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Histoire du gouren (XIXe-XXIe siècles) : l'invention de la lutte bretonne

Epron, Aurélie 06 May 2008 (has links) (PDF)
L'étude s'attache à éclairer l'histoire d'une pratique de lutte traditionnelle en Bretagne, le gouren, en questionnant son ancrage dans la culture bretonne. A partir de questions en apparence simples : qu'est-ce que le gouren ? Comment une pratique traditionnelle survit-elle au temps qui passe ? Quelles significations revêtent ses éventuelles mutations ? Nous montrons de quelle manière l'histoire de la lutte bretonne doit être abordée au travers d'une double approche anthropo-historique. Il s'agit d'une part de mettre à jour le passé d'une pratique, les étapes et les transformations qui ont jalonné et façonné sa trajectoire, défini les rôles des acteurs, la sociologie des pratiquants et des institutions au coeur de l'espace breton durant la période contemporaine (XIXe-XXIe siècles) ; alors même que la nation et la société françaises privilégient des modèles concurrents de cultures corporelles. Il s'agit conjointement de s'attacher à l'étude des positions, discours, revendications des acteurs qui font de la lutte bretonne le lieu d'un investissement identitaire marqué et l'espace de reconstruction d'une mémoire sans cesse réactivée au nom de la bretonnité, de la tradition, d'un passé idéalisé, reconstruit et en partie réinventé (au sens que donnent Hobsbawm et Ranger, 1983). Finalement, le gouren, devenu sport traditionnel est bien le lieu où se joue, en grande partie à partir des années trente, une complexe alchimie entre le désir de pérenniser une tradition de lutte, issue de pratiques communautaires, en reconfigurant sportivement ses usages et, d'autre part, la volonté d'en appeler à la pureté des luttes d'antan qui ont fait et font l'originalité d'une région, quitte à en ré-inventer les usages et les traditions. Une relation ambiguë entre tradition et modernité, entre passé et présent, qui, encore aujourd'hui marque de manière polémique la définition culturelle et/ou institutionnelle légitime de la lutte bretonne
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\"Cego é aquele que só vê a bola\". O futebol em São Paulo e a formação das principais equipes paulistanas: S.C. Corinthians Paulista, S. E. Palmeiras e São Paulo F.C. (1894-1942) / \"Blind is the one who only sees the ball\". Football in São Paulo and the formation of the major teams from São Paulo: S. C. Corinthians Paulista, S. E. Palmeiras and São Paulo F. C. (1894-1942)

Streapco, João Paulo França 19 January 2011 (has links)
Nos últimos anos, os estudos sobre a prática do futebol no Brasil se avolumaram em diversas áreas do saber. Compreendido como um fenômeno de largo alcance social, o futebol que antes era desprezado pela intelectualidade, tornou-se espaço privilegiado para a compreensão de diversos fenômenos sociais correlatos. Não obstante ao desenvolvimento dessas pesquisas, diversas fontes documentais produzidas pelo universo futebolístico ao longo do século XX, ainda não tinham sido analisadas com rigor sistemático. Assim, esse trabalho ao se inserir em um contexto de renovação historiográfica denominada Nova História Cultural, busca compreender algumas facetas da sociedade paulistana que estiveram presentes em seus principais campos, equipes e estádios de futebol no período estudado (1894-1942). A formação de um circuito de praticantes e simpatizantes, a intervenção do poder público, a construção de campos e estádios, o surgimento dos três principais clubes de futebol da cidade, as disputas pelo controle das rendas geradas pelo espetáculo e sua profissionalização, mostraram-se como excelentes fontes documentais para a compreensão da complexidade do processo de modernização ocorrido em São Paulo e suas consequências para seus habitantes, no período abarcado pela pesquisa. / In recent years, many studies on the practice of football in Brazil have been carried out in different areas of knowledge. Understood as a broad-ranging social phenomenon, football which was once despised by intellectuals and academia has become a privileged source for the study of many interconnected social phenomena. Despite the development of said studies, many documentary sources produced in the world of football throughout the twentieth century still have not been systematically assessed. Hence, because this study is part of context of historiographical renewal referred to as New Cultural History, its objective is to further understand certain aspects of the São Paulo society present in the main football fields, teams and stadiums with respect to the period subject matter hereof (1894 1942). The establishment of a group of practitioners and supporters, together with government intervention, the construction of fields and stadiums, the emergence of three major football clubs in the city, disputes over control of revenues generated by the sport itself and its gradual pathway towards becoming increasingly professional reveal to be excellent documentary sources for better understanding the complexity of the modernization process that took pplace in São Paulo and the consequences thereof for its citizens during the period covered in this study.
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Arrimos da memória dos imigrantes italianos e seus descendentes: alimentação, família, casa, objetos, terra natal e bairro (1942-1960)

Nascimento, Débora Cristina 10 April 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T19:30:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Debora Cristina Nascimento.pdf: 4042029 bytes, checksum: cea8dfa7aaaa0ae3af12bad75070a833 (MD5) Previous issue date: 2014-04-10 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This research sought, through oral testimonies, to document the support references and upholding elements used by both immigrants and their descendants established in São Paulo. This is a study of the dietary traditions brought from the maternal home of the Italian families of the past and present, such as the interviewees recalled them regarding the material culture, and the experiences in their native land and, subsequently, in the Brás neighborhood and the private space of their own homes. Based on reflections on orality and memory, since the sources used here consisted of testimonies and books of memoirs, we sought to understand the (re)significations often nostalgic and idyllic that these groups created on their past and their habits, as well as the subjectivity of their statements in the present moment, their silences and omissions. From the interviews conducted between the years 2010 to 2012, that prioritized Italians from different regions of Italy and their descendants, we were able to observe the regional differences in cuisine and customs, as well as the terrible experience of hunger, the hardship and the Italian history itself during World War II. As for the descendants, who reports what they learned from their elders, we perceived how this memory was reelaborated and what they incorporated from past generations with regard to values, dietary habits and heritage / Esta pesquisa buscou, por intermédio de depoimentos orais, documentar as referências de apoio e os elementos de arrimo utilizados tanto por imigrantes como por descendentes deles, estabelecidos em São Paulo. Trata-se de um estudo das tradições alimentares trazidas da casa materna de famílias italianas de ontem e hoje, pela forma como os depoentes as rememoraram relativamente à cultura material e às experiências na terra nativa e, posteriormente, pela vivência no bairro do Brás e no próprio espaço privado do lar. Com base nas reflexões sobre oralidade e memória, uma vez que as fontes aqui usadas consistiram em testemunhos e livros de memorialistas, buscamos perceber as (re)significações muitas vezes nostálgicas e idílicas que esses grupos criaram sobre seu passado e seus hábitos, além da subjetividade das declarações no momento presente, seus silêncios e omissões. Pelas entrevistas entre 2010 a 2012, que priorizaram italianos de diferentes regiões da Itália e seus descendentes, pudemos observar as diferenças regionais na culinária e nos costumes e também a terrível experiência da fome, as dificuldades e a própria História italiana na época da Segunda Guerra. Quanto aos descendentes, que relataram isso pelo que souberam dos mais velhos, percebemos como reelaboraram essa recordação e o que incorporaram das gerações passadas no que concerne a valores, práticas alimentícias e a patrimônios herdados
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Approche ethnologique et ethnomusicologique de l'univers des bandas

Molle, Magali 12 November 2008 (has links)
Notre recherche concerne les bandas, associations composées de musiciens amateurs interprétant un répertoire musical aux sonorités principalement hispaniques et basques. Les premières sont apparues dans le sud-ouest de la France dans les années soixante, suite à l’engouement de musiciens français pour les formations musicales qui accompagnaient les fêtes espagnoles, notamment celles de San Fermin à Pampelune. Les musiciens du Sud-Ouest ont reproduit le modèle qu'ils avaient observé, certains l'ont fait dans les détails, d'autres ont aménagé le modèle en fonction des habitudes de leur localité. Par la suite, des bandas sont apparues dans d'autres régions de France et même en Belgique. Des éléments ont favorisé cette diffusion : la présence de sociétés musicales dans les communes qui ont adopté la pratique musicale des bandas, l’existence de relations de jumelage entre communes dont l’une est le siège d’une banda, la présence de liens historiques entre communes, le contexte global de perte de succès des fanfares et harmonies locales. Notre recherche nous a amenée à observer plusieurs phénomènes : une certaine hispanisation du Sud-Ouest de la France à travers l’apparition des bandas, une diffusion de cette pratique musicale et festive en France et en Belgique souvent accompagnée de mouvements de (re)constructions identitaires, de revendications d’authenticité et de conflits de légitimité. A notre connaissance, notre thèse est la première recherche analysant l’univers des bandas sur un espace géographique aussi étendu. Celle-ci est en outre la première étude concernant la propagation de cette pratique. De plus, cette recherche aborde les bandas de différents points de vue, à travers leur histoire, leurs participations aux fêtes, leurs rôles dans les fêtes, dans les corridas, les courses landaises et les ferias, la volonté pour les bandas situées en dehors du Sud-Ouest de créer des fêtes qui leur correspondent dans ces régions où il n’existe pas de lieux festifs qui leur soient spécifiques. D’un point de vue musical, nous abordons la problématique du répertoire des bandas, les conflits au sujet de leur modification, de leur modernisation, de leur authenticité, de leur « tradionalité ». Nous analysons également les situations d’apprentissage musical que les bandas produisent, que ce soit de manière informelle ou que ce soit organisé en écoles de musique. A travers notre recherche, nous espérons ainsi construire une mémoire de ces formations musicales, un éclairage sur cette pratique, son origine, sa propagation, son appropriation et les moyens de réinvention mis en œuvre par les musiciens pour la rendre cohérente avec leur localité. Cette logique de réinvention provoque de nombreux conflits internes entre bandas conservatrices et bandas modernistes et c’est dans ces discours revendicateurs que l’on perçoit l’importance que chaque banda tient dans la vie des musiciens.
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\"Cego é aquele que só vê a bola\". O futebol em São Paulo e a formação das principais equipes paulistanas: S.C. Corinthians Paulista, S. E. Palmeiras e São Paulo F.C. (1894-1942) / \"Blind is the one who only sees the ball\". Football in São Paulo and the formation of the major teams from São Paulo: S. C. Corinthians Paulista, S. E. Palmeiras and São Paulo F. C. (1894-1942)

João Paulo França Streapco 19 January 2011 (has links)
Nos últimos anos, os estudos sobre a prática do futebol no Brasil se avolumaram em diversas áreas do saber. Compreendido como um fenômeno de largo alcance social, o futebol que antes era desprezado pela intelectualidade, tornou-se espaço privilegiado para a compreensão de diversos fenômenos sociais correlatos. Não obstante ao desenvolvimento dessas pesquisas, diversas fontes documentais produzidas pelo universo futebolístico ao longo do século XX, ainda não tinham sido analisadas com rigor sistemático. Assim, esse trabalho ao se inserir em um contexto de renovação historiográfica denominada Nova História Cultural, busca compreender algumas facetas da sociedade paulistana que estiveram presentes em seus principais campos, equipes e estádios de futebol no período estudado (1894-1942). A formação de um circuito de praticantes e simpatizantes, a intervenção do poder público, a construção de campos e estádios, o surgimento dos três principais clubes de futebol da cidade, as disputas pelo controle das rendas geradas pelo espetáculo e sua profissionalização, mostraram-se como excelentes fontes documentais para a compreensão da complexidade do processo de modernização ocorrido em São Paulo e suas consequências para seus habitantes, no período abarcado pela pesquisa. / In recent years, many studies on the practice of football in Brazil have been carried out in different areas of knowledge. Understood as a broad-ranging social phenomenon, football which was once despised by intellectuals and academia has become a privileged source for the study of many interconnected social phenomena. Despite the development of said studies, many documentary sources produced in the world of football throughout the twentieth century still have not been systematically assessed. Hence, because this study is part of context of historiographical renewal referred to as New Cultural History, its objective is to further understand certain aspects of the São Paulo society present in the main football fields, teams and stadiums with respect to the period subject matter hereof (1894 1942). The establishment of a group of practitioners and supporters, together with government intervention, the construction of fields and stadiums, the emergence of three major football clubs in the city, disputes over control of revenues generated by the sport itself and its gradual pathway towards becoming increasingly professional reveal to be excellent documentary sources for better understanding the complexity of the modernization process that took pplace in São Paulo and the consequences thereof for its citizens during the period covered in this study.
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Arquitetura neo-enxaimel em Santa Catarina: a invenção de uma tradição estética / Neo-enxaimel architecture in Santa Catarina state: the invention of a aesthetic tradition

Veiga, Mauricio Biscaia 02 September 2013 (has links)
O trabalho aqui apresentado trata sobre a reinvenção de uma identidade germânica por meio da arquitetura ocorrida nas cidades de Blumenau e Joinville, em Santa Catarina. Este processo, ocorrido nas décadas de 1970 e 1980, teve um apelo fortemente comercial, visando vender a imagem destas cidades, entre outras na região, de que as tradições germânicas trazidas por imigrantes a partir do século XIX teriam permanecido inalteradas, no intuito de promover o turismo. Esta política, que se baseava no discurso de resgate das tradições, culminou, entre outras coisas, na criação de uma falsa arquitetura típica: o neo-enxaimel, um estilo arquitetônico inspirado no enxaimel, uma antiga técnica de construção de casas, trazida pelos imigrantes. Tendo se proliferado pelo centro destas cidades e alterado a estética urbana, esta arquitetura foi novamente trazida ao presente dentro de um contexto histórico e social bastante diferente daquele das antigas casas. Além disso, para sua implantação não houve qualquer comprometimento histórico, resultando em uma arquitetura inautêntica e até mesmo Kitsch, devido ao seu caráter comercial. Este fato, no entanto, não pode ser entendido como algo isolado, estando relacionado a questões mais amplas discutidas internacionalmente, como a ampliação do conceito de patrimônio cultural, a ilusão de perda da identidade cultural provocada pela globalização, o crescimento da indústria cultural e da indústria do turismo, entre outros fatores. Desta forma, para melhor analisar a invenção do neo-enxaimel como uma tradição estética em Santa Catarina, será inicialmente apresentada uma discussão envolvendo estas questões. / The work presented here deals with the reinvention of a Germanic identity through architecture occurred in the cities of Blumenau and Joinville, Santa Catarina state. This process, which occurred in the 1970s and 1980s, had a strong commercial appeal in order to sell the image of these cities, among others in the region, that the Germanic traditions brought by immigrants in nineteenth century would have remained unchanged, in order to promote tourism. This politics was based on a speech of rescue of traditions and culminated, among other things, in the creation of a false typical architecture: the neo-enxaimel style, an architectural style inspired by the ancient timber framing, a popular technique of building houses brought by immigrants. Having been widespread through the center of these cities, this architecture has altered the urban aesthetics and was brought again into the present within a historical and social context quite different from that one of the old houses. Moreover, for its implementation there was no historical commitment, resulting in an inauthentic architecture and even kitsch, due to its commercial nature. This fact, however, cannot be understood as something separate, being related to broader issues discussed internationally, such as the expansion of the concept of cultural heritage, the illusion of loss of cultural identity caused by globalization, the growth of cultural industry and tourism industry and other factors. Thus, to better analyze the invention of neo-enxaimel style as an aesthetic tradition in Santa Catarina, it will be initially presented a discussion involving these issues.
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Arquitetura neo-enxaimel em Santa Catarina: a invenção de uma tradição estética / Neo-enxaimel architecture in Santa Catarina state: the invention of a aesthetic tradition

Mauricio Biscaia Veiga 02 September 2013 (has links)
O trabalho aqui apresentado trata sobre a reinvenção de uma identidade germânica por meio da arquitetura ocorrida nas cidades de Blumenau e Joinville, em Santa Catarina. Este processo, ocorrido nas décadas de 1970 e 1980, teve um apelo fortemente comercial, visando vender a imagem destas cidades, entre outras na região, de que as tradições germânicas trazidas por imigrantes a partir do século XIX teriam permanecido inalteradas, no intuito de promover o turismo. Esta política, que se baseava no discurso de resgate das tradições, culminou, entre outras coisas, na criação de uma falsa arquitetura típica: o neo-enxaimel, um estilo arquitetônico inspirado no enxaimel, uma antiga técnica de construção de casas, trazida pelos imigrantes. Tendo se proliferado pelo centro destas cidades e alterado a estética urbana, esta arquitetura foi novamente trazida ao presente dentro de um contexto histórico e social bastante diferente daquele das antigas casas. Além disso, para sua implantação não houve qualquer comprometimento histórico, resultando em uma arquitetura inautêntica e até mesmo Kitsch, devido ao seu caráter comercial. Este fato, no entanto, não pode ser entendido como algo isolado, estando relacionado a questões mais amplas discutidas internacionalmente, como a ampliação do conceito de patrimônio cultural, a ilusão de perda da identidade cultural provocada pela globalização, o crescimento da indústria cultural e da indústria do turismo, entre outros fatores. Desta forma, para melhor analisar a invenção do neo-enxaimel como uma tradição estética em Santa Catarina, será inicialmente apresentada uma discussão envolvendo estas questões. / The work presented here deals with the reinvention of a Germanic identity through architecture occurred in the cities of Blumenau and Joinville, Santa Catarina state. This process, which occurred in the 1970s and 1980s, had a strong commercial appeal in order to sell the image of these cities, among others in the region, that the Germanic traditions brought by immigrants in nineteenth century would have remained unchanged, in order to promote tourism. This politics was based on a speech of rescue of traditions and culminated, among other things, in the creation of a false typical architecture: the neo-enxaimel style, an architectural style inspired by the ancient timber framing, a popular technique of building houses brought by immigrants. Having been widespread through the center of these cities, this architecture has altered the urban aesthetics and was brought again into the present within a historical and social context quite different from that one of the old houses. Moreover, for its implementation there was no historical commitment, resulting in an inauthentic architecture and even kitsch, due to its commercial nature. This fact, however, cannot be understood as something separate, being related to broader issues discussed internationally, such as the expansion of the concept of cultural heritage, the illusion of loss of cultural identity caused by globalization, the growth of cultural industry and tourism industry and other factors. Thus, to better analyze the invention of neo-enxaimel style as an aesthetic tradition in Santa Catarina, it will be initially presented a discussion involving these issues.
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Ache Lhamo. Jeux et enjeux d’une tradition théâtrale tibétaine.

Henrion-Dourcy, Isabelle 17 September 2004 (has links)
L'objet de cette thèse est une monographie du théâtre traditionnel tibétain, ou ache lhamo, souvent appelé lhamo tout court, tel qu'il était joué à l'époque pré-moderne (antérieure à 1950) et tel qu'il est encore joué actuellement en Région Autonome du Tibet (République Populaire de Chine) et dans la diaspora tibétaine établie en Inde et au Népal. Comme la plupart des théâtres d'Asie, il est un genre composite : à la fois drame à thématique religieuse (issue du bouddhisme mahāyāna), satire mimée, et farce paysanne, il comprend de la récitation sur un mode parlé, du chant, des percussions, de la danse et des bouffonneries improvisées, ainsi qu'un usage de masques et de costumes flamboyants, qui tranchent avec la sobriété absolue des décors (la scène est vide) et de la mise en scène. Bien qu’il ait été encouragé et financé par le gouvernement des Dalai Lama, de grands monastères et des familles aristocratiques, c’est un théâtre avant tout populaire, et non pas réservé à une élite lettrée. Cette étude a circonscrit à la fois le contenu, le rôle social, le langage artistique et les implications politiques du théâtre dans la civilisation tibétaine. <p> La méthodologie a été composée en combinant les apports et réflexions critiques de trois disciplines : l'ethnologie, la tibétologie et les études théâtrales. L'approche est fondamentalement ethnologique, en ce que la production des données repose sur une immersion de plus de deux ans parmi des acteurs de théâtre de la Région Autonome du Tibet (1996-1998) et de près d'un an parmi ceux de la diaspora d'Asie du Sud (1998-2000). Elle l’est aussi en ce que l’intention a été de constituer une intelligibilité englobante pour l'ache lhamo, c'est-à-dire de mettre au jour l'intrication des dimensions culturelle, sociale, politique, économique, rituelle et symbolique de la pratique théâtrale. L’une des contributions principales du travail est d’étoffer l’ethnologie régionale du Tibet central, mais ses conclusions et son esprit critique le placent également dans la liste déjà importante des travaux consacrés à l'invention des traditions. La tibétologie a fourni le cadre interprétatif fondamental des données recueillies. Une importance très grande a été accordée à l'histoire du pays ainsi qu'à la philologie et aux terminologies vernaculaires particulières au théâtre. L’étude s’inscrit dans l’un des courants novateurs de la tibétologie, privilégiant les aspects non plus religieux et politiques de cette civilisation, mais sa partie « populaire » et anthropologique, mettant au premier plan l’analyse des pratiques et non celle des doctrines. Des sources écrites (textes pré-modernes et sources secondaires de folkloristes tibétains et chinois) ont été intégrées aux observations. En ce qui concerne la troisième approche méthodologique, cette étude ne s'inscrit ni dans le courant des « performance studies » de Richard Schechner, ni dans l'anthropologie théâtrale d’Eugenio Barba, ni dans l'ethnoscénologie telle qu'elle est défendue par Jean-Marie Pradier, mais plutôt dans l'anthropologie du théâtre, au sens d'étude interprétative et multidimensionnelle, utilisant les référents établis de l'anthropologie et les savoirs indigènes pour décrire une expression culturelle déterminée et reconnue comme un genre à part entière, le théâtre. <p> Les résultats sont présentés en trois parties, qui peuvent être résumées de manière lapidaire par trois adjectifs : culturelle, sociologique, artistique. La première partie, intitulée "Le cadre culturel du lhamo avant 1959", est consacrée au contexte (historique, religieux et littéraire) dans lequel le théâtre est inscrit, ainsi qu’aux textes (leur contenu, leurs modalités de composition et de transmission) qui révèlent l'imaginaire propre du théâtre. La deuxième partie est une analyse de "L'ancrage sociologique du lhamo". Les conditions matérielles des représentations y sont examinées : les divers types de troupes, leur organisation interne, le statut social des acteurs, l'inscription de la pratique du théâtre dans le système socio-économique pré-moderne, et les rapports d'obligations tissés entre acteurs et seigneurs, ainsi qu'entre acteurs et commanditaires des représentations. La dernière partie, "Art et savoirs des acteurs", jette un éclairage sur la matière vive du lhamo. Elle rend compte des conceptions, valeurs, plaisirs et difficultés de ceux qui pratiquent cette forme d'art. Les divers registres de leur discipline sont analysés en détail : costumes, masques, gestuelle, chant, accompagnement musical (percussions) et sentiments exprimés. L'appréciation qui en est faite par le public est aussi consignée. Au cœur de cette partie se trouve une réflexion sur la nature rituelle et non rituelle du lhamo, et sur les liens éventuels de ce dernier avec d'autres activités religieuses, telles la possession. Les dernières pages de la thèse constituent un épilogue, qui fait le point sur la situation contemporaine, donc les implications politiques, du théâtre des deux côtés de l'Himalaya. <p> L'image anthropologique du lhamo qui a pu être dégagée de ces trois volets d'analyse le fait apparaître comme essentiellement ambivalent : le lhamo est un théâtre de paradoxes. À l'image de la civilisation tibétaine, il est composite et cohérent à la fois. Sa cohérence réside dans son ambivalence : il traverse et relie des aspects contrastés de la culture. Il introduit du jeu entre les polarités que Tibétains et tibétologues établissent parfois un peu trop à la hâte entre culture savante et culture populaire, écriture et oralité, éléments exogènes et apports autochtones, bouddhisme et cultes qui ont précédé son implantation, aspiration religieuse et intérêts mondains, spécialistes rituels et bénéficiaires qui les rémunèrent. Combinant fonction pédagogique et fonction rituelle, sacré compassé du texte et irrévérence grivoise des improvisations, le lhamo correspond aussi très bien à la manière dont les théâtrologues appréhendent le théâtre : comme un objet curieux, créé par les hommes et qui pourtant ne cesse de les intriguer, comme s'il était venu d'ailleurs.
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Approche ethnologique et ethnomusicologique de l'univers des bandas

Molle, Magali 12 November 2008 (has links)
Notre recherche concerne les bandas, associations composées de musiciens amateurs interprétant un répertoire musical aux sonorités principalement hispaniques et basques. <p>Les premières sont apparues dans le sud-ouest de la France dans les années soixante, suite à l’engouement de musiciens français pour les formations musicales qui accompagnaient les fêtes espagnoles, notamment celles de San Fermin à Pampelune. <p>Les musiciens du Sud-Ouest ont reproduit le modèle qu'ils avaient observé, certains l'ont fait dans les détails, d'autres ont aménagé le modèle en fonction des habitudes de leur localité.<p>Par la suite, des bandas sont apparues dans d'autres régions de France et même en Belgique.<p>Des éléments ont favorisé cette diffusion :la présence de sociétés musicales dans les communes qui ont adopté la pratique musicale des bandas, l’existence de relations de jumelage entre communes dont l’une est le siège d’une banda, la présence de liens historiques entre communes, le contexte global de perte de succès des fanfares et harmonies locales.<p>Notre recherche nous a amenée à observer plusieurs phénomènes :une certaine hispanisation du Sud-Ouest de la France à travers l’apparition des bandas, une diffusion de cette pratique musicale et festive en France et en Belgique souvent accompagnée de mouvements de (re)constructions identitaires, de revendications d’authenticité et de conflits de légitimité. <p><p>A notre connaissance, notre thèse est la première recherche analysant l’univers des bandas sur un espace géographique aussi étendu. Celle-ci est en outre la première étude concernant la propagation de cette pratique. <p>De plus, cette recherche aborde les bandas de différents points de vue, à travers leur histoire, leurs participations aux fêtes, leurs rôles dans les fêtes, dans les corridas, les courses landaises et les ferias, la volonté pour les bandas situées en dehors du Sud-Ouest de créer des fêtes qui leur correspondent dans ces régions où il n’existe pas de lieux festifs qui leur soient spécifiques. <p>D’un point de vue musical, nous abordons la problématique du répertoire des bandas, les conflits au sujet de leur modification, de leur modernisation, de leur authenticité, de leur « tradionalité ». Nous analysons également les situations d’apprentissage musical que les bandas produisent, que ce soit de manière informelle ou que ce soit organisé en écoles de musique. <p>A travers notre recherche, nous espérons ainsi construire une mémoire de ces formations musicales, un éclairage sur cette pratique, son origine, sa propagation, son appropriation et les moyens de réinvention mis en œuvre par les musiciens pour la rendre cohérente avec leur localité. Cette logique de réinvention provoque de nombreux conflits internes entre bandas conservatrices et bandas modernistes et c’est dans ces discours revendicateurs que l’on perçoit l’importance que chaque banda tient dans la vie des musiciens.<p> / Doctorat en Sciences politiques et sociales / info:eu-repo/semantics/nonPublished
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Ache Lhamo: jeux et enjeux d'une tradition théâtrale tibétaine

Henrion-Dourcy, Isabelle 17 September 2004 (has links)
L'objet de cette thèse est une monographie du théâtre traditionnel tibétain, ou ache lhamo, souvent appelé lhamo tout court, tel qu'il était joué à l'époque pré-moderne (antérieure à 1950) et tel qu'il est encore joué actuellement en Région Autonome du Tibet (République Populaire de Chine) et dans la diaspora tibétaine établie en Inde et au Népal. Comme la plupart des théâtres d'Asie, il est un genre composite :à la fois drame à thématique religieuse (issue du bouddhisme mahāyāna), satire mimée, et farce paysanne, il comprend de la récitation sur un mode parlé, du chant, des percussions, de la danse et des bouffonneries improvisées, ainsi qu'un usage de masques et de costumes flamboyants, qui tranchent avec la sobriété absolue des décors (la scène est vide) et de la mise en scène. Bien qu’il ait été encouragé et financé par le gouvernement des Dalai Lama, de grands monastères et des familles aristocratiques, c’est un théâtre avant tout populaire, et non pas réservé à une élite lettrée. Cette étude a circonscrit à la fois le contenu, le rôle social, le langage artistique et les implications politiques du théâtre dans la civilisation tibétaine.<p><p><p>La méthodologie a été composée en combinant les apports et réflexions critiques de trois disciplines :l'ethnologie, la tibétologie et les études théâtrales. L'approche est fondamentalement ethnologique, en ce que la production des données repose sur une immersion de plus de deux ans parmi des acteurs de théâtre de la Région Autonome du Tibet (1996-1998) et de près d'un an parmi ceux de la diaspora d'Asie du Sud (1998-2000). Elle l’est aussi en ce que l’intention a été de constituer une intelligibilité englobante pour l'ache lhamo, c'est-à-dire de mettre au jour l'intrication des dimensions culturelle, sociale, politique, économique, rituelle et symbolique de la pratique théâtrale. L’une des contributions principales du travail est d’étoffer l’ethnologie régionale du Tibet central, mais ses conclusions et son esprit critique le placent également dans la liste déjà importante des travaux consacrés à l'invention des traditions. La tibétologie a fourni le cadre interprétatif fondamental des données recueillies. Une importance très grande a été accordée à l'histoire du pays ainsi qu'à la philologie et aux terminologies vernaculaires particulières au théâtre. L’étude s’inscrit dans l’un des courants novateurs de la tibétologie, privilégiant les aspects non plus religieux et politiques de cette civilisation, mais sa partie « populaire » et anthropologique, mettant au premier plan l’analyse des pratiques et non celle des doctrines. Des sources écrites (textes pré-modernes et sources secondaires de folkloristes tibétains et chinois) ont été intégrées aux observations. En ce qui concerne la troisième approche méthodologique, cette étude ne s'inscrit ni dans le courant des « performance studies » de Richard Schechner, ni dans l'anthropologie théâtrale d’Eugenio Barba, ni dans l'ethnoscénologie telle qu'elle est défendue par Jean-Marie Pradier, mais plutôt dans l'anthropologie du théâtre, au sens d'étude interprétative et multidimensionnelle, utilisant les référents établis de l'anthropologie et les savoirs indigènes pour décrire une expression culturelle déterminée et reconnue comme un genre à part entière, le théâtre.<p><p><p>Les résultats sont présentés en trois parties, qui peuvent être résumées de manière lapidaire par trois adjectifs :culturelle, sociologique, artistique. La première partie, intitulée "Le cadre culturel du lhamo avant 1959", est consacrée au contexte (historique, religieux et littéraire) dans lequel le théâtre est inscrit, ainsi qu’aux textes (leur contenu, leurs modalités de composition et de transmission) qui révèlent l'imaginaire propre du théâtre. La deuxième partie est une analyse de "L'ancrage sociologique du lhamo". Les conditions matérielles des représentations y sont examinées :les divers types de troupes, leur organisation interne, le statut social des acteurs, l'inscription de la pratique du théâtre dans le système socio-économique pré-moderne, et les rapports d'obligations tissés entre acteurs et seigneurs, ainsi qu'entre acteurs et commanditaires des représentations. La dernière partie, "Art et savoirs des acteurs", jette un éclairage sur la matière vive du lhamo. Elle rend compte des conceptions, valeurs, plaisirs et difficultés de ceux qui pratiquent cette forme d'art. Les divers registres de leur discipline sont analysés en détail :costumes, masques, gestuelle, chant, accompagnement musical (percussions) et sentiments exprimés. L'appréciation qui en est faite par le public est aussi consignée. Au cœur de cette partie se trouve une réflexion sur la nature rituelle et non rituelle du lhamo, et sur les liens éventuels de ce dernier avec d'autres activités religieuses, telles la possession. Les dernières pages de la thèse constituent un épilogue, qui fait le point sur la situation contemporaine, donc les implications politiques, du théâtre des deux côtés de l'Himalaya. <p><p><p>L'image anthropologique du lhamo qui a pu être dégagée de ces trois volets d'analyse le fait apparaître comme essentiellement ambivalent :le lhamo est un théâtre de paradoxes. À l'image de la civilisation tibétaine, il est composite et cohérent à la fois. Sa cohérence réside dans son ambivalence :il traverse et relie des aspects contrastés de la culture. Il introduit du jeu entre les polarités que Tibétains et tibétologues établissent parfois un peu trop à la hâte entre culture savante et culture populaire, écriture et oralité, éléments exogènes et apports autochtones, bouddhisme et cultes qui ont précédé son implantation, aspiration religieuse et intérêts mondains, spécialistes rituels et bénéficiaires qui les rémunèrent. Combinant fonction pédagogique et fonction rituelle, sacré compassé du texte et irrévérence grivoise des improvisations, le lhamo correspond aussi très bien à la manière dont les théâtrologues appréhendent le théâtre :comme un objet curieux, créé par les hommes et qui pourtant ne cesse de les intriguer, comme s'il était venu d'ailleurs. / Doctorat en Sciences politiques et sociales / info:eu-repo/semantics/nonPublished

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