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Inquérito soroepidemiológico sobre hepatites A e E em Cássia dos Coqueiros/SP, 2011 a 2013 / Seroprevalence of Hepatitis A and E in Cássia dos Coqueiros/SP, 2011-2013Daniel Cardoso de Almeida e Araújo 25 October 2017 (has links)
As hepatites virais A e E estão entre as doenças mais comuns nos seres humanos, relacionadas a países com baixo nível socioeconômico e condições inadequadas de higiene. São transmitidas por via fecal-oral, diretamente pessoa a pessoa ou por contaminação de água e alimentos. Um ciclo zoonótico da hepatite E (genótipo 3) ocorre principalmente pelo consumo de carne ou contato direto com suínos. A incidência de hepatite A vem reduzindo no país, mas pouco tem sido estudado sobre a prevalência em cidades pequenas do interior. Os estudos sobre a hepatite E no país ainda são limitados e sugerem que o genótipo 3 seja o responsável pela infecção. Este estudo buscou estimar a prevalência das hepatites A e E na população adulta de Cássia dos Coqueiros (aprox. 2600 hab.) e levantar possíveis fatores de risco para as infecções. Trata-se de um inquérito soroepidemiológico em 990 habitantes de Cássia dos Coqueiros com mais de 18 anos de idade, aproximadamente 51% de toda a população do município nesta faixa etária, com uma subamostragem de 248 indivíduos especificamente para pesquisa de hepatite E. As amostras de sangue foram coletadas entre os anos de 2011 e 2013 e aplicado um questionário contendo informações demográficas, socioeconômicas e de fatores de risco. Foram realizados exames imunológicos (ELISA) para detecção de anticorpos IgG para as hepatites A e E. As prevalências foram estimadas por faixa etária e calculados seus respectivos intervalos de confiança. Os dados foram submetidos a análises uni e multivariadas, em modelo de regressão logística log-binomial. As associações foram testadas medindo-se as Razões de Prevalência e seus respectivos intervalos de confiança (95%). A prevalência de hepatite A na população total foi 89,1% (IC95%= 87,1 - 90,9), aumentando de acordo com as faixas etárias. Observou-se na análise univariada associação com idade, unidade federada de origem, escolaridade, estrato econômico, antecedentes de hepatite e de contato domiciliar com casos desta doença, bem como história de eliminação de proglotes de Taenia sp nas fezes, mas após ajuste do modelo, apenas a variável idade permaneceu independentemente associada. A prevalência de hepatite E foi 20,7% (IC95%= 15,5 - 25,7), identificando-se associação apenas com a escolaridade na análise univariada, mas que deixou de ser associada após ser ajustada no modelo multivariado. Este é o primeiro estudo soroepidemiológico de base populacional comparando a presença de VHA e VHE numa cidade de porte pequeno com características rurais na região Sudeste do país. Cássia dos Coqueiros apresenta-se como área de baixa endemicidade para VHA, assim como as regiões Sul e Sudeste. A prevalência de VHE foi a maior encontrada em estudo de base populacional ou doadores de sangue no país, mostrando que a infecção ocorre de forma mais frequente do que se acreditava e que mais estudos são necessários para verificar o genótipo circulante e os fatores de risco para infecção, possivelmente pela transmissão zoonótica do VHE3. / Viral hepatitis A and E are among the most common diseases in humans, related to countries with low socioeconomic level and inadequate hygiene conditions. They are transmitted by fecal-oral route, directly person to person or by contamination of water and food. A zoonotic cycle of hepatitis E (genotype 3) occurs mainly through meat consumption or direct contact with swine. The incidence of hepatitis A has been declining in Brazil, but little has been studied about the prevalence in small towns in the interior. Studies on hepatitis E in the country are still limited and suggest that genotype 3 is responsible for the infection. This study aimed to estimate the prevalence of hepatitis A and E in the adult population of Cássia dos Coqueiros (approximately 2600 inhabitants) and to assess possible risk factors for infections. This is a seroprevalence survey of 990 inhabitants of Cássia dos Coqueiros, over 18 years of age, approximately 51% of the entire population of the municipality in this age group, with a subsampling of 248 individuals specifically for hepatitis E screening. Samples were collected between the years 2011 and 2013 and a questionnaire containing demographic, socioeconomic and risk factors information was applied. Immunological tests (ELISA) were performed to detect IgG antibodies to hepatitis A and E. The prevalences of hepatitis A and E were estimated by age group and their respective confidence intervals were calculated. The data were submitted to multivariate analysis using a log-binomial logistic regression model. Associations were tested by measuring the Prevalence Ratios and their respective confidence intervals (95%). The prevalence of hepatitis A in the total population was 89.1% (95% CI = 87.1-90.9), increasing according to age. The univariate analysis identified association with age, federated unit of origin, education level, economic strata, history of hepatitis and home contact with cases of this disease, as well as history of elimination of Taenia sp proglottes in feces. After adjustment of the model, only age remained independently associated. The prevalence of Hepatitis E was 20.7% (95% CI = 15.5 - 25.7), which was only associated with education level in the univariate analysis, but no longer associated with adjustment in the multivariate model. This is the first population-based seroprevalence study comparing the presence of HAV and HEV in a small city with rural characteristics in the Southeastern region of the country. According to the WHO criteria, Cássia dos Coqueiros seems to be as an area of low endemicity for HAV, as well as the South and Southeast regions of Brazil. The prevalence of HEV was the highest found in a population-based study or blood donors in the country, showing that the infection occurs more frequently than previously believed and that more studies are needed to verify the circulating genotype and the risk factors for infection, possibly due to the zoonotic transmission of HEV3.
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Aspectos demográficos e epidemiológicos da hepatite B na Bahia a apartir de registros do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) em 2013Pimentel, Robércia dos Anjos 18 December 2013 (has links)
Submitted by ROBERTO PAULO CORREIA DE ARAÚJO (ppgorgsistem@ufba.br) on 2016-08-30T16:49:43Z
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ROBERCIA DOS A. PIMENTEL-FINAL.pdf: 7606308 bytes, checksum: ecb2118d1883ad1cb314421ae7eb1efb (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-30T16:49:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1
ROBERCIA DOS A. PIMENTEL-FINAL.pdf: 7606308 bytes, checksum: ecb2118d1883ad1cb314421ae7eb1efb (MD5) / Introdução: A hepatite B é uma doença infecciosa de distribuição universal, que afeta ambos
os sexos, apresentando-se como um grande problema de saúde pública. Causada pelo vírus B
(HBV), é a doença crônica mais comum do fígado, afetando 350 a 400 milhões de indivíduos
no mundo. Mesmo com a existência de vacina eficaz e a recomendação de uso de preservativo
nas relações sexuais, o número de pessoas acometidas por este agravo é bastante elevado.
Objetivo: Estudar os aspectos sócio-demográficos e epidemiológicos dos casos de hepatite B
notificados no estado da Bahia e avaliar o método de notificação de casos. Metodologia:
Trata-se de um estudo descritivo, que avaliou os dados dos pacientes do estado da Bahia,
notificados por hepatite B (B16) no Sistema de Informação de Agravos de Notificação –
SINAN. Este estudo foi feito com a análise de 371 casos notificados em todo o Estado da
Bahia, no período compreendido entre janeiro e agosto de 2013. Foram calculadas as
frequências absolutas e relativas com a utilização do programa estatístico R Core Team.
Resultados: Em relação aos aspectos sociodemográficos, 53,4% pacientes eram do sexo
masculino com média de idade de 38 anos (4 - 78 anos). A provável fonte de transmissão
mais frequente foi a via sexual, com 62,2% dos casos, seguida da fonte pessoa/pessoa com
6,4%. Foram encontradas 47,3% de notificações de casos de hepatite B com fonte de
transmissão ignorada. Em relação à escolaridade, 22,9% de pessoas infectadas por HBV
tinham ensino médio completo, enquanto 22,5% apenas o ensino fundamental incompleto.
Salvador foi o município que mais notificou hepatite B com 91 casos, seguido de Jequié com
35 e Camaçari com 24 casos. Em relação a vacina contra HBV, 76,0% dos notificados não
fizeram uso. Na classificação etiológica 97,3% das notificações foram de HBV, enquanto
2,7% apresentaram co-infecção com o vírus da hepatite C. Quanto à forma clínica, 86,9% dos
casos foram classificados como hepatite crônica e a classificação final de 80,3% dos casos
notificados foram confirmados através de exames laboratoriais. Conclusão: Foi observada
uma associação entre baixa escolaridade e presença de hepatite na população estudada. O
sexo masculino apresentou maior freqüência de positividade para o HBV. O preenchimento
da ficha de investigação não demonstrou ser uma boa ferramenta para informação dos casos
notificados.
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Prevalência dos marcadores sorológicos das hepatites B e C e avaliação da imunidade à hepatite B em adultos jovens da Região Metropolitana de Florianópolis em 2009Passos, Ana Maria 25 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências de Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T19:58:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1
288044.pdf: 1603261 bytes, checksum: 7a87b04b97659b77ffa592450d15a104 (MD5) / Introdução: As hepatites B e C constituem um grave problema de saúde pública para muitos países. No Brasil, estatísticas indicam que existem dois milhões de portadores crônicos de hepatite B e entre três e quatro milhões de portadores crônicos de hepatite C. Todavia, a prevalência exata de tais infecções em alguns grupos populacionais permanece desconhecida.
Objetivos: Estabelecer a prevalência dos marcadores sorológicos de infecção para os vírus das hepatites B e C e de imunidade para o vírus da hepatite B entre adultos jovens da Região Metropolitana de Florianópolis com idade entre 18 e 19 anos, conscritos da Base Aérea de Florianópolis em 2009.
Metodologia: Estudo observacional transversal de base populacional com 371 indivíduos do gênero masculino, participantes do Alistamento Militar Obrigatório, de junho de 2009 e janeiro de 2010. Todos os indivíduos responderam a um questionário auto-administrado e as carteiras de vacinação disponíveis foram verificadas. Os marcadores sorológicos HBsAg, anti-HBc, anti-HBs e anti-HCV foram analisados por imunoenzaio enzimático por micropartículas (Abbott®, AxSYM System, Wiesbaden, Alemanha). O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Santa Catarina e todos os voluntários assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido.
Resultados: A análise sorológica do HBsAg e anti-HCV revelou ausência (0%) destes marcadores entre os participantes. A prevalência do anti-HBc foi de 1,6%. Títulos detectáveis de anti-HBs foram observados em 56,9% das amostras, enquanto 40,7% apresentaram reatividade para este marcador. A cobertura vacinal encontrada foi de 90,3%. Setenta por cento (70%) dos indivíduos do estudo apresentaram imunidade e/ou foram vacinados contra o vírus da hepatite B.
Conclusões: A população estudada apresentou baixa prevalência dos marcadores sorológicos de infecção para o vírus da hepatite B e ausência do marcador sorológico de infecção para o vírus da hepatite C. Estes resultados sugerem que apesar da baixa prevalência dos marcadores de infecção para as hepatites B e C e do sucesso dos programas de vacinação na obtenção de uma boa cobertura vacinal e títulos de anti-HBs, ações de saúde e campanhas de prevenção direcionadas à esta parcela da população são necessárias para garantir a continuidade nas melhorias das práticas de vacinação e reforçar a sua importância, bem como a das demais formas de prevenção.
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Prevalência dos marcadores das hepatites B e C em pacientes soropositivos para o HIV da região serrana do Estado de Santa CatarinaSouza, Ester Santos de January 2009 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências de Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2009 / Made available in DSpace on 2012-10-24T08:50:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1
269117.pdf: 1029137 bytes, checksum: 288b039b84fe733cf88ca503eda6a95b (MD5) / A presença do vírus da hepatite B (HBV) e da hepatite C (HCV) no portador do vírus da imunodeficiência humana (HIV) reveste-se de importância clínica, na medida que a ocorrência de tais co-infecções parece favorecer um pior prognóstico do paciente, bem como interferir nos resultados da terapêutica aplicada. A co-infecção HBV/HIV ocorre em número considerável e é explicada pelas vias de transmissão comuns a estes dois vírus, basicamente sexual, vertical e parenteral, sendo esta última mais observada para o HCV em relação ao HIV, e a via sexual é mais eficiente para a transmissão do HIV. Metade de todos os pacientes infectados pelo HIV são co-infectados com o HBV ou com o HCV, o que causa impacto na qualidade de vida, na sobrevida e nos custos com tais pacientes. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo soroepidemiológico verificando a soroprevalência dos marcadores das Hepatites virais B e C, avaliando a co-infecção em pacientes soropositivos para o HIV da região serrana do Estado de Santa Catarina. Foram analisadas amostras de sangue de 165 pacientes soropositivos para o HIV que compareceram ao Programa DST/HIV AIDS da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Lages-SC. Para análise estatística utilizou-se a distribuição de frequências e porcentagem. O estudo demonstrou o perfil dos pacientes soropositivos para o HIV, revelando predomínio do sexo feminino (59,4%), raça branca (76,4%), solteiros (42,4%), com prevalência na faixa etária entre 31 e 49 anos (63,03%) e com grau de escolaridade mais baixo, com 63,6% apresentando nível fundamental (completo e incompleto). O fator de risco mais prevalente foi o relacionamento heterossexual (64,8%), seguido do uso de drogas injetáveis (7,3%). A soroprevalência para os marcadores HBsAg foi de 0,61%; para anti-HBc, 11,52% e anti-HBs, 21,82%. Para o anticorpo anti-HCV, foi observado a prevalência de 10,30%, sendo a principal categoria de exposição, o uso de drogas injetáveis. 14 (8,48%) apresentavam co-infecção com marcadores do HBV e /ou HCV. Dentre estes, 9 (5,45%) apresentavam infecção passada e anticorpos contra o vírus HBV. 2 (1,21%) pacientes do sexo masculino apresentavam sorologia positiva para três marcadores, ou seja a infecção para o HCV e infecção passada para o HBV e em três pacientes (1,82%) possuíam a prevalência para a infecção da hepatite C e infecção passada da hepatite B. Nenhum paciente apresentou a co-infecção HIV/HCV/HBV. / The presence of the hepatitis B (HBV) virus and of the hepatitis C (HCV) in the carrier of the virus of the human imunodeficiency (HIV) it is covered of clinical importance, in the measure that the occurrence of such co-infections seems to favor a worse prognostic of the patient, as well as to interfere in the results of the applied therapeutics. The co-infection HBV/HIV happens in considerable number and it is explained by the transmission roads common to these two viruses, basically sexual, vertical and parenteral, being this last one more observed for HCV in relation to HIV, and the sexual road is more efficient for the transmission of HIV. All the patients half infected by HIV is co-infected with HBV or with HCV, what causes impact in the life quality, in the up life and in the costs with such patient. The objective of this work went accomplish a serumepidemiological study verifying the serumprevalence of the markers of the Hepatitis you turn B and C, evaluating the co-infection in serumpositives patients for HIV of the mountainous area of Santa Catarina's State. Samples of blood of 165 serumpositives patients were analyzed for HIV that attended the Program DST/HIV SIDA of the Epidemic Surveillance of the Municipal Clerkship of Health of Lages-SC. For statistical analysis it was used the distribution of frequencies and percentage. The study demonstrated the profile of the patient serumpositives for HIV, revealing prevalence of the feminine sex (59,4%), white race (76,4%), single (42,4%), with prevalence in the age group between 31 and 49 years (63,03%) and with degree of lower escolaridade, with 63,6% presenting fundamental level (complete and incomplete). The factor of risk more prevalent was the heterosexual relationship (64,8%), followed by the use of drugs you injected (7,3%). The serumprevalence for the markers HBsAg was of 0,61%; for anti-HBc, 11,52% and anti-HBs, 21,82%. For the antibody anti-HCV, the prevalence of 10,30%, was observed being the main exhibition category, the drug use injected. 14 (8,48%) they presented co-infection with markers of HBV and /or HCV. these, 9 (5,45%) they presented last infection and antibodies against the virus HBV. 2 (1,21) patient of the masculine sex they presented positive sorology for three markers, that is to say the infection for HCV and infection passed for HBV and in three patient (1,82%) they possessed the prevalence for the infection of the hepatitis C and passed infection of the hepatitis B. Any patient one presented the co-infection HIV/HCV/HBV.
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Avaliação da memória imunológica para o vírus da hepatite B em indivíduos vacinadosLivramento, Andréa do January 2014 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências de Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2014 / Made available in DSpace on 2015-02-05T20:49:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1
329359.pdf: 2483392 bytes, checksum: 477e876b1ded72f6d9c56b48ffda8345 (MD5)
Previous issue date: 2014 / A susceptibilidade à infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) e necessidade de doses de reforço da vacina entre indivíduos que apresentam níveis séricos do anticorpo contra o antígeno de superfície (anti-HBs) inferiores a 10 UI/L após a imunização primária permanecem indefinidas. Neste trabalho, o objetivo foi avaliar a resposta anamnéstica ao desafio in vitro e in vivo com o antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HBsAg) em indivíduos vacinados. Foram analisadas as propriedades antigênicas da proteína vacinal HBsAg recombinante em sistema de cultura, e realizada a padronização do ensaio in vitro de proliferação de linfócitos frente à estimulação com o antígeno vacinal. Dentro das condições experimentais ideais pré-estabelecidas, foi realizada a análise in vitro da resposta anamnéstica à exposição ao HBsAg recombinante em amostras de voluntários que receberam o esquema completo (3 doses) de vacinação contra o HBV. A resposta anamnéstica ao estímulo in vivo foi analisada pela determinação dos títulos séricos de anti-HBs após o reforço da vacina. O antígeno vacinal HBsAg recombinante estimulou a proliferação linfocitária em culturas de células de indivíduos vacinados. Os maiores índices de proliferação foram verificados em suspensões na concentração de 4×106 células/mL, estimuladas com 50 ng/mL de HBsAg recombinante durante 3 dias. As respostas humorais ao desafio antigênico in vitro não se correlacionaram significativamente com os níveis séricos do anticorpo. Uma resposta in vitro de anticorpos de alta avidez foi verificada em 60,0%, 40,0% e 66,7% dos indivíduos que apresentaram níveis séricos de anti-HBs indetectáveis, <10 UI/L e =10 UI/L, respectivamente. Na análise in vivo da memória imunológica ao HBV, a proporção de indivíduos que apresentaram uma resposta humoral anamnéstica à dose unitária de reforço foi de 63,0%. O índice de participantes que apresentaram títulos do anticorpo =10 UI/L em 4 meses, 1 ano e 2 anos decorridos da administração de uma dose desafio foi de 66,7%, 50,0% e 70,0%, respectivamente. Todos os indivíduos que receberam três doses apresentaram títulos séricos de anti-HBs =10 UI/L 2 anos após a revacinação, sendo que em 80,0% dos casos foram verificados níveis do anticorpo acima de 100 UI/L. Os resultados observados neste estudo sugerem a persistência da memória imunológica para o HBV em indivíduos vacinados que apresentam títulos séricos de anti-HBs inferiores a 10 UI/L ou indetectáveis.<br> / Abstract: The susceptibility to hepatitis B virus (HBV) infection and the need for booster doses among individuals with antibody titers to surface antigen (anti-HBs) less than 10IU/L after primary immunization remain undefined. In this study, the aim was to evaluate the in vitro and in vivo anamnestic response to the hepatitis B surface antigen (HBsAg) challenge in vaccinated individuals. The antigenic properties of the recombinant HBsAg protein vaccine were analyzed in a culture system in order to standardize the in vitro lymphocyte proliferation assay. Under the optimal experimental conditions, the in vitro anamnestic response to the recombinant HBsAg exposure were evaluated in samples from volunteers who had received the standard (three-dose) HBV vaccination schedule. The in vivo anamnestic response to the antigen stimulation was assessed by the quantification of serum anti-HBs levels after booster vaccination. The recombinant HBsAg stimulated lymphocyte proliferation in cultured cells from vaccinated individuals. The highest levels of proliferation were observed in suspensions stimulated at a concentration of 4×106 cells/mL with 50 ng/mL of recombinant HBsAg for 3 days. The humoral responses to the in vitro antigen challenge were not significantly correlated with serum antibody levels. An in vitro antibody response of high avidity was found in 60.0%, 40.0% and 66.7% of the individuals who showed undetectable anti-HBs, anti-HBs <10 IU/L and anti-HBs =10 IU/L, respectively. In the in vivo analysis of the immunological memory to HBV, the proportion of individuals who showed an anamnestic humoral response to the single booster dose was 63.0%. The index of participants who showed antibody titers =10 IU/L 4 months, 1 year and 2 years after the administration of one challenge dose was 66.7%, 50.0% and 70.0%, respectively. All subjects who had received three booster doses showed serum anti-HBs =10 IU/L 2 years after revaccination, and in 80.0% of cases antibody levels were above 100 IU/L. The results from this study suggest the persistence of immunological memory to HBV in vaccinated individuals who showed serum anti-HBs of less than 10 IU/L or undetectable antibody.
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Estudos de antigenicidade e imunogenicidade de vetores HBsAg carreadores de epítopos do HCVVieira, Monique Branco January 2010 (has links)
Submitted by Tatiana Silva (tsilva@icict.fiocruz.br) on 2013-01-25T16:23:38Z
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Previous issue date: 2010 / Fundação Oswaldo Cruz.Instituto Oswaldo Cruz. Rio de janeiro, RJ, Brasil / Os vírus da hepatite B (HBV) e da hepatite C (HCV) são os maiores agentes causadores de
doenças hepáticas crônicas. As vacinas recombinantes contra a hepatite B correspondem ao
antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HBsAg), formado apenas pela proteína small
(S), as quais têm a propriedade de organizar-se em partículas subvirais não infecciosas
secretadas em grande quantidade pelas células hospedeiras sendo facilmente purificadas. As
partículas subvirais do HBV podem funcionar como uma estrutura carreadora de epítopos de
outros agentes infecciosos e devido a essas propriedades, foram construídos plasmídios
recombinantes contendo o gene S do HBV, no qual foi inserido uma sequencia de 129bp da
região E2 hipervariável 1 (HVRI) do envelope do HCV, através de um sítio de restrição único
localizado no interior da região nucleotídica para o determinante a do HBsAg. O objetivo
deste estudo é a caracterização desses vetores HBsAg subvirais carregando epitopos do HCV,
com avaliação de antigenicidade e imunogenicidade das construções plasmidiais, bem como
das partículas quiméricas purificadas em comparação a partículas HBsAg subvirais. Três
vetores de expressão em células de mamíferos comerciais, pcDNA3.1D/V5-His-TOPO
©
, o
pcDNA3 e o pCI foram utilizados e os ensaios de transfecção transitória realizados em células
de ovário de hamster chinês (CHO) e/ou células hepáticas de linhagem contínua humana
(HuH7). A avaliação da presença de uma cauda de poli-histidina fusionada ao HBsAg foi
realizada em construções utilizando como vetor o plasmídio comercial pCI. Os sobrenadantes
e extratos celulares obtidos das transfecções transitórias foram analisados quanto à detecção
de HBsAg por ensaios imunoenzimáticos. As proteínas recombinantes obtidas foram pré-purificadas por colchão de sacarose 20%, caracterizadas por eletroforese em gel de
poliacrilamida desnaturante (SDS-PAGE) e Western-Blot e os ensaios de imunogenicidade
foram realizados em camundongos BALB/c de 4 semanas. Os níveis de expressão transitória
de partículas HBsAg subvirais expressas nas células CHO e HuH7 foram duas vezes menores
utilizando o vetor pCI contendo a sequencia para poli-histidinas em comparação com o vetor
pCI comercial. O perfil em SDS-PAGE evidenciou duas bandas protéicas de 30 kDa e 24
kDa, presentes somente nos sobrenadantes das culturas transfectadas transitoriamente e não
nos controles negativos. Tais bandas foram reconhecidas em Western-Blot, por um anticorpo
monoclonal anti-HBs específico para a proteína S, corroborando a antigenicidade da proteína
HBsAg quimérica (30kDa) e não quimérica (24kDa). Os ensaios de imunogenicidade em
camundongos BALB/c demonstraram que a vacinação com as construções moleculares
contendo o gene HBsAg (pCI-SAa) ou a sequencia quimérica HBsAg/HCV (pCI-SAaHCV)
foi capaz de elicitar uma resposta imune humoral, com uma detecção de anticorpos anti -HBs
cerca de 3 e 400 vezes, respectivamente, maior do que detectada nos camundongos
imunizados com as partículas HBsAg subvirais obtidas pelas mesmas construções
plasmidiais. O desenvolvimento dessa tecnologia se torna uma ferramenta útil para a produção de vacinas bivalentes, como insumos para testes de diagnóstico ou ainda como agente terapêutico / The hepatitis B virus (HBV) and hepatitis C virus (HCV) are the major causative agents of chronic hepatitis disease worldwide. The HBV recombinant vaccines are composed of the
HBV small (S) envelope protein(HBsAg).These particles have the capacity of self-assemble
into virus-like particles (VLPs), which can be produced in large quantities and are easily
enriched and purified. Nevertheless, the HBsAg subviral particles may be used as a carrier for
foreign epitopes. Due to this property we have constructed HBsAg recombinant plasmids
from a HBV isolate of genotype A, subgenotype A1, which we have used to insert epitopes of
the E2 hypervariable region 1 (HVR1) from HCV envelope protein, using a natural unique
restriction site located into the a determinant of S region. The aim of this study is to characterize these chimeric subviral HBsAg vectors carrying HCV epitopes, to evaluate the antigenicity and immunogenicity of molecular constructions, as well as, the purified chimeric
particles compared with HBsAg subviral particles. The chimeric HBsAg/HCV and wild type HBsAg sequences were cloned into three different mammalian commercial vectors, the
pcDNA3.1D/V5-His-TOPO©, pcDNA3 and pCI. Transient transfection assays were carried
out in Chinese Ramster Ovary (CHO) and Human Hepatoma (HuH7) cell lines. The
evaluation of a poly-histidine tag fused to HBsAg sequence was performed using pCI vector constructions. The detection of HBsAg from medium and cells extracts of the transient
transfection cell lines were analysed by immunosorbent assay. The recombinant proteins were
partially purified by 20% sucrose cushion, characterized by sodium dodecyl sulfate
polyacrylamide gel electrophoresis (SDS-PAGE) and Western-Blot analysis. The
immunogenicity assays were performed with Male 4-week-old BALB/c mice. The expression
patterns of HBsAg particles expressed by CHO and HuH7 cell lines were 2-fold lower in pCI
vectors fused with a poly-histidine tag than commercial pCI vectors. The SDS-PAGE profile
showed two protein bands of 30 kDa and 24 kDa at culture medium of transfected cells,
which were absent at negative controls. These bands were detected in Western Blot assay,
using a specific anti-HBs monoclonal antibody S protein, and corroborates the chimeric
HBsAg (30 kDa) and wild type HBsAg (24 kDa) antigenicity. The immunogenicity assays
performed at BALB/c mice showed the vaccination with molecular constructions, containing
the HBsAg wild type (pCI-SAa) or chimeric HBsAg/HCV (pCI-SAaHCV) sequences, were
able to elicit a humoral immune response, with anti-HBs antibodies titers about 3 to 400-fold
higher than detected in mice immunized with wild type and chimeric HBsAg/HCV purified
particles, obtained with the same molecular constructions. This study has practical
applications, such as the development of bivalents vaccines, therapy, as well as, diagnosis fields.
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Mutações nos genes não estruturais do vírus da hepatite C associadas à resistência aos novos antiviraisSilva, Allan Peres da January 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2015-11-11T12:13:55Z (GMT). No. of bitstreams: 2
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Previous issue date: 2015-04-14 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Introdução e objetivos: Polimorfismos naturais de resistência aos agentes antivirais de atuação direta (DAAs) no vírus da hepatite C (HCV) podem representar um fator limitante para a eficácia dessa terapia. A análise de sequências virais de regiões geográficas distintas pode apresentar diferenças significativas nas frequências de mutações de resistência aos DAAs. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi investigar as mutações associadas à resistência aos DAAs nos genes nãoestruturais (NS) do HCV em isolados virais que circulam no Brasil. Métodos: Foram estudados um total de 390 sequências do genótipo 1 do HCV de pacientes brasileiros virgens de tratamento cronicamente infectados. O RNA viral foi extraído, e as regiões abrangendo os genes NS3, NS4 e NS5 foram amplificadas por RT-PCR e sequenciadas. Resultados: No domínio NS3/4A protease, a variação V36L foi encontrada em 5,60% dos isolados do subtipo 1b, e a substituição T54S em 4,16% das sequências do subtipo 1a; na posição 55, 4,16% dos isolados continham a variação V55A, responsável por causar constrição no sítio de ligação do inibidor de protease boceprevir. Em relação à proteína NS4B, um isolado do subtipo 1b apresentou a substituição F98L, responsável por conferir resistência aos inibidores AP80978, PTC725 e silibina. Na proteína NS5A, 3,84% das sequências do subtipo 1a mostraram as mutações de resistência M28T ou Y93H, e 13,46%, as mutações secundárias H58P e E62D. Dentre os isolados do subtipo 1b, 3,70% continham a mutação Y93H, e 14,8%, as mutações secundárias R30Q, L31M, P58S e I280V
Em NS5B, 25% das sequências do subtipo 1b brasileiras apresentaram a variação L159F na população viral dominante, mas nenhuma sequência do subtipo 1a exibiu tal substituição. Além disso, em 15 isolados do subtipo 1b (29%), foi observado o variante C316N, responsável por conferir resistência a inibidores não-nucleosídeos, enquanto que apenas 2,12% das sequências do isolado do subtipo 1a mostraram a substituição C316Y. A caracterização do subtipo 1a em clados 1 e 2 revelou que as sequências brasileiras das regiões NS3 e NS5A formaram um grupo distinto dentro do clado 1. Adicionalmente em NS3, esse clado apresentou uma característica fenotípica incomum em relação à presença de mutações de resistência aos inibidores macrocíclicos; em particular, a mutação Q80K foi encontrada na maioria das sequências de clado 1, mas não nas amostras brasileiras. Conclusões: Estes dados demonstram que as substituições de resistência a diferentes DAAs podem ser encontradas em isolados circulando no Brasil em pacientes virgens de tratamento antiviral. Além disso, os isolados brasileiros do HCV apresentam um padrão distinto de diversidade genética, reforçando a importância destas informações em futuras abordagens terapêuticas / Natural resistance polymorphisms to direct antivi
ral agents (DAAs)
in hepatitis C virus (HCV) may represent a limiting
factor for therapy efficacy. Analysis of viral
sequences from distinct geographical regions may sh
ow significant differences in the frequencies of
resistance mutations to DAAs. In this context, the
aim of this study was to investigate mutations
associated with resistance to DAAs of HCV non-struc
tural genes (NS) in viral isolates circulating in
Brazil.
Methods
: A total of 390 HCV genotype 1 sequences from ther
apy-naive Brazilian patients
chronically infected. Viral RNA was extracted, and
the region encompassing the non-structural
genes NS3, NS4, and NS5 was RT-PCR amplified and se
quenced.
Results
: In the NS3/4A protease
domain, a V36L variation was found in 5,60% of subt
ype 1b isolates and a T54S substitution in
4,16% of subtype 1a sequences; at position 55, 4,16
% of strains contained the V55A variation
which is responsible to cause constriction in the b
inding site of the protease inhibitor boceprevir.
Concerning the NS4B protein, one subtype 1b isolate
showed the F98L substitution, responsible for
conferring resistance to inhibitors AP80978, PTC725
and Silybin. In the NS5A protein, 3,84% of
subtype 1a sequences showed the resistance mutation
s M28T and Y93H, while 13,46%, the
secondary mutations H58P and E62D. Among subtype 1b
isolates, 3,70% of patients showed the
Y93H mutation, while 14,8% the secondary mutations
R30Q, L31M, P58S and I280V. For NS5B,
25% of Brazilian subtype 1b sequences presented the
L159F variation in the dominant viral
population, but none of subtype 1a sequence showed
such substitution. Moreover, 15 subtype 1b
isolates (29%), were observed the C316N variant, re
sponsible to confer resistance to non-nucleoside
inhibitors, while only 2,12% of subtype 1a isolates
showed the C316Y substitution.
Characterization of subtype 1a in clades 1 and 2 re
vealed that Brazilian sequences of NS3 and
NS5A regions formed a distinct group inside clade 1
. Additionally to NS3, this clade presented an
unusual phenotypic characteristic in relation to th
e presence of resistance mutations to macrocyclic
inhibitors; in particular, the mutation Q80K was fo
und in the majority of clade 1 sequences, but not
in the Brazilian isolates.
Conclusions
: These data demonstrate that substitutions conferr
ing
resistance to different DAAs can be found in isolat
es circulating in Brazil in treatment-naive
patients. Moreover, Brazilian HCV isolates display
a distinct pattern of genetic diversity,
reinforcing the importance of this informations in
future therapeutic approaches.
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Aspectos clínicos-laboratoriais, perfil de quimiocinas e micropartículas circulantes em pacientes portadores da infecção crônica pelo VHC antes e durante a terapia triplaRibeiro, Isabela Gomes January 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa Rene Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil / Diante de constantes avanços no entendimento da infecção pelo VHC e mudanças no esquema
terapêutico, torna-se necessário uma melhor compreensão da cinética de biomarcadores
imunológicos ao longo do tratamento triplo e a sua importância na monitoração terapêutica e no alcance da resposta virológica sustentada (RVS) pelos pacientes ao término do tratamento.
Neste estudo foi realizada uma caracterização cinética dos aspectos clínico-laboratoriais, perfil de quimiocinas e micropartículas circulantes em pacientes com infecção crônica pelo VHC, antes e durante a terapia tripla com interferon peguilado, ribavirina e inibidor de protease (telaprevir ou boceprevir). Foram avaliados 20 pacientes infectados com o vírus VHC com genótipo 1 em tratamento com terapia tripla e 20 indivíduos saudáveis, doadores de
sangue, que compuseram o grupo controle para o estabelecimento dos valores de referência
para análise de quimiocinas e micropartículas (MPs) circulantes. As quimiocinas CCL2/MCP-1, CCL5/RANTES, CXCL8/IL-8, CXCL9/MIG e CXCL10/IP10 e MPs derivadas de eritrócitos, células endoteliais, plaquetas, leucócitos e suas subpopulações foram quantificadas em soro e plasma, respectivamente,empregando citometria de fluxo,comparando os dados antes do tratamento (AT) e durante o tratamento (DT) nassemanas 2, 4, 8, 12, 24 e 48. Nossos resultados demonstraram que 70,0% dos pacientes eram do sexo masculino e 35,0% do sexo feminino, com idade média de 58,5 anos. Dos vinte pacientes avaliados 75,0% apresentavam o genótipo 1b e 30,0% o genótipo 1a do VHC. Quatorze pacientes completaram o tratamento triplo com 86,7% de RVS. Na análise de quimiocinas, houve um aumento de CCL2 na semana 12 em comparação com AT. CXCL8 aumentou na semana 12 em comparação com AT. CXCL9 e CXCL10 diminuíram na semana 24 em relação à semana 12 DT.Na análise da frequência de MPs, aquelas originadas de neutrófilos diminuíram nas semanas 2 e 24, em comparação com a AT, diminuíram na semana 24 em comparação com a semana 8 DT e aumentaram na semana 8 em relação à semana 2 DT. As micropartículas derivadas de monócitos diminuíram nas semanas 2, 12 e 24 em comparação com AT e aumentaram na semana 48 em relação à semana 24. As MPs derivadas de linfócitos TCD3+
diminuíram nas semanas 12, 24 e 48 em comparação com AT e nas semanas 24 e 48 em relação à semana 4 DT. Já aquelasoriginadas de linfócitos TCD4+ diminuíram nas semanas 12 e 24 em comparação com AT e diminuíram na semana 12 em comparação com a semana 4 DT.
Avaliações adicionais que utilizaram ferramentas de análise de sistemas biológicos revelaram que antes do tratamento houve uma elevação de enzimas hepáticas e frequências das MPs nos pacientes, e a freqüência de altos produtores de quimiocinas foi baixa. Após o tratamento,
houve uma diminuição progressiva das enzimas hepáticas e micropartículas, que foi
acompanhado por aumento de quimiocinas com um pico na semana 12 do tratamento. Na
semana 24 do tratamento, houve uma redução na maioria dos biomarcadores em comparação
com a frequência mostrada antes do tratamento, exceto para CCL2 e CCL5 que ainda estavam sendo secretadas ao final do tratamento. Em suma, as análises do presente estudo mostraram que houve um declínio dos marcadores de agressão hepática, dos níveis de quimiocinas e da frequência de micropartículas no decorrer do tratamento, sugerindo, em síntese, que o tratamento e a redução ou eliminação do VHC promove um ambiente imunomodulador com retorno da resposta imunológica dentro dos padrões esperados na ausência da infecção viral.
Para grande maioria dos pacientes que terminaram o tratamento, esse panorama está associado ao alcance de resposta virológica sustentada e, consequentemente, ao sucesso do tratamento triplo. / Faced with constant advances in the understanding of HCV infection and changes in the therapeutic regimen, it becomes necessary a better understanding of the kinetics of immune biomarkers along the triple treatment, and its importance in therapeutic monitoring and scope of sustained virologic response (SVR) by patients after treatment. In this study it was performed a kinetic characterization of clinical and laboratory aspects, chemokines profile and circulating microparticles in patients with chronic HCV infection before and during triple therapy with pegylated interferon, ribavirin and protease inhibitor (telaprevir or boceprevir).
20 patients infected with genotype 1 HCV virus treated with triple therapy and 20 healthy blood donors, who comprised the control group for the establishment of benchmarks for analysis of circulating chemokines and microparticles (MPs), were assessed. The CCL2 / MCP-1, CCL5 / RANTES, CXCL8 / IL-8, CXCL9 / MIG and CXCL10 / IP10 chemokines and MPs derived from erythrocyte, endothelial cells, platelets, leukocytes and their subpopulations were quantified in serum and plasma, respectively, using flow cytometry, comparing the data before treatment (BT) and during treatment (DT) at weeks 2, 4, 8, 12, 24 and 48. Our results showed that 70.0% of patients were male and 35.0% female, mean age of 58.5 years. Of the twenty patients evaluated, 75.0% had genotype 1b and 30.0% had genotype 1a of HCV. Fourteen patients completed triple therapy with 86.7% of RVS. In the analysis of chemokines, there was an increase of CCL2 at week 12 compared to BT. CXCL8 increased at week 12 compared to BT. CXCL9 and CXCL10 decreased at week 24 compared to week 12 DT. In MPs frequency analysis, those originating from neutrophils decreased at weeks 2 and
24, compared with BT, decreased at week 24 compared to week 8 DT and increased at week 8 compared to week 2 DT. The microparticles derived from monocytes decreased at weeks 2,
12 and 24 compared with BT and increased at week 48 compared to week 24. The MPs derived TCD3 + lymphocytes decreased on days 12, 24 and 48 compared to BT and at weeks 24 and 48 compared to week 4 DT. The ones originating from CD4 + T lymphocytes, decreased at weeks 12 and 24 compared to BT and decreased at week 12 compared to week 4 DT. Additional assessments that used biological systems analysis tools revealed that before
treatment there was an elevation of liver enzymes and frequencies of MPs in patients, and the frequency of high producers of chemokines was low. After treatment, there was a progressive decrease in liver enzymes and microparticles, which was accompanied by increase of chemokines with a peak at week 12 of treatment. At week 24 of treatment there was a reduction in most of the biomarkers compared with the frequency shown before treatment, except for CCL2 and CCL5 which were still secreted the end of treatment. In short, the analysis of this study showed that there was a decline of liver injury markers and of the levels of chemokines and microparticles frequency during treatment, suggesting, in essence, that the treatment and the reduction or elimination of HCV promotes immunomodulator environment with return of immune response within the standards expected in the absence of viral infection. For the vast majority of patients who completed treatment, this situation is associated with sustained virologic response range and, consequently, the success of triple therapy.
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Estudo do polimorfismo genético do vírus e do hospedeiro na Hepatite A aguda e fulminanteSantos, Renata Tourinho January 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Na infecção pelo vírus da hepatite A, a maioria dos pacientes desenvolvem uma doença branda ou assintomática. No entanto, alguns pacientes podem progredir para uma doença mais grave que é caracterizada pela rápida degradação do fígado, coagulopatia e encefalopatia hepática, conhecida como falência hepática aguda (ALF). A infecção pelo HAV se apresenta como uma interação dinâmica entre fatores do vírus e do hospedeiro que em conjunto é responsável pela diversidade no desfecho clínico da doença. Apresentações incomuns de infecções prevalentes foram muitas vezes atribuídas a fatores específicos do hospedeiro. Estudos de associações genômicas (GWAS) provaram ser uma ótima abordagem na identificação de alelos de risco que estão relacionados a tais síndromes. Neste estudo, 31 variações nucleotídicas humanas, incluindo variações de um único nucleotídeo (SNP) e inserções, associadas à infecção pelo HAV foram caracterizadas numa coorte com casos clássicos e de ALF. Todos os casos de hepatite A foram identificados pelo PCR em tempo real otimizado para a região 5' não codificante do HAV
A população amostral dos GWAS consistiu em indivíduos expostos a surtos intradomiciliares e casos esporádicos de hepatite A no Brasil. Ao todo 321 amostras foram coletadas das quais 164 foram utilizadas nos estudos de variabilidade genética do hospedeiro. As análises de \201Codds ratio\201De \201Cdata mining\201D sugeriram que os SNPs INFL3 rs rs8099917, TGFbeta1 rs1800469, ABCB1 rs1045642, IL10 rs1800871 (IL10b), TNF\2013alpha rs1799964 (TNF\2013alpha a), TNF\2013alpha rs1800630 (TNF\2013alpha b) foram significantemente associados à gravidade da doença. Muitas das variantes identificadas neste estudo estão relacionadas a genes importantes na patofisiologia da infecção pelo HAV. Entender como os fatores do hospedeiro influenciam a resposta imune à infecção viral fornece novas oportunidades para controlar esta doença e o desenvolvimento de terapêuticas eficientes / During hepatitis A virus infection, most patients develop mild or asymptomatic disease. However, some patients can progress to a serious, life\2013threatening disease characterized by rapid deterioration of the liver, hepatic encephalopathy, and coagulopathy known as acute liver failure (ALF). HAV infection features a dynamic interplay of viral and host factors that in conjunction are responsible for the range of disease outcomes. Unusual presentations of prevalent infections have often been attributed to host\2013specific factors. Genome\2013wide association study (GWAS) has proven to be a powerful approach for identifying risk alleles that underlie such syndromes. In this study, thirty one human nucleotide variations, including single nucleotide polymorphisms (SNP) and insertions, associated with HAV infection were characterized in a cohort of ALF and classical HAV cases. All hepatitis A cases were identified by optimized real\2013time PCR for HAV 5' non\2013coding region. GWAS sample population consisted in individuals exposed to an intradomiciliary outbreak and sporadic cases of hepatitis A in Brazil
Altogether 321 samples were collected of which 164 were placed into host genetic variability study. Odds ratio and data mining analysis suggested that INFL3 rs rs8099917, TGFbeta1 rs1800469, ABCB1 rs1045642, IL10 rs1800871 (IL10b), TNF\2013alpha rs1799964 (TNF\2013alpha a), TNF\2013alpha rs1800630 (TNF\2013alpha b) SNPs were significant associated with severe hepatitis A outcome. Several of the variants identified in this genome\2013wide study lie within genes important to hepatic pathophysiology for hepatitis A virus infection. Understanding how the host factor influences the immune response to viral infection provides new opportunities to control this disease and for the development of effective therapeutics
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Marcadores Sorológicos de Vírus de Transmissão Parenteral (Vírus da Hepatite B, Hepatite C e da Imunodeficiência Humana) em Cadáveres no Serviço de Necropsias do Departamento de Medicina Legal em Vitória, ES.JARSKE, R. D. 17 August 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-08-17 / Introdução. Manipulação de material biológico originado de necropsias é fator de risco para infecção com microorganismos de transmissão parenteral. Esse risco aumenta para os necroscopistas e médicos legistas que necessitam às vezes fazer dissecções manuais para a retirada de projetis de arma de fogo o que aumenta o risco de acidente com fragmentos de ossos ou do próprio projetil. É demonstrado que os vírus da imunodeficiência humana (HIV), da hepatite B (VHB) e da hepatite C (VHC) permanecem viáveis por variáveis períodos após a morte. Objetivos. Pesquisar o HIV, VHB e VHC no sangue de cadáveres necropsiados no Departamento Médico Legal de Vitória/ES. Métodos. Foi retirado sangue da veia subclávia ou das cavidades cardíacas de 338 cadáveres necropsiados com menos de 24 horas de óbito. Após centrifugação, o soro foi armazenado a -20º C. Foram utilizados testes rápidos para pesquisa do HIV (Rapid Check HIV 1 e 2® NDI Núcleo de Doenças Infecciosas/UFES), VHB (Imuno-Rápido HBsAg®, WAMA Diagnostica) e VHC (HCV rapid test Bioeasy®, Bioeasy Diagnostica LTDA). Todos os casos positivos foram confirmados pelo método de Imunoensaio Quimioluminescente por Micropartículas CMIA Architect® (Abbott Laboratories USA). Foram anotados a idade aparente, o gênero, a raça/cor, a causa do óbito e a presença de tatuagens em cada corpo necropsiado. Resultados: Dos 338 soros examinados, 17 (5,02%) foram positivos para um dos vírus investigados, sendo sete (2,1%) positivos para HIV, sete (2,1%) para VHC e três (0,9%) para VHB. Não houve nenhum caso com reação positiva para mais de um vírus concomitantemente. Conclusão: Comprovou-se o risco de contágio com os vírus pesquisados na realização das necropsias, o que reforça a necessidade do uso de medidas de segurança e de métodos auxiliares como os radiológicos, reduzindo a necessidade de dissecção manual na procura e recuperação de projetis de arma de fogo.
Palavras-chave: Necropsia; HIV; Hepatite B; Hepatite C; medicina legal.
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