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Dendrímeros: uma estratégia para a veiculação de um fármaco anticâncer / Dendrimers: a strategy for an anticancer drug deliveryJosé Fernando Topan 16 September 2016 (has links)
O câncer de mama constitui o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, devido ao seu alto grau de malignidade. A quimioterapia é utilizada no tratamento de câncer de mama com presença de metástase, dentre os fármacos mais utilizados está o paclitaxel, que atua na desestabilização dos microtúbulos na divisão celular, levando a célula neoplásica a apoptose, porém, o paclitaxel é uma molécula extremamente lipofílica, solubilizada em Cremophor® EL, um tensoativo altamente tóxico utilizado na formulação comercial. O objetivo deste trabalho foi desenvolver complexos dendriméricos com paclitaxel para a otimização da terapia do câncer de mama. Para a quantificação do paclitaxel nos sistemas de liberação desenvolvidos foram validados métodos analíticos por espectrofotometria UV-Vis e por cromatografia líquida de alta eficiência. Os métodos foram seletivos, linear, precisos e exatos. Para a obtenção de uma formulação concentrada os complexos foram liofilizados. O complexo PAMAM-G4-NH2-Paclitaxel foi obtido em diversos meios reacionais, com diferentes faixas de pH, sendo o tampão Hepes, pH 7,4, e água; os meios que obtiveram melhores resultados de complexação, posteriormente foram analisados por DLS e NTA, com diâmetro médio de partícula em 160 nm e potencial zeta catiônico. A caracterização do complexo obtido foi realizada por análises de espectrofotometria no infravermelho e ressonância magnética nuclear. O estudo in vitro de liberação do paclitaxel a partir dos complexos dendriméricos foi realizado utilizando membrana de acetato de celulose e quantificação por CLAE. O perfil de liberação demonstrou que após 156 horas, no máximo 35% do fármaco foi liberado. A liberação lenta representa uma vantagem para o tratamento de tumores sólidos, pois idealmente o sistema de liberação deve manter o fármaco encapsulado durante a circulação sanguínea e liberá-lo uma vez acumulado passivamente no sítio tumoral. A citotoxicidade foi avaliada na linhagem tumoral 4T1, através do ensaio do MTT. O complexo PAMAM-G4-NH2-Paclitaxel apresentou citotoxicidade 5 vezes maior que a formulação comercial. Na avaliação antitumoral in vivo do complexo, foram avaliados a curva do crescimento tumoral, o registro de peso, a sobrevivência dos animais e a proliferação celular com o anticorpo ki 67. O complexo dendrimérico teve efeito estatisticamente significativo na redução do volume tumoral e, através da análise de imunohistoquimica foi confirmada a redução da proliferação celular. Portanto, o complexo PAMAM-G4-NH2-Paclitaxel pode representar uma estratégia promissora para o tratamento de câncer de mama e posteriormente deverá ser avaliada por meio de estudos clínicos. / Breast cancer is the second most common type of cancer worldwide and the most common among women, due to its high degree of malignancy. Chemotherapy is used to treat breast cancer metastasis, among the most widely used drugs are paclitaxel, which operates in the microtubules destabilization in cell division, resulting in neoplastic cell apoptosis, however, paclitaxel is a highly lipophilic molecule which is solubilized in Cremophor® EL, a highly toxic surfactant used in the commercial formulation. The aim of this study was to develop dendrimeric complex with paclitaxel for the optimization of breast cancer therapy. To quantify the paclitaxel in the developed delivery systems, the analytical method was validated by UV-Vis spectrophotometry and high-performance liquid chromatography. The methods were selective, linear, accurate and precise. To obtain a concentrated formulation, the complexes were lyophilized. The PAMAM-G4-NH2-paclitaxel complex was obtained in various reaction media with different pH ranges, with the HEPES buffer, pH 7.4, and water. The media with obtained the best complexation were subsequently analyzed by DLS and NTA, and the mean particle diameter was 160 nm with a cationic zeta potential. The characterization of the obtained complex was performed by infrared and nuclear magnetic resonance spectrophotometric analysis. The in vitro release study of paclitaxel from the dendrimeric complex was evaluated using membranes of cellulose acetate and quantified by HPLC. The release profile showed that after 156 hours at most 35% of the drug was released. The extended release is an advantage for the solid tumors treatment, because ideally the release system should keep the drug encapsulated during blood circulation and release it over time passively accumulated in the tumor site. Cytotoxicity was assessed in tumor cell line 4T1, using the MTT assay, the PAMAM-G4-NH2 paclitaxel complex showed cytotoxicity 5 times greater than the commercial formulation. In in vivo antitumor evaluation of the complex were evaluated curve of tumor growth, the weight record, the animal survival and cell proliferation with the antibody ki 67. Dendrimer complex had statistically significant effect in reducing tumor volume and through the immunohistochemical analysis the results were confirmed the reduction of cell proliferation. Therefore, the PAMAM-G4- NH2-paclitaxel complex can represent a promising strategy for the breast cancer treatment and should be further evaluated by means of clinical studies
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Comprometimento funcional de células dendríticas derivadas de monócitos de pacientes com câncer: envolvimento das vias de sinalização p38 e ERK1/2 (p44/p42) MAPK. / Functional commitment of monocyte derived dendritic cells from cancer patients: involvement of p38 and ERK1/2 (p44/p42) MAPK signaling pathways.Bruna Zelante Barbosa 09 February 2017 (has links)
Células dendríticas são as principais células apresentadoras de antígeno e apresentam alterações em pacientes com câncer. As vias de sinalização ERK 1/2 e p38 MAPK participam da diferenciação de DCs derivadas de monócitos (Mo-DCs). A exposição ao sobrenadante tumoral (ST) da linhagem MCF-7 levou à diminuição de CD1a e aumento de CD14 (frequência), além do aumento de IL-6 e IL-10. A inibição da via ERK1/2 MAPK corrigiu a expressão de CD14 e corrigiu parcialmente a produção das citocinas. A inibição da via p38 MAPK corrigiu a expressão de CD1a e CD14 e diminuiu parcialmente a produção das citocinas. Identificamos a proteína de choque térmico HSP27. A exposição à HSP27 não levou às alterações observados quando as células foram expostas ao ST. Por fim, em Mo-DCs de pacientes com câncer de mama o tratamento com o inibidor da p38 MAPK diminuiu a expressão de CD86 e HLA-DR. Portanto, os resultados deste trabalho sugerem que a inibição da via p38 MAPK não parece ser uma abordagem interessante na manipulação de Mo-DCs de pacientes com carcinoma ductal invasivo de mama. / Dendritic cells are the main presenting cells and present alterations in cancer patients. The signaling pathways p38 and ERK1/2 MAPK participate of monocyte-derived dendritic cells (Mo-DCs) differentiation. Exposition to MCF-7s supernatant (TS) decreased CD14 and CD1a expression (frequency) while enhanced IL-6 and IL-10 production. Inhibition of ERK1/2 MAPK reverted CD14 expression and partially reverted cytokines production. Inhibition of p38 MAPK reverted CD1a and CD14 expression and partially reverted cytokines production too. We identified the heat shock protein HSP27. Exposition to HSP27 did not cause the observed alterations seen when the cells were exposed to TS. Lastly, treatment of Mo-DCs from breast cancer patients with the p38 inhibitor decreased CD86 and HLA-DR expression. Therefore, the data presented in this study suggest that p38 MAPK inhibition does not appear to be an interesting approach in the manipulation of Mo-DCs from breast cancer patients.
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Inter-relações entre índice -3, estresse oxidativo e composição corporal em mulheres com câncer de mama / Interrelations between -3 index, oxidative stress, body composition in women with breast cancerAntonio Augusto Ferreira Carioca 09 April 2014 (has links)
Introdução - O câncer de mama é dos tipos de câncer mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres. Sabe-se que durante o desenvolvimento do câncer de mama diversos mecanismos regulatórios estão em desequilíbrio, enquanto processos como a inflamação crônica e as reações pró-oxidativas se encontram estimuladas. Nessa perspectiva, alguns estudos propõem que alguns fatores de risco ambientais possam ser modificados. Desses, grande destaque tem sido direcionado à dieta e, particularmente, ao perfil de gorduras consumidas. Objetivo - Avaliar a associação do índice -3, estresse oxidativo e composição corporal em mulheres com câncer de mama. Métodos - Foram selecionadas 101 mulheres com recém-diagnóstico de câncer de mama, com estadiamento tumoral I a IV. Essas pacientes foram selecionadas do serviço de Mastologia do Hospital Geral de Fortaleza, Ceará. Foram avaliados parâmetros antropométricos (peso, altura, IMC e circunferência da cintura) e de composição corporal por impedância bioelétrica. Após jejum de 12h foram obtidas amostras de sangue e a partir plasma foram analisados os marcadores do estresse oxidativo [LDL eletronegativa LDL(-) e seus auto anticorpos, 8-Oxo-2\'-deoxiguanosina - 8OHdG por meio de imunoensaios, vitaminas lipossolúveis por HPLC e substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico -TBARS por teste colorimétrico]. O perfil de ácidos graxos nos eritrócitos foi determinado por cromatografia a gás e a partir do percentual de ácidos graxos eiocosapentaenoico (EPA) e docosahexaenoico (DHA) calculou-se o índice -3. Os resultados obtidos foram analisados por meio de testes comparação de médias, correlações e modelos de regressão linear (SPSS 20.0). Resultados Não houve relação significativa entre ácidos graxos EPA, DHA e índice -3 e biomarcadores de estresse oxidativo, antropométricos e de composição corporal (p>0,05). Entretanto, os antioxidantes lipossolúveis foram maiores em mulheres na pós-menopausa, com tumor em estágio inicial e linfonodos negativos. O conteúdo de TBARS associou-se com o estadiamento clínico. A adiposidade foi associada com concentrações de retinol e 8-OHdG, enquanto LDL(-), 8-OHdG e TBARS foram correlacionadas com antioxidantes lipossolúveis após o ajuste para fatores de confusão. Conclusão - O índice -3 não está 5 correlacionado com estresse oxidativo e composição corporal. Entretanto, marcadores do estresse oxidativo estiveram associados ao perfil clínico e a composição corporal nestas pacientes. / Introduction - Breast cancer is the most frequent types of cancer worldwide and the most common among women. It is known that during the development of breast cancer several regulatory mechanisms are in imbalance, while processes such as chronic inflammation and pro-oxidative reactions are stimulated. In this perspective, some studies suggest that some environmental risk factors can be modified. These, great emphasis has been directed to the diet and particularly to the profile of the fats consumed. Aim - Assess the association between -3 index, oxidative stress and body composition in women with breast cancer. Methods - 101 women with newly diagnosed breast cancer with tumor stages I to IV were selected. These patients were selected of the Service of Mastology of General Hospital of Fortaleza, Ceará. Anthropometric parameters (weight, height, BMI and waist circumference) and body composition by bioelectrical impedance were evaluated. After 12h fasting blood samples were obtained and, from the plasma, markers of oxidative stress were analyzed [electronegative LDL LDL(-) and their autoantibodies, 8-oxo-2\'-deoxyguanosine - 8OHdG by immunoassays, liposoluble vitamins by HPLC and thiobarbituric acid reactive substances - TBARS by colorimetric test]. The profile of fatty acids in erythrocytes was determined by gas chromatography and, from the percentage of eiocosapentaenoico (EPA) and docosahexaenoic (DHA) fatty acids, the -3 index was calculated. The results were analyzed by comparison of means tests, correlations and linear regression models (SPSS 20.0). Results - There was no significant relation between EPA, DHA and -3 index and biomarkers of oxidative stress, anthropometric and body composition (p>0.05). However, the liposoluble antioxidants were higher in postmenopausal women with early-stage tumors and negative lymph nodes. The content of TBARS was associated with clinical staging. Body fat was associated with retinol concentrations and 8-OHdG, while LDL(-), 8-OHdG and TBARS were correlated with liposoluble antioxidants after adjustment for confounding factors. Conclusion - The -3 7 index is not correlated with oxidative stress and body composition. However, markers of oxidative stress were associated with the clinical profile and body composition in these patients.
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Papel da adiposidade sobre a concentração de biomarcadores de oxidação e adipocitocinas na neoplasia maligna da mama / Abdominal obesity and concentration of oxidative markers and adipokines in breast malignant neoplasm.Sara Maria Moreira Lima Verde 01 August 2014 (has links)
Introdução: A neoplasia maligna da mama é a mais frequentes entre as mulheres, respondendo, no Brasil, por 26,3 por cento de todos os cânceres no sexo feminino e por 14 por cento dos óbitos. Sabe-se que a obesidade é também uma doença crônica, que apresenta um panorama epidemiológico crescente, capaz de modificar as concentrações de hormônios esteroides, hormônios do crescimento, que envolve processos inflamatórios crônicos e de baixa intensidade os quais favorecem a proliferação celular e redução da apoptose. Portanto, é plausível que mulheres com câncer de mama que tenham excesso de peso e adiposidade apresentem maior risco para um prognóstico clínico menos favorável. Objetivo: Avaliar o papel da adiposidade sobre a oxidação e as adipocitocinas na neoplasia mamária. Material e Métodos: Estudo observacional do tipo caso-controle, com 101 mulheres com tumor de mama (Caso) e 100 mulheres sem câncer (Controle), selecionadas no Hospital Geral de Fortaleza (Fortaleza-CE), nos anos de 2011 e 2012. Realizou-se avaliações socioeconômicas, clínica (estado de menopausa, uso de terapia de reposição hormonal-TRH, história reprodutiva, amamentação, tabagismo, sedentarismo e história familiar de câncer; estadiamento clínico (EC), tamanho do tumor e presença de linfonodos comprometidos), antropométrica (peso, índice de massa corporal -IMC, circunferência da cintura - CC) e de composição corporal ( por cento Massa Gorda - por cento MG; por cento Massa Magra - por cento MM; Ângulo de fase - AF) por impedância bioelétrica. Após jejum de 12h obteve-se alíquotas de sangue e a partir do plasma analisou-se marcadores de estresse oxidativo [TBARS; LDL(-); anti-LDL(-); 8-OHdG; vitaminas antioxidantes] e adipocitocinas (leptina e adiponectina). Comparação entre os grupos Caso e Controle total e segundo excesso de peso e obesidade foram realizadas por meio dos testes t-Student e Man-Whitney. Modelos de regressão linear simples e múltipla, assim como analises logísticas foram testadas entre variáveis brutas e ajustadas visando identificar associações entre adiposidade e marcadores bioquímicos de estresse oxidativo e adipocitocinas. Todos os testes estatísticos foram realizados no programa estatístico SPSS versão 20.0, onde considerou-se p < 0,05, como nível de significância. Resultados: Os grupos Caso e Controle se mostraram semelhantes em relação aos aspectos socioeconômicos e clínicos. Entre as variáveis antropométricas e de composição corporal apenas a CC (p=0,002) foi maior nas mulheres com tumor de mama. Com relação aos marcadores oxidativos e adipocitocinas, independente da adiposidade e do excesso de peso, o grupo Caso apresentou perfil menos favorável com maiores concentrações plasmáticas de TBARS (p<0,001), LDL(-) (p=0,026), auto-anticorpo anti-LDL(-) (p<0,001) e 8OHdG (p=0,021) e adiponectina (p<0,001) em menores concentrações. Entre as pacientes com tumor de mama, as com excesso de peso mostraram menores concentrações de adiponectina (p=0,018) e maiores de 8OHdG (p=0,02) e leptina (p=0,01), sendo essa adipocitocina 9 associada de modo positivo com CC (p=0,012) e por cento MG (p=0,001). Os nutrientes antioxidantes não se alteraram em função da presença do tumor e tão pouco pelo peso e adiposidade. Entretanto no câncer de mama, retinol e ß-caroteno, estiveram inversamente associados com linfonodos comprometidos (p=0,034) e EC III e IV (p=0,014), respectivamente. O risco de câncer de mama foi maior nos maiores tercis de CC, (OR=2,69; IC=1,33-5,47) TBARS (OR=6,99; IC=2,99-16,32) e Anti-LDL(-) (OR=10,28; IC=4,11-25,75) e nos menores tercis de adiponectina (OR=0,44; IC=0,22-0,91). Conclusão: A adiposidade intensificou as alterações oxidativas e de adipocitocinas promovidas pela neoplasia da mama. A obesidade abdominal aumentou o risco de câncer de mama, bem como as maiores concentrações plasmáticas de marcadores oxidativos, sugerindo prognóstico menos favorável. / Introduction: Breast malignant neoplasm is more frequent among women. In Brazil, it corresponds to 26, 3 per cent of all cancers in the female gender and to 14 per cent of the causes of death. It is well known that obesity is also a chronic disease, which presents an increasing epidemiological panorama, capable of modifying the concentrations of steroids hormones, the growth hormones, which involves chronic and low-intensity inflammatory processes, enabling cellular proliferation and the reduction of apoptosis. Therefore, it is plausible that women with breast cancer who are overweight and have adiposity present a higher risk of a less favorable clinical prognosis. Objective: To evaluate the role of adiposity over oxidation and the adipokines on breast neoplasia. Material and Methods: It was an observational study of the case-control type, with 101 women with a breast tumor (Case) and 100 women without cancer (Control), selected at Hospital Geral de Fortaleza (Fortaleza-CE), in the years of 2011 and 2012. Socio-economic evaluations were accomplished, clinic (menopause, use of Hormone Replacement Therapy (HRT), reproductive history, breastfeeding, smoking, sedentarism and family-history of cancer; clinic staging (CS), size of the tumor and presence of affected lymph nodes), anthropometrics (weight, body mass index BMI, waist circumference - WC) and of body composition ( per cent Fat Mass - per cent FM; per cent Lean Mass - per cent LM; Phase Angle - PA) by bioelectrical impedance. After a 12-hour-fasting, blood aliquots were obtained and markers of oxidative stress were analyzed from the plasma [TBARS; LDL(-); ANTI-LDL (-); 8-OHdG, antioxidant vitamins] and adipokines (leptin and adiponectin). The comparison between the groups Case and total Control and according to overweight and obesity were accomplished through the tests t-Student and Man-Whitney. Models of simple and multiple linear regression, as well as logistical analyses were tested among gross and adjusted variables aiming at identifying association between adiposity and biochemical markers of oxidative stress and adipokines. All the statistic tests were accomplished on the statistic program SPSS version 20.0, in which p<0,05 was considered as a level of significance. Results: The groups Case and Control were similar with relation to the socioeconomic and clinic aspects. Among the anthropometric and body composition variables, only CC (p=0,002) was higher in women with breast tumor. With relation to oxidative markers and adipokines, independently from adiposity and overweight, the Case group presented a less favorable profile, with higher plasmatic concentrations of TBARS (p<0,001), LDL (-) (p=0,026), auto-antibody, anti-LDL(-) (p<0,001) and 8OHdG (p=0,021) and adiponectin (p<0,001) in lower concentrations. Among the patients with breast tumor, the overweight ones showed lower concentrations of adiponectin (p=0,018) and higher of 8OHdG (p=0,02) and leptin (p=0,01). This adipokine was associated in a positive way to CC (p=0,012) and FM (p=0,001). The antioxidant nutrients did not alter due to the presence of the tumor or due to weight and 11 adiposity. However, in breast cancer, retinol and beta carotene were inversely associated to affected lymph nodes (p=0,034) and CS III and IV (p=0,014), respectively. The risk of breast cancer was higher in the bigger WC tertiles, (OR=2,69; IC=1,33-5,47) TBARS (OR=6,99; IC=2,99-16,32) and Anti-LDL(-) (OR=10,28; IC=4,11-25,75) and in the smaller adiponectin tertiles (OR=0,44; IC=0,22-0,91). Conclusion: Adiposity intensified oxidative and adipokines alterations promoted by breast neoplasia. Abdominal obesity increased the risk of breast cancer, as well as higher plasmatic concentrations of oxidative markers, suggesting a less favorable prognosis.
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Nutrição e origem fetal do câncer de mama: efeito da deficiência ou suplementação com zinco no período gestacional de camundongos na suscetibilidade da progênie à carcinogênese mamária / Nutrition and fetal origin of breast cancer: effect of zinc deficiency or supplementation during gestational phase of mice on offspring\'s susceptibility to mammary carcinogenesisRaquel Santana da Cruz 21 January 2016 (has links)
O câncer de mama é um importante problema de saúde pública, sendo o mais frequente em mulheres no mundo. A alimentação influencia diretamente o desenvolvimento do câncer de mama. Assim, por exemplo, dietas ricas em ácidos graxos poliinsaturados ômega 3 (AGPI ω-3), flavonóides, vitaminas A e E, bem como em minerais, incluindo selênio e zinco, têm sido associadas a redução de risco desta neoplasia. Neste contexto, zinco tem-se destacado por regular mecanismos celulares e moleculares como reparo de DNA, controle de ciclo celular e controle de fatores transcricionais. Uma hipótese pouco descrita na literatura, ainda que biologicamente plausível, aponta a origem do câncer de mama já na vida intrauterina, período em que a glândula mamária estaria mais suscetível à influência da alimentação e níveis hormonais maternos. A dieta materna no período gestacional parece ter importante influência na modulação do ambiente intrauterino e, consequentemente, na programação do risco de desenvolvimento do câncer de mama na progênie. Assim, fatores dietéticos e níveis hormonais poderiam induzir modificações na morfologia da glândula mamária durante as fases iniciais do desenvolvimento, alterando, assim, o risco para o desenvolvimento do câncer de mama. Do ponto de vista molecular, a modulação inadequada do epigenoma no início da vida pode ter implicações para os descendentes ao longo da vida, modificando a suscetibilidade ao risco de doenças crônicas não transmissíveis, incluindo o câncer de mama. Sugere-se que a exposição, durante o período fetal, ao zinco parece também modular a suscetibilidade ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. Dessa forma, propôs-se avaliar se o zinco representa fator dietético que modula o risco de câncer de mama já no início da vida. Camundongos fêmeas C57BL/6 foram expostas, durante a gestação, a dieta controle (AIN-93G; grupo CO); dieta deficiente em zinco (8 ppm; grupo ZND) e dieta suplementada com zinco (45 ppm; grupo ZnS). Neoplasias mamárias foram induzidas na prole feminina com 6 semanas de idade com a administração subcutânea de 15 mg de medroxiprogesterona, seguida pela administração oral de 1 mg 7,12-dimetilbenz [a] antraceno uma vez por semana durante 4 semanas. As glândulas mamarias da prole feminina com 7 semanas de idade não iniciadas, de todos os grupos, foram usadas para análise morfológica, proliferação celular, apoptose e análise molecular. Em relação a prole feminina do grupo CO, a do ZnS apresentou aumento (p<0,05) da incidência final de neoplasias mamária, proliferação celular (Ki67) e apoptose. A expressão da proteína p21 foi maior (p=0,06) no grupo ZnS em relação ao grupo CO. Em relação a prole do grupo ZnD, ZnS apresentou maior (p<0,05) nível de expressão da proteína p53. Sem diferença (p>0,05) em relação a estas variáveis entre o grupo CO e ZnD. Em relação a prole femina do grupo CO, ZnS apresentou aumento (p=0,08) marginal da expressão dos genes RASSF1 e STAT3. Em relação a prole feminina do grupo ZnD, ZnS apresentou maior (p=0,02) expressão de ZPF382. H3K9me3 e H4K20me3 foram regulados positivamente (p<0,05) na glândula mamária da prole feminina do grupo ZnD em relação aos grupos CO e ZnS. A suplementação com zinco, mas não a deficiência, no início de vida foi associado com aumento da susceptibilidade de câncer de mama na vida adulta. / Breast cancer is an important public health problem, representing the main cause of women death worldwide. Dietetic factors, such as omega-3 fatty-acids, flavonoids, vitamins A and E, and micronutrients have been associated with the reduction of breast cancer risk. Zinc is a micronutrient of remarkable importance for health, essential for several cellular mechanisms, which may influence the development of breast cancer through epigenetic mechanisms, among others. A hypothesis not frequently addressed in the literature, although biologically plausible, considers the fetal origin of breast cancer, a developmental stage in which the mammary gland would be more sensitive to the influence of maternal diet and hormone levels. The maternal diet during pregnancy seems to have significant influence in the modulation of the intrauterine environment and, consequently, in programming the risk of development of breast cancer in offspring through the induction of morphological and molecular changes. The inadequate modulation of the epigenome in early life may have implications for the offspring throughout life, modulating the susceptibility to the risk of chronic diseases, including breast cancer. The exposure during the fetal period, to zinc, seems also to modulate the susceptibility to the development of chronic diseases, such as cardiovascular diseases and renal dysfunctions. Thereby, it would be interesting to evaluate the effects of zinc deficiency or supplementation in maternal diet during pregnancy period in the susceptibility of breast cancer in offspring. In this context, we propose to evaluate if zinc is a dietary factor that may modify the risk of breast cancer during early life, by modulation of morphological, molecular and epigenetic events. C57BL/6 female mice consumed during pregnancy control diet (AIN-93G; CO group); zinc-deficient diet (8 ppm; ZnD group) and zinc-supplemented diet (45 ppm; ZnS group). Mammary tumors were induced by subcutaneous administration of 15mg of medroxyprogesterone to 6-week-old female offspring, followed by oral administration of 1mg 7, 12-dimethylbenz[a]anthracene once-a-week for 4 weeks. Non-initiated mammary glands of 7-week-old female offspring from all groups were used to morphological, cell proliferation, apoptosis and molecular analysis. Compared to CO group offspring, ZnS presented increased (p<0.05) mammary tumor incidence, cell proliferation (Ki67) and apoptosis. Expression levels of p21 protein was higher (p=0.06) in ZnS compared to the CO group. Compared to ZnD group offspring, ZnS showed higher (p<0.05) expression level of p53 protein. There were no differences (p≥0.05) concerning these variables between CO and ZnD group. Compared to CO offspring group, ZnS also showed marginal increased (p=0.08) expression of RASSF1 and STAT3 genes. Compared to ZnD offspring group, ZnS showed higher (p=0.02) expression of ZPF382. H3K9me3 and H4K20me3 were upregulated (p<0.05) in the mammary gland of ZnD female offspring compared to CO and ZnS groups. Thereby, zinc-supplementation, but not zinc-deficiency, in early-life was associated with an increased susceptibility to breast cancer development in adulthood.
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Efeitos do tratamento com selênio no crescimento e marcas epigenéticas de células de adenocarcinoma mamário humano MCF-7 / Effects of selenium treatment on growth and epigenetic marks of MCF-7 human breast adenocarcinoma cellsJuliana Xavier de Miranda 05 November 2012 (has links)
O câncer de mama representa problema mundial de saúde pública e a causa mais frequente de morte por câncer entre as mulheres. A identificação de agentes moduladores de marcas epigenéticas, tais como metilação global do DNA e modificações pós-tradução em histonas, compreende alternativa promissora para estabelecimento de estratégias de controle da carcinogênese mamária. Dentre os nutrientes, o elemento traço essencial selênio (Se) pode ser destacado como agente dietético com potencial anti-câncer de mama e que poderia atuar modulando processos epigenéticos. Entretanto seus mecanismos de ação são pouco elucidados. Este estudo objetivou, assim, identificar efeitos do tratamento com selênio no crescimento e marcas epigenéticas de células de adenocarcinoma mamário humano MCF-7. Células MCF-7, positivas para o receptor de estrógeno, foram tratadas com ácido metilselenínico (MSA) ou selenito de sódio (ST) por diferentes tempos e em diferentes concentrações. Foram avaliados: padrão de proliferação (ensaio cristal violeta) e viabilidade celular (método de exclusão azul de tripan); integridade de membrana plasmática (citometria de fluxo); níveis de fragmentação do DNA (citometria de fluxo), distribuição das fases do ciclo celular (citometria de fluxo); apoptose (citometria de fluxo/ marcação dupla com Anexina V - Iodeto de propídio); níveis de lisina 9 acetilada (H3K9ac) e trimetilada (H3K9me3) em histona H3; níveis de lisina 16 acetilada (H4K16ac) em histona H4 (Western blot); padrão de metilação global do DNA (HPLC-DAD); expressão de gene supressor de tumor (RASSF1a; qPCR) e padrão de metilação da região promotora (RASSF1a e RARβ; MS-PCR); expressão da enzima DNA metilstransferase 1 (DNMT1) (Western Blotting). Comparado ao grupo controle de células não tratadas (GC), ambos os tratamentos com MSA ou ST inibiram a proliferação e viabilidade de células MCF-7 de forma dose e tempo dependente. Ambas as formas químicas de Se induziram a parada do ciclo celular, aumentando (p< 0,05) a proporção de células na fase G2/M e reduzindo (p< 0,05) a proporção daquelas nas fases G0/G1 e S. Os tratamentos com MSA favoreceram a morte celular por apoptose, que foi associada com nível de fragmentação de DNA aumentado (p< 0,05), e reduzida ruptura da membrana plasmática associada com a exposição aumentada (p< 0,05) de fostadilserina. Por outro lado, o ST aumentou (p< 0,05) a fragmentação do DNA e (p< 0,05) a positividade ao iodeto de propídio associado à indução de necrose (p< 0,05). Dentre os mecanismos epigenéticos investigados, 1,6µM e 2µM reduziram a acetilação de H3K9ac (72h; p< 0,05) e aumentaram a de H4K16ac (96h; p< 0,05). O tratamento por 96h com 2µM de MSA reduziu (p< 0,05) a metilação de H3K9me3. Ambos MSA e ST não alteraram o padrão de metilação global do DNA, mas reduziram a expressão de DNMT1, após 96h com 2µM de MSA (p< 0,001; 88%) e após 120h com 10µM de ST (p< 0,001; 96%). ST, mas não o MSA, aumentou (p< 0,05; 45%) a expressão do gene RASSF1a. Em ambos os grupos tratados com MSA ou ST, bem como no GC, a região promotora dos genes RASSF1a e RAR estavam predominantemente metiladas. Estes resultados fornecem evidências de que as ações anti-câncer de mama de compostos do selênio dependem de sua forma química. Além disso, a modulação de processos epigenéticos parecem ser relevantes para as ações inibitórias do MSA em células de câncer de mama. / Breast cancer is a global public health problem and the most frequent cause of cancer death among women. The identification of agents able to modulate epigenetic marks, such as global DNA methylation and histone post-translational modifications, comprises promising alternative for establishing control strategies on mammary carcinogenesis. Among the nutrients, the essential trace element selenium (Se) can be highlighted as a dietary agent with potential anti-breast cancer and could act by modulating epigenetic processes. However its mechanisms of action are poorly understood. This study aimed, therefore, to identify the effects of selenium treatment on growth and epigenetic marks of MCF-7 human breast adenocarcinoma cells. MCF-7 cells, positive for estrogen receptor, were treated with methylseleninic acid (MSA) or sodium selenite (ST) for different times and in different concentrations. Evaluated parameters included: cell proliferation (crystal violet assay) and cell viability (trypan blue exclusion assay); plasma membrane integrity (flow cytometry); levels of DNA fragmentation (flow cytometry), apoptosis (flow cytometry - double labeling with Annexin V - propidium iodide); distribution of cell cycle phases (flow cytometry); acetylated (H3K9ac) and trimethylated (H3K9me3) lysine 9 levels on histone H3; acetylated (H4K16ac) lysine 16 level on histone H4 (Western blot); global DNA methylation (HPLC-DAD); tumor suppressor gene expression (RASSF1a; qPCR) and promoter methylation (RASSF1a, RARβ; MS-PCR); DNA methyltransferase 1 (DNMT1) expression (Western blot). Compared to untreated cells (controls), both MSA and ST inhibited (p< 0.05) MCF-7 cell proliferation and viability in a dose- and time-dependent manner. Treatments with MSA favored cell death by apoptosis, that was associated with increased (p< 0.05) DNA fragmentation level, reduced plasma membrane rupture associated with high (p< 0.05) phosphatidylserine exposure. On the other hand, ST increased (p< 0.05) DNA fragmentation, enhanced (p< 0.05) propidium iodide positivity associated to necrosis induction (p< 0,05). Both chemical forms of Se induced nduced cell cycle arrest, increasing (p< 0.05) the proportion of cells in G2/M phase and reducing (p< 0.05) the proportion of those in G0/G1 and S phases. Among the epigenetic mechanisms investigated, 1.6µM and 2µM of MSA reduced acetylation of H3K9ac (72h, p< 0.05) and increased the H4K16ac (96h, p< 0.05). The treatment for 96h with 2µM of MSA reduced (p< 0.05) the H3K9me3 methylation. Neither MSA nor ST altered (p> 0.05) global DNA methylation, while both compounds reduced (p< 0.05) DNMT1 protein expression, after 96h with 2µM of MSA (p< 0.001; 88%) and after 120h with 10µm of ST (p< 0.001; 94%). ST, but not MSA, increased (p< 0.05; 45%) RASSF1a gene expression. In control and Se-treated cells promoter regions of RASSF1a and RARβ were predominantly methylated. These results provide evidence that the anti-breast cancer actions of selenium compounds depend on its chemical form. Additionally, modulation of epigenetic processes seems to represent a relevant feature of MSA inhibitory effects in breast cancer cells.
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Influência da deficiência ou suplementação com selênio durante o período gestacional de ratas na suscetibilidade da progênie feminina à carcinogênese mamária / Influence of selenium deficiency or supplementation during rat gestational period on the susceptibility of female offspring to mammary carcinogenesisMariana Papaléo Rosim 04 March 2016 (has links)
Fatores dietéticos como o selênio (Se) são apontados como importantes moduladores do risco de desenvolvimento do câncer de mama. Essa neoplasia pode apresentar sua origem no início do desenvolvimento e, assim, a alimentação materna poderia ter importantes repercussões na programação fetal da doença. A fim de verificar se diferentes concentração de selênio na dieta materna poderiam programar o risco da progênie feminina ao câncer de mama, ratas foram alimentadas com ração contendo 0,15 (CO), 1,0 (SUP) ou 0,05 (DEF) ppm de Se durante a gestação e sua progênie feminina iniciada com DMBA. A progênie do grupo SUP apresentou menor suscetibilidade à carcinogênese, indicado pelo menor número médio e multiplicidade de adenocarcinomas mamários (p< 0,05), enquanto a do grupo DEF apresentou maior suscetibilidade à carcinogênese, indicado pela maior incidência dos mesmos (p< 0,05). Mães do grupo DEF apresentaram menor concentração de Se no sangue (p< 0,05) e sua prole apresentou menor atividade da enzima GPx1 (p< 0,05). Além disso, observou-se na glândula mamária da progênie de 50 dias menor expressão (western blot e qPCR) de ERα, Her-2, EGFR e Ras no grupo SUP em comparação aos grupos CO e DEF (p< 0,05). Analisou-se, ainda, o padrão de metilação global do DNA (HPLC-DAD), expressão das enzimas DNMT1, 3a e 3b (qPCR), o padrão global de modificações pós traducionais em histonas (western blot) e o padrão de metilação da região promotora do gene Erα (modificação com bissulfito e pirossequenciamento) na glândula mamária da progênie de 50 dias. Não houve diferença no padrão de metilação global do DNA e expressão das enzimas DNMTs (p>0,05). Houve aumento na expressão de H4K16 acetilada nos grupos SUP e DEF (p< 0,05). Finalmente, em comparação a progênie do grupo DEF, a do grupo SUP apresentou região promotora de Erα com aumento marginal (p=0,07) na metilação de dois dinucleotídeos CpG. Conclui-se que o consumo de diferentes concentrações de Se na dieta materna tem impacto sobre a suscetibilidade da progênie ao câncer de mama na vida adulta através da modulação da expressão de receptores e oncogenes relacionados ao desenvolvimeto dessa neoplasia, além da influência em processos epigenéticos. Tais resultados apontam para a existência de uma \"janela de programação\" no início do desenvolvimento sensível a ação do Se, resultando em diminuição do risco de câncer de mama quando suplementado na dieta materna e o inverso quando de sua deficiencia. / Based on epidemiological studies and animal models, the essential micronutrient selenium has been highlighted as a promising dietary factor associated to breast cancer risk reduction. Breast cancer may have its origin in early development and thus the maternal diet could have important implications in the fetal programming of the disease. In order to ascertain whether differences in selenium concentration in maternal diet could modulate the susceptibility of female offspring to breast cancer, a biological assay was conducted in which female rats were fed a diet with 0.15 (CO), 1.0 (SUP) or 0.05 (DEF) ppm of selenium during gestational period and the female offspring subjected to a mammary carcinogenesis model induced by DMBA. SUP group offspring presented decreased susceptibility to mammary carcinogenesis, as indicated by lower (p< 0,05) average number and multiplicity od adenocarcinomas, while the DEF group offspring had a greater susceptibility, as indicated by the increase (p< 0,05) in adenocarcinomas incidency. Mothers of the DEF group pesented lower (p< 0,05) Se blood concetrations and their offspring presented lower (p<0,05).GPx1 activity. In addition, there was a decrease (p< 0,05) in ERα, Her-2, EGFR and Ras expression (western blot and qPCR) in the mammary gland of 7 weeks old female SUP group offspring when compared to CO and DEF groups offspring. DNA global methylation pattern (HPLC-DAD), DNMT1, 3a e 3b expression (qPCR), global pattern of post-translational modification in histones (western blot) and methylation status of Erα promoter region (bisulfite modification and pyrosequencing) were also evaluated in the mammary gland of 7 weeks old offspring. There was no diffrence (p>0,05) in DNA global methylation pattern and DNMTs expression. There was an increase in acetilated H4K16 expression in groups SUP and DEF (p< 0,05). Lastly, when compared to DEF offspring, the SUP offspring presented a marginal increase in the methylation of two CpG dinucleotides in the Erα promoter region. In conclusion, the consumption of different selenium concentration in maternal diet plays a role in the progeny\'s breast cancer susceptibility through the modulation of receptors and oncogenes expression, in addition to modifications in epigenetic patterns. These results indicate the presence of a \"programming window\" in the beggining of development susceptible to selenium effects, resulting in decreased breast cancer risk when supplemented and the opposite when deficient.
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Polimorfismos nos Genes CYP17, CYP1B1, CYP1A1 e COMT e as Lesões Genômicas Espontâneas em Pacientes com Câncer de Mama / CYP17, CYP1B1, CYP1A1 and COMT Polymorphisms and the Spontaneous Genomic Lesions in Breast Cancer WomenRaquel Alves dos Santos 22 February 2008 (has links)
O Câncer de Mama (CM) é o segundo tipo mais freqüente de câncer no mundo e a doença maligna mais comum entre as mulheres. Apesar do câncer ser considerado uma típica doença do envelhecimento, o CM apresenta algumas características distintas no que diz respeito às taxas de incidência. Os fatores de risco para o CM incluem idade da menarca precoce e menopausa tardia, terapias hormonais, exposição aos poluentes ambientais, tabagismo e etilismo, no entanto, a exposição prolongada aos estrógenos representa o fator de risco mais importante. A biossíntese e a metabolização dos estrógenos requerem um grande número de vias que são reguladas por uma série de genes cujos polimorfismos têm sido descritos em associação com o CM. Também se sabe que os estrógenos podem danificar a molécula de DNA por aumentar a formação de aductos ou ainda por induzir a 8-hidroxilação de purinas e as quebras de fita simples e duplas do DNA. Dessa forma, o objetivo do presente do presente trabalho foi investigar os níveis de danos no DNA de pacientes com CM antes da quimioterapia ou da radioterapia, a possível associação entre os polimorfismos dos genes metabolizadores de estrógeno CYP17, CYP1B1, CYP1A1 and COMT e o risco ao CM e também a possível influência desses polimorfismos nos níveis espontâneos de danos no DNA. Os linfócitos do sangue periférico de 45 mulheres com diagnóstico para Carcinoma Ductal \"in situ\" ou invasorl e 85 mulheres sadias (controles) foram utilizados para avaliação de danos espontâneos no DNA pelo teste do micronúcleo e Ensaio Cometa. Os resultados mostraram que as freqüências de micronúcleos (MNs) e os danos no DNA detectados pelo Ensaio Cometa foram significativamente maiores no grupo de pacientes do CM do que no grupo controle. Os níveis de danos no DNA foram similares entre fumantes e não-fumantes e a idade não influenciou as freqüências de MNs observadas em pacientes com CM e controles. Para a abordagem molecular a casuística foi de 131 mulheres controles saudáveis e 104 mulheres também com diagnóstico para Carcinoma ductal \"in situ\" ou invasor. A comparação da ocorrência dos polimorfismos estudados nos genes CYP17, CYP1A1 e COMT não mostrou diferenças estatisticamente significativas entre pacientes e controles. Contudo, o genótipo Leu/Leu para o gene CYP1B1 aumentou em três vezes o risco para o CM entre não-fumantes (P = 0,04, OR = 3; 95% intervalo de confiança: 1,1-8,2). Os polimorfismos estudados nos genes citados acima não tiveram associação com a idade da menarca ou da menopausa em pacientes com CM e controles. A possível associação dos polimorfismos nos genes CYP17, CYP1B1, CYP1A1 e COMT sobre os níveis de danos no DNA também foi avaliada e, enquanto o CYP17 e CYP1A1 não afetaram as freqüências de MNs ou os danos no DNA observados pelo Ensaio Cometa nem em pacientes com CM nem no grupo controle, o alelo Leu do CYP1B1 esteve significativamente associado com altos níveis de danos no DNA do grupo controle, mas não interferiu nos danos do DNA detectados no grupo com CM. Em contrapartida, no grupo controle, o indivíduos portadores do alelo Met do gene COMT exibiram níveis mais baixos de danos no DNA quando comparados com o homozigoto selvagem, mas no grupo com CM os indivíduos polimórficos homozigotos (Met/Met) apresentaram níveis de danos no DNA mais elevados do que os seu correspondentes homozigotos selvagens e heterozigotos. Concluindo, este trabalho demonstrou que mulheres com CM apresentam uma instabilidade genômica importante e sugere que os polimorfismos nos genes metabolizadores de estrógenos podem modificar os níveis de danos no DNA tanto em mulheres sadias quanto em mulheres com CM. / Breast cancer (BC) is the second most frequent kind of cancer in worldwide and the most common malignant disease among women. Although cancer is considered a typical aging disease, BC is presenting some distinctive features concerning age-specific incidence rates. Risk factors for breast cancer include early age of menarche and late menopause, hormonal therapies, exposure to environmental pollutants, smoking and alcohol habits, however, increased or prolonged estrogen exposure is the most important risk factor. Estrogen biosynthesis and metabolism requires a great number of enzymatic pathways regulated by different genes with polymorphisms that has been described in association with BC and is well known that estrogens can damage the DNA by increasing the formation of DNA adducts and by inducing 8-hidroxilation of purine bases and breaks in DNA strand. Thus, the aim of the present work was to investigate the levels of DNA damage in BC patients prior chemotherapy or radiotherapy, the possible association of the estrogen metabolizing genes CYP17, CYP1B1, CYP1A1 and COMT polymorphisms on breast cancer risk and also the possible influence of these polymorphisms on the spontaneous levels of DNA damage. Micronucleus test and Comet assay was performed to detect spontaneous DNA damage, using peripheral blood lymphocytes from 45 women diagnosed for Ductal \"in situ\" or invasive breast carcinoma and 85 healthy control women. The results showed that the micronucleus (MNs) frequencies and DNA damage detected by Comet assay were significantly higher in BC group than in controls. The levels of DNA damage were similar in smokers and non-smokers and aging did not influence the frequencies of MNs observed BC patients and in controls. For molecular approach the casuistic comprised of 131 healthy control women and 104 women also diagnosed for Ductal \"in situ\" or invasive breast carcinoma. Comparison of the occurrence of the polymorphisms in CYP17, CYP1A1 and COMT was not statistically different between patients and controls. However, the risk for BC is three-fold increased in non-smokers Leu/Leu group for CYP1B1 (P = 0,04, OR = 3; 95% confidence intervals: 1,1-8,2). The polymorphisms studied in the above mentioned genes did not influence the age of menarche or menopause differently in BC and controls. The influence of CYP17, CYP1B1, CYP1A1 and COMT polymorphisms on the levels of DNA damage was also analyzed and while CYP17 and CYP1A1 did not affect the MNs frequencies or the DNA damage observed by Comet assay in neither in BC nor in control group, the Leu allele of CYP1B1 was significantly associated with the higher levels of DNA damage in control group, but did not interfere on DNA damage detected in BC group. On the other hand in the control group, individuals carrying the Met allele of COMT exhibited lower levels of DNA damage when compared to wild type homozygous, but in BC group the polymorphic homozygous individuals (Met/Met) presented higher levels of DNA than their wild type homozygous or heterozygous counterparts. In conclusion, the present work demonstrated that BC women present an important genomic instability and suggests that estrogens metabolizing polymorphisms may modify the levels of DNA damage in healthy and in BC women.
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Investigação de Mutações no Gene BRCA1 em Famílias Brasileiras com Suspeita da Síndrome Hereditária do Câncer de Mama e/ou Ovário. / Investigation of Mutations in the BRCA1 Gene in Brazilian Families with Suspected of Hereditary Breast and Ovarian Cancer Syndrome.Nathália Moreno Cury 27 April 2012 (has links)
Cerca de 10% dos casos de câncer de mama e/ou ovário são caracterizados como hereditários, onde a presença de mutações germinativas no gene de suscetibilidade BRCA1 aumenta o risco de desenvolver esses cânceres durante a vida da mulher. O BRCA1 é um gene supressor tumoral envolvido na resposta de danos ao DNA, controle do ciclo celular, na remodelação da cromatina, ubiquitinação e regulação da transcrição. O presente estudo tem como objetivo central caracterizar as mutações do gene BRCA1 associadas a Síndrome Hereditária do Câncer de Mama e/ou Ovário (HBOC) em pacientes atendidos no Serviço de Aconselhamento Genético do Câncer do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP/USP). Os vinte e dois éxons codificantes do BRCA1 foram analisados utilizando o método de High Resolution Melting (HRM) para triagem de mutações pontuais, seguido pelo sequenciamento de DNA dos casos selecionados para validação. A técnica de MLPA (Multiplex Ligation-dependent Probe Amplification) também foi usada para detectar grandes deleções e duplicações. Uma vez confirmada a mutação, membros da família considerados de alto risco, serão investigados para a mutação específica, a fim de proporcionar-lhes um aconselhamento genético apropriado para a detecção precoce do câncer. No presente estudo, foram investigados 41 pacientes que preencheram os critérios para o teste genético de acordo com NCCN Clinical Practice Guidelines in Oncology v.1.2010. Um total de 21 mutações foram identificadas, duas das quais são patogênicas: a deleção dos éxons 17-18 e a deleção dos éxon 19. Ambas estão localizadas no domínio BRCT do gene BRCA1, essencial para a ligação de fosfoproteínas críticas para a ativação do complexo de reparo do DNA. Outra mutação, a S616del, foi tratada como patogênica, mas apresenta informações controversas em diferentes estudos. O trabalho também identificou uma nova mutação, Val1117Ile. Um estudo de haplótipos das mutações identificadas nos pacientes foi realizado e revelou que um dos haplótipos, denominado de 6, contendo quatro resíduos mutados (871Leu, 1038Gly, 1183Arg e 1613Gly) estava presente em 50% das pacientes. O estudo de associação com 82 indivíduos saudáveis, mostrou diferença significativa (p=0,026) nos pacientes, sugerindo assim um risco aumentado de HBOC. Adicionalmente, foi analisada a mutação germinativa R337H no gene p53 para os casos suspeitos de Síndrome de Li-Fraumeni. Em síntese, o presente estudo contribui com a identificação de uma nova mutação não-sinônina no gene BRCA1 e sugere que o haplótipo 871Leu-1038Gly-1183Arg-1613Gly possa conferir risco aumentado do câncer de mama e/ou ovário em pacientes diagnosticados com HBOC. / About 10% of cases of breast and/or ovary cancer are characterized as hereditary, where the presence of germline mutations in susceptibility BRCA1 gene increases the risk of developing these cancers during womans lifetime. BRCA1 is a tumor suppressor gene involved in DNA damage response, cell cycle control, chromatin remodeling, ubiquitination and transcriptional regulation. The present study aims to characterize BRCA1 gene mutations associated with Hereditary Breast/Ovary Cancer Syndrome (HBOC) in patients from the Cancer Genetic Counseling Service of the General Hospital of the Medical School of Ribeirão Preto, University of São Paulo (HCFMRP-USP). The twenty two coding exons of BRCA1 were analyzed using High Resolution Melting (HRM) method for the screening of point mutations, followed by DNA sequencing of the cases selected to validation. MLPA (Multiplex Ligation-dependent Probe Amplification) technique was also used to detect gross deletions and duplications. Once confirmed the mutation, family members most at risk will be analyzed for the specific mutation in order to provide them with an appropriate genetic counseling for early detection of cancer. In the present study, we investigated 41 patients that fulfilled the criteria for genetic testing according to NCCN Clinical Practice Guidelines in Oncology v.1.2010. A total of 21 mutations were identified, two of them are pathogenic: a deletion of exons 17-18 and a deletion of exon 19. Both of them are located in the BRCT domain of BRCA1 gene, impairing the binding of essential phosphoproteins critical to the activation of DNA repair complex. Another mutation, S616del, shows controversial information about its pathogenesis in different studies.The present study also describes a new mutation, Val1117Ile. A study of haplotypes of the mutations identified in patients was performed and revealed that one of the haplotypes, called 6, containing four mutated residues (871Leu, 1038Gly, and 1183Arg 1613Gly) was present in 50% of patients. The association study with 82 healthy subjects showed a significant difference (p = 0.026) in patients, thus suggesting an increased risk for HBOC. Additionally, the germline mutation R337H on p53 gene was also analyzed in the present study for suspected cases of Li-Fraumeni Syndrome. In summary, this study contributes to the identification of a new missense mutation in the BRCA1 gene and suggests that the haplotype-871Leu-1038Gly 1183Arg-1613Gly may confer increased risk of breast cancer and / or ovarian cancer in patients diagnosed with HBOC.
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Superexpressão simultânea das proteínas HER2 e WIPF2 no câncer de mama / Simultaneous overexpression of HER2 and WIPF2 proteins in breast cancerFranklin Fernandes Pimentel 20 September 2010 (has links)
Introdução: o câncer de mama que apresenta amplificação/superexpressão do HER2 apresenta-se com pior prognóstico e seu amplicon se localiza no locus 17q12-q21. O gene WIPF2, relacionado a motilidade celular, localiza-se no mesmo locus e também se encontra presente no amplicon do HER2. Objetivo: avaliar a superexpressão simultânea do HER2 e WIPF2 através de marcação imunohistoquímica. Métodos: foram selecionados 94 casos de carcinoma ductal invasor de mama, sendo possível a obtenção de material em 87. Foi realizada técnica de microarranjo tecidual e as lâminas foram analisadas. Informações clínicas foram obtidas de prontuário médico. Resultados: após microscopia óptica das lâminas de TMA obtidas e comparação com lâminas convencionais arquivadas, validou-se o método, com bom índice de correlação kappa (0,83 para receptores de estrógeno e 0,84 para receptores de progesterona). Houve associação entre a superexpressão do WIPF2 com casos Ki-67 positivos e em pacientes nuligestas. O grupo HER2 apresentou maior porcentagem de casos WIPF2 positivos em relação ao grupo triplo-negativo à microscopia óptica (66,7% vs. 22,7%, respectivamente; p=0,03). Na análise digital, o perfil molecular HER2 apresentou maior expressão do WIPF2 em relação ao perfil luminal A e ao triplo negativo (23,9 ± 9,0% vs. 14,6 ± 9,0% e 14,2 ± 9,0%, respectivamente; p=0,01). Conclusão: O WIPF2 é mais expresso por tumores com o perfil HER2, assim como se associa a tumores com maior proliferação e tumores em pacientes nulíparas. / Introduction: the breast cancer with amplification/overexpression of HER2 shows worse prognosis and its amplicon is located in the 17q12-21 locus. The gene WIPF2, related to cellular mobility, is located in the same locus and is also present in the HER2 amplicon. Objective: to evaluate HER2 and WIPF2 simultaneous overexpression using immunohistochemistry technique. Methods: we selected 94 invasive ductal carcinoma samples and it was possible to evaluate 87. Tissue microarray has been done and slides analyzed. Clinical informations were obtained from clinical files. Results: after optical microscopy of TMA slides and comparison with conventional slides, the method was validated with a high correlation kappa index (0.83 for estrogen receptors and 0.84 for progesterone receprtors). The WIPF2 overexpression was associated with positive Ki-67 tumors and nuliparous women. The HER2 group presented greater percentage of WIPF2 positive cases when compared with triple-negative group using optical microscopy (66.7% vs. 22.7%, respectively, p=0.03). With the digital analysis, the HER2 group presented greater expression of WIPF2 when compared with luminal A and triple-negative groups (23.9 ± 9.0% vs. 14.6 ± 9.0% e 14.2 ± 9.0%, respectively; p=0.01). Conclusion: WIPF2 is more expressed in the HER2 group tumors. It is also related to high proliferation index and nuliparous women´s tumors.
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