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Avaliação da escola como base operacional e das crianças de 6-15 anos como grupo-alvo para ações de diagnóstico e tratamento da esquistossomose na área endêmica de PernambucoPereira, Ana Paula Braz January 2010 (has links)
Submitted by Anderson Silva (avargas@icict.fiocruz.br) on 2012-05-22T13:53:59Z
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Previous issue date: 2010 / Hospital Federal de Jacarepaguá. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / O objetivo da dissertação foi avaliar uma estratégia de diagnóstico e tratamento para a
esquistossomose e geohelmintoses, empregando a escola como base operacional para atender
a meta mínima das Resoluções 54.19 da Assembléia Mundial da Saúde (AMS) e CD49.R19,
da OPAS de dar cobertura a 75% das crianças em idade escolar e, incrementar as ações do
Programa de Controle da Esquistossomose (PCE-SUS) na área endêmica de Pernambuco. O
município escolhido foi Araçoiaba, no qual a população escolar (6-15 anos) foi aleatoriamente
alocada em um esquema operacional empregando como base a escola ou a comunidade para
comparar a cobertura de diagnóstico e tratamento. Antes de iniciar essa pesquisa duas
questões importantes foram respondidas: (a) a prevalência nas crianças em idade escolar é um
indicador adequado para estimar a infecção no nível da comunidade naquela área? Para tal, os
dados populacionais de positividade para esquistossomose de 19 localidades daquela área
foram analisados nos seguintes grupos etários: 0-5, 6-15, 16-25, 26-40, 41-80 anos; (b) as
atuais diretrizes do Ministério da Saúde realizadas pelo PCE-SUS em um município endêmico
para esquistossomose permitiriam a ele atender aquela meta mínima? A primeira análise
mostrou que a prevalência na faixa de 6-15 anos pode ser usada em inquéritos de linha de
base (antes do tratamento) como referência para estimar a situação da comunidade. A análise
das ações de diagnóstico e tratamento realizadas pelo PCE-SUS em Chã de Alegria revelou
que dos 15.288 residentes no município, apenas 1.766 (11,5%) e 2.977 (19,5%) foram
examinados nos dois inquéritos realizados em 2003-2004 e 2004-2006, respectivamente,
sendo que no primeiro deles, apenas 570 (32,3%) crianças de 7-14 anos foram cobertas. Essa
análise sugere que o município de Chã de Alegria dificilmente conseguiria atingir a meta
mínima estabelecida na AMS, o que pode refletir a situação em outros municípios que
possuem características epidemiológicas e dificuldades de infraestrutura semelhantes. Uma
vez respondidas as duas questões preliminares, colocamos em prática a pesquisa operacional
em Araçoiaba. Os resultados mostraram que a intervenção na comunidade alcançou cobertura
de distribuição de potes (98,9%) e diagnóstico (84,9%) significativamente maior do que a na
escola (96,4% e 74,8%, respectivamente). No entanto, a intervenção na escola apresentou
taxas diárias de distribuição (62,4) e coleta de potes (46,7) significativamente maiores do que
na comunidade (27,3 e 23,2 respectivamente). Não houve diferença significativa quanto à
adesão ao tratamento entre as duas intervenções (88,7% na comunidade e 90,4%, na escola),
porém o tempo médio gasto no tratamento na escola foi significativamente menor do que na
comunidade. Os dados permitem propor uma abordagem combinada baseada na escola e na
comunidade, de modo que as vantagens observadas em cada intervenção permitam um maior
acesso e cobertura das ações de controle nesse grupo etário em curto prazo. / The aim of this dissertation was to evaluate a strategy of diagnosis and treatment for
schistosomiasis and soil-transmitted helminthiasis, using the school as an operational base to
meet the minimum target of Resolution 54.19 of the World Health Assembly (WHA) and
CD49.R19, PAHO to provide coverage to 75% of school-aged children and to scale-up the
actions of the Schistosomiasis Control Program (PCE-SUS) in the endemic area of
Pernambuco. The municipality chosen was Araçoiaba, in which the school population (6-15
years) was randomly allocated to either a school-based or a community-based operational
scheme to compare the coverage of diagnosis and treatment. Before starting this research two
important questions were answered: (a) Is the prevalence in school-age children an
appropriate indicator to estimate the level of infection in the community in that area? To this
end, the population data of egg-positive rates for schistosomiasis from 19 localities in that
area were analyzed in the following age groups: 0-5, 6-15, 16-25, 26-40, 41-80 years; (b) Are
the current guidelines of the Ministry of Health implemented by the PCE-SUS in a
municipality endemic for schistosomiasis meeting that minimum target? The first analysis
showed that the prevalence in the range of 6-15 years can be used in baseline surveys (before
treatment) as a reference to estimate the situation of the community. The second analysis,
regarding the activities of diagnosis and treatment performed by the PCE-SUS in Chã de
Alegria showed that, of 15,288 residents in that municipality, only 1,766 (11.5%) and 2,977
(19.5%) were examined in two surveys in 2003 - 2004 and 2004-2006, respectively; in the
former only 570 (32.3%) children aged 7-14 years were covered. This analysis suggests that
the municipality of Chã de Alegria could hardly reach the minimum target set by the WHA,
what may reflect the situation of other municipalities that have similar epidemiological
characteristics and infrastructure difficulties. Once the two questions were answered, we put
into practice an operational research in Araçoiaba. The results showed that the intervention in
the community had coverage of 98.9% for stool vial distribution and of 84.9% for diagnosis,
which are significantly higher than in school (96.4% and 74.8%, respectively). However, the
intervention in school had rates of daily distribution (62.4) and collection (46.7) of stool vials
significantly higher than in the community (27.3 and 23.2 respectively). There was no
significant difference in compliance of treatment between the two interventions (88.7% in the
community and 90.4% in school), but the average time spent in treatment at school was
significantly lower than in the community. An approach combining school-based and
community-based interventions is thus proposed, so that the advantages of each intervention
enable short-term improved access to and coverage of the control actions targeted at this age
group.
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Modelo de risco para esquistossomose: abordagem espaço-temporal da transmissão no litoral de Pernambuco / Schistosomiasis risk model: space-time approach of the transmission on the coast of PernambucoGomes, Elainne Christine de Souza January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães. Recife, PE, Brasil / A esquistossomose é uma doença endêmica em 74 países e há anos vem sendo negligenciada. Em Pernambuco a doença vem se expandindo da zona rural para áreas litorâneas há décadas. No entanto, os fatores causais desse processo de expansão ainda não estão elucidados. Diante dessa problemática, este estudo objetiva construir um modelo de risco da transmissão da esquistossomose na localidade litorânea de Porto de Galinhas-PE. Para tanto, de abril/2010 - junho/2011 foi realizado: a) inquérito malacológico; b) inquérito coproscópico; c) levantamento dos fatores de risco socioeconômicos, comportamentais e ambientais associados à ocorrência e transmissão da doença; d) estudo comparativo da evolução espaço-temporal do perfil epidemiológico na localidade; e) estudo temporal do uso e ocupação do terreno através de sensoriamento remoto; f) construção de modelos de risco locais para transmissão da esquistossomose em área litorânea. Na análise dos dados foram utilizados os programas Excel, R, GPS TrackMaker Pro, ArcGis 9.3 e 10, TerraView 3.1.1 e 4.0.0. Foram coletados 11.012 caramujos da espécie B. glabrata em 36 criadouros, dos quais 11 foram focos de transmissão da esquistossomose. O inquérito coproscópico identificou 434 casos humanos positivos para S. mansoni. O modelo de risco para ocorrência da doença, com base na análise de regressão logística dos dados socioeconômicos, comportamentais e ambientais identificou 6 variáveis explicativas para ocorrência da doença. Na comparação temporal dos dados epidemiológicos observou-se redução da prevalência de 30,2 para 15,7 por cento e mudança na forma clínica da doença que passou de aguda para crônica. A análise de uso e ocupação do terreno demonstrou o aumento de áreas edificadas e de solo impermeável, bem como a redução de áreas de mangue. O cenário epidemiológico para esquistossomose em Porto de Galinhas evidencia o alto risco de ocorrência da doença na localidade de Salinas, sendo essa a única região mais sofreu mudanças ambientais
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TIMP-1 (inibidor de metaloproteinase) e colageno tipo IV em pacientes portadores de esquistossomose mansoni submetidos a esplectomiaWyszomirska, Rozangela Maria de Almeida Fernandes 05 September 2005 (has links)
Orientadores: Elza Cotrim Soares, Maria Aparecida Mesquita / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-05T02:56:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2005 / Resumo: A fibrose hepática resulta de um desequilíbrio entre deposição e remoção de componentes da matriz extracelular, sendo sua degradação mediada por metaloproteinases, e estas são reguladas por inibidores fisiológicos (TIMPs). Alterações no baço de indivíduos portadores de esquistossomose mansoni poderiam contribuir para a acentuação da fibrose hepática bem como da ativação de TIMPs, não estando esses aspectos totalmente esclarecidos. O objetivo desse estudo foi avaliar o comportamento de marcadores séricos de fibrose hepática, o TIMP-l e o colágeno tipo IV em pacientes portadores da forma hepatoesplênica da Esquistossomose mansoni submetidos à esplenectomia. Foram incluídos 24 pacientes com idade que variou de 14 a 61 anos (36,92i:13,59 anos), sendo 17 do sexo masculino e sete do sexo feminino. Os níveis séricos de TIMP-I e colágeno IV foram determinados por método imunoenzimático sanduíche (EIA), no pré-operatório (PRÉ), e nos 2° (POl) e 600 (P02) dias após esplenectomia. Antes da esplenectomia, os níveis séricos do colágeno tipo IV e do TMP-I estavam elevados (175,04i:1l2,84ng/ml e 8I2,56i:861,31ng/ml, respectivamente). Após esplenectomia, a média dos valores de colágeno tipo IV revelou uma diminuição significante da média dos valores, em relação ao PO1 (113,98i:73,38ng/ml; p= 0,039) e em relação ao P02 {l09,53i:36.1ng/ml; p= 0,015). Níveis séricos de TIMP-I também mostraram uma significante diminuição em relação ao POI (245,08i:363,08ng/ml; p=0,008) e P02 (108,77i:1l2,05ng/ml; p= 0,001). Em adição, não foi encontrada diferença significante entre níveis séricos de PO 1 e P02, tanto para colágeno tipo IV (p= 0,061) como para TIMP-I (p= 0,145). Os nossos resultados mostram que após esplenectomia, ocorreu diminuição do TIMP-l e do colágeno tipo IV, que persistiu até o 60° dia. Estes resultados sugerem que o baço parece desempenhar um papel na regulação da fibrose hepática / Abstract: Hepatic fibrosis is a dynamic process that results in a net accumulation of extracellular matrix proteins and altered matrix degradation regulated by a family of enzymes called the matrix metalloproteinases and their inhibitors (TIMPs). The role of the spleen in the process of liver fibrosis in schistosomiasis still needs c1arification. The aim of this study was to assess the effect of splenectomy on serum levels of two markers of fibrosis, type IV collagen and TIMP-l, in patients with schistosomiasis mansom. Twenty-four patients with hepatosplenic schistosomiasis mansoni participated in the study. Type IV collagen and TIMP-l serum levels were measured preoperatively, and after two (POl) and 60 days (PO2) of spleen removal. Before splenectomy, both type IV collagen and TIMP-l serum levels were elevated (175,04j:112,84ng/ml e 812,56j:861,31ng/ml, respectively). After splenectomy, the levels of type IV collagen showed a significant decrease in relation to the preoperative values both in POl (113,98j:73,38ng/m1; p= 0,039) and PO2 (l09,53j:36.1ng/m1; p= 0,015). Serum levels ofTIMP-l also showed a significant decrease in relation to the preoperative values both in POl (245,08j:363,08ng/m1; p=0,008)and PO2 (l08,77j:112,05ng/ml; p= 0,001). There was no difference between POland PO2 values for each serum marker. In conc1usion, splenectomy in schistosomotic patients was associated to a decrease in serum markers of fibrosis levels, which persisted for at least 60 days. These results suggest that the spleen may play a role in the extracellular matrix production, and therefore may contribute to liver fibrosis in schistosomiasis mansoni / Doutorado / Clinica Medica / Doutor em Clínica Médica
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A evolução da esquistossomose mansônica, nos últimos 40 anos, na população de Catolândia – Bahia (Brasil)Tavares-Neto, José January 2016 (has links)
Submitted by Quaresma Jamilli (jamilli.cristina@ufba.br) on 2016-11-22T14:44:20Z
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Tese de Professor Titular, de José Tavares-Neto.pdf: 14542079 bytes, checksum: 637c1dd9de16fba7748ae25aef81fb72 (MD5) / Approved for entry into archive by Uillis de Assis Santos (uillis.assis@ufba.br) on 2016-11-22T14:46:32Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Tese de Professor Titular, de José Tavares-Neto.pdf: 14542079 bytes, checksum: 637c1dd9de16fba7748ae25aef81fb72 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-11-22T14:46:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Tese de Professor Titular, de José Tavares-Neto.pdf: 14542079 bytes, checksum: 637c1dd9de16fba7748ae25aef81fb72 (MD5) / A evolução da esquistossomose mansônica, nos últimos 40 anos, na população de
Catolândia – Bahia (Brasil). As taxas de prevalência e de incidência da infecção por
Schistosoma mansoni, agente etiológico da esquistossomose mansônica (EM), tiveram
grande redução com a introdução, na década 70 do Século XX, da terapêutica específica
pela via oral; e, consequentemente, houve impactante redução daquelas taxas das formas
mais graves da EM. O Projeto Catolândia teve início, em 1976, quando aquela terapêutica
oral, com oxamniquine, havia sido recentemente introduzida no Brasil. Este trabalho
avalia a evolução da esquistossomose mansônica nos moradores do município de
Catolândia (Bahia), incluídos neste estudo entre os anos de 1975 a 1993, e acompanhados
até o ano de 2015. Nesses 40 anos, os moradores foram acompanhados com exames
clínicos e coproparasitológicos, periódicos, e introduzidas medidas de controle e
preventivas. Entre 1976 a 1993, houve 10 tratamentos em massa com oxamniquine; e de
1994 a 2015, baseado no programa de vigilância clínica e parasitológica, os portadores
de ovos de S. mansoni foram tratados com praziquantel. Após o 3º tratamento em massa,
em 1985, não mais foram observados novos casos da forma hepatoesplênica (HE) da EM,
e, a qualquer tempo, em menores de cinco anos de idade. Antes do 1º tratamento em
massa, em outubro de 1976, mais de dois terços (76,3%) da população de Catolândia eram
portadores de ovos de S. mansoni, enquanto entre os anos de 2014 a 2015 essa mesma
frequência foi inferior a 5%, além da acentuada diminuição da carga parasitária. Nos 646
moradores matriculados entre 1975 a 1993, incluídos neste estudo, todos foram tratados
três ou mais vezes com oxamniquine, e em 2015 tinham 22 ou mais anos de idade.
Aqueles até 1993 com idade ≤5 anos de idade (n=137), todos em 2015 tinham a forma
clínica hepatointestinal (HI) ou não foram infectados por S. mansoni. Enquanto entre
aqueles maiores de 5 anos de idade (n=509), em 1993, até o ano 2015: quatro (0,8%)
evoluíram da forma HI para a hepatointestinal avançada (HI-A); quatro (0,8%) com a
forma HE foram esplenectomizados; 17 (3,3%) com a forma HE tiveram regressão para
a forma HI; 18 (3,6%) evoluíram da forma HI-A para HI; 23 (4,5%) permaneceram ao
longo do tempo com a forma HI-A; 27 (5,3%) evoluíram da forma HE para HI-A; 31
(6,1%) mantiveram-se na forma HE; e a maioria (n=385; 75,6%) desde o exame inicial
(entre 1976 a 1993) até 2015 permaneceu na forma HI ou não foi infectada por S. mansoni.
Não obstante estes resultados promissores, as condições de vida da população de
Catolândia, mesmo com as melhorias nas duas últimas décadas, ainda não foram
suficientes para tornar a infecção por S. mansoni de menor risco, bem como daquelas
doenças associadas à pobreza, especialmente em decorrência das dificuldades inerentes
às medidas preventivas por conta dos baixos indicadores do sistema de educação formal.
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Ação moluscicida de Moringa oleifera LAM sobre o molusco BIomphalaria glabrata (SAY, 1818) hospedeiro intermediário do Schistosoma mansoni (SAMBON, 1907) e efeitos ecotoxicológicos em organismos aquáticos não alvo.Silva, Cesar Luiz Pinto Ayres Coelho da January 2013 (has links)
Submitted by Ana Paula Macedo (ensino@ioc.fiocruz.br) on 2013-10-01T00:36:14Z
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Previous issue date: 2013 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / A esquistossomose é uma doença parasitária de veiculação hídrica causada pelo trematódeo Schistosoma mansoni, que afeta mais de 200 milhões de pessoas. Nas áreas de maior endemismo, o acesso ao suprimento de água é precário sendo obtida em poços, cacimbas e pequenos açudes, que se tornam também “criadouros artificiais” de caramujos infectados pelo S. mansoni. A doença é de profilaxia complexa, já que os moluscos aquáticos são de difícil controle, e pela parasitose incidir em zonas que favorecem um maior contato do homem com a água. No Brasil ocorrem dez espécies e uma sub-espécie do gênero Biomphalaria, sendo três espécies hospedeiras naturais do S. mansoni: Biomphalaria glabrata, Biomphalaria straminea e Biomphalaria tenagophila. O controle químico é utilizado para reduzir as populações destes hospedeiros intermediários sendo a Niclosamida o moluscicida recomendado pela OMS, porém com alta toxicidade para muitos organismos aquáticos. Moluscicidas derivados de plantas têm provado sua efetividade, porém exigem cuidados no manuseio, pois muitas espécies são tóxicas a humanos e organismos não alvo. Iniciativas no passado para o uso de plantas como moluscicida foram pouco promissoras ou desencorajadas em programas em larga escala devido ao pequeno valor agregado que possuem para as comunidades ou gestores públicos. A planta Moringa oleifera não é tóxica sendo utilizada na alimentação humana e animal, com vários estudos realizados para testar seu múltiplo uso, principalmente quanto à sua
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propriedade purificadora de águas. No presente estudo a semente moída de M. oleifera (ESSMol) foi avaliada pela primeira vez quanto à sua atividade moluscicida contra os moluscos B. glabrata, Physa marmorata e Melanoides tuberculatus. Sua ação ecotoxicológica também foi avaliada com o microcrustáceo Ceriodaphnia dubia e o peixe Danio rerio. Os resultados mostraram que o ESSMol foi eficaz como moluscicida para B. glabrata (CL50 = 0,419 g/L; CL90=1,021 g/L e P. marmorata (CL50=0,339 g/L; CL90=0,789 g/L) mas sem atividade moluscicida para M. tuberculatus. Para os organismos não alvo os valores foram: CL50 = 0,12 g/L (χ2 = 14,99; gl = 3; p<0,05) para C. dubia; e CL50 = 0,20 g/L (χ2 = 2,57; gl = 4; p>0,05) para D. rerio. O efeito tóxico apresentado nos testes ecotoxicológicos com organismos não alvo ocorreu em concentrações que permitem a manutenção de populações naturais. O ESSMol demonstrou ser um produto ecologicamente menos agressivo ao ambiente e seguro para manipulação e utilização pelo homem. A grande inovação do uso da M. oleifera como moluscicida, é apresentar um potencial para agregação de valor também como alimento para humanos e animais e na prestação de serviço ecossistêmico como purificador da qualidade da água. O multi-uso da M. oleifera integrando a relação do homem, planta e ecossistemas, compõem uma cadeia na estrutura ecossistêmica que fortalece os processos ecológicos, envolvendo mais que apenas a ação sobre o ciclo de transmissão da esquistossomose. / Schistosomiasis is a waterborne parasitic disease caused by the trematode Schistosoma mansoni which affects more than 200 milion people. In the most endemic areas, access to water supply, especially in rural areas, is poor and is obtained from wells, ponds and small reservoirs, which also potentially end up turning into "artificial breeding" of snails infected by S. mansoni. The disease prophylaxis is complex, since their hosts, aquatic snails are difficult to control, and since this parasitosis occurs in very hot and irrigated areas favoring an increased human contact with the water. In Brazil there are 10 species and one subspecies of the genus Biomphalaria, three of which are natural hosts of S. mansoni: Biomphalaria glabrata, Biomphalaria straminea and Biomphalaria tenagophila. Chemical control is used to reduce populations of vector snails being Niclosamide the only recommended by the WHO, demonstrating, however, severe toxicity to some aquatic organisms. Plant derived molluscicides have proven their effectiveness requiring, however, care in handling because some species possess toxic properties to humans and non-target organisms. Past initiatives to make effective the practice of use of plants with molluscicidal property have been unpromising or not carried forward in large scale programs due to the small value such plants have to target communities or public managers. The plant Moringa oleifera is non toxic to humans and used as food for humans and other animals with several studies having been done to test the multiple uses of this plant, particularly with respect
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to its water purifying property. In this study the ground seed of M. oleifera (GSEMol) was first evaluated for its molluscicidal activity against the snails B. glabrata, Physa marmorata and Melanoides tuberculatus. Its ecotoxicological action was also evaluated for the microcrustacean Ceriodaphnia dubia and the fish Danio rerio. The results demonstrated that the GSEMol was an effective molluscicide for B. glabrata (LC50 = 0.419 g/L; LC90 = 1.021 g/L) and P. marmorata (LC50 = 0.339 g/L; LC90 = 0.789 g/L) but had no molluscicidal activity against M. tuberculatus. For the non-target organisms the values were: LC50 = 0.12 g/L (χ2 = 14.99, df = 3, p <0.05) for C. dubia, and LC50 = 0.20 g/L (χ2 = 2.57, df = 4, p> 0.05) for D. rerio. The toxic effects shown in the ecotoxicity tests against non-target organisms however, occurred at concentrations which enable the maintenance of natural populations. The GSEMol proved to be a product environmentally less aggressive and safe for handling and use by man. The great innovation of the use of M. oleifera, besides being non toxic to humans, is to present the potential to add value as food for humans and animals as well as the provision of ecosystem services such as water purifier. The multi-potential use of M. oleifera integrating the relationship between man, plants and ecosystems, make up a chain in the ecosystem structure, strengthening the ecological processes involving more than just action on the transmission cycle of schistosomiasis.
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Avaliação in vitro de fármacos pró-oxidantes sobre o Schistosoma mansoni / In vitro evaluation of drugs pro-oxidants on Schistosoma mansoniFiladelfo, Ciro Ribeiro January 2009 (has links)
Submitted by Ana Maria Fiscina Sampaio (fiscina@bahia.fiocruz.br) on 2012-06-19T21:27:44Z
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Previous issue date: 2009 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, Bahia, Brasil / Segundo a Organização Mundial de Saúde (2002), a esquistossomose é a segunda maior doença tropical, causadora de 200 a 300 mil mortes por ano. Mesmo apresentando alguns quimioterápicos eficazes para o tratamento, como o praziquantel (PZQ) e a oxamniquina (OXQ), ocorrem muitos casos refratários e efeitos colaterais. Diante deste contexto, é necessária a busca racional de novos medicamentos e combinações para o tratamento desta doença. Uma possível solução é o estudo de drogas relacionadas com o estresse oxidativo do patógeno. Dentre estas pOdem ser analisadas: a artemisinina (ART), que induz uma maior produção de radicais livres por inibição da formação da hemozoína em Plasmodium falciparum; a butionina sulfoximina (8S0), que impede a produção da glutationa; além do dietilditiocarbamato de sódio (DDC), que age como inibidor das superóxido dismutases. Portanto, o objetivo deste trabalho foi testar in vitro essas drogas, isoladas e combinadas, analisando a atividade das superóxido dismutases, alterações morfológicas e produção de hemozoína em vermes adultos, além de avaliar a toxicidade em esplenócitos. A ART apresentou efeito esquistossomicida em concentrações elevadas. O DDC mostrou um efeito esquistossomicida satifatório e inibiu as superóxido dismutases. Quanto à associação ART - DDC, esta inibiu a formação da hemozoína, apresentou danos nos tegumentos dos vermes e não apresentou citotoxicidade significativa. Estes resultados indicam que estas drogas são viáveis para estudos in vivo, podendo ser uma nova alternativa quimioterápica para esta patologia.(AU).
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Avaliação do sistema de vigilância epidemiológica da esquistossomose no estado da Bahia / Evaluation of the schistosomiasis epidemiological surveillance system in the state of the BahiaMenezes, Maria José Rodrigues de January 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005 / Este estudo se propôs a avaliar o Sistema de Vigilância Epidemiológica (SVE) da Esquistossomose no Estado da Bahia, considerando tanto a esfera estadual como a municipal, esta restrita a dois municípios situados na área endêmica para a esquistossomose no Estado. Trata-se de um estudo avaliativo que contempla os determinantes contextuais da implantação, da intervenção e da avaliação da estrutura e do processo da vigilância epidemiológica da esquistossomose, e utiliza como estratégia de pesquisa o estudo de caso (municípios). Para a coleta dos dados, foram utilizados os roteiros para avaliação de sistemas de vigilância dos Centros de Controle de Doenças -CDC/Atlanta - Estados Unidos, e questionários específicos para análise do contexto, estrutura, processo e atributos do sistema: oportunidade, aceiilidade, simplicidade, flexibilidade, representatividade, sensibilidade, valor preditivo positivo e utilidade. Na série histórica do percentual de positividade para Schistosoma mansoni, no Estado da Bahia, considerando a implantação do Programa de Controle da Esquistossomose (PCE), observou-se uma redução das taxas de positividade. (...) Constatou-se, igualmente, que no Estado da Bahia o Programa de Controle da Esquistossomose foi descentralizado para os municípios e que em cada um deles existe um subsistema de vigilância epidemiológica como parte do SVE municipal, não tendo ocorrido interrupção das atividades, de modo a manter-se o número de exames realizados nos anos de esilização do programa. Apontam, também, para a importância da realização de outras avaliações, na esfera local, capazes de delinear estratégias que venham aprimorar o Sistema de Vigilância Epidemiológica da esquistossomose.
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Avaliação do efeito do praziquantel veiculado em dispersões lipídicas no tratamento de camundongos infectados com schistosoma mansoniSouza, Ana Luiza Ribeiro [UNESP] 11 January 2008 (has links) (PDF)
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souza_alr_me_arafcf.pdf: 951216 bytes, checksum: 70cd598a05fc4ed9f5bbfed1f2fff0df (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Universidade Estadual Paulista (UNESP) / A esquistossomose é uma infecção parasitária causada pelo trematódeo do gênero Schistosoma. Afeta aproximadamente 200 milhões de pessoas, matando cerca de 280.000 pessoas por ano, com uma grande porcentagem dos indivíduos infectados residindo na África. Praziquantel (PRZ) é ativo contra todas as espécies de Schistosoma e é considerado o fármaco de escolha para o tratamento de tal doença. No entanto, sua baixa solubilidade em água e o risco de resistência ou tolerância do parasita ao PRZ justificam a importância de desenvolver uma alternativa tecnológica para obtenção de um produto farmacêutico que pode aumentar a eficácia terapêutica e melhorar a biodisponibilidade deste fármaco. Lipossomas têm sido utilizados com sucesso na área farmacêutica e vários estudos clínicos têm demonstrado sua versatilidade para compartimentalizar e modificar o comportamento de fármacos. Os lipossomas são capazes de modificar várias propriedades de fármacos, tais como sua farmacocinética e, no caso de fármacos lipofílicos, sua solubilidade e biodisponibilidade. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito das dispersões lipídicas contendo PRZ e sua eficácia in vivo contra a cepa tolerante BH. O transporte do fármaco através da membrana intestinal foi avaliado empregando o modelo do saco intestinal invertido. / Schistosomiasis is a parasitic infection caused by trematode of the genus Schistosoma. It affects approximately 200 million people, killing as many as 280.000 people per year, with a large percentage of infected individuals residing in Africa. Praziquantel (PRZ) is active against all species of Schistosoma and it is considered the drug of choice for the treatment of such disease. However, its low water solubility and the risk of parasite resistance or tolerance to PRZ justify the importance to develop an alternative technology to obtain a pharmaceutical product that can increase the therapeutic efficacy and improve the bioavailability of this drug. Liposomes have been successfully used in the pharmaceutical area and some clinical studies have demonstrated its versatility to compartmentalize and to modify the drug behavior. Liposomes are able to modify several properties of a drug, such as its pharmacokinetics and, in the case of lipophilic drugs, their solubility and bioavailability. The aim of this work was to evaluate the effect of lipid dispersions containing PRZ and its in vivo efficacy against a BH tolerant strain. The transport of the drug through the intestinal membrane was evaluated by means of the everted gut sac model. In order to assess the effect of increasing both PC and PRZ concentrations during the structuration of these systems, they were characterized by means of SAXS, rheology, dynamic light scattering and polarized light microscopy.
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Associação entre esquistossomose mansônica e translocação bacteriana: estudo dos aspectos imunológicos em camundongos submetidos à desnutrição neonatalOliveira, Danielly Cantarelli de 05 March 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-03-05 / PROPESQ - UFPE
CNPq / Introdução: É comum a associação de esquistossomose mansônica com desnutrição, uma vez que populações com baixo padrão socioeconômico habitam regiões endêmicas. Estudos sugerem que deficiências nutricionais podem estar relacionadas com a supressão da resposta imunológica em animais infectados por S. mansoni. Quando imposta no período crítico da lactação, a desnutrição é um agente estressor indutor de alterações tardias na resposta imunológica, implicada em diversas modificações fisiológicas e metabólicas, relacionadas à depressão do sistema imune. A desnutrição também tem sido considerada na patogênese da translocação bacteriana (TB), por promover aumento da permeabilidade e diminuição das enzimas intestinais. Estudos têm relatado uma maior ocorrência de TB em animais infectados por S. mansoni, quando comparados a animais sem infecção, contudo conhecimentos imunológicos acerca da relação são escassos. Objetivo: Investigou-se a associação entre os níveis de IFN- γ e IL-10 e a ocorrência de translocação bacteriana, em camundongos submetidos à desnutrição neonatal. Métodos: Camundongos fêmeas Swiss webster (n=32) foram divididos, no período de aleitamento, em 2 grupos: Nutrido (N) e Desnutrido (D) – amamentados por mães alimentadas com dieta contendo 17% e 8% de proteína à base de caseína, respectivamente. Aos 35-45 dias de vida, 8 animais de cada grupo foram infectados com, em média, 30 cercárias de S. mansoni, constituindo os grupos: Nutrido Infectado (NI), Nutrido Não Infectado (NNI), Desnutrido Infectado (DI) e Desnutrido Não Infectado (DNI). O peso corporal (PC) dos animais foi mensurado diariamente no período de aleitamento e semanalmente a partir do 22º dia. 45 dias após a exposição cercariana, foi realizada a confirmação da infecção pelo método de Kato-katz. Aos 161 dias de vida, os animais foram eutanasiados para coleta de amostras biológicas. Coletou-se sangue cardíaco para contagem total (CT) e diferencial de leucócitos. Para estudo da translocação bacteriana (TB), foram coletados sangue periférico, sangue portal, baço, fígado, linfonodos mesentéricos e fezes da região média do intestino delgado. Realizou-se cultura de células esplênicas para dosagem de IFN-γ e IL-10 no sobrenadante, através de ensaio imunoenzimático – ELISA. Resultados: Os animais do grupo D apresentaram um menor ganho de PC em relação ao grupo N a partir do 4º dia, diferença observada durante todo o período experimental. Verificou-se um maior índice de TB nos animais infectados, comparando-os aos não infectados. Entre os infectados, houve tendência a uma maior incidência de TB no grupo D comparado ao N, entretanto, a diferença não foi significativa. Os isolados bacterianos responsáveis pela TB em animais nutridos foram Bacillus sp., Citrobacter freundii, Enterococcus faecalis, Proteus rettgeri e Staphylococcus saprophyticus. Nos animais desnutridos, foram encontrados Bacillus sp., Corynebacterium sp., Enterococcus faecalis, Serratia liquefaciens, Staphylococcus aureus, Staphylococcus coagulase negativa e Staphylococcus saprophyticus. Foi observada uma menor produção de IFN-γ no grupo DI, comparado ao NI. Os níveis de IL-10 foram mais elevados no grupo NI, em relação ao grupo DI. A CT de leucócitos mostrou-se elevada nos grupos infectados, quando comparados aos controles. Os números de neutrófilos e monócitos foram maiores nos grupos NI e DI, quando comparados aos grupos NNI e DNI, respectivamente. Os valores de linfócitos mostraram-se aumentados no grupo DI, comparado ao DNI. Conclusões: A desnutrição modifica a resposta imune e pode favorecer translocação bacteriana em camundongos infectados por S. mansoni.
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Fatores de risco para doenças crônica degenerativas não transmissíveis em pacientes com esquistossomose crônicaPimenta Filho, Adenor Almeida, Pimenta Filho, Adenor Almeida 31 January 2013 (has links)
Submitted by Eduardo Barros de Almeida Silva (eduardo.philippe@ufpe.br) on 2015-04-17T11:57:39Z
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Previous issue date: 2013 / A esquistossomose é uma doença parasitária presente em regiões de climas tropicais e
subtropicais. Aproximadamente 200 milhões de pessoas ao redor do mundo estão
infectadas pela doença. A fase crônica é caracterizada por comprometimento de órgãos
e tecidos principalmente fígado e baço. A forma hepatoesplênica (HS) é o estágio mais
avançado, no qual se observam maiores danos no parênquima hepático, hipertensão
portal e congestão hepática. Em muitos pacientes na forma HS se faz necessária cirurgia
de esplenectomia (pacientes HSS). Na forma HS, ocorrem grandes alterações no
metabolismo de lipídios. Alterações lipídicas são consideradas importantes fatores de
risco para Doenças Crônica Degenerativas Não Transmissíveis (DCDNT) tais como
diabetes mellitus, resistência insulínica (RI) e doenças cardiovasculares (DCV). Além
disso, fatores genéticos também podem influenciar no padrão e grau de alteração
lipídicas. O polimorfismo do gene da Apolipoproteína E (Apo E) tem sido reportado
como um importante fator contributivo para alterações lipídicas. O objetivo deste estudo
foi investigar em pacientes esquistossomóticos a ocorrência de fatores de risco para
DCDNT tais como RI e dislipidemias bem como a influência do polimorfismo do gene
da Apo E nas alterações lipídicas. Para tanto foram obtidas amostras de plasma
sangüíneo de indivíduos HS e HSS bem como de indivíduos saudáveis. Foram
determinadas as concentrações plasmáticas de insulina e glicose de jejum, triglicerídios,
HDL-c, VLDL-c, LDL-c, colesterol total, LDL-oxidada, Albumina, transaminase
glutâmico oxalacética (TGO), transaminase glutâmico pirúvica (TGP), fosfatase alcalina
e gama glutaril transferase (GGT). Além de terem sido determinados os valores de
HOMA-IR e da razão triglicerídios por HDL-c para acessar a resistência e os índices de
Castelli para acessar o risco de desenvolver DCV, além de extrair DNA leucocitário
para determinar o polimorfismo do gene da Apo E. Os indivíduos HS e HSS
apresentaram níveis mais elevados de LDL-oxidada, das enzimas hepáticas, bem como
da glicemia e insulina de jejum e HOMA-IR, além de níveis mais baixos de Colesterol,
triglicerídios e albumina, quando comparado ao grupo controle. Não houve diferença
significativa da razão triglicerídios/HDL-c, bem como dos índices de Castelli entre os
grupos. O polimorfismo do gene da Apo E também influenciou na maneira pela qual a
esquistossomose modula o metabolismo de lipídios. Desta maneira, os resultados
demonstraram que os indivíduos portadores da esquistossomose crônica apresentaram
alterações no metabolismo lipídico, elevadas concentrações de LDL-oxidada e um
quadro de resistência insulínica. Estes, por sua vez, representam importantes fatores de
risco para o desenvolvimento de DCDNTs.
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