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Conhecimento e percepção de estudantes de um curso Técnico em Enfermagem acerca da violência doméstica contra a mulher perpetrada pelo parceiro íntimo / Knowledge and perception of students of a Nursing Technical course on violence against women perpetrated by the intimate partnerLarissa Sales Martins Baquião 10 May 2018 (has links)
O tema violência doméstica contra a mulher é um problema universal, pelo seu impacto nas áreas econômicas, sociais, educacionais e da saúde. A enfermagem tem um papel significativo no reconhecimento e acompanhamento dos casos, mas faz-se necessário que os profissionais estejam capacitados para tal. O objetivo deste estudo foi identificar a percepção e o conhecimento de estudantes de um curso técnico em enfermagem acerca da violência doméstica contra a mulher perpetrada pelo parceiro íntimo. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, exploratório e transversal. Foi aplicado um questionário validado com questões sobre percepção e o conhecimento acerca da violência contra a mulher. A amostra contou com a participação de 84 estudantes dos três módulos do curso, com idade igual ou superior a 18 anos, no ano de 2017. Os dados foram organizados em planilhas, validados por dupla digitação e posteriormente transportados para o pacote estatístico do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 22.0. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa. Os resultados mostraram que os estudantes se sentem à vontade em perguntar às clientes sobre o uso de álcool ou tabaco, porém incomodados em tratar sobre o uso de drogas, vida sexual e violência conjugal. Tendem a infantilizar o atendimento à mulher em situação de violência. Discordaram que fatores sociais sejam causas de agressão, mas concordaram que o uso abusivo de álcool ou drogas e problemas psicológicos do parceiro possam estar entre as causas. Afirmaram que os agressores devem ser presos, mas há a crença de que a violência doméstica seja um assunto de fórum íntimo e privado. Demonstraram ter bom conhecimento sobre a definição das várias formas de violência, e reconhecimento de sinais e sintomas, contudo, baixo conhecimento sobre a epidemiologia da violência contra a mulher. Afirmaram ser atribuição do profissional de enfermagem abordar sobre violência doméstica, mas que esta não seja direta ou insistente. Discordaram que o profissional deva ignorar sinais de violência, assim como referiram que há necessidade de agendar retorno em intervalos menores, em casos suspeitos de violência doméstica. Quase metade dos estudantes desconhecem protocolos de atendimento à mulher em situação de violência sexual e a maioria afirmou que o médico não deve prescrever calmante/antidepressivos para a mulher agredida. Referiram que é válido avaliar com a cliente os riscos à que estão expostas e elaborar um plano de segurança. Responderam que a terapia de casal e psicoterapia seja recomendável. A minoria reconheceu a importância da notificação dos casos, mas afirmaram a importância de fornecer número de telefone de instituições que acolhem mulheres e recorrer à delegacia da mulher. Enfim, os achados demonstraram que os estudantes possuem um conhecimento parcial acerca do manejo dos casos de violência doméstica e lacunas em sua formação necessitam ser preenchidas, sendo recomendável a inclusão do tema no conteúdo programático do curso e possibilitar experiências práticas aos estudantes / The issue of domestic violence against women is a universal problem because of its impact on the economic, social, educational and health areas. Nursing has a significant role in the recognition and follow up of cases, but it is necessary that professionals are trained to do so. The objective of this study was to identify the perception and knowledge of students of a nursing technical course on domestic violence against women perpetrated by the intimate partner. It is a quantitative, descriptive, exploratory and cross-sectional study. A validated questionnaire was applied with questions about perception and knowledge about violence against women. The sample was attended by 84 students from the three modules of the course, aged 18 years or over, in the year 2017. The data were organized in spreadsheets, validated by double typing and later transported to the statistical package of the program Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) version 22.0. The study was approved by the research ethics committee. The results showed that students are comfortable with asking clients about alcohol or tobacco use, but they are bothered to deal with drug use, sex life and marital violence. They tend to infantilize the care of women in situations of violence. They disagreed that social factors are causes of aggression but agreed that abusive use of alcohol or drugs and psychological problems of the partner may be among the causes. They said that the perpetrators should be arrested, but there is a belief that domestic violence is an intimate and private forum issue. They have demonstrated good knowledge about the definition of various forms of violence, and recognition of signs and symptoms, however, low knowledge about the epidemiology of violence against women. They affirmed that it is the nursing professional\'s assignment to address domestic violence, but that it is not direct or insistent. They disagreed that the professional should ignore signs of violence, as well as that there is a need to schedule return at shorter intervals in cases of suspected domestic violence. Nearly half of the students are unaware of protocols for the care of women in situations of sexual violence, and most have stated that the doctor should not prescribe a sedative / antidepressant medication for the battered woman. They said that it is valid to evaluate with the client the risks to which they are exposed and to elaborate a security plan. They said that couple therapy and psychotherapy are recommended. The minority acknowledged the importance of case reporting but stressed the importance of providing telephone numbers of institutions hosting women and turning to the woman\'s station. Finally, the findings showed that students have a partial knowledge about the handling of domestic violence cases and gaps in their training need to be filled out, and it is recommended to include the subject in the program content of the course and to provide practical experiences for the students
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Rota crítica: os (des) caminhos trilhados por mulheres em situação de violência doméstica na busca por ajuda / Critic route: the paths used by woman under domestic violence on their search for helpMiryam Cristina Mazieiro Vergueiro da Silva 06 March 2009 (has links)
Este estudo investiga a permanência das mulheres em situação de violência conjugal e a busca por ajuda. A partir da perspectiva de gênero, das relações intersubjetivas e de questões intrapsíquicas, buscou-se estabelecer os fatores que influem na manutenção do relacionamento abusivo, e as estratégias buscadas para a resolução desse conflito. A opção metodológica foi a da abordagem qualitativa e tal escolha se justificou devido às características do objeto e aos objetivos da pesquisa. Foram colhidas seis entrevistas com mulheres consideradas boas informantes, de camada social baixa, levando-se em conta a quantidade e qualidade do material produzido, como também o acesso às mulheres em tal situação. Os resultados encontrados apontam para a influência das vivências na família de origem e o amor pelo agressor como importante obstáculo para a saída da relação abusiva, bem como a assimetria de poder dentro da relação. A busca por ajuda envolveu principalmente os familiares, a Delegacia de Polícia e a Delegacia de Defesa da Mulher e os serviços de saúde; as respostas foram, por vezes, demovedoras da decisão de transformar a situação. Os familiares, filhos, vizinhos, amigos e o crime organizado, de modo geral, não ofertaram apoio significativo na direção de uma transformação da conjugalidade violenta. Já as instituições formais acessadas pelas entrevistadas, ou seja, a Delegacia de Defesa da Mulher e o serviço de saúde se configuraram em importante rede de suporte. / This study researches the permanence of women in violent marriage condition and the search for help. From the gender perspective, from subjective relations and psychical questions, it tries to establish the factors that influence the maintenance of an abusive relationship, and the strategies sought for the solution of this conflict. The methodology option for this was the qualitative approach; the results obtained lead to love, as the main obstacle to the way out from the abusive relationship, as well as the asymmetry of the power within the relationship. The search for help involved mainly the relatives, the DDM and health care services: sometimes the answers were not persuasive forward the decision to change the situation.
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Determinantes sociais dos feminicidios no Peru e no Brasil 2009 – 2014Asin, Paola Isabel Carrasco 28 November 2016 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2017-04-17T12:15:08Z
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Previous issue date: 2016-11-28 / Introdução: feminicídios ou femicídios são assassinatos sustentados nas relações de poder, desigualdade e subordinação da mulher. Estes são a última escala da violência contra a mulher, que durante o período 2010 -2014 vitimaram mais de 15.877 vidas (Peru – Brasil). Os estudos sobre este tema são de vital importância porque segundo as estatísticas, uma mulher é morta a cada hora e meia no Brasil e a cada vinte segundos uma mulher é violentada no Peru. Inicialmente, promulgaram leis contra a violência de gênero ou intrafamiliar, anos depois, tornaram-se leis contra os feminicídios. Procurando proteção para a mulher que contribuía na possibilidade de igualdade de oportunidades sociais, lutando assim contra a desigualdade de gênero através da aplicação de políticas públicas que contribuíam com o tempo na erradicação dos feminicídios. Objetivos: analisar os determinantes sociais que fazem parte do índice de desigualdade de gênero associadas à ocorrência dos feminicídios no Peru e no Brasil e construir as taxas padronizadas dos feminicídios no Peru e no Brasil. Metodologia: estudo ecológico e descritivo, utilizando dados secundários cuja população alvo foram todas as mulheres peruanas e as mulheres brasileiras acima dos 15 anos de idade. Realizou-se uma análise multivariada através do coeficiente de correlação linear de Pearson e da significância de associação entre a taxa de feminicídio e os indicadores que fazem parte do IDG (no caso de Peru) e com os óbitos femininos por agressão dos municípios com mais de 50.000 habitantes e os indicadores do IDG (no caso do Brasil). Resultados: foram construidas as taxas padronizadas dos feminicídios no Peru, assim como as taxas padronizadas dos óbitos femininos por agressão no Brasil. Não se encontrou associação alguma entre os indicadores do IDG e os feminicídios no Peru. No caso do Brasil, a porcentagem dos assentos ocupados pelo sexo feminino no parlamento municipal durante as três ultima eleições, foi o único indicador do IDG que não foi significativo. Conclusões: a partir dos resultados podemos concluir que os determinantes sociais que constituem parte do IDG não se mostram associados à ocorrência dos feminicídios no Peru, podendo-se formular a hipóteses que uma possível subestimação de dados não permite determinar a existência da associação das determinantes sócias com os feminicídios. Aliás, no caso de Brasil o nível de educação é inversamente proporcional à ocorrência de morte das mulheres por agressão, observando que quanto maior é o nível de educação da mulher a incidência das mortes destas por agressão diminui. / Introduction: femicides are murders sustained in the power relation, inequality and women`s subordination. These are the last step of women`s violence, which during o period 2010 – 2014 victimized more than 15.877 lives (Peru – Brazil), leaving children in orphan status and many still free murderers in society. Studies on this issue are of vital importance because according to statistics one woman is killed every hour and a half in Brazil and twenty seconds a woman is raped in Peru. Were initially enacted laws against gender violence or domestic, meanwhile, women continued to be killed as a result of violence in most times by their partners or former partners, which resulted, years later in laws against femicide. Seeking protection for the woman who contributed to the possibility of equal social opportunities, thus fighting against gender inequality through the application of public policies that contributed over time to the eradication of feminicides Objectives: Analyze the social determinants that are part of the index of gender inequality associated with the occurrence of femicide in Peru and Brazil and build the standardized rates of femicide in Peru and Brazil. Metodology: ecological and descriptive study, using secondary data whose target population was all Peruvians women and all Brazilian women above 15 years old. A multivariate analysis was made using a Pearson's linear correlation coefficient and the significance of association between the rate of femicide and indicators that are part of the GDI (in the case of Peru) and municipality’s female deaths with more than 50.000 inhabitants and GDI indicators (in the case of Brazil). Results: The standardized rates of Peruvian’s feminicides were constructed, like with the standardized rates of Brazilian’s women deaths for aggression. It was not found any association between indicators of IDG and femicide in Peru. In the case of Brazil, the percentage of seats occupied by the female sex in the municipal parliament during the three last elections was the unique indicator of IDG that was not significant. Conclusions: From the results we can conclude that the social determinants that are part of the GDI are not shown to be associated with the occurrence of the feminicides in Peru, being able to formulate the hóstesis of a possible underestimation of data does not allow to determine the existence of the association to the occurrence of femicide. However, in the case of Brazil, the level of education is inversely proportional to the occurrence of the death of women due to aggression, observing that the higher the level of education of women, the incidence of women's deaths due to aggression decreases.
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O Stalking na violência entre parceiros íntimos: a perspectiva das vítimasLopes, Natalice do Carmo 02 February 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-02-02 / O stalking ou assédio persistente em português, se configura como um tipo de violência interpessoal, caracterizada por formas de contato, assédio e perseguição persistente. Presente em todos os contextos, sua ocorrência se mostra predominante nas relações de intimidade, tendo a mulher como a principal vítima. Diante disso, o presente estudo buscou investigar por meio de entrevistas semiestruturadas, a ocorrência do stalking em mulheres que foram vítimas de Violência Entre Parceiros Íntimos (VPI) e que buscaram ajuda em uma Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher no período de março á Julho de 2017. Dentre os comportamentos violentos, estiveram presentes 3 (10%) tentativas de assassinato, 5 (16.6%) fraturas e ameaças de morte 16 (53.3%). Dentre os comportamentos característicos de stalking, se encontraram o controle de comportamentos, como impedir de fazer ou ter coisas 19 (63.3%), perseguir e assediar a vítima na porta do trabalho 8 (26.6%), procurar de forma insistente por meio de ligações 11(36.6%) e monitorar por meio de redes sociais, celular e mensagens 18 (60%). A grande variedade de estratégias usadas pelos stalkers para exercer o controle, perseguir e assediar as vítimas mostram que o stalking se caracteriza pela ocorrência de um conjunto variado de comportamentos e não apenas comportamentos isolados, evidenciando a dificuldade do agressor em manter a distância e aceitar o termino em alguns casos, mostrando a importância de desocultar e reconhecer o stalking nesse contexto, ampliando a discussão para além do âmbito cientifico. / Stalking, know in Portuguese as persistent harassment, shows itself as a kind of interpersonal violence characterized by means of contact, harassment and persistent pursuit. Existing in every social context, his occurrence is predominant in relations of intimacy, being the woman his primary victim. In this light, the present study tried to investigate, utilizing semi-structured interviews, the occurrence of stalking in women victims of Violence between Intimate Partners (VIP) who sought help in a specialized police station for women (Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher). Among the violent behaviors are observed 3 (10%) attempts of murder, 5 (16.6%) fractures and 16 (53.3%) death threats. Among the characteristic stalking behavior are observed behavioral control, like the preventing of doing or owning things by the victim, in 19 cases (63.3%), pursuit and harassment in the workplace in 8 (26,6%) cases, insistent telephone contact in 11 (36,6%) cases and monitoring by social network and cell phone messages in 18 (60%) cases. The great variety of strategies used by the stalkers to control, pursuit and harass the victims shows that stalking is characterized by the occurrence of a varied set of behaviors, not just isolated actions, demonstrating the difficult situation of the aggressor for coming to terms with the end of his relationship and to keep distance of his ex-partner in some cases. This exhibit the importance of bringing to light and recognize the stalking in these contexts in a way that could help foment the discussion of this phenomena in the scientific circle.
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Violencia de género en México = una aproximación a partir de la ENDIREH-2006 = Violência contra a mulher - México : uma aproximação a partir da ENDIREH-2006 / Violência contra a mulher - México : uma aproximação a partir da ENDIREH-2006 / Gender violence in Mexico : an approach from the ENDIREH-2006Aparicio López, María del Rosario, 1975- 05 October 2013 (has links)
Orientadores: Joice Melo Vieira, Maria Coleta Ferreira Albino de Oliveira / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-25T16:41:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Resumo: Essa dissertação tem o objetivo de refletir sobre a violência de gênero no México por meio da Encuesta Nacional sobre las Dinámicas de las Relaciones en los Hogares 2006 (ENDIREH-2006). A análise desse fenômeno será realizada a partir de três eixos: 1) descrição das características sociodemográficas e socioeconômicas das mulheres casadas e unidas que vivenciaram violência física ao lado dos seus cônjuges; 2) análise dos episódios de violência física mais comuns entre os casais mexicanos e os possíveis fatores associados à violência física; 3) análise das dinâmicas conjugais através dos motivos que causam raiva nos casais e suas possíveis reações / Abstract: This dissertation reflects on gender violence in Mexico through the Encuesta Nacional sobre la Dinámica de las Relaciones en los Hogares, edition 2006 (ENDIREH-2006). The analysis of this phenomenon will be from three aspects: through a description of the sociodemographic and socioeconomic married women who lived physical violence by their husbands or spouses; presenting episodes of physical violence more common among Mexican couples and the associated factors for physical life and, finally, discusses marital dynamics through the reasons that cause anger in couples and their possible reactions / Mestrado / Demografia / Mestra em Demografia
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Características sociodemográficas e sintomas psíquicos de mulheres vítimas de violência sexual = Sociodemographic characteristics and psychic symptoms of women victims of sexual violence / Sociodemographic characteristics and psychic symptoms of women victims of sexual violenceFacuri, Cláudia de Oliveira, 1979- 23 August 2018 (has links)
Orientador: Renata Cruz Soares de Azevedo / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-23T00:37:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / Resumo: Violência sexual (VS) é um problema de saúde pública e seu impacto é amplamente verificado, econômica, social, física e mentalmente. Mulheres com história de VS têm maior vulnerabilidade para sintomas psiquiátricos, principalmente depressão, pânico, somatização, distúrbios do sono, TOC, abuso e dependência de SPA. Objetivos: avaliar o perfil, características da agressão, sintomas psíquicos e seguimento ambulatorial de mulheres que procuraram atendimento no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher por terem sofrido violência sexual. Método: estudo descritivo, quantitativo e retrospectivo, que avaliou os dados dos prontuários de todas as mulheres atendidas no CAISM, vítimas de violência sexual no período de junho de 2006 a dezembro de 2010. Resultados: Avaliadas 687 mulheres: idade média de 23,7 anos, 47,4% adolescentes. Maioria branca, solteira, sem filhos, previamente hígida, com escolaridade maior que 8 anos e ativa profissionalmente, com religião, católica e com prática religiosa. Um quarto era virgem até a VS, 16,2% apresentava antecedente pessoal e 9,6% antecedente familiar de VS. O evento ocorreu principalmente no período noturno, na rua, por agressor único, desconhecido, com intimidação, por meio de força física, através de coito vaginal. Atendimento de emergência em até 24 horas para 65,3% e em até 72 horas para 87,6% das mulheres. Maioria contou a alguém sobre a violência e se sentiram apoiadas. Mais vítimas procuraram atendimento precoce ao longo dos biênios 2006-2008 e 2009-2010. Avaliação psiquiátrica ambulatorial de 468 pacientes, manutenção do perfil sociodemográfico da população geral. Um terço da população apresentava TM relacionados ao uso de SPA (35,8%). 25% antecedente pessoal de TM, 15,3% em tratamento psiquiátrico. A maioria das mulheres apresentou reações ao evento: alterações de sono (54,2%), sintomas depressivos (51,8%) e ansiosos (48,5%). Agrupamentos de sintomas: resposta social ao trauma (vergonha - 46,5% e culpa - 20,8%), comportamento evitativo (isolamento social - 35,1%, evitação social - 32,9% e alterações de rotina - 28,8%), comportamento suicida (ideação - 18,8%, planejamento - 6,5% e tentativa- 1,7%) e medos relativos ao trauma (medo de repetição do evento - 25,8%, medo de contrair DST - 24,3% e medo de gestação - 10,8%). Um terço não desenvolveu sintomas, 1/4 sintomas leves/curta duração e 43,1% apresentaram TM após a VS: Transtorno de ajustamento (22,1%), TEPT (12,4%) e Transtorno Depressivo Maior (8,6%). Comorbidade psiquiátrica (12,6%): destas, RM (35,6%), TM relacionado ao uso de SPA (22%), transtornos de humor (13,6%), transtornos de ansiedade (11,9%), transtornos de personalidade (6,8%) e transtornos psicóticos (5,1%). Adesão ambulatorial de 6 meses: 45,9% completa, 35,5% parcial e 18,6% apenas um comparecimento. A comparação entre adolescentes e adultas apontou em adolescentes maiores taxas de agressores conhecidos e busca tardia de atendimento, resultando em menores taxas de medidas profiláticas e, entre as adultas maiores taxas de sintomas psíquicos e reações graves ao evento / Abstract: Sexual violence (SV) is a public health problem and its impact is widely verified, economically, socially, physically and mentally. Women with a history of sexual violence have increased vulnerability to psychiatric symptoms, particularly depression, panic, somatization, sleep disorders, OCD, abuse and dependence PAS. Objectives: To evaluate profile, characteristics of aggression, psychiatric symptoms and follow-up of women who sought treatment at Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher for having suffered sexual violence. Methods: A descriptive, quantitative and retrospective study which evaluated data from medical records of all women treated at CAISM, victims of sexual violence in the period June 2006 to December 2010. Results: Evaluated 687 women: mean age 23.7 years, 47.4% adolescents. Mostly white, single, without children, previously healthy, over 8 years of education and professionally active, with religion, catholic and religious practice. 1/4 was a virgin until SV, 16.2% had personal history and 9.6% family history of SV. The event took place mainly at night, in the street, by single unknown perpetrator, with intimidation by means of physical force, through vaginal intercourse. Emergency care within 24 hours for 65.3% and within 72 hours for 87.6% of women. Most told anyone about the violence and felt supported. More victims sought early treatment during the 2006-2008 and 2009-2010 biennia. Outpatient psychiatric evaluation of 468 patients, maintaining demographic profile of general population. 1/3 of the population was related to the use of PAS MD (35.8%). 25% MD history, 15.3% in psychiatric treatment. Most women had reactions to the event: sleep disturbances (54.2%), depressive symptoms (51.8%) and anxiety (48.5%). Clusters of symptoms: social response to trauma (shame - guilt and 46.5% - 20.8%), avoidance behavior (social isolation - 35.1%, social avoidance - 32.9% and routine changes - 28.8 %), suicidal behavior (ideation - 18.8% planning - 6.5% and 1.7%-attempt) and fears related to trauma - apprehensive behavior (fear of repeating the event - 25.8%, fear of contracting STDs - 24 3% and fear of pregnancy - 10.8%). A third developed no symptoms, 1/4 mild/short term symptoms and 43.1% had MD after SV: adjustment disorder (22.1%), PTSD (12.4%) and Major Depressive Disorder (8, 6%). Psychiatric comorbidity (12.6%): of these, MR (35.6%), related to the use of PAS MD (22%), mood disorders (13.6%), anxiety disorders (11.9%), personality disorders (6.8%) and psychotic disorders (5.1%). Accession ambulatory 6 months: 45.9% complete, 35.5% partial and 18.6% just one consultation. The comparison between adolescents and adults showed adolescents with higher rates of known offenders and late care-seeking, resulting in lower rates of prophylactic measures and among adults, higher rates of psychiatric symptoms and severe reactions to the event / Mestrado / Saude Mental / Mestra em Ciências Médicas
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Cuidado à mulher em situação de violência: demandas e expectativas das usuárias da atenção primária à saúdePaes, Maione Silva Louzada 17 July 2015 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-01-07T09:50:15Z
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Previous issue date: 2015-07-17 / Pesquisa qualitativa, descritiva, cujo objeto de estudo consiste nas demandas e expectativas das mulheres em situação de violência assistidas na Atenção Primária à Saúde. Os objetivos da pesquisa são: analisar as demandas e expectativas da mulher em situação de violência assistida na Atenção Primária a Saúde na perspectiva do cuidado de enfermagem; descrever as situações de violência vivenciadas; caracterizar a repercussão da violência na saúde das mulheres; identificar as demandas da mulher em situação de violência em relação ao atendimento na unidade de APS e descrever as expectativas da mulher em situação de violência em relação à APS e à assistência da enfermeira. O cenário de pesquisa foi uma unidade de saúde de um município da zona da mata mineira que adota a Estratégia Saúde da Família como modelo assistencial. Participaram da pesquisa 18 usuárias que vivenciaram e/ou vivenciam a violência, na faixa etária de 20 a 59 anos, idade média de 34 anos. A coleta das informações ocorreu por meio de entrevista a partir de um roteiro semiestruturado, sendo gravadas através de mídia digital. Foram atendidas todas as exigências da Resolução 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde. A análise de conteúdo temático a partir da perspectiva de gênero evidenciou três categorias: A vivência da violência e o impacto na vida das mulheres; Não reconhecimento da unidade de atenção primária a saúde como um serviço pertencente à rede de atendimento à mulher em situação de violência; Expectativas sobre a atuação da APS e da enfermeira. Os resultados demonstraram situações permeadas de sofrimento causado pela violência física, psicológica e sexual, com predomínio da violência psicológica. As entrevistadas não reconhecem a unidade de saúde como um serviço de atenção nas situações de violência vivenciadas e não fazem associação entre o processo de trabalho da enfermeira e a assistência à mulher em situação de violência. Apresentam expectativas sobre como o serviço e a enfermeira poderiam ajudá-las, sendo mencionado o desejo de serem acolhidas, ouvidas, verbalizar sobre o sofrimento e de receberem apoio psicológico. Destacaram a importância da educação em saúde na unidade abordar a violência e a necessidade de uma orientação técnica e profissional sobre os recursos e serviços existentes aos quais elas poderiam recorrer. O mesmo ocorreu nos anseios em relação ao atendimento da enfermeira, no qual se esperam sensibilidade, cordialidade, humanização e orientação. A pesquisa evidenciou o distanciamento das práticas de saúde do contexto social e modos de viver das mulheres, revelou a necessidade de implantação e funcionamento de uma rede local de atendimento a mulheres em situação de violência e ratificou que sendo o gênero elemento agravante no adoecimento das mulheres, os serviços de APS e as práticas de saúde dos profissionais precisam em caráter emergencial analisar e considerar esta categoria na atenção à saúde da mulher. Além disso, demonstrou a necessidade de resgate das características essenciais do cuidado de enfermagem e da adoção de uma abordagem diferenciada, sensível e de gênero para que o cuidado à saúde da mulher seja integral. / Qualitative and descriptive research in which the object of study consists on the demands and expectations of women in situations of violence assisted in Primary Health Care. The research objectives are: to analyze the demands and expectations of women in situations of violence assisted in Primary Health in nursing care perspective; describe the experienced situations of violence; characterize the impact of violence on women's health; identify the needs of women in situations of violence related to APS unit assistance and describe women's expectations in situations of violence related to APS nurse assistance. The research scenario took place in a health care facility of a small city in Minas Gerais where adopts the Family Health Strategy as a care model. The participants were 18 users who experienced and/or experience violence, aged 20-59 years, age group of 34 years. Data collection by interviews from a semi-structured script and all recorded through digital media. All requirements from the Resolution 466/2012 of the National Health Council were met. The thematic content analysis from a gender perspective showed three categories: The experience of violence and the impact on women's lives; Non-recognition of the primary health unit as a service from the network for women assistance in situations of violence; Expectations about the performance of APS and nurse. The results showed permeated situations of suffering caused by physical, psychological and sexual violence, being predominant the psychological part. The interviewees do not recognize the health facility as a help desk in experienced violent situations and make no association between nursing work process and assistance to women in situations of violence. These people present expectations on how the service and nurse could help them, demonstrating a desire to be accepted, heard and verbalize their suffering as well as how to receive psychological support. They highlighted the importance of health education in the unit addressing violence and the need for technical and vocational guidance on existing resources and services they could turn to. The same occurred on desires regarding nursing care in which they expect sensitivity, warmth, humanization and guidance. The research showed the distance of health practices from the social context view and women ways of living. It also revealed the need for installment and operation of a local women care network in situations of violence, and reiterated that being gender the aggravating element in women's illnesses, the APS services and professional health practices need on an emergency basis analyze and consider this category for women health care. In addition, it demonstrated the need of rescuing the essential characteristics of nursing care and the adoption of a differentiated approach, sensitive and gender so that the women health care is integral.
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Violência doméstica contra a mulher e lesões corporais: aspectos médico-legais / Domestic violence againts women and injuries: forensic aspectsSilva, Leonardo Henriques da 24 April 2012 (has links)
O presente trabalho tem por finalidade apresentar algumas contribuições da Medicina Legal para a compreensão da violência doméstica contra a mulher. Para tanto, o trabalho parte de uma visão geral sobre a violência como fenômeno social para se chegar à ideia de violência de gênero, na qual a violência doméstica contra a mulher se encontra inserida. Após, são apresentados alguns documentos internacionais sobre violência contra a mulher para se chegar ao processo de formação da Lei nº 11.340/06. As inovações da Lei nº 11.340/06 quanto ao crime de lesão corporal são apresentadas a seguir, culminando com a apresentação de tópicos de relevância médico-legal pertinentes à questão da violência doméstica contra a mulher. / The present work aims to present some contributions of Forensic Medicine to understanding domestic violence against women. To this end, the work presents an overview of violence as a social phenomenon to arrive at the idea of gender violence, in which domestic violence against women is inserted. In the following, some international documents on violence against women are presented to reach at Lei nº 11.340/06s formation process. The innovations of Lei nº 11.340/06 regarding the crime of personal physical injury are presented below, culminating with the presentation of relevant topics pertaining to the medical-legal issue of domestic violence against women.
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Alívio e tensão: um estudo sobre a interpretação e a aplicação da Lei Maria da Penha nas Delegacias de Defesa da Mulher e Distritos Policiais da Seccional de Polícia de Santo André - São Paulo / Relief and tension: a study on the interpretation and application of the Maria da Penha Law in Woman Defense Police Stations and in Police Stations of Santo André - SPLemos, Marilda de Oliveira 13 April 2010 (has links)
A violência contra a mulher constitui uma violação dos direitos humanos e das liberdades fundamentais. Em 2006, o governo brasileiro aprovou a Lei 11.340 Lei Maria da Penha - que coíbe a violência doméstica e familiar contra a mulher. Apesar do esforço que vem sendo feito por órgãos governamentais e não governamentais, a implantação da Lei Maria da Penha tem encontrado resistências. Alguns representantes do Poder Judiciário advogam a inconstitucionalidade da Lei. A interpretação e aplicabilidade da Lei fica submetida às representações sociais sobre o papel da mulher na sociedade e seus direitos. A teoria das representações sociais são um auxílio para analisar os discursos de agentes policiais das Delegacias de Defesa da Mulher e Distritos Policiais que trabalham com a Lei, cotidianamente. / Violence against woman represents a violation to human rights and fundamental liberties. In 2006, Brazilian government approved the Law 11.340 named Maria da Penha Law which cohibits domestic and familiar violence against woman. In spite of effort which has been done from governmental and non-governmental organisms, the implantation of Maria da Penha Law has found resistances. Some representatives of Court advocate the legacy of this law. The interpretation and appliability of the Law get submitted to social representations about the woman in society and her rights. The theory of social representations constitutes a support to analyze speeches of police officers at Woman Police Station and Police Stations which deal with that Law, day after day.
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Violência contra mulheres no contexto urbano: estudo sobre a distribuição espacial das violências no Município de São Paulo / Violence against women in an urban context: a study on the spatial distribution of violence in the City of Sao PauloKiss, Ligia Bittencourt 11 September 2009 (has links)
Desde a década de 1990, a violência contra mulheres vem sendo tomada como um tema da saúde pública, pela sua magnitude e repercussões na saúde dos indivíduos. Apesar do reconhecimento da influência das características da vizinhança na violência por parceiro íntimo (VPI), poucos estudos exploram como o contexto e a inserção da mulher em redes pessoais e sociais afetam a probabilidade individual de sofrer este tipo de violência. Este estudo teve como objetivo investigar a distribuição de VPI contra mulheres e sua relação com desigualdade socioeconômica, violência urbana e capital social no Município de São Paulo. Para tanto, foram utilizados o banco de dados do estudo multipaíses sobre saúde da mulher e violência doméstica contra mulheres da Organização Mundial de Saúde (OMS), informações do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e taxas de homicídios do banco do Programa de Aperfeiçoamento das Informações de Mortalidade (PROAIM). Os dados foram analisados através de técnicas de modelagem multinível. Os achados mostraram que não há variação significativa entre as vizinhanças na ocorrência de VPI. Além disso, indicaram que viver em contextos de privação socioeconômica, altas taxas de homicídio e baixos níveis de capital social não está associado com maior probabilidade individual de sofrer VPI. Entre as variáveis estudadas no nível individual, destacaram-se comportamentos do parceiro e experiência de VPI pelas mães dele e dela como importantes fatores associados à VPI. Os resultados deste estudo apontam para a centralidade do conceito de gênero no estudo da violência e sugerem que, em São Paulo, o contexto tem influência limitada na dinâmica das relações de intimidade. / Since the 1990s, violence against women has been recognized as a public health matter because of its magnitude and health consequences for individuals. Although research acknowledges the influence of neighbourhood factors on intimate partner violence (IPV), few studies investigate how the context and the woman\'s participation in personal and social networks affect her individual probability of experiencing this type of violence. This study aimed to investigate the distribution of IPV against women and its relations with social inequalities, urban violence, and social capital in the City of Sao Paulo. Datasets used included: the WHO multi-country study on women\'s health and domestic violence against women; the IBGE (Brazilian Institute of Geography and Statistics) census; and homicide rates from PROAIM (Program for the Improvement of Mortality Data). Data was analyzed using multilevel modeling techniques. The findings show that there is no significant variation in IPV between neighbourhoods. The study also found that socioeconomic deprivation, high rates of homicides, and low levels of social capital in a neighbourhood were not associated with a woman\'s individual probability of experiencing IPV. Among the individual-level variables, IPV was associated with partner behaviors and having a mother who experienced IPV. These results reinforce the assumption that gender is a core concept to understanding violence, and suggest that in Sao Paulo, neighbourhood factors have limited influence in the dynamics of intimate relationships.
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