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Efeitos de um programa de intervenção cognitivo motora em crianças com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade / Effects of a cognitive motor intervention program on children with attention deficit hyperactivity disorder

Marques, Juliana Cristina Fernandes Bilhar 05 April 2019 (has links)
O Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade é o transtorno do neurodesenvolvimento mais comum da infância, possui como característica um padrão persistente de desatenção, hiperatividade e/ou impulsividade. O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos de um Programa de Intervenção Cognitivo Motora (PICM) nos sintomas de crianças com indicadores de TDAH, além de verificar o desempenho motor e aspectos cognitivos após a intervenção. Alguns estudos indicam que a estimulação motora e cognitiva realizada precocemente pode interferir na minimização dos sintomas e, consequentemente, no impacto deste ao longo da vida. Método: um total de 796 crianças, com idades entre quatro e seis anos, participou do processo de triagem para verificação de elegibilidade. Após a análise das respostas dos pais e professores pelo instrumento SNAP-IV e verificação dos critérios de inclusão e exclusão, 40 crianças apresentaram indicadores do TDAH, sendo divididas em dois grupos: experimental (GE) e controle (GC). Estas crianças foram avaliadas pelo SNAP-IV para verificação da intensidade dos sintomas de desatenção e hiperatividade, pela Movement Assessment Battery for Children (2ª ed.) para o desempenho motor, Teste de Trilhas para Pré-Escolares para flexibilidade cognitiva, Teste de Tempo de Reação Simples Seriado (TRSS) para atenção sustentada e Teste PathSpan para memória operacional visuoespacial. O GE foi submetido a 16 sessões do PICM, que envolvia atividades em grupo com estímulos para coordenação motora grossa, coordenação motora fina, equilíbrio, noção espacial e funções cognitivas. Resultados: De acordo com o Teste ANOVA, houve diferença estatística na comparação intergrupo para os sintomas de hiperatividade, de acordo com a resposta dos professores (p=0,015), e para os sintomas de desatenção, também ocorreu diferença intragrupo (p=0,020) e intergrupo (p=0,013), pela resposta dos pais, indicando aumento da intensidade destes sintomas para o GC. Além desta medida, verificou-se, por meio do Teste Wilcoxon, diferença estatística significante na comparação intragrupo em relação ao GE (p=0,035) no TRSS. Discussão: nossos achados demonstraram que a intervenção proposta não minimizou os sintomas de desatenção, de acordo com a resposta dos pais, porém pode ter atuado como fator protetivo para o aumento destes sintomas, já para os sintomas de hiperatividade, pela resposta dos professores, a intervenção também pode ter atuado como fator protetivo para a maior intensidade destes. Além deste desfecho, os resultados demonstraram que a intervenção interferiu na atenção sustentada das crianças que foram submetidas à intervenção. Todavia, para as demais medidas relacionadas ao desempenho motor, memória operacional e flexibilidade cognitiva, a intervenção não levou a alterações. Estes resultados indicam que abordagens envolvendo estímulos motores e cognitivos podem ser uma alternativa para a minimização dos sintomas do TDAH e melhora da atenção sustentada / Attention Deficit Hyperactivity Disorder is the most common neurodevelopmental disorder of childhood, characterized by a persistent pattern of inattention, hyperactivity and / or impulsivity. The objective of this study was to investigate the effects of a Cognitive Motor Intervention Program (PICM) in the symptoms of children with ADHD indicators, as well as to verify the motor performance and cognitive aspects after the intervention. Some studies indicate that motor and cognitive stimulation performed early can interfere in the minimization of symptoms and consequently in the impact of this throughout the life. Method: A total of 796 children, ages four and six, participated in the screening process for eligibility verification. After analyzing the parents and teachers responses using the SNAP-IV instrument and verification of the inclusion and exclusion criteria, 40 children presented ADHD indicators, being divided into two groups: experimental (GE) and control (CG). These children were assessed by the SNAP-IV to assess the intensity of the symptoms of inattention and hyperactivity, by Movement Assessment Battery for Children (2nd ed.) for motor performance, Pre-School Trail Making Test for cognitive flexibility, Serial Simple Reaction Time (TRSS) for sustained attention and PathSpan test for visuospatial working memory. GE was submitted to 16 sessions of the PICM, which involved group activities with stimuli for gross motor coordination, fine motor coordination, balance, spatial notion and cognitive functions. Results: According to the ANOVA test, there was a statistical difference in the intergroup comparison for the symptoms of hyperactivity, according to the teachers\' perception (p = 0.015), and for inattention symptoms, there was also an intragroup difference (p = 0.020) and intergroup (p = 0.013), by parents\' perception, indicating an increase in the intensity of these symptoms for the CG. In addition to this measure, the Wilcoxon test showed statistical difference in the intragroup comparison in relation to the SG (p = 0.035) in the TRSS. Discussion: Our findings demonstrated that the proposed intervention did not minimize the symptoms of inattention, according to the parents \'perception, but may have acted as a protective factor for the increase of these symptoms, and for the symptoms of hyperactivity, for the teachers\' perception may also have acted as a protective factor for their higher intensity. In addition to this outcome, the results demonstrated that the intervention interfered in the sustained attention of the children who were submitted to the intervention. However, for the other measures related to motor performance, working memory and cognitive flexibility, the intervention did not lead to changes. These results indicate that approaches that encompass motor and cognitive stimuli may be an alternative to minimize the symptoms of ADHD and improve sustained attention
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Controle das emoções de crianças com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade e validação do instrumento Expression and Emotion Scale for Children para o português / Management of emotions of children with attention deficit and hyperactivity disorder and validation of Expression and Emotion Scale for Children instrument for the Portuguese

Simon, Margarete Andreozzi Vaz Pereira 02 March 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurocomportamental caracterizado pela combinação de déficit de atenção, hiperatividade e impulsividade. Acarreta prejuízos à relação familiar, escolar e ao convívio social devido à impulsividade emocional aumentada e ausência de controle das em consequência do desenvolvimento cerebral tardio. OBJETIVO GERAL: Validar e traduzir para a língua portuguesa o instrumento Expression and Emotion Scale of Children - EESC. ESPECÍFICO: Avaliar a expressão emocional (EE) pelos pacientes com TDAH. MÉTODO: Aplicou-se a técnica Probe e testes psicométricos à validação. A avaliação da EE dos pacientes com TDAH, uma amostra de 126 sujeitos foi dividida em grupos quanto à comorbidade, idade e gênero. RESULTADOS: Diante da técnica Probe obteve-se 96,9% de compreensão à versão final traduzida e adaptada para o português. Cronbach alfa = 0,7597, CIC 0,66 e a acurácia 71%. Quando comparado amostra com TDAH e Controle, houve significância na EE favorável a amostra Controle. Não houve significância entre a amostra com TDAH com e sem comorbidade, em tratamento, e a mesma quanto ao gênero, na EE. Em relação à idade, a amostra de pacientes com TDAH obteve significância na mudança na EE favorável ao Controle, isto somente nos grupos de crianças/ adolescentes com mais de 9 anos de idade. CONCLUSÃO: Diante dos dados psicométricos, a Escala de Expressão e Emoção para Crianças demonstrou-se válida para ser aplicada a crianças e adolescentes com TDAH de 6 a 15 anos de idade. A avaliação possibilitou verificar diferencial na Expressão Emocional entre crianças/adolescentes com TDAH e Controle. Notou-se também que as fases do desenvolvimento psicológico influenciam na Expressão Emocional tanto em indivíduos saudáveis quanto naqueles com TDAH. A presença de comorbidades leves e o gênero não influenciam na mudança da Expressão Emocional quando comparados à amostra com TDAH / INTRODUCTION: The Attention Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD) is a neurobehavioral disorder characterized by combination of attention deficit, hyperactivity and impulsivity. It was assumed that there is damage to family, school and relationship social due to emotional impulsivity increased and lack of the management because of the late brain development of the individual. GENERAL OBJECTIVE: Validate and translate for portuguese language the questionnaire Expression and Emotion Scale for Children - EESC. SPECIFIC: To evaluate the emotional expression (EE) by patients with ADHD. METHOD: It was applied the Probe technique and psychometric tests for the validation. The evaluation of the EE in patients with ADHD was to a sample of 126 subjects that were divided in groups of according to comorbidity, age and gender. RESULTS: On the Probe technique was obtained 96.9 % of understanding in the final version translated and adapted to Portuguese. Cronbach alfa = 0.7597, 0.66 CIC and the accuracy 71%. Compared with ADHD sample and Control, there was significance in the EE favorable sample Control. There was no significance in the EE between the sample with ADHD with and without comorbidity in treatment and in terms of gender. Regarding age, the sample of ADHD patients got significance in EE of in favor of Control, this only in groups of children / adolescents over 9 years old. CONCLUSIONS: Relative the psychometric data, the Expression and Emotion Scale for Children proved to valid to be applied for children and adolescents with ADHD of 6 to 15 years old. The assessment enabled us to verify differential in Emotional Expression among children / adolescents with ADHD and Control. It was also noted that the stages of psychological development influence the Emotional Expression in healthy individuals and in those with ADHD. And the presence of light comorbidities and gender did not influence the Emotional Expression when compared to the sample with ADHD
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Qualidade de vida de crianças com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade / Quality of life of children with attention-deficit hyperactivity disorder

Bilhar, Juliana Cristina Fernandes de Araujo 17 March 2011 (has links)
O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) é uma condição neurobiológica que atinge de 3 a 7% da população pediátrica Possui como característica um padrão persistente de desatenção, hiperatividade e/ou impulsividade, mais frequente e grave do que aquele tipicamente observado em indivíduos em nível equivalente de desenvolvimento. O TDAH está associado a prejuízos em vários contextos, incluindo o desempenho acadêmico, comportamento escolar, as relações entre colegas e o funcionamento familiar, influenciando diretamente na qualidade de vida de seus portadores. Este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade de vida de crianças com TDAH do tipo combinado, utilizando a escala PedsQLTM. Foram avaliadas crianças com idade de oito a doze anos, comparando com um grupo sem o transtorno e relacionando com a percepção de seus pais e/ou cuidadores. No total 88 crianças participaram do estudo, em todos os casos os respectivos pais e/ou cuidadores também responderam ao questionário de qualidade de vida. Destas 45 pertenciam ao grupo de estudo e 43 ao grupo controle. Não houve diferença estatística entre os grupos nas variáveis: sexo, renda familiar, estado civil dos pais, escolaridade do pai e escolaridade da mãe, demonstrando semelhança em ambos os grupos. Os resultados indicaram que no Autorrelato Infantil o grupo com TDAH apresentou pontuação inferior ao grupo controle em todos os domínios avaliados. A diferença foi significante nos domínios aspecto social (p = 0,010), atividade escolar (p < 0,001), saúde psicossocial (p < 0,001) e qualidade de vida total (p = 0,002). Os domínios capacidade física e aspecto emocional não apresentaram diferença estatística entre os grupos, p = 0,841; p = 0,070, respectivamente. Segundo a percepção dos pais e/ou cuidadores, o grupo com TDAH apresentou pontuação inferior em todos os domínios. Neste caso ocorreu diferença significante em todos os domínios capacidade física (p < 0,001), aspecto emocional (p < 0,001), aspecto social (p < 0,001), atividade escolar (p < 0,001), saúde psicossocial (p < 0,001) e qualidade de vida total (p < 0,001). A relação entre o autorrelato infantil e o relato dos pais indicou que há maior concordância entre o grupo com o TDAH, exceto em atividade escolar. Este dado sugere que tanto a criança com o transtorno quanto o pai tem a percepção quanto à limitação funcional que a doença proporciona. Os pacientes com TDAH apresentaram prejuízo em múltiplos domínios de qualidade de vida, principalmente os relacionados com fatores psicossociais, indicando que as questões comportamentais, sociais e escolares possuem grande interferência no bem-estar destas crianças. A realização de estudos que verifiquem a qualidade de vida em crianças com TDAH na população brasileira é necessária, podendo gerar meios de intervenção mais adequados visando proporcionar e mensurar o alcance destes no bem-estar destas crianças / The Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) is a neurobiological condition that affects 3-7% of the pediatric population. Has a characteristically persistent pattern of inattention, hyperactivity and / or impulsivity, more frequent and severe than that typically observed in individuals at an equivalent level of development. ADHD is associated with losses in several contexts, including academic performance, school behavior, peer relationships and family functioning, directly influencing the quality of life of sufferers. This study aimed to evaluate the quality of life of children with ADHD combined subtype, using the scale PedsQLTM. We evaluated children aged eight to twelve years, compared with a group without the disorder and relating to the perception of their parents or caregivers. In total 88 children participated in the study, in all cases their parents or caregivers answered the quality of life. Of these 45 were study group and 43 in the control group. There was no statistical difference between groups in gender, family income, parents\' marital status, father\'s and mother\'s education, showing similarity in both groups. The results indicated that the self-reported, the group with ADHD had scores lower than the control group in all domains assessed. The difference was significant for the social aspect (p = 0,010), school activity (p <0,001), psychosocial health (p <0,001) and overall quality of life (p = 0,002). The physical functioning domain and emotional aspect did not differ significantly between groups, p = 0,841, p = 0,070, respectively. In the perceptions of parents / carers, the children with ADHD had lower scores in all domains. In this case there was a significant difference in all domains - physical functioning (p <0,001), emotional (p <0,001), social functioning (p <0,001), school activity (p <0,001), psychosocial health (p <0,001) and overall quality of life (p <0,001). The relationship between self-reported child and parents report indicated that there is greater agreement among the group with ADHD, except in school activity. This suggests that the child with the disorder and their father has the perception of functional limitation that the disease brings. Patients with ADHD showed impairment in multiple domains of quality of life, especially those related to psychosocial factors, indicating that the behavioral issues, social and school have great interference in the wellbeing of these children. It is important to undertake studies to verify the quality of life in children with ADHD in our population, which can generate the most appropriate means of intervention aiming to provide and measure the scope of the wellbeing of these children
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Revisão de literatura das psicoterapias para crianças e adolescentes com Déficit de Atenção e Hiperatividade, TDAH / Literature review of psychotherapies in children and adolescents with Attention-Deficit Hyperactivity Disorder, ADHD

Munhoz, Déa Bertran 05 December 2011 (has links)
Esta revisão de literatura apresenta uma análise dos trabalhos sobre Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, TDAH, quanto às psicoterapias e aos tratamentos psicológicos ofertados a crianças e adolescentes, recuperados nas principais bases de dados da área. Transtorno de grande prevalência na população escolar, com sérios prejuízos pessoais e sociais, pois comportamentos de hiperatividade, desatenção e impulsividade, em graus atípicos, comprometem as funções executivas como concentração, planejamento de ações e controle sobre impulsos, o TDAH é conceito que gera controvérsias na comunidade científica. De um lado têm-se as perspectivas da terapia comportamental e cognitivo-comportamental, com o objetivo de reeducação comportamental, apoiada pela psiquiatria e psicofarmacologia. De outro, as linhas compreensivas e a psicanálise buscam não só comportamentos observáveis, mas a singularidade de cada envolvido, ou seja, a contribuição da família e/ou da cultura nesses quadros. A fim de mapear as publicações nessa área, foram analisadas as produções dos últimos dez anos (20002010) locadas nas bases de dados MEDLINE, PsycINFO, SciELO, LILACS e PSICODOC, por meio do termo TDAH, cruzado com tratamento psicológico e psicoterapia, respeitando-se o idioma da base de dados. Os resultados encontrados revelaram a supremacia de publicações sob a ótica comportamental ou cognitivo-comportamental, principalmente em seu modelo combinado, associado à medicação, tratamento validado através de evidências. As outras abordagens psicológicas, quando publicadas, não são absorvidas pelo modelo psiquiátrico, o que contribui para a sua invisibilidade queixas do transtorno são levadas primeiramente a pediatras, neurologistas e profissionais de orientação comportamental. Os bancos de dados, assim, revelaram ser amplamente usados por pesquisadores positivistas, o que pode vir a sugerir que seus tratamentos sejam os únicos disponíveis, o que não é fato. Existem métodos investigativos, como o estudo de caso que, embora pouco disseminados, apresentaram resultados favoráveis em seus tratamentos singulares / This literature review presents an analysis of the works about Attention-Deficit Hyperactivity Disorder, ADHD and psychotherapy and psychological treatments offered to children and adolescents recovered in the main database area. Disorder of high prevalence in school population, with serious personal and social impairments, since the hyperactivity, inattention e impulsivity behaviors, in atypical degrees, compromises executive functions such as concentration, action planning and impulses control, Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) has been a controversy target among the scientific community. On one hand we have the behavioral therapy and cognitive-behavioral therapy, seeking for the behavioral rehabilitation, supported by psychiatry and psychopharmacology. On the other hand, comprehensive psychological approaches and the psychoanalysis does not aim to reduce these children to observable behaviors and, actually, to understand their symptoms as an expression of their singularity, explaining hyperactive and/or inattentive behavior in contemporary context. In order to map the publications in this area, it was analyzed the productions in the last decade (2000-2010) leased in the databases MEDLINE, PsycINFO, SciELO, LILACS and PSICODOC, through the term ADHD crossed with psychological treatment and psychotherapy, respecting the language of the database. The results showed the superiority of publications from the perspective of behavioral or cognitive-behavioral therapy, mainly in a combined model with medication, treatment validated by evidences. The others psychological approaches, when published, are not absorbed by the psychiatric model, which generates its invisibility complaints of disorder are taken primarily to pediatricians, neurologists and professional behavioral treatments. The databases thus shown to be widely used by researchers at positivism, which might suggest that their treatments are the only ones available, which is not fact. There are investigative methods, as the case study, although a little spread, showed favorable results in their singular treatments
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A hiperatividade e o brincar: uma experiência clínica fundamentada na teoria de D. W. Winnicott / Hyperactivity and play: a clinical experience based on the theory of D. W. Winnicott

Souza, Priscila Rocha de 16 May 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:37:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Priscila Rocha de Souza.pdf: 537136 bytes, checksum: a175f805809c262cb659be214ef0598d (MD5) Previous issue date: 2011-05-16 / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo / This paper focuses on a hyperactive child&#8223;s relationship with play. It examines, in a psychoanalytic perspective, especially winnicottian, the emotional issues related to hyperactivity and how play in a therapeutic context, may assist the therapy. The research is done through a case study of a clinical work with a child, using psychoanalytic technique, observation and analysis of how this child&#8223;s hyperactivity and concentration difficulties are manifested, at the begining of the treatment, during the process and after termination. The theoretical perspective chosen is Winnicott&#8223;s psychoanalytic theory, first for the understanding of hyperactivity and then to deepen the concepts of excited states&#8223; and quiet states&#8223;. Regarding the play, this paper discusses especially the concepts of potential space, transitional phenomena, subjective object and creativity. The research contributes to deepening the understanding of attention deficit hyperactivity disorder, bringing new insights in the field of psychoanalysis, through Winnicott&#8223;s contributions. It also develops new possibilities of action, analyzing the benefits of play in sessions with children who have the disorder / Esta dissertação enfoca a relação de uma criança hiperativa com o brincar. Examina, numa perspectiva psicanalítica, principalmente winnicottiana, as questões emocionais relacionadas à hiperatividade e de que forma o brincar, no contexto terapêutico, pode auxiliar a terapia. A investigação é feita por meio de um estudo de caso de um trabalho clínico com uma criança, utilizando a técnica psicanalítica, observação e análise de como se manifesta a hiperatividade e a dificuldade de concentração dessa criança, no início do trabalho, durante o processo e após o término de todos os atendimentos. A perspectiva teórica escolhida é a psicanálise winnicottiana, primeiramente para compreensão da hiperatividade, aprofundando os conceitos de estados excitados e estados tranquilos. Em relação ao brincar, aborda especialmente os conceitos de espaço potencial, fenômenos transicionais, objeto subjetivo e criatividade. A pesquisa contribui para ampliar a compreensão do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, trazendo novas visões no campo da psicanálise, por meio da contribuição de Winnicott. Além disso, desenvolve novas possibilidades de atuação, ao analisar os benefícios do brincar em atendimentos com crianças que possuem o transtorno
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Narrativas de pais sobre meninas com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade: um estudo sob o enfoque sistêmico

Pereira, Ana Leticia Guedes 23 April 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:38:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ana Leticia Guedes Pereira.pdf: 957994 bytes, checksum: 308771ecb4b54b80cc03044e1c734607 (MD5) Previous issue date: 2012-04-23 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / In recent years, complaints about Attention Deficit Disorder and Hyperactivity became frequent services to destinations child and adolescent population. This disorder is also presented by adults and impairs the academic, professional and staff who present it. Although they have many strengths, people with ADHD can be put in place a number of problems in the environments they frequent. And it is noteworthy that there are studies that demonstrate the existence of comorbidities related to the disorder in question. Based on the facts presented above, research on the subject are essential to enhance understanding about it. This research aimed to verify the existence of similarities and differences in the design of the parents in relation to ADHD, specifically to verify the existence of factors related to the dynamics between parents and children that could be contributing to the maintenance of the difficulties experienced and the existence of alternative used by the family to minimize these difficulties. To this end, this research adopted a qualitative design and is based on the systemic approach, participants were two sets of parents with children who have complaints of ADHD. To collect data we used a semi-structured interview, dealing with the issue. The results showed that parents differ little about ADHD. And that among the alternative coping adopted the recurrence of professionals working on the subject and finding information, using instruments such as the Internet, strategies are chosen by parents. Through analysis of the collected material was observed that at times during the trajectory family responsibility dimension of each of the difficulties faced, remained forgotten and because some member of this family was placed in a position crystallized within the family. On the other hand the existence of family myths and communication difficulties disrupted the relationship between parents and children / Nos últimos anos, queixas sobre Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade se tornaram frequentes nos serviços destinados à população infantil e adolescente. Vale ressaltar que este transtorno é apresentado ainda por adultos e prejudica a vida acadêmica, profissional e pessoal de quem o apresenta. Apesar de possuírem muitas potencialidades, pessoas com TDAH podem ser colocadas no lugar de problemáticas nos diversos ambientes que frequentam. Por outro lado há ainda estudos que demonstram a existência de comorbidades relacionadas ao transtorno em questão. Com base nos fatos expostos, pesquisas sobre o tema são essenciais para ampliar a compreensão acerca deste. Esta pesquisa teve por objetivo verificar a existência de semelhanças e diferenças na concepção dos pais em relação ao TDAH, mais especificamente de verificar a existência de fatores relacionados à dinâmica entre pais e filhos que pudessem estar colaborando para a manutenção das dificuldades vivenciadas e a existência de alternativas utilizadas pela família para minimizar estas dificuldades. Para tanto, esta pesquisa adotou um delineamento qualitativo e fundamenta-se na abordagem sistêmica. Foram participantes dois casais de pais com filhas que têm queixa de TDAH. Para a coleta de dados, foi utilizado um roteiro semiestruturado de entrevista, versando sobre o tema. Os resultados evidenciaram que os pais divergem pouco acerca do TDAH. E que dentre as alternativas de enfrentamento adotadas a recorrência a profissionais atuantes sobre o tema e a busca de informações, por meio de instrumentos como a internet, foram estratégias escolhidas pelos mesmos. Por meio da análise do material coletado, foi possível observar que, em alguns momentos durante a trajetória familiar, a dimensão da responsabilidade de cada um sobre as dificuldades enfrentadas permaneceu esquecida e que, em decorrência disso, algum membro familiar foi colocado em uma posição cristalizada dentro da família em tais momentos. Por outro lado, a existência de mitos familiares e dificuldades de comunicação tumultuaram as relações entre pais e filhos
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Características linguísticas de crianças com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade / Linguistic characteristics of children with attention deficit hyperactivity disorder

Barini, Nayara Salomão 29 April 2014 (has links)
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é o diagnóstico dado a indivíduos que apresentem quadros de desatenção, hiperatividade e impulsividade. As crianças diagnosticadas com TDAH apresentam uma população heterogênea, com graus variáveis e com a possibilidade de outros transtornos ocorrerem em associação. Existe uma correlação importante entre o diagnóstico de TDAH e a ocorrência de baixo rendimento escolar, distúrbios de aprendizagem e distúrbios de linguagem. Vários trabalhos vêm confirmando dificuldades psicolinguísticas e linguísticas em crianças com TDAH, sendo elas consideradas de risco para alterações de linguagem. Este trabalho investigou as características linguísticas de crianças com TDAH, comparando esta população com seus pares sem alteração quanto ao vocabulário receptivo, compreensão verbal e habilidades pragmáticas, e ainda, comparando as classificações dos resultados dos testes de vocabulário receptivo e compreensão verbal dos indivíduos com TDAH e com desenvolvimento tipico de Linguagem (DTL). Foram selecionados 40 sujeitos, em idade escolar, cuja faixa etária varia entre 7 e 10 anos e 11 meses, de ambos os sexos, sendo 20 deles com diagnóstico interdisciplinar de TDAH (Grupo Experimental GE) e 20 com DTL (Grupo Controle GC), que foram pareados quanto a idade cronológica, gênero e nível de escolaridade. Foram aplicados o TVF-usp, Token Test e Protocolo de Avaliação das Habilidades Pragmáticas. Foi encontrado diferença estatística significante do desempenho de crianças com TDAH quando comparadas aos seus pares (DTL) em relação ao vocabulário receptivo, compreensão verbal e habilidades pragmáticas. Nos testes que possibilitaram uma classificação, TVF-usp e Token Test (avaliação do vocabulário e compreensão verbal, respectivamente) há uma diferença estatisticamente significante nos resultados obtidos, mas metade das crianças do GE apresentou desempenho dentro da média para o vocabulário receptivo. Nas habilidades pragmáticas encontramos que as crianças do GE fazem turnos simples com a mesma frequência do que as do GC, porém apresentam dificuldades na narrativa, com alterações de coesão e coerência. Desta forma, o estudo aponta que crianças com TDAH apresentam maiores dificuldades linguísticas, e que a avaliação de linguagem deve ser sempre realizada. Concluindo, as crianças com TDAH evidenciaram vocabulário receptivo mais limitado, dificuldades de compreensão verbal e pragmáticas nos procedimentos aplicados, apresentando pior desempenho quando comparado com seus pares normais em todas as habilidades testadas. Por outro lado, a comparação das classificações dos testes de vocabulário receptivo e compreensão verbal evidenciou que o desempenho de metade das crianças com TDAH do grupo estudado foi dentro da média, sugerindo que quando as crianças são comparadas uma a uma com seus pares podem mostrar maior defasagem que não é confirmada quando a amostra de crianças normais é maior. / Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) is the diagnostic given to individuals that present a profile of lack of attention, hyperactivity and impulsiveness. Children diagnosed with ADHD constitute a heterogeneous group, with variable degrees and the possibility that other disorders may be present in association. There is an important correlation between the ADHD diagnosis and the occurrence of low scholar performance, learning disorders, and language disorder. Scientific studies point evidences that determine failure in cognitive function, what may explain on high scale the low scholar performance of ADHD children compared to regular children. Given the presented context, this work seeks to investigate the language characteristics of children with ADHD by comparing this population with their unaltered pairs, regarding receptive vocabulary, verbal comprehension, and pragmatic abilities, and by comparing the classification of results of tests regarding receptive vocabulary and verbal comprehension on ADHD individuals and the control group. On this study 40 subjects were selected on scholar age, between 7 years and 10 years and 11 months, from both genders, of which 20 had been interdisciplinary diagnosed for ADHD (experimental group GE) and 20 with TLD (control group GC), that were paired according to chronological age, gender and scholar level. TVF-usp, Token Test, and Protocol of Evaluation of Pragmatic Abilities were employed. Based on the results, we found a considerable statistical difference on the performance of ADHD children compared to their pairs (TLD) related to receptive vocabulary, verbal comprehension, and pragmatic comprehension. On tests that make classification possible, TVF-usp and Token Test (evaluation of vocabulary and verbal comprehension, respectively) there is statistically considerable difference on observed results, where half the children from the GE demonstrated average performance for receptive vocabulary. On pragmatic resting we found that children from the GE make simple turns with the same frequency of children from the GC, however presented hardships on the narrative, with cohesion and coherency alterations. This way it becomes evident that children with ADHD present more linguistic difficulties, and that language evaluation must be always performed. In conclusion, children with ADHD showed more limited receptive vocabulary and verbal comprehension evidenced that the performance of half the children with ADHD from the studied group was within an average, suggesting that when the children are compared one by one to their pairs, they may present higher deficit that is not confirmed when the sample group of TLD children is larger.
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Existe associação entre o funcionamento familiar e o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade: tipo predominantemente desatento? : um estudo de caso-controle

Pheula, Gabriel Ferreira January 2010 (has links)
Objetivo: Este estudo investigou se fatores ambientais familiares estão associados com o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade, tipo predominantemente desatento (TDAH-D). Método: Estudo de caso-controle. A amostra foi composta de 100 crianças e adolescentes com TDAH-D e 100 controles sem o diagnóstico de transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH). A amostra foi composta de pacientes da comunidade, e todos foram avaliados de maneira sistemática, incluindo o diagnóstico feito por entrevista semi-estruturada, e revisão por psiquiatra de infância e adolescência. Os fatores familiares avaliados foram: índice de adversidade psicossocial de Rutter (discórdia marital, baixa classe social, tamanho familiar grande, criminalidade paterna, transtorno psiquiátrico materno), Family Environment Scale – FES (escores de coesão, expressividade e conflito) e Family Relationship Index – FRI (baseado nos escores acima). Resultados: Após o ajuste dos fatores confundidores (fobia social e presença de TDAH materno), a razão de chances (RC) para TDAH-D aumentou com o aumento progressivo da presença dos indicadores de adversidades de Rutter. A RC para TDAH-D foi 3,9 vezes maior em pacientes tendo 1 indicador de Rutter, quando comparado a pacientes que não tinham nenhum indicador (p=0,035; intervalo de confiança [IC] = 1.1-14). A chance de ter TDAH-D foi 7,9 vezes (p=0,002; IC=2.1- 28.9) e 8,9 vezes (p=0,006; IC=1,9-43) maior em crianças e adolescentes que tinham 2 e 3 indicadores, respectivamente. Famílias de crianças com menores escores de coesão apresentaram maior RC para TDAH-D (RC 1,24; 95% IC 1,05- 1,45). Valores menores do FRI, um índice geral do relacionamento familiar, também estiveram relacionados com uma chance maior de TDAH-D (RC 1,11; 95% IC 1,03- 1,21). Conclusões: Nós concluímos que adversidade familiar (em geral), e baixa coesão familiar, além de um baixo índice de relacionamento familiar (em particular), são associados com um aumento do risco para TDAH-D. / Objective: This study investigated whether family-environment risk factors are associated with attention-deficit/hyperactivity disorder, inattentive type (ADHD-I). Method: In a case-control study, we assessed a nonreferred sample of 100 children and adolescents with ADHD-I and 100 non-ADHD controls (6-18 years old). They were systematically evaluated through structured diagnostic interviews. The following family adversity measures were used: Rutter’s family adversity index (marital discord, low social class, large family size, paternal criminality, maternal mental disorder), Family Environment Scale - FES (subscores of cohesion, expressiveness and conflict) and Family Relationship Index - FRI (based on the subscores above). Results: After adjusting for confounding factors (social phobia and maternal history of ADHD), the odds ratio (OD) for ADHD-I increased as the number of Rutter’s indicators increased. More specifically, the odds of having ADHD-I were 3.9 times greater in patients having one indicator compared with patients having none of Rutter’s indicators (p = .035; confidence interval [CI] = 1.1 – 14). The odds of having ADHD-I were 7.9 (p = .002; CI = 2.1 – 28.9) and 8.9 (p = .006; CI = 1.9 – 43) times greater in children and adolescents with 2 and 3 indicators, respectively. Families of children with lower FES cohesion subscores presented higher OR for ADHD-I (OR 1.24; 95% confidence interval 1.05-1.45). Lower levels of FRI, a general index of family relationship, also were related to higher risk of ADHD-I (OR 1.11; 95% confidence interval 1.03-1.21). Conclusions: We conclude that family adversity (in general), and low family cohesion and low family relationship index (in particular), are associated with an increase in the risk for ADHD-I.
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Contribuições da análise do comportamento na avaliação e no tratamento de crianças com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade / Contributions of the behavior analysis to evaluation and treatment of children with attention deficit hyperactivity disorder

ROBERT, Edila Adriene Maia 08 November 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2011-03-23T21:19:14Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / Item created via OAI harvest from source: http://www.bdtd.ufpa.br/tde_oai/oai2.php on 2011-03-23T21:19:14Z (GMT). Item's OAI Record identifier: oai:bdtd.ufpa.br:68 / Attention Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD) is a phenomenon studied in many countries. It is characterized by symptoms like inattentiveness, hyperactivity, and impulsivity. It happens in infancy but can persist until adult age. This behavioral disorder causes prejudice in the academical, social, and occupational areas. It reduces self-esteem, can lead to delinquency, to the use of drugs and alcohol. It generates stressful familial relationship and it has a high social and financial impact on the family. Its diagnosis is made by using clinical criteria of DSM IV and its treatment combines pharmacotherapy and psychotherapy. Considering that ADHD is a behavioral disorder related to the development of self-control and also considering that previous studies suggest self-control can be acquired in training conditions, it becomes relevant to make applied research using behavior analytic principles to minimize prejudice and to contribute for a better quality of life of people affected by ADHD. The objective of this study was to verify the efficacy of the use of differential reinforcement of other behaviors (DRO) and of reinforcement delay on the installation and/or increase of self-control behaviors in 9-year-old boy with diagnostic of ADHD and on medication. The participant was submitted to the procedure of self-control training. He performed tasks during which, if his behavior was as previously programmed, he received tokens. At final of every session he traded tokens in for toys. He could choose accumulate more tokens to trade them in later for more valuable toys. The procedure was divided in 7 stages: (1) Interview with a neuropediatric; (2) Analysis of psychological report and convocation; (3) Initial interview with responsibles for child; (4) Visit to the school and interview with teachers; (5) Sessions of direct observation (baseline, habituation to instructions, installation, maintenance, fading and stability evaluation); (6) Follow-up; and (7) Last session. Eighteen sessions of direct observation have been proceeded. These sessions were recorded and their transcriptions were sorted according to categorical system of relevant behaviors to analysis. Results were analyzed through the comparison between interviews, results of standard instruments and classificatory categories extracted from directly observed behaviors. Self-control behaviors were increased and generalization these repertories to others contexts was observed, during sessions and at the childs house, according to description of parents and teacher, and direct observation record of therapist-researcher. It was observed that using DRO schedule with limited hold can help to increase self-control behavior and produce positive generalization of this behavior to new environments in a child with ADHD. / Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um fenômeno estudado em diversos países, composto de sintomas de desatenção, imperatividade e impulsividade, ocorre na infância podendo persistir até a idade adulta. Este transtorno causa prejuízos nas áreas acadêmicas, sociais e ocupacionais, reduz a auto-estima, pode evoluir para delinqüência, uso de drogas e álcool, gera estresse nas famílias, tem alto custo financeiro e impacto social. O diagnóstico é feito com base em critérios clínicos adotados pelo DSM IV e o tratamento indicado combina farmacoterapia e psicoterapia. Considerando-se que TDAH é um transtorno de desenvolvimento de autocontrole e que estudos sugerem que autocontrole pode ser adquirido em condições de treino, torna-se relevante a realização de pesquisas aplicadas utilizando princípios da análise do comportamento, para minimizar prejuízos e contribuir para melhoria de qualidade de vida de portadores de TDAH. Este estudo objetivou verificar a eficácia do uso de esquemas de reforçamento diferencial de outro comportamento (DRO) e de atraso de reforço na instalação e/ ou aumento de comportamentos de autocontrole em um menino de 9 anos diagnosticado com TDAH, que faz uso de medicamento. O participante foi exposto ao procedimento de treino de autocontrole, realizou tarefas, durante as quais, caso se comportasse como combinado, recebia reforço. Ao final de cada sessão, trocava os reforços por brinquedos e poderia escolher reservá-los para obter reforços de maior valor. O procedimento foi dividido em sete etapas: (1) entrevista com a neuropediatra; (2) análise do prontuário e convocação; (3) entrevista inicial com responsáveis; (4) visita à escola e entrevista com professores; (5) sessões de observação direta (linha de base, habituação às regras, instalação, manutenção, fading e avaliação da estabilidade); (6) followp-up; e (7) encerramento. Realizaram-se 18 sessões de observação direta, gravadas em vídeo e transcritas para a elaboração de um sistema de categorias de comportamentos para análise. Os resultados foram analisados por meio da comparação entre relatos de entrevistas, resultados de instrumentos padronizados e categorias de comportamentos observados. Identificou-se que os comportamentos de autocontrole do participante se ampliaram e generalizaram para outros contextos, durante as sessões e em domicílio, conforme os relatos dos pais e da professora da escola atual, e registro de observação direta da terapeuta-pesquisadora. Verificou-se que a utilização de esquema de reforçamento DRO com disponibilidade limitada pode favorecer o aumento de comportamentos de autocontrole e generalizações em crianças com TDAH.
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Qualidade de vida de crianças com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade / Quality of life of children with attention-deficit hyperactivity disorder

Juliana Cristina Fernandes de Araujo Bilhar 17 March 2011 (has links)
O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) é uma condição neurobiológica que atinge de 3 a 7% da população pediátrica Possui como característica um padrão persistente de desatenção, hiperatividade e/ou impulsividade, mais frequente e grave do que aquele tipicamente observado em indivíduos em nível equivalente de desenvolvimento. O TDAH está associado a prejuízos em vários contextos, incluindo o desempenho acadêmico, comportamento escolar, as relações entre colegas e o funcionamento familiar, influenciando diretamente na qualidade de vida de seus portadores. Este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade de vida de crianças com TDAH do tipo combinado, utilizando a escala PedsQLTM. Foram avaliadas crianças com idade de oito a doze anos, comparando com um grupo sem o transtorno e relacionando com a percepção de seus pais e/ou cuidadores. No total 88 crianças participaram do estudo, em todos os casos os respectivos pais e/ou cuidadores também responderam ao questionário de qualidade de vida. Destas 45 pertenciam ao grupo de estudo e 43 ao grupo controle. Não houve diferença estatística entre os grupos nas variáveis: sexo, renda familiar, estado civil dos pais, escolaridade do pai e escolaridade da mãe, demonstrando semelhança em ambos os grupos. Os resultados indicaram que no Autorrelato Infantil o grupo com TDAH apresentou pontuação inferior ao grupo controle em todos os domínios avaliados. A diferença foi significante nos domínios aspecto social (p = 0,010), atividade escolar (p < 0,001), saúde psicossocial (p < 0,001) e qualidade de vida total (p = 0,002). Os domínios capacidade física e aspecto emocional não apresentaram diferença estatística entre os grupos, p = 0,841; p = 0,070, respectivamente. Segundo a percepção dos pais e/ou cuidadores, o grupo com TDAH apresentou pontuação inferior em todos os domínios. Neste caso ocorreu diferença significante em todos os domínios capacidade física (p < 0,001), aspecto emocional (p < 0,001), aspecto social (p < 0,001), atividade escolar (p < 0,001), saúde psicossocial (p < 0,001) e qualidade de vida total (p < 0,001). A relação entre o autorrelato infantil e o relato dos pais indicou que há maior concordância entre o grupo com o TDAH, exceto em atividade escolar. Este dado sugere que tanto a criança com o transtorno quanto o pai tem a percepção quanto à limitação funcional que a doença proporciona. Os pacientes com TDAH apresentaram prejuízo em múltiplos domínios de qualidade de vida, principalmente os relacionados com fatores psicossociais, indicando que as questões comportamentais, sociais e escolares possuem grande interferência no bem-estar destas crianças. A realização de estudos que verifiquem a qualidade de vida em crianças com TDAH na população brasileira é necessária, podendo gerar meios de intervenção mais adequados visando proporcionar e mensurar o alcance destes no bem-estar destas crianças / The Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) is a neurobiological condition that affects 3-7% of the pediatric population. Has a characteristically persistent pattern of inattention, hyperactivity and / or impulsivity, more frequent and severe than that typically observed in individuals at an equivalent level of development. ADHD is associated with losses in several contexts, including academic performance, school behavior, peer relationships and family functioning, directly influencing the quality of life of sufferers. This study aimed to evaluate the quality of life of children with ADHD combined subtype, using the scale PedsQLTM. We evaluated children aged eight to twelve years, compared with a group without the disorder and relating to the perception of their parents or caregivers. In total 88 children participated in the study, in all cases their parents or caregivers answered the quality of life. Of these 45 were study group and 43 in the control group. There was no statistical difference between groups in gender, family income, parents\' marital status, father\'s and mother\'s education, showing similarity in both groups. The results indicated that the self-reported, the group with ADHD had scores lower than the control group in all domains assessed. The difference was significant for the social aspect (p = 0,010), school activity (p <0,001), psychosocial health (p <0,001) and overall quality of life (p = 0,002). The physical functioning domain and emotional aspect did not differ significantly between groups, p = 0,841, p = 0,070, respectively. In the perceptions of parents / carers, the children with ADHD had lower scores in all domains. In this case there was a significant difference in all domains - physical functioning (p <0,001), emotional (p <0,001), social functioning (p <0,001), school activity (p <0,001), psychosocial health (p <0,001) and overall quality of life (p <0,001). The relationship between self-reported child and parents report indicated that there is greater agreement among the group with ADHD, except in school activity. This suggests that the child with the disorder and their father has the perception of functional limitation that the disease brings. Patients with ADHD showed impairment in multiple domains of quality of life, especially those related to psychosocial factors, indicating that the behavioral issues, social and school have great interference in the wellbeing of these children. It is important to undertake studies to verify the quality of life in children with ADHD in our population, which can generate the most appropriate means of intervention aiming to provide and measure the scope of the wellbeing of these children

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