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Transtorno de estresse pós-traumático associado ao abuso e dependência de álcool e drogas: estudo de uma amostra da população da Região Metropolitana de São Paulo / Post-traumatic stress disorder associated with alcohol and drug abuse and dependence: study of a sample of household residents in the São Paulo Metropolitan AreaDantas, Heloisa de Souza 11 September 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) se caracteriza pelo desenvolvimento de sintomas específicos após a ocorrência de um evento traumático intenso, envolvendo a participação direta ou não do indivíduo. A prevalência do TEPT na população pode variar entre 1,4% e 11,2% na vida, sendo que mulheres apresentam uma vulnerabilidade maior para o transtorno, apesar dos homens geralmente serem expostos a um número maior de eventos traumáticos. Além de trazer inúmeros prejuízos na vida do sujeito, observam-se altas taxas de comorbidade entre TEPT e Abuso e Dependência de Álcool e Drogas (ADAD), o que por sua vez está associado a níveis mais graves de psicopatologia, maior comprometimento do funcionamento social global, uso mais freqüente de serviços de saúde e pior resposta ao tratamento. OBJETIVOS: 1) examinar a distribuição de eventos traumáticos e a prevalência de TEPT e ADAD de acordo com o gênero dos indivíduos, 2) identificar a prevalência de TEPT por tipo de evento traumático e o risco condicional de TEPT entre homens e mulheres, 3) examinar a existência de comorbidade entre TEPT e ADAD e 4) verificar as associações entre diferentes tipos de eventos traumáticos e ADAD quando são levados em conta no modelo número de traumas, categorias de eventos traumáticos e fatores sócio-demográficos (gênero, idade, anos de escolaridade, estado civil e renda), controlando para o TEPT. MÉTODOS: estudo de corte transversal com uma amostra representativa da região metropolitana de São Paulo (n=2.942). O trabalho é um subprojeto do São Paulo Megacity, parte de uma iniciativa internacional coordenada pela Organização Mundial de Saúde (World Mental Health Survey). As análises utilizaram dados dos módulos de Abuso de Substâncias e Transtorno de Estresse Pós Traumático do Composite International Diagnostic Interview (CIDI) desenhada para produzir diagnósticos do CID-10 e do DSM-IV. A análise estatística utilizou o programa Statistical Analysis System (SAS). Foram aplicados algoritmos às respostas dos módulos clínicos para identificação diagnóstica e as taxas de prevalência foram calculadas em porcentagens, assim como os erros-padrão. Ainda foram levantados os traumas que ocasionaram o TEPT, bem como os riscos condicionais para o desenvolvimento do transtorno. Foram realizadas análises de regressão logística simples para verificar a comorbidade entre TEPT e ADAD e regressões logísticas múltiplas para explorar as associações entre TEPT e ADAD. RESULTADOS: a prevalência de TEPT na vida foi de 3,2% (EP=0,2) e no último ano de 1,6% (EP=0,2). 4,6% das mulheres e 1,6% dos homens desenvolveram o transtorno na vida (OR 3; IC 95% 1,8-4,9); dentre a população com TEPT, o principal fator que desencadeou o transtorno foi morte inesperada de um ente os principais riscos condicionais para o desenvolvimento de TEPT para a população feminina foram agressão sexual e estupro e para a população masculina, sequestro relâmpago e estupro; foi identificada comorbidade entre TEPT e ADAD, porém houve diferença entre homens e mulheres de acordo com o padrão de consumo de substâncias (dependência e abuso) e categoria de substâncias psicoativas (álcool e drogas); o número de traumas é um fator diretamente associado ao ADAD, sendo que a categoria de eventos envolvendo violência intencional mostrou-se associada a todos os padrões de abuso e dependência de álcool e drogas. CONCLUSÕES: foi identificada comorbidade entre TEPT e ADAD, sendo o número de traumas e a categoria de eventos envolvendo violência intencional particularmente importantes na associação com o ADAD. / INTRODUCTION: Post-Traumatic Stress Disorder (PTSD) is characterized by the development of specific symptoms after an intense traumatic event that affects the person directly or indirectly. The lifetime prevalence of PTSD ranges from 1.4% to 11.2%. Women are more vulnerable than men, although men experience more lifetime traumatic events. Other than causing a number of problems in someone´s life, there are high comorbidity rates between PTSD and substance abuse and dependence (SAD), which in turns is associated with worse psychopathological conditions, lower levels of social functioning, more frequent utilization of health care services and worse treatment outcomes. OBJECTIVES: to examine the distribution of traumatic events and the prevalence of PTSD and alcohol/drug abuse and dependence; to examine the distributions of PTSD cases across different types of traumatic events and to investigate the conditional risk of PTSD in females and males; to examine the comorbidity between PTSD and SAD, and to verify the associations between number and different categories traumatic events and SAD when controlling for PTSD. METHODS: cross-sectional study with a probabilistic sample of household residents in the Sao Paulo Metropolitan Area (n=2.942). The study is a subproject of the São Paulo Megacity, a counterpart of an international initiative coordinated by the World Health Organization (World Mental Health Survey). The analysis were based in the substance abuse and PTSD sections of the Composite International Diagnostic Interview (CIDI), created to generate diagnoses of the CID-10 and the DSM-IV. The statistical analyses were calculated by the Statistical Analysis System (SAS) software. Prevalence of the diagnosis and their standard errors were calculated, as well as the traumatic events that led to PTSD cases and the conditional risk of PTSD. A series of simple logistic regressions were performed to examine the comorbidity between PTSD and SAD. Multiple regressions were conducted to examine the associations between number and categories of traumas and SUD after controlling for PTSD. RESULTS: lifetime PTSD prevalence was 3.2% (SE=0.2) and last year´s prevalence was 1.6% (SE=0,2). 4.6% of women versus 1.6% of men had lifetime PTSD prevalence (OR 3,0; CI 95% 1.8-4.9); among the PTSD group, the most frequent traumatic event associated with the disorder was sudden unexpected death of relative or/friend ;in females,sexual assault and rape were associated with the highest conditional risk of PTSD and and rape were associated with the highest conditional risk of PTSD in males; comorbidity between PTSD and SAD was found in the sample, however there were differences between males and females related to the pattern of consumption (dependence and abuse) and type of substance (alcohol and drug); in the multiple regression models, number of traumatic events and interpersonal violence were strongly associated with SAD. CONCLUSIONS: comorbidity between PTSD and SAD was found in the sample, and alcohol abuse and number of traumatic events and well as the category of events involving interpersonal violence were particularly important in the association with PTSD
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Os aspectos psicopatológicos e fenomenológicos do transtorno de escoriação / Psychopathological and phenomenological features associated with excoriation disorderElen Cristina Batista de Oliveira 08 November 2018 (has links)
Introdução: O Transtorno de Escoriação (TE) é caracterizado pelo comportamento repetitivo e excessivo de escoriar a pele saudável, resultando em dano tecidual e significativo sofrimento, associado a ânsia incontrolável e falha em controlar tal comportamento repetitivo. Atualmente o TE é classificado na seção de transtornos relacionados aos Transtornos Obsessivo-compulsivos (TOC) da 5ª edição do Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (DSM). No entanto, ainda existem debates a respeito da sua classificação, se o mesmo está relacionado a transtornos relacionados ao TOC, ou se é melhor conceituado como uma dependência comportamental. Objetivos: O presente estudo comparou um grupo de indivíduos com TE com dois paradigmas dos transtornos obsessivo-compulsivos, i.e., TOC, e dos transtornos impulsivo-aditivos, i.e., Transtorno do Jogo (TJ), analisando suas características sociodemográficas, clínicas, categorias diagnósticas, perfil de comorbidades, sintomas obsessivo-compulsivos, traços impulsivos e atributos de personalidade. O objetivo de tal comparação foi avaliar se o TE estaria mais relacionado aos transtornos relacionados ao TOC ou ao TJ. Métodos: Participaram do estudo 121 pacientes, que procuraram o tratamento no Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo (HCFMUSP), Brasil. Do total de 121 participantes, 40 foram diagnosticados com TE, 41 com TOC e 40 com TJ. Foram utilizadas entrevistas clínicas estruturadas para diagnosticar e comparar os três grupos na sobreposição diagnóstica e nas comorbidades psiquiátricas atuais, e escalas de autopreenchimento padronizadas para avaliar os sintomas dimensionais e comparar os três grupos em análise dimensional. Resultados: O grupo TE apresentou maior preponderância de mulheres, mais jovens e com maior instrução acadêmica. Na análise categorial TE se aproximou, significativamente, mais de TOC (n = 14) do que de TJ (n = 3), se sobrepondo ao primeiro. Os grupos TE e TOC também foram mais propensos a apresentar outros Comportamentos Repetitivos Focados no Corpo (CRFC) e transtornos ansiosos em geral. A presença de CRFC diferenciou TE de TJ, por outro lado, TE se diferenciou de TOC pela presença de comportamentos aditivos. A análise dimensional demonstrou que TE se apresenta como um modelo híbrido de obsessividade-compulsividade e impulsividade. Finalmente, a análise de correlação mostrou que os escores de obsessividade-compulsividade e impulsividade não foram correlacionados à gravidade dos sintomas de escoriação da pele. Discussão: Os dados da análise categorial apoiam a classificação de TE como um transtorno correlato ao TOC. Já os achados das análises dimensionais sugerem que uma apresentação psicopatológica híbrida de TE, contendo tanto elementos obsessivo-compulsivos, como com traços impulsivos. No entanto, nenhum desses aspectos foram correlacionados à gravidade dos sintomas de escoriação no grupo TE, sugerindo que o comportamento de escoriação da pele é independente desses fatores nestes indivíduos. O conjunto de tal apresentação sucinta a alocação de TE junto ao grupo dos chamados CRFC. Conclusão: TE apresenta um perfil demográfico e clínico próprios. TE e TOC compartilham mais similaridades no perfil de comorbidades psiquiátricas do que TJ, a maioria baseada nos transtornos ansiosos. Por outro lado, TE se diferencia de TOC, por uma associação mais frequente com os transtornos aditivos. TE apresentou níveis intermediários de compulsividade e impulsividade na abordagem dimensional. O comportamento de escoriação não mostrou correlação relevante com as medidas dimensionais de compulsividade nem impulsividade. TE, de uma forma geral, teve uma associação robusta com os outros CRFC, diferenciando-se de TOC e de TJ. TE poderia ser classificado em uma sessão à parte juntamente com outros CRFC / Introduction: Excoriation Disorder (ED) is characterized by repetitive and excessive picking on healthy skin, resulting in significant skin damage and psychological distress associated with uncontrollable urge and failure to control this repetitive behavior. ED is currently classified under the Obsessive-compulsive and Related Disorders (OCRD) section of the Diagnostic and Statistics Manual of Mental Disorders - 5th edition. Nevertheless, there is still no consensus whether ED is more closely related to OCRDs or it would be better conceptualized as a behavioral addiction. Objectives: Compare ED patients with two paradigms of obsessive-compulsive disorders (OCD) and impulsive-addictive disorders (gambling disorder), analyzing their sociodemographic and clinical characteristics, diagnostic categories, comorbidity profile, obsessive-compulsive symptoms, impulsive traits, and personality features. The purpose of this comparison was to assess whether ED was more related to OCD-related disorders (OCDRD) or to behavioral addictions, e.g., Gambling Disorder (GD). Methods: Study participants were 121 patients seeking treatment at Instituto de Psiquiatria (IPq), Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade Sao Paulo (HCFMUSP), Sao Paulo, Brasil. Of the 121 participants, 40 were diagnosed with ED, 41 with OCD, and 40 with GD. Structured clinical interviews were used to diagnose and compare the three groups in diagnostic overlap and current psychiatric-comorbidities, and standardized self-reports were used to evaluate the dimensional variables. Results: Participants in the ED group were more likely to be women, young, and with higher levels of education compared with those of the other groups. In the categorical analysis, ED was more significantly approached to OCD (n=14) than to GD (n=3), overlapping the first. In general, ED and OCD were also more likely to exhibit other body-focused repetitive behaviors (BFRB) and anxiety disorders. The presence of BFRB differentiated ED from GD. In contrast, ED differed from OCD by the presence of addictive behaviors. The dimensional analysis found that ED is a hybrid model of obsessive-compulsivity and impulsivity. Discussion: Categorical analysis supports the classification of ED as OCDRD; however, ED presented differences that may share underlying characteristics with OCD (e.g., compulsivity) and behavioral addiction (e.g., impulsivity). Dimensional analysis suggests a heterogeneous psychopathological in ED with both obsessive-compulsive and impulsive features. Correlation analysis shows that obsessive-compulsivity and impulsivity scores were not correlated to skin excoriation severity symptoms. The overall viewpoints to the allocation of ED points to its own diagnostic category, that is, Body-focused Repetitive Behaviors (BFRB). Conclusion: ED shows a peculiar demographic and clinical profile. ED and OCD share more similarities in the profile of psychiatric comorbidities than GD, mostly based on anxiety disorders. In contrast, ED differs from OCD by a more frequent association with addictive disorders. ED presented intermediate levels of compulsivity and impulsivity between OCD and GD in the dimensional approach. The excoriation behavior showed no relevant correlation with dimensional measures of compulsivity or impulsivity
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Jogo patológico no gênero feminino : características clínicas e de personalidade / Female pathological gambling: clinical and personality featuresMartins, Silvia Saboia 01 August 2003 (has links)
O número de mulheres com problemas relacionados ao jogo vem experimentando grande crescimento nos últimos anos, a exemplo do que ocorre na dependência de álcool e de outras drogas Esse aumento, de acordo com estudos anteriores, pode ser creditado a variados fatores: a universalização de jogos mais acessíveis para as mulheres (que geram menor preconceito social), como o bingo eletrônico; o fato de mulheres utilizarem o jogo como válvula de escape para as tensões cotidianas e para eventuais crises depressivas; uma progressão média mais rápida (telescoping effect - T.E.) do jogar social ao jogar patológico para mulheres do que para homens. Embora identificado em vários estudos, o T.E. existente em mulheres não foi devidamente analisado em suas possíveis origens. Com vistas a elucidar essa questão, esta tese busca possíveis diferenças entre os gêneros que expliquem o T.E. e que possam ser relevantes para o manejo e tratamento do JP. Comparamos 78 mulheres e 78 homens jogadores patológicos quanto a características sócio-demográficas e clínicas, existência de comorbidades psiquiátricas, preferência por tipo de jogo, personalidade, e perfil de comportamentos de risco. Os instrumentos utilizados no estudo foram: para diagnóstico, a SOGS (South Oaks Gambling Screen) e os critérios diagnósticos do DSM-IV para Jogo Patológico (JP); para investigação de comorbidade, o SCAN (Schedules for Clinical Assessment in Neuropsychiatry); para estudo de personalidade, o Inventário de Temperamento e Caráter e a Barratt Impulsiveness Scale. Constata-se que há uma maior proporção de solteiros entre as jogadoras do que entre os jogadores, e que jogadoras começam a jogar e têm problemas com jogo com mais idade do que os jogadores. Uma maior proporção de jogadoras do que jogadores preferem jogos eletrônicos e mais jogadoras do que jogadores jogam por escapismo. Mais jogadores têm diagnóstico de abuso/dependência de álcool, ao passo que mais jogadoras têm diagnóstico de depressão. Para um curso acelerado de JP contribuem significativamente, além do gênero, o fato se iniciar com mais idade na atividade de jogar e a preferência por jogos eletrônicos características que, como já se mencionou, estão mais associadas a jogadoras que a jogadores. As diferenças clínicas observadas entre os gêneros levam à necessária conclusão de que essa variável tem que ser considerada para a elaboração de estratégias de prevenção e tratamento de JP, pois são justamente as jogadoras (que apresentam uma progressão mais rápida para dependência, com menor intervalo para uma possível ação preventiva), o grupo que mais resiste a procurar ajuda junto a profissionais de saúde ou a grupos de Jogadores Anônimos (J.A.). / Over the last years, more women are having gambling problems, similar to what has happened in alcohol and drug addiction. This phenomenon, according to previous studies, can be related to different variables: the growth of new gambling venues with increased access for women, such as electronic bingo venues, the fact that women gamble to escape from problems and to minimize depression, and a faster progression (telescoping effect- T.E.) of social gambling to pathological gambling (PG) in women. Even though the T.E. has been identified in different studies, little has been done to investigate its causes. As an effort to clarify this matter, this thesis investigates possible gender differences that might explain T.E. and that might be important for prevention and treatment strategies of PG. We compare 78 male and 78 female gamblers regarding: sociodemographic characteristics, clinical features, psychiatric comorbidities, personality and game preferences; and risk-taking behaviors. Pathological gamblers were assessed for diagnosis through the SOGS (South Oaks Gambling Screen) and the DSM-IV criteria for PG; the SCAN (Schedules for Clinical Assessment in Neuropsychiatry) was used to investigate psychiatric comorbidity; and the TCI (Temperament and Character Inventory), and the BIS (Barratt Impulsiveness Scale version 11) were used to investigate personality features. More females are single; females start gambling and have gambling problems later in life than males. More females prefer electronic games and gamble to escape from problems. Males have more diagnosis of alcohol abuse/dependence, while females have more diagnosis of depression. Besides gender, starting to gamble later in life and preference for electronic games both features associated to female gamblers, are responsible for T.E. in PG. The clinical differences observed between genders lead to the conclusion that this variable should be considered in prevention and treatment strategies for PG. It must be remembered that female gamblers, who effectively have a faster progression to PG - which reduces the window for prevention - , are the ones who resist to seek professional treatment for PG or Gamblers Anonymous (G.A.) groups.
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Prevalência da Comorbidade entre Transtornos Mentais Graves e Transtornos Devido ao Uso de Substâncias Psicoativas em São Paulo, Brasil. / Prevalence of comorbidity between severe mental illnesses and substance use disorders in São Paulo, BrazilRatto, Lilian Ribeiro Caldas 16 March 2001 (has links)
OBJETIVOS: O presente estudo visou estimar a prevalência da comorbidade entre transtornos mentais graves e o abuso de substâncias psicoativas, e estudar os fatores associados a essa comorbidade, em pacientes com transtornos mentais graves residentes em São Paulo. MÉTODO: O estudo teve desenho de corte transversal. Vinte serviços de saúde mental (emergências, hospitais psiquiátricos e ambulatórios) foram pesquisados, a fim de identificar todos os pacientes com idade entre 18 e 65 anos, com diagnóstico clínico de transtorno mental grave, que fossem residentes em um dos 7 distritos administrativos escolhidos para o estudo e que tiveram ao menos um contato com o serviço de saúde no período entre 1/9/1997 e 30/11/1997. Os pacientes incluídos foram avaliados quanto a sintomas psiquiátricos, ajustamento social, uso de álcool e uso de substâncias psicoativas, utilizando-se instrumentos padronizados. RESULTADOS: Dos 620 pacientes identificados, 404 foram aleatoriamente selecionados para serem entrevistados. Foi possível entrevistar diretamente 192 (47,9%) indivíduos. A prevalência de comorbidade nos últimos 12 meses foi de 10,4% (I.C. 95%: 6.5 a 15.6), sendo 7,3% para abuso de álcool e 4,7% para abuso de drogas ilícitas, e mostrou-se maior entre homens, entre migrantes, entre indivíduos separados/divorciados, em indivíduos com 12 ou mais anos de escolaridade, e em indivíduos com o diagnóstico de transtornos do espectro da esquizofrenia. A presença de sintomas negativos de esquizofrenia foi significativamente menor entre os indivíduos que receberam o diagnóstico de abuso de substâncias psicoativas. CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo sugerem que na população estudada a prevalência de transtornos decorrentes do uso de álcool e outras drogas é mais baixa do que as prevalências encontradas em outros estudos, realizados nos EUA e Europa. Essa discrepância de resultados pode ser devida a diversos fatores, incluindo o consumo de substâncias pela população geral na qual estão os sujeitos investigados, o ambiente social onde esses sujeito vivem e aspectos culturais relacionados ao consumo de substâncias. / OBJECTIVES: To investigate the prevalence of substance use disorders among patients with severe mental illnesses in São Paulo, Brazil, and to study factors associated with such comorbidity. METHOD: The study had a cross-sectional design. Twenty mental health services (emergency, inpatient and outpatient services) were scrutinized to identify all patients aged 18 to 65 years old, with a clinical diagnosis of severe mental illness, who were resident in one of 7 administrative districts chosen for the study, and had had at least one contact with such services between 1stSeptember and 30th November 1997. Assessments included psychiatric symptoms, social adjustment, and patterns of alcohol and drug use, using standardized instruments. RESULTS: Out of 620 patients identified, 404 were randomly selected to be interviewed. One hundred and ninety two patients (47.9%) were directly interviewed. The prevalence of comorbidity was 10,4% (95%CI: 6.5 to 15.6), being 7,3% for alcohol abuse and 4,7% for drug abuse, and was higher among male subjects migrants, single or separated individuals, those with 12 or more years of education, and among those with schizophrenia-like disorders. Presence of negative symptoms was associated with lower prevalence of comorbidity. CONCLUSIONS: Results of the present study suggest that the prevalence of dual diagnosis in São Paulo is lower than those found in previous studies, carried out in the USA and Europe. Such discrepancy may be due to several factors, including population patterns of substance use, the social environment where patients live, and cultural issues related to the use of alcohol.
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Entendendo as fronteiras e a comorbidade entre o transtorno de humor bipolar e o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade em crianças e adolescentesZeni, Cristian Patrick January 2011 (has links)
Introdução: Em crianças e adolescentes, o Transtorno de Humor Bipolar (THB) é associado a danos devastadores no desenvolvimento. O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), caracterizado por sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade também causa prejuízo funcional significativo. O diagnóstico diferencial entre os dois transtornos é puramente clínico e, até o momento, há poucos estudos avaliando diferenças neurobiológicas. Diversas pesquisas sugerem a participação do Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF), cujo papel não foi elucidado em crianças e adolescentes com THB e com TDAH. Apesar das altas taxas de comorbidade entre o THB e o TDAH, de uma pior resposta ao tratamento e de um pior funcionamento psicossocial quando da comorbidade, apenas dois estudos avaliaram a resposta ao tratamento especificamente neste grupo de pacientes. Objetivos: O objetivo principal deste trabalho é avançar no entendimento do papel do BDNF na psicopatologia do THB e do TDAH, visando sua diferenciação. O tratamento da comorbidade com estimulantes tambem foi estudado. Métodos: A transmissão do alelo Val66 do BDNF foi avaliada em famílias de crianças e adolescentes com THB e TDAH, assim como o efeito do gene no nível sérico da proteína do BDNF entre os grupos. Foi realizada a comparação dos níveis séricos entre pacientes com THB em comorbidade com TDAH e TDAH isolado. Um estudo clínico cruzado com estimulantes foi realizado em crianças e adolescentes com THB e TDAH em comorbidade que tinham apresentado remissão dos sintomas de humor com o uso de aripiprazol, mas persistência dos sintomas de TDAH. Os sintomas de mania, depressão, desatenção e hiperatividade foram acompanhados ao longo de quatro semanas de tratamento, duas com placebo ou metilfenidato e duas com o tratamento inverso. Resultados: Na investigação da transmissão do gene do BDNF em crianças e adolescentes não foi detectada diferença significativa na transmissão do alelo Val66. Tampouco foi observada diferença significativa nos níveis séricos da proteína do BDNF entre os pacientes com THB em comorbidade com TDAH, quando comparados aos pacientes com TDAH e controles. No estudo cruzado com crianças e adolescentes com THB em comorbidade com TDAH, não houve diferenças entre os grupos com placebo ou estimulantes na resposta ao tratamento nos sintomas de TDAH. Os sintomas de humor mantiveram-se estáveis a despeito do uso de metilfenidato. Conclusões: Os achados quanto ao gene do BDNF não sugerem sua participação na neurobiologia do THB ou no TDAH, ou que devido à herança poligênica característica dos transtornos mentais, sua participação seja pequena. O achado de diferença significativa entre os níveis séricos do BDNF de crianças e adolescentes com THB+TDAH e TDAH indica que esse tema deve ser mais estudado, e, caso seja também encontrado de forma consistente por outros grupos, possa vir a ser utilizado como marcador biológico na diferenciação diagnóstica entre essas condições. No estudo de tratamento da comorbidade entre THB e TDAH, a ausência de resposta ao metilfenidato nos sintomas de TDAH em pacientes que apresentam a comorbidade reforça a evidência de que há pior resposta ao tratamento neste grupo, dado o elevado tamanho de efeito do metilfenidato no tratamento do TDAH em isolado O estudo de fatores biológicos para um melhor entendimento da psicopatologia e conseqüente diferenciação dos transtornos mentais tem extrema relevância porque a identificação destes fatores pode auxiliar na elaboração de tratamentos mais precisos, urgentemente necessários devido às graves conseqüências do THB e do TDAH nas vidas dos pacientes e de suas famílias. A criação de um programa específico para Crianças e Adolescentes com Transtorno Bipolar (ProCAB) e de uma linha de pesquisa com foco na etiologia e tratamento possibilitam uma constante geração de conhecimento nesta área, onde poucos estudos estão disponíveis. / Introduction: Bipolar Disorder (BD) in children and adolescents is associated to devastating developmental deficits. Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD), characterized by inattention, hyperactivity, and impulsivity, also promotes significant impairment. Differential diagnosis between both conditions is purely clinical – currently, there are scarce investigations on neurobiological differences. Several studies suggest the participation of the Brain-Derived Neurotrophic Factor (BDNF) in these disorders, whose role has not been elucidated in BD and ADHD in children and adolescents. Despite high comorbidity rates between BD and ADHD, worse psychosocial functioning, and worse response to treatment, only two studies addressed treatment response specifically in this group of patients. Objectives: promote advances in understanding the role of BDNF in the psychopathology of BD and ADHD. The treatment of the comorbidity was also studied. Methods: Transmission of the Val66 allele at the BDNF was assessed in children and adolescents with BD and ADHD, as well as the effect of the gene on the serum levels of BDNF protein in both conditions. BDNF serum levels were compared between patients with BD comorbid with ADHD, and ADHD. A crossover clinical trial with stimulants and placebo was performed with children and adolescents preseting BD and comorbid ADHD. Manic, depressive, inatention and hyperactivity symptoms were assessed along a 4-week treatment, 2 weeks in each treatment arm (placebo or stimulants). Results: There was no significant transmission of the Val66 allele at the BDNF gene in children and adolescents with BD or ADHD. A significant difference in BDNF protein serum levels between BD+ADHD when compared to ADHD alone and controls. In the crossover trial with children and adolescents with BD and comorbid ADHD, we did not observe differences between the placebo and stimulant treatment groups in the response of ADHD symptoms. Mood symptoms remained stable despite the use of methylphenidate. Conclusions: our results regarding the BDNF gene do not suggest its participation in the neurobiology of BD or ADHD, or that due to the polygenic characteristic of mental disorders, that this gene confers a only a small risk, undetectable in our sample. The finding of a significant difference in BDNF serum levels between BD comorbid with ADHD, and ADHD alone warrants further investigation, and in case replication studies with larger samples from other groups are positive, BDNF serum levels might be used as a biological marker in the diagnostic difference between these conditions. In the investigation of the treatment of the comorbidity between BD and ADHD, the absence of different responses between placebo and methylphenidate in ADHD symptoms strengthens the evidence that there is a worse response to treatment in this group, given the large effect size of methylphenidate response in the treatment of ADHD alone. The quest for biological markers for a better understanding of the psychopathology and subsequent differentiation of mental disorders is extremely relevant. The identification of these factors may facilitate the creation of more accurate treatment regimens, urgently needed due to the severe developmental consequences of BD and ADHD in the patients’ and families’ lives. In this sense, the creation of a specific outpatient program for children and adolescent BD (ProCAB), a research line with focus on risk factors and treatment, will enable a Constant generation of knowledge in this área, where scarce data is available.
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Entendendo as fronteiras e a comorbidade entre o transtorno de humor bipolar e o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade em crianças e adolescentesZeni, Cristian Patrick January 2011 (has links)
Introdução: Em crianças e adolescentes, o Transtorno de Humor Bipolar (THB) é associado a danos devastadores no desenvolvimento. O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), caracterizado por sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade também causa prejuízo funcional significativo. O diagnóstico diferencial entre os dois transtornos é puramente clínico e, até o momento, há poucos estudos avaliando diferenças neurobiológicas. Diversas pesquisas sugerem a participação do Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF), cujo papel não foi elucidado em crianças e adolescentes com THB e com TDAH. Apesar das altas taxas de comorbidade entre o THB e o TDAH, de uma pior resposta ao tratamento e de um pior funcionamento psicossocial quando da comorbidade, apenas dois estudos avaliaram a resposta ao tratamento especificamente neste grupo de pacientes. Objetivos: O objetivo principal deste trabalho é avançar no entendimento do papel do BDNF na psicopatologia do THB e do TDAH, visando sua diferenciação. O tratamento da comorbidade com estimulantes tambem foi estudado. Métodos: A transmissão do alelo Val66 do BDNF foi avaliada em famílias de crianças e adolescentes com THB e TDAH, assim como o efeito do gene no nível sérico da proteína do BDNF entre os grupos. Foi realizada a comparação dos níveis séricos entre pacientes com THB em comorbidade com TDAH e TDAH isolado. Um estudo clínico cruzado com estimulantes foi realizado em crianças e adolescentes com THB e TDAH em comorbidade que tinham apresentado remissão dos sintomas de humor com o uso de aripiprazol, mas persistência dos sintomas de TDAH. Os sintomas de mania, depressão, desatenção e hiperatividade foram acompanhados ao longo de quatro semanas de tratamento, duas com placebo ou metilfenidato e duas com o tratamento inverso. Resultados: Na investigação da transmissão do gene do BDNF em crianças e adolescentes não foi detectada diferença significativa na transmissão do alelo Val66. Tampouco foi observada diferença significativa nos níveis séricos da proteína do BDNF entre os pacientes com THB em comorbidade com TDAH, quando comparados aos pacientes com TDAH e controles. No estudo cruzado com crianças e adolescentes com THB em comorbidade com TDAH, não houve diferenças entre os grupos com placebo ou estimulantes na resposta ao tratamento nos sintomas de TDAH. Os sintomas de humor mantiveram-se estáveis a despeito do uso de metilfenidato. Conclusões: Os achados quanto ao gene do BDNF não sugerem sua participação na neurobiologia do THB ou no TDAH, ou que devido à herança poligênica característica dos transtornos mentais, sua participação seja pequena. O achado de diferença significativa entre os níveis séricos do BDNF de crianças e adolescentes com THB+TDAH e TDAH indica que esse tema deve ser mais estudado, e, caso seja também encontrado de forma consistente por outros grupos, possa vir a ser utilizado como marcador biológico na diferenciação diagnóstica entre essas condições. No estudo de tratamento da comorbidade entre THB e TDAH, a ausência de resposta ao metilfenidato nos sintomas de TDAH em pacientes que apresentam a comorbidade reforça a evidência de que há pior resposta ao tratamento neste grupo, dado o elevado tamanho de efeito do metilfenidato no tratamento do TDAH em isolado O estudo de fatores biológicos para um melhor entendimento da psicopatologia e conseqüente diferenciação dos transtornos mentais tem extrema relevância porque a identificação destes fatores pode auxiliar na elaboração de tratamentos mais precisos, urgentemente necessários devido às graves conseqüências do THB e do TDAH nas vidas dos pacientes e de suas famílias. A criação de um programa específico para Crianças e Adolescentes com Transtorno Bipolar (ProCAB) e de uma linha de pesquisa com foco na etiologia e tratamento possibilitam uma constante geração de conhecimento nesta área, onde poucos estudos estão disponíveis. / Introduction: Bipolar Disorder (BD) in children and adolescents is associated to devastating developmental deficits. Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD), characterized by inattention, hyperactivity, and impulsivity, also promotes significant impairment. Differential diagnosis between both conditions is purely clinical – currently, there are scarce investigations on neurobiological differences. Several studies suggest the participation of the Brain-Derived Neurotrophic Factor (BDNF) in these disorders, whose role has not been elucidated in BD and ADHD in children and adolescents. Despite high comorbidity rates between BD and ADHD, worse psychosocial functioning, and worse response to treatment, only two studies addressed treatment response specifically in this group of patients. Objectives: promote advances in understanding the role of BDNF in the psychopathology of BD and ADHD. The treatment of the comorbidity was also studied. Methods: Transmission of the Val66 allele at the BDNF was assessed in children and adolescents with BD and ADHD, as well as the effect of the gene on the serum levels of BDNF protein in both conditions. BDNF serum levels were compared between patients with BD comorbid with ADHD, and ADHD. A crossover clinical trial with stimulants and placebo was performed with children and adolescents preseting BD and comorbid ADHD. Manic, depressive, inatention and hyperactivity symptoms were assessed along a 4-week treatment, 2 weeks in each treatment arm (placebo or stimulants). Results: There was no significant transmission of the Val66 allele at the BDNF gene in children and adolescents with BD or ADHD. A significant difference in BDNF protein serum levels between BD+ADHD when compared to ADHD alone and controls. In the crossover trial with children and adolescents with BD and comorbid ADHD, we did not observe differences between the placebo and stimulant treatment groups in the response of ADHD symptoms. Mood symptoms remained stable despite the use of methylphenidate. Conclusions: our results regarding the BDNF gene do not suggest its participation in the neurobiology of BD or ADHD, or that due to the polygenic characteristic of mental disorders, that this gene confers a only a small risk, undetectable in our sample. The finding of a significant difference in BDNF serum levels between BD comorbid with ADHD, and ADHD alone warrants further investigation, and in case replication studies with larger samples from other groups are positive, BDNF serum levels might be used as a biological marker in the diagnostic difference between these conditions. In the investigation of the treatment of the comorbidity between BD and ADHD, the absence of different responses between placebo and methylphenidate in ADHD symptoms strengthens the evidence that there is a worse response to treatment in this group, given the large effect size of methylphenidate response in the treatment of ADHD alone. The quest for biological markers for a better understanding of the psychopathology and subsequent differentiation of mental disorders is extremely relevant. The identification of these factors may facilitate the creation of more accurate treatment regimens, urgently needed due to the severe developmental consequences of BD and ADHD in the patients’ and families’ lives. In this sense, the creation of a specific outpatient program for children and adolescent BD (ProCAB), a research line with focus on risk factors and treatment, will enable a Constant generation of knowledge in this área, where scarce data is available.
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Fisiopatologia da cefaléia crônica diária: estudo do líquido cefalorraquidiano / Pathophysiology of chronic daily headache: cerebrospinal fluid studyVieira, Domingos Sávio de Souza [UNIFESP] 26 March 2008 (has links) (PDF)
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Publico-10777.pdf: 584483 bytes, checksum: e11ab9839fe48602b080e48c338291cc (MD5) / Introdução: A cefaléia crônica diária é constituída por um grupo de cefaléias, dentre elas a enxaqueca crônica, comórbida com patologias como a depressão, o abuso de medicamentos, a obesidade e, mais recentemente, associada a casos de hipertensão intracraniana idiopática sem edema de papila. Objetivos: Determinar a prevalência de hipertensão intracraniana idiopática sem edema de papila e os níveis liquóricos de glutamato e ácido gama-aminobutírico em pacientes com enxaqueca crônica comparado a outros grupos de pacientes. Métodos: Foram estudados pacientes com enxaqueca crônica, mediante a realização do exame do líquido cefalorraquidiano com medida da pressão de abertura e dosagens dos níveis liquóricos dos aminoácidos glutamato e ácido gama-aminobutírico pela técnica de cromatografia líquida de alta resolução. Resultados: Dos pacientes submetidos a punção lombar, seis pacientes, em grupo de sessenta, tiveram elevação na pressão liquórica maior que 200 mm H20 sem acusar edema de papila à fundoscopia. Os pacientes que abusavam de triptanos mostraram níveis liquóricos de glutamato menores que aqueles com uso abusivo de outros tipos de medicações analgésicas e pacientes que não abusavam de nenhum tipo de medicação. Quanto aos níveis de ácido gamaaminobutírico no líquido cefalorraquidiano, esses foram menores nos pacientes com enxaqueca crônica e depressão quando comparados aos pacientes que tinham apenas enxaqueca crônica. Conclusões: A realização do estudo do líquido cefalorraquidiano foi importante em pacientes com enxaqueca crônica para a exclusão da hipertensão intracraniana idiopática sem papiledema, possibilitando perspectivas futuras para o entendimento da fisiopatogênese e desenvolvimento de novas terapias medicamentosas para a enxaqueca e suas comorbidades. / Introduction: Chronic daily headaches consist of a group of headaches, among them chronic migraine, that is comorbid with depression, overuse of medication, obesity and recently, cases of idiopathic intracranial hypertension without papilloedema. Objectives: To establish idiopathic intracranial hypertension without papilloedema prevalence and glutamate and gamma-aminobutyric acid levels in cerebrospinal fluid from patients with chronic migraine compared to other groups of patients. Methods: We studied patients with chronic migraine, who underwent lumbar puncture to rule out idiopathic intracranial hypertension without papilloedema. Amino acids glutamate and gamma-aminobutyric acid levels were measured by high performance liquid chromatography in cerebrospinal fluid. Results: Six patients, among sixty, had CSF open pressure higher than 200 mm H20 without papilloedema on fundoscopy. Patients who overused triptans had glutamate levels lower than those with abuse of other analgesic types and nonoverusers. The gamma-aminobutyric acid levels in cerebrospinal fluid were lower in depressed patients when compared to patients without depression and controls. Conclusions: The study of the cerebrospinal fluid was important in patients with chronic migraine for the exclusion of idiopathic intracranial hypertension without papilloedema, opening perspectives for the understanding of the physiopathology and development of new drug therapies for migraine and its comorbidities. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Comparação do tratamento crônico com inibidor da síntese de óxido nítrico ou fluoxetina sobre as alterações cardiovasculares e do tipo depressivas induzidas pelo estresse crônico variável em ratos / Comparação do tratamento crônico com inibidor da síntese de óxido nítrico ou fluoxetina sobre as alterações cardiovasculares e do tipo depressivas induzidas pelo estresse crônico variável em ratosAlmeida, Jeferson de 05 September 2014 (has links)
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6296.pdf: 1076560 bytes, checksum: cad1771b913c86aea11893b93efbc169 (MD5)
Previous issue date: 2014-09-05 / Financiadora de Estudos e Projetos / Here we compared effects of chronic treatment with the preferential nNOS inhibitor 7- nitroindazole (7-NI) with those evoked by the conventional antidepressant fluoxetine on alterations taken as markers of depression (immobility in the forced swimming test(FST), decreased body weight gain, and increased plasma corticosterone) and cardiovascular changes evoked by the chronic variable stress (CVS) in rats. For this, male rats were exposed to a 14- days CVS protocol while being concurrently treated with either 7-NI or fluoxetine. Fluoxetine and 7-NI prevented increased immobility in the FST induced by CVS and reduced plasma corticosterone in stressed rats. Both treatments also prevented CVS-evoked reduction on depressor response to vasodilator agents and baroreflex changes. Nevertheless, none of pharmacological treatments affected body weight reduction induced by CVS. Furthermore, fluoxetine reduced body weight gain in unstressed animals. Fluoxetine and nNOS blockade also induced cardiovascular changes independent of stress exposure, including increase on cardiac parasympathetic tone, intrinsic heart rate, and vascular sympathetic modulation; reduction in sympathetic activity to the heart and the pressor response to vasoconstrictor agents, and impairment of baroreflex activity. These findings provide evidence that both fluoxetine and 7-NI prevent depression-like behavioural changes and cardiovascular dysfunctions associated with CVS. Furthermore, both pharmacological treatments caused cardiovascular changes that were independent of stress exposure, some being beneficial and other potentially increasing vulnerability to development of cardiovascular diseases. Nevertheless, the body weight reduction induced by fluoxetine treatment is especially important considering the weight loss related to depression. / No presente estudo nós comparamos os efeitos do tratamento crônico com 7-nitroindazole (7- NI) (inibidor preferencial da nNOS) com aqueles evocados pelo antidepressivo convencional fluoxetina sobre as respostas do tipo depressivas (imobilidade no teste de natação forçada (TNF), diminuição do ganho de peso corporal e aumento da corticosterona plasmástica) e as alterações cardiovasculares provocadas pelo estresse crônico variável (ECV) em ratos. Para isso, ratos Wistar foram expostos a um protocolo de ECV por 14 dias, e tratados concomitantemente com 7-NI ou fluoxetina. A fluoxetina e o 7-NI impediram o aumento da imobilidade no TNF induzida pelo ECV e reduziu a corticosterona plasmática nos ratos estressados. Ambos os tratamentos também inibiram a redução evocada pelo ECV nas respostas depressoras a agentes vasodilatadores e as mudanças na atividade do barorreflexo. No entanto, nenhum dos tratamentos farmacológicos afetaram a redução do peso corporal induzida pelo ECV. Além disso, a fluoxetina reduziu o ganho de peso nos animais controle. A fluoxetina e o bloqueio da nNOS também induziram alterações cardiovasculares independente da exposição ao estresse, que incluíram: aumento no tônus parassimpático cardíaco, frequência cardíaca intrínseca e modulação simpática vascular; redução da atividade simpática para o coração e da resposta pressora a agentes vasoconstritores e diminuição da atividade do barorreflexo. Estes resultados fornecem evidências de que a fluoxetina e o 7-NI previnem as alterações comportamentais do tipo depressivas e as disfunções cardiovasculares associados ao ECV. Além disso, ambos os tratamentos farmacológicos causaram alterações cardiovasculares independentes de exposição ao estresse, sendo algumas benéficas e outras potencialmente aumentando a vulnerabilidade para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. No entanto, a redução de peso corporal induzida pelo tratamento com fluoxetina é especialmente importante, considerando a perda de peso relacionada com a depressão.
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Entendendo as fronteiras e a comorbidade entre o transtorno de humor bipolar e o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade em crianças e adolescentesZeni, Cristian Patrick January 2011 (has links)
Introdução: Em crianças e adolescentes, o Transtorno de Humor Bipolar (THB) é associado a danos devastadores no desenvolvimento. O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), caracterizado por sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade também causa prejuízo funcional significativo. O diagnóstico diferencial entre os dois transtornos é puramente clínico e, até o momento, há poucos estudos avaliando diferenças neurobiológicas. Diversas pesquisas sugerem a participação do Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF), cujo papel não foi elucidado em crianças e adolescentes com THB e com TDAH. Apesar das altas taxas de comorbidade entre o THB e o TDAH, de uma pior resposta ao tratamento e de um pior funcionamento psicossocial quando da comorbidade, apenas dois estudos avaliaram a resposta ao tratamento especificamente neste grupo de pacientes. Objetivos: O objetivo principal deste trabalho é avançar no entendimento do papel do BDNF na psicopatologia do THB e do TDAH, visando sua diferenciação. O tratamento da comorbidade com estimulantes tambem foi estudado. Métodos: A transmissão do alelo Val66 do BDNF foi avaliada em famílias de crianças e adolescentes com THB e TDAH, assim como o efeito do gene no nível sérico da proteína do BDNF entre os grupos. Foi realizada a comparação dos níveis séricos entre pacientes com THB em comorbidade com TDAH e TDAH isolado. Um estudo clínico cruzado com estimulantes foi realizado em crianças e adolescentes com THB e TDAH em comorbidade que tinham apresentado remissão dos sintomas de humor com o uso de aripiprazol, mas persistência dos sintomas de TDAH. Os sintomas de mania, depressão, desatenção e hiperatividade foram acompanhados ao longo de quatro semanas de tratamento, duas com placebo ou metilfenidato e duas com o tratamento inverso. Resultados: Na investigação da transmissão do gene do BDNF em crianças e adolescentes não foi detectada diferença significativa na transmissão do alelo Val66. Tampouco foi observada diferença significativa nos níveis séricos da proteína do BDNF entre os pacientes com THB em comorbidade com TDAH, quando comparados aos pacientes com TDAH e controles. No estudo cruzado com crianças e adolescentes com THB em comorbidade com TDAH, não houve diferenças entre os grupos com placebo ou estimulantes na resposta ao tratamento nos sintomas de TDAH. Os sintomas de humor mantiveram-se estáveis a despeito do uso de metilfenidato. Conclusões: Os achados quanto ao gene do BDNF não sugerem sua participação na neurobiologia do THB ou no TDAH, ou que devido à herança poligênica característica dos transtornos mentais, sua participação seja pequena. O achado de diferença significativa entre os níveis séricos do BDNF de crianças e adolescentes com THB+TDAH e TDAH indica que esse tema deve ser mais estudado, e, caso seja também encontrado de forma consistente por outros grupos, possa vir a ser utilizado como marcador biológico na diferenciação diagnóstica entre essas condições. No estudo de tratamento da comorbidade entre THB e TDAH, a ausência de resposta ao metilfenidato nos sintomas de TDAH em pacientes que apresentam a comorbidade reforça a evidência de que há pior resposta ao tratamento neste grupo, dado o elevado tamanho de efeito do metilfenidato no tratamento do TDAH em isolado O estudo de fatores biológicos para um melhor entendimento da psicopatologia e conseqüente diferenciação dos transtornos mentais tem extrema relevância porque a identificação destes fatores pode auxiliar na elaboração de tratamentos mais precisos, urgentemente necessários devido às graves conseqüências do THB e do TDAH nas vidas dos pacientes e de suas famílias. A criação de um programa específico para Crianças e Adolescentes com Transtorno Bipolar (ProCAB) e de uma linha de pesquisa com foco na etiologia e tratamento possibilitam uma constante geração de conhecimento nesta área, onde poucos estudos estão disponíveis. / Introduction: Bipolar Disorder (BD) in children and adolescents is associated to devastating developmental deficits. Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD), characterized by inattention, hyperactivity, and impulsivity, also promotes significant impairment. Differential diagnosis between both conditions is purely clinical – currently, there are scarce investigations on neurobiological differences. Several studies suggest the participation of the Brain-Derived Neurotrophic Factor (BDNF) in these disorders, whose role has not been elucidated in BD and ADHD in children and adolescents. Despite high comorbidity rates between BD and ADHD, worse psychosocial functioning, and worse response to treatment, only two studies addressed treatment response specifically in this group of patients. Objectives: promote advances in understanding the role of BDNF in the psychopathology of BD and ADHD. The treatment of the comorbidity was also studied. Methods: Transmission of the Val66 allele at the BDNF was assessed in children and adolescents with BD and ADHD, as well as the effect of the gene on the serum levels of BDNF protein in both conditions. BDNF serum levels were compared between patients with BD comorbid with ADHD, and ADHD. A crossover clinical trial with stimulants and placebo was performed with children and adolescents preseting BD and comorbid ADHD. Manic, depressive, inatention and hyperactivity symptoms were assessed along a 4-week treatment, 2 weeks in each treatment arm (placebo or stimulants). Results: There was no significant transmission of the Val66 allele at the BDNF gene in children and adolescents with BD or ADHD. A significant difference in BDNF protein serum levels between BD+ADHD when compared to ADHD alone and controls. In the crossover trial with children and adolescents with BD and comorbid ADHD, we did not observe differences between the placebo and stimulant treatment groups in the response of ADHD symptoms. Mood symptoms remained stable despite the use of methylphenidate. Conclusions: our results regarding the BDNF gene do not suggest its participation in the neurobiology of BD or ADHD, or that due to the polygenic characteristic of mental disorders, that this gene confers a only a small risk, undetectable in our sample. The finding of a significant difference in BDNF serum levels between BD comorbid with ADHD, and ADHD alone warrants further investigation, and in case replication studies with larger samples from other groups are positive, BDNF serum levels might be used as a biological marker in the diagnostic difference between these conditions. In the investigation of the treatment of the comorbidity between BD and ADHD, the absence of different responses between placebo and methylphenidate in ADHD symptoms strengthens the evidence that there is a worse response to treatment in this group, given the large effect size of methylphenidate response in the treatment of ADHD alone. The quest for biological markers for a better understanding of the psychopathology and subsequent differentiation of mental disorders is extremely relevant. The identification of these factors may facilitate the creation of more accurate treatment regimens, urgently needed due to the severe developmental consequences of BD and ADHD in the patients’ and families’ lives. In this sense, the creation of a specific outpatient program for children and adolescent BD (ProCAB), a research line with focus on risk factors and treatment, will enable a Constant generation of knowledge in this área, where scarce data is available.
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Fatores de risco para aquisição de influenza A (H1N1)pdm09 entre os profissionais de saúde / Risk factors for acquisition of influenza A (H1N1)pdm09 among health care workersRenata Desordi Lobo 28 May 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: Em junho de 2009 a Organização Mundial de Saúde declarou pandemia de influenza A (H1N1)pdm09. Esse novo vírus teve grande impacto na saúde mundial, foi responsável por 90% dos casos de influenza no mundo com apresentação clínica diferente da sazonal, acometendo indivíduos jovens e causando milhares de óbitos. O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo foi referência para atendimento de casos graves. Por se tratar de um vírus novo houve controvérsias em relação a medidas de precaução e em relação ao afastamento dos profissionais de saúde (PAS). Devido a elevada incidência de influenza A (H1N1)pdm09 também ocorreram casos entre os profissionais da área da saúde (PAS). OBJETIVOS: Geral: Avaliar os fatores de risco para aquisição de influenza A (H1N1)pdm09 entre profissionais da área da saúde. Específico: Comparar características clínicas e de exposição dos casos de influenza A (H1N1)pdm09 em comparação a outros casos sintomáticos respiratórios entre profissionais da área da saúde MÉTODOS: Estudo caso-controle no qual foram criados três grupos e divididos em: sintomático respiratório H1N1-positivo, sintomático respiratório H1N1-negativo e controle assintomático. RESULTADOS: 274 PAS foram avaliados: 52 sintomáticos respiratórios H1N1-positivo, 120 sintomáticos respiratórios H1N1-negativo e 102 controles assintomáticos. Na análise multivariada que comparou sintomático respiratório H1N1-positivo com assintomáticos, presença de comorbidades/fatores de risco (OR=16,31; IC de 95%; 4,08-65,07) e contato desprotegido durante atendimento a caso suspeito e/ou confirmado para influenza A (H1N1)pdm09 em outro Hospital (OR=12,77; IC de 95%; 1,35-121,52) foram fatores de risco independentes para aquisição de influenza A (H1N1)pdm09. Contato social ou com colega de trabalho suspeito e/ou confirmado para influenza A (H1N1)pdm09 (OR=0,11; IC de 95%; 0,04-0,28) e uso de transporte público (OR=0,19; IC de 95%; 0,07-0,50) foram considerados fatores protetores para aquisição de influenza A (H1N1)pdm09. Ao comparar os grupos sintomáticos, as variáveis residir com criança de 5 anos até 12 anos, febre e conjuntivite foram mais frequentes entre os sintomáticos respiratórios H1N1-positivo e coriza e dor de garganta foram mais frequentes no grupo sintomático respiratório H1N1-negativo. Quatro hospitalizações e 1 óbito ocorreram entre os sintomáticos respiratórios H1N1-positivo e 1 hospitalização e nenhum óbito nos sintomáticos respiratórios H1N1-negativo. CONCLUSÕES: presença de comorbidade/fatores de risco e contato desprotegido durante atendimento a caso suspeito e/ou confirmado para influenza A (H1N1) pdm09 em outro hospital foram considerados fatores de risco para aquisição de influenza A (H1N1)pdm09. Uso de transporte público e contato social ou com colega de trabalho suspeito e/ou confirmado para influenza A (H1N1)pdm09 foram fatores protetores. Ter contato desprotegido durante atendimento a caso suspeito e/ou confirmado para influenza A (H1N1)pdm09 em outro hospital, ser da categoria profissional médica, ter tido contato com caso suspeito e/ou confirmado para influenza A (H1N1)pdm09 em casa, residir com criança de 5 anos até 12 anos, hospitalização e óbito e os sintomas febre e conjuntivite foram mais frequentes entre os sintomáticos respiratórios H1N1 positivo. Dor de garganta e coriza foram mais frequentes entre os sintomáticos respiratórios H1N1 negativo / INTRODUCTION: In June 2009 the World Health Organization declared influenza A (H1N1) pdm09 pnademic. This new virus had great impact on global health and accounted for 90% of cases of influenza in the world. It affected young people and caused thousands of deaths. The Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo was a reference for the treatment of severe cases. Because it was a new virus there were controversies regarding the precautions and HCW sick leave policies. OBJECTIVE: General-To evaluate risk factors for acquisition of influenza A (H1N1) pdm09 among health care workers (HCW). Specific: To compare clinical and exposure characteristics of cases of influenza A (H1N1) pdm09 with other respiratory symptomatic infections among HCW. METHODS: Case-control study with three groups: symptomatic H1N1-positive cases, symptomatic H1N1-negative cases and asymptomatic controls. RESULTS: 274 HCW were evaluated: 52 symptomatic H1N1-positive cases, 120 symptomatic H1N1-negative cases and 102 asymptomatic controls. In the multivariate analysis that compared H1N1- symptomatic H1N1-positive cases with asymptomatic controls, comorbidities/risk factors (OR=16.31; 95% CI 4.08-65.07) and unprotected contact during caring for a confirmed or suspected case of influenza A (H1N1) pdm09 in another hospital (OR=12.77, 95% CI; 1.35- 121.52) were independent risk factors for pandemic influenza infection among HCW. Social contact or contact with co-worker with confirmed or suspected case of influenza A (H1N1) pdm09 (OR=0.11; 95% CI, 0.04- 0.28) and use of public transportation (OR= 0.19; 95% CI, 0.07- 0.50) were protective. Comparing symptomatics groups, unprotected contact during caring for a confirmed or suspected case of influenza A (H1N1) pdm09 in another hospital, to be a medical doctor, contact for or a confirmed or suspected case of influenza A (H1N1) pdm09 at home, reside with child from 5 to 12 years, fever and conjunctivitis were more common among symptomatic H1N1-positive cases and coryza and sore throat were more frequent symptomatic H1N1-negative cases. Four hospitalizations and one death occurred among symptomatic H1N1-positive cases and one hospitalization and no deaths in symptomatic H1N1-negative cases. CONCLUSIONS: Comorbidity/risk factors and unprotected contact during caring for confirmed or suspected case of influenza A (H1N1) pdm09 in another hospital were considered risk factors for acquisition of influenza A (H1N1) pdm09. Use of public transportation and social contact or contact with co-worker with confirmed or suspected case of influenza A (H1N1) pdm09 were protective factors. To live with child from 5 to 12 years, hospitalization and death and the symptoms of fever and conjunctivitis were more frequent among symptomatic H1N1-positive cases. Sore throat and coryza more frequent among patients with symptomatic H1N1-negative cases
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