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O SABOR DO SANGUE: uma an?lise sociocultural do chouri?o sertanejo

Dantas, Maria Isabel 27 June 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2014-12-17T14:20:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 MariaID.pdf: 2616630 bytes, checksum: 52ad4f00b748245639aa68af9848f73b (MD5) Previous issue date: 2008-06-27 / Cette ?tude propose de r?aliser une lecture du chouri?o, une confiture faite avec du sang, fabriqu?e et consomm?e dans tout le Serid? potiguar. Grace ? l observation ethnographique r?alis?e entre 2003 et 2007, nous d?couvrons une ?conomie domestique, une organisation sociale, des formes de sociabilit? et de solidarit? contruites autour de l ?levage des porcs et des pratiques culinaires. Cette observation a aussi r?v?l? un style alimentaire, des discours, des perceptions, des go?ts et des comportements relatifs ? la consommation de la confiture qui r?sultent, em grande partie, de la relation dynamique entre une norme id?alis?e et des pratiques observ?es qui ont montr? des tensions et des contradictions entre ce qui est dit et ce qui est fait. Avec l ?tude du chouri?o, nous re?lisons une lecture de la culture alimentaire; notre intention a ?t? de probl?matiser l applicabilit? des normes sociales et leur inscription dans la r?alit?. Ainsi, em faisant une analyse simbolique du chouri?o, nous consid?rons ensemble les aspects sociaux et symboliques et nous d?crivons comment les habitants du Serid? pensent leur alimentation en corr?lation avec les pratiques alimentaires et les formes de sociabilit?. L ?tude a r?v?l? que les pr?ncipes de confiance et d interconnaissance, fond?s sur les liens sociaux, structurent les relations constitu?es autour de l ?levage des porcs et de la production, de la distribution et de la consommation du chouri?o. D un point de vue symbolique, le sang est central dans le style alimentaire: il appara?t comme une anti-nourriture et r?v?le des prohibitions et des transgressions. La contrastivit? entre les pratiques et les discours est en relation directe avec la nature du chouri?o, fait avec le sang du porc et consid?r? comme un dessert / Este estudo prop?e uma leitura do chouri?o, um doce feito de sangue, fabricado e consumido, em todo o Serid? potiguar. Gra?as ? observa??o etnogr?fica que realizamos de 2003 a 2007, descobrimos uma economia dom?stica, uma organiza??o social, formas de sociabilidade e de solidariedade em torno da cria??o de porcos e da culin?ria. Essa observa??o tamb?m revelou um estilo alimentar, discursos, percep??es, gostos e comportamentos relativos ao consumo do doce que resultam, em grande parte, de uma rela??o din?mica entre uma norma idealizada e pr?ticas observadas que mostraram tens?es e contradi??es entre o dito e o feito. Na leitura da cultura alimentar que realizamos, com o estudo do chouri?o nossa inten??o foi problematizar a aplicabilidade das normas sociais e sua inscri??o na realidade. Assim, ao fazermos uma an?lise simb?lica do chouri?o, consideramos em conjunto os aspectos sociais e os simb?licos e descrevemos como os seridoenses pensam sua alimenta??o em correla??o com as pr?ticas alimentares e as sociabilidades. O estudo revelou que os princ?pios da confian?a e do interconhecimento , baseados nos la?os sociais, estruturam rela??es constitu?das em torno da cria??o do porco e da produ??o, da distribui??o e do consumo do chouri?o. De um ponto de vista simb?lico, no estilo alimentar, o sangue ? central: aparece como uma n?o-comida e releva proibi??es e transgress?es. A contrastividade entre pr?ticas e discursos tem rela??o direta com a natureza do chouri?o, feito com o sangue do porco e considerado um doce
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Atividades comportamentais e comportamento alimentar de r? touro, Lithobates catesbeianus (Shaw, 1802), de pigmenta??o normal e albina em cativeiro

Casali, Alex Poeta 07 June 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2014-12-17T15:36:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 AlexPC_TESE.pdf: 1908145 bytes, checksum: 643f86df6b9e5e514de6656ebc92ff08 (MD5) Previous issue date: 2010-06-07 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient?fico e Tecnol?gico / The behavior of bullfrogs reared in captivity must be well understood to support management practices that use efficient feeding regimes. In general, bullfrogs reared in captivity have normal pigmentation, but to develop an enhanced product, some studies have investigated the introduction of albino individuals in frog farms. The present study characterized the behavior of both pigmented and albino bullfrogs reared in captivity. In an initial experiment, 48 bullfrogs (70.5 ? 25.6 g) housed in small stalls were fed once a day at random times. Frogs were filmed and the images showed that both the pigmented and albino varieties behaved similarly: food intake was more frequent at dawn followed by light periods; moving and resting in dry areas may be associated to feeding events; frogs appeared to anticipate feeding time and to rest in the water more frequently in periods other than feeding time; daylight is the recommended period for feeding both pigmented and albino frogs. In a second experiment, 72 albino bullfrogs were fed at fixed times (10 a.m. or 4 p.m.) in small stalls. An initial weight of 23.8 ? 7.6 g was considered to evaluate frog performance, and after the animals reached 60.0 ? 20.0 g, they were filmed for behavior analyses. Food intake varied as a function of feeding time, and frogs were more likely to eat during the early hours of the day and immediately after receiving fresh food. Frogs fed only in the afternoon changed their behavior. Food supplied twice a day stimulated the albino frogs to eat at different times, but did not increase growth. Although fresh food stimulated feeding behavior, food intake was more frequent at dawn. Food supplied at this time of day should therefore be further investigated. The results did not indicate a more suitable feeding time (10 a.m. or 4 p.m.) for albino bullfrogs, or any advantage in using two feedings per day. The results provide xvi important information about bullfrogs in terms of food supply regime and activity preferences throughout the day. This novel information will contribute to future studies in this area / O entendimento das atividades comportamentais de r?s-touro em cativeiro ? de grande import?ncia para a indica??o de caminhos adequados no manejo da esp?cie, visando o uso racional do alimento fornecido. A r? de pigmenta??o normal ? atualmente usada nos ran?rios, mas a introdu??o de animais albinos vem sendo pesquisada com o objetivo de se obter um produto diferenciado. Assim, esse estudo objetivou caracterizar as atividades comportamentais de r?s-touro de pigmenta??o normal e albinas em cativeiro. No primeiro experimento foram utilizadas 48 r?s-touro (70,5 ? 25,6 g) alimentadas uma vez ao dia, em hor?rios aleat?rios em minibaias. As atividades comportamentais, obtidas atrav?s de filmagens dos animais, foram semelhantes entre os de pigmenta??o normal e albinos, sendo destacados os seguintes comportamentos: a atividade de ingest?o que foi mais frequentemente observada no amanhecer, seguido dos hor?rios da fase de claro; o deslocamento e o descanso no seco mostraram haver uma rela??o com a alimenta??o; houve ind?cios de antecipa??o do hor?rio de alimenta??o e que o descanso na ?gua acontece com maior frequ?ncia em fase oposta ao da alimenta??o; e a fase de claro pode ser recomendada para a oferta de alimentos aos animais pigmentados e albinos. J? no segundo experimento, foram fixados os hor?rios de alimenta??o (10 h ou 16 h), sendo utilizadas 72 r?s-touro albinas em minibaias. Para a an?lise de desempenho, o peso inicial foi de 23,8 ? 7,6 g, e quando os animais atingiram 60,0 ? 20,0 g foram feitas as filmagens das atividades comportamentais. Foram encontradas diferen?as significantes entre os diferentes hor?rios de oferta de alimento testados, para a atividade de ingest?o, havendo uma tend?ncia dos animais se alimentarem no amanhecer e logo ap?s a oferta de alimento fresco. Ficou evidenciado que os animais, que recebiam alimento somente pela tarde, tiveram xiv suas atividades comportamentais alteradas. O uso de dois parcelamentos di?rios estimula a r?-touro albina a consumir alimento em diferentes hor?rios do dia, mas isso n?o resultou em maior crescimento do animal. O alimento fresco ? um est?mulo para os animais se alimentarem, mas a ingest?o ocorreu com maior frequ?ncia ao amanhecer, portanto recomendam-se estudos sobre o fornecimento de alimentos nesse hor?rio. N?o foram constatadas evid?ncias de um hor?rio (10 h ou 16 h) mais adequado para o manejo alimentar dos animais albinos, nem vantagens de se usar duas ofertas di?rias de alimento. Os resultados aqui apresentados trazem importantes informa??es sobre o manejo de oferta de alimento e a prefer?ncia de hor?rios das atividades dos animais, ajudando, com informa??es in?ditas, as futuras pesquisas direcionadas nessa ?rea
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Comportamento alimentar do camar?o marinho farfantenaeus subtilis em condi??es laboratoriais

Silva, Priscila Fernandes 30 March 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2014-12-17T15:36:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PriscilaFS.pdf: 858525 bytes, checksum: 5e35b139cd8c6a2aa511bd7fc297a0d1 (MD5) Previous issue date: 2009-03-30 / Shrimp culture represents an important activity to brazilian economy. The northeastern region has presented high levels of production because of its climatic conditions. An important factor for the activity?s major development is related to the introduction of the species Litopenaeus vannamei. The use of an exotic species can disturb the ecosystem. In the last decades, L. vannamei has been the only species cultivated in Brazilian farms, there not being an alternative species for shrimp culture. So, there is an urgent need to developing new studies with the native species, which might represent an alternative concerning shrimp production, with emphasis on Farfantepenaeus subtilis. Another important aspect related to the activity is feeding management, once it is quite usual that feed offer on the pond does not take into account either the species? physiology and behavior or the influence of environmental variables, such as light cycle and substrate. That knowledge may optimize management and so reduce the impact of effluents in the environment. This study?s objective was characterizing feeding behavior of F. subtilis in laboratory. For that, an ethogram was developed, using 20 wild animals which were observed through ad libitum and all occurrences methods. Two experiments were developed in order to register feeding behavior on different substrates, along 15 days, each. In the first experiment, 40 animals were distributed in eight aquaria, half being observed during the light phase of the 24 hour cycle and the other half in the dark phase, both in halimeda substrate. In the second experiment, 20 animals were distributed in four aquaria, under similar conditions as the previous ones, but in sand substrate. In both experiments, animals were observed respectively one, four, seven and ten hours after the beginning of the phase, for light phase, for the dark phase, in ten minute observation windows, before and immediately after feed offer. The following behaviors were registered: feed ingestion, ingestion of other items, inactivity, exploration, vertical exploration, swimming, crawling, digging, burrowing, and moving by the animals. Observation windows after feed offer also included latency to reach the tray and to ingest feed. Nineteen behaviors were described for the species. F. subtilis presented more behavioral activities in halimeda substrate even in the light phase, while burrowing was predominant in sand substrate. In both substrates, moving, crawling and exploration were more frequent after feed offer, but inactivity and burrowing were more frequent before that. Feed ingestion was more frequent in halimeda, both in light and dark phases. Weight gain was also more prominent in that substrate. In sand substrtate, ingestion was more frequent in the dark phase, which suggests that higher granulometry facilitates feed ingestion in F. subtilis juveniles. Our results demonstrate the importance of studies for the better knowledge of the species, specially its response to environmental stimuli, in order to improve animal management / A carcinicultura ? uma atividade de grande import?ncia econ?mica no Brasil. Um fator que contribuiu para o crescimento da atividade foi a introdu??o da esp?cie Litopenaeus vannamei. A utiliza??o de uma esp?cie ex?tica pode causar danos ao ecossistema nativo e atualmente L. vannamei ? a ?nica esp?cie cultivada no Brasil, n?o havendo uma alternativa para o setor. Da? a necessidade de estudos com esp?cies nativas que possam representar outra via para a produ??o, em particular Farfantepenaeus subtilis. O conhecimento sobre o comportamento e fisiologia da esp?cie e sobre a influ?ncia das caracter?sticas do ambiente, como o ciclo de luz e substrato, sobre a ingest?o, pode otimizar o manejo e minimizar o impacto do despejo de efluentes no meio ambiente. Assim, esse estudo objetiva caracterizar o comportamento alimentar de F. subtilis ao longo do ciclo de luz em diferentes substratos sob condi??es laboratoriais. Para isso foi elaborado um etograma utilizando 20 animais trazidos da natureza, e observados pelos m?todos ad libitum e Todas as Ocorr?ncias. Para observa??o do comportamento alimentar dois experimentos foram realizados em diferentes substratos, com dura??o de 15 dias cont?nuos cada. No primeiro experimento 40 animais foram distribu?dos em oito aqu?rios, quatro na fase de claro e quatro na fase de escuro, com substrato de conchas de ostras trituradas (halimeda). No segundo experimento 20 animais foram distribu?dos em quatro aqu?rios, dois na fase de claro e dois na fase de escuro, com substrato de areia. Em ambos os experimentos os animais foram observados na fase de claro nos hor?rios 7h, 10h, 13h e 16h (1, 4, 7, 10) e nos hor?rios equivalentes na fase de escuro19h, 22h, 1h e 4h (1, 4, 7, 10), em janelas de 10 minutos antes e imediatamente ap?s a oferta da ra??o. Os comportamentos registrados foram: ingest?o do item ofertado, ingest?o do item que n?o o ofertado, parado, explora??o, explora??o vertical, nata??o, rastejamento, cavar, enterramento, limpeza e o deslocamento dos animais. Ap?s a oferta do alimento as lat?ncias de chegada a bandeja e de consumo do alimento foram registradas. Ao todo 19 comportamentos foram descritos para a esp?cie. F. subtilis apresentou uma maior diversidade de comportamentos na halimeda, mesmo na fase de claro, enquanto que na areia o enterramento predominou. Nos dois substratos o deslocamento, rastejamento e explora??o foram mais freq?entes ap?s a oferta do alimento, enquanto o parado e o enterramento foram mais frequentes antes. A ingest?o da ra??o foi maior no substrato de halimeda, n?o diferindo entre as fases de claro e escuro, o ganho de peso dos animais tamb?m foi maior nesse substrato. Na areia a ingest?o foi mais freq?ente na fase de escuro, o que sugere que substratos de maior granulometria favorecem a ingest?o do alimento em juvenis de F. subtilis. Nossos resultados demonstram a import?ncia do conhecimento da esp?cie e de sua resposta aos est?mulos do ambiente, como subs?dio para o desenvolvimento de estrat?gias de manejo eficientes
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Leptina e grelina na regulação do comportamento alimentar da tartaruga Eretmochelys imbricata (Linnaeus 1766) / Leptin and ghrelin regulates the feeding behavior of the sea turtle Eretmochelys imbricata (Linnaeus, 1766)

Daphne Wrobel Goldberg 28 January 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Durante a temporada de nidação, fêmeas de tartarugas marinhas costumam reduzir ou cessar por completo a ingestão de alimentos. Este fato sugere que o armazenamento de energia e nutrientes para a reprodução ocorra durante o período que antecede a migração para os sítios reprodutivos, enquanto estes animais ainda se encontram nas áreas de alimentação. Do ponto de vista fisiológico, tartarugas em atividade reprodutiva são capazes de permanecer longos períodos em jejum. Fatores neuroendócrinos vêm sendo recentemente apontados como os mais relevantes para a manutenção da homeostase energética de todos os vertebrados; entre eles, a leptina (hormônio anorexígeno) e a grelina (peptídeo orexígeno). Com o objetivo de compreender o mecanismo de fome e saciedade nas tartarugas marinhas, investigamos os níveis séricos destes hormônios e de outros indicadores nutricionais em fêmeas de Eretmochelys imbricata desovando no litoral do Rio Grande do Norte, Brasil. Foram coletadas amostras de sangue de 41 tartarugas durante as temporadas reprodutivas de 2010/2011 e 2011/2012. Os níveis séricos de leptina diminuíram significativamente ao longo do período de nidação, de modo a explicar a busca por alimentos ao término da temporada. Ao mesmo tempo, registramos uma tendência crescente nos níveis séricos de grelina, fator este que também justifica a remigração para as áreas de alimentação no fim do período. Não foram observadas tendências lineares para alguns dos parâmetros avaliados, entre eles: hematócrito, alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST), fosfatase alcalina (FA), gama glutamil transferase (GGT), lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e lipoproteínas de alta densidade (HDL). É possível que a maior parte dos indicadores nutricionais tenha apresentado redução gradativa devido ao estresse fisiológico decorrente da vitelogênese e de repetidas oviposições. No entanto, é valido ressaltar que o quadro de restrição calórica por tempo prolongado é o principal responsável pelas alterações em índice de massa corpórea e padrões bioquímicos nestes animais. / Reproductive female sea turtles rarely have been observed foraging during the nesting season. This suggests that prior to their reproductive migration to nesting beaches, the adult females must store sufficient energy and nutrients at their foraging grounds, and must be physiologically capable of undergoing months without feeding. Leptin (an appetite-suppressing protein) and ghrelin (a hunger-stimulating peptide) affect body weight by influencing energy intake in all vertebrates. We investigated the levels of these hormones and other physiological and nutritional parameters in nesting female hawksbill sea turtles in Rio Grande do Norte State, Brazil, by collecting consecutive blood samples from 41 turtles during the 2010/2011 and 2011/2012 reproductive seasons. We found that levels of serum leptin decreased over the nesting season, which potentially relaxed appetite suppression and led females to begin foraging either during or after the post-nesting migration. Concurrently, we recorded an increasing trend in ghrelin, which stimulated appetite towards the end of the nesting season. Both findings are consistent with the prediction that post-nesting females will begin to forage, either during or just after their post-nesting migration. We observed no seasonal trend for other physiological parameters: PCV values, alanine aminotransferase (ALT), aspartate aminotransferase (AST), alkaline phosphatase (ALP), gamma glutamyl transferase (GGT) low-density lipoprotein (LDL) and high-density lipoprotein (HDL) serum levels. The observed downward trends in general serum biochemistry levels were likely due to the physiological stress of vitellogenesis and nesting in addition to limited energy resources and probable fasting.
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Composição corporal e avaliação do consumo e do comportamento alimentar em pacientes do transtorno do espectro autista

Grokoski, Kamila Castro January 2016 (has links)
Introdução: O transtorno do espectro autista (TEA) atualmente é definido como um distúrbio do desenvolvimento neurológico caracterizado por déficits na comunicação e interação social e padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades. Estima-se que aproximadamente 1% da população mundial seja diagnosticada com esta desordem. O TEA manifesta-se por uma variedade de sintomas nas áreas cognitiva, emocional e neurocomportamental. Além dos sintomas característicos como estereotipias, ecolalia, déficits de comunicação, algumas manifestações envolvendo a alimentação podem ser observadas nesses pacientes. As desordens alimentares podem envolver aversão a determinados alimentos, insistência em comer um número limitado de alimentos e recusa de provar alimentos novos. O estado nutricional desses pacientes pode ser alterado pelo inadequado consumo alimentar e fatores relacionados ao comportamento alimentar. Objetivos: avaliar o estado nutricional [antropometria e bioimpedância elétrica (BIA)], o consumo e o comportamento alimentar em crianças e adolescentes com TEA, bem como os sentimentos e estratégias dos pais/cuidadores desses pacientes frente a esse comportamento. Métodos: Para a avaliação antropométrica foram realizadas medidas de peso (kg), altura (cm) e circunferência da cintura (CC). A composição corporal (massa magra e massa gorda) e o ângulo de fase foram verificados através da BIA. Foi calculado o Índice de Massa Corporal (IMC) e classificado o estado nutricional de cada participante. A avaliação do consumo alimentar foi realizada através do preenchimento do registro alimentar de 3 dias, posteriormente os nutrientes foram calculados no software NutriBase® e comparado com os valores das Dietary Reference Intake (DRIs) de acordo com o sexo e idade. O questionário Behavior Pediatrics Feeding Assessment Scale (BPFA) foi utilizado para avaliar o comportamento alimentar dos participantes e as estratégias e sentimentos dos pais/cuidadores referentes ao momento da alimentação das crianças e adolescentes. Resultados: De acordo com o percentual de gordura corporal obtido pela BIA e a CC um amplo percentual desta amostra apresentou adiposidade central e total elevada (49,2%). Segundo o IMC 38,9% apresentaram sobrepeso, 36,5% obesidade e 15,8% baixo peso. O grupo TEA ingeriu em média mais calorias do que o grupo controle apresentou repertório limitado de alimentos consumidos, e alta prevalência de inadequação no consumo de cálcio, sódio, ferro, vitamina B5, ácido fólico, e vitamina C. Os escores do BPFA foram maiores no grupo TEA comparados com controles para todos os domínios. Independente da frequência da manifestação de problemas alimentares estes impactam fortemente os pais/cuidadores. Conclusões: Esta dissertação fornece evidencias sobre seletividade alimentar que não parecem estar associadas com a redução da ingestão de calorias, mas sim com a qualidade da alimentação, sendo assim um potencial fator de risco para doenças nutricionais. Esses resultados contribuem para a importância da avaliação nutricional (antropométrica, da composição corporal e de problemas alimentares) dentro da rotina clínica de pacientes com TEA e seus familiares, sempre considerando as características singulares de cada paciente. / Introduction: The autism spectrum disorder (ASD) is currently defined as a neurodevelopmental disorder characterized by communication and social interaction deficits and restricted and repetitive patterns of behavior, interests and activities. Approximately 1% of the population have ASD diagnoses. ASD is manifested by a wide variety of cognitive, emotional, and neurobehavioral symptoms. In addition to the characteristic symptoms such as stereotypies, echolalia, communication deficits, some events involving nutrition aspects may be observed in these patients. Feeding problems may involve aversion to certain foods, insistence on eating only a small selection of foods and refusal to try new foods. Consequently, nutritional status can be changed by inadequate food consumption and factors related to feeding behavior. Objectives: evaluate the nutritional status [anthropometry and bioelectrical impedance (BIA)], consumption and feeding problems in children and adolescents with ASD. Methods: Anthropometric measurements - weight (kg), height (cm), waist circumference (WC) - were performed and the test of body composition (fat mass, fat free mass) and phase angle was held by BIA. The body mass index (BMI) was calculated and nutritional status of each participant was classified. The food intake evaluation was carried out by a 3-day food record, and nutrients subsequently calculated on the NutriBase® software and compared with the reference values according to sex and age in the Dietary Reference Intake (DRIs). The Behavior Pediatrics Feeding Assessment Scale (BPFA) questionnaire was used to evaluate the feeding problems of the participants and the strategies and feelings of parents / caregivers regarding the mealtime. Results: According to the body fat percentage obtained by BIA and WC, a large percentage of this sample showed a high central and total adiposity (49.2%). According to BMI 38.9% were overweight, 36.5% obesity and 15.8% underweight. The ASD group consumed on average more calories than the control group, showed limited repertoire of foods consumed, and high prevalence of inadequate calcium, sodium, iron, vitamin B5, folic acid, and vitamin C consumption. BPFA scores were higher in the ASD group when compared to controls for all domains. Independently of how often children and adolescents denote feeding problems, when they occur, it impacts strongly on their parents. Conclusions: These studies provides evidence on food selectivity that seem to be associated with the food quality, rather than the reduced calorie intake, thus being a potential risk factor for nutritional diseases. These results contribute to the importance of the nutritional assessment (anthropometric, body composition and eating problems) within the clinical setting in patients with ASD and parents/caregivers, always considering the unique characteristics of each patient.
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Restrição de crescimento intrauterino (RCIU) modifica a resposta ao alimento palatável em ratos : estudo da via dopaminérgica e opioidérgica

Laureano, Daniela Pereira January 2018 (has links)
Introdução: Evidências sugerem que alterações no ambiente intrauterino afetam o persistentemente o desenvolvimento de diferentes órgãos e sistemas de modo a programar o risco para doenças crônicas ao longo da vida. A restrição de crescimento intrauterino (RCIU) é associada com o aumento da preferência pelos alimentos palatáveis e risco para doenças metabólicas na vida adulta. Níveis alterados de insulina no ambiente fetal encontrados em indivíduos que sofreram RCIU podem modificar a formação das vias associadas ao prazer e recompensa (sistemas opioide e dopaminérgico), modificando o comportamento alimentar. O objetivo deste estudo foi avaliar possíveis alterações na resposta frente ao alimento palatável em animais submetidos à RCIU. Metodologia: No dia 10 de gestação ratas Sprague-Dawley receberam dieta à vontade (AdLib), ou dieta restrição de 50% (FR). No nascimento, houve adoção cruzada dos filhotes, gerando os grupos (gestação/lactação): AdLib/AdLib (Controles) e FR/AdLib (Restrição de Crescimento Fetal - FR). No estudo 1, foi avaliada a resposta hedônica dos animais em 2 momentos (nas primeiras 24h de vida e aos 90 dias de vida). Em ambas as idades os ratos receberam solução de sacarose ou água destilada e as respostas hedônicas faciais exibidas em 60 segundos foram analisadas. No estudo 2, na idade adulta (ratos machos ao redor dos 80 dias de vida) foi avaliado o consumo de dieta hiperpalatável e o nível de organização do comportamento alimentar usando o BioDAQ®, assim como a liberação de dopamina frente à ração padrão ou alimento palatável foi mensurada pela cronoamperometria no núcleo accumbens (NAcc), com ou sem o uso prévio de insulina sistêmica (5UI/kg) Resultados: Estudo 1; nos filhotes a resposta hedônica foi maior nos animais FR expostos a sacarose em comparação a água, sem diferenças nos filhotes do grupo controle. Houve diminuição na fosforilação do receptor mu opioide nos filhotes FR comparados aos controles. Na vida adulta, a resposta hedônica e a fosforilação mu opioide não foram diferentes entre os grupos, sugerindo que as alterações da resposta hedônica e a fosforilação mu opioide observadas no primeiro dia de vida não persistem. No estudo 2, existiu uma interação entre grupo e período do dia em relação ao consumo de ração hiperpalatável, os animais FR comeram mais ração hiperpalatável do que os controles no período ativo (ciclo escuro), e o padrão alimentar apresentou uma maior entropia (consumo imprevisível e fragmentado) no grupo FR neste ciclo. Existiu um atraso na liberação de dopamina no grupo FR em resposta ao Froot Loops® (tempo para a dopamina alcançar o pico máximo), mas não em resposta a ração padrão. O tratamento com insulina reverteu a diferença observada entre os grupos na resposta ao Froot Loops®. Western Blotting mostrou que SOCS3 diminui na área tegmentar ventral (VTA) dos FR; pTH/TH aumentou no NAcc de FR, como previamente demonstrado, mas similarmente aos achados da cronoamperometria, estas diferenças foram revertidas pela insulina Conclusão: Há alteração da resposta hedônica no primeiro dia de vida em animais RCIU, juntamente de modificações na fosforilação de receptores opioides, e estas diferenças não persistem na vida adulta. A RCIU altera a sensibilidade à insulina no VTA e consequentemente leva à modulação diferencial do sistema dopaminérgico, o que se reflete no padrão e preferência alimentar em machos adultos. A RCIU induz a alterações nos níveis de insulina possivelmente modificando a funcionalidade das vias hedônicas opioide e dopaminérgica. A RCIU programa alterações neurocomportamentais, afetando o comportamento alimentar, persistentes ao longo da vida que podem colaborar com o desenvolvimento da síndrome metabólica a longo prazo. / Introduction: Evidence suggests that alteration in the intrauterine environment persistently affects the development of different organs and systems and programs the risk for chronic diseases throughout the life. Intrauterine growth restriction (IUGR) is associated with increased preference for palatable foods and risk to metabolic disease in adulthood. Altered insulin levels in fetal environment in individuals who suffer IUGR can modify the development of the pathways associated with pleasure and reward (opioid and dopaminergic system), modifying eating behavior. The aim of this study was to evaluate possible changes in the brain response to palatable food in animals submitted to IUGR. Methods: At gestation day 10, Sprague-Dawley dams are assigned to receive ad libitum diet (AdLib) or 50% restricted diet (FR). At birth, pups were cross-fostered generating two groups (pregnancy/lactation): AdLib/AdLib (Controls) and FR/Adlib (Intrauterine growth restriction - FR). In the Study 1 the hedonic response of the animals was evaluated in 2 moments (24 hours after birth and at 90 days of life). In both ages, rats received sucrose solution or water and the hedonic facial responses exhibited within 60 sec were analyzed. The Study 2, in adulthood (male rats around 80 days of life) the palatable food consumption was evaluated and feeding behavior entropy was assessed using the BioDAQ®. The dopamine release facing standard chow and palatable food was measured by chronoamperometry recordings in nucleus accumbens (NAcc), with or without previous systemic insulin treatment (5UI/kg) Results: In the Study 1, pups’ hedonic responses were higher in FR pups exposed to sucrose as compared to water, without differences in Control pups. There was decreased phosphorylation of the mu opioid receptor in FR pups compared to Controls. In adult life, hedonic responses and mu opioid phosphorylation were not different between groups, suggesting that the alterations in hedonic response and in mu opioid phosphorylation observed in early life do not persist. In the Study 2, there was an interaction between group and time of the day on the palatable food consumption, FR rats eat more palatable foods than the Control group in the active period (dark cycle), and the eating pattern has a higher entropy (unpredictable and fragmented consumption) in the FR group in this cycle. There was a delayed dopamine release in the FR group in response to Froot Loops® (time to reach the peak dopamine release), but not in response to standard chow. Insulin treatment reverted the difference observed between groups in the dopamine (DA) response to Froot Loops®. Western blot showed that SOCS3 was decreased in the ventral tegmental area (VTA) of FR; pTH/TH was increased in the NAcc of FR, as we have previously shown, but similarly to the chronoamperometry findings, these differences was reverted by insulin Conclusion: There is an alteration in the hedonic response to sucrose in the first day of life in IUGR animals, together with modifications in opioid receptor phosphorylation, and these differences do not persist in adult life. IUGR alters insulin sensitivity in VTA and consequently leads to a differential dopaminergic modulation by insulin, which is reflected in the pattern and food preference in adult males. IUGR induces alterations in insulin levels possibly modifying the functionality of the opioid and dopaminergic hedonic pathways. IUGR programs neurobehavioral changes, affecting eating behavior, persistently throughout life that may contribute to the development of metabolic syndrome in the long term.
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Aspectos cronobiologicos da síndrome do comer noturno

Harb, Ana Beatriz Cauduro January 2013 (has links)
Introdução: Os seres vivos sincronizam suas atividades com os ciclos ambientais influenciados por fatores externos como as condições de luz, horários de alimentação, interações sociais e por fatores endógenos como os genéticos, níveis hormonais e apetite, entre outros. Sensores percebem a variação temporal informando o estado de iluminação ambiental através da rede neural ou sistema endócrino mediado pelos relógios circadianos. Os genes do relógio pertencem a quatro famílias: CLOCK, BMAL1, Cryptochromes e Period onde a formação, expressão e supressão da transcrição destes e de seus heterodímeros resultam na ritmicidade de 24h. O relógio circadiano modula o metabolismo de energia através do controle da atividade de diversas enzimas, dos sistemas de transporte e de receptores nucleares envolvidos no metabolismo dos nutrientes. Alterações nos horários de alimentação podem modificar a relação entre o relógio central e or relógios periféricos podendo causar mudanças no metabolismo e afetar o sistema circadiano. Em algumas desordens alimentares como a Síndrome do Comer Noturno (SCN), reconhecida como um atraso de fase da alimentação, o ritmo de alimentação está alterado. Assim sendo, a SCN pode ser um fator que influencia na obesidade, modificando padrões do sono, padrão alimentar, apetite e regulação neuroendócrina. Objetivos: Estudar os aspectos cronobiológicos na SCN. Métodos: Características, como aspectos emocionais, cronotipo e qualidade do sono foram avaliadas por meio de questionários. Variáveis de ritmicidade da atividade e exposição à luz foram avaliadas por actigrafia e a expressão dos genes do relógio CLOCK, BMAL1, Cry 1 e Per 2 foi medida em leucócitos. Resultados: 28 pacientes (14 com SCN - 10 mulheres e 14 controles - 9 mulheres) participaram deste estudo. A média de idade foi de 40,71 ± 12,37 anos e IMC foi de 26,8 ± 5,7kg/m². Não foi encontrada nenhuma evidência cronobiológica nas análises realizadas relacionada à SCN. Conclusão: Nossos resultados não corroboram a hipótese de que o the time system pode ser ligado à fisiopatologia da SCN, pois a associação de sintomas que definem a SCN como uma síndrome. Os tempos e a qualidade da alimentação devem ser mais profundamente estudados para esclarecer a relação entre a alimentação e o fato de que se os seres humanos alocam a sua principal alimentação no turno da noite pode trazer consequências ao metabolismo e refletir mudanças no comportamento e contribuir no controle da obesidade. Este é o primeiro estudo em humanos para relacionar os genes do relógio e a SCN. / Introduction: Living beings synchronize their activities with environmental cycles influenced by external factors such as light conditions, feeding schedules, social interactions and endogenous factors such as genetics, hormone levels and appetite, among others. Sensors perceive the temporal variation informing the state of ambient lighting through the neural network or endocrine mediated by circadian clocks. The clock genes belong to four families: CLOCK, BMAL1, Cryptochromes and Period where the formation, expression and suppression of these transcriptions and their heterodimers result in 24h rhythmicity. The circadian clock modulates energy metabolism by controlling the activity of several enzymes, transport systems and nuclear receptors involved in the metabolism of nutrients. Changes in feeding schedules may modify the relationship between the central clock and peripheral clocks and cause changes in metabolism and affect the circadian system. Some eating disorders, such as Night Eating Syndrome (NES) recognized as a phase delay in the feed, the feed rthythmicity coul be changed. Thus, NES may be a factor that influences in obesity, changing sleep and eating patterns, appetite and neuroendocrine regulation. Objectives: Cross-sectional study to examine the chronobiological aspects of NES. Methods: Features such as emotional aspects, chronotype and sleep quality were assessed by questionnaires. Variables rhythmicity of activity and light exposure were assessed by actigraphy and expression of clock genes CLOCK, BMAL1, Cry 1 and Per 2 was measured in leukocytes. Results: 28 patients (14 with SCN - 10 women and 14 controls - 9 women) participated in this study. The age average was 40.71 ± 12.37y and BMI was 26.8 ± 5.7kg/m². We found no evidence in chronobiological analyzes related to SCN. Conclusion: Our results do not support the hypothesis that the time system can be conected to the pathophysiology of NES, because the association of symptoms that define the NES as a syndrome mainly by the characteristic temporal power that is possibly involved with the time system. The timing and quality of food should be further studied to clarify the relationship between food and the fact that humans allocate their main food in the night shift may have consequences for metabolism and reflect changes in behavior and contribute to the control of obesity. This is the first study in humans to relate the clock genes and NES.
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Mecanismos envolvidos na programação fetal do comportamento alimentar pela restrição de crescimento intrauterino em roedores e humanos

Dalle Molle, Roberta January 2014 (has links)
Introdução: Alterações no ambiente fetal conferem um risco aumentado para doenças crônicas como obesidade, doença cardiovascular, hipertensão arterial e diabetes tipo 2. As evidências sugerem que a restrição de crescimento intrauterino (RCIU) pode programar de forma persistente as preferências alimentares, e acredita-se que esse tipo de alteração comportamental, pode explicar, pelo menos em parte, o aumento do risco para essas doenças em indivíduos que sofreram RCIU. Portanto, torna-se importante entender os fatores associados e mecanismos envolvidos nesse comportamento. O objetivo deste trabalho foi investigar o efeito da RCIU no comportamento alimentar em animais e humanos, assim como os possíveis mecanismos envolvidos na sua programação. Métodos: Ratas Sprague Dawley prenhes foram randomizadas para o grupo controle (Adlib), que recebeu dieta padrão ad libitum ou grupo restrição 50% (FR), que recebeu 50% do consumo habitual de genitoras alimentadas ad libitum. As dietas foram oferecidas a partir do dia 10 de gestação até o dia 21 de lactação. Em até 24h após o nascimento, foi realizada a adoção cruzada formando os grupos: Adlib_Adlib, FR_Adlib, FR_FR, Adlib_FR. O consumo de ração padrão foi comparado entre todos os grupos. A preferência alimentar, a preferência condicionada por lugar induzida por alimento palatável, assim como a fosforilação da enzima tirosina hidroxilase e os níveis de receptores D2 no núcleo acumbens foram comparados entre os grupos de interesse (Adlib_Adlib e FR_Adlib). Nos humanos, 75 jovens, classificados quanto à RCIU, participaram de avaliação antropométrica, bioquímica e de comportamento alimentar (teste de escolha alimentar, no qual todos recebiam um valor monetário para compra de um lanche, e Dutch Eating Behaviour Questionnaire, DEBQ). Dados de neuroimagem funcional em repouso entre regiões relacionadas à recompensa de 28 indivíduos foram processados e analisados, de um total de 43 exames realizados. Resultados: No estudo experimental, viu-se que o consumo de ração padrão não foi diferente entre os grupos. Ratos restritos apresentaram preferência pela dieta palatável, mas menor condicionamento de preferência ao lugar associado ao alimento palatável. A fosforilação da tirosina hidroxilase no núcleo acumbens foi maior nestes animais no estado basal, mas após exposição ao doce essa diferença entre os grupos permaneceu apenas nos machos. A RCIU também se associou a menores níveis de receptores D2 no núcleo acumbens. No estudo clínico, encontrou-se que a menor razão de crescimento fetal (indicativo de maior RCIU) e alto índice de massa corporal predizem um estilo alimentar restritivo visto pelo DEBQ. Pessoas nascidas com RCIU também usaram menor quantidade do um recurso financeiro oferecido no teste de escolha alimentar após um período de jejum. Os dados de neuroimagem funcional sugerem que os indivíduos restritos apresentam um padrão de conectividade em repouso alterado entre o córtex orbito-frontal, o estriado ventral/dorsal e a amígdala. Conclusão: A RCIU esteve associada com preferência por alimentos palatáveis e alterações no sistema dopaminérgico no estudo experimental e alterações da conectividade em repouso entre áreas do sistema mesocorticolímbico no estudo clínico. As alterações observadas no sistema dopaminérgico dos animais restritos indicam que esse sistema estaria envolvido na programação da preferência alimentar nesses indivíduos. Além disso, o padrão de conectividade em repouso observado nos indivíduos restritos sugere que alterações em determinadas regiões do sistema de recompensa poderiam estar associadas com mudanças no comportamento alimentar. As alterações neurocomportamentais observadas confirmam a existência de programação fetal do comportamento alimentar pela RCIU, apontando modificações persistentes no sistema de recompensa do cérebro, o que pode ser visto como um fator de risco para o desenvolvimento de obesidade e suas comorbidades. / Introduction: Fetal environment changes can lead to adaptations that are associated with increased risk for obesity, cardiovascular disease, hypertension and diabetes in adult life. Evidence suggests that intrauterine growth restriction (IUGR) can persistently program the subject’s preference for palatable foods. It is believed that feeding behavior alterations can explain, at least in part, the increased risk for chronic diseases in IUGR individuals. Therefore, it becomes important to understand the factors and mechanisms involved in this behavior. The aim of this study was to explore how IUGR affects feeding behavior of animals and humans, as well as to verify the potential mechanisms related to this behavioral programming. Methods: Time-mated pregnant Sprague-Dawley rats were randomly allocated to Control (receiving standard chow ad libitum) or 50% food restricted (FR), receiving 50% of the ad libitum-fed dam’s habitual intake. These diets were provided from day 10 of pregnancy throughout day 21 of lactation. Within 24 hours after birth, pups were crossfostered, forming four groups: Adlib_Adlib, FR_Adlib, FR_FR, Adlib_FR. Standard chow consumption was compared between all groups. Food preference, conditioned place preference to a palatable diet, and the nucleus accumbens tyrosine hydroxylase phosphorylation and D2 receptor levels were analyzed focusing on two groups of interest (Adlib_Adlib and FR_Adlib). In humans, 75 youths were classified regarding IUGR and had anthropometric data, biochemical data, and feeding behavior (food choice task, in which everyone received a monetary value to purchase a snack, and Dutch Eating Behaviour Questionnaire) assessed. Forty three neuroimaging exams were performed and resting state functional connectivity between brain regions related to reward of 28 individuals were processed and analyzed. Results: In the experimental study, standard chow consumption was not different between groups. IUGR adult rats had increased preference for palatable food, but showed less conditioned place preference to a palatable diet compared to controls. At baseline, the accumbal tyrosine hydroxylase phosphorylation was increased in IUGR rats compared to controls. After sweet food exposure, the difference between groups remained only in males. Accumbal D2 receptors levels were decreased in IUGR rats. In the clinical study, it was found that low birth weight ratio (indicative of higher IUGR) and high body mass index predict a restrained eating style as seen by the DEBQ. IUGR individuals used a smaller quantity of a financial resource offered in the food choice task after a fasting period. Resting state functional connectivity data suggest that IUGR individuals had an altered pattern of connectivity between the orbitofrontal cortex, the ventral/dorsal striatum and the amygdala. Conclusion: IUGR was associated with a preference for palatable foods and alterations in the dopaminergic system in the experimental study, as well as changes in the resting state functional connectivity between regions of the mesocorticolimbic pathway in the clinical study. Alterations in the mesolimbic dopaminergic system observed in IUGR rats indicate an important role in the programming of food preferences. Moreover, the IUGR pattern of brain connectivity observed suggests that alterations in certain regions involved in reward processing and evaluation could be associated with changes in eating behavior. Neurobehavioral changes observed confirmed the existence of a fetal programming of feeding behavior associated with IUGR, pointing out to persistent modifications in the brain reward system, which can be seen as a risk factor for the development of obesity and its comorbidities.
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Efeitos da exposição crônica a adoçantes artificiais durante a gestação sobre o desenvolvimento, metabolismo energético e parâmetros comportamentais de ratos na vida adulta

Toigo, Eduardo von Poser January 2015 (has links)
Ao longo das últimas décadas tem se verificado um aumento concomitante no consumo de adoçantes artificias e na epidemia da obesidade. Adicionalmente ao seu disseminado uso em bebidas dietéticas, os adoçantes artificias são utilizados em milhares de outros produtos, desde comidas congeladas, iogurtes até papinhas para bebês. Apesar de ser muito utilizado por pessoas que visam um estilo de vida mais saudável, vários estudos têm demonstrado que o consumo de adoçantes artificiais pode levar a ganho de peso e ao desenvolvimento de diversas alterações metabólicas enquadradas dentro da síndrome metabólica. Por outro lado, o número de estudos avaliando os efeitos do consumo materno de adoçantes artificiais não calóricos sobre o metabolismo dos filhotes ao longo de sua vida são quase inexistentes. Na primeira parte dessa tese verificamos que a exposição intrauterina a aspartame e sacarina, dois adoçantes artificiais não calóricos, interferiu no metabolismo dos animais quando adultos, sendo que o aspartame apresentou efeitos mais pronunciados. Demonstrou-se que os animais expostos ao aspartame durante o período pré-natal apresentaram um maior consumo de alimentos doces durante a idade adulta e que eles estavam mais suscetíveis a alterações metabólicas, apresentando níveis aumentados de glicose, LDL e triglicerídeos. Na segunda fase deste trabalho, verificou-se que os machos expostos ao aspartame apresentaram aumento nos níveis de leptina, um hormônio secretado por adipócitos e conhecidamente envolvido no controle do metabolismo energético. Concomitantemente, esses animais apresentaram uma diminuição em receptores hipotalâmicos envolvidos na via de sinalização da insulina. Os resultados encontrados nessa tese vão de encontro com a literatura, que também tem verificado efeitos mais expressivos dos adoçantes artificiais sobre os machos. Analisando-se em conjunto, os dados encontrados nessa tese sugerem que o consumo de adoçantes artificiais, especialmente o aspartame, durante a gravidez pode levar a efeitos deletérios ao filhote no longo prazo, sendo um fator de risco para o desenvolvimento de resistência à insulina e aumentando a susceptibilidade ao desenvolvimento de desordens metabólicas na idade adulta. / Over the past decades, the consumption of artificial sweeteners have grown alongside the obesity epidemic. In addition to its widespread use in diet drinks, artificial sweeteners are used in thousands of other products ranging from frozen foods, yogurt to baby food. Despite being widely used by those seeking a healthier lifestyle, several studies have shown that consumption of artificial sweeteners can lead to weight gain and development of several metabolic disorders classified in the metabolic syndrome spectrum. Nonetheless, the number of studies evaluating the effects of maternal consumption of non-caloric artificial sweeteners on the metabolism of offspring throughout his life are almost nonexistent. In the first part of this thesis we found that intrauterine exposure to aspartame and saccharin, two artificial non-caloric sweeteners, interfere with the metabolism of animals as adults, and the aspartame had more pronounced effects. The study showed that animals exposed to aspartame during prenatal period increased their intake of sweet foods during adulthood and that they were more susceptible to metabolic alterations, with elevated levels of glucose, triglycerides and LDL. In the second phase of this study, it was found that males exposed to aspartame showed increases in the plasma levels of leptin, a hormone secreted by adipocytes and known to be involved in the control of energy metabolism. Concomitantly, these animals showed a decrease in hypothalamic receptors involved in insulin signaling pathway. The result found in this thesis are in line with the literature that has also found that males are more sensitive to the effects of artificial sweeteners. Analyzing together, the data found in this thesis suggest that the consumption of artificial sweeteners, especially aspartame, during pregnancy can lead to deleterious effects on the puppy in the long run, being a risk factor for the development of insulin resistance and increasing the susceptibility to develop metabolic disorders in adulthood.
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Efeito do polimorfismo A3669G do gene do receptor de glicocorticoide sobre o controle metabólico, comportamento alimentar e neuroimagem funcional em uma amostra de adolescentes

Rodrigues, Danitsa Marcos January 2015 (has links)
Introdução: Os glicocorticoides (GCs) estão envolvidos na regulação e adaptação da resposta ao estresse, exercendo seus efeitos através de seus receptores. Variações polimórficas no gene do receptor de glicocorticoide (GR) têm sido caracterizadas funcionalmente. O polimorfismo A3669G do gene do GR está relacionado a modificações na sensibilidade aos GCs e mudanças no perfil metabólico. Concentrações fisiológicas de GCs estimulam a ingestão calórica e, na presença de insulina, modificam a preferência alimentar. A variante A3669G do gene do GR parece levar a um menor risco para diabetes, em pacientes com Síndrome de Cushing, e para o tabagismo, quando associado a um polimorfismo do gene do receptor de mineralocorticoide, sugerindo uma modulação na via de recompensa. O objetivo deste trabalho é avaliar a associação de variantes do polimorfismo A3669G do gene do GR com o comportamento alimentar e parâmetros metabólicos em uma amostra de estudantes, correlacionando com dados de neuroimagem funcional. Métodos: A amostra provém de alunos de 6 escolas de Porto Alegre, avaliados em 2008 e em 2013. Em 2008, 131 indivíduos apresentavam o protocolo completo de avaliação e, destes, 74 retornaram em 2013. A avaliação incluiu genotipagem, antropometria, exames laboratoriais, comportamento alimentar e um paradigma avaliando a ativação cerebral em resposta a visualização de imagens de alimentos palatáveis, não palatáveis e de objetos neutros. A análise da associação com os fenótipos foi realizada através do teste t de Student e Chi quadrado; os dados do estudo longitudinal foram analisados por meio de Equações de Estimatição Generalizada. Resultados: A variante G do polimorfismo A3669G do gene do GR foi encontrado em 17,6% em 2008 e em 14,9% da amostra em 2013. Não houve diferença entre os grupos de carreadores do alelo G e não carreadores quanto a diferentes confundidores; a comparação entre as médias dos dois grupos sobre o consumo calórico proveniente de proteínas, carboidratos e gorduras em 2008 não revelou diferenças significativas; nesta etapa, as análises evidenciaram maior consumo de açúcares e de calorias totais no grupo não carreador do alelo G. Em 2013, estes indivíduos não carreadores do alelo G do polimorfismo A3669G apresentaram maior insulinemia e além de aumento no índice de resistência à insulina, sem diferenças no consumo alimentar. Os dados de neuroimagem funcional indicaram que a visualização de imagens de alimentos palatáveis pelo grupo não carreador do alelo G ativou o giro occipital médio, uma região implicada no processamento visual, mostrando menor ativação em giro pré central e nas áreas de Brodmann 4 e 6, relacionadas ao planejamento motor e sensibilidade ao sabor. Conclusão: Os resultados mostram que os indivíduos não carreadores da variante G do polimorfismo A3669G do gene do GR apresentaram menor sensibilidade à insulina, precedidos pela modulação na preferência alimentar. Os achados em neuroimagem funcional indicam maior saliência de incentivo aos alimentos palatáveis e predisposição à impulsividade no grupo não carreador do alelo G. Sugere-se que a redução na sensibilidade em nível celular aos GCs relacionada à presença do alelo G, afete a ingestão alimentar, reduzindo o consumo de alimentos palatáveis, diminuindo o risco para doenças metabólicas. / Introduction: Glucocorticoids are involved in regulation and adaptation of the stress response, exerting effects through its receptors. Variations on the glucocorticoid receptors genes have been characterized functionally. The A3669G polymorphism of the glucocorticoid receptor gene is related to a change in the tissue sensitivity to glucocorticoids and altered metabolic profile. Physiological concentrations of glucocorticoids stimulate food intake and in the presence of insulin affect food preferences. The G variant of the A3669G polymorphism appears to lead to a lower risk for diabetes, in patients with Cushing's syndrome, and smoking, when associated with a polymorphism of the mineralocorticoid receptor gene, suggesting a modulation in reward pathways. The objective of this study is to evaluate the association of A3669G polymorphism variants with feeding behavior and metabolic parameters in a sample of students correlating with functional neuroimaging data. Methods: The sample includes students of 6 schools in Porto Alegre, evaluated at two occasions 2008 and in 2013. In 2008, 131 individuals had complete protocol assessment and, from these, 74 returned in for re- evaluation in 2013. The evaluation included genotyping, anthropometry, laboratory tests, feeding behavior and a functional MRI paradigm to verify brain activation in response to the visualization of palatable, non- palatable foods and neutral items. The association with phenotypes was performed using Student's t test and Chi-square; longitudinal study data were evaluated using Generalized Estimating Equations. Results: The variant of the A3669G polymorphism was found in 17.6% of the students in 2008 and 14.9% of the sample in 2013. There was no difference between groups in the sample composition; the comparison between groups of the mean caloric intake originating from proteins, carbohydrates and fats in 2008 revealed no significant differences; at this time, analysis showed lower consumption of sugars and total calories in the G carrier group. In 2013, these individuals showed a reduction in insulin level and resistance, with no differences in food intake. The fMRI data indicated that viewing a food palatable image by the wild-type allele carrier group activated a region involved in visual processing (middle occipital gyrus) and deactivated an area related to motor planning and sensitivity to taste (pre central gyrus). Conclusion: The results showed that G carriers of the A3669G polymorphism of glucocorticoid receptor gene had lower insulin resistance levels, preceded by modulation of their food preference. The findings in functional neuroimaging showed increased incentive salience on viewing palatable food images and a predisposition for impulsivity in noncarriers. Data suggest that reduction in glucocorticoids sensitivity at a cellular level affects food intake, by reducing consumption of palatable foods, possibly decreasing the risk for metabolic diseases.

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