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Acesso e utilização de serviços de saúde por mulheres quilombolas para a promoção da saúde reprodutivaOliveira, de Jesus Pereira Chirlene 30 May 2016 (has links)
Submitted by Rangel Sousa Jamile Kelly (jamile.kelly@ufba.br) on 2017-07-14T20:13:06Z
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DISSERTAÇÃO CHIRLENE OLIVEIRA.pdf: 2707698 bytes, checksum: 86ad571afd6866d51452553c27a862a5 (MD5) / A saúde reprodutiva das mulheres quilombolas ainda tem pouca visibilidade
na atualidade e mostrar essa realidade se configura como grande desafio. O
presente estudo tem como objetivo geral: analisar o acesso e utilização dos serviços
de saúde por mulheres quilombolas para a promoção da saúde reprodutiva na
comunidade de Porto da Pedra – Maragogipe – BA e específicos: identificar o perfil
social e reprodutivo das mulheres quilombolas e identificar elementos do acesso e
utilização dos serviços de saúde na Atenção Básica. Considerando a importância da
pesquisa social e sua dimensão investigativa para análise da realidade social foi
adotado neste estudo a pesquisa qualitativa de natureza exploratória-descritiva e
análise dos dados baseado na análise de conteúdo. A coleta de dados foi realizada
com roteiro semiestruturado aplicado a 18 mulheres quilombolas em idade
reprodutiva entre 18 e 49 anos que se autodeclararam pretas/pardas; com
experiência reprodutiva, que utilizaram serviços da rede básica de saúde. Nos
resultados apresenta-se o perfil social e reprodutivo das mulheres quilombolas e as
categorias de análise: experiências com planejamento reprodutivo; a assistência no
período gravídico-puerperal; o acesso e utilização de exames básicos de saúde
reprodutiva; a percepção de condição de saúde segundo a raça/etnia e as relações
estabelecidas com (as)os profissionais de saúde da Atenção Básica. Identificam-se
as principais dificuldades que as mulheres quilombolas possuem para o acesso e
utilização de serviços de saúde reprodutiva, onde a distância dos serviços em
relação à localização do território e ausência de meio de transporte rápido e
adequado foi apontada como central. Outros aspectos importantes identificados
foram: ausência de planejamento reprodutivo, resultando em gravidez indesejada;
desconhecimento e dificuldades de acesso para o acompanhamento do pré-natal,
dificuldades para a realização do parto e assistência pós-parto; dificuldade para a
marcação de consultas e realização de exames básicos; presença de racismo
institucional. / Reproductive health of quilombo women still have little visibility today and show that reality is configured as a challenge. This study has the general objective: to analyze the access and use of health services by Quilombola women to promote reproductive health in Stone Harbor community - Maragogipe - BA and specific: to identify the social and reproductive profile of quilombo women and identify access elements and use of health services in primary care. Considering the importance of social research and its investigative dimension for analysis of social reality was used in this study qualitative research of exploratory-descriptive and analysis of data based on content analysis. Data collection was performed using semi-structured applied to 18 quilombo women of reproductive age between 18 and 49 years who declared themselves black / brown; with reproductive experience that used the basic health services network. The results shows the social and reproductive profile of quilombo women and categories of analysis: experiences with reproductive planning; assistance during pregnancy and puerperal period; access and use of basic tests of reproductive health; the perception of health status according to race / ethnicity and the relations with (the) health professionals Primary Care. the main difficulties that quilombo women have access to and use of reproductive health services are identified, where the distance of services regarding the location of the area and lack of means of rapid and reliable transport was identified as central. Other important aspects were identified: lack of reproductive planning, resulting in unwanted pregnancy; ignorance and poor access for monitoring prenatal difficulties for the delivery and postpartum care; difficulty in scheduling appointments and performing basic tests; presence of institutional racism.
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Juventude, sexualidade e reprodução em uma área rural da Bahia: implicações para a enfermagemOliva, Talita Andrade 29 April 2011 (has links)
Submitted by Samuel Real Mota (samuel.real@ufba.br) on 2013-08-09T18:28:55Z
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Previous issue date: 2011-04-29 / As diferenças sócio-econômicas, culturais, a falta de alternativas profissionais e as dificuldades de acesso aos bens sociais de pessoas residentes nas áreas rurais, podem influenciar o comportamento reprodutivo, sexual e vários aspectos da saúde, especialmente, das mulheres jovens, tendo em vista as características das relações de gênero predominantes na sociedade. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, de caráter quantitativo, com os objetivos de descrever as características sócio-demográficas, sexuais, reprodutivas e aspectos de saúde de jovens residentes em uma área rural da Bahia; e analisar as proporções encontradas entre mulheres e homens jovens rurais, a partir da perspectiva de gênero. Foi desenvolvido em uma localidade rural do município de Camaçari/ Bahia. A amostra foi composta por 303 jovens entre 15 e 24 anos de idade; cadastradas (os) pela Equipe de Saúde da Família local e que aceitaram participar da pesquisa, sob o consentimento da(o) responsável, para menores de 18 anos. A coleta dos dados foi realizada durante os meses de abril a agosto de 2010, através de entrevistas domiciliares, com auxílio de um formulário com perguntas estruturadas. O processamento dos dados foi realizado pelo programa STATA versão 8 e SPSS 17.0, onde realizou-se análises descritivas (distribuição de frequências relativas e índices percentuais). A juventude estudada foi predominantemente feminina; adolescente entre 15-19 anos; negra; professante de alguma religião; solteira; composta por jovens que não estudavam na ocasião da entrevista e com a 8ª série concluída como nível máximo de escolaridade. Do total, 53,5% da amostra não tinha trabalho remunerado e 67% recebia menos de 1 salário mínimo quando ocupada. A gravidez foi o principal motivo para o abandono dos estudos e não conseguir emprego, a razão mais apontada para o desemprego. As características sexuais revelaram que a juventude entrevistada havia iniciado a vida sexual, principalmente entre 15-19 anos; a quase totalidade negou experiência homossexual; a maioria considerável possuiu uma parceria sexual nos últimos 3 meses e utilizou o preservativo masculino para prevenção das infecções sexualmente transmissíveis. Os aspectos reprodutivos demonstraram que o preservativo masculino é o contraceptivo mais conhecido pelo grupo investigado e a auto-decisão pelo método contraceptivo utilizado foi a mais observada. As gravidezes aconteceram predominantemente entre 15-19 anos; sem planejamento; foram acompanhadas pelo pré-natal e não houve a presença do parceiro no momento do parto. No tocante aos aspectos de saúde investigados, a maioria considerável da amostra não utilizava drogas e foi vítima de violência de qualquer natureza. Observou-se, ainda, que houve procura por serviços de saúde pela juventude pesquisada, sendo a Unidade de Saúde da Família o local mais procurado. Ficou evidente a importância da utilização de gênero como categoria de análise que no caso particular desse estudo, foi capaz de imprimir um novo perfil das características investigadas nesta população quando considerada a variável sexo das (os) jovens. Particularmente para a enfermagem, o conhecimento das diferenças sócio-demográficas, sexuais, reprodutivas e dos padrões de utilização dos serviços de saúde entre mulheres e homens estudados implica na necessidade de inovação e adequação do cuidado à realidade local. / Salvador
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Violência obstétrica no processo do parto e nascimento da Região Metropolitana II do Estado do Rio de Janeiro: percepção de mulheres/puérperasRodrigues, Diego Pereira January 2014 (has links)
Submitted by Fabiana Gonçalves Pinto (benf@ndc.uff.br) on 2016-10-11T16:51:42Z
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Previous issue date: 2014 / Mestrado Acadêmico em Ciências do Cuidado em Saúde / Trata-se de uma investigação sobre a violência na assistência obstétrica em que a mulher durante o processo parturitivo vivência, sendo um problema de saúde pública por conta da precariedade da assistência obstétrica brasileira, e pertencendo ao projeto Violência na assistência obstétrica no processo parturitivo da região metropolitana II do Estado do Rio de Janeiro: percepção de mulheres/puérperas. Assim, o estudo objetivou identificar a caracterização sociodemográfica, obstétrica e assistencial das mulheres/puérperas assistidas em maternidades públicas da Região Metropolitana II do Estado do Rio de Janeiro; caracterizar as principais situações de violência a partir da percepção das mulheres/puérperas acerca da assistência obstétrica durante seu processo parturitivo. Estudo descritivo, exploratório, de abordagem qualitativa, em que utilizou um roteiro de entrevista semiestruturada com cinquenta e seis mulheres assistidas nas maternidades públicas descritas a seguir: Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP); Hospital Estadual Azevedo Lima; Maternidade Municipal Alzira Reis Vieira Ferreira; Hospital Municipal da Mulher Gonçalense. A pesquisa obteve a aprovação do Comitê de Ética do HUAP sob n° 375.252/13. Os dados evidenciados no estudo foram analisados conforme a análise de conteúdo na modalidade temática, onde originaram dois eixos temáticos: o primeiro, relacionado com os aspectos da peregrinação da mulher; e o segundo, com o direito ao acompanhante, os quais foram escolhidos para a análise pela expressiva demanda dos depoimentos, e deixando entrever a possibilidade de estar presente a violência na assistência obstétrica, segundo a perspectiva das mulheres/puérperas. Os resultados apontaram para duas categorias temáticas, a saber: A peregrinação das mulheres na rede de saúde materna: uma violência velada na assistência obstétrica; O descumprimento da Lei do Acompanhante: uma violação dos direitos da mulher em processo de parturição. Desse modo, os resultados apontaram para uma violência na assistência obstétrica de caráter institucional, psicológica e física, cujo aspecto relacionado ao direito, ao (des)cuidado e aos sentimentos e insegurança do processo parturitivo. Assim, o respeito aos direitos das mulheres devem ser inerentes ao acesso à saúde, e ao acompanhamento adequado do parto e nascimento, e contribuindo para sentimentos positivos e segurança do processo parturitivo. / This is an investigation about the violence in obstetric care against the woman during the parturition process experience, and this is a public health problem because of the poor obstetric care in Brasil, and this project belongs to other project named Violence in obstetric care during the birth process in the metropolitan region II of the State of Rio de Janeiro: perception of women/mothers. Thus, the study aimed to identify the sociodemographic, obstetric care and women/mothers assisted in public hospitals of the Metropolitan Region II of the State of Rio de Janeiro; characterize the main situations of violence from the perception of women/mothers about obstetric care during her birth process. This study is descriptive, exploratory, with qualitative approach, which used semi-structured interviews with fifty-six women seen in public hospitals described below: Antonio Pedro University Hospital (APUH); Azevedo Lima State Hospital; Municipal Maternity Alzira Reis Vieira Ferreira; Municipal Women's Hospital Gonçalense. The research was approved by the Ethics Committee of the APHU under No. 375.252/13. The data highlighted in the study was analyzed according to the content analysis in the thematic way, and they originated two main themes: the first related to aspects of the journey of women; and the second is the women's rights to have an accompanying person, which were chosen for analysis because they had a strong demand of the statements, and letting on the possibility of being present violence in obstetric care from the perspective of women/mothers. The results have pointed for two thematic categories, named: The journey of women in maternal health network: a veiled violence in the obstetric care; Noncompliance with the Companion Law: a violation of women's rights in the parturition process. Therefore, the results point to the obstetric violence in institutional character, psychological and physical, whose aspect related to the rights, the care(less) and feelings and insecurity of the birth process. So, respect for women's rights must be inherent in access to health, and adequate monitoring of labor and birth, and contributing to positive feelings and safety of the birth process.
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Percepção e orientação de condutas de conselheiros tutelares sobre práticas sexuais de menores de 18 anos / Perception and conduct\'s guidance of the guardianship board\'s members on sexual practices of the under 18 years oldFigueiredo, Regina Maria Mac Dowell de 11 December 2015 (has links)
A abertura política do Brasil à democracia promoveu uma série de mudanças legislativas e de organização do Estado. Na área da infância e adolescência, após a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), foram criados conselhos de nível federal, estadual e municipal, com o objetivo de promover e defender os direitos dessa população específica. Também foram formados os Conselhos Tutelares compostos por membros da sociedade civil, diretamente eleitos pela população, com a função de informar e promover esses direitos localmente. Utilizando a metodologia qualitativa-quantitativa do Discurso do Sujeito Coletivo, a pesquisa analisou a percepção e opinião dos conselheiros tutelares a respeito de situações que envolvem a prática sexual voluntária heterossexual e homossexual de adolescentes da faixa etária de 12 a 17 anos. Os dados foram colhidos com o uso de questionários semiestruturados para autopreenchimento, apresentados em visita técnica aos membros dos 44 Conselhos Tutelares do município de São Paulo. Além do perfil social e familiar, foram coletadas opiniões dos conselheiros quanto à autonomia dos adolescentes e suas noções de desrespeito legal, além de sugestões de orientação de condutas frente a três casos hipotéticos de prática sexual realizada por adolescentes. Responderam à pesquisa 80 (36,4 por cento ) conselheiros de um total de 220, de 29 (65,9 por cento ) dos 44 Conselhos Tutelares da cidade. Observou-se que apresentaram tendência a reproduzir os modelos tradicionais negativos da sociedade brasileira no julgamento da prática sexual de adolescentes, avaliando sua ocorrência pela ótica moral e de opinião de familiares e outros adultos. Mais da metade não associa tais práticas a impactos específicos sobre a saúde e os direitos sexuais e reprodutivos dos adolescentes, nem realiza encaminhamentos para sua promoção. Adotam noções desiguais de gênero do senso comum, que remetem à preocupação com a imagem e impactos da publicização da sexualidade de meninas, não fazendo o mesmo para adolescentes meninos e veem as práticas homoafetivas sob a ótica da violência e sedução, associando-as à necessidade de orientação psicológica e problemas de saúde mental. Considera-se que conselheiros tutelares estão pouco preparados para lidar com a sexualidade de adolescentes e normalmente treinados para avaliá-la tal qual a violência sexual que acomete crianças. Como possuem status local de legitimidade, são procurados e tem poder de averiguação e encaminhamento público de ocorrências, terminando por, muitas vezes, desrespeitar os direitos humanos de adolescentes quanto à expressão e vivência da sexualidade e da prática sexual saudável. Considera-se fundamental discutir o papel dos Conselhos Tutelares frente aos direitos de adolescentes, de forma que ao contrário do proposto na democratização do país, não se configurem como mais um instrumentos de exercício de poder para perpetuar desigualdades sociais. Na área da sexualidade, a defesa dos direitos de adolescentes passa pelo respeito a sua sexualidade, acesso à informação, à garantia de serviços públicos que efetivamente os atendam para proporcionar exames, contracepção, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, etc., com respeito a sua cidadania, especificidades, necessidades, autonomia e dignidade pessoal, promovendo-os e defendendo-os frente a famílias, comunidade, a toda a sociedade e ao próprio poder público. / The political opening to democracy in Brazil promoted a series of changes of legislation and state organization. Concerning to the childhood and adolescence, after the promulgation of the Estatuto da Criança e do Adolescente (Statute for Children and Adolescents), councils were created at federal, state and municipal level, to promote and defend the rights of this specific group. The Conselhos Tutelares (Tutelary Councils) were also created, composed by civil society members, directly elected by the population, to inform and promote these rights locally. Using qualitative and qualitative-quantitative methodologies of the Discurso do Sujeito Coletivo (Discourse of the Collective Subject), the research analyzed the perception and the opinion of councilors regarding to situations involving heterosexual and homosexual voluntary sexual practices, among teenagers from 12 to 17 years old. Data were collected with semi-structured questionnaires for self-fulfillment, presented in technical visits to members of the 44 Tutelary Councils in São Paulo city. Beyond the social and family profile, opinions on the autonomy of adolescents and their notions of legal disrespect were collected and also the suggestions to orientation of conducts, facing three hypothetical cases of sexual practice performed by adolescents. The research was answered by 80 (36,4 per cent ) counselors from a total of 220, of 29 (65,9 per cent ) Tutelary Councils from the 44 placed in the city. It was observed that they showed a tendency to reproduce negative traditional models of brazilian society in the judgment of teenage sexual practices, evaluating its occurrences from the moral viewpoint and opinion of familiars and other adults. More than a half dont associate these practices to specific impacts on the health and the sexual and reproductive rights of adolescents, neither acts for its promotion. They adopt unequal notions from the common sense, referred to the concern with the image and the publicizing of girls sexuality, not showing the same concern when it comes to boys; and see the homoafective practices from the perspective of violence and seduction, linking to the need of psychologist counseling and mental health problems. It is considered that counselors are unprepared to deal with teenage sexuality and that they are commonly trained to face these situations as sexual violence that affects children. As they have local status of legitimacy, they are requested and have power of inquiry and public routing of occurrences, culminating, several times, in disrespect of human rights of adolescents, related to the expression and experience of their sexuality and healthy sexual practices. It is considered fundamental to discuss the role of the Tutelary Councils in face to the adolescent rights, so that, instead of what was proposed in the country democratization, they dont become a power tool to perpetuate social inequalities. At the sexuality area, the defense of adolescent rights includes respecting their sexuality; provides access to information; ensuring public services able to attend them to provide exams, contraception, preventions of sexually transmitted diseases, etc.; respecting their citizenship, specifics, needs, autonomy and personal dignity; promoting and defending them among their families, communities, the society and the public power itself.
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Direitos sexuais e reprodutivos de mulheres chefes de família em situação de vulnerabilidade social /Makhoul, Aparecida Favorêto 16 December 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-12-16 / A subordinação de gênero é um dos fatores que contribuem para a situação de vulnerabilidade social de mulheres chefes de família de cortiços nas áreas centrais de Santos. Com os objetivos de avaliar o impacto da situação de vulnerabilidade social na percepção dos direitos sexuais e reprodutivos por parte dessas mulheres e de conhecer sua história afetivo-sexual, foi realizada pesquisa qualitativa de natureza compreensiva e explicativa, baseada no método da história oral, mediante entrevistas com roteiro pré-estabelecido com questões em aberto. Foram realizadas em média três entrevistas com cada uma das 5 participantes, com duração de aproximadamente uma hora cada. Todas sofreram violência sexual e/ou física (espancamentos) na infância. A aceitação da inferioridade social da mulher diante do homem e a naturalização da maternidade e do cuidado da prole faz com que aceitem a violência doméstica e sexual e arquem com todas as responsabilidades com relação aos filhos. A dupla e tripla jornada de trabalho faz parte do cotidiano dessas mulheres, que encaram a laqueadura como única alternativa ao aumento do número de filhos. Elas relatam falta de desejo sexual e/ou dor nas relações sexuais. Os programas governamentais com relação aos direitos sexuais e reprodutivos só serão efetivos se incorporarem perspectiva educativa, que ultrapasse a informação, atingindo igualmente homens e mulheres de forma a levar a uma mudança nas relações entre os gêneros.
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Percepção e orientação de condutas de conselheiros tutelares sobre práticas sexuais de menores de 18 anos / Perception and conduct\'s guidance of the guardianship board\'s members on sexual practices of the under 18 years oldRegina Maria Mac Dowell de Figueiredo 11 December 2015 (has links)
A abertura política do Brasil à democracia promoveu uma série de mudanças legislativas e de organização do Estado. Na área da infância e adolescência, após a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), foram criados conselhos de nível federal, estadual e municipal, com o objetivo de promover e defender os direitos dessa população específica. Também foram formados os Conselhos Tutelares compostos por membros da sociedade civil, diretamente eleitos pela população, com a função de informar e promover esses direitos localmente. Utilizando a metodologia qualitativa-quantitativa do Discurso do Sujeito Coletivo, a pesquisa analisou a percepção e opinião dos conselheiros tutelares a respeito de situações que envolvem a prática sexual voluntária heterossexual e homossexual de adolescentes da faixa etária de 12 a 17 anos. Os dados foram colhidos com o uso de questionários semiestruturados para autopreenchimento, apresentados em visita técnica aos membros dos 44 Conselhos Tutelares do município de São Paulo. Além do perfil social e familiar, foram coletadas opiniões dos conselheiros quanto à autonomia dos adolescentes e suas noções de desrespeito legal, além de sugestões de orientação de condutas frente a três casos hipotéticos de prática sexual realizada por adolescentes. Responderam à pesquisa 80 (36,4 por cento ) conselheiros de um total de 220, de 29 (65,9 por cento ) dos 44 Conselhos Tutelares da cidade. Observou-se que apresentaram tendência a reproduzir os modelos tradicionais negativos da sociedade brasileira no julgamento da prática sexual de adolescentes, avaliando sua ocorrência pela ótica moral e de opinião de familiares e outros adultos. Mais da metade não associa tais práticas a impactos específicos sobre a saúde e os direitos sexuais e reprodutivos dos adolescentes, nem realiza encaminhamentos para sua promoção. Adotam noções desiguais de gênero do senso comum, que remetem à preocupação com a imagem e impactos da publicização da sexualidade de meninas, não fazendo o mesmo para adolescentes meninos e veem as práticas homoafetivas sob a ótica da violência e sedução, associando-as à necessidade de orientação psicológica e problemas de saúde mental. Considera-se que conselheiros tutelares estão pouco preparados para lidar com a sexualidade de adolescentes e normalmente treinados para avaliá-la tal qual a violência sexual que acomete crianças. Como possuem status local de legitimidade, são procurados e tem poder de averiguação e encaminhamento público de ocorrências, terminando por, muitas vezes, desrespeitar os direitos humanos de adolescentes quanto à expressão e vivência da sexualidade e da prática sexual saudável. Considera-se fundamental discutir o papel dos Conselhos Tutelares frente aos direitos de adolescentes, de forma que ao contrário do proposto na democratização do país, não se configurem como mais um instrumentos de exercício de poder para perpetuar desigualdades sociais. Na área da sexualidade, a defesa dos direitos de adolescentes passa pelo respeito a sua sexualidade, acesso à informação, à garantia de serviços públicos que efetivamente os atendam para proporcionar exames, contracepção, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, etc., com respeito a sua cidadania, especificidades, necessidades, autonomia e dignidade pessoal, promovendo-os e defendendo-os frente a famílias, comunidade, a toda a sociedade e ao próprio poder público. / The political opening to democracy in Brazil promoted a series of changes of legislation and state organization. Concerning to the childhood and adolescence, after the promulgation of the Estatuto da Criança e do Adolescente (Statute for Children and Adolescents), councils were created at federal, state and municipal level, to promote and defend the rights of this specific group. The Conselhos Tutelares (Tutelary Councils) were also created, composed by civil society members, directly elected by the population, to inform and promote these rights locally. Using qualitative and qualitative-quantitative methodologies of the Discurso do Sujeito Coletivo (Discourse of the Collective Subject), the research analyzed the perception and the opinion of councilors regarding to situations involving heterosexual and homosexual voluntary sexual practices, among teenagers from 12 to 17 years old. Data were collected with semi-structured questionnaires for self-fulfillment, presented in technical visits to members of the 44 Tutelary Councils in São Paulo city. Beyond the social and family profile, opinions on the autonomy of adolescents and their notions of legal disrespect were collected and also the suggestions to orientation of conducts, facing three hypothetical cases of sexual practice performed by adolescents. The research was answered by 80 (36,4 per cent ) counselors from a total of 220, of 29 (65,9 per cent ) Tutelary Councils from the 44 placed in the city. It was observed that they showed a tendency to reproduce negative traditional models of brazilian society in the judgment of teenage sexual practices, evaluating its occurrences from the moral viewpoint and opinion of familiars and other adults. More than a half dont associate these practices to specific impacts on the health and the sexual and reproductive rights of adolescents, neither acts for its promotion. They adopt unequal notions from the common sense, referred to the concern with the image and the publicizing of girls sexuality, not showing the same concern when it comes to boys; and see the homoafective practices from the perspective of violence and seduction, linking to the need of psychologist counseling and mental health problems. It is considered that counselors are unprepared to deal with teenage sexuality and that they are commonly trained to face these situations as sexual violence that affects children. As they have local status of legitimacy, they are requested and have power of inquiry and public routing of occurrences, culminating, several times, in disrespect of human rights of adolescents, related to the expression and experience of their sexuality and healthy sexual practices. It is considered fundamental to discuss the role of the Tutelary Councils in face to the adolescent rights, so that, instead of what was proposed in the country democratization, they dont become a power tool to perpetuate social inequalities. At the sexuality area, the defense of adolescent rights includes respecting their sexuality; provides access to information; ensuring public services able to attend them to provide exams, contraception, preventions of sexually transmitted diseases, etc.; respecting their citizenship, specifics, needs, autonomy and personal dignity; promoting and defending them among their families, communities, the society and the public power itself.
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Eu quero ter esse direito a escolha: formações discursivas e itinerários abortivos em SalvadorGonzaga, Paula Rita Bacella 28 January 2016 (has links)
Submitted by Hozana Azevedo (hazevedo@ufba.br) on 2017-08-08T12:45:59Z
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Dissertação.Paula.Gonzaga.pdf: 1619742 bytes, checksum: 21142083bf96769ccb09d294a1828237 (MD5) / Essa dissertação se apropria das contribuições foucaultianas sobre formações discursivas, discursos, análise do discurso para analisar que formações discursivas estão presentes na construção de signos sobre aborto entre mulheres que já recorreram a essa prática e como elas operaram nos seus itinerários abortivos e impactam nas suas vidas após essa decisão. Considerando a composição sócio-histórica das palavras e dos seus significados, a primeira parte do trabalho consiste numa pesquisa de cunho genealógico sobre a estruturação dos significados sobre aborto e contracepção no ocidente. Em sequência, analisa como eles se mantêm atuantes na realidade contemporânea da América Latina e, principalmente, no Brasil. A abordagem metodológica é de cunho qualitativo, sendo utilizadas entrevistas narrativas com doze mulheres que já vivenciaram experiência do abortamento provocado, que consentiram participar da pesquisa através do Termo de consentimento Livre e Esclarecido. Ao todo foram analisados vinte e dois relatos de interrupções de gravidezes realizadas pelo grupo. Os dados foram analisados sob a perspectiva da análise do discurso francesa, especificamente a partir da teoria foucaultiana sobre os discursos e as relações de poder. As informantes apresentam construções polimorfas do discurso, perpassadas pelos conceitos historicamente construídos e legitimados pela religião, pelo direito e pelo movimento feminista. Os discursos punitivos, sejam religiosos ou jurídicos, apenas funcionam como instrumentos de produção de insegurança e conflitos internos. Desse modo, o exercício da resistência diante dessa estrutura de exercício de poder precisa ser concebido para além da interrupção, mas da elaboração de enunciados que corroboram a autonomia das mulheres sobre seus próprios corpos. A exploração da capacidade reprodutiva das mulheres se constitui numa norma social, portanto, quando existe subversão desta norma é a sociedade que estas mulheres estão mobilizando, não apenas a vida doméstica. As informantes reivindicam a interrupção da gravidez como uma decisão que suscitaram de modo autônomo. É possível identificar que, por caminhos distintos e com influências que se assemelham parcialmente, as doze mulheres dessa pesquisa analisaram a conjuntura em que viviam no momento em que engravidaram e decidiram pela interrupção como meio de manter ou possibilitar a aquisição de estabilidade e ascensão social, econômica ou até mesmo da própria dinâmica familiar. / This dissertation appropriates foucaultian contributions about the discursive formations, discourses and discourse analysis to analyze which discursive formations are present in the construction of signals between women who have resorted to this practice and how these formations operate in their abortive itinerary and impact their lives after the decision. Considering the socio-historical composition of words and their meanings, the first part of this work consists on a research of genealogical nature about the structuring of the meanings of abortion and contraception in the West. Following, there is an analysis of how these meanings retain their relevance in the contemporary reality of Latin America and specially Brazil. The methodological approach is of a quantitative nature, using narrative interviews with twelve women that have already been through the experience of induced abortion, totaling twenty two accounts of interruptions done by the group. All the participants have a trajectory of socio-economical ascension, a group in which scant research on abortion practices has been done, and their admission to participation was through the Term of Informed Consent. The data was analyzed from the perspective of the French discourse analysis, specifically from the foucaultian theory about discourses and power relations. The informants display various polymorphous constructions of discourse, permeated by the concepts built and legitimated by religion, law and the feminist movement. Same wise, they resignify these constructs, weaving a tapestry of discourses and meanings in construction and transformation.
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Homens, feminismo e direitos reprodutivos no Brasil: uma análise de gênero no campo das políticas públicas (2003-2006) / Men, feminism and reproductive rights in Brazil: a gender analysis in the field of public policies (2003-2006)Fonseca, Jorge Luiz Cardoso Lyra da January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Esta tese buscou identificar, a partir do referencial feminista, que noções de masculinidade e que lugares estão sendo definidos para os homens na política nacional de direitos sexuais e direitos reprodutivos, em curso no Brasil. O estudo, de base qualitativa, focaliza a primeira gestão do governo Lula, 2003-2006, período em que foram estabelecidas as bases da atual política de direitos sexuais e direitos reprodutivos no país. Foram realizadas 23 entrevistas semi-estruturadas com profissionais que, durante o período foco da pesquisa, ocuparam lugares estratégicos na formulação e debate público no campo dos direitos sexuais e direitos reprodutivos no Brasil. Todos os profissionais entrevistados têm trajetória de inserção na área há mais de dez anos, o que permitiu também, a partir desses diálogos, construir uma retrospectiva histórica de consolidação deste campo, bem como identificar focos, lugares, documentos de referência, tensões e atores que caracterizam o contexto desta política. Como parte da pesquisa empírica, foram igualmente analisados dez documentos prioritários, escolhidos entre os 46 documentos referidos pelos entrevistados. A análise do material empírico seguiu o Modelo Operacional para a Análise de Políticas de Saúde, proposto por Araújo Júnior (2000), para a identificação de contexto, atores, processo e conteúdo. A caracterização inicial do problema de pesquisa é feita a partir do marco conceitual de gênero, estruturado em uma matriz que dialoga com produções feministas e se organiza em quatro eixos: 1) o sistema sexo/gênero, 2) a dimensão relacional, 3) as marcações de poder e 4) a ruptura da tradução do modelo binário de gênero nas esferas da política, das instituições e das organizações sociais. Assim, há um diálogo com produções contemporâneas que adotam gênero como categoria analítica, baseiam-se em referenciais teóricos distintos, mas têm em comum (e se autodefinem a partir de) uma perspectiva feminista crítica. O marco referencial apresenta-se, deste modo, a partir de uma análise dos estudos sobre os homens e masculinidades no campo da saúde, sexualidade e reprodução, destacando a necessidade de abrir espaço para novas construções teóricas que resgatem o caráter plural, polissêmico e crítico das leituras feministas. Em linhas gerais, as análises do material empírico evidenciam uma política pública consolidada, pelo menos no plano da formulação, apesar de recente e com vários campos de tensão em torno de problemas fundamentais. A diversidade profícua de documentos (entre resoluções, normas técnicas etc.) e o relato dos entrevistados apresentam a gestão atual como um momento de fortalecimento e reconhecimento público de pautas antes restritas à agenda dos movimentos sociais em defesa dos direitos reprodutivos. Percebe-se uma forte presença dos movimentos feminista e de mulheres, apontados nas entrevistas como atores (atrizes) principais no processo de consolidação da política nacional de direitos sexuais e direitos reprodutivos no Brasil. Contudo, as análises evidenciam que nesta política, em geral, a masculinidade é pensada como dispositivo de opressão e os homens como sujeitos secundários ou estratégicos para garantia da saúde da mulher, diante da trajetória histórica ainda incipiente de reflexões sobre os homens e as masculinidades no campo dos direitos reprodutivos, a partir do enfoque feminista e de gênero
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Processos educativos entre jovens na construção de uma cartilha educativa sobre direitos sexuais e reprodutivosBarbosa, Daniela de Castro 29 August 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-08-29 / Financiadora de Estudos e Projetos / Facing the problem of addressing the Sexual and Reproductive Rights in the school institution and recognizing the capacity that the young has in acting as a protagonist of their learning process of education, this research aimed as general objective to observe, to understand and to analyze educational processes unchained among eight young in the
age group from thirteen to fourteen years to become involved in the elaboration of educational material on Sexual and Reproductive Rights. It was a descriptive study of qualitative character based on the Paulo Freire perspective of the education understanding as a dialogical process. The data collection was made in the months of April to October of 2007, in a state school in the city of Ribeirão Preto, having been used as instruments for collection the conversation wheels and the annotations in field diaries. At first educational actions were accomplished with all the students of the seventh and eighth series, which allowed us to present the theme of the Sexual and Reproductive Rights and to invite them to participate voluntarily in the research. Later, the research participants chose for voting which rights they would like to discuss in our dialogues. From here, there were proposed activities with problems that unchained the
conversation wheels on the sexual and reproductive rights, allowing contextualizing knowledge, practices, opinions and expectations of the young. Finally, the research participants reflected about the sexual and reproductive rights to develop an educational book, with texts, drawings and researches of their own authorship. The discoveries were organized for themes of analysis. The results showed that the young possess knowledge, of their body, their health, their sexuality and these was demonstrated with questions and curiosities to share knowledge. They actively participated in their process of
teaching and learning and have brought forth discussions on the issues that afflict then in their daily lives, such as the gender relationships, the dialogue lack in the affectionate
relationships, the abortion, among others. We concluded that when the young interacts with their group of equals in the construction of educational material on sexual and
reproductive rights they express themselves with easiness, understands the sexuality as being part of the human, recognizes the importance of the prevention and tries to take
attitudes that lead to the exercise of their rights. / Diante da problemática da abordagem dos Direitos Sexuais e Reprodutivos na instituição escolar e reconhecendo a capacidade que o (a) jovem tem em atuar como protagonista do seu processo de ensino aprendizagem, esta pesquisa teve como objetivo geral observar, compreender e analisar processos educativos desencadeados entre oito jovens na faixa etária de treze a catorze anos ao se envolverem na elaboração de material educativo sobre Direitos Sexuais e Reprodutivos. Foi um estudo de caráter qualitativo descritivo pautado na perspectiva de Paulo Freire da compreensão de
educação como processo dialógico. A coleta de dados se deu nos meses de abril a outubro de 2007, numa escola estadual na cidade de Ribeirão Preto, tendo sido utilizados como instrumentos para coleta as rodas de conversa e as notações em diários de campo. A princípio foram realizadas ações educativas com todos (as) educandos (as) das sétimas e oitavas séries, o que nos permitiu apresentar a temática dos Direitos Sexuais e Reprodutivos e convidar esses (as) jovens a participarem voluntariamente da pesquisa. Posteriormente, os (as) participantes da pesquisa escolheram por votação
quais desses direitos gostariam de discutir em nossos diálogos. A partir dai, foram propostas atividades problematizadoras que desencadearam as rodas de conversa sobre os direitos sexuais e reprodutivos, permitindo-nos contextualizar conhecimentos, práticas, opiniões e expectativas dos (as) jovens. Por fim, os (as) participantes da
pesquisa refletiram sobre os direitos sexuais e reprodutivos ao elaborarem uma cartilha educativa, com textos, desenhos e pesquisas de sua própria autoria. Os achados foram organizados por temáticas de análise. Os resultados apontaram que os (as) jovens possuem muitos saberes, do seu corpo, da sua saúde, da sua sexualidade e demonstraram isso com perguntas e curiosidades ao compartilharem conhecimentos. Participaram ativamente no seu processo de ensino e aprendizagem e trouxeram a tona discussões sobre questões que os (as) afligem no seu cotidiano, como é o caso das relações de gênero, da falta de dialogicidade nas relações afetivas, do aborto, entre outras. Concluímos que quando o (a) jovem interage com seu grupo de iguais na construção de material educativo sobre direitos sexuais e reprodutivos ele (a) se expressa com facilidade, compreende a sexualidade como parte do ser humano, reconhece a importância da prevenção e procura tomar atitudes que levem ao exercício
dos seus direitos.
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VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL EM MATERNIDADES PÚBLICAS DO ESTADO DO TOCANTINS.Evangelista, Liana Barcelar 23 May 2014 (has links)
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LIANA BARCELAR EVANGELISTA GUIMARAES.pdf: 2493927 bytes, checksum: 995c57089d070e7f57c5c3220a0c9260 (MD5)
Previous issue date: 2014-05-23 / Trata-se de um estudo qualitativo, exploratório/descritivo. Para a obtenção das
informações foram realizadas entrevistas por saturação de informação junto a 56
puérperas que tiveram seus partos entre os anos de 2010 a 2013 em 14
maternidades públicas das oito regiões de saúde do Estado do Tocantins, sendo 11
instituições de gestão estadual, duas municipais e uma filantrópica. As participantes
foram selecionadas aleatoriamente a partir dos registros de parto das Unidades de
Saúde e pelas listas dos Agentes Comunitários de Saúde. Os objetivos foram:
Identificar as principais políticas públicas de atenção ao parto e nascimento
implementadas no Estado do Tocantins e identificar a percepção das mulheres
sobre violência institucional no processo de parto em maternidades públicas do
Estado do Tocantins no período de 2010 a 2013. Quanto aos relatos de violências
sofridas na maternidade, das 56 mulheres entrevistadas, 49 consideraram ter sofrido
algum tipo de violência institucional no parto. As queixas se referiram à dificuldade
no acesso aos serviços obstétricos, negligência, violência verbal, que inclui
tratamento grosseiro, ameaças, repressões, gritos, humilhação, desrespeito;
violência física; violência psicológica, precariedade de recursos humanos e
materiais; descontinuidade da assistência do pré-natal ao parto; descumprimento da
lei do direito ao acompanhante de livre escolha, utilização de procedimentos que não
são mais indicados. Tendo em vista os resultados apresentados, considera-se que
esse estudo cumpriu seus objetivos propostos. Observou-se em todas as quatorze
maternidades pesquisadas descumprimento de várias políticas brasileiras de
atenção ao parto e nascimento, havendo violência institucional no momento do
parto, em todas as instituições, o que demonstra a magnitude do problema nessas
regiões e a necessidade de melhoria desses serviços. A negligência foi um dos tipos
de violência mais destacados pelas entrevistadas e chama atenção os relatos
trágicos trazidos pelas participantes das pesquisas onde apontaram a relação desse
tipo de violência a óbitos no período neonatal precoce. A Lei do Acompanhante foi
apontada como uma das mais descumpridas pela maioria das maternidades
públicas do Tocantins. Os problemas relacionados à ambiência das maternidades
foram apresentados como outro ponto negativo nos relatos realizados pelas
mulheres. Ficou evidente o papel e compromisso dos gestores, dos profissionais de saúde, das instituições formadoras, e de outros atores, além do empoderamento das
usuárias e consequentemente o reconhecimento dessa assistência como direito,
constituindo aspectos fundamentais para a mudança de práticas.
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