• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 54
  • 1
  • Tagged with
  • 56
  • 48
  • 23
  • 22
  • 15
  • 12
  • 10
  • 10
  • 9
  • 8
  • 8
  • 7
  • 7
  • 7
  • 7
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
41

Efeito agudo do exercício realizado em diferentes intensidades sobre a fome, hormônios relacionados ao apetite e ingestão alimentar em homens e mulheres / Acute effect of exercise intensity on hunger, hormones related appetite and food intake in men and women

Valéria Leme Gonçalves Panissa 18 September 2015 (has links)
A manutenção da saúde, depende, dentre outros aspectos, do controle da massa corporal, uma vez que a obesidade está associada ao desenvolvimento de doenças crônicas. Sendo assim, o exercício pode ser considerado uma ferramenta eficaz nesse controle. Contudo, está evidenciado que o exercício realizado em alta intensidade pode ocasionar maior redução da gordura corporal. Dentre as hipóteses sugeridas para explicar tal fenômeno, a supressão do apetite pós-exercício foi levantada, no entanto, o efeito da intensidade sobre o apetite ainda é incipiente. Além disso, mulheres podem ter maior resposta compensatória que homens. Portanto, o objetivo do estudo foi comparar o efeito da intensidade no controle agudo do apetite, energia ingerida absoluta e relativa (energia ingerida menos o gasto calórico do exercício), percepção de fome e das concentrações sanguíneas de grelina acilada, peptídeo YY3-36, insulina, cortisol, glicose, ácidos graxos, colesterol e triacilglicerol em homens e mulheres. Para isso, 11 homens e 9 mulheres eutróficos, foram submetidos a 6 sessões, sendo a primeira destinada à determinação da potência aeróbia máxima (PAM) em cicloergômetro, e a segunda para realização do exercício intermitente de alta intensidade realizado na máxima intensidade (all out), composto por 60 x 8s:12s (EIAI-A), para determinação do trabalho total, o qual foi utilizado para equalização das demais sessões: a) EIAI-A; b) exercício intermitente de alta intensidade (EIAI) - 60s:60s a 100% da PAM; c) exercício contínuo de intensidade moderada (ECMI) a 60% da PAM; d) sessão controle (sem exercício). Cada visita teve duração de 4h, sendo que os participantes chegaram em jejum e receberam um café da manhã padrão. O exercício foi realizado 1,5h pós-café da manhã, e uma alimentação ad libitum foi servida 4h pós-café da manhã. Coletas de sangue e da percepção de fome (escala analógica visual) foram realizadas em jejum e em 2, 2,5, 3,25 e 4h de experimento e calculada a área sob a curva (ASC) para cada uma dessas variáveis. A comparação das variáveis sanguíneas e da percepção de fome foi feita através de análise de variância a três fatores (condição, sexo e momento), e das variáveis envolvendo a ASC e a energia ingerida foi conduzida através de análise a dois fatores (condição e sexo), seguida do pós-teste de Bonferroni se observada diferença significativa (P<0,05). Não houve diferença para a energia ingerida absoluta, porém, a energia ingerida relativa foi maior no controle quando comparada ao EIAI-A, EIAI, e ao ECMI, sem diferenças entre os tipos de exercício e sexos. A ASC da percepção de fome foi menor somente nos exercícios realizados em alta intensidade comparado com o controle, independentemente do sexo. O PYY3-36 foi inferior nas mulheres em relação aos homens ao passo que o cortisol foi inferior nos homens comparado com as mulheres. Houve interação entre situação e momento de coleta para o cortisol e insulina sendo os valores mais elevados no EIAI-A que no controle às 2,5 horas de experimento para o cortisol e às 3,25h para insulina. Portanto, embora não tenha havido diferença na energia ingerida relativa entre os tipos de exercícios, àqueles realizados em maior intensidade foram capazes de promover efeitos mais pronunciados na supressão do apetite, independentemente do sexo / Maintaining one\'s health depends, among other things, on controlling body weight, since obesity is associated with the development of chronic diseases. Accordingly, exercise is an effective tool in this control. It has been demonstrated that exercise performed at a high intensity can cause greater reduction in body fat. Among the hypotheses put forward of this phenomenon is the suppression of appetite. However, the understanding of the effect of the intensity on appetite is still incipient. In addition, women may have a greater compensatory response than men. Therefore, the aim of the study was to compare the effect of intensity on absolute and relative (energy intake less caloric expenditure of the exercise) energy intake, hunger and blood concentrations of acylated ghrelin, PYY3-36, insulin, cortisol, glucose, fatty acids, cholesterol and triacylglycerol in men and women. Accordingly, 11 men and 9 women, all eutrophic, underwent six sessions. The first was designed to determine their maximum aerobic power (MAP) on a cycle ergometer, and the second involved performing high-intensity intermittent exercise at maximum intensity (all out) for 60 x 8s: 12s (HIIE-A) in order to determine the total work, which was used for the equalization of the other sessions: a) HIIE-A; b) high intensity intermittent exercise (HIIE) - 60s: 60s at 100% of MAP; c) steady-state exercise (SSE) at 60% of the MAP; d) a control session. Each session lasted a total of 4 hours. The participants arrived in fasting and received a standard breakfast upon arrival. The exercise session was performed 1.5 h after breakfast, and an ad libitum meal was served 4 hours post-breakfast. Blood sample collection and perception of hunger were collected when fasting and at 2, 2.5, 3.25 and 4 hours into the experiment and the area under the curve (AUC) for each of these variables was calculated. A comparison of the blood sample variables and rating of hunger was performed by analyzing the variance of three factors (condition, sex, and time) and the analysis of the variables involving the AUC and energy intake was conducted through examination of two factors (sex and condition) followed by a Bonferroni post-test if significant differences (P<0.05) were observed. There was no difference for the absolute energy intake, however, relative energy intake was higher in the control compared to HIIE-A, HIIE, and SSE, with no differences between the types of exercise and sex. The AUC of hunger was lower in exercises performed at high intensity when compared to the control, regardless of sex. There was interaction between condition and time for cortisol and insulin, with higher levels in the HIIE-A than in the control at 2.5 hours for cortisol and 3.25 hours for insulin. Therefore, although there were no differences in energy intake relative to the types of exercises, those performed at a higher intensity promoted more pronounced effects on appetite suppression, regardless of sex
42

Pesquisa de mutações no gene do receptor do secretagogo de hormônio de crescimento (GHSR) em crianças com baixa estatura idiopática e deficiência isolada de hormônio de crescimento / Growth hormone secretatogue receptor gene (GHSR) analysis in patients with idiopathic short stature (ISS) and patients with isolated growth hormone deficiency

Pires, Patrícia Nascimbem Pugliese 10 October 2011 (has links)
A ghrelina, hormônio secretado principalmente por células gástricas, liga-se ao seu receptor, o receptor de secretagogo de GH (GHSR - Growth hormone secretagogue receptor), localizado no hipotálamo e na hipófise, estimulando a síntese e secreção do GH. Recentemente foram identificadas mutações no gene GHSR em crianças com baixa estatura idiopática (BEI) e com deficiência isolada de GH (DGH). No presente estudo investigamos a presença de mutações no gene GHSR em crianças com DGH isolada de causa não identificada e crianças com BEI, incluindo um subgrupo de crianças com atraso constitucional de crescimento e desenvolvimento (ACCD). Foram selecionados 14 pacientes com deficiência isolada de GH sem alterações anatômicas da região hipotálamo-hipofisária e 96 pacientes com BEI, destes 31 (32%) apresentavam ACCD. Também foram estudados 150 controles adultos e 197 crianças controle com crescimento e puberdade normais. A região codificadora do GHSR foi amplificada utilizando-se oligonucleotídeos iniciadores específicos, seguida de purificação enzimática e seqüenciamento automático. Encontramos 6 variantes alélicas em heterozigose no GHSR: nenhuma delas presente nos controles estudados, e quatro destas variantes estão localizadas em regiões conservadas do gene. Uma variante foi encontrada em uma paciente do grupo DGH (p.Val249Leu) e as outras cinco (c.-6 G>C, p.Ser84Ile, p.Val182Ala, p.Ala169Thr e p.Ala358Thr) foram encontradas em pacientes do subgrupo ACCD do grupo BEI. As variantes missense foram submetidas a estudo funcional que evidenciou que as mutações p.Ser84Ile e p.Val182Ala possuem diminuição na atividade basal associadas à diminuição da expressão do receptor na superfície celular. Adicionalmente, a mutação p.Ser84Ile também apresenta redução na atividade do GHSR induzida pelo ligante. A variante p.Val249Leu foi encontrada em uma paciente do sexo feminino com diagnóstico de DGH isolado. A falta de segregação familiar associada à ausência de déficit funcional da variante nos estudos in vitro sugere que, neste caso, a variante p.Val249Leu não é a causa do fenótipo de DGH nesta família e trata-se de uma variante alélica rara. As 5 variantes alélicas no GHSR (c.-6 G>C, p.Ser84Ile, p.Val182Ala, p.Ala169Thr e p.Ala358Thr) encontradas nos pacientes com BEI foram identificadas apenas naqueles com puberdade atrasada, ou seja, pertencentes ao subgrupo ACCD (3 do sexo masculino e 2 do sexo feminino). A freqüência de variantes neste grupo de pacientes foi de 16%, significativamente maior que nos outros grupos, e a ausência de variantes gênicas novas no grupo de crianças obesas com altura normal e mesmo no grupo de crianças com BEI sem ACCD sugere que nosso achado não foi casual e que as alterações descritas podem estar associadas ao fenótipo de ACCD. Os estudos in vitro mostraram prejuízos funcionais em 2 destas variantes (p.Ser84Ile e p.Val182Ala) porém, devido à limitação dos estudos funcionais (celulas heterólogas) não podemos afastar que as demais não tenham algum impacto funcional in vivo. Em conclusão, nossos resultados sugerem um envolvimento dos defeitos no GHSR na etiologia do atraso constitucional do crescimento e desenvolvimento em uma parcela de pacientes com esta condição / Ghrelin, hormone secreted by gastric cells, stimulates growth hormone secretion by acting on its receptor GHSR, located in the hypothalamus and pituitary. Recently, mutations in the GHSR gene were described in patients with growth hormone deficiency (GHD) and idiopathic short stature (ISS). In the present study we analyzed the GHSR gene in patients with isolated GHD and patients with ISS, including a subgroup of patients with constitutional delay of growth and puberty (CDGP). We studied 14 GHD patients with normal pituitary magnetic resonance imaging and 96 patients with ISS, 31 of them with CDGP. We also studied 150 adults and in 197 children with normal stature. The entire coding region as well as the exon-intron boundaries of GHSR were PCR amplified in all patients and control group and PCR products were bidirectionally sequenced. Six different heterozygous variants in GHSR were identified: none of them were found in the control group and four of these amino acid substitutions occurred at a conserved position within the GHSR. One variant (p.Val249Leu) was found in a GHD patient and the other five (c.-6 G>C, p.Ser84Ile, p.Val182Ala, p.Ala169Thr e p.Ala358Thr) were found in patients with CDGP. The missense variants were submitted to functional studies. Two of these variants (p.Ser84Ile and p.Val182Ala) result in a decrease in basal activity that was in part explained by a reduction in cell surface expression. The p.Ser84Ile mutation was also associated with a defect in ghrelin potency. The p.Val249Leu variant, found in a female patient with isolated GHD, did not segregate with the phenotype in the family and had no functional impairment in vitro. This suggests that p.Val249Leu is not the cause of the GHD in the family and may be a rare allelic variant. The other variants (c.-6 G>C, p.Ser84Ile, p.Val182Ala, p.Ala169Thr e p.Ala358Thr) were identified only in patients with CDGP (3 male and 2 female). The frequency of allelic variants observed in this group (16%) was higher than expected by chance in contrast with ISS and GHD children, and the absence of other GHSR mutations in the large group of control children suggests that the association between GHSR mutations and CDGP phenotype is unlikely to be fortuitous. Functional studies revealed that two of the identified missense variants (p.Ser84Ile and p.Val182Ala) are functionally significant. These functional studies were performed in heterologous cell expression systems; therefore it is not possible to completely rule out that the other identified variants might cause some unrevealed impairment on GHSR function or expression in vivo. In conclusion, our data raise the possibility that abnormalities in ghrelin receptor function may be implicated in the ethiology of CDGP in some patients
43

Pesquisa de mutações no gene do receptor do secretagogo de hormônio de crescimento (GHSR) em crianças com baixa estatura idiopática e deficiência isolada de hormônio de crescimento / Growth hormone secretatogue receptor gene (GHSR) analysis in patients with idiopathic short stature (ISS) and patients with isolated growth hormone deficiency

Patrícia Nascimbem Pugliese Pires 10 October 2011 (has links)
A ghrelina, hormônio secretado principalmente por células gástricas, liga-se ao seu receptor, o receptor de secretagogo de GH (GHSR - Growth hormone secretagogue receptor), localizado no hipotálamo e na hipófise, estimulando a síntese e secreção do GH. Recentemente foram identificadas mutações no gene GHSR em crianças com baixa estatura idiopática (BEI) e com deficiência isolada de GH (DGH). No presente estudo investigamos a presença de mutações no gene GHSR em crianças com DGH isolada de causa não identificada e crianças com BEI, incluindo um subgrupo de crianças com atraso constitucional de crescimento e desenvolvimento (ACCD). Foram selecionados 14 pacientes com deficiência isolada de GH sem alterações anatômicas da região hipotálamo-hipofisária e 96 pacientes com BEI, destes 31 (32%) apresentavam ACCD. Também foram estudados 150 controles adultos e 197 crianças controle com crescimento e puberdade normais. A região codificadora do GHSR foi amplificada utilizando-se oligonucleotídeos iniciadores específicos, seguida de purificação enzimática e seqüenciamento automático. Encontramos 6 variantes alélicas em heterozigose no GHSR: nenhuma delas presente nos controles estudados, e quatro destas variantes estão localizadas em regiões conservadas do gene. Uma variante foi encontrada em uma paciente do grupo DGH (p.Val249Leu) e as outras cinco (c.-6 G>C, p.Ser84Ile, p.Val182Ala, p.Ala169Thr e p.Ala358Thr) foram encontradas em pacientes do subgrupo ACCD do grupo BEI. As variantes missense foram submetidas a estudo funcional que evidenciou que as mutações p.Ser84Ile e p.Val182Ala possuem diminuição na atividade basal associadas à diminuição da expressão do receptor na superfície celular. Adicionalmente, a mutação p.Ser84Ile também apresenta redução na atividade do GHSR induzida pelo ligante. A variante p.Val249Leu foi encontrada em uma paciente do sexo feminino com diagnóstico de DGH isolado. A falta de segregação familiar associada à ausência de déficit funcional da variante nos estudos in vitro sugere que, neste caso, a variante p.Val249Leu não é a causa do fenótipo de DGH nesta família e trata-se de uma variante alélica rara. As 5 variantes alélicas no GHSR (c.-6 G>C, p.Ser84Ile, p.Val182Ala, p.Ala169Thr e p.Ala358Thr) encontradas nos pacientes com BEI foram identificadas apenas naqueles com puberdade atrasada, ou seja, pertencentes ao subgrupo ACCD (3 do sexo masculino e 2 do sexo feminino). A freqüência de variantes neste grupo de pacientes foi de 16%, significativamente maior que nos outros grupos, e a ausência de variantes gênicas novas no grupo de crianças obesas com altura normal e mesmo no grupo de crianças com BEI sem ACCD sugere que nosso achado não foi casual e que as alterações descritas podem estar associadas ao fenótipo de ACCD. Os estudos in vitro mostraram prejuízos funcionais em 2 destas variantes (p.Ser84Ile e p.Val182Ala) porém, devido à limitação dos estudos funcionais (celulas heterólogas) não podemos afastar que as demais não tenham algum impacto funcional in vivo. Em conclusão, nossos resultados sugerem um envolvimento dos defeitos no GHSR na etiologia do atraso constitucional do crescimento e desenvolvimento em uma parcela de pacientes com esta condição / Ghrelin, hormone secreted by gastric cells, stimulates growth hormone secretion by acting on its receptor GHSR, located in the hypothalamus and pituitary. Recently, mutations in the GHSR gene were described in patients with growth hormone deficiency (GHD) and idiopathic short stature (ISS). In the present study we analyzed the GHSR gene in patients with isolated GHD and patients with ISS, including a subgroup of patients with constitutional delay of growth and puberty (CDGP). We studied 14 GHD patients with normal pituitary magnetic resonance imaging and 96 patients with ISS, 31 of them with CDGP. We also studied 150 adults and in 197 children with normal stature. The entire coding region as well as the exon-intron boundaries of GHSR were PCR amplified in all patients and control group and PCR products were bidirectionally sequenced. Six different heterozygous variants in GHSR were identified: none of them were found in the control group and four of these amino acid substitutions occurred at a conserved position within the GHSR. One variant (p.Val249Leu) was found in a GHD patient and the other five (c.-6 G>C, p.Ser84Ile, p.Val182Ala, p.Ala169Thr e p.Ala358Thr) were found in patients with CDGP. The missense variants were submitted to functional studies. Two of these variants (p.Ser84Ile and p.Val182Ala) result in a decrease in basal activity that was in part explained by a reduction in cell surface expression. The p.Ser84Ile mutation was also associated with a defect in ghrelin potency. The p.Val249Leu variant, found in a female patient with isolated GHD, did not segregate with the phenotype in the family and had no functional impairment in vitro. This suggests that p.Val249Leu is not the cause of the GHD in the family and may be a rare allelic variant. The other variants (c.-6 G>C, p.Ser84Ile, p.Val182Ala, p.Ala169Thr e p.Ala358Thr) were identified only in patients with CDGP (3 male and 2 female). The frequency of allelic variants observed in this group (16%) was higher than expected by chance in contrast with ISS and GHD children, and the absence of other GHSR mutations in the large group of control children suggests that the association between GHSR mutations and CDGP phenotype is unlikely to be fortuitous. Functional studies revealed that two of the identified missense variants (p.Ser84Ile and p.Val182Ala) are functionally significant. These functional studies were performed in heterologous cell expression systems; therefore it is not possible to completely rule out that the other identified variants might cause some unrevealed impairment on GHSR function or expression in vivo. In conclusion, our data raise the possibility that abnormalities in ghrelin receptor function may be implicated in the ethiology of CDGP in some patients
44

Leptina e ghrelina na fase aguda e de recuperação da cetoacidose diabética em crianças e adolescentes / Leptin and ghrelin during acute and recovery phases of diabetic ketoacidosis in children and adolescents

Savoldelli, Roberta Diaz 26 September 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: a ação dos hormônios contrarreguladores da insulina na cetoacidose diabética tem sido estudada desde a década 1970-80, e é sabido que seus níveis elevados, aumentando a resistência à insulina, têm papel importante na gênese da CAD. Leptina e ghrelina foram mais recentemente associadas à homeostase da glicose, no entanto, seu papel na CAD ainda é controverso. Os objetivos deste estudo foram: avaliar as alterações nas concentrações séricas de leptina e ghrelina presentes ao diagnóstico da CAD durante os primeiros três dias de seu tratamento e após a estabilização completa do quadro, as correlações com a insulina e outros contrarreguladores, comparando com indivíduos saudáveis. MÉTODOS: foram analisados 25 episódios de cetoacidose diabética em 22 pacientes admitidos no setor de emergência pediátrica de um hospital terciário em São Paulo, Brasil, entre março de 2010 e julho de 2013. Os episódios de cetoacidose foram manejados com reposição endovenosa de fluidos e eletrólitos e análogos de ação ultrarrápida de insulina subcutânea intermitente. Amostras para glicose, insulina, leptina, ghrelina, GH, cortisol e catecolaminas foram obtidas no momento da admissão (T0), durante o tratamento da cetoacidose (após 2, 4, 6, 12, 24 e 72 horas) e em um momento estável após a alta (TE). Os dados foram analisados utilizando-se os testes ANOVA ou Kruskal-Wallis para a comparação de variáveis contínuas durante o tratamento, Teste t de Student ou Mann Whitney para a comparação entre pacientes e grupo controle, e testes de Pearson ou Spearman para correlação entre as variáveis; p < 0.05 foi considerado significativo. RESULTADOS: observamos três fases distintas (a): o diagnóstico de CAD (T0) em que prevalecem hiperglicemia, insulinopenia e elevação de hormônios contrarreguladores; nesse momento, as concentrações de leptina foram menores que no grupo controle, provavelmente relacionadas à insuficiência de energia, estado hipercatabólico e elevação dos hormônios contrarreguladores; as concentrações de ghrelina foram menores que no grupo controle, apesar do hipercatabolismo, da hipoinsulinemia e da hiperglucagonemia, todas situações que fisiologicamente elevariam seus níveis, possivelmente devido à hiperglicemia marcante do momento; (b) durante o tratamento da CAD (T2 a T72): com redução gradual da glicemia até T24, elevação gradual da insulina, redução de glucagon, GH, cortisol e norepinefrina; nesse período, ocorreu elevação gradual da leptina após o início do tratamento com insulina, que atingiu níveis comparáveis ao GC no T72; redução da ghrelina (T4 menor que T72), provavelmente inibida pela hiperglicemia e por doses suprafisiológicas de insulina; e (c) após a resolução da CAD (TE): com hiperinsulinização; GH, cortisol e norepinefrina comparáveis ao GC, glucagon reduzido em relação ao GC, possivelmente supresso pelos altos níveis de insulina; as concentrações de leptina foram maiores que em T0 e comparáveis ao GC; os níveis de ghrelina, comparáveis ao diagnóstico e durante o tratamento da CAD, ainda significativamente menores que no GC, provavelmente influenciados pela hiperglicemia, hiperinsulinemia e baixos níveis de glucagon. CONCLUSÕES: as concentrações de leptina diminuídas ao diagnóstico de CAD tornam-se semelhantes em pacientes com DM1 estáveis em relação a indivíduos saudáveis, podendo ser um marcador de hipercatabolismo. As concentrações de ghrelina permaneceram baixas durante todo o estudo em pacientes diabéticos, independentemente da descompensação / INTRODUCTION: The role of glucoregulatory hormones in diabetic ketoacidosis have been investigated since 1970-80s and the elevation of growth hormone, cortisol and norepinephrine reduce the sensitivity to insulin. Leptin and Ghrelin have more recently been shown to regulate glucose and insulin metabolism; however, their functions in DKA are still controversial. The aims of this study were to analyze leptin, ghrelin and their relationships with other glucoregulatory hormones on diagnosis of diabetic ketoacidosis, during the first 72 hours of treatment and after recovery compared with healthy subjects. METHODS: We examined 25 DKA episodes in 22 patients who were admitted to the pediatric emergency department of a tertiary hospital in São Paulo, Brazil, from March 2010 to July 2013. These episodes were managed with fluids and electrolytes replacement and intermittent subcutaneous fast-acting insulin analogues. Samples for blood glucose, insulin, leptin, ghrelin, GH, cortisol, and catecholamines were obtained on admission (T0), during treatment (after 2, 4, 6, 12, 24 and 72 hours) and after discharge (TS). The control group (CG) was comprised by 21 healthy subjects, who submitted a single blood sample. Data were analyzed by ANOVA or Kruskal-Wallis to compare continuous variables during treatment, student t-test or Mann Whitney for comparisons between patients and controls, and Pearson or Spearman correlations between variables; p < 0.05 was considered to be significant. RESULTS: we observed three distinct phases: (a) on diagnosis of DKA (T0) where hyperglycemia, insulinopenia, and elevated glucoregulatory hormones prevail; leptin concentrations were lower than CG at this moment, probably related to energy insufficiency, hypercatabolic state, and elevated glucoregulatory hormones; ghrelin concentrations were lower than CG at this moment, despite hypercatabolism, hypoinsulinemia and hyperglucagonemia, situations that physiologically would increase them, possibly related to marked hyperglycemia at T0; (b) during DKA treatment (T2 to T72): with gradual reduction of blood glucose until T24, gradual rise of insulin; reduction of glucagon, GH, cortisol and norepinephrine. Leptin levels rises gradually after the start of insulin treatment and is comparable to control group at T72; reduction of ghrelin (T4 lower than T72), possibly inhibited by hyperglycemia and supraphysiological doses of insulin, all lower than CG; and (c) After DKA (TS), in an outpatient setting: with marked hyperinsulinization, GH, cortisol and norepinephrine were comparable to CG. Glucagon was lower than CG, possibly suppressed by high insulin levels; leptin was higher than T0 and comparable to CG; ghrelin levels were comparable to all samples during DKA treatment, and still significantly lower than CG, probably influenced by hyperglycemia, hyperinsulinemia and low glucagon levels. CONCLUSIONS: Low leptin levels were a marker of hypercatabolic state, with normalization of its concentrations with DKA resolution. Ghrelin was low in diabetic patients independent of metabolic derangements
45

Leptina e ghrelina na fase aguda e de recuperação da cetoacidose diabética em crianças e adolescentes / Leptin and ghrelin during acute and recovery phases of diabetic ketoacidosis in children and adolescents

Roberta Diaz Savoldelli 26 September 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: a ação dos hormônios contrarreguladores da insulina na cetoacidose diabética tem sido estudada desde a década 1970-80, e é sabido que seus níveis elevados, aumentando a resistência à insulina, têm papel importante na gênese da CAD. Leptina e ghrelina foram mais recentemente associadas à homeostase da glicose, no entanto, seu papel na CAD ainda é controverso. Os objetivos deste estudo foram: avaliar as alterações nas concentrações séricas de leptina e ghrelina presentes ao diagnóstico da CAD durante os primeiros três dias de seu tratamento e após a estabilização completa do quadro, as correlações com a insulina e outros contrarreguladores, comparando com indivíduos saudáveis. MÉTODOS: foram analisados 25 episódios de cetoacidose diabética em 22 pacientes admitidos no setor de emergência pediátrica de um hospital terciário em São Paulo, Brasil, entre março de 2010 e julho de 2013. Os episódios de cetoacidose foram manejados com reposição endovenosa de fluidos e eletrólitos e análogos de ação ultrarrápida de insulina subcutânea intermitente. Amostras para glicose, insulina, leptina, ghrelina, GH, cortisol e catecolaminas foram obtidas no momento da admissão (T0), durante o tratamento da cetoacidose (após 2, 4, 6, 12, 24 e 72 horas) e em um momento estável após a alta (TE). Os dados foram analisados utilizando-se os testes ANOVA ou Kruskal-Wallis para a comparação de variáveis contínuas durante o tratamento, Teste t de Student ou Mann Whitney para a comparação entre pacientes e grupo controle, e testes de Pearson ou Spearman para correlação entre as variáveis; p < 0.05 foi considerado significativo. RESULTADOS: observamos três fases distintas (a): o diagnóstico de CAD (T0) em que prevalecem hiperglicemia, insulinopenia e elevação de hormônios contrarreguladores; nesse momento, as concentrações de leptina foram menores que no grupo controle, provavelmente relacionadas à insuficiência de energia, estado hipercatabólico e elevação dos hormônios contrarreguladores; as concentrações de ghrelina foram menores que no grupo controle, apesar do hipercatabolismo, da hipoinsulinemia e da hiperglucagonemia, todas situações que fisiologicamente elevariam seus níveis, possivelmente devido à hiperglicemia marcante do momento; (b) durante o tratamento da CAD (T2 a T72): com redução gradual da glicemia até T24, elevação gradual da insulina, redução de glucagon, GH, cortisol e norepinefrina; nesse período, ocorreu elevação gradual da leptina após o início do tratamento com insulina, que atingiu níveis comparáveis ao GC no T72; redução da ghrelina (T4 menor que T72), provavelmente inibida pela hiperglicemia e por doses suprafisiológicas de insulina; e (c) após a resolução da CAD (TE): com hiperinsulinização; GH, cortisol e norepinefrina comparáveis ao GC, glucagon reduzido em relação ao GC, possivelmente supresso pelos altos níveis de insulina; as concentrações de leptina foram maiores que em T0 e comparáveis ao GC; os níveis de ghrelina, comparáveis ao diagnóstico e durante o tratamento da CAD, ainda significativamente menores que no GC, provavelmente influenciados pela hiperglicemia, hiperinsulinemia e baixos níveis de glucagon. CONCLUSÕES: as concentrações de leptina diminuídas ao diagnóstico de CAD tornam-se semelhantes em pacientes com DM1 estáveis em relação a indivíduos saudáveis, podendo ser um marcador de hipercatabolismo. As concentrações de ghrelina permaneceram baixas durante todo o estudo em pacientes diabéticos, independentemente da descompensação / INTRODUCTION: The role of glucoregulatory hormones in diabetic ketoacidosis have been investigated since 1970-80s and the elevation of growth hormone, cortisol and norepinephrine reduce the sensitivity to insulin. Leptin and Ghrelin have more recently been shown to regulate glucose and insulin metabolism; however, their functions in DKA are still controversial. The aims of this study were to analyze leptin, ghrelin and their relationships with other glucoregulatory hormones on diagnosis of diabetic ketoacidosis, during the first 72 hours of treatment and after recovery compared with healthy subjects. METHODS: We examined 25 DKA episodes in 22 patients who were admitted to the pediatric emergency department of a tertiary hospital in São Paulo, Brazil, from March 2010 to July 2013. These episodes were managed with fluids and electrolytes replacement and intermittent subcutaneous fast-acting insulin analogues. Samples for blood glucose, insulin, leptin, ghrelin, GH, cortisol, and catecholamines were obtained on admission (T0), during treatment (after 2, 4, 6, 12, 24 and 72 hours) and after discharge (TS). The control group (CG) was comprised by 21 healthy subjects, who submitted a single blood sample. Data were analyzed by ANOVA or Kruskal-Wallis to compare continuous variables during treatment, student t-test or Mann Whitney for comparisons between patients and controls, and Pearson or Spearman correlations between variables; p < 0.05 was considered to be significant. RESULTS: we observed three distinct phases: (a) on diagnosis of DKA (T0) where hyperglycemia, insulinopenia, and elevated glucoregulatory hormones prevail; leptin concentrations were lower than CG at this moment, probably related to energy insufficiency, hypercatabolic state, and elevated glucoregulatory hormones; ghrelin concentrations were lower than CG at this moment, despite hypercatabolism, hypoinsulinemia and hyperglucagonemia, situations that physiologically would increase them, possibly related to marked hyperglycemia at T0; (b) during DKA treatment (T2 to T72): with gradual reduction of blood glucose until T24, gradual rise of insulin; reduction of glucagon, GH, cortisol and norepinephrine. Leptin levels rises gradually after the start of insulin treatment and is comparable to control group at T72; reduction of ghrelin (T4 lower than T72), possibly inhibited by hyperglycemia and supraphysiological doses of insulin, all lower than CG; and (c) After DKA (TS), in an outpatient setting: with marked hyperinsulinization, GH, cortisol and norepinephrine were comparable to CG. Glucagon was lower than CG, possibly suppressed by high insulin levels; leptin was higher than T0 and comparable to CG; ghrelin levels were comparable to all samples during DKA treatment, and still significantly lower than CG, probably influenced by hyperglycemia, hyperinsulinemia and low glucagon levels. CONCLUSIONS: Low leptin levels were a marker of hypercatabolic state, with normalization of its concentrations with DKA resolution. Ghrelin was low in diabetic patients independent of metabolic derangements
46

Efeitos do treinamento resistido sobre a variabilidade da frequência cardíaca e a concentração sérica dos hormônios leptina, grelina e insulina em mulheres submetidas à gastroplastia

Araújo, Marlon Lemos de 29 April 2016 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-19T17:37:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacao-MarlonLemosAraujo.pdf: 1232870 bytes, checksum: bff56210662ef3b4fa6ecddad3c7bd22 (MD5) Previous issue date: 2016-04-29 / The gastroplasty is considered the most effective intervention for weight reduction, but various changes are associated with surgery. The significant increase in the number of gastroplasty makes us study these changes and new interventions to optimize their beneficial effects and avoid some morbidities resulting in the postoperative period. The aim of the study was to evaluate the effects of resistance training on heart rate variability and the serum concentration of leptin, ghrelin and insulin in women undergoing gastroplasty. The sample consisted of 21 women. The patients were submitted to resistance training sessions, after medical release for four weeks. We evaluated anthropometric data, body composition, heart rate variability, and lipid profile and hormone levels in five periods. Data were expressed as mean and standard deviation. We used the Shapiro-Wilk test to determine if the sample was homogeneous. The comparison of data on body composition serum levels of the hormones studied was based on the implementation of the One-way ANOVA with Tukey post-test and Friedman test. We used the Pearson and Spearman correlation test to evaluate the correlation between hormones and indexes of body composition. Data were analyzed by BioEstat 5.0 software, considering statistically significant p ≤ 0.05. At the end of the twelve weeks of training the body mass Total preoperative significantly reduced from 106.20 kg to 84.63 kg. The body mass index of 41.18 kg / m2 to 32.78 kg / m2. Serum ghrelin levels in the same period was 293.50 pg / mL to 186.46 pg / ml. The leptin 34.42 ng / mL to 21.07 ng / mL. Insulin 21:33 U / mL to 11.22 U / ml. Resistance training together gastroplasty provided significant benefits in all variables. However there were no significant correlations between hormone levels with Total Body Mass, Body Mass Index and the Heart Rate Variability. / A gastroplastia é considerada a intervenção mais eficaz para a redução de peso, entretanto várias alterações estão associadas à cirurgia. O aumento significativo do número de gastroplastia nos faz estudar estas alterações e novas intervenções para aperfeiçoar seus efeitos benéficos e evitar algumas morbidades advindas no período pós-operatório. O objetivo do trabalho foi de avaliar os efeitos do treinamento resistido sobre a variabilidade da frequência cardíaca e a concentração sérica dos hormônios leptina, grelina e insulina em mulheres submetidas à gastroplastia. A amostra foi composta de 21 mulheres. As pacientes foram submetidas a sessões de treinamento resistido, após liberação médica, durante quatro semanas. Foram avaliados dados antropométricos, composição corporal, a variabilidade da frequência cardíaca, e o perfil lipídico e dosagens hormonais em cinco períodos. Os dados coletados foram expressos na forma de média e desvio padrão. Utilizou-se o teste de ShapiroWilk para determinar se a amostra era homogênea. A comparação dos dados referentes à composição corporal níveis séricos dos hormônios estudados foi baseada na aplicação do teste One-way Anova com pós-teste de Tukey e do teste de Friedman. Utilizou-se o teste de correlação de Pearson e Spearman para avaliar a correlação entre os hormônios e índices da composição corporal. Os dados foram analisados pelo software BioEstat 5.0, considerando estatisticamente significante p ≤ 0,05. Ao fim das doze semanas de treinamento a Massa Corporal Total pré-operatória reduziu significativamente de 106,20 kg para 84,63 kg. O Índice de Massa Corpórea de 41,18 kg/m2 para 32,78 kg/m2. Os níveis séricos de grelina no mesmo período foram de 293.50 pg/mL para 186,46 pg/mL. A leptina de 34.42 ng/mL, para 21,07 ng/mL. A insulina de 21.33 μU/ml para 11,22 μU/ml. O treinamento resistido em conjunto a gastroplastia proporcionou benefícios significativos em todas as variáveis estudadas. No entanto não houveram correlações significativas entre as dosagens hormonais com a Massa Corporal Total, Índice de Massa Corpórea e com a Variabilidade da Frequência Cardíaca.
47

Estudo da expressão da proteína grelina em carcinoma papilífero da tireoide : um novo marcador de predisposição? / Ghrelin expression study in papillary thyroid carcinoma : a novel susceptibility marker?

Araujo, Priscila Pereira Costa, 1976- 07 March 2013 (has links)
Orientador: Laura Sterian Ward / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-23T21:47:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Araujo_PriscilaPereiraCosta_D.pdf: 10950387 bytes, checksum: 74db0b3262052fa67754f17b1d32c336 (MD5) Previous issue date: 2013 / Resumo: INTRODUÇÃO: As doenças da tireóide são bastante frequentes na população. O carcinoma diferenciado da tireóide tem aumentado significantemente nos últimos anos, além de ser o tipo mais comum na região da cabeça e pescoço, acometendo cerca de um a 13 indivíduos para cada mil habitantes com importantes diferenças geográficas de prevalência. Embora haja atualmente um melhor acesso ao sistema de saúde, bem como amplo uso de metodologias cada vez melhores e mais sensíveis na detecção das doenças tireoidianas (responsável por parte do aumento de sua incidência), há sabidamente a influência de fatores ambientais e outras comorbidades consideradas fatores de risco, como radiação ionizante, substâncias químicas, alterações dietéticas específicas (como a deficiência endêmica de iodo) e também inespecíficas (como doenças decorrentes do estilo de vida atual, potencializadas pelo sedentarismo e ingestão inadequada de nutrientes) agregando doenças que influem no estado imunológico, aumentando a suscetibilidade a doenças, dentre elas o câncer. A obesidade e sua crescente incidência, para além desses fatores ambientais, tem se mostrado fator de predisposição importante e independente para vários tipos de neoplasias malignas. No caso do câncer de tireóide, esta associação ainda é controversa. A literatura já demonstrou a relação entre obesidade em câncer de tireóide em subgrupos específicos, mas ainda carece de dados mais concretos e marcadores que possam rastrear estas populações de risco em nível global. O peptídeo grelina é um peptídeo orexígeno produzido nas células gástricas com liberação sérica e ação central e periférica, com funções relacionadas ao mecanismo de obesidade. Por este motivo, apresenta-se como um bom candidato a marcador da relação entre obesidade e câncer. SUJEITOS E MÉTODOS: Este trabalho analisou a associação entre pacientes portadores de sobrepeso ou obesidade e carcinoma diferenciado da tireóide através das técnicas de ELISA (enzyme-linked immunosorbent assay) e imunoistoquimica para a determinação de níveis séricos e expressão de grelina tecidual em um grupo de 112 pacientes portadores de nódulos tireoidianos, dos quais 59 eram benignos e 53 malignos, todos submetidos à tireoidectomias e seguidos por 10 a 216 meses (82,28 ± 43,85 meses). Correlacionou-se a ocorrência de alterações deste peptídeo com a susceptibilidade e a predisposição ao câncer da tireóide para obesos e não obesos e para o subgrupo microcarcinoma (?10 mm). RESULTADOS: Dos 112 pacientes da casuística, 26,7% eram obesos (IMC >29,9 Kg/m2), com média de idade de 29,2 ± 1,7 anos para o sexo masculino e de 32,9 ± 1,2 anos para o feminino; como esperado, houve correlação positiva entre grelina e obesidade (p<0,001), porém a curva ROC não apresentou poder discriminatório para malignidade na amostra estudada (p = 0,4492). Verificou-se baixa sensibilidade (67,9%) e especificidade (39%), porém a expressão imunoistoquímica foi capaz de diferenciar malignidade na amostra estudada (p-0,024). Não houve correlação significativa entre níveis séricos e/ou da expressão de grelina com nenhuma das variáveis clínicas. Apenas a presença de auto-anticorpos apresentou tendência significativa (p=0,09). CONCLUSÃO: Os níveis séricos de grelina dosados na amostra estudada não auxiliaram na discriminação de malignidade, porém sua expressão imunoistoquímica apresentou importante relação entre esta e o diagnóstico de malignidade. As concentrações séricas de grelina diferiram quantitativamente e apresentaram baixa especificidade como marcadoras, tanto para o grupo maligno em geral quanto para o subgrupo dos microcarcinomas. Apesar da ausência de correlação entre os níveis séricos e câncer, quando analisamos os dados de expressão observa-se que há poder discriminatório para malignidade na amostra estudada / Abstract: BACKGROUND: Thyroid diseases are very frequent. Differentiated thyroid cancer has significantly improved in the last twenty years, being the most common cancer on head and neck region, ranging from 1 to 13/1000 inhabitants on average, with importante prevalence features. There is an influence of environmental factors like radiation, chemical components, iodine deficiency, as well as other morbidities and actual changes in lifestyle, in which sedentary lifestyle and diet changes take place causing a synergistic effect, with improvement of risk factors for various diseases including cancer. The recent epidemy of obesity and its rising incidence has been shown to be a very important susceptibility factor to many malignant neoplasms. Regarding thyroid cancer, this association is still controversial, and so far is known that during tumor progression thyroid cells are certainly influenced by the proinflammatory status commonly observed in these patients. Data on literature has demonstrated the relationship between obesity and thyroid cancer in specific subgroups, but there is lack of concrete data about susceptibility markers to globally screen this population at risk. Ghrelin is an orexigen peptide produced by gastric cells with central and peripherical actions, released on blood stream with obesity control functions. Because of these features, it is a good potential marker of the obesity-cancer relationship. ESPÉCIME/METHODS: Association between obese and overweight patients and differentiated thyroid cancer was analyzed using ELISA (enzyme-linked immunossorbent assay) and immunohistochemical techniques, to verify the expression and serum levels of ghrelin protein in 112 patients harboring thyroid nodules (59 benign and 53 malignant), all submitted to thyroidectomies and followed for 10 a 216 months (82,28 ± 43,85 months). Correlations among ghrelin alterations and diagnostic and susceptibility to thyroid cancer were made for obese and non-obese patients and for a micro carcinoma-specific group selected for study (?10mm). The findings of immunohistochemical expression and ghrelin serum levels in selected cases were used for comparisons and the formulation of hypothesis. RESULTS: 26,7% of the 112 patients were obese (BMI >29,9 Kg/m2), with average age 29,2 ± 1,7 years (male patients) and 32,9 ± 1,2 years (female). As postulated, there was a relationship between ghrelin levels and obesity (p<0,001), but ROC curve did not show discriminatory power for malignancy (p=0, 0492). Low sensitivity (67, 9%) and specificity (39%) rates were found, and there was no statistical association among ghrelin (expression and/or serum levels) and clinical variables. The presence of auto antibodies presented an important trend (p=0, 09). The relationship between immunohistochemical expression and cancer was significant (p=0,024). CONCLUSION: Ghrelin serum levels did not help to discriminate malignancy on this serie, but the immunohistochemical expression showed important correlation between malignancy and cancer risk. Serum levels differed quantitatively and presented low sensitivity and specificity, not only for micro carcinoma but also for the whole tumors group. Despite the absence of association between serum levels and cancer, the expression data shows discriminatory power at the study and can be a potential marker for thyroid malignancy / Doutorado / Clinica Medica / Doutora em Clínica Médica
48

Programação fetal por restrição proteica avaliação estrutural da próstata ventral de ratos wistar /

Freitas, Selma de Bastos Zambelli January 2020 (has links)
Orientador: Patricia Fernanda Felipe Pinheiro / Resumo: A programação fetal (PF) é o resultado permanente do organismo na presença de estímulos ocorridos durante os períodos críticos de desenvolvimento. Vários fatores ambientais podem levar à PF. Entre eles, podemos citar a restrição alimentar materna ou a deficiência específica de nutrientes. De acordo com a janela de programação fetal masculinizante (MPW), os andrógenos agem para assegurar o desenvolvimento normal dos órgãos reprodutores do macho, assim, foram estudados os efeitos da restrição proteica materna durante a gestação e lactação sobre o desenvolvimento da próstata ventral de ratos Wistar. Para isto, dois grupos de ratas gestantes foram alimentadas com dietas isocalóricas, sendo um grupo normoproteico (NP) e o outro grupo hipoproteico (RP). Os grupos NP e RP tiveram livre acesso à dieta durante os períodos de gestação e lactação. Após o desmame, metade da prole de machos foi eutanasiada. A outra metade da prole de machos recebeu dieta padrão de animais de laboratório até os 120 dias de idade. A próstata ventral foi estudada por imuno-histoquímica para a avaliação da localização do antígeno de proliferação celular (PCNA), da proteína p63, dos receptores de andrógeno (AR), de estrógeno alfa (ER-α), de grelina (GHSR-1a), de leptina (Ob -R). Os pesos corpóreo, da próstata ventral, dos testículos e do tecido adiposo e os níveis de testosterona e estradiol foram obtidos. A PF determinou atraso no crescimento somático dos animais do grupo RP e diminuição do estradiol plasmáti... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Fetal programming (FP) is the permanent result of the organism in the presence of stimuli during the periods of development. Several environmental factors can lead to FP. Among them, we can mention the maternal food restriction or deficiency of specific nutrients. According to the masculinization programming window (MPW) in which androgens act to ensure normal development of the male reproductive organs, we studied the effects of maternal protein restriction during pregnancy and lactation period on the development of the Wistar rat ventral prostate. Dams of the group (NP) were fed diet containing 17% protein; Dams of the group (RP) were fed diet containing 8% protein. The NP and RP groups had free access to diet during pregnancy and lactation period. After weaning, half of the male pups was killed. The other half of male pups received a standard laboratory diet until 120 days old. The ventral prostate was studied immunohistochemically to evaluate the expression of cell proliferation antigen (PCNA), p63 protein, androgen (AR), alpha estrogen (ER-α), ghrelin (GHSR-1a), leptin (Ob -R) receptors. The body, ventral prostate, testes and adipose tissue weights, testosterone and estradiol levels were determined. FP determined a delay somatic growth of the RP group and decrease of the plasmatic estradiol of the adult animals of the RP group. At 21 days of age, the RP group presented less intense immunostaining for ER-α, GHSR-1a, and Ob-R when compared to the NP group. At 120 days, the... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
49

Relação de polimorfismos nos genes da perilipina 1, visfatina, resistina e grelina com a resposta a um programa de orientação nutricional para a redução de peso corporal / Relationship of polymorphisms in the perilipine 1, visfatin, resistin and ghrelin genes with the response to the nutritional orientation program for the reduction of body weight

Santos, Marina Aparecida dos 01 September 2017 (has links)
A obesidade é causada pelo desequilíbrio entre a ingestão alimentar e o gasto energético corporal, com o armazenamento de energia na forma de gordura, no tecido adiposo. A obesidade causa alterações metabólicas, como resistência à insulina e dislipidemia, além de aumento de adipocinas e citocinas pró-inflamatórias. Este trabalho investigou a influência de polimorfismos nos genes da perilipina 1 (PLINl), visfatina (NAMPT) , resistina (RETN) e grelina (GHRL) na adiposidade e no perfil metabólico e inflamatório, antes e após um programa de orientação nutricional. Foram selecionados indivíduos obesos (OB, n=214), sobrepeso (SOB, n=71) e não obesos (NOB, n=69), com idade de 30 a 70 anos. Foram obtidos dados clínicos, antropométricos e de composição corporal. O recordatório de 24h foi aplicado a 87 indivíduos obesos para avaliação de consumo alimentar, antes e após o programa de orientação nutricional. Foi obtido sangue para extração de DNA e para analisar parâmetros laboratoriais (perfil lipídico e glicêmico, marcadores inflamatórios e adipocinas). Polimorfismos dos genes PLINl, NAMPT, RETN e GHRL foram analisados por PCR em tempo real. O grupo OB teve perfil antropométrico alterado e risco aumentado de hipertensão, diabetes tipo 2 e dislipidemia em comparação com os grupos SOB e NOB (p<0,05). As concentrações de glicose, colesterol total, LDL colesterol, VLDL colesterol, triglicérides, apolipoproteína B (ApoB), interleucina 1&#946; (IL-l &#946;) e fator de necrose tumoral alfa (TNF&#945;) foram maiores e as concentrações de HDL colesterol e apolipoproteina AI (apoAI) foram menores, no grupo OB que nos outros grupos (p<0,05). As frequências dos polimorfismos genéticos do grupo total foram similares as de outras populações. Os polimorfismos NAMPT rs1319501 C>T e rs10763861 C>T foram associados com obesidade (p<0,05). Os polimorfismos genéticos não influenciaram o perfil antropométrico do grupo total (p>0,05), mas no grupo de obesos, o polimorfismo GHRL rs4684677 T>A foi relacionado com maior porcentagem de gordura corporal (p=0,043). Após a orientação nutricional, observou-se diminuição da ingestão de calorias e do consumo de carboidratos, gorduras totais, sódio, magnésio e betacaroteno (p<0,05). Os polimorfismos genéticos não influenciaram o perfil antropométrico e o consumo alimentar de obesos, após a orientação nutricional. Em conclusão, polimorfismos dos genes NAMPT e GHRL contribuem para a adiposidade, mas não influenciam o comportamento alimentar e o perfil antropométrico, após orientação nutricional. / Obesity is caused by the imbalance between food intake and body energy expenditure, with the storage of energy in the form of fat, in adipose tissue. Obesity causes metabolic changes, such as insulin resistance and dyslipidemia, and an increase in adipokines and pro-inflammatory cytokines. This work investigated the influence of polymorphisms in the perilipine 1 (PLINI) , visfatin (NAMPT) , resistin (RETN) and ghrelin (GHRL) genes on adiposity and metabolic and inflammatory profile, before and after a nutritional orientation programo Obese (OB, n=214), overweight (SOB, n=71) and nonobese subjects (NOB, n=69), aged 30 to 70 years, were selected. ClinicaI, anthropometric and body composition data were obtained. The 24-hour dietary recall was applied to 87 obese subjects to eva1uate food intake before and after the nutritiona1 orientation programo Blood was obtained for DNA extraction and to analyze 1aboratory parameters (lipid and glycemic profile, inflammatory markers and adipokines). Po1ymorphisms of the PLINI, NAMPT, RETN and GHRL genes were analyzed by real-time PCR. The OB group had altered anthropometric profile and increased risk for hypertension, type 2 diabetes and dyslipidemia in comparison with SOB and NOB groups (p <0.05). Concentrations of glucose, total cholesterol, LDL cholesterol, VLDL cholesterol, triglycerides, apolipoprotein B (ApoB), interleukin 1&#946; (IL-1&#946;) and tumor necrosis factor alpha (TNF&#945;) were higher and the concentrations ofHDL cholesterol and apolipoprotein AI (apoAI) were lower in the OB than in the other groups (p <0.05). The frequencies of the genetic polymorphisms of the total group were similar to those of other populations. NAMPT rs1319501 C> T and rs10763861 C> T polymorphisms were associated with obesity (p <0.05). Genetic polymorphisms did not influence the anthropometric profile ofthe total group (p> 0.05), but in the obese group, the GHRL rs4684677 T> A polymorphism was related to a higher body fat percentage (p = 0.043). After nutritional orientation, a decrease in calorie intake and in the consumption of carbohydrates, total fats, sodium, magnesium and beta-carotene CP <0.05) were observed. Genetic polymorphisms did not influence the anthropometric profile and the dietary intake of obese individuaIs after nutritional orientation. In conclusion, NAMPT and GHRL gene polymorphisms contribute to adiposity but do not influence dietary behavior and anthropometric profile after nutritional orientation.
50

Estudo do metabolismo energético hepático e da via de sinalização da grelina na obesidade induzida por dieta ocidental / Hepatic metabolism energy study and ghrelin signaling pathway in the Western diet-induced obesity

Patricia Soares Pacheco 10 June 2015 (has links)
Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / A obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública que cresce em todo o mundo, resultante de um desequilíbrio entre ingestão alimentar e gasto energético. Pode-se dizer que a obesidade é o principal fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas de maior prevalência como dislipidemias, doenças cardiovasculares, diabetes do tipo 2 e esteatose hepática não alcóolica, acarretando na redução da qualidade e expectativa de vida. A Grelina é um hormônio sintetizado pelo estômago, que atua em diferentes tecidos através de um receptor específico (GHS-R1a), incluindo hipotálamo e tecidos periféricos, como o fígado. Esse hormônio está envolvido no comportamento alimentar e adiposidade, modulando o armazenamento ou utilização dos substratos energéticos no coração, músculo esquelético, adipócitos e fígado, além disso, revela-se de grande importância na manutenção do metabolismo energético hepático. Estes dados suportam a hipótese de que as vias de sinalização responsivas à grelina são um importante componente da regulação do metabolismo energético hepático e da homeostase glicêmica. O objetivo deste trabalho, foi estudar o metabolismo energético hepático e a sinalização da grelina em camundongos Swiss adultos obesos submetidos a dieta ocidental rica em gordura saturada e carboidratos simples. Avaliamos o efeito desta dieta a partir do 21 dia de idade (desmame) até o 133 dia destes animais, através de parâmetros biométricos e bioquímicos, avaliação histomorfológica, respirometria de alta resolução, conteúdo de glicogênio hepático e conteúdo de algumas proteínas envolvidas na sinalização de insulina e grelina, além do metabolismo energético hepático. Baseado em nossos resultados observamos que o consumo de dieta ocidental rica em gordura saturada e carboidrato simples durante 16 semanas causa hiperfagia, levando ao quadro de obesidade na idade adulta e prejuízo nas vias de sinalização dos hormônios insulina e grelina, que são importantes moduladores do metabolismo energético hepático, favorecendo o desenvolvimento de esteatose hepática não alcoólica. / Obesity is a major public health problem growing around the world, resulting from an imbalance between food intake and energy expenditure. Obesity is one of the main risk factor for developing the most prevalent chronic diseases as dyslipidemia, cardiovascular disease, type 2 diabetes and non-alcoholic fat liver disease, resulting in lower life expectancy and quality of life. Ghrelin is a hormone synthesized into the stomach, which has an important role in different tissues by a specific receptor (GHS-R1a), including the hypothalamus and peripheral tissues such as the liver. This hormone is involved in feeding behavior and adiposity by modulating storage or use of energy substrates in heart, skeletal muscle, adipocytes and liver. Moreover, Ghrelin is important in maintaining liver energy metabolism. These data support the hypothesis that ghrelin signaling pathways is a key component in the regulation of energy metabolism and hepatic glucose homeostasis. The aim of this study was to investigate the hepatic energy metabolism and signaling of ghrelin in obese adults Swiss mice fed the Western diet, rich in saturated fat and simple carboidrate. We analyzed the effect of this diet starting from 21 days of age (weaning) up to 133 days, using biometric and biochemical parameters, histomorphological assessment, high resolution respirometry, hepatic glycogen content and proteins content involved in insulin and ghrelin signaling besides the hepatic energy metabolism. Based on our results we found that the consumption of rich Western diet for 16 weeks promoves overeating leading to obesity in adulthood, metabolic desorders and impairment in signaling pathways of hormones insulin and ghrelin, which are important metabolic modulators of liver energy, contributing to the development of NAFLD.

Page generated in 0.0568 seconds