improving the grape quality. / Doutor
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Modulação da hipertensão pulmonar induzida por monocrotalina através da administraçao de suco de uva e vinho tintoLopes, Gilberti Helena Hübscher January 2005 (has links)
Foram realizados estudos in vitro para verificar a presença de componentes fenólicos, capacidade antioxidante total (TRAP) e a reatividade antioxidante total do suco de uva e vinho tinto. Também foi verificada a propriedade destas bebidas de inibir a produção de ânion superóxido (O2 •-) pela xantina oxidase in vitro. Estes estudos comprovaram que o vinho tinto apresenta maior quantidade (TRAP) e qualidade (TAR) de antioxidantes em relação ao suco, assim como maior porcentagem de inibição de produção de O2 •-. Em conseqüência, foi realizado um estudo in vivo, utilizando um modelo de insuficiência cardíaca direita (ICD) através da administração de monocrotalina (MCT) na dose de 60mg/kg. Foram utilizados ratos machos Wistar, onde foram investigados os efeitos da administração do suco de uva preta e vinho tinto Cabernet Franc durante 45 dias. Foram avaliados parâmetros morfométricos através da hipertrofia cardíaca direita, esquerda e nível de congestão hepática e pulmonar, parâmetros hemodinâmicos do VD medindo a pressão intraventricular sistólica direita (PSVD), diastólica final ventricular direita (PDFVD) e as respectivas derivadas (+dP/dt e –dP/dt). Seis grupos experimentais foram estabelecidos: Controle (GC), Insuficiente (GI), Vinho (GV), Vinho insuficiente (GVI), Suco (GS) e Suco insuficiente (GSI). As bebidas foram administradas por sonda intragástrica, na quantidade de 20 mL.kg–1.dia–1 de suco e água, e o vinho na concentração de 15 mL.kg–1 .dia–1. Os animais aos quais foi administrado vinho, iniciaram o tratamento com suco desde o desmame até 49 dias de idade, devido à bebida ser isenta de álcool, e somente em idade mais avançada (aos 50 dias de vida) se introduziu o vinho. Os grupos GC e GI receberam água nas mesmas condições durante o protocolo experimental.
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