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Paridade de poder de compra no Brasil: uma análise com quebra estruturalPalaia, Daniel Rodolfo Antonelli 19 June 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-06-19T00:00:00Z / O objetivo deste trabalho foi avaliar a hipótese da paridade de poder de compra em sua forma absoluta no Brasil entre 1980 e 2006. Para testar a paridade de poder de compra (PPC) em sua forma absoluta foram realizados, inicialmente, os tradicionais testes de raiz unitária. As alterações nas condições macroeconômicas das séries brasileiras podem ter alterado as propriedades estocásticas das séries de câmbio e de nível de preços, o que pode ter viesado os resultados dos testes ADF do segundo capítulo. Os testes de raiz unitária com quebra estrutural foram realizados para reavaliar os resultados dos testes sem quebra estrutural e as conclusões acerca da validade da PPC absoluta no Brasil. Os resultados dos testes de raiz unitária sobre a taxa de câmbio real indicaram a presença de uma raiz unitária quando o câmbio real foi calculado através de índices de preços ao atacado, IPA –DI para o Brasil e PPI para os EUA. Quando foram utilizados índices de preços ao consumidor, IPC – FIPE para o Brasil e CPI para os EUA, a taxa de câmbio real tornou-se estacionária. Esse é um resultado contra-intuitivo pois a paridade de poder de compra absoluta deveria ser válida justamente quando no cálculo da taxa de câmbio real são utilizados índices de preços ao atacado dado que a maioria dos bens que compõe a cesta desses índices tem seus preços determinados pelo comércio internacional. Em seguida, no mesmo capítulo, foi realizada análise de cointegração conforme o procedimento de Johansen e Juselius (1988) para determinar se existe uma relação de longo prazo entre taxa de câmbio nominal, índice de preço externo e interno. Os resultados para a amostra completa (1980:2006) foram desfavoráveis à aceitação da paridade de poder de compra absoluta e também na sub-amostra de 1994 a 2006. Nesse sub-período foi possível notar que a taxa de câmbio estava desalinhada em relação ao comportamento do diferencial de preços externo e interno. No capítulo três foram realizados testes sobre a PPC utilizando procedimentos que levam em conta a presença de quebras estruturais. Primeiramente, foram realizados testes de raízes unitárias utilizando-se o teste de Perron e Vogelsang (1998). O ano de 1998 foi o que apresentou com maior freqüência a menor estatística t, mas para nenhum dos modelos desenvolvidos por Perron e Vogelsang (1998) foi possível encontrar indícios da validade da PPC absoluta. Finalmente, foram realizados testes de cointegração com quebra estrutural utilizandose a metodologia de Gregory e Hansen (1996). O teste desenvolvido por esses autores utiliza como base o teste de cointegração de Engle e Granger (1987) para determinar a menor estatística t para uma determinada amostra. Os anos de 1983 e 2003 foram os que apresentaram com maior freqüência a menor estatística t para os modelos desenvolvidos por Gregory e Hansen (1996), mas em nenhum dos casos foi possível aceitar a hipótese de validade da PPC absoluta. A paridade de poder de compra absoluta foi testada de diversas formas ao longo do trabalho, mas na maioria dos casos, como foi dito acima, não foi possível aceitar sua validade.
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Analise da demanda por compensados no BrasilFerreira, Aguimar Mendes 27 June 2013 (has links)
Analisou-se a demanda par compensados no Brasil, ajustando-se através do método dos mínimos quadrados, um modelo de demanda envolvendo a período compreendido entre 1978 e 1992. As variáveis explicativas utilizadas neste trabalho foram: a PIB "per capita", os preços dos compensados, os preços dos produtos substitutos e a variável tendência, para reduzir o viez provocado pela possível omissão de variáveis. Testou-se também a variável custo da construção civil, porem esta foi excluída do modelo, por que seu coeficiente não foi significativamente diferente de zero, ao nível de probabilidade de 0,10.O ajuste apresentou bons resultados, sendo que a R2 foi de 0,89, indicando que 89% das variações na variável dependente são explicadas pelo modelo. Por outro lado, a erro padrão das estimativas foi de 7,85%, reforçando a qualidade do ajuste. As variáveis com maior significância foram: 0 PIB "per capita", seguido da variável tendência, acompanhada pelos preços dos produtos substitutos, seguido dos preços do compensado. O alto nível de significância da variável tendência, associado ao alto valor de R2 mostra que esta contribuiu para a redução do erro provocado peIa possível omissão de outras variáveis no modelo. A elasticidade-renda da demanda por compensados, obtido pelo modelo foi de 2,28, indicando que ha uma forte variação na demanda decorrente de variações na renda. Por outro lado a elasticidade-preço da demanda par compensados foi de -0,18. indicando que a efeito cIa variação nos preços sabre a quantidade demandada e menor do que a efeito cia variação na renda sabre a mesma variável. A projeção da demanda por compensados no Brasil para as períodos de 1990/1995, 1995/2000 e 2000/2005. Apresentou, respectivamente, as taxas geométrica de crescimento de 2,96, 2,90 e 2,78% ao ano
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A defesa do consumidor na estrutura socio-econômica do neo-liberalismoFortuny, María Alejandra January 2000 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Jurídicas. / Made available in DSpace on 2012-10-18T01:03:42Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2014-09-25T17:20:43Z : No. of bitstreams: 1
176865.pdf: 5473527 bytes, checksum: e81e9c156475b874ede7d1566d58b39f (MD5) / O presente trabalho procura realizar uma abordagem interdisciplinar em torno do fenômeno de consumo, como complexo emergente na sociedade contemporânea, em conjunção com o sistema financeiro globalizado. O consumo, como significante estrutural, irrompeu na cena social como manifestação do mercado de massas. A partir de então, como fenômeno social complexo, permeou todos os regimes de significantes da vida dos sujeitos, incluindo-se aí o sistema do direito. O direito do consurnidor, como "novo direito", possui características diversas e complexas em comparação com o elenco de direitos tradicionais. Assim, confrontados o direito do consumidor com o direito tradicional e com o sistema financeiro globalizado, os pontos de inflexões conflitivas, colocados pela financeirização e legitimados pelo direito tradicional se sobrepõem às relações argumentativas complexas da legislação consumerista. Para a realização dessa tarefa, procede-se, inicialmente, à exposição do fenômeno de consumo como significante complexo emergente. Ainda, como manifestação da complexidade desse fenômeno, procura-se desvendar a trajetória da normativa consumerista nos âmbitos internacional e nacional. Na seqüência, indaga-se quanto aos processos econômico-financeiros dominantes na estrutura social do sistema globalizado. E, por meio de uma confrontação direta, elucidam-se os conflitos derivados das antinomias entre o direito do consumidor, o direito tradicional e a financeirização como padrão sistêmico. Por último, são apresentadas duas perspectivas para o futuro: a construção de um conceito de cidadania consumerista e o papel da Justiqa para o século XXI.
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O consumismo como um novo iluminismoSantos, Eduardo Alexandre Amaral dos January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. / Made available in DSpace on 2012-10-22T07:48:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1
225562.pdf: 1201073 bytes, checksum: c6434d9fb50bfd424640cf5e2e3762c9 (MD5) / O presente trabalho de pesquisa, com base em referências teóricas, investiga e identifica os mecanismos pelos quais o consumismo, amplamente amparado pelos meios de comunicação de massa, tornou-se um complexo significante do modo de vida na sociedade contemporânea.
Para chegar a tais resultados foram mapeadas as raízes da cultura de consumo, bem como momentos de maior recrudescência, chegando a sua consagração corroborados pelo pós modernismo, a globalização, a crescente financeirização da sociedade e o domínio da ideologia de mercado, chegando por fim nos movimentos de contestação ao consumismo exercido pelas Ongs, ecologistas, centros de mídia independentes e grupos de ativistas, políticos ou não, que procuram de alguma maneira alternativas ao consumo compulsório e alienante buscando a prática do consumo sustentável e solidário.
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Para uma crítica à sociedade da administração dos afetos: ou sobre quem é digno de viver no capitalismo / For a critique of the society of the administration of affections: or On Who is worthy to live in capitalismCastro, Emanuel Messias Aguiar de January 2016 (has links)
CASTRO, Emanuel Messias Aguiar de. Para uma crítica a sociedade da adminstração dos afetos: ou sobre quem é digno de viver no capitalismo. 2017. 213f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Fortaleza (CE), 2017. / Submitted by Gustavo Daher (gdaherufc@hotmail.com) on 2017-03-15T15:38:31Z
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Previous issue date: 2016 / The text presented here intends to present a critical diagnosis of the conditions of possibility of the insurgency of life forms in capitalism. In this way, we have evoked throughout the text the relation between capitalism, rationalities and ideology, in order to understand how the forms of domination and exploitation are organized by condensing themselves into the forms of life. The diagnosis, besides composing the objective of this work, is also the method used to achieve it. We’ve tried, throughout the text, to reconstruct the contingencies of capitalism (in its dimension of political economy), of rationalities and ideologies. It was not, however, a question of the reconstruction of the ways of life of the capitalism in the various phases presented here. Instead, from the hegemonic conformations of these concepts, the goal is to present how, at the macro political level, these influence on the dispositions and tendencies of the forms of sociability. The central hypothesis presented here, however, is that such provisions are imbricated in the management of motilities. Underlying the diagnostic work, a complementary diagnosis was necessary: the administration of the affections. With this, in the first part of the text, composed by the first three chapters, one perceives an effort of the forms of rationality in offering an ideal of happiness. However, by evoking psychoanalysis as a critical and analytical tool of this work, fear and anguish arise as affections with a strong power to influence the tendencies and dispositions of life forms. The literature also offered the idea of an affection that does not participate in the management circuit: the helplessness. Before this the questioning about the figures that are placed outside the forms of lives became necessary. The concept of "unworthy life" then emerged as an analytical category. Thus, in the last part of the work the relations between the affective circuits, the forms of life and the "unworthy life" were discussed. The psychoanalytic notion of jouissance was very important for this, since all the final analysis is based on the idea of the passage from a society that regulates through the prohibition to a society that regulates through the incentive. Finally, we tried to answer the question that entitles this text: "who is worth living in capitalism?". / O texto aqui apresentado tem o intuito de apresentar uma diagnóstica crítica das condições de possibilidade da insurgência das formas de vida no capitalismo. Desta maneira, evocamos, ao longo do texto, a relação entre capitalismo, racionalidades e ideologia, para compreender como as formas de dominação e exploração se organizam condensando-se nas formas de vida. A diagnóstica, para além de compor o objetivo desse trabalho, é também o método usado para a realização desse objetivo. Tentamos, ao longo do texto, reconstruir as contingências do capitalismo (em sua dimensão de economia-política), das racionalidades e das ideologias. Não se tratou, contudo, da reconstrução dos modos de vida nas várias fases aqui apresentadas do capitalismo. E sim, a partir das conformações hegemônicas desses conceitos, apresentar como, no plano da macropolítica, estes influenciam nas disposições e tendências das formas de sociabilidade. A hipótese central aqui apresentada, porém, é de que tais disposições estão imbricadas na administração das motilidades. Assim subjacente ao trabalho de diagnóstica,se fez necessário um diagnóstico complementar: o da administração dos afetos. Com isso, na primeira parte do texto, composta pelos três primeiros capítulos, percebe-se um esforço das formas de racionalidade em oferecer um ideal de felicidade. Entretanto, ao evocar a psicanálise, como ferramenta crítica e analítica deste trabalho, o medo e a angústia surgem como afetos com forte poder de influenciar as tendências e disposições das formas de vida. A literatura ofereceu, também, a ideia de um afeto que não participa do circuito gerencial: o desamparo. Diante deste o questionamento sobre as figuras que se situam fora das formas de vidas tornou-se necessário. O conceito de “vida indigna” despontou, então, como categoria analítica. Assim, na última parte do trabalho foram discutidas as relações entre os circuitos afetivos, as formas de vida e a “vida indigna”. A noção psicanalítica de gozo foi de suma importância para isso, pois toda a análise final é pautada na ideia da passagem de uma sociedade que regula através da proibição para uma sociedade que regula através do incentivo. Por fim, buscou-se responder ao questionamento que intitula esse texto: “quem é digno de viver no capitalismo?”.
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A narrativa do mito: observando o consumo do luxo como espiritualidadeSilva, Carlos Lima January 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004 / O consumo como espiritualidade de acordo com Holbrook (1999) e o consumo do luxo de acordo com Alléres (2000) foram os temas iniciais usados neste trabalho como forma de buscar conhecer o que o consumidor tem a dizer a respeito de suas experiências de compras especiais e marcantes. A partir da Taxonomia do Valor de Consumo de Holbrook (1999), este trabalho procurou responder à seguinte pergunta: como a narrativa do mito descreve o consumo enquanto eSpiritualidade? Nas entrevistas realizadas foi usada uma abordagem interpretativa onde os informantes pudessem fazer emergir livremente suas considerações sobre o assunto. Pelos dados levantados, a narrativa do mito parece ser usada como metáfora para descrever o consumo como espiritual idade. As categorias êmicas encontradas sugerem um direcionamento para os esforços de marketing de quem pretende proporcionar uma experiência relevante ao consumidor, principalmente a partir de uma perspectiva metafórica. / Consuming as spirituality according to Holbrook (1999) and consuming of luxury according to Alléres (2000) are the opening themes used in this research in order to knowing what the consumer has to say about his/her special and remarking consuming experiences. From the Holbrook (1999)'s Consumer Value Taxonomy, this research tried to answer the following question: how does myth narra tive describes consuming as spirituality? In the interviews done, an interpretative approach was used letting the informers freely make their considerations on the subject. This study revealed that the myth narrative may be used as a metaphor to describe consuming as spirituality. The emic categories found suggest a direction to the efforts of those who intend to promote a relevant experience to the consume r, especially from a metaphoric perspective.
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Três ensaios sobre diferenciação de produtoFiuza, Eduardo Pedral Sampaio January 2001 (has links)
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Previous issue date: 2001-06-04 / O presente trabalho visa por um lado, avaliar o impacto das políticas sobre a concorrência em dois setores industriais nos anos 90 – automobilístico e farmacêutico –, mas principalmente, apresentar uma metodologia de análise de demanda e de concorrência em mercados de produtos diferenciados, pois negligenciar a diferenciação de produtos na formulação de políticas públicas pode levar a políticas completamente equivocadas.
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Intra-household consumption inequality: empirical evidence from Brazil / Desigualdade intra-domiciliar no consumo: evidência empírica para o BrasilVelilla Gómez, Raúl Alfonso 24 February 2017 (has links)
Submitted by Marco Antônio de Ramos Chagas (mchagas@ufv.br) on 2017-06-07T16:12:42Z
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Previous issue date: 2017-02-24 / A análise da desigualdade tradicionalmente tem-se baseado em medidas de renda em nível domiciliar, ignorando a distribuição de recursos dentro do agregado familiar. De fato, a análise tradicional da desigualdade baseia-se no modelo unitário de comportamento do consumidor, que assume uma distribuição igualitária dos recursos entre os membros da família. Ao fazê-lo, aspectos importantes como os ganhos decorrente do consumo conjunto, que poderiam influenciar o bem-estar individual, não são levados em consideração. Esta desvantagem ocorre porque os microdados sobre o consumo costumam fornecer informações ao nível do agregado familiar, em lugar de fornecê-lo ao nível individual, tornando impossível obter medições diretas da desigualdade com base no consumo individual. O Brasil não é exceção nesta questão e a análise de como o processo de alocação de recursos dentro dos domicílios é dado não tem recebido muita atenção e continua sendo um enigma. Para preencher essa lacuna, esta pesquisa aplica um modelo de consumo coletivo para analisar a desigualdade econômica entre indivíduos de famílias brasileiras. Para alcançar este objetivo, identificaram-se as chamadas parcelas de recursos, que são consideradas medidas das despesas de consumo individual e podem ser estimadas diretamente a partir de dados em nível domiciliar. Em particular, foi identificada a participação de cada membro no consumo total de sua família, por meio de suas despesas com bens privados, como roupas e sapatos. Assim, informações sobre o bem-estar econômico de cada membro da família foram obtidas. Este estudo utilizou microdados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2008/2009) coletada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A análise foi restrita a famílias tradicionais, ou seja, casais sem ou com até três filhos. Os resultados empíricos revelaram a existência de desigualdade na alocação de recursos dentro dos domicílios. Em particular, verificou-se que nas famílias brasileiras os homens absorvem uma maior fração dos recursos familiares do que as mulheres, em todos os tamanhos das famílias analisadas. Verificou-se também que a proporção dos recursos totais dedicados às crianças aumenta com o número de crianças, mas a proporção média por criança decresce. Além disso, os resultados sugerem que o nível de educação dos adultos parece estar associado a uma maior parte de sua fração na despesa total, mas negativamente relacionado com os recursos de seu parceiro. Por outro lado, constatou-se um efeito positivo da participação das mulheres no mercado de trabalho e seu nível de educação sobre as parcelas dos recursos de seus filhos. Ademais, os resultados identificam uma possível heterogeneidade na alocação de recursos dentro do agregado familiar entre as regiões. Em particular, verificou-se que famílias localizadas nas regiões Sudeste e Nordeste parecem distribuir seus recursos de forma mais igualitária entre os seus membros comparados com às outras regiões. Em geral, os resultados obtidos não rejeitaram o modelo coletivo de comportamento dos domicílios em todas as estimativas. Em contrapartida, nós rejeitamos o modelo unitário padrão. Finalmente, esses resultados são informativamente cruciais para o desenho de políticas redistributivas ou programas sociais porque proporcionam uma visão mais ampla e mais precisa do bem-estar dos indivíduos. Mais precisamente, nossos resultados podem informar os formuladores de políticas sobre como beneficiar aos indivíduos efetivamente dentro dos domicílios, a fim de minimizar a incidência da desigualdade, bem como fornecer informações úteis para os programas de Transferência Condicionada de Renda (como Bolsa-Família) sobre como desenhar as transferências de forma mais eficiente. / The analysis of inequality has been traditionally based on measures of income at the household level, ignoring the distribution of resources within the household. In fact, the traditional analysis of inequality had been based on the unitary model of consumer behavior, which assume an equal distribution of resources among family members. In doing so, important aspects as gains from joint consumption, that could influence individual well-being, are not taken into account. This drawback has occurred because typical micro-data on consumption usually provide information at the household level instead of at individual level, making it impossible to obtain direct measures of inequality based on individual consumption. Brazil is not an exception on this issue and the analysis of how the intra-household resource allocation process is given has not received much attention and remains a puzzle. In order to fill this gap, this research apply a collective consumption model to analyze economic inequality among individuals of Brazilian families. To achieve this, we identify the so-called resource shares, which are considered useful measures of individual consumption expenditure and can be estimated directly from household level data. In particular, we identify each member’s share of total household consumption through his or her expenditure on a private assignable goods such as clothing and footwear. Therefore, we are able to recover information about the economic well-being of household members. This study used micro-level dataset from the Consumer Expenditure Survey (POF 2008/2009) collected by the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE). Our analysis has focused on traditional families, married couples with zero to three children. Our empirical results reveal the existence of inequality in the allocation of resources inside the household. In particular, we found that in Brazilian families men absorb a higher fraction of family resources than women in all family sizes. We also found that the share of total resources devoted to children increases with the number of children, but the average per child share decreases. In addition, our results suggest that adults’ education level seems to be associated to a larger of his or her fraction of the total expenditure, but is negatively related with resources of her or his partner. Our finding reveal a positive effect of women’s participation in the labor market and her education level with the shares devoted to their children. Furthermore, our results identify a possible heterogeneity in the allocation of resources inside the household across regions. In particular, we found that families located in Southeast and Northeast regions seems to distribute their resources more equally among their members compared to the other regions. In general, our results did not reject the collective model in all estimations. By contrast, we do reject the standard unitary model. Finally, our results are informatively crucial for the design of redistributive policy or social programs, because they provide a broader and more accurate view of the well-being of individuals. More precisely, they could inform policy makers about how to target individuals effectively within households in order to minimize the incidence of inequality as well as provide useful information for Conditional Cash Transfer programs (such as Bolsa- familia) on how to address the transfers more efficiently. / Sem Lattes
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Vulnerabilidade de consumo por analfabetosChertman, Fernando 21 February 2011 (has links)
Submitted by Cristiane Shirayama (cristiane.shirayama@fgv.br) on 2011-05-24T14:26:30Z
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Previous issue date: 2011-02-21 / Nas últimas décadas os avanços econômicos têm permitido um aumento da riqueza, com um grande número de pessoas abandonando a condição de pobreza no mundo. O Brasil acompanhou esse processo com sucesso nos campos econômico e social. Essa melhora gerou mudança na pirâmide econômica do país, com incremento da classe média e ampliação do acesso a bens e serviços. Com o avanço do desenvolvimento econômico, o grau de instrução formal dos brasileiros também aumentou. Mesmo com esse avanço, o analfabeto funcional, aquele que sabe ler, mas não consegue participar de todas as atividades em que a alfabetização é necessária para seu funcionamento efetivo, ainda representa uma situação com presença significativa nas estatísticas sociais A capacidade de obtenção e de manipulação de informações é fundamental para que um indivíduo esteja integrado à sociedade em que vive. A falta de domínio completo da leitura e da escrita gera, na sociedade atual, grandes dificuldades para o cotidiano. Tais dificuldades muitas vezes se transformam em exclusão, quando o indivíduo é colocado à margem de seu grupo pela dependência que tem de outras pessoas. Esse trabalho buscou identificar como a vulnerabilidade de indivíduos analfabetos ou semi-analfabetos se manifesta em seus hábitos de consumo, suas práticas cotidianas e estratégias de consumo frente à supostas dificuldades. Foram realizadas entrevistas em profundidade com alunos de um curso de alfabetização de adultos para mapear suas práticas de consumo e identificar a ocorrência ou não de vulnerabilidades descritas na teoria, sendo possível identificar como resultado três cenários: as situações de vulnerabilidade descritas na teoria foram identificadas na prática, ou seja, nas entrevistas realizadas; as situações de vulnerabilidade descritas na teoria não foram identificadas nas práticas cotidianas e de consumo dos entrevistados; algumas situações apresentadas pela teoria como causadoras de fragilidades nas entrevistas surgiram como positivas e reforçando o caráter dos entrevistados. A amplitude dos resultados permitiu mapear algumas limitações e, conseqüentemente, sugestões para futuros trabalhos, como analisar analfabetos em um contexto não urbano, aprofundar o recorte para tentar mapear variáveis específicas, como idade e mesmo outros aspectos de vulnerabilidade não identificadas necessariamente ao consumo, como a empregabilidade, por exemplo.
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Roça, uma marca registrada: o processo de valorização do rural na sociedade brasileira / Roça, a registered trademark: the rural appreciation process in Brazilian societySilveira, Lidiane Nunes 27 November 2015 (has links)
Submitted by Reginaldo Soares de Freitas (reginaldo.freitas@ufv.br) on 2016-04-13T17:22:43Z
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Previous issue date: 2015-11-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta pesquisa analisou os usos e significados do termo roça expressos nas marcas de produtos e serviços no mercado brasileiro, entre os anos de 1960 e 2014. Partiu-se da premissa de que roça é um termo de uso nativo, relativo e relacional, que, a depender do contexto social, pode carrear uma valoração simbólica positiva ou estigmatizada para classificar pessoas e bens, na perspectiva da antropologia do consumo. Teve-se como pressuposto que os usos e os significados atribuídos ao termo roça, no Brasil, poderiam revelar mudanças e permanências acerca da representação do “campo”, enquanto espaço físico, e do “rural”, enquanto modo de vida, indicando, implicitamente, a dinamicidade da relação campo-cidade e rural-urbano em meio às transformações socioeconômicas do Brasil. Estabeleceu-se, como hipóteses de trabalho, que o uso da categoria roça entre atores de diferentes contextos sociais, até meados dos anos 1980, acentuava as tradicionais assimetrias historicamente instituídas na sociedade brasileira. Após os anos 1980, o uso dessa categoria nas marcas de produtos e de serviços apontaria para a flexibilização das fronteiras demarcatórias das hierarquias sociais, ao criar identificadores fluidos em relação às posições sociais de consumidores e produtores. A valoração positiva do termo roça na sociedade brasileira se relacionaria tanto a fatores externos, como a emergência de discursos voltados à conservação ambiental e a revalorização do rural como alternativa de vida às condições sociais da modernidade tardia e do pós-produtivismo, quanto a fatores internos, como as conquistas advindas das políticas sociais posteriores ao período da redemocratização brasileira. A pesquisa analisou uma amostra de 325 marcas com solicitação de registro, com a palavra roça, no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), no período entre 1965 e 2014. Esta amostra foi analisada utilizando-se estatística descritiva e análise de conteúdo de frequência, léxico-sintática e categórica. Realizou-se também trabalho de campo, aplicando-se 70 questionários semiestruturados e entrevistas a produtores, distribuidores e consumidores de produtos e serviços com a marca roça no Mercado Central de Belo Horizonte e no 4o Festival de Gastronomia e Cultura da Roça, na cidade de Gonçalves, em Minas Gerais. Estes dados foram analisados por meio de estatística descritiva, análise de conteúdo categórica, com a utilização do software NVivo, e análise estatística textual, com auxílio do software Alceste. A análise de conteúdo das marcas corroborou a hipótese de que a categoria roça apontaria para uma revalorização do rural, sendo utilizada para se distinguir dos produtos e serviços industrializados, massificados, indiferenciados, destacando a sua procedência ou origem. Na perspectiva dos produtores, distribuidores e consumidores, os produtos com a marca roça foram classificados positivamente como naturais e artesanais em detrimento dos produtos industrializados. A classificação desses produtos e serviços pelos entrevistados envolvia os ideais de natureza, bem como o imaginário romântico-nostálgico e tradicional. Constatou-se uma permanência no uso histórico do termo roça como sinônimo de lavoura, campo e rural, mas a atribuição de novos significados, como românticos, nostálgicos e com referências à natureza que confirmam uma tendência de valorização do rural em curso. Comprovou-se também o caráter relativo e relacional do termo roça, considerado como lavoura, campo e rural para os entrevistados residentes no campo, e como natureza, interior e cidade pequena para os respondentes metropolitanos. / This research analyzed the uses and meanings of the term roça expressed in trademarks of products and services in the Brazilian market, between 1960 and 2014. Started from the premise that roça is a native terms of use, relative and relational that depending on social context, can generate a positive symbolic value or stigmatized to classify people and goods based on Anthropology of Consumption. It had as presupposition that the uses and meanings attributed to the term roça in Brazil, could reveal changes and stays on the representation of the “field”, while physical space, and “rural” as a way of life, indicating implicitly, the dynamics of country side-town and rural-urban relationship among the socio-economic transformations in Brazil. It was established as a working hypothesis that the use of roça category between actors from different social contexts, until the mid-1980s, accentuated the traditional asymmetries historically instituted in Brazilian society. After the 1980s, the use of this category in trademarks of products and services this fact should point to flexibility of the frontier demarcation in social hierarchies, as they create identifiers fluids in relation to social position of consumers and producers. The positive evaluation of the term roça in Brazilian society would relate both to external factors such as the emergence of speeches aimed at environmental conservation and upgrading of the rural as an alternative life to the social conditions of late modernity and post-productivism, as the internal factors such as the achievements resulting from subsequent social policies to the period of Brazilian redemocratisation. The research analyzed a sample of 325brands with registration request with the word roça, the National Institute of Industrial Property (INPI) in the period between 1965 and 2014. This sample was analyzed using descriptive statistics and analysis of frequency content, lexical-syntactic and categorical. Also held fieldwork, applying 70 semi- structured questionnaires and interviews with producers, distributors and consumers of products and services to the roça brand in the Central Market of Belo Horizonte and 4th Food Festival and Culture from the Roça in the city Gonçalves, in Minas Gerais. These data were analyzed using descriptive statistics, categorical content analysis using NVivo software and textual statistical analysis using the Alceste software. The content analysis of the marks corroborated the hypothesis that roça category would point to a revaluation of the rural and have been used to distinguish the goods and industrial services, mass market, undifferentiated, highlighting their origin or source. From the perspective of producers, distributors and consumers, products with the roça brand were rated positively as natural and hand made at the expense of manufactured products. The classification of these products and services by interviewees involved the ideals of nature as well as the romantic, nostalgic and traditional imaginary. It was found a stay in the historical use of the term roça as synonymous with agriculture, countryside and rural, but the allocation of new meanings, as romantic, nostalgic and with references to nature that confirm a rural on going appreciation trend. It also demonstrated the relative and relational character of the term roça, regarded as farming, countryside and rural residents to interviewees in the field and how nature, country town and small town to the metropolitan respondents.
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