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Avaliação da expressão da BMP -2/4 e BMPR-IA em Carcinoma Epidermóide Oral metastático e não metastáticoSoares, Andrea Ferreira 11 July 2007 (has links)
A expressão das proteínas morfogenéticas ósseas (BMPs) está alterada em vários cânceres humanos. A BMP-2/4 e o BMPR-IA foram recentemente encontrados superexpressos em lesões malignas e pré-malignas de alto risco em epitélio oral. Este estudo analisou a expressão da BMP-2/4 e seu receptor BMPR-IA em 23 espécimes de Carcinoma Epidermóide Oral (CEO), utilizando a imuno-histoquímica. O grupo controle constou de 10 casos de Hiperplasia Fibro-epitelial da mucosa oral. O grupo experimental foi constituído por 16 casos de CEO não metastático e 7 casos de CEO metastático. Utilizou-se o parâmetro presença ou ausência de metástase nodal para avaliar o prognóstico da doença. Os resultados demonstraram imunorreatividade fraca para a BMP-2/4 e o BMPR-IA em todos os espécimes do grupo controle. No grupo experimental com metástase, a BMP-2/4 exibiu forte expressividade (71,4%), enquanto que o BMPR-IA mostrou fraca expressão (85,7%). No grupo experimental sem metástase, evidenciou-se forte expressão para a BMP-2/4 (62,5%) e para o BMPR-IA (100%). Encontrou-se significância estatística para a associação entre o prognóstico do CEO e a intensidade de marcação da BMP-2/4 (p=0,002). Para o BMPR-IA não houve significância estatística à sua associação com o prognóstico da doença (p>0,001), em função do tamanho da amostra. Portanto, os resultados sugerem que a fraca expressividade do BMPR-IA associada à forte expressão da BMP-2/4, no grupo experimental com metástase, tem relevância prognóstica, já que a perda de sensibilidade às BMPs, através da perda de expressão de seus receptores pode ser indicativo de desenvolvimento de metástase em CEO. _________________________________________________________________________________________ ABSTRACT: The expression of bone morphogenetic proteins (BMPs) is altered in a variety of human canceres. The BMP-2/4 and BMPR-IA were recently shown to be overexpressed in high-risk premalignant and malignant lesions of oral epithelium. The present study analysed the expression of BMP-2/4 and BMPR-IA in Oral Squamous Cell Carcinoma (OSCC) such as their implications in disease prognostic using munohistochemistry. Ten cases of Oral Fibroepithelial Hiperplasia were selected as a control group. The experimental group included 16 cases of OSCC without metastases and 7 cases of OSCC metastatic. The presence or absence of nodal metastases was used as parameter to evaluated the disease prognostic. The results demonstrated weak immunoreactivity for BMP-2/4 and BMPR-IA in every case of the control group. In the cases of OSCC with metastases an overexpression of BMP-2/4 (71,4%) was observed while the BMPR-IA showed weak expression (85,7%). In the cases of OSCC without metastases BMP-2/4 (62,5%) and BMPR-IA showed strong immunostaining standing out an overexpression of the receptor in all the specimens. Observed statistical significance for correlation between the oral cancer prognostic and the staining intensity of the BMP-2/4 (p=0,002). There wasn t statistical significance for association between the staining intensity of the BMPR-IA and the disease prognostic (p>0,001). In conclusion, this findings suggest that the overexpression of BMP-2/4 associated with the loss of expression of the BMPR-IA in OSCC metastatic has prognostic relevance, as the loss of sensitivity to BMPs can be an indicative of metastases development in OSCC.
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Estudo das consequências do bloqueio da produção endógena de ácidos graxos sobre a expressão das integrinas e mmps em modelo murino de melanoma / Effects of the fatty synthesis blockage on the integrin and matrix metalloproteases expression in mouse melanomaCarvalho, Marco Antonio 12 February 2010 (has links)
Orientador: Edgard Graner / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba / Made available in DSpace on 2018-08-17T08:53:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2010 / Resumo: O melanoma é, dentre as neoplasias malignas de pele, a de pior prognóstico devido ao seu alto potencial metastático e resistência aos agentes quimioterápicos existentes. A enzima metabólica ácido graxo sintase (FASN, EC2.3.1.85) é a responsável por catalisar a síntese de ácidos graxos saturados de cadeia longa. FASN é um homodímero com massa molecular de 250 kDa responsável pela produção do palmitato endógeno. Em tecidos normais, a atividade metabólica de FASN é mínima, uma vez que a maior parte dos ácidos graxos usados pelas células provém da dieta, com exceção dos tecidos lipogênicos. Por outro lado, tem sido demonstrado que nas células malignas a maior parte dos ácidos graxos provém da biossíntese endógena conseqüente ao aumento da atividade de FASN e que existe uma associação positiva entre a expressão desta enzima metabólica e o comportamento agressivo de tumores malignos, pois sua alta expressão ocorre principalmente em casos com prognóstico ruim. Inibidores específicos da atividade FASN bloqueiam a síntese de DNA e causam apoptose em linhagens celulares derivadas de neoplasias malignas de próstata, mama, cólon, estômago, intestino, endométrio, cavidade bucal, ovário e melanoma. A droga orlistat (Xenical®), aprovada pela FDA e utilizada para o tratamento de obesidade, foi descrita como tendo propriedades anti-neoplásicas em câncer de próstata, mama, cólon, estômago e melanoma, devido a sua capacidade de bloquear especificamente a atividade de FASN. Este trabalho teve como objetivo principal estudar o efeito do tratamento de camundongos C57BL6 com a droga orlistat sobre as atividades de MMPs, expressão de integrinas por células B16F10, adesão destas últimas à macromoléculas da MEC e formação de colônias pulmonares a partir da inoculação na veia caudal de camundongos C57BL6. Através de ensaios zimográficos, não observamos alterações das atividades de MMP-2 e -9 em células B16F10 tratadas com orlistat. No entanto, a inibição de FASN aumentou a
adesão das células B16F10 aos componentes de matrix extracelular laminina e fibronectina. Através de ensaios de imunofluorescência observamos uma redução das regiões de adesão focal das integrinas ?v?3 nas células B16F10 tratadas com orlistat. Finalmente, o tratamento com orlistat reduziu em 53,6% o número de colônias metastáticas pulmonares, em comparação aos grupos controle. Em conjunto, os resultados aqui descritos sugerem que esta FASN é um alvo terapêutico em potencial para estes tumores. / Abstract: Malignant melanoma has poor prognosis due to its high metastatic potential and resistance to the existing chemotherapeutic agents. Fatty acid synthase (FASN, EC2.3.1.58) is a metabolic enzyme with molecular mass of 250 kDa responsible for the endogenous biosynthesis of saturated long chain fatty acids. FASN activity is relatively low in most normal human tissues, since most of the fatty acids used by the cells come from the diet, except in liver, adipose tissue, fetal lung and lacting breast. On the other hand, it has been demonstrated that in several cultured malignant cells fatty acids are mostly produced by FASN. A similar phenomenon is also observed in melanoma cells and overexpression of FASN has been associated with a poor prognosis for patients with this malignancy. Specific inhibitors of FASN activity block DNA synthesis and cause apoptosis in prostate, breast, colon, stomach, endometrial, oral cavity, ovary and melanoma cancer cells lines. Orlistat (Xenical®), approved for FDA and used for the treatment of obesity, has antitumor properties in prostate, breast, colon, gastric cancers and melanoma, due to its capacity to block the FASN activity. This work had as main objectives to study the effect of orlistat on the expression and activity of MMPs and expression of integrins in B16F10 cells, as well as on the adhesion of these cells to ECM macromolecules fibronectin and laminin. Moreover, we sought to verify the effect of this drug on the lung colonization by B16F10 innoculated in the tail vein of C57BL6 mice. The treatment with orlistat did not change MMP-2 and -9 gelatinolytic activities in B16F10 cells and enhanced the adhesion of these cells on laminin or fibronectin. Interestingly, treatment of B16F10 cells with orlistat promoted a reduction on the number of integrin ?v?3 focal adhesion plates observed in the immunofluorescence assay. Finally, orlistat promoted an inhibition of 53,6% in the number of lung metastatic foci, in comparison with the control groups, further confirming the anticancer potential of FASN inhibitors. Finally, the results here described suggest that FASN is a therapeutical target in potential for these tumors. / Doutorado / Patologia / Doutor em Estomatopatologia
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Analise do peso corporal, aversão alimentar e anemia como sinalizadores precoces de recidiva de cancer de mama (limites de segurança e utilidade pratica)Marinho, Luiz Alberto Barcellos 15 December 1997 (has links)
Orientadores: Ana Neuza Vieira Matos, Ovidio Rettori / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-07-23T02:33:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1997 / Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar se manifestações clínicas do desequilíbrio homeostático associadas ao crescimento tumoral poderiam ser utilizadas como sinais precoces de recidiva de câncer de mama. A amostra foi de 118 mulheres assintomáticas, após tratamento de câncer de mama, estádio II-B axila positiva, estádio 111 A e estádio 111 B. Peso corporal, aversão alimentar e a presença de anemia foram avaliados a intervalos de aproximadamente 60 dias! por um período de 9,7 :t 0,9 meses. Nesse período, 19 pacientes recidivaram. O peso no subgrupo sem recidiva não variou significativamente, enquanto que, entre as pacientes que recidivaram, uma teve ganho anômalo de peso e as demais perderam peso significativamente (p<0,005). As alterações do peso corporal precederam em 6,6 :t 2,6 meses o diagnóstico de recorrência. Com base nessas variações percentuais,. do peso das pacientes que não recidivaram, estabeleceram-se os seguintes limites de segurança para a suspeita de recidiva incipiente, com 95% de confiança (uma cauda): a) :t 2,9% em relação ao peso médio, b):t 3,2% em relação a uma aferição realizada com 2 meses de antecedência e c) :t 4,9% em relação a uma medida de peso realizada com 6 meses de antecedência, desde que as aferições de peso fossem confiáveis. Limites de segurança muito mais sensíveis e confiáveis resultariam, entretanto, da análise da curva de peso da própria paciente. A aversão alimentar teve um valor moderado enquanto que a anemia teve pouco valor como indicador de possível recorrência para a população estudada. Conclui-se que a perda de peso além dos limites propostos e a aversão alimentar podem ser utilizadas na seleção de pacientes que devem ser submetidas a exames mais sofisticados / Abstract: The objective of this study was to evaluate if clínical manifestations of underlying tumors associated with homeostatic alterations could be useful as an early signal of breast cancer recurrence. Samples of 118 women in the disease-free interval after treatment for breast cancer, stage 11 B with positive axillary Iymphnodes, and stage 111, were studied. Body weight, food aversíon development, hemoglobin and hematocrit levels were evaluated for about 60 days. during 9.7 :t 0.3 months. There was no significant weight change in non recurrent patients (# = 99), while in the group with recurrence (# = 19), the weight rapidly increased in one patient, and decreased significantly in the other 18 patients (p<0.005). The weight changes preceded the diagnosis of recurrence by 6.6 :t 2.6 months. The percentage of weight change in the non recurrent patients suggested the following qt>!.iIfidence intervals (one tail, 95% confidence), beyond which recurrence would be suspected: a) :t 2.9% in relation to the average weight of the patients; b) :t 3.2% in relation to a measurement performed 2 months earlier, and c) :t 4.9% in relation to a measurement performed 6 months earlier, since ali measurements were reliable. More sensitive and reliable confidence limits would result from the analysis of weight in each patient records. The food aversiorJ showed a moderate sensibility for recurrence prediction, while the decrease iFl Hemoglobin and Hematocrit levels did not result useful for early recurrence detection in the studied population. It was concluded that the weight changes beyond the presently proposed limits and the food aversion development can be utilized to select certain patients who should then be submitted to more sophisticated exams / Mestrado / Tocoginecologia / Mestre em Medicina
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Analise do papel da enzima acido graxo sintase no processo metastatico de melanoma em modelo murino (B16F10/C57BL6) / Analysis of the role of fatty acid sysnthase in the metastatic process of melanoma in a murine model (B16F10/C57BL6)Carvalho, Marco Antonio 26 February 2007 (has links)
Orientador: Edgard Graner / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba / Made available in DSpace on 2018-08-09T18:30:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2007 / Resumo: O melanoma é, dentre as neoplasias de pele, a de pior prognóstico devido ao seu alto índice de metástases. A ácido graxo sintase (FAS) é uma enzima metabólica formada por um homodímero com massa molecular aproximada de 250 kDa responsável pela síntese de ácidos graxos saturados de cadeia longa. Sua expressão é baixa em tecidos normais e alta em muitos tumores malignos, nos quais parece estar associada com um pior prognóstico para o paciente, como ocorre nos melanomas. Existem evidências que, nas células malignas, a atividade de FAS é necessária para a produção de fosfolipídios que compõem as membranas celulares. Inibidores específicos da atividade de FAS bloqueiam a síntese de DNA e causam apoptose em linhagens celulares derivadas de neoplasias malignas de próstata, mama e cólon. A droga Orlistat (Xenical®), usada para tratamento de obesidade, foi recentemente descrita como tendo propriedades anti-neoplásicas em câncer de próstata e mama, devido à sua capacidade de bloquear especificamente a atividade de FAS. Este trabalho teve como objetivo principal estudar o efeito da inibição da enzima FAS em células B16F10 e em um modelo experimental de metástases espontâneas de melanoma em camundongos. O tratamento de camundongos portadores de melanomas intraperitoneais causados pela injeção de células B16F10 com Orlistat reduziu em
50% o número de metástases espontâneas para os linfonodos mediastínicos. Experimentos de citometria de fluxo mostraram que o tratamento da linhagem celular B16F10 com Orlistat inibe a proliferação devido ao acúmulo de células em G0/G1 e bloqueio da passagem para a fase S, que foi confirmado por um aumento
na quantidade da proteína p27Kip1 e concomitante redução de Skp2. Através de ensaios de marcação com Anexina-V, observamos que Orlistat provoca um aumento na taxa de apoptose destas mesmas células. O presente modelo animal de metástases de melanoma mostrou-se útil para o estudo de drogas com potencial efeito anti-tumoral, como o Orlistat. A inibição da atividade de FAS tem um importante papel na disseminação metastática de melanomas de camundongos, possivelmente por inibir a proliferação e provocar apoptose nas células B16F10 / Abstract: Malignant melanoma is a cancer with poor prognosis due to its high metastatic potential and resistance to the existing chemotherapeutic agents. Fatty acid synthase is a metabolic enzyme with molecular mass of 250 kDa responsible for the endogenous biosynthesis of fatty acids. FAS converts acetyl-CoA and malonyl-CoA in the long chain fatty acid palmitate. FAS activity is downregulated in most normal human tissues except liver, adipose tissue, fetal lung and lacting breast. On the other hand, FAS is overexpressed in several malignant neoplasms, including malignant melanoma. For some tumors, FAS overexpression has been associated with a poor prognosis. Recently, the new inhibitor of FAS activity Orlistat was hown to inhibit the proliferation of prostate and breast cancer cell lines and the growth of their xenograft tumors. In this work we studied the effects of FAS inhibition in the B16F10 melanoma cell line and in a animal model for melanoma metastasis. B16F10 murine melanoma cells were intraperitoneally injected in 40 mice and an inhibition of 50% in the number of mediastinal lymph node metastasis was observed in the Orlistat treated group. The inhibition of FAS was confirmed by ¿Oil Red O¿ staining in frozen tissue sections. We also found that Orlistat promoted apoptosis and inhibited the proliferation of B16F10 cells by blocking cell cycle progression, as demonstrated by flow cytometry experiments. Western blotting analysis of protein extracts obtained from Orlistat-treated cells revealed overexpression of p27Kip1 and downregulation of Skp2. In conclusion, the present animal model is useful for the study of drugs with antitumoral effect like Orlistat. The inhibition of FAS has an important role on the metastatic spread of melanoma in C57BL6 mice by blocking the proliferation and inducing apoptosis in B16F10 cells. In addition, the inhibition of FAS by Orlistat represents a new approach in order to develop drugs for melanoma chemotherapy / Mestrado / Patologia / Mestre em Estomatopatologia
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Influência do miR-10b na proliferação e capacidade invasiva de osteossarcoma / Influence of miR-10b on proliferation and the invasive potential of osteosarcomaGabriela Molinari Roberto 20 July 2017 (has links)
O Osteossarcoma (OS) é o tumor ósseo pediátrico mais comum. O tratamento atual consiste em remoção cirúrgica e quimioterapia multimodal neo- e adjuvante. No entanto, um terço dos pacientes são acometidos por recorrência pós-cirúrgica e metástases distantes sendo que apenas 20% daqueles com metástase sobrevivem após 5 anos. Diversos miRNAs vêm sendo apontados como metastamiRs, dentre eles o miR-10b. Este microRNA encontra-se hiperexpresso em uma série de tumores e associado a pior prognóstico. Estudos prévios têm demostrado que o miR-10b atua nos processos invasivos principalmente pareando-se de forma incompleta com o RNA mensageiro do gene HOXD10 e assim inibindo a sua tradução. Este fator de transcrição, assim como todos os membros da família dos genes HOX, exerce sua função ativando e reprimindo genes vitais para os processos de crescimento e diferenciação celular (inclusive durante o desenvolvimento do tecido ósseo), sendo também descrito como desregulado em diversos tumores. Em vista disso, o presente trabalho teve como objetivo estudar a influência do miR-10b no OS e sua associação com o gene HOXD10 em relação aos processos de proliferação, invasão e migração celular. Para tanto, foi avaliada a expressão de ambos em amostras tumorais, bem como os efeitos da modulação da expressão de miR-10b na capacidade proliferativa e invasiva de linhagens celulares de OS. Nossos resultados mostraram uma associação inversa entre os níveis de expressão do miR-10b e o grau de malignidade. O aumento de miR-10b in vitro levou a supressão da capacidade clonogênica e à redução dos processos de adesão, migração e invasão, sugerindo um papel de supressor tumoral em OS. Não foi encontrada correlação entre a expressão gênica do miR-10b e a do HOXD10, e ainda o aumento deste microRNA não alterou a expressão proteica do fator de transcrição. Sendo assim, o mecanismo pelo qual miR-10b contribui para a agressividade do OS permanece indefinido, mas parece ser independente de HOXD10. Paralelamente, a expressão do gene KLF4 (recentemente descrito como alvo direto de miR-10b) e de genes sabidamente associados à invasão (MMP2 e ROCK1) e proliferação (TP53 e BCL2) tampouco foi afetada após transfecção. Por outro lado, apesar de não ter sido confirmado como alvo de miR-10b no nosso estudo, HOXD10 foi encontrado significativamente hiperexpresso nas amostras de OS. Assim, considerando a importância da desregulação de vias de desenvolvimento no surgimento de tumores pediátricos e a participação do HOXD10 no desenvolvimento ósseo, o seu papel como oncogene e seu potencial como alvo terapêutico neste tipo tumoral merecem estudos posteriores. / Osteosarcoma (OS) is the most common pediatric bone tumor. The current treatment consists of surgical removal and neo- and adjuvant multimodal chemotherapy. Nonetheless, one-third of patients are affected by post-surgical recurrence and distant metastases, with only 20% of metastatic cases surviving after 5 years. Several miRNAs have been designated as metastamiRs, among them miR-10b. This microRNA is overexpressed in a series of tumors and associated with poor prognosis. Previous studies have shown that miR-10b acts on invasive processes mainly by pairing with the messenger RNA of the HOXD10 and thereby inhibiting its translation. This transcription factor, like all members of the HOX family, exerts its function by activating and/or repressing vital genes for cell growth and differentiation (even during the development of bone tissue) and is also described as deregulated in several tumors. In view of this, the aim of this work was to study the influence of miR-10b on OS and its association with the HOXD10 in relation to proliferation, invasion and cell migration. For this, the expression of both genes in tumor samples, as well as the effects of miR-10b expression modulation on the proliferative and invasive capacity of OS cell lines, were evaluated. Our results showed an inverse association between miR-10b expression levels and the degree of malignancy. The increase of miR-10b in vitro led to the suppression of clonogenic capacity and reduction of adhesion, migration and invasion, suggesting a role as a tumor suppressor in OS. No correlation was found between the gene expression of miR-10b and HOXD10, while the increase of the microRNA did not alter the protein levels of the transcription factor. Thus, the mechanism by which miR- 10b could contribute to OS aggressiveness remains undefined, though it appears to be independent of HOXD10. In parallel, the expression of KLF4 (recently described as a direct miR-10b target) and of genes known to be associated with invasion (MMP2 and ROCK1) and proliferation (TP53 and BCL2) was not affected after transfection. On the other hand, although HOXD10 was not confirmed as a miR-10b target in our study, this gene was found to be significantly overexpressed in the OS samples. Thus, considering the importance of the deregulation of developmental pathways on pediatric tumors and HOXD10 contribution on bone development, its role as an oncogene and its potential as a therapeutic target in this tumor type deserves further studies.
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Análise da expressão de RNAs longos não codificantes em tumores metastáticos de câncer de mama / Analysis of the expression of long noncoding RNAs in breast cancer metastatic tumorsIsabela Ichihara de Barros 03 June 2016 (has links)
O câncer de mama é um dos que mais afeta mulheres em todo o mundo e em 2016 estima-se que haverá aproximadamente 58 mil novos casos no Brasil. É uma doença caracteristicamente heterogênea, o que dificulta o diagnóstico, prognóstico e a abordagem terapêutica utilizada. Os biomarcadores já existentes para câncer de mama não são suficientes para explicar a ocorrência de metástase, que é a principal causa de morte entre os pacientes. Neste sentido, os RNAs longos não codificadores (lncRNAs) vêm se estabelecendo como importantes moléculas regulatórias em diversos processos biológicos e alguns têm sido associados com o desenvolvimento e a progressão do câncer de mama. Apesar disso, muito ainda precisa ser elucidado a respeito dessa nova classe de ncRNAs e seu envolvimento na metástase. Desta forma, determinar uma assinatura de lncRNAs em tumores metastáticos de mama pareados com seus respectivos tumores primários pode sugerir novas moléculas envolvidas no mecanismo de metástase. Neste estudo, foram analisadas amostras de cinco tumores primários de mama e seus correspondentes metastáticos em Sistema Nervoso Central (n=2) e em linfonodos (n=3). O RNA total de cada amostra foi extraído e avaliado quanto à sua qualidade para obtenção do transcriptoma pelo método de RNA-Seq. Para o tratamento dos dados foram usados os aplicativos: Tophat para o alinhamento das reads, o Cufflinks para a montagem e quantificação dos transcritos e o pacote DESeq2 para análise de expressão diferencial. O resultado da análise demonstrou que os lncRNAs com íntrons retidos são os mais abundantes e que as amostras de tumores primários e metastáticos compartilham a maioria dos lncRNAs expressos, tornando-os qualitativamente bastante semelhantes entre si. Dentre os lncRNAs diferencialmente expressos, doze são comuns entre os tumores primários, independente dos subtipos moleculares das amostras, e não há transcritos comuns às amostras metastáticas. A análise de agrupamento hierárquico definiu três assinaturas de expressão de lncRNAs para as amostras de tumores primários, metástase em cérebro e em linfonodos, podendo indicar lncRNAs potencialmente envolvidos no mecanismo de metástase. / Breast cancer is the principall cancer that affects women in the world and it is expect to Brazil, 58.000 new cases in 2016. It is a heterogeneous disease, what makes diagnosis, prognosis and therapeutical approach more difficult. Existing biomarkers for breast cancer are not sufficient to explain metastasis occurrence, which is the main cause of mortality. In this way, long non-coding RNAs (lncRNAs) have been establishing as important regulatory molecules in several biological processes and some of them have been associated to breast cancer development and progression. Nevertheless, many aspects about this new ncRNA class and its involvement in metastasis need to be elucidated. Thus, determining a lncRNA signature of metastatic tumors paired with their related primary tumors may indicate new molecules involved in the mecanism of metastasis. In the present study, Five samples of primary breast tumors and their related metastasis in central nervous system (n=2) and in lymph nodes (n=3) were analyzed. Total RNA of each sample was extracted and had its quality evaluated for transcriptome obtainment by RNA-Seq method. Data processing was performed utilizing the applications: Tophat, for read alignment; Cufflinks, for transcripts assembly and quantification; and DESeq2 package, for differential expression analysis. The results revealed that lncRNAs containing retained introns are the most abundant transcripts and that primary and metastatic samples share most of the expressed lncRNAs, what makes them qualitatively similar to each other. Differential expression analysis showed that twelve lncRNAs are common among primary tumors, apart from samples mollecular subtypes, and metastatic tumors do not have any transcript in common. Hierarchical clustering analysis defined three lncRNA expression signatures, for primary tumors, brain and lymph node metastatis, what may indicate lncRNAs potentially involved in metastasis mechanism.
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Estudo da associação das variáveis clínico-patológicas com a expressão imunoistoquímica de Ezrin e CD44 em pacientes portadores de osteossarcoma / Association between clinicopathological variables and the immunohistochemical expression of Ezrin and CD44 in patients with osteosarcomaErica Boldrini 09 April 2010 (has links)
Metástase é o fator prognóstico mais importante em pacientes com osteossarcoma. A identificação de genes que são cruciais para disseminação metastática é de grande interesse não só para o entendimento básico dos processos moleculares e celulares envolvidos, mas também por prover um potencial de novos alvos terapêuticos. No osteossarcoma tem sido relatado que o gene Ezrin, membro da família ERM (Ezrin- Radixin-Moesin) é importante para que ocorra metástase. Consiste em um componente do citoesqueleto que tem sido responsavel por muitas funções, como, por exemplo, como condutor de sinais entre superfície celular associada à metástase e tradução do sinal. Isto sugere que o gene Ezrin têm a chave da coordenação de sinais e do complexo celular que são necessários para o sucesso da ocorrência de metástases. CD44 é conhecida como a primeira proteína de superfície que demonstrou interação com as proteínas do complexo ERM. Formam um complexo que exerce diversos papéis em células normais e particularmente nas células do câncer. Aumento na expressão de CD44 potencialmente leva a um aumento funcional da ativação do Ezrin e tem sido correlacionada com aumento da invasão do osteossarcoma. Objetivo: A proposta deste estudo é correlacionar a expressão da proteína Ezrin e CD44 com fatores clínicos, identificar fatores prognósticos, sugerindo uma estratificação dos pacientes de risco, para que possa ser proposta no futuro uma terapêutica mais efetiva e com menor toxicidade. Casuística e Métodos: Foram revistos 52 pacientes com osteossarcoma tratados no Hospital de Câncer de Barretos entre 2000 e 2005. O tumor ósseo é uma das neoplasias sólidas mais freqüentes em nossa Instituição, representando aproximadamente 15% dos casos novos/ano. Devido a algumas particularidades, como atendimentos de pacientes em âmbito nacional, tivemos 46,2 % de pacientes metastáticos ao diagnóstico, 37,3 % de tumores maiores que 15 cm, 30,2 % de amputações e 11,5 % de recaídas locais em cirurgias conservadoras. Não demonstramos associação da duração dos sintomas com o tamanho do tumor, presença de metástases. O nível de expressão da proteína Ezrin e CD44H foi avaliado por imunoistoquimica na biópsia inicial em 34 amostras. O nível de expressão pela coloração imunoistoquímica foi classificada em 1+ (1 - 25%), 2+ (26 - 50%), 3+ (51 - 75%), 4+ (76 - 100%) para a proteína Ezrin e o CD44 foi classificada como negativa (até 10%), 1+ (até 50%) e 2+ (até 100%). Foi realizado um escore para classificar a expressão do Ezrin em baixa e alta expressão (levando em consideração a intensidade e a proporção de células coradas) e interação da expressão de ezrin com grau de responsividade à quimioterapia. A associação entre as variáveis foi realizada usando o teste de quiquadrado. O cálculo dos estimadores da probabilidade de sobrevida foi realizado pelo técnica de Kaplan-Meier e as comparações entre as curvas foi realizado pelo teste de log rank. Resultados: A imunorreatividade da proteína Ezrin foi detectada na maioria dos pacientes com osteossarcoma (76%), com igual distribuição em citoplasma e membrana (38,2%). Quanto à intensidade de coloração, tivemos 58,9% forte. Na escala semiquantitativa metade dos casos apresentou mais de 50% das células coradas. No escore que associa intensidade de coloração e proporção de células coradas tivemos 50,0% com alta expressão. Cinqüenta por cento dos pacientes apresentaram CD44H positivo, sendo predominante no citoplasma (38,2%). Na escala semiquantitativa 20,6 % apresentava coloração em mais de 50% das células. Ambos os marcadores não mostraram associação a nenhuma variável clínico-patológicas estudada. Entre os pacientes que apresentaram imunoreatividade de ezrin positivos a taxa de sobrevida apresentada em 5 anos foi de 12,8% versus com 41,7% dos pacientes com ezrin negativo.(p = 0,121). O escore realizado com a imunoreatividade de ezrin também não mostrou papel na sobrevida (p: 0,558). Já a interação da positividade de Ezrin com má resposta histológica para pacientes não metastáticos mostrou associação com sobrevida livre de recaída em 5 anos (100% x 12,7%; p: 0,042). Quanto à taxa de sobrevida global foi semelhante para pacientes com CD44 positivo (21,5%) ou negativo (25,3%) (p: 0,676). Conclusão: Em nossa experiência, a imunoexpressao de CD44H nem Ezrin mostraram ser preditor do prognóstico em pacientes com osteossarcoma. Os resultados sugerem que são necessárias outras investigações para melhor definir a relação entre padrão de expressão de Ezrin e CD44, status funcional e sobrevida em portadores de osteossarcoma. / Metastasis is the most important prognostic factor in patients with osteosarcoma. Identification of genes that are crucial for metastatic dissemination is of great interest, not only to gain a basic understanding of the molecular and cellular processes involved, but also to provide the potential for new therapeutic targets. In relation to osteosarcoma, it has been reported that the Ezrin gene, a member of the ERM family (ezrin-radixin-moesin), is important for enabling metastasis. Ezrin is a component of the cytoskeleton that has been implicated in many functions, for example as a conductor of signals between cell surfaces associated with metastasis and signal translation. This suggests that Ezrin holds the key to coordination of the signals and cell complexes needed for successful metastasis to occur. CD44 is known as the first surface protein that was shown to interact with proteins of the ERM complex. It forms a complex that plays various roles in normal cells and particularly in cancer cells. Increased CD44 expression potentially leads to functional increases in Ezrin activation and has been correlated with greater osteosarcoma invasion. Objective: The aim of this study was to correlate the expression of the Ezrin and CD44 proteins with clinical factors and identify prognostic factors, thereby enabling stratification of patients at risk, so that therapy of greater effectiveness and lower toxicity can be proposed in the future. Sample and Methods: Data on 52 patients with osteosarcoma who were treated at Barretos Cancer Hospital between 2000 and 2005 were reviewed. Bone tumors are among the types of solid neoplasia most frequently seen in our institution, accounting for around 15% of the new cases every year. Because of certain special features such as our institution\'s national-level attendance, 46.2% of the patients were metastatic at diagnosis, 37.3% of the tumors were larger than 15 cm, 30.2% of the cases led to amputation and 11.5% of the conservatively operated cases presented local relapse. We did not find any association between symptoms and either tumor size or presence of metastases. The expression levels of the Ezrin and CD44H proteins were evaluated using immunohistochemistry on the initial biopsy, for 34 samples. From the immunohistochemical staining, the Ezrin protein expression level was classified as 1+ (1 - 25%), 2+ (26 - 50%), 3+ (51 - 75%) or 4+ (76 - 100%). CD44 was classified as negative (up to 10%), 1+ (up to 50%) or 2+ (up to 100%). The Ezrin expression was scored to classify it as low or high (considering the intensity and proportion of stained cells) and the interaction of Ezrin expression with the degree of responsiveness to chemotherapy. The chi-square test was used to correlate the variables. Estimators for survival likelihood were calculated using the Kaplan-Meier technique and the curves were compared using the log-rank test. Results: Most patients with osteosarcoma (76%) were immunoreactive for Ezrin protein, equally distributed between cytoplasm and membrane (38.2%). High-intensity staining was found in 58.9%. On the semiquantitative scale, half of the cases presented more than 50% of the cells stained. From the score correlating staining intensity and proportion of cells stained, 50.0% showed high expression. Half of the patients were positive for CD44H, predominantly in cytoplasm (38.2%). On the semiquantitative scale, 20.6% presented staining in more than 50% of the cells. Neither of the markers showed associations with any of the clinicopathological variables studied. Among the patients who were immunoreactive for Ezrin, the five-year survival rate was 12.8%, while it was 41.7% among Ezrinnegative patients (p = 0.121). The score relating to Ezrin immunoreactivity was not shown to have a role in survival (p = 0.558). However, the interaction between Ezrinpositive findings and poor histological response among non-metastatic patients showed an association with five-year relapse-free survival (100% x 12.7%; p = 0.042). The overall survival rates for CD44-positive and negative patients were similar (21.5% and 25.3%, respectively) (p = 0.676). Conclusion: In our experience, neither CD44H nor Ezrin immunoexpression predicted the prognosis for patients with osteosarcoma. The results suggest that further investigations are needed in order to better define the relationships between Ezrin and CD44 expression patterns, functional status and survival among patients with osteosarcoma.
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Síntese e avaliação farmacológica de análogos estruturais da macrolactona da migrastatina / Synthesis and pharmacological evaluation of structural analogues of the macrolactone of migrastatinMonteiro, Gustavo Claro, 1988- 21 August 2018 (has links)
Orientador: Luiz Carlos Dias / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Química / Made available in DSpace on 2018-08-21T08:03:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / Resumo: A macrolactona da migrastatina 10 é um composto que apresenta alta atividade de inibição de migração de células tumorais in vitro dentre os compostos da família da migrastatina. Em 2002, Licari e colaboradores relataram um novo composto chamado de isomigrastatina 14, onde alguns anos depois, Shen e colaboradores relataram que este composto faz parte da mesma rota biossintética da migrastatina. Sendo assim, este trabalho relata a síntese das macrolactonas 34a, 34b, 47a e 47b, sendo essas epímeras em C8, análogas da macrolactona da isomigrastatina 14, assim como a síntese dos ésteres 43, 44 e do éter 62. Todos os compostos preparados neste estudo são ainda inéditos na literatura. Paralelamente, em colaboração com o grupo do Professor Adriano Andricopulo, do IF/USP de São Carlos, foram realizados testes de avaliação biológica de diversos compostos sintetizados neste trabalho com o intuito de gerar novas substâncias químicas bioativas candidatas a novos fármacos no tratamento do câncer de mama / Abstract: The macrolactone of migrastatin (10) belongs to a family of compounds showing high inhibitory activity of tumor cell migratio in vitro. In 2002, Licari and coworkers isolated a novel, related compound they called isomigrastatin (14). Some years later, Shen and coworkers observed that this compound in reality originates from the same biosynthetic pathway as migrastatin. Herein, we describe the synthesis of C8-epimeric analogues of isomigrastatin macrolactones: 43a, 34b, 47a, and 47b; as well as the synthesis of open chain esters 43, 44, and the macrolactone-related cyclic ether 62. All compounds prepared in this work are undescribed. In collaboration with Professor Andricopulo's group (IF/USP, São Carlos), most of the synthesized compounds were biologically evaluated towards their cell migration inhibitory activity / Mestrado / Quimica Organica / Mestre em Química
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Evaluation of the biological role of fatty acid synthese (FASN) enzyme in lymphatic endothelial cells stimulated or not by melanoma cells : Avaliação do papel biológico da enzima ácido graxo sintese (FASN) em células endoteliais linfáticas estimuladas ou não por células de melanoma / Avaliação do papel biológico da enzima ácido graxo sintese (FASN) em células endoteliais linfáticas estimuladas ou não por células de melanomaBastos, Débora Campanella, 1981- 11 January 2012 (has links)
Orientador: Edgard Graner / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba / Made available in DSpace on 2018-08-21T21:26:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / Resumo: A enzima ácido graxo sintase (FASN) é responsável pela síntese endógena de ácidos graxos e tem alta expressão em diversas neoplasias malignas. Cerulenina e orlistat são inibidores farmacológicos da atividade de FASN e têm sido descritos como potenciais agentes anti-tumorais. O sistema linfático constitui a via primária de metástases de diversas neoplasias malignas, dentre elas o melanoma. Em estudos prévios, realizados no Laboratório de Patologia Bucal da FOP-UNICAMP, a inibição da FASN com orlistat foi capaz de reduzir significantemente as metástases linfonodais em modelo murino de melanoma e no modelo ortotópico de carcinoma espinocelular oral. Além disso, o meio condicionado por células de melanoma humano tratadas com inibidores da FASN inibiu a formação de capilares in vitro em matrigel, efeito este mediado pela isoforma anti-angiogênica VEGF-A165b. A correlação entre a FASN e a linfangiogênese ainda não está descrita na literatura, neste trabalho investigamos os efeitos da inibição farmacológica da FASN sobre os fatores de crescimento endotelial vascular (VEGF-C e -D) em células de melanoma murino (B16-F10) e humano (SK-Mel-25) através de RT-PCR quantitativo e ELISA e verificamos os efeitos do bloqueio de FASN sobre a linfangiogênese por meio de culturas tridimensionais de células endoteliais linfáticas humanas (HDLEC) e culturas primárias de endotélio linfático de camundongo. Avaliamos também, o efeito da exposição de células SK-Mel-25 os inibidores da FASN sobre a proliferação de xviii células HDLEC. O tratamento de células B16-F10 e SK-Mel-25 com cerulenina ou orlistat modulou de forma diferencial a expressão de VEGF-C e -D, inibindo o primeiro ao mesmo tempo em que estimulou o último. Além disto, estas mesmas drogas reduziram em células endoteliais linfáticas a viabilidade, a proliferação, migração e formação de capilares em ensaio ex vivo, além de provocar apoptose. O tratamento com inibidores farmacológicos de FASN em células SK-Mel-25 também induziu um fenótipo anti-linfangiogênico, observado em experimentos com meio condicionado. Em conjunto, nossos resultados sugerem que a inibição farmacológica da FASN inibe a linfangiogênese por atuar ao mesmo tempo nas células dos vasos linfáticos e de melanoma. Esses resultados explicam, pelo menos em parte, a redução do número de metástases linfonodais em modelos animais tratados com orlistat e reforçam a teoria de que o bloqueio da FASN é um alvo terapêutico em potencial para os melanomas / Abstract: Fatty acid synthase (FASN) is responsible for de novo synthesis of long-chain fatty. FASN has emerged as a potential therapeutic target for human cancers since it's over expression is associated with depth of invasion and poor prognosis. Cerulenin and orlistat are pharmacological inhibitors of FASN and have been described as potential anti-tumor agents. Lymphatic vessels are the primary route of metastasis in several malignancies including melanomas. In previous studies performed in our laboratory, we demonstrated that FASN activity is essential for melanoma and oral squamous cell carcinoma progression, as its pharmacological inhibition with orlistat reduces lymphatic metastasis in both experimental intraperitoneal and subcutaneous melanomas and orthotopic tongue carcinomas. We also reported that cell culture medium previously conditioned by human melanoma cells in the presence of orlistat induces an anti-angiogenic phenotype mediated by VEGFA165b. Therefore, in order to understand a possible correlation between FASN and lymphangiogenesis, here we investigate the effects FASN inhibitors on the secretion of vascular endothelial growth factors (VEGF) -C and -D by murine (B16-F10) and human (SK-Mel-25) melanoma cells with the aid of qRT-PCR and ELISA assays. We also analyzed the effect of FASN blockage on tridimensional cultures of human lymphatic endothelial cells (HDLEC) and primary cultures of murine lymphatic endothelium. In addition, we also evaluated an indirect effect of the treatment with cerulenin and orlistat in SK-Mel-25 cells on HDLEC xx proliferation. The incubation of B16-F10 or SK-Mel-25 cells with cerulenin or orlistat modulated VEGF-C and -D expression by significantly inhibiting the former and increasing the latter. In addition, these drugs reduced the viability, proliferation, and migration as well as promoted apoptosis in human lymphatic endothelial cells (HDLEC). These compounds also inhibited lymphatic capillary formation in a murine ex vivo assay. Finally, conditioned media from orlistat-treated human melanoma cells resulted in an anti-lymphangiogenic phenotype. These data suggest that FASN inhibitiors reduce lymphangiogenesis by acting simultaneously in the lymphatic endothelium and melanoma cells. Taken together, the studies here presented explain, at least in part, the anti-metastatic effect of orlistat observed in experimental tumors and further suggest that FASN is a potential therapeutic target for melanomas / Doutorado / Patologia / Doutora em Estomatopatologia
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Metástases hepáticas de câncer colorretal: estudo do impacto prognóstico das vias de disseminação tumoral e da presença de mucina em pacientes submetidos à ressecção hepática com intenção curativa / Colorectal cancer liver metastasis: clinical impact of the mechanisms of intrahepatic tumor dissemination and the presence of mucin in surgically resected patientsLupinacci, Renato Micelli 04 August 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: A ressecção de metástases hepáticas (MH) do câncer colorretal (CCR) é considerada segura e potencialmente curativa. Apesar dos avanços no diagnóstico e nas estratégias cirúrgicas até 70% dos pacientes operados vão apresentar recidiva. Os critérios prognósticos clínico-patológicos disponíveis são insuficientes e a utilidade de modelos prognósticos é considerada inconsistente. Deste modo, torna-se necessário o desenvolvimento de novos critérios que se apoiam em outras variáveis biológicas. A disseminação intra-hepática de metástases de câncer colorretal pode ocorrer através de diferentes vias: linfática, sanguínea (vasos portais), através dos sinusóides ou de ductos biliares. Embora estas vias tenham sido bem descritas, o valor prognóstico de cada uma após a ressecção hepática não está completamente definido. O adenocarcinoma colorretal mucinoso (ACM) é um subtipo de carcinoma colorretal com importante produção mucina, e que está associado clinicamente a tumores proximais, estágio avançado no momento do diagnóstico, instabilidade de microssatélites e mutação do gene BRAF. Há controvérsias sobre o impacto prognóstico da histologia mucinosa nos tumores colorretais primitivos e o seu papel nas lesões metastáticas hepáticas permanece desconhecido. O objetivo do nosso estudo foi determinar a frequência e elucidar o impacto prognóstico de quatro vias diferentes de disseminação intra-hepática assim como da histologia mucinosa em uma série consecutiva de pacientes operados por MH de CCR. PACIENTES E MÉTODOS: Os prontuários de 132 pacientes submetidos à ressecção cirúrgica de MH de CCR entre dezembro de 1999 e janeiro de 2010 foram revisados. Os pacientes que faleceram por complicações pós-operatórias (n= 3), aqueles com ressecções incompletas (R2; n= 2), ou nos quais não havia material disponível para o estudo (n= 14) foram excluídos. Os 113 pacientes restantes tiveram suas variáveis clínico-patológicas e resultados (recidiva e sobrevida) avaliados. Os espécimes cirúrgicos foram submetidos à avaliação histológica de rotina e agrupados de acordo com o conteúdo mucinoso da maior lesão hepática da seguinte forma: ACM >50 %; adenocarcinoma mucinoso intermediário (AIM) com componente mucinoso < 50 %; não-MAC (NMA) se ausência de componente mucinoso. A disseminação intra-hepática foi analisada por hematoxilina e eosina e imuno-histoquímica através dos anticorpos anti-D2-40 (vasos linfáticos), anti-CD34 (vasos sanguíneos), anti-CK-7 (epitélio biliar) e anti-CK-20 (epitélio colorretal). RESULTADOS: O tempo médio de seguimento após a ressecção foi de 37 meses. Recidivas foram observadas em 76 pacientes, com um intervalo médio de 13 meses após a ressecção. As porcentagens de sobrevida global e de sobrevida livre de doença (SLD) após a hepatectomia em 3 e 5 anos foram de 62 e 56 %, e 26% e 24%, respectivamente. A disseminação intra-hepática foi classificada em quatro categorias distintas avaliadas separadamente: invasão da veia porta, invasão dos sinusóides, através dos ductos biliares, e através dos vasos linfáticos/espaço perineural. Encontrou-se invasão microscópica intravenosa portal em 49 pacientes, sinusoidal em 43, biliar em 20 e linfática em 33 pacientes. A disseminação intra-hepática através dos vasos linfáticos foi a única via de disseminação independentemente associada ao risco de recidiva hepática (OR= 2,75) e de menor SLD (p= 0,006). Os focos tumorais de invasão angiolinfática intra-hepática foram detectados em um raio de 2mm de distância da lesão principal. As lesões com componente mucinoso (MAC e AIM) estiveram relacionadas à localização proximal do tumor primário e ao sexo feminino. A análise multivariada revelou que as lesões de tipo ACM apresentavam prognóstico desfavorável (RR= 3,13; IC95% 1,30 - 6,68; p= 0,011) quando comparadas às lesões de componente mucinoso < 50% (NMA e AIM). CONCLUSÃO: A presença de invasão angiolinfática intra-hepática é um importante fator prognóstico após a ressecção de MH de CCR. As outras vias de disseminação intra-hepática, embora observadas com freqüência, não estão relacionadas à recidiva da doença ou sobrevida, sugerindo que o sistema linfático possa ser a principal via de disseminação de MH de CCR. Além disso, o uso da imuno-histoquímica na detecção da invasão angiolinfática intra-hepática parece trazer benefícios na prática clínica. As MH de CCR com componente mucinoso > 50% (ACM) estão associadas a um pior prognóstico quando comparadas às lesões sem componente mucinoso (NMA). A presença de mucina pode, em um futuro próximo, influenciar a estratégia terapêutica e deve se tornar um ponto importante para discussão e investigação futuras / BACKGROUND: Resection of colorectal cancer liver metastases (CRCLM) is generally accepted as a safe and potentially curative treatment. Despite advances in diagnosis and surgical strategies, up to 70% of patients will present recurrence of the disease after resection of CRCLM. Clinicopathological prognostic factors are inadequate to determine disease prognosis and the utility of prognostic models on general population is considered highly inconsistent. Herein, future attempts to develop prognostic scores may include additional biologic variables. Intrahepatic spread from CRLM may take place through four different routes: lymphatic vessels, portal vessels, sinusoids and biliary ducts. Although these routes have been well described, their prognostic value after hepatectomy is not completely understood. Colorectal mucinous adenocarcinoma (MAC) is a subtype of colorectal adenocarcinoma with prominent mucin production associated with tumor proximal location, advanced stage at diagnosis, microsatellite instability, and BRAF mutation. There are controversies about the prognostic impact of mucinous histology on colorectal cancer and the prognostic implication of MAC in CRCLM is unknown. The purpose of our study was to determine the frequency and elucidate the prognostic implication of four different routes for intrahepatic dissemination and the mucinous histology in a consecutive series of resected CRCLM. METHODS: Medical records of 132 patients who underwent a first resection of CRCLM between December 1999 and January 2010 were reviewed. Patients who died from postoperative complications (n=3), those with incomplete resections (R2; n=2), or no available tissue for the study (n=14) were excluded. The remaining 113 patients had their clinicopathologic variables and outcome parameters evaluated. Resected specimens were submitted to routine histological evaluation and were grouped according to metastasis mucinous content: > 50%, MAC; < 50%, adenocarcinoma with intermediated mucinous component (AIM); and without any mucinous component, non-MAC (NMA). Intrahepatic dissemination was analyzed by H&E and immunohistochemical staining with D2-40 (lymphatic vessels), CD34 (blood vessels), CK-7 (biliary epithelium), and CK-20 (CRC cells). RESULTS: Mean follow-up after resection was 37 months. Tumor recurrence was observed in 76 patients, with a median interval of 13 months after resection. Overall survival and disease-free survival (DFS) rates after hepatectomy were 62 and 56%, and 26 and 24% at 3 and 5 years, respectively. Intrahepatic spread was classified into discreet categories that were evaluated separately: invasion of the portal vein, sinusoids, bile duct, and lymphatic/perineural space. Intrahepatic microscopic invasion included portal vein in 49 patients, sinusoidal in 43 patients, biliary in 20 patients, and lymphatic in 33 patients. Intra-hepatic lymphatic invasion was the only route of dissemination independently associated with the risk of hepatic recurrence (OR=2.75) and shorter DFS (P= 0.006). All tumor foci of intrahepatic lymphatic invasion were detected within 2mm away from tumor edge. Tumors with mucinous component (AIM and MAC) were related to proximal location of the primary tumor and were more frequently observed in females. Multivariate analysis revealed that MAC was an independent negative prognostic factor (hazard ratio= 3.13; 95% CI, 1.30-6.68; P= 0.011) compared with non-MAC (NMA and AIM). CONCLUSION: Intrahepatic lymphatic invasion is a significant prognostic factor. Other mechanisms of invasion, although frequently observed, are not related to disease recurrence or survival, suggesting that the lymphatic system is the main route for dissemination of CRCLM. Furthermore, immunohistochemical detection of intrahepatic lymphatic invasion might be of value in clinical practice. MAC has an adverse prognostic impact compared with NMA, which may influence therapeutic strategy raising an important subject for discussion and future investigation
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