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Uso alternado de antipiréticos para tratamento de febre em criançasPereira, Gracian Li January 2012 (has links)
A febre é uma das queixas mais comuns na procura por atendimento pediátrico de emergência. Embora não haja consenso sobre a necessidade de se tratar agressivamente o aumento de temperatura como resposta fisiológica contra processos infecciosos, o uso de medicamentos antipiréticos é a primeira medida tomada pela maioria dos pais quando os filhos apresentam febre, como demonstrado em pesquisas sobre o comportamento de pais e pediatras diante da criança febril em países da Europa, Ásia, América Latina e nos Estados Unidos. Nesses estudos, pelo menos 50% dos pais utilizam a alternância de medicamentos, prática que poderia ser considerada exagerada e com riscos agregados a administração de sobredose de medicamentos. Conduzimos uma revisão sistemática da literatura de ensaios clínicos randomizados sobre a eficácia do uso de terapia alternada de antipiréticos para tratamento de crianças até 12 anos. Identificamos quatro ensaios clínicos randomizados utilizando ibuprofeno e/ou paracetamol com doses semelhantes, mas esquemas de administração diversos. Individualmente, nenhum dos estudos foi capaz de responder nossa questão de pesquisa, mostrando uma tendência à maior eficácia do ibuprofeno, alternado ou não, sobre o paracetamol para diminuir a temperatura das crianças, porém com uma diferença em graus clinicamente discutível (de no máximo 1,5°C ao final de 6 horas de observação). Também conduzimos uma pesquisa sobre o uso de antipiréticos em crianças febris em Bagé, Rio Grande do Sul, Brasil, e encontramos uma menor utilização de terapia alternada de antipiréticos que em estudos prévios em países desenvolvidos, concentrada em crianças maiores de 1 ano, cujos pais são os principais cuidadores, tem mais de oito anos de estudo e pertencem à classe alta. No entanto, encontramos um desacordo entre as temperaturas consideradas como febre pelos pais e as que constam nos compêndios de pediatria, e das doses utilizadas para tratamento da mesma nas crianças, apesar da maioria dos pais informarem que agem baseados nas informações recebidas pelo médico. Concluímos que não só a terapia alternada de antipiréticos é uma prática não baseada em evidências como também os pais podem não estar recebendo a correta orientação quanto à utilização dos medicamentos, administrando-os mesmo quando não são necessários. / Fever is one of the most common complaints that lead to a consultation on a pediatric emergency. Although there is no agreement about the need to treat aggressively the higher temperature as physiological response against infectious processes, the use of antipyretic drugs is the first action that parents take when their children have a fever, as seen in several studies performed on countries in Europe, Asia, Latin America and North America. These studies shows that at least 50% of parents use alternating antipyretics, something that must be considered exaggerated and that aggregates risks of drug overdose. We conduct a systematic review of the literature looking for randomized clinical trials that researched the use of alternated antipyretics to treat fever in children up to 12 years old. We found four randomized clinical trials using ibuprofen and/or acetaminophen with similar doses but very different times between doses. None of them was capable to answer alone our question although all showed a tendency of better efficacy to ibuprofen, alternated or not, against acetaminophen to lower temperature in children, although the temperature difference between groups seem clinically irrelevant (at most 1,5°C in after the first 6 hours of treatment). We also conducted a survey about the use of antipyretics in febrile children in Bagé, Rio Grande do Sul, Brasil, and found less utilization of alternated antipyretics therapy than that found in another studies in developed countries, with higher risk of use in children older than 12 months, whose parents are the caretakers, have better socioeconomic status and at least eight years of formal education. Nevertheless we found a lack of agreement between standard accepted temperature and antipyretics dosage in fever in the literature and the ones that are employed by parents, even though most parents reported acting based upon physicians orientations. We concluded that alternating antipyretics to treat fever in children is a practice not yet confirmed by evidence and that parents may not be receiving adequate information about fever and its correct treatment.
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Soroproteção de pacientes com doenças reumáticas autoimunes em uso de imunomoduladores ou imunossupressores inadvertidamente revacinados contra a febre amarelaOliveira, Ana Cristina Vanderley 31 October 2014 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-graduação em Ciências Médicas, 2014. / Submitted by Estágio Supervisionado (gid@bce.unb.br) on 2015-01-08T11:40:14Z
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Tese de Doutorado - Ana Cristina 01.11.14 (FINAL EM PDF).pdf: 17966834 bytes, checksum: 9b92b35f1f17f5ea8199bedc65b46a00 (MD5) / Introdução: O Brasil possui a maior área endêmica de febre amarela (FA) do mundo. A doença é produzida por vírus de RNA transmitido pela picada de insetos hematófagos culicídeos. Trata-se de doença com significativa morbidade e letalidade e os casos suspeitos devem ser notificados em 24 horas às autoridades sanitárias, tamanha é seu potencial endêmico. O quadro clínico varia de formas assintomáticas até a chamada forma hemorrágica, com letalidade em torno de 50%. Não há tratamento específico e a vacina é forma mais eficaz e segura de prevenção. Esta é constituída a partir de vírus vivo atenuado. No entanto, uma forma rara de febre amarela provocada pelo vírus vacinal tem sido descrita e está provavelmente relacionada a características do hospedeiro, como o seu status imunológico. Por isso, a vacina 17D é contraindicada em pacientes com doenças reumáticas em uso de medicamentos imunomoduladores ou imunossupressores. Não se conhece a resposta imune à vacinação nesse grupo. Não há estudos nessa população que avaliem a resposta humoral pelo padrão ouro, que é a produção de anticorpos neutralizantes. Objetivos: Avaliar a resposta imune protetora, por meio de anticorpos neutralizantes e eventos adversos em pacientes com doenças reumáticas, em uso de imunomoduladores ou imunossupressores, que foram inadvertidamente revacinados contra a FA. Casuística e Métodos: Realizado estudo descritivo, do tipo série de casos de pacientes portadores de doenças reumáticas autoimunes, em uso de medicamentos imunomoduladores ou imunossupressores, inadvertidamente revacinados contra a FA, para avaliação da presença de anticorpos neutralizantes em níveis protetores e ocorrência de eventos adversos. Os pacientes foram selecionados nos ambulatórios de hospital terciário e clínicas particulares de região endêmica. Foram registrados dados como idade, data da vacinação, diagnóstico, medicações e eventos adversos possivelmente relacionados à vacinação. A análise de anticorpos neutralizantes foi ! feita pelo método padrão ouro, o PRNT (Teste de Neutralização por Redução de Placas). Valores acima de 794 mUI/mL (1:50) foram considerados positivos. Resultados: Selecionados 31 pacientes, todas do sexo feminino, com doenças reumáticas, 20 (64,5%) deles no serviço público e 11 (35,5%) em clínicas particulares. Diagnósticos: artrite reumatoide (23), lúpus eritematoso sistêmico (5), esclerose sistêmica (2) e espondilite anquilosante (1). A média de idade na revacinação foi 46,77 (DP =12,72) anos. O intervalo médio entre a imunização e a coleta foi de 39,61 (DP= 8,51) meses. Os títulos de anticorpos neutralizantes variaram de 221 a maior que 15.680 (mediana de 2159 mUI/mL). Quatro apresentaram eventos adversos leves, 24 negaram e 3 não se recordaram. A média geométrica de anticorpos neutralizantes naqueles que apresentaram eventos adversos foi de 2082,25 (Mediana= 2.229) e de 3395,02 (Mediana= 2145,50) mUI/ml nos assintomáticos, não sendo demonstrada correlação entre os resultados e a ocorrência de eventos adversos para a amostra estudada. (Pearson = -0,19) Conclusões: Os eventos adversos e títulos protetores foram semelhantes ao esperado para a população em geral, não sendo demonstrada correlação entre os anticorpos neutralizantes e ocorrência de eventos adversos. Este é o primeiro estudo que avalia a resposta imune protetora à vacina antiamarílica em pacientes com doenças reumáticas autoimunes, em uso de medicamentos imunomoduladores ou imunossupressores.
_____________________________________________________________________________ ABSTRACT / Introduction: Brazil has the largest endemic area for yellow fever (YF) in the world. RNA virus transmitted by hematophagous insects of Culicidae family causes the disease. YF has significant morbidity and lethality. Thee suspected cases should be reported in 24 hours to health authorities, such is its gravity. The clinical picture varies from asymptomatic forms until the so-called hemorrhagic form, with lethality in 50 percent. There is no specific treatment and vaccine is the safest and the most effective form of prevention. This is made from live attenuated virus. However, a rare form of yellow fever caused by the vaccine virus has been described and is related to characteristics of the host, such as the immune status. Thus, the 17D vaccine is contraindicated for patients with rheumatic disease who are using immunosuppressants. There are no studies on this population to assess the humoral response by the gold standard. Therefore, no previous studies have assessed the humoral response and adverse reactions in this group. Objectives: To assess the protective immune response, based on neutralizing antibody (NAb) titers and adverse events (AEs), in patients with rheumatic disease who were using immunomodulators or immunosuppressants and inadvertently revaccinated against YF. Methods: We conducted a descriptive study of a number of cases of rheumatic disease to assess the protective levels of NAb and the occurrence of ARs. Epidemiological, medication, and AR data were recorded. The NAb analysis was conducted by using the plaque reduction neutralization test method, with a titer greater than 794 mIU/mL (1:50). Results: Thirty-one patients were selected, 23 with rheumatoid arthritis, 5 with lupus, 2 with systemic sclerosis, and 1 with ankylosing spondylitis. The mean (SD) age at revaccination was 46.77 (12.72) years. The mean (SD) interval between the immunization and sample collection was 39.61 (8.51) months. The NAb titer varied between 221 mIU/mL and 15,680 (median, 2,159 mIU/mL). Four patients presented with mild ARs. The geometric mean (SD) NAb titers were 2,082.25 (Median= 2,229) ! and 3,395.02 (Median= 2,145.50) mIU/mL in the patients with ARs and in asymptomatic patients, respectively. No correlation was found between the results and the occurrence of adverse events in all the study groups (Pearson, −0.19). Findings: The AEs and protective titers were similar to those expected for the overall population, and no correlation was found between the NAb titers and the occurrence of AE. This is the first study to assess the protective immune response to the yellow fever vaccine in patients with rheumatic disease.
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Expressão da proteína do envelope do vírus da febre amarela fusionada com a proteína poliedrina do baculovírus AgMNPV em células de insetoBatista, Bruna Carolina de Castro 27 July 2010 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Biologia Celular, 2010. / Submitted by Jaqueline Ferreira de Souza (jaquefs.braz@gmail.com) on 2011-04-16T23:23:41Z
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2010_BrunaCarolinaCastroBatista.pdf: 4362150 bytes, checksum: 854cb36bf2a23c796b0a170ab50d7866 (MD5) / O vírus causador da febre amarela (YFV) é um membro da família Flaviviridae e importante arbovírus patogênico ao homem. O diagnóstico da febre amarela é importante tanto para medidas de saúde pública como também para o tratamento adequado dos pacientes, já que os sintomas iniciais são típicos de outras doenças virais infecciosas. A glicoproteína do envelope (E) desse vírus é a maior determinante da imunogenicidade viral e da resposta imunológica do hospedeiro. Neste trabalho, a proteína do envelope do vírus da febre amarela foi expressa fusionada com a proteína poliedrina (POLH) dos corpos de oclusão do baculovírus Anticarsia gemmatalis multiple nucleopolyhedrovirus (AgMNPV) em células de inseto pela infecção com um baculovírus Autographa californica multiple nucleopolyhedrovirus (AcMNPV) recombinante. Primeiramente, foi construído um vetor baculoviral modificado para expressão de proteínas heterólogas fusionadas à POLH, o pFastAgPol. O fragmento de DNA contendo o gene da poliedrina (polh) do AgMNPV foi amplificado e, em seguida, transferido para o plasmídeo comercial pFASTBac1¿ (Invitrogen). Utilizando o sistema Bac-to-Bac (Invitrogen), o AcMNPV recombinante contendo o gene polh de AgMNPV foi construído (vAcPolAg). Células de inseto foram infectadas pelo vAcPolAg, e a expressão da proteína recombinante analisada por microscopia de luz, SDS-PAGE e Western blot. A proteína foi detectada por Western-blot, mas não houve a formação de corpos de oclusão. Um fragmento de DNA contendo o gene do envelope do YFV foi clonado no vetor de transferência pFastAgPol, em fase com o gene polh, para ser expresso como uma proteína de fusão e inserido no genoma do AcMNPV. Células de inseto também foram infectadas com o AcMNPV recombinante (vAcPolAgEnv) e a expressão da proteína recombinante foi analisada por SDS-PAGE e Western blot, que detectou um polipeptídeo de aproximadamente 88 kDa, correspondente à fusão da proteína E do vírus amarílico com a POLH de AgMNPV. Entretanto, também não ocorreu a formação de corpos de oclusão. As células infectadas com os dois recombinantes também foram analisadas por microscopia de luz, de transmissão e pelo microscópio confocal. A não formação de corpos de oclusão pode ter sido causada, no caso do vAcPolAg, pela substituição do sítio de terminação do gene polh por um sítio de clonagem para a fusão do gene E, o que resultou na introdução de 41 amino ácidos no C-terminal da POLH. No caso do vírus contendo a proteína de fusão, POLHENV, a própria fusão pode ter resultado na formação de uma proteína incapaz de formar corpos de oclusão pelas mudanças conformacionais. A construção dos vírus recombinantes, vAcPolAg e vAcPolAgEnv, e a expressão das proteínas fusionadas foram bem sucedidas demostrando o potencial do sistema baculoviral para o desenvolvimento de técnicas alternativas de diagnóstico e produção de vacinas utilizando partes virais. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / The yellow fever virus (YFV), a member of the family Flaviviridae, is an important arbovirus pathogenic to humans. The yellow fever diagnosis its important not only to public health measures but also to patients proper treatment, once the initial symptoms are similar to others viral infectious diseases. The envelope glycoprotein (E) of this virus is the major imunogenicity and host immune response determinant. In this work, the yellow fever virus envelope protein was expresse fused to the protein polyhedrin (POLH) of the baculovirus Anticarsia gemmatalis multiple nucleopolyhedrovirus (AgMNPV) occluded bodies in insect cells by the infection of a baculovirus Autographa californica multiple nucleopolyhedrovirus (AcMNPV) recombinant. First, was constructed a modified baculoviral vector (pFastAgPol) for heterologous protein expression fused to POLH. The DNA fragment containing the AgMNPV polyhedrin gene (polh) was amplified and then transferred to a commercial plasmid pFASTBac1™ (Invitrogen).Using the Bac-to-Bac system (Invitrogen), the AcMNPV recombinant containg the AgMNPV polh gene was constructed (vAcPolAg). Insect cells were infected with vAcPolAg and the protein expressed was analyzed by light microscopy, SDS-PAGE and Western blot. The protein was detected by Western-blot but was not capable of forming occlued bodies. A DNA fragment containing the envelope gene of YFV was cloned into the transfer vector pFastAgPol, in frame with the polh gene, in order to be expressed as a protein fusion, and inserted into the AcMNPV genome. Insect cells were also infected with the AcMNPV recombinant (vAcPolAgEnv) and recombinant protein expression was analyzed by SDS-PAGE and Western-blot which detected a polypeptide around 88kDa, corresponding to the fusion of the yellow fever virus protein E with the AgMNPV POLH. However, threre were no formation of occlusion bodies either. Infected cells with the two recombinants also were analyzed by light, electron and confocal microscopy. The lack of occlusion body formation, in the case of vAcPolAg, could have been due to the substitution of the stop codon of the polh gene by a restriction site for the fusion with the E gene which resulted in the introduction of 41 amino acids to the C-terminal end of POLH. In the case of virus containing the fusion protein POLHF, the fusion itself could be responsible for the formation of a protein uncapable of forming occlusion bodies due to conformational changes. The construction of recombinant viruses, vAcPolAg vAcPolAgEnv, and expression of fused proteins were successful, demonstrating the potential of the baculoviral system for the development of alternative techniques of diagnosis and production of viral vaccines using parts of it.
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Momento cirúrgico na insuficiência mitral reumática: peculiaridades clínicas, funcionais e contribuição do peptídeo natriuréticoCristina Ventura Ribeiro, Maria 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / A insuficiência mitral crônica que ocorre como seqüela da fase aguda da
febre reumática acomete com freqüência crianças e adolescentes em todo o mundo, em
especial nos países em desenvolvimento. Pela sobrecarga crônica de volume que
provoca ao ventrículo esquerdo, a insuficiência mitral pode levar à disfunção
miocárdica irreversível, e o momento ideal para a indicação da correção cirúrgica é uma
definição necessária e almejada. Novos métodos diagnósticos têm sido estudados com
esse objetivo. Destaca-se, entre eles, a dosagem plasmática do peptídeo natriurético,
hormônio cardíaco que tem sido utilizado como um biomarcador da contratilidade
miocárdica. Objetivos: Estudar o comportamento da insuficiência mitral reumática em
crianças e adolescentes no que se refere às suas características clínicas,
eletrocardiográficas, ecodopplercardiográficas e à dosagem plasmática da fração Nterminal
do pró-peptídeo natriurético cerebral; e discutir as controvérsias em relação ao
momento cirúrgico, salientando-se os novos métodos diagnósticos que têm surgido
nesse sentido. Métodos: Para a realização da revisão do tema foram utilizados artigos
publicados em periódicos científicos e livros técnicos coletados através do Pubmed
(http://www.ncbi.nlm.nih.gov), Google acadêmico (http://scholar.google.com.br) e
SCIELO (http://www.scielo.br). Posteriormente, foram estudados 53 pacientes menores
de 20 anos, com insuficiência mitral reumática de grau moderado ou grave, não
operados, fora da fase aguda da doença, atendidos em um hospital de referência em
cardiologia pediátrica no Nordeste do Brasil. Os dados clínicos e laboratoriais foram
relacionados entre si e ao hormônio peptídeo natriurético dosado por imunoensaio de
electroquimioluminescência. Resultados: A idade média dos pacientes foi de 10,6 anos,
como costuma ocorrer na apresentação da febre reumática em países em
desenvolvimento. Os pacientes que faziam uso regular da penicilina benzatina
apresentaram menor número de surtos agudos da febre reumática (p=0,021). A maioria
dos pacientes apresentava insuficiência mitral grave (58,5%). As variáveis
ecodopplercardiográficas (dimensão do átrio esquerdo, diâmetros sistólico e diastólico
do ventrículo esquerdo e valor da pressão arterial pulmonar) apresentaram correlação
significante com o fragmento N-terminal do pró-peptídeo natriurético cerebral,
demonstrando que esse hormônio reflete as conseqüências hemodinâmicas indesejáveis
da insuficiência mitral. Conclusão: A decisão de indicação de cirurgia na insuficiência
mitral grave assintomática, principalmente no subgrupo de crianças e adolescentes com
insuficiência mitral reumática, exige um acompanhamento de perto da contratilidade
miocárdica, através de todos os meios diagnósticos disponíveis. A fração N-terminal do
pró-peptídeo natriurético cerebral apresentou correlação significante com as medidas
ecodopplercardiográficas do átrio esquerdo, ventrículo esquerdo e pressão arterial
pulmonar. No subgrupo de crianças e adolescentes assintomáticos com insuficiência
mitral de etiologia reumática, o uso da fração N-terminal do pró-peptídeo natriurético
cerebral como meio diagnóstico complementar poderia ser útil no acompanhamento da
função miocárdica e auxílio na indicação do momento cirúrgico
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Dengue em crianças internadas no Hospital Lauro Wanderley em João Pessoa entre 2007-2009SIMÕES, Luciana Holmes 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / A dengue é uma arbovirose causada por um flavivírus e sua incidência tem aumentado
nas últimas décadas, constituindo um grave problema de saúde pública mundial. Em muitos
países acomete principalmente crianças, e no Sudeste da Ásia, é uma das principais causas de
hospitalização e morte infantil. No Brasil, a dengue se tornou endêmica e observa-se uma
mudança na distribuição etária, com aumento da incidência em menores de 15 anos e o
predomínio das formas graves da doença. O presente trabalho foi realizado com o objetivo de
descrever as principais manifestações clínicas e alterações laboratoriais em crianças menores
de 15 anos com dengue internadas no Hospital Lauro Wanderley em João Pessoa, no período
de 2007-2009. Foram estudados 136 casos de dengue, utilizando formulários padronizados,
preenchidos retrospectivamente a partir das informações contidas nos prontuários dos anos de
2007 e 2008, e prospectivamente durante o acompanhamento dos pacientes em 2009. A
distribuição de idade nos 136 pacientes foi de 3 a 12 anos, havendo predomínio do sexo
masculino. O tempo médio de internação foi de cinco dias. Os sintomas mais observados
foram febre, vômitos, cefaléia, exantema e mialgia. A prova do laço foi realizada em 30
pacientes, sendo positiva em 16 pacientes, e a presença de petéquias foi o sangramento
espontâneo mais comum. Entre os sinais de alarme, a dor abdominal foi relatada em 94
pacientes. Das alterações radiológicas, o derrame pleural à direita foi o achado mais frequente
e as principais alterações ultrassonográficas foram ascite, derrame pleural e espessamento da
vesícula biliar. A Febre Hemorrágica da Dengue foi a forma clínica predominante, mostrando
a necessidade de estudos na faixa etária pediátrica e o conhecimento das manifestações mais
comuns pelos médicos, evitando a evolução desfavorável da doença
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Aspectos clínicos e eco-Dopplercardiográficos de uma série de crianças em primeiro surto de febre reumática sem sinais clínicos de carditeCavalcanti Lapa Santos, Cleusa January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / A Febre Reumática continua um grave problema de Saúde Pública nos países em
desenvolvimento, sendo causa comum de morbimortalidade e responsável por quase metade
dos internamentos cardiovasculares em indivíduos jovens nesses locais. Embora seja uma
doença de acometimento multissistêmico, apenas o envolvimento cardíaco leva à seqüela
permanente, sendo o seu reconhecimento de vital importância, na medida em que a instituição
de uma profilaxia secundária adequada previne o aparecimento de novos surtos que, via de
regra, tendem a agravar lesões valvares preexistentes podendo, ainda, facultar o aparecimento
de novas lesões. O diagnóstico de cardite na Febre Reumática, classicamente, é baseado nos
achados de sopros, acompanhados ou não de insuficiência cardíaca. Entretanto, lesão valvar,
em alguns casos, pode ser silenciosa. O advento do ecocardiograma, como método
diagnóstico, e a generalização do seu uso em Cardiologia, foi associado ao relato de casos de
valvite, reconhecidos como subclínicos, o que levantou uma série de questionamentos em
relação à real magnitude desse achado. Neste estudo, foram avaliadas 27 crianças,
encaminhadas ao Instituto Materno Infantil Professor Fernando Figueira, no período de
dezembro de 2004 a novembro de 2005, com diagnóstico de Febre Reumática e isentas de
sinais clínicos de comprometimento cardíaco. Todas foram submetidas à avaliação clínica,
laboratorial, eletro e eco-Dopplercardiográfica. Artrite foi à manifestação clínica mais
encontrada, seguida de coréia e nódulos subcutâneos. O exame do aparelho cardiovascular
encontrava-se nos limites da normalidade, em todas as crianças. O eletrocardiograma
evidenciou alongamento do intervalo QTc em oito (29,6%) pacientes.Todos os traçados
apresentavam intervalo PR normal. O estudo eco-dopplercardiográfico detectou agressão
valvar, que não foi diagnosticada, clinicamente, em 17 (63%) casos, com envolvimento em
ordem decrescente de freqüência das valvas mitral, mitral e aórtica, e aórtica isoladamente.
Todas exibiam graus leves de regurgitação. Concluímos que um exame cardiológico normal
nestes pacientes, não exclui, com segurança, acometimento cardíaco, e o eco-
Dopplecardiograma foi mais sensível do que a ausculta cardíaca para detectar insuficiência
valvar de grau discreto
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Diversidade genética de Amblyomma cajennense (Fabricius 1787) (Acari: Ixodidae) e sua relação com os casos de Febre Maculosa Brasileira no Estado do Rio de Janeiro/ BrasilGarcia, Karla Bitencourth January 2013 (has links)
Submitted by Ana Paula Macedo (ensino@ioc.fiocruz.br) on 2013-10-01T00:42:06Z
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Previous issue date: 2013 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / No Brasil, a principal doença em humanos na qual o carrapato atua como vetor é a Febre Maculosa Brasileira (FMB). No Rio de Janeiro (RJ), Amblyomma cajennense é uma das principais espécies vetoras de um dos bioagentes da FMB, e responsável pelo ciclo epidêmico da doença. A baixa especificidade parasitária de A. cajennense, resistência às adversidades climáticas, ampla distribuição geográfica, variação intra-específica, comportamento trioxêno e antropofílico enfatizam o importante papel dessa espécie na transmissão de patógenos para animais, estabelecendo ou mantendo ciclos enzoóticos, epizoóticos e epidêmicos. Apesar do seu impacto na saúde pública, é incipiente o conhecimento sobre os fatores que influenciam seu potencial patogênico e de transmissão de micro-organismos. Os objetivos foram: a) determinar sequências de DNA dos genes mitocondriais Dloop, Citocromo Oxidase II e 12SrDNA de A. cajennense de diferentes regiões do RJ; b) realizar análises filogeográficas e de estrutura de populações das sequências obtidas de cada gene; c) analisar, estatisticamente, se há associação entre a diversidade genética de A. cajennense e os casos de FMB no RJ. Foram processadas 314 amostras de A. cajennense, provenientes de 19 municípios de sete regiões fisiográficas do RJ. Todas as amostras foram submetidas à extração de DNA e amplificação, por PCR, dos três genes. Amostras positivas na PCR foram sequenciadas. As sequências de cada gene foram submetidas a análises filogeográficas e de estrutura de populações. Para verificar a associação entre os haplótipos de A. cajennense, sequências genéticas e a influência sobre o número de casos confirmados de FMB no RJ, foram realizados os cálculos do coeficiente de correlação por postos de Kendall e coeficiente de correlação parcial por postos de Kendall. As análises revelaram que há expressiva diversidade de A. cajennense no RJ, com o foco da diversidade genética nas regiões Serrana e Centro Sul. Entretanto, não há estruturação populacional dessa espécie de acordo com cada região do Estado. Porém, há indícios de estruturação populacional de A. cajennense entre grupos de regiões do RJ. As análises estatísticas revelaram que há associação entre o número de sequências analisadas e diversidade intra-específica. E ainda, quanto maior a diversidade dessa espécie, maior é a probabilidade de ocorrência de casos confirmados de FMB no RJ. / In Brazil, the most important tick-borne disease is Brazilian Spotted Fever (BSF). In Rio de Janeiro (RJ), Amblyomma cajennense is the major vector species of one of BSF bioagents, and responsible for the disease epidemic cycle. The A. cajennense low host specificity, resistance to adverse weather, wide geographic distribution, intraspecific variation, anthropophilic behavior and being a three host tick emphasizes the important role of these species in pathogens transmission to animals, establishing or maintaining enzootic, epizootic and epidemic cycles. Despite its impact on public health, the knowledge about factors that influence its pathogenic potential and transmission of micro-organisms are incipient. The objectives were: a) determine DNA sequences of mitochondrial genes Dloop, Cytochrome Oxidase II and 12SrDNA of A. cajennense from differents regions of RJ; b) perform phylogeographics and population’s structure analysis of sequences obtained for each gene; c) analyze, statistically, if there is an association between A. cajennense genetic diversity and cases of BSF in RJ. 314 samples of A. cajennense, coming from 19 municipalities of seven RJ physiographics regions, were processed. All samples were subjected to DNA extraction and amplification, by PCR, of the three genes. PCR positive samples were sequenced. The sequences of each gene were submitted to phylogeographics and population’s structure analysis. To investigate the association between A. cajennense haplotypes, genetic sequences and the influence on BSF confirmed cases in RJ, were performed calculation of the Kendall posts correlation coefficient and Kendall posts partial correlation coefficient. The analysis revealed that there is substantial diversity of A. cajennense in RJ, with the focus of genetic diversity in South Center and Highland regions. However, there is no population structure of these species according to each region of the State. But, there is evidence of A. cajennense population structure when analyzes are performed considering groups of RJ regions. Statistical analyzes revealed that there is association between the number of sequences analyzed and intraspecific diversity. Also, the greater is the diversity of these species, higher is the probability of BSF confirmed cases occurrence in RJ.
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Ecologia de mosquitos (DIPTERA: CULICIDAE) em criadouros artificiais em oito áreas verdes do Município de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, BrasilMontagner, Flávia Regina Girardi January 2014 (has links)
Áreas verdes urbanas são ambientes que podem oferecem oportunidade de interação entre reservatórios e vetores dos meios urbano e silvestre, potencializando o risco de transmissão de doenças e de mudanças em seu perfil epidemiológico. Entender como as alterações da paisagem interferem na composição da fauna de culicídeos e conhecer quais espécies de vetores ocorrem nessas áreas, pode auxiliar na predição da distribuição espacial das espécies frente à urbanização, fornecendo importantes ferramentas para o controle de endemias e planejamento urbano. O objetivo desse estudo foi verificar a ocorrência de espécies de mosquitos vetores e avaliar a relação entre os diferentes tipos de uso e cobertura do solo e a composição da fauna de culicídeos. As coletas ocorreram quinzenalmente entre outubro de 2012 a março de 2013 com a utilização de armadilhas de oviposição instaladas em oito áreas verdes com diferentes características de paisagem do município de Porto Alegre, sul do Brasil. Foram coletados 4179 culicídeos de pelo menos 10 espécies. Destas, Aedes albopictus e Limatus durhami foram eudominante/dominantes, juntos representando 90% do total de indivíduos. Esse estudo foi o primeiro registro de ocorrência de Sabethes albiprivus e Li. durhami em Porto Alegre. As espécies de culicídeos demonstraram responder de maneira diversa aos tipos de uso e cobertura do solo, indicando que as afinidades mais evidentes se mantém nas três escalas avaliadas. A abundância relativa de Ae. albopictus foi relacionada às áreas verdes mais urbanizadas, enquanto a de Li. durhami, Haemagogus leucocelaenus e Toxorhynchites sp., à presença da mata nativa. A ocorrência de Aedes aegypti não demonstrou ser influenciada pelo tipo de uso e cobertura do solo. Foram coletadas três espécies relacionadas à transmissão de febre amarela, febre chikungunya e dengue, Ae. albopictus, Hg. leucocelaenus e Ae. aegypti e verificada a ocorrência simultânea dessas em algumas áreas, o que pode representar a oportunidade para o surgimento de surtos epidêmicos e a mudança do perfil epidemiológico dessas doenças. / Urban green areas can offer opportunity for interactions between reservoirs and vectors of urban and wild environments, increasing the risk of disease transition and changes in their epidemiological profile. The understanding of how changes in the landscape affect the composition of culicid fauna and which vector species occur in these areas may help and prediction the spatial distribution of the species along urbanized areas, providing important tools to control endemic disease. This study aimed to verify the occurrence of mosquito vector species and to evaluate the relationship between different types of land cover and land use with the composition of Culicidae fauna. Sampling occurred biweekly, from October 2012 to March 2013, where oviposition traps were installed in eight green areas with different landscape traits, in Porto Alegre, Southern Brazil. 4179 mosquitoes belonging to et least ten species were sampled. Aedes albopictus and Limatus durhami were eudominants/dominant representing together 90% of total individuals. This is the first report of Sabethes albiprivus and Li. durhami occurrence in Porto Alegre. The mosquitos species responded differently to types of land use cover and land use, indicating that the most obvious affinities are maintained in three scales evaluated. The relative abundance of Ae. albopictus was related to the more urbanized green area, while the abundance of Li. durhami , Haemagogus leucocelaenus and Toxorhynchites sp., was related to the presence of preserved areas. The occurrence of Aedes aegypti was not influenced by land use and land cover. Three species related to dengue, chikungunya and yellow fever transmission were sampled, Ae. albopictus, Hg. leucocelaenus and Ae. aegypti. We also verified the simultaneous occurrence of these species, which may represent an opportunity of changes in the epidemiologic of these diseases.
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Caracterização da resposta vacinal antiamarílica em crianças e adultos, utilizando o modelo panorâmico de análise imunofenotípicaSilva, Maria Luiza January 2011 (has links)
Submitted by Nuzia Santos (nuzia@cpqrr.fiocruz.br) on 2013-01-08T10:40:45Z
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Tese_Maria Luiza Silva.pdf: 18437840 bytes, checksum: 99e60f1ec0d4d9df9e50bbec11e91cd0 (MD5) / Neste trabalho, o perfil fenotípico e de síntese de citocinas pró-inflamatórias (IFN-, TNF- e IL-12) e reguladoras (IL-4, IL-5 e IL-10) em células da imunidade inata (neutrófilos, monócitos e células NK) e adaptativa (linfócitos CD4+, linfócitos CD8+ e linfócitos CD19+) do sangue periférico de indivíduos primo e/ou revacinados com a vacina antiamarílica 17DD, bem como um caso de reação adversa à vacinação foram investigados por citometria de fluxo após cultura rápida in vitro na ausência e presença da estimulação antígeno-específica. Foram avaliados 10 adultos saudáveis, com idade entre 21 e 51 anos, em 4 tempos distintos: antes da vacinação, 7, 15 e 30 dias após primovacinação. Após cultura in vitro foi observado um perfil global de citocinas pró-inflamatórias, transiente no 7° dia, principalmente devido às células da imunidade inata, seguido por perfil misto de citocinas inflamatórias e reguladoras nos 15° e 30° dias após a vacinação antiamarílica 17DD. Em um 2º estudo, foi observada uma resposta imune adaptativa robusta, acompanhada por anormalidades na resposta do sistema imune inato em um caso de evento adverso grave, seguido à vacinação 17D. Em adição, em um 3º estudo, foram incluídas 60 crianças com idade entre 9 e 47 meses, um ano após a primo e/ou revacinação antiamarílica 17DD, classificadas de acordo com os níveis de anticorpos neutralizantes antiamarílicos apresentados após a vacinação em: respondedoras (médios ou altos títulos de anticorpos neutralizantes), não respondedoras, respondedoras após revacinação e um grupo de crianças não vacinadas. Os dados da avaliação do impacto dos antígenos vacinais 17DD no perfil das citocinas dos leucócitos periféricos destas crianças demonstraram que, na presença de títulos médios de anticorpos neutralizantes após a primovacinação, o estímulo por antígenos vacinais 17DD in vitro foi capaz de induzir um perfil balanceado de citocinas pró-inflamatórias e reguladoras, envolvendo células da imunidade inata e adaptativa, enquanto que uma assinatura polarizada reguladora foi observada no grupo de crianças primovacinadas não respondedoras e uma assinatura proeminente pró-inflamatória no grupo de crianças que apresentaram títulos altos de anticorpos neutralizantes após a primovacinação. Em conjunto os dados sugerem que uma resposta imune predominantemente do tipo balanceada, com síntese de citocinas pró-inflamatórias e reguladoras, envolvendo tanto células da imunidade inata quanto da imunidade adaptativa parece ser essencial para a indução de uma resposta imune efetiva e segura após a vacinação antiamarílica. / In this study, phenotypic analysis and intracytoplasmic pro-inflammatory (IFN-, TNF- and IL-12) and regulatory (IL-4, IL-5 and IL-10) cytokines synthesis by innate (neutrophils, monocytes and NK cells) and adaptive (CD4+ and CD8+ T subsets, and CD19+) immunity cells of peripheral leucocytes of 17DD yellow fever (YF) prime or revaccinated volunteers, as well as a case of serious adverse events (YF-SAE) temporally associated with 17D YF vaccination were performed using short-term cultures, in absence or presence of YF-17DD-antigens, and single-cell flow cytometry. Ten healthy non-vaccinated volunteers, aged 21 to 51 years were evaluated at four consecutive periods including: before vaccination, 7, 15 and 30 days after vaccination. After whole blood cells culture, the overall cytokine signature showed a transient pro-inflammatory profile at day 7, mainly due to the innate immunity cells, which draws back toward a mixed or modulated pattern at day 15 and day 30 in most vaccines. In another study a robust adaptive response and abnormalities in the innate immune system were observed in one severe adverse event following primary YF-17D vaccination. In addition it was evaluated sixty healthy children with age raging from 9 to 47 months, one year after 17DD yellow fever prime or revaccination, classified according to anti-YF neutralizing antibodies results after vaccination as seroconverters (medium or high neutralizing antibodies levels), non-seroconverters, seroconverters after revaccination, and a unvaccinated group. The impact of YF-17DD-antigens recall on cytokine profiles of YF-17DD primo-vaccinated children characterized by single-cell flow cytometry after short-term cultures of whole blood samples demonstrate that the overall signature of high cytokine producers triggered by YF-Ag recall is associated with the levels of anti-YF neutralizing antibodies, with a balanced pro-inflammatory and regulatory profile of innate and adaptive immunity being the hallmark of seroconverters who presented medium neutralizing antibodies levels, whereas a polarized regulatory signature is observed in non-seroconverters and a prominent pro-inflammatory signature is characteristic of seroconverters who presented high neutralizing antibodies levels. Taken together, the results suggest that mixed type immune response, pro and anti-inflammatory, involving both innate immunity cells and adaptive immunity cells, it may play a pivotal role in the establishment of effective and safe immunization by yellow fever vaccine
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Desenvolvimento e avaliação de vacinas de DNA contra o vírus da febre amarela / Development and evaluation of DNA vaccines against yellow fever virusCruz, Fábia da Silva Pereira January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães. Recife, PE, Brasil / A Febre Amarela (FA) constitui um grave problema de saúde pública mundial, principalmente nos países tropicais (embora este cenário venha sendo modificado pois o clima continua sendo afetado pelo aquecimento global). Apesar da eficiência comprovada da vacina convencional atenuada (17DD), existem registros de casos adversos graves pós-vacinação, incluindo o registro de óbitos. Adicionalmente a vacina 17DD não é recomendada para infantes, mulheres grávidas, pessoas com imunodeficiência e aquelas que apresentam alguma alergia aos componentes do ovo. Considerando todos estes fatores, faz-se necessário o desenvolvimento de estratégias de vacinação ainda mais seguras contra a FA, como por exemplo vacinas de DNA. As vacinas genéticas podem ser mais facilmente manipuladas e dosadas, não necessitam de baixas temperaturas para o acondicionamento/distribuição e não são capazes desencadear efeitos adversos graves por não se tratarem de agentes infecciosos. Neste trabalho, nós descrevemos o desenvolvimento e avaliação da expressão de antígenos codificados por vacinas de DNA contra o Vírus da Febre Amarela (VFA). O genoma do VFA codifica três genes para proteínas estruturais (Capsídeo, Membrana e Envelope - E) e sete genes que codificam proteínas não-estruturais. Considerando que a proteína E é reconhecida como a principal proteína da superfície viral, e principal alvo para a indução da produção de anticorpos neutralizantes, nossas formulações vacinais foram baseadas neste antígeno. O antígeno vacinal foi otimizado para a expressão em células eucarióticas e subclonado em um vetor eucariótico de expressão, gerando a construção p/YFEOPT . Uma segunda construção foi ainda obtida, pL/YFEOPT, que codifica o antígeno vacinal fusionado à região C-terminal da Proteína de Associação à Membrana Lisossomal humana - hLAMP (visando desviar a apresentação antigênica para a via do Complexo Maior de Histocompatibilidade de classe II - MHCII). Estas construções foram utilizadas para transfectar células eucarióticas e a expressão, dos antígenos codificados, foi avaliada através de ensaios de imunofluorescência e western-blot. A próxima etapa deste trabalho será a avaliação do efeito de proteção da vacina de DNA pL/YFEOPT em modelos primatas não-humanos. De acordo com os resultados obtidos, pretendemos avançar para ensaios clínicos em humanos
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