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Dependência de exercício físico: efeito do exercício físico agudo realizado em diferentes intensidades no humor de atletas / Exercise dependence: effects of acute exercise performed at different intensities in the mood of athletesModolo, Vladimir Bonilha [UNIFESP] 26 January 2011 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2011-01-26 / Associação Fundo de Incentivo à Psicofarmacologia (AFIP) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Introdução: Hoje em dia existe uma tendência que aponta para uma correlação positiva entre a prática regular de exercícios físicos e estados de saúde física, sugerindo existir um efeito positivo na prevenção de algumas doenças. Ainda podemos observar outra linha de estudos que vem mostrando uma interação benéfica entre o exercício físico e seus efeitos psicológicos, como melhora na função cognitiva, no humor e influenciando positivamente a qualidade de vida de seus praticantes. Porém existe uma parcela de atletas que pode apresentar um comportamento de dependência por exercícios físicos, desencadeando sintomas de tolerância a esta atividade bem como crises de abstinência na falta desta prática. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos do exercício físico agudo realizado até a exaustão voluntária máxima e na intensidade do limiar ventilatório 1 por 30 e 60 minutos nas respostas de humor e no bem estar de atletas dependentes de exercício físico além de observar se estas alterações no humor podem estar relacionadas com o tipo de exercício físico realizado. Método: O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de São Paulo/Hospital São Paulo (#0408/09). Participaram deste estudo 19 voluntários, corredores, sendo todos hígidos, do gênero masculino e com idades entre 20 a 55 anos, selecionados inicialmente por uma avaliação feita através da Escala de Dependência de Exercício e separados por Dependentes e Não Dependentes de exercício físico. Ao serem inseridos no estudo, os voluntários foram submetidos a três protocolos de exercício físico: a) Teste de carga progressiva até a exaustão voluntária máxima; b) Teste em carga retangular na intensidade do Limiar ventilatório 1 realizado por 30 minutos; c) Teste em carga retangular na intensidade do Limiar ventilatório 1 realizado por 60 minutos. Para cada protocolo de exercício físico, os voluntários responderam a cinco instrumentos que avaliam o humor e aspectos de bem-estar, sendo eles: Escala de Humor de Brunel, Visual analogue of Mood Scale, Escala Subjetiva de Experiência em Exercício, IDATE (Traço e Estado) e Inventário Beck de Depressão. Essa avaliação foi realizada em diferentes momentos: Basal, imediatamente após, 30 e 60 minutos após o término dos protocolos. Resultados: Os atletas que compuseram os grupos apresentaram escore de 11±2 pontos obtido na Escala de Dependência de Exercícios, que foram chamados de “Dependentes” e escore de 2±2 pontos para o grupo chamado de “Não Dependente”, além destes resultados observamos que na ergoespirometria os grupos se mostraram homogêneos e as intensidades foram semelhantes e mantidas nos dois protocolos de carga retangular como era previsto. Além destes resultados os atletas não diferiam em seu perfil psicológico no momento basal quando avaliados pelo inventário BECK de Depressão e pelo Questionário IDATE Traço. Quando levamos em conta apenas as intensidades de exercício, os resultados do questionário SEES mostraram menores valores na variável fadiga nos momentos 30´ e 60´ após exercício físico nos protocolos de exercício máximo e 30 min. em LV1, e para variável bem estar positivo maiores valores foram observados somente no teste Max. Já para a variável distresse psicológico deste mesmo questionário, observamos menores valores no protocolo de teste Max e no protocolo de 30 min. em LV1 após o exercício físico. Para as varáveis observadas no questionário VAMS observamos após o exercício físico maiores valores de sedação física e sedação mental apenas no protocolo de exercício de 60 min. em LV1. Para o questionário BRUMS, observamos menores valores para a dimensão tensão, menores valores também para a dimensão raiva, maiores valores na dimensão vigor e menores escores para a variável fadiga principalmente nos protocolos de teste Max e 30min em LV1. Para as variáveis sanguíneas de lactato, cortisol e testosterona, os valores seguiram um padrão já descrito pela literatura o que garante as intensidades previstas para cada protocolo. Quando levamos em consideração ter ou não o sintoma de Dependência de Exercício, observamos maiores valores na variável fadiga avaliada pelo questionário SEES em todos os momentos do teste Max para o grupo Dependente, porém o comportamento de todas as variáveis de humor e bem estar se apresentam semelhantes, mas com certo grau de sensibilidade maior para o grupo Dependente de Exercício em todas as outras variáveis de todos os instrumentos de avaliação. Conclusão: Os resultados permitem concluir que exercícios de alta intensidade exercem maiores influências no padrão de humor de atletas quando comparados a exercícios de intensidade moderada, mas vale ressaltar que algumas variáveis propostas em nosso estudo, sofrem influência especificamente da duração do exercício (sedação física e sedação mental). Podemos citar também que existem diferenças na sensibilidade e na percepção das alterações do humor em atletas Dependentes de Exercício, e que para esta população cautela e direcionamento adequado para a prática de exercícios físicos se faz necessário. / Introduction: Actually there is a trend that points to a positive correlation
between regular exercise and physical states of physical health, suggesting a positive
effect in preventing some diseases. We can still observe other line of research that has
shown a beneficial interaction between exercise and psychological effects, such as
improvement in cognitive function, mood and positively influence the quality of life of its
practitioners. But there is a portion of athletes who may have an addictive behavior by
physical exercise, triggering symptoms of tolerance for this activity and withdrawal in the
absence of this practice. Objective: The purpose of this study was to investigate the
effects of acute exercise performed until maximal voluntary exhaustion at ventilation
threshold 1 (VT1) intensity for 30 and 60 minutes in the responses of mood and well
being of athletes addicted to exercise and to observe whether these changes in mood
may be related to the type of exercise performed. Methods: The study was approved
by the Ethics Committee of the Federal University of São Paulo / Hospital Sao Paulo (#
0408/09). The participants were 19 volunteers, runners, all healthy, male and aged 20
to 55 years, initially selected by an evaluation made by Negative Addiction Scale and
separated by dependent and independent exercise. When they entered the study,
volunteers underwent three exercise protocols: a) progressive load test until voluntary
exhaustion maximum b) Test in rectangular load in the intensity of ventilatory threshold
1 performed for 30 minutes, c) Test rectangular load in the intensity of ventilatory
threshold 1 performed for 60 minutes. For each exercise protocol, subjects answered to
five instruments used to assess mood and aspects of welfare, they are: Brunel Mood
Scale, Visual Analogue Scale of Mood, Subjective Experience Scale Exercise, STAI
(Trait State) and the Beck Depression Inventory. This evaluation was done at different
times: basal, immediately after, 30 and 60 minutes after the end of the protocols.
Results: The athletes who made up the groups had a score of 11 ± 2 points obtained in
Exercise Dependence Scale, which were called "Dependent" and score of 2 ± 2 points
for the group called "Non Dependent", and these results observed in ergospirometry
groups were homogeneous and the intensities were similar and kept in the two
protocols rectangular load, as expected. Besides these results, the athletes did not
differ in their psychological profile at baseline when evaluated by Beck Depression
Inventory and the STAI Trait Questionnaire. When we take into account only the
intensity of exercise, the questionnaire results showed lower SEES in the variable
fatigue in the 30 'and 60' after exercise in exercise protocols and maximum 30 min. in
VT1, and variable positive wellbeing highest values were observed only in test Max To
the variable psychological distress of the same questionnaire, we found lower values in
the Max test protocol and the protocol of 30 min. in VT1 after exercise. For the observed
variables in the questionnaire VAMS observed after exercise of higher mental sedation,
physical sedation and only in the exercise protocol of 60 min. in VT1. For BRUMS
questionnaire, we observed lower values for the voltage scale, lower values also for the
anger scale, higher values in the force size and lower scores for the variable fatigue
primarily in testing protocols and Max 30min at VT1. For the variables of blood lactate,
cortisol and testosterone, the values followed a pattern already described in the
literature which guarantees the intensities provided for each protocol. When we take
into consideration whether or not the symptom of Exercise Dependence, we observed
higher values in the variable fatigue assessed by questionnaire SEES at all times of
testing for the group Max Dependent, but the pattern of all variables of mood and wellbeing
are presented similar but with some degree of increased sensitivity to the
Dependent Group Exercise for all other variables of all assessment instruments.
Conclusion: The results suggest that high-intensity exercise exert major influences on
the standard of athletes' mood when compared to moderate-intensity exercise, but it is
worth noting that some proposed variables in our study, specifically influenced the
duration of exercise (physical sedation and mental sedation). We also mention that
there are differences in sensitivity and perception of mood changes in Dependent
athletes, and that for this population and caution adequate direction for the physical
exercise is necessary / FAPESP: 2009/07823-7 / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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O desenvolvimento da carreira esportiva de atletas paraolímpicos no BrasilCardoso, Vinícius Denardin January 2016 (has links)
O esporte paraolímpico brasileiro vive um momento de destaque esportivo em virtude de suas recentes conquistas: sétimo lugar nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012 e líder por três edições consecutivas dos Jogos Para-Panamericanos (2007, 2011, 2015). Esses resultados fazem com que o Brasil seja visto como uma potência paraolímpica mundial e ainda, contribuem para o crescimento do número de pessoas com deficiência demonstrem interesse em ingressar no esporte. Atualmente o profissionalismo tem sido a razão do sucesso e abrangência do esporte paraolímpico brasileiro e a proximidade com os Jogos Paralímpicos do Rio 2016 abre a discussão sobre a carreira esportiva dos atletas paraolímpicos. Assim, o objetivo deste estudo é descrever o desenvolvimento da carreira esportiva de atletas paraolímpicos no Brasil. Como ocorre o ingresso no esporte? Quais as razões que levam os atletas a permanecer na modalidade esportiva? Quais os suportes necessários para o sucesso? O estudo caracteriza-se como descritivo e abordagem qualitativa. A coleta de informações foi realizada através de entrevista semiestruturada. Participaram do estudo 20 atletas paraolímpicos das modalidades Atletismo e Natação, contemplados pela Bolsa-Pódio do Programa Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte. Os resultados revelaram que os principais motivos pelos quais os atletas iniciam no esporte paraolímpico são: 1) Oportunidade de Acesso à prática (n=10; 50%); 2) Prazer pela prática (n=9; 45%); 3) Inspiração em ídolos paraolímpicos (n=6; 30%); e 4) Reabilitação (n=5; 25%). Os resultados também apontam que: A influência de Professores de Educação Física e Treinadores (n=19; 95%), Participação em competições esportivas (n=14; 70%) e Suporte Emocional (n=13; 60%), são atribuídos como fundamentais para a continuidade dos atletas no esporte paraolímpico. E ainda, os principais suportes apontados como fundamentais para o sucesso no esporte são: O Suporte Financeiro (n=20; 100%); Suporte estrutural (n=20; 100%); Suporte de Recursos Humanos (n=19; 95%) e também, o Suporte tecnológico (n=6; 30%). O desenvolvimento da carreira do atleta paraolímpico brasileiro começa na fase de pré-transição, onde o atleta inicia sua trajetória, motivado pelas razões destacadas nesse estudo. A continuidade dos atletas na modalidade acontece em decorrência da qualidade e quantidade dos suportes obtidos durante esse período e que também, irá contribuir para que o atleta paraolímpico alcance o sucesso no alto rendimento. O Brasil é uma potência no esporte paraolímpico mundial e as ações que vem sendo realizadas para o desenvolvimento crescem a cada ano e podem transformar o país em um grande formador de novos atletas. Também, os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro 2016 trazem boas perspectivas para o esporte paraolímpico brasileiro, além de proporcionar a consolidação da carreira esportiva do atleta paraolímpico, os jogos irão possibilitar que o país se mantenha uma potência no cenário paraolímpico mundial. / The Brazilian paralympic sport is living a moment of sporting highlight because of their recent achievements: seventh place in the London Paralympic Games 2012 and leader for three consecutive editions of the Para-PanAmerican Games (2007, 2011, 2015). These results makes Brazil as been viewed how a world paralympic power and contribute to the increasing number of persons with disabilities who demonstrate interest in begin in sports. Actually the professionalism has been the reason for the success and comprehensiveness of the Brazilian paralympic sport and the proximity to the Rio Paralympic Games 2016 opens the discussion on the sporting career of paralympic athletes. The objective of this study is to describe the development of sports career of Paralympic athletes in Brazil. How athletes begin in sport? What are the reasons that athletes remain in sport? What the supports required for success? The study is characterized as descriptive and qualitative approach. The collection of information was conducted through semi-structured interview. The study included 20 paralympic athletes from the modalities Athletics and Swimming, covered by the Bolsa-Pódio Program from the Ministry of Sport. Results revealed that the main reasons why athletes begins in paralympic sports are: 1) Access opportunity to practice (n = 10; 50%); 2) Pleasure for practice (n = 9, 45%); 3) Inspiration in paralympic idols (n = 6, 30%); and 4) Rehabilitation (n = 5; 25%). The results also show that: The influence of Physical Education teachers and Coaches (n = 19; 95%), Participation in sports competitions (n = 14; 70%) and Emotional support (n = 13; 60%), are assigned as essential to continuity of athletes in Paralympic sports. Also, the main supports identified as essential for the success in sports are: Financial support (n = 20, 100%); Structural support (n = 20, 100%); Human resources support (n = 19; 95%) and also, Technological support (n = 6, 30%). The development of the career of Brazilian paralympic athlete starts in the pre-transition phase, where the athlete starts his career, motivated by reasons found in this study. The continuity of athletes in the modality happens as a result of quality and quantity of the supports obtained during this period and also contribute for the paralympic athletes achieve success in high performance. Brazil is a power in paralympic sports and the actions that have been made for your development grows every year and can reveal many young athletes. Also, the Rio de Janeiro Paralympic Games 2016 bring good perspectives for the Brazilian paralympic movement, besides providing the consolidation of sports career of paralympic athletes, the games will enable the country to remain a power in world paralympic scenario.
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Prevalência da restrição de movimento rotacional de quadril em jovens atletas e não atletas de futebol e sua correlação com o alinhamento dos joelhos no plano frontalScaramussa, Kelly January 2014 (has links)
Objetivo:Verificar a prevalência da restrição da amplitude de movimento (ADM) rotacional do quadril em jovens atletas e não atletas de futebol, e sua potencial correlação com o alinhamento dos joelhos no plano frontal. Delineamento da Pesquisa: Estudo transversal Amostra: Amostra por conveniência com 425 meninos de 9 a 18 anos, divididos em Grupo Atleta (jogadores de futebol das categorias de base de nível competitivo) com idade média de 13,3 anos (± 2,7); e Grupo Não Atleta (alunos do ensino fundamental e médio) com idade de 14,4 anos (± 2,5). Resultados: No Grupo Atleta, a média de rotação interna (RI) do quadril foi de 20,7º(±5,8º), e de rotação externa (RE) 36,5º (±7,4º), e no Não Atleta, 32,8º (±2,9º), e 46,7º(±4,8º), respectivamente. No Grupo Atleta, houve diminuição da RI e RE ao longo dos anos de prática desportiva, especialmente na RI (p<0,001). No Grupo Não Atleta, houve uma diminuição significativa somente na RE (p<0,001). No Grupo Atleta houve grande prevalência de varo em todas as faixas etárias (p=0,153), e no Grupo Não Atleta, a proporção de varo aumentou com o avanço da idade (p=0,001). Houve correlação entre RI e alinhamento dos joelhos, com a RI tendendo a diminuir com maior grau de varo (rs=0,19; p=0,009), e seu estabelecimento precedeu a restrição articular. Conclusão: Os dados da pesquisa apontam para uma maior prevalência de restrição rotacional do quadril, especialmente da RI, em jovens jogadores de futebol, assim como uma prevalência de alinhamento em varo dos joelhos nestes indivíduos. O varo dos joelhos se correlacionou com a RI do quadril. / Objective: To investigate the prevalence of decreased hip rotation range of motion (ROM) among young soccer players and non-athletes and its potential correlation with knee alignment. Design: cross-sectional study. Participants: 425 young men, divided into an Athlete group (competitive soccer players, mean age 13.3±2.7 years) and a Non-Athlete group (primary and secondary school students, mean age 14.4±2.5 years). Interventions: Measurements of hip rotation range of motion and frontal plane knee alignment (varus/valgus alignment). Results: In the Athlete group, mean hip internal rotation (IR) ROM was 20.7±5.8º, versus 32.8±2.9º in the Non-Athlete group, and external rotation (ER) ROM was 36.5±7.4º, versus 46.7±4.8º in the Non-Athlete group. In the Athlete group, IR and ER (particularly the former) gradually decreased with advancing years of sport practice (p<0.001). In the Non-Athlete group, this decrease was greater in ER (p<0.001). Varus alignment was highly prevalent across all ages in the Athlete group (p=0.153), and in the Non-Athlete group, the proportion of subjects with genu varum increased with advancing age (p=0.001). A correlation was found between IR and knee alignment, with rotation tending to be more limited at greater degrees of varus (rs=0.19; p=0.009). Conclusion: The findings of this study suggest that a gradual decrease in hip rotation ROM, particularly in internal rotation, occurs among young soccer players, and that varus alignment of the knee is highly prevalent in this population. Decreased hip IR was associated with varus alignment in athlete group, and it seemed to arise before this upper joint restriction.
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Efeito da desidratação em uma sessão de treino em respostas fisiológicas e perceptivas de meninas atletas de ginástica rítmicaDetoni Filho, Adriano January 2014 (has links)
A Ginástica Rítmica é praticada, em quase toda sua totalidade, por meninas, para as quais a iniciação esportiva ocorre de forma precoce. A magreza é uma característica muito prevalente nas atletas, devido às restrições calóricas realizadas, as quais podem afetar o equilíbrio hídrico. Além disso, as sessões de treino são longas (3-4 horas diárias), podendo ocasionar uma não recuperação adequada entre as sessões de treino e competições. Por conseguinte, a combinação da restrição de alimentos com a perda hídrica pela sudorese e as longas sessões de treino pode acentuar a desidratação e, de maneira adversa, prejudicar as respostas fisiológicas, o desempenho e o conforto térmico dos treinos. Objetivo: Comparar respostas fisiológicas e perceptivas de meninas atletas de ginástica rítmica entre uma sessão de treino sem hidratação, e outra com hidratação controlada. Métodos: Quatorze meninas atletas de Ginástica Rítmica que treinavam no período de aproximadamente um ano. Nenhuma tinha diagnóstico de doença crônica ou fazia uso de medicamentos. Elas foram avaliadas em duas sessões de treino (105 minutos cada), uma com hidratação controlada (CH) e outra sem hidratação (SH). A frequência cardíaca (FC), taxa de percepção de esforço (TPE), sensação térmica (ST), conforto térmico (CT) e irritabilidade (IR) foram mensuradas periodicamente. A sudorese foi avaliada, a cada sessão de treino,mediante coleta de uma amostra de suor para análise da concentração de eletrólitos (Na+, Cl- e K+). Foram realizados o teste de força máxima (dinamometria) e o teste do tempo de reação pré e pós sessão de treino. Para a revisão da literatura, foram selecionados 42 artigos nas bases de dados SciELO, Scopus e PubMed com as palavras-chave: hydration, sweating, exercise, children, RhythmicGymnastics, youngathlete. Resultados: Todas as atletas iniciaram as sessões de treino em similares condições de hidratação (hipohidratação mínima), conforme parâmetros urinários. Na sessão de treino CH,encontrou-se um percentual de desidratação de 0,07%, enquanto que na sessão de treino SH esse foi de 1,15%. A força diminuiu na sessão SH (p=0,013), enquanto que nenhuma modificação ocorreu no teste de reação em ambas as sessões. A TPE no minuto 25 foi maior na sessão de treino SH. A ST, no minuto 105, foi maior na sessão SH. O CT e a IR foram similares entre as sessões. Observou-se maior concentração de Na+ na urina na sessão de treino SH. Um grau de hipohidratação acima de 1% pode prejudicar componentes da aptidão física, do conforto térmico, assim como a motivação e a cognição, repercutindo no desempenho do atleta em treinos e competições. Conclusão: A hidratação é essencial para garantir o desempenho e a saúde dos jovens atletas. É necessário que ocorra hipohidratação antes, durante, e após os treinos e competições. Em suma, a maioria dos jovens atletas não consegue ingerir a quantidade necessária para evitar a desidratação. / The Rhythmic Gymnastics is practiced, in almost its totality, by girls, for whom the sports initiation starts early. Thinness is a prevalent characteristic in athletes, due to the caloric restrictions made, that can affect the water balance. Moreover, the training sessions are long (3-4 hours daily), which could cause a non adequate recovery between training sessions and competitions. Thus, the combination of food restriction with the water loss by sweating and the long training sessions can enhance dehydration and, adversely, impair the physiological responses, the performance and the thermal comfort from training. Aim: Compare physiological responses and perceptions of girls athletes of Rhythmic Gymnastics between one training session without hydration and other with controlled hydration. Methods: Fourteen girls athletes of Rhythmic Gymnastics who trained during a period of approximately one year. None of them had a diagnosis of chronic disease or made use of medicaments. They were evaluated in two training sessions (105 minutes each), one with controlled hydration (CH) and other without hydration (WH). The heart rate (HR), rate of perceived exertion (RPE), thermal sensation (TS), thermal comfort (TC) and irritability (IR) were measured periodically. The sweating was evaluated, in each training session, by collecting a sample of sweat to analyze the concentration of electrolytes (Na+, Cl- e K+). The maximal strength test (dynamometry) and the test of reaction time pre and post training session were performed. To literature review, were selected 42 articles in data base ScIELO, Scopus and PubMed with the keywords: hydration,sweating, exercise, children, RhythmicGymnastics, youngathlete. Results: All athletes started training sessions in similar conditions of hydration (minimal hypohydration), according to urinary parameters. In CH training session, we find a dehydration percentage of 0,07%, while in training session WH was 1,15%. The strength decreased in WS session (p=0,013), while no modification occurred in reaction test in both sessions. The RPE on minute 25 was higher than in training session WH. The TS, on minute 105, was higher in session WH. The TC and the IR were similar between sessions. Greater concentration of Na+ in urine was observed in training session WH. A hypohydration degree above 1% can harm components of physical fitness, thermal comfort, as motivation and cognition, impacting the athlete performance in training and competition. Conclusion: Hydration is essential to ensure the young athletes performance and health. In short, majority young athletes can’t ingest a necessary amount to avoid dehydration.
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Fatores preditores do burnout em atletas : um estudo com atletas brasileiros profissionais de futsalBertoldi, Rafaela January 2014 (has links)
O tema da presente pesquisa é o burnout no contexto esportivo, mais especificamente os fatores preditores do burnout em atletas brasileiros profissionais de futsal. O objetivo principal foi avaliar e testar o Inventário de Fatores Preditores do Burnout em Atletas (IFPBA-24), tendo como suporte três modelos teóricos: (1) Modelo Afetivo-Cognitivo de Estresse; (2) Modelo de Resposta Negativa ao Estresse de Treinamento Físico e (3) Modelo da Perspectiva Social. Para cumprir esse objetivo foram conduzidos três estudos; cabe ressaltar que a pesquisa faz parte de um estudo maior e continuado sobre os modelos de competições esportivas. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS – sob o número 271.526. Estudo 1: O primeiro estudo realizou a redução dos itens do Inventário de Sinais e Sintomas do Burnout em Atletas (ISSBA-60), por meio da análise fatorial exploratória, em seguida, testou-se a validade confirmatória do modelo proposto com base nos 24 itens retidos na primeira análise e avaliou-se a consistência interna dos fatores do novo instrumento: Inventário de Fatores Preditores do Burnout em Atletas (IFPBA-24). A amostra foi composta de 130 atletas brasileiros profissionais de futsal, todos do sexo masculino, da faixa etária de 18 a 36 anos, que disputaram a Taça Brasil de Futsal-Adulto-Masculino (Divisão Especial). Os resultados demonstraram que, com base nos procedimentos de análise fatorial realizados, foram selecionados 24 itens, igualmente distribuídos em seis fatores (Sensação de impotência diante dos treinamentos e competições, Exaustão física, Baixa percepção de competência, Dificuldade de conciliar vida esportiva e vida social, Exaustão emocional e Sensação de incapacidade de melhorar o desempenho nos treinamentos e nas competições), que explicaram 61,75% da variância total. Uma análise fatorial confirmatória avaliou o novo modelo do IFPBA-24, e todos os índices ( x2/gl = 1,85; GFI = 0,930; AGFI = 0,912; RMS = 0,082) apresentaram valores adequados. Os seis fatores apresentaram índices Alpha de Cronbach que variaram de 0,67 a 0,75. O conjunto desses resultados indica que o novo modelo apresenta adequado índice de validade e de consistência interna. Estudo 2: Este estudo explorou possíveis semelhanças e diferenças no conjunto dos níveis do burnout em atletas, controlando as variáveis escolaridade, anos de profissionalização (até seis anos e mais de seis anos de prática profissional) e presença, ou não, de lesões no último ano. O estudo contou com a participação de uma amostra de 130 atletas brasileiros profissionais de futsal – dependente do “Estudo 1”, com idades de 18 a 36 anos. Os resultados obtidos indicam não haver diferenças significativas (p < 0,05) nas respostas dos atletas, quando essas variáveis são controladas. Estudo 3: Este estudo apresentou a ocorrência de possíveis diferenças significativas ou semelhanças estatísticas entre fatores preditores de burnout em atletas. A amostra foi a mesma do segundo estudo. Os resultados obtidos indicam que há semelhanças estatísticas (p > 0,05) e diferenças significativas (p < 0,05) entre os escores dos fatores preditores do burnout em atletas. Estes resultados permitem concluir que, os fatores preditores do burnout em atletas brasileiros profissionais de futsal com níveis mais elevados são: “Dificuldade de conciliar vida esportiva e vida social” e a “Exaustão física”; enquanto que os fatores com níveis menos elevados são: “Sensação de impotência diante dos treinamentos e competições” e a “Baixa percepção de competência”. / The theme of this research is burnout in the sporting context, more specifically the predictors of burnout in professional futsal Brazilian athletes. The main objective was to evaluate and test the Inventory Factors Predictors of Burnout in Athletes (IFPBA-24), supported by three theoretical models: (1) Cognitive-Affective Model of Stress; (2) Model Negative Response to Stress and Physical Training (3) Model of Social Perspective. To fulfill this goal three studies were conducted, it should be noted that the research is part of a larger study and continued on models of sports competitions. This study was approved by the Ethics Committee in Research of the Federal University of Rio Grande do Sul - UFRGS - under the protocol number 271.526. Study 1: The first study was conducted to reduce the items of the Inventory of Signs and Symptoms of Burnout in Athletes (ISSBA-60), through the exploratory factor analysis, and then was tested the confirmatory validity of the proposed model based on the 24 items retained in first review and was evaluated the internal consistency of the dimensions of the new instrument: Inventory Factors Predictors of Burnout in Athletes (IFPBA-24). The sample was composed by 130 brazilian futsal professional athletes, all male, with age ranged 18-36 years who compete in the Cup Brazil Futsal-Adult-Male (Special Branch). The results showed that on the basis of factor analytic procedures conducted 24 items were selected, equally distributed in six dimensions (Sensation of helplessness before training and competitions, Physical exhaustion, Low perception of competence, Difficulty of reconciling sporting life and social life, Exhaustion emotional, Sensation and inability to improve performance in training and competition), which explained 61.75% of the total variance. A confirmatory factor analysis evaluated the new model of the IFPBA-24, and all indexes (x2/gl = 1.85, GFI = 0.930, AGFI = 0.912, RMS = 0.082) showed appropriate values. The six dimensions had Cronbach's alpha indices ranging from 0.67 to 0.75. Taken together, these results indicate that the new model provides adequate level of validity and internal consistency. Study 2: This study explored possible similarities and differences in all the levels of burnout in athletes, controlling variables, education, years of professionalization (up to six years and more than six years of professional practice) and the presence or absence of lesions in the last year. The study involved the participation of a sample of 130 Brazilian futsal professional athletes - dependent "Study 1", aged 18-36 years. The results indicate no significant differences (p <0.05) in the responses of athletes, when these variables are controlled. Study 3: This study showed the occurrence of possible differences or similarities between statistical predictors of burnout in athletes. The sample was the same as in the second study. The results indicate that there are similarities statistics (p > 0,05) and significant differences (p < 0,05) between the scores of the predictors of burnout in athletes. These results suggest that the predictors of burnout in professional futsal Brazilian athletes with higher levels are: “Difficulty of reconciling sporting life and social life and “Physical exhaustion”; and factors at lower levels are: “Sensation of helplessness before training and competitions” and “Low perception of competence”.
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Contribuicao da atividade vagal em parametros eletrofisiologicos supraventriculares de atletas / Vagai activity contribution in supraventricular electrophysiologic parameters of athletesStein, Ricardo January 1997 (has links)
Fundamento: Atletas praticantes de atividades aeróbias apresentam maior freqüência de alterações na condução aírioventricular (AV). Pouco se conhece, porém, a respeito das modificações que ocorrem no sistema excitocondutor em indivíduos treinados aerobicamente com eletrocardiograma de repouso normal. Objetivo; Estudar a associação entre o automatismo sino-atrial e a condução AV com a atividade vagai em atletas praticantes de atividades aeróbias e em sedentários normais. Delineamento: Estudo transversal. Métodos; Foram estudados 10 atletas maratonistas e 10 sedentários higidos, com idade semelhante e do sexo masculino. O consumo máximo de oxigênio (V02max) foi estimado pelo protocolo de Bruce e a cardioestimulação transesofágica foi realizada para verificação do tempo de recuperação do nó sinusal corrigido (TRNSc) e do ponto de Wenckebach (PW). Foi registrado o eletrocardiograma de 24 horas e calculadas a média dos intervalos RR normais (RRmed) e a raiz quadrada da média da soma das diferenças sucessivas entre intervalos RR ao quadrado (RMSSD), para avaliação da atividade vagai. Resultados: Não foi detectada diferença significativa no automatismo sino-atrial ou na variabilidade da freqüência cardíaca entre os grupos. Os atletas apresentaram bloqueio na condução AV em freqüências mais baixas do que o observado nos sedentários. Observou-se uma correlação negativa apenas modesta entre o PW, que testa a condução atrioventricular, e o grau de modulação da atividade vagai, avaliada pelo índice RMSSD. Conclusões; A atividade vagai cardíaca explica apenas parcialmente a alteração na condução AV nos atletas. Outros fatores devem contribuir na gênese das modificações na condução AV que ocorrem em atletas praticantes de atividades aeróbias com eletrocardiograma de repouso normal. / Background: Athletes who practice aerobic activities present a higher frequency of changes in the atrioventricular conduction (AV). However little is known about the changes that happen in the excitoconductor system of aerobically trained individuais with normal resting electrocardiogram. Objective: To study the association between sinoatrial automatism and the atrioventricular conduction and vagai activity in athletes who practice aerobic activities and in normal sedentary individuais. Design: Cross sectional study Methods: Ten marathoners and 10 healthy sedentary individuais, male and similar in age were studied. Maximal oxygen uptake (V02max) was estimated by the Bruce protocol. The Wenckebach point (WP) and the corrected sinus node recovery time (cSNRT) were evaluated by the transesophageal cardio stimulation. Twenty four-hour electrocardiographic recordings were used to calculate the mean of normal RR intervals (mean RR) and the root mean square of successive RR interval differences (RMSSD) to evaluate vagai activity. Results: There was no detectable difference in sinoatrial automatism and heart rate variability between the groups. Meanwhile, athletes had their AV conduction blocked in significant lower frequencies. There was a significant correlation between the WP, wich test AV conduction, and the levei of vagai modulation, evaluated by the parassympathetic index RMSSD Conclusions:. The vagai activity, evaluated by the heart rate variability index RMSSD, only partially explained the AV conduction modifícation detected by the WP. Other factors may contribute to the genesis of the changes in the AV conduction which occur in athletes who practice aerobics activities with normal resting electrocardiogram.
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Circulando entre práticas esportivas e sexuaisCamargo, Wagner Xavier de January 2012 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2012-10-26T09:15:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1
303907.pdf: 1944381 bytes, checksum: c2145538231504e38017c027c217db24 (MD5) / Esta pesquisa nasceu de meu desejo em tentar investigar, de modo mais acentuado, as sexualidades esportivas de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros com a chamada "masculinidade hegemônica" nos esportes. Para tanto, e por questões de delimitação teórico-metodológica, escolhi analisar as práticas sociais e simbólicas de "atletas gays" e suas negociações no tocante a tal temática, em torneios esportivos específicos. Assim, meu objetivo era refletir sobre a materialização de corpos e a produção de subjetividades destes sujeitos, articuladas com as construções sociais e discursivas de masculinidade nas competições esportivas LGBT. Utilizando-me de pressupostos da antropologia multisituada, desenvolvi trabalho de campo em três cidades-sedes dos jogos (Copenhague, Colônia e Vancouver), em momentos distintos do período doutoral regulamentar. Entrevistas, conversas, treinamentos, redes sociais, as próprias observações participantes nestas competições, levaram-me a eleição de dezoito tópicos temáticos, que se entrecruzaram e se interseccionalizaram numa escrita hipertextual. O texto é labiríntico, rizomático e se outorga o direito de não ter início, meio ou fim. Como considerações finais-chave da etnografia exploro as seguintes indagações: a) as práticas esportivas queer (dissonantes e subversivas) proporiam um novo modelo de esporte?; b) a busca pela participação internacional em competições esportivas LGBT seria parte de uma estratégia de circulação global de corpos e "capitais ejaculantes" de sujeitos participantes?; c) a relação esporte-festa-sexo, componente constituinte das contendas, corrobora com a hipótese de vivermos uma nova era no capitalismo contemporâneo, notadamente farmacopornográfica?. / This research has born from my desire to investigate, most notably, sexualities of lesbian, gay, bisexual and transgender people within the "hegemonic masculinity" in the arena of sports. For this purpose (and by questions of theoretical and methodological delimitation), I have chosen to analyze social and symbolic practices of "gay athletes" and their negotiations related to this subject, at specific sports tournaments. Thus, my aim was to reflect upon the materialization of bodies and the production of subjectivities of these subjects, articulated with the social and discursive constructs of masculinity in LGBT sports competitions. Using the main assumptions of the multisited anthropology, I have conducted fieldwork in three international events (in Copenhagen, Cologne and Vancouver), at different times of the doctoral investigation. Interviews, conversations, training sessions, social networks, participant observation in all these competitions have led me to the election of eighteen thematic topics, which are intersected and written in a hypertext. This text is chaotic, rhizomatic, and grants the right to have no beginning, middle or end. As final key-considerations of the ethnography. I explore the following questions: a) The queer sport practices (jarring and subversive) would/could propose a new model of sport?; b) The search for international participation in LGBT sports competitions would be part of a strategy of global circulation of bodies and "ejaculation capitals" of the participating subjects?; c) The interrelation between sport-party-sex (intrinsic part of the contends),corroborate to the hypothesis that we live in a new era of the contemporary capitalism, notably "farmacopornograpic"?
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Atividade física no lazer e qualidade de vida relacionada à saúde em ex-atletas de atletismo de Santa CatarinaOppa, Deraldo Ferreira January 2013 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2013 / Made available in DSpace on 2013-12-05T22:35:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1
320318.pdf: 532728 bytes, checksum: 7c1d298dcf63adb2d0dee865ba98f3a4 (MD5)
Previous issue date: 2013 / Este estudo objetivou analisar a atividade física no lazer (AFL) e a percepção de qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) em ex-atletas de Atletismo, medalhistas dos Jogos Abertos de Santa Catarina (JASC) de 1960 a 2006. Neste período, dos 1017 atletas que conquistaram medalhas, 362 foram elegíveis ao considerar os critérios de inclusão. Da população elegível (N=362), 51,4% responderam efetivamente a pesquisa e representaram a amostra final do presente estudo (n=186). Informações sobre a AFL foram obtidas por meio do domínio do lazer do International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), versão longa. Para informações da QVRS foi utilizada a versão brasileira do Short-Form Health Survey (SF-36). Variáveis sociodemográficas, condições de saúde e o tempo do término da carreira esportiva foram avaliados por questionário padronizado. Modelos de regressão linear multivariados foram utilizados para verificar os potenciais fatores associados à QVRS, considerando os domínios da Saúde Física e Mental do SF-36. O nível de significância foi estabelecido em p<0,05. A amostra apresentou uma média de idade de 50,5 anos (DP=6,54). Dois terços da amostra eram do sexo masculino, 60,2% pararam de competir há mais de 15 anos e 19,4% dos ex-atletas reportaram que lesões adquiridas durante a vida esportiva atrapalhavam no cotidiano. Os ex-atletas apresentaram um tempo médio de 504,4 (±539,1) minutos/semana de AF total (72 min/dia). Entretanto, 24,7% dos ex-atletas eram inativos no lazer. Não foram observadas diferenças significativas entre os sexos e faixas etárias para a AFL (p < 0,05). A percepção de saúde não alterou em relação ao ano anterior para 72,6% dos ex-atletas. A ordem hierárquica decrescente dos escores (escala de 0 a 100) dos componentes da QVRS, considerando a mediana, foi: limitações por aspectos físicos e limitações por aspectos emocionais (100,0); capacidade funcional (95,0); aspectos sociais (87,5); dor e saúde mental (84,0); estado geral da saúde (82,0) e vitalidade (75,0). Não houve diferenças significativas nos escores de Saúde Mental e Física entre os sexos e faixas etárias. Os modelos de regressão linear ajustados mostraram uma associação significativa entre saúde física e lesões esportivas que atrapalham no cotidiano (ß=-0,430), IMC (ß=-0,226), uso de medicamentos prescritos (ß=-0,177), problemas crônicos (ß=-0,138) e ocupação (ß=0,095). Os escores de Saúde Mental estiveram associados com as variáveis: IMC (ß=-0,238), renda (ß=0,224), problemas crônicos (ß=-0,144) e lesões esportivas que atrapalham no cotidiano (ß=-0,133). De maneira geral, os ex-atletas de Atletismo apresentaram uma boa percepção de QVRS. Contudo, uma parcela preocupante de ex-atletas encontrava-se inativa no lazer. A prevenção de lesões esportivas e o controle do peso corporal (atual) são imprescindíveis para favorecer níveis elevados de QVRS após a carreira esportiva competitiva <br> / Abstract: This study concerns in analyzing the leisure-time physical activity (LPA) and the awareness of the quality of life related to health (QLRH) in former athletes, medalists at Jogos Abertos de Santa Catarina - JASC (Open Games of Santa Catarina) from 1960 to 2006. At that period, out of 1017 athletes who won medals, only 362 were eligible for study enrollment based on the inclusion criteria. Out of these eligible participants (N=362), 51.4% answered the study`s questionnaire, representing the final sample of this study (N=186). Information about the LPA was obtained through of leisure domain from International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), a long version. A Brazilian-Portuguese version of the Short-Form Health Survey (SF-36) was used to obtain information about QVRS. Sociodemographic variables, health condition and the time of career termination from sport were evaluated with the help of the standardized questionnaire. Multivariate linear regression models were applied to verify the potential factors associated with QLRH considering the Physical and Mental Health domains from SF-36. The level of significance was established at p<0,05. The mean age of the participants was 50.5 years old (ST=6.54). Two-thirds of the participants were male, 60.2% stopped competing more than 15 years ago, and 19.4% of the former athletes responded that injuries acquired during the active sporting life hampered their daily routine. Their mean time of total PA was 504.4 (±539.1) minutes/week (72 minutes/day). However, 24.7% of the former athletes didn`t practice any sport during their leisure time. There was no significant difference between females and males and age groups in comparison to the LPA (p < 0.05). The health perception was not changed in relation to the previous year for 72.6% of the former athletes. The descending hierarchical order for scores (range from 0 to 100) of the QLRH components, including the median, was physical and emotional limitations (100.0), functional capacity (95.0), social aspects (87.5), pain and mental health (84.0), general health state (82.0), and vitality (75.0). There were not significant differences in the Mental and Physical Health scores between genders and age groups. The revised regression linear models showed a significant association between physical health and sport injuries, which affect daily routine (ß=-0.430), BMI (ß=-0.226), use of prescribed medicine (ß=-0.177), chronic problems (ß=-0.138), and occupation (ß=0.095). The Mental Health scores were associated with the following variables: BMI (ß=-0.238), income (ß=0.224), chronic problems (ß=-0.144), and sport injuries that affect daily life (ß=-0.133). Nevertheless, there was an alarming proportion of the former athletes, who are not physically active in their leisure time. Preventions of sport injuries and body weight control (current) are essential to foster high levels of QLRH after having a competitive sports career.
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Tecnologias e a mulher atletaSilveira, Viviane Teixeira January 2013 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, Florianópolis, 2013 / Made available in DSpace on 2013-12-05T22:53:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1
319035.pdf: 1234302 bytes, checksum: dd11a5bf612d90d5c32f6bbf86d3b755 (MD5)
Previous issue date: 2013 / O objetivo da presente pesquisa foi analisar relações entre corpos de mulheres atletas e novas tecnologias. Buscamos saber como produções discursivas da mídia, da ciência e do establishment esportivo sobre a condição do feminino promovem rupturas e propõem novas concepções corporais e na sexualidade. Trabalhando com inspiração metodológica em trabalhos de Michel Foucault, em especial no que ele propõe como arqueologia, analisamos práticas e formações discursivas na descrição de enunciados. Os discursos oficiais da Agência Mundial Antidoping (WADA) e das Federações e Confederações de Atletismo (IAAF e CBAt) e da Natação (FINA e CBDA) foram analisados como dispositivos biopolíticos, mostrando-se por que e como o doping continua a ser condenado. A escolha por esses dois esportes deu-se, fundamentalmente, em função dos casos das atletas Rebeca Gusmão e Caster Semenya. Os conceitos de biopolítica e de governamentalidade foram empregados para analisar as políticas transnacionais de doping, que visam governar corpos dopados e não dopados. Traçamos nossa reflexão a partir da análise de um conjunto de políticas da WADA, tais como os testes fora de competição e o Programa Passaporte do Atleta.Em outro momento o enfoque foi para a entrada do doping nos discursos, entendendo que ele é identificado/relacionado à produção de atletas mulheres com outros tipos de feminilidades, que fogem do padrão heterossexual. Analisamos o caso da nadadora brasileira Rebeca Gusmão, centrando nossa reflexão no Painel Antidoping dessa atleta, dando ênfase na transformação corporal pela qual passou e pela repercussão que o caso teve na imprensa. Levamos em conta, juntamente com o material presente no site da Federação, os discursos da imprensa sobre a atleta, antes e depois da comprovação e divulgação do doping, para refletirmos sobre como se constroem as relações entre corpo e performance esportiva, visto que Rebeca excedeu a norma de um ?corpo feminino?. Retomamos a história da Política de Verificação de Gênero, que surge com as preocupações em torno do doping, e analisamos o caso da atleta sul-africana Caster Semenya. Semenya foi protagonista de um grande investimento da mídia tanto por causa de sua aparência, fora dos padrões heteronormativos, quanto por suas capacidades atléticas, muito superiores às das adversárias. Sugerimos que a WADA é constituída não com base em sua capacidade de resolução de assuntos esportivos, mas sim em sua capacidade de apresentar qualquer dispositivo necessário para preservar as reivindicações de fair play e de outros ditames do esporte moderno, como, por exemplo, a manutenção do território esportivo classificatório, baseado também na separação dos sexos. O antidoping não é apenas uma questão específica de esportes, mas um exemplo de como os valores da heterossexualidade dominante estão implicados na sociedade. Ao analisarmos os discursos da mídia e do campo esportivo pudemos verificar que o doping tem implicações com formas e aparências de algumas mulheres estigmatizadas e julgadas por isso, já que não são somente as suas performances que interessam, mas a afirmação/confirmação/repressão de que são, ?de fato?, mulheres. <br>
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Modelo para seleção de atletas adolescentes de 13 à 15 anos que praticam futsal em Florianópolis: uma aplicação do MCDA /Pereira, Geraldo do Valle January 1999 (has links)
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. / Made available in DSpace on 2012-10-18T18:38:49Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2016-01-09T04:04:10Z : No. of bitstreams: 1
147537.pdf: 7401531 bytes, checksum: 8ad265cb66213e3974266d0c15eb6557 (MD5) / Nunca se falou tanto em globalização e competitividade como se fala agora. É a busca pelo espaço e pela permanência num mercado de negócios que só aceita quem prova sua superioridade no que faz.
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