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La noire de... em novela e filme: uma visão da identidade cultural senegalesa / La noire de in novel and film: a vision of cultural identity SenegalOliveira, Glaucia Regina Fernandes de 27 August 2015 (has links)
Na África francófona muitos intelectuais usaram a literatura e o cinema como veículos de exaltação aos valores culturais da terra, de transformação social e política. O escritor e cineasta Sembène Ousmane pode ser considerado um destes intelectuais, uma vez que por meio de uma vasta produção literária e cinematográfica abordou temas recorrentes à sociedade na qual pertencia, fazendo dessas duas artes importantes aliadas no seu percurso de militante. A presente pesquisa visa estudar de que maneira a novela e o filme homônimo La noire de... exprimiram a visão do escritor e cineasta sobre de identidade cultural do Senegal. Para tanto, discutiremos o projeto literário e cinematográfico de Sembène, levando em consideração o contexto político do Senegal e da França. Além disso, discutiremos também o conceito de pós-colonialismo, por entender que esse campo teórico é imperativo para se pensar a identidade cultural senegalesa. / In Francofone Africa lots of intellectuals used literature and film-making as means of exaltation to the lands cultural values, social and political transformation. The writer and film-maker Sembène Ousmane can be considered one of these intellectuals, once through a vast literary and film production brought current issues about the society he belonged to, allying these two important pieces of art in his millitant path. The present research aims to study in which way the novel and the eponymous film La noire de... expressed the vision of this writer and director about the cultural identity of Senegal. Therefore, the literary and film Project of Sembène will be discussed, taking into consideration the political context of Senegal and France. Furthermore, we will also discuss the post-colonialism concept, for understanding that this theoretical field is highly importante to think about the Senegalese cultural identity.
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Entre colonos e colonizados : identidade cingida em Caderno de mem?rias coloniaisVieira, Luciana Guirland 25 August 2017 (has links)
Submitted by Caroline Xavier (caroline.xavier@pucrs.br) on 2017-10-24T12:08:21Z
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Previous issue date: 2017-08-25 / This research starts with the analisys of the portuguese novel Caderno de
mem?rias coloniais (2009), by Isabela Figeuiredo, to consider, at first, about the
dificulty of the elaboration of an identity in the context of the african colonies in the end
of the portuguese empire, just before the independence of those colonies in the 1970s.
From that discussion, I also intend to question the possibility of the formation of an
individual identity in the post-modern and globalized world. As theorical support, I use
the concepts of Margarida Calafate Ribeiro (2004) and Paulina Chiziane (2015) about
the way europeans think of Africa and its people. I also use Montserrat Guibernau
(1997), Anthony Smith (1997) and Ernest Renan ([2016] ideas about national identity.
Also, in the search of an answer to my questions, there is Stuat Hall (2015), with his
concepts about the identity in the post-modern era, and also Homi Bhabha (2014) and
Edward Said (2011) with their concepts about colonialismo and post-colonialism. I start
this discussion, in the first chapter, analysing the intense and complex relationship of
the narrator with her father, in her childhood. He is a typical portuguese colonizer,
extremely racist and sexist, in opposition to his daughter, who has a post-colonial
thought. In this analysis, wich is the base of the research, I use the ideas of Guibernau,
Smith and Renan abou trace and racism, and also the thought of Angela Davis (2017)
and Chiziane about gender questions in association with colonialism and slavery. In the
third chapter I extend the discussion to the retornados, discussing about the difficulty of
the formation of their identity and social integration with the portuguese society. As
source of my research I use interviews and articles published in newspapers. / Esta pesquisa parte do romance portugu?s Caderno de mem?rias coloniais
(2009), de Isabela Figueiredo, para refletir, primeiramente, sobre a dificuldade de
elabora??o de uma identidade no contexto colonial africano no final do imp?rio
portugu?s, ?s v?speras da independ?ncia das col?nias, na d?cada de 1970. A partir dessa
discuss?o, busco tamb?m questionar a possibilidade de forma??o de uma identidade
individual una e coerente no mundo p?s-moderno e globalizado. Como suporte te?rico,
utilizo os conceitos de Margarida Calafate Ribeiro (2004) e Paulina Chiziane (2015)
sobre o olhar europeu em dire??o ? ?frica e seu povo. Fa?o uso tamb?m de Montserrat
Guibernau (1997), Anthony Smith (1997) e Ernest Renan ([2016]), com seu pensamento
sobre identidade nacional. Ainda, na busca por uma resposta aos meus questionamentos,
est?o presentes Stuart Hall (2015), com seus conceitos sobre a identidade na era p?smoderna,
al?m de Homi Bhabha (2014) e Edward Said (2011) sobre colonialismo e p?scolonialismo.
Inicio esta discuss?o, no primeiro cap?tulo, analisando a intensa e
complexa rela??o da narradora, na inf?ncia, com seu pai, um t?pico colono portugu?s,
figura dotada de extremo racismo e machismo, opondo-se ideologicamente ? filha, que
possui uma orienta??o ideol?gica p?s-colonial. Nesta an?lise, que serve de base para a
pesquisa, utilizo conceitos de Guibernau, Smith e Renan sobre ra?a e racismo, al?m de
Angela Davis (2017) e Paulina Chiziane sobre quest?es de g?nero associadas ao
colonialismo e ? escravid?o. No terceiro cap?tulo amplio a discuss?o para os retornados,
debatendo sobre a dificuldade da forma??o de uma identidade e integra??o social ?
sociedade portuguesa. Utilizo como fonte de pesquisa entrevistas e artigos publicados
em peri?dicos.
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“As crianças são as verdadeiras anarquistas” : sobre decolonialidade e infâncias.Coelho, Olivia Pires January 2017 (has links)
As crianças são as verdadeiras anarquistas”? Que peso tem uma “verdade” sobre as crianças? Para ilustrar essa dissertação, questionamos uma “verdade” pichada em um muro. Porque as verdades sobre as crianças estão em todos os lugares, nós, adultos, as escrevemos, as pichamos, as pintamos em todos os lugares. Essas “verdades” estão em livros, em manuais de científicos, em enciclopédias pediátricas, nos currículos e até nas representações artísticas sobre as crianças e sobre as infâncias. Fundamentada nas concepções decolonialistas sobre a infância e as crianças, esta dissertação faz um resgate teórico do pós-colonialismo e da decolonialidade latino-americana, em especial, das produções acerca dos Estudos da Infância e educação das crianças pequenas. Problematizando também uma discussão metodológica a partir das contribuições anarquistas. Apresento possibilidades e limites para discutir (outras) infâncias pelo anarquismo, pela América Latina, pelos territórios (de)colonizados, pela desescolarização, em consonância com os estudos pós-coloniais e decoloniais. / “Are children the real anarchists?” What weight has a "truth" on children? To illustrate this dissertation, we question a "truth" graffitied in a wall. Because truths about children are everywhere, we, adults, write them, graffiti them, paint them everywhere. These "truths" are in books, in scientific manuals, in pediatric encyclopedias, in curriculum, and even in artistic representations about children and childhood. Based on decolonialist conceptions about childhood and children, this dissertation makes a theoretical rescue from postcolonialism and Latin American decoloniality, especially from the contributions on Childhood Studies and early childhood education. Also problematizing a methodological discussion from the anarchist contributions. I present possibilities and limits to discuss (other) childhoods through anarchism, Latin America, colonized territories, unschooling, in line with postcolonial and decolonial studies.
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ECOS MARTIANOS NO DISCURSO PÓS-COLONIAL.Almeida, Amélia Cardoso de 20 February 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-02-20 / This work aims investigate some trainers elements of a peculiar identity project of the
Spanish-American, present in the Cuban José Julián Martí y Perez (1853-1895), great
intellectual and also political leader of the nineteenth century, to identify echoes present in
Martí concepts that dialogue with the area of post-colonial studies. The assumptions of Martí
identity project were linked mainly in their quest for political independence of Cuba, his
homeland, and also for cultural emancipation of which he called Nuestra America , to the
detriment of imported cultural practices in Europe or the United States . Martí such
assumptions are also present in the reviews made by postcolonial theorysts, especially with
the cultural imitation of Latin American post- colonialism, but mostly post- colonial theory of
Indian mother, especially the concepts developed by the Indian theorist Homi K. Bhabha. / Esta dissertação objetiva investigar alguns elementos formadores de um projeto de identidade
peculiar à América hispânica presentes na obra do cubano José Julián Martí y Pérez (1853-
1895), intelectual e líder político do século XIX, para identificar ecos ou cotejamentos de seus
ideais que dialogam com a área dos Estudos Pós-Coloniais. Os pressupostos do projeto
identitário martiano se pautaram principalmente pela independência política de Cuba, sua
pátria, e pela emancipação cultural da por ele denominada Nuestra América , em detrimento
de práticas culturais importadas da Europa ou dos Estados Unidos. Tais pressupostos também
estão presentes nas críticas feitas pelos teóricos pós-coloniais, principalmente a imitação
cultural, tanto na vertente do pós-colonialismo latino-americano, mas, principalmente, na
matriz indiana, nos conceitos desenvolvidos pelo teórico indiano Homí. K. Bhabha.
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Eugênio Tavares: poesia e convenção românticaAntônio Carlos Oliveira Santos 11 April 2008 (has links)
Eugênio Tavares (1867-1930) foi, na sua época, uma personalidade influente no cenário cultural e político caboverdiano, atuando como poeta bilíngüe e jornalista engajado, embora tenha se notabilizado apenas pela sua produção poética em crioulo (mornas). A sua poesia em língua portuguesa dispersa em periódicos e revistas ficou por muito tempo esquecida, vindo a público somente nos anos oitenta, através de uma pesquisa empreendida por Félix Monteiro, da qual um importante corpus foi publicado na revista Raízes nº 17/20. Pretendemos neste trabalho traçar o roteiro biográfico do autor e fazer uma apresentação e leitura de sua poesia em língua portuguesa, ressaltando a sua militância política e a importância dessa obra no panorama literário caboverdiano desse período, como também refletir sobre a relação entre manifestações literárias e o meio social, tendo em vista as convenções estético-formais vigentes no contexto colonial finissecular e suas relações intertextuais com a obra de Eugênio Tavares. / Eugênio Tavares (1867-1930) was an influential personality in the political and cultural Cape verdean scenarium. He was a bilingual poet and he was also an engaged journalist, although he had been distinguished only by his poetic production in creole (mornas). His poetry in portuguese language, scattered in journals and magazines, has been forgotten for a long time. It appear only in the 80th, through a undertaken research by Félix Monteiro, who published an important corpus in the Raízes review nº17/20. In this work, we intent is to draw the authors biographic route and to make a presentation and reading his poetry in portuguese language, pointing out his political militancy, the importance of the his words in the Cape verdean literary panorama, besides to reflect about the relationchip between literary manifestation and social environment, having in view the esthetic-formal conventions in the fin-de-siecle colonial context and their intertextual relations to the Eugênio Tavares words.
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Relações raciais e segregação urbana : trajetórias negras na cidade /Panta, Mariana. January 2018 (has links)
Orientador: José Geraldo Alberto Bertoncini Poker / Banca: Kabengele Munanga / Banca: Maria Nilza da Silva / Banca: Giovanni Allegretti / Banca: Maria Valéria Barbosa / Resumo: Este estudo tem como problema central os processos históricos e sociais que têm impelido para os territórios marginalizados de diversas cidades brasileiras a população negra, estigmatizando fortemente esse grupo social e os lugares nos quais ele está presente em maiores proporções. Em virtude disso, este trabalho se propõe a analisar características dos processos de segregação urbana da população negra em Londrina, Paraná, assim como algumas de suas interfaces, sobretudo aquelas relacionadas aos estigmas territoriais, à discriminação racial e às violências. Para compreender esse fenômeno, seguimos as contribuições epistemológicas pautadas na ecologia de saberes, que busca combinar, de modo horizontal, diferentes formas de conhecimento. Deste modo, além da discussão teórica, a pesquisa tem como base entrevistas qualitativas realizadas com pessoas negras que habitam territórios segregados da cidade. A atenção maior volta-se para dois bairros: o Jardim União da Vitória (zona sul), o maior assentamento urbano de Londrina; e o Residencial Vista Bela (zona norte), conjunto habitacional reconhecido como um dos maiores canteiros de obras do Programa "Minha Casa Minha Vida", do Governo Federal. As análises foram empreendidas à luz tanto de teorias relevantes que abordam concepções sobre raça e espaço urbano, quanto dos diálogos com reflexões decoloniais. Os resultados deste estudo indicam que os mecanismos que operam na produção da segregação urbana da população negra em Londrina são ... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: This study has as its central problem the historical and social processes that have pushed the black population to the marginalized territories of several Brazilian cities, strongly stigmatizing this social group and the places in which it is present in greater proportions. As a result, this paper proposes to analyze theoretically and empirically the characteristics of the processes of urban segregation of the black population in Londrina, Paraná, as well as some of its interfaces, especially those related to territorial stigmas, racial discrimination and violence. To understand these phenomena, we follow the epistemological contributions based on the ecology of knowledge, which seeks to combine, horizontally, different forms of knowledge. Thus, in addition to the theoretical discussion, the research is based on qualitative interviews with black people living in segregated territories of the city. The greater attention is directed towards two districts: Jardim União da Vitória (south zone), the largest urban settlement in Londrina; and the Residencial Vista Bela (northern area), a housing complex recognized as one of the largest construction sites of the "Minha Casa Minha Vida" Program of the Federal Government. The analyzes were undertaken in the light of both relevant theories that deal with conceptions about race and urban space, as well as dialogues with decolonial reflections. The results of this study indicate that the mechanisms that operate in the production of urban ... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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Do corpo colonizado ? linguagem do "avesso" na Am?rica Latina : pap?is dos testemunhos cartogr?ficos para uma justi?a de transi??oOliveira, Roberta Cunha de 20 December 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-12-20 / En el trabajo presente de maestr?a, adentro de la l?nea de pesquisa sobre Violencia, Crimen y Seguridad Ciudadana, del Programa de Posgrado en Ciencias Criminales de la Pontificia Universidad Cat?lica de Rio Grande del Sur/PUCRS, se busca analizar el papel de los testigos en los mecanismos de justicia de transici?n, en Argentina y sus influencias posibles para el caso brasile?o. A trav?s de narrativas plurales de los traumas que ayudan a cambiar el concepto de la muerte impuesta por el terrorismo de Estado, producto de las dictaduras c?vico-militares en el Cono Sur, el objetivo de la investigaci?n es reflexionar sobre el lugar o espacio para los testimonios, en estos procedimientos. Adem?s, verificar la posibilidad de la reconstrucci?n del "rostro colectivo" en estos pa?ses, por la incorporaci?n de los silencios y de las identidades individuales sometidas por el terrorismo de Estado, a trav?s de los modelos cr?ticos culturales del pensamiento autoritario, desde la formaci?n de las sociedades de Latinoam?rica, en particular con relaci?n a la forma del pensamiento colonial. Por lo tanto, el proceso penal bajo la mirada de la responsabilidad, no solamente del castigo, puede ser un escenario/ teatro de lo pol?tico, para hacer posible la devoluci?n del status jur?dico a las v?ctimas. Si bien, el proceso de reparaci?n, trabajando con el reconocimiento de las v?ctimas y el rescate de los "deseos" y de sus historias prohibidas, tambi?n permite su reinserci?n en la escena social. En cuanto al espacio de los testigos y sus temporalidades, la situaci?n de los procesos penales en Argentina, ha contribuido a pensar acerca del proceso represivo, mientras que hace oficial la mirada de las v?ctimas, promueve el debate en p?blico, contribuye a la construcci?n de la justicia como reconocimiento dentro de una "ecopol?tica del deseo", no solo en el plano del testimonio legal, muy limitado a una evidencia probatoria. Por otra parte, hay sentimientos y emociones que surgen en el ritual legal, porque son momentos donde se hace presente la narrativa colectiva del trauma experimentado; sin embargo, ello es una experiencia m?s rica en la transmisi?n de su car?cter pedag?gico, que la producida por la prueba judicial. Mientras tanto, en Brasil, hay un avance significativo en las pol?ticas p?blicas de memoria y reparaci?n para las v?ctimas, por intermedio del trabajo de las Comisiones especiales de reparaci?n hacia la instalaci?n de la Comisi?n Nacional de la Verdad, hechos que no descalifican el procedimiento brasile?o, pero ponen en cuesti?n en el cotidiano -la posibilidad para responsabilizar individualmente los agentes del Estado que cometieron cr?menes de lesa humanidad durante la dictadura de 1964-1985. Por supuesto que las palabras, su lenguaje, mucho de ello, entre lo dicto y lo no dicto, quedase externo al testimonio; sin embargo, hay una apertura hacia el proceso de escucha en los dos pa?ses, que de por s? ya ha adquirido rasgos terap?uticos. / No presente trabalho, apresentado dentro da linha de concentra??o Viol?ncia, Crime e Seguran?a P?blica, do Programa de P?s-gradua??o em Ci?ncias Criminais da Pontif?cia Universidade Cat?lica do RS, intenta-se analisar o papel dos testemunhos dentro de mecanismos da Justi?a de transi??o, na Argentina e suas poss?veis influ?ncias para o caso Brasileiro. Por meio de narrativas plurais dos traumas sofridos, que ajudam a transformar a concep??o da morte imposta pelo terror estatal, promovido pelas ditaduras civis militares no Cone Sul, o objetivo da pesquisa ? a reflex?o acerca do espa?o ou lugar dado ao testemunho nestes procedimentos. Al?m disso, analisar a possibilidade de reconstru??o do rosto coletivo nestes pa?ses, pela transposi??o dos sil?ncios individuais e das identidades deterioradas pelo terrorismo de Estado, atrav?s da cr?tica aos modelos culturais de pensamento autorit?rio, que estruturaram a forma??o das sociedades latino-americanas, em especial, em rela??o ao modo e ao pensamento colonial. Dessa forma, o processo penal sob a ?tica da responsabiliza??o e n?o da puni??o pode se constituir em palco/teatro pol?tico para a devolu??o do estatuto jur?dico das v?timas. Enquanto que o processo de repara??o, por trabalhar com o reconhecimento das v?timas e o resgate dos desejos e das hist?rias proibidas, tamb?m permite a sua reinser??o no cen?rio social. Quanto ao espa?o dos testemunhos e suas temporalidades, a situa??o dos julgamentos penais na Argentina, tem contribu?do para a maneira de se pensar o processo repressivo, pois, oficializa a vers?o das v?timas, propicia o debate no ?mbito p?blico, contribui na constru??o da justi?a como reconhecimento dentro de uma eco pol?tica do desejo ; n?o se restringindo apenas ? esfera do testemunho jur?dico, bastante limitado ? necessidade probat?ria. Ademais, h? sentimentos e emo??es que afloram dentro do pr?prio ritual jur?dico, porque, est?-se a narrar coletivamente os traumas vivenciados, o que constitui uma transmiss?o da experi?ncia mais rica, em seu car?ter pedag?gico, do que aquela produzida pela prova jur?dica. J? no Brasil, h? um avan?o significativo nas pol?ticas p?blicas de mem?ria e repara??o das v?timas, desde os trabalhos das Comiss?es especiais de repara??o at? a instala??o da Comiss?o Nacional da Verdade, fatos que n?o desqualificam o procedimento brasileiro, mas, colocam em pauta - no cotidiano - a possibilidade da responsabiliza??o individual aos agentes do Estado, que praticaram crimes contra a humanidade, durante a ditadura de 1964-1985. Por ?bvio, que nas palavras, na linguagem, muito do dito, fica externo ao testemunho, entretanto, nota-se uma abertura ao processo de escuta em ambos os pa?ses, o que em si, j? adquire tra?os terap?uticos.
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Governando o Haiti : colonialidade, controle e resist?ncia subalternaDalberto, Germana 26 February 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-02-26 / This thesis is dedicated to understanding the relationships of coloniality that have operated government practices during and after the colonization of Haiti, showing the control techniques imposed by the intervening governments and the Haitian resistance struggles in response to the colonial violence. We seek to explore, in the central episodes of Haitian history, the successive security and criminalization policies undertaken by numerous foreign occupations, which, under the guise of chaos and proclaiming the need to restore order in a country of Blacks unable to govern themselves (Pierre-Charles. 1977:183), land their troops and proceed to the military/police occupation of the land, intimidating the movement of Haitian masses. As in colonial times, recent interventions make use of an ethnocentric discourse on the crisis of the Haitian state institutions, especially the ones related to public security, to legitimize and combat the threat that a country without a strong criminal apparatus represents, according to the Western model, to international security. We explore new criminological possibilities, incited by the concept of coloniality of power to understand the control techniques and the violence imposed during and after the Haitian colonization. We are interested in thinking about these practices of oppression from the standpoint of those who suffered their effects, focusing on how the security apparatus were instrumentalized/shaped by colonization policies aiming to deepen the colonial split and the binary logic inherent to them. Finally, we explore how relations of coloniality are established and invigorated by the security policies of the United Nations. We seek to understand how the UN program aimed at establishing Western institutions of crime control in unstable and unsafe countries is part of a wider movement for democratization/pacification of peripheral governments, led and intensified by the international security regime after the Cold War. We discuss how these pro-democracy interventions were made in the haitian nation, with special focus on the governance techniques implemented by the United Nations Mission for the Stabilization of Haiti (MINUSTAH). / Esta disserta??o dedica-se a compreender as rela??es de colonialidade que t?m operado as pr?ticas de governo durante e ap?s a coloniza??o do Haiti, evidenciando as t?cnicas de controle impostas pelos governos intervenientes e as lutas de resist?ncia levantadas pelos haitianos em resposta ? viol?ncia colonial. Buscamos explorar, nos epis?dios centrais da hist?ria haitiana, as sucessivas pol?ticas de seguran?a e criminaliza??o empreendidas pelas numerosas ocupa??es estrangeiras, que, sob o pretexto do caos e proclamando a necessidade de restaurar a ordem em um pa?s de negros incapazes de se governarem (Pierre-Charles, 1977:183), desembarcam suas tropas e procedem ? ocupa??o militar/policial do terreno, intimidando sob todas as formas o movimento das massas haitianas. Como no tempo colonial, as recentes interven??es valem-se de discursos etnoc?ntricos sobre a crise das institui??es do Estado haitiano, especialmente as de seguran?a p?blica, para se legitimarem e combaterem a amea?a que um pa?s sem aparatos penais fortes representaria, conforme o modelo ocidental, ? seguran?a internacional. Procuramos explorar as novas possibilidades criminol?gicas, incitadas pelo conceito de colonialidade do poder, de compreender as t?cnicas de controle e as viol?ncias impostas durante e ap?s a coloniza??o haitiana. Interessa-nos pensar essas pr?ticas de opress?o a partir dos que sofreram seus efeitos, procurando descrever como os aparatos de seguran?a foram instrumentalizados/moldados pelas pol?ticas de coloniza??o com o objetivo de aprofundar a cis?o colonial e o binarismo que lhes s?o inerentes. Ao final, exploramos como as rela??es de colonialidade s?o estabelecidas e revigoradas pelas pol?ticas de seguran?a das Na??es Unidas. Busca-se compreender como o programa da ONU voltado ao estabelecimento de institui??es ocidentais de controle do crime em pa?ses inst?veis e inseguros, se insere num amplo movimento de democratiza??o/pacifica??o de governos perif?ricos, conduzidos e intensificados pelo regime de seguran?a internacional ap?s o fim da Guerra Fria. Abordamos como essas interven??es pr?-democracia se fizeram na na??o haitiana, com enfoque especial nas pr?ticas de governo implementadas pela Miss?o das Na??es Unidas para a Estabiliza??o do Haiti (MINUSTAH).
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Olhar africano: aspectos da África ao sul do Saara na vida de africanos residentes em São PauloSilva, Alessandro Ferreira da 15 October 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-10-15 / This dissertation is about the history of black and non-black Africans who are in São Paulo and lived through the process of impendence in their original countries. These people carry in their living important memories about this period of African history, as well as ancient cultural practices, which are present in the many black-African cultures. These are presented in the many personal narratives and bring some light to rituals such as the cult of the ancestors, the existence of large kin and rites of passage, as discussed by Leite (2008). Likewise, the use of memory-based narratives is theoretically based on the works by Halbwachs (2004), Bosi (1999) and Pollak (1989, 1992) who argue that memory is a rich source of data, as legitimate as writing. Here, I analyse these "African voices" aiming at contributing to deconstruction of an Africa that was invented through centuries of stereotypes created to justify the exploitation made upon her territory, people and the Diaspora, which were determinants to the establishment of racism against the black people and their impoverishment. Throughout my research, I perceived the existence of some room for privileges in some colonies as Mozambique and Angola, those characterised by the absence of black population. One of the most important outcomes of this research is the fact that the collapse of the colonial world left deep scars in the memory of my interviewees. Such scars may be credited to the social space each of them occupied in this colonial world. If, on one hand the end of the colonial world brought sadness and a feeling of loss, on the other, it brought, for many others, the hope of changes / Esta dissertação versa sobre a História de Vida de africanos negros e não negros residentes em São Paulo que vivenciaram o processo de Independência ou pós-independência de seus países. Pessoas que trazem na memória vivências reveladoras de aspectos importantes da história africana no período mencionado, bem como práticas ancestrais presentes nas várias culturas negro-africanas e percebidas nos relatos que revelam, entre outros, o culto aos ancestrais, a existência da família extensa e os ritos de iniciação, fundamentados teoricamente por Leite (2008). Nesse sentido, o uso das narrativas construídas com base na memória tem como embasamento teórico os trabalhos de Halbwachs (2004), Bosi (1999) e Pollack (1989, 1992) que apontam ser a memória uma seiva social riquíssima e tão legítima quanto a escrita. Analiso essas vozes africanas com o intuito de contribuir com a desconstrução de uma África inventada ao longo de séculos de estereotipias criadas para justificar a exploração praticada sobre o território, seu povo e os filhos da diáspora, e que foram determinantes para a construção do racismo contra o negro e o seu empobrecimento material. Ao longo da pesquisa foi observada a existência de espaços de privilégios nas colônias de Moçambique e Angola, sendo esses marcados pela ausência da população negra, destinada ao espaço indígena, como eram chamados pejorativamente. Têm-se como uma das principais observações feitas, ao término do trabalho, o fato de que o desmoronamento do mundo colonial deixara marcas profundas na memória dos entrevistados, determinadas pelo espaço que cada um ocupava no mundo colonial. E esse acontecimento, se por um lado representou tristeza e sentimento de perda para uns, em contrapartida trouxe esperança de mudanças para outros
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Olhar africano: aspectos da África ao sul do Saara na vida de africanos residentes em São PauloSilva, Alessandro Ferreira da 15 October 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-10-15 / This dissertation is about the history of black and non-black Africans who are in São Paulo and lived through the process of impendence in their original countries. These people carry in their living important memories about this period of African history, as well as ancient cultural practices, which are present in the many black-African cultures. These are presented in the many personal narratives and bring some light to rituals such as the cult of the ancestors, the existence of large kin and rites of passage, as discussed by Leite (2008). Likewise, the use of memory-based narratives is theoretically based on the works by Halbwachs (2004), Bosi (1999) and Pollak (1989, 1992) who argue that memory is a rich source of data, as legitimate as writing. Here, I analyse these "African voices" aiming at contributing to deconstruction of an Africa that was invented through centuries of stereotypes created to justify the exploitation made upon her territory, people and the Diaspora, which were determinants to the establishment of racism against the black people and their impoverishment. Throughout my research, I perceived the existence of some room for privileges in some colonies as Mozambique and Angola, those characterised by the absence of black population. One of the most important outcomes of this research is the fact that the collapse of the colonial world left deep scars in the memory of my interviewees. Such scars may be credited to the social space each of them occupied in this colonial world. If, on one hand the end of the colonial world brought sadness and a feeling of loss, on the other, it brought, for many others, the hope of changes / Esta dissertação versa sobre a História de Vida de africanos negros e não negros residentes em São Paulo que vivenciaram o processo de Independência ou pós-independência de seus países. Pessoas que trazem na memória vivências reveladoras de aspectos importantes da história africana no período mencionado, bem como práticas ancestrais presentes nas várias culturas negro-africanas e percebidas nos relatos que revelam, entre outros, o culto aos ancestrais, a existência da família extensa e os ritos de iniciação, fundamentados teoricamente por Leite (2008). Nesse sentido, o uso das narrativas construídas com base na memória tem como embasamento teórico os trabalhos de Halbwachs (2004), Bosi (1999) e Pollack (1989, 1992) que apontam ser a memória uma seiva social riquíssima e tão legítima quanto a escrita. Analiso essas vozes africanas com o intuito de contribuir com a desconstrução de uma África inventada ao longo de séculos de estereotipias criadas para justificar a exploração praticada sobre o território, seu povo e os filhos da diáspora, e que foram determinantes para a construção do racismo contra o negro e o seu empobrecimento material. Ao longo da pesquisa foi observada a existência de espaços de privilégios nas colônias de Moçambique e Angola, sendo esses marcados pela ausência da população negra, destinada ao espaço indígena, como eram chamados pejorativamente. Têm-se como uma das principais observações feitas, ao término do trabalho, o fato de que o desmoronamento do mundo colonial deixara marcas profundas na memória dos entrevistados, determinadas pelo espaço que cada um ocupava no mundo colonial. E esse acontecimento, se por um lado representou tristeza e sentimento de perda para uns, em contrapartida trouxe esperança de mudanças para outros
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