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Obesidade induzida por dieta hiperlipídica aumenta a inflamação pulmonar e a suscetibilidade à infecção por Mycobacterium tuberculosis / Diet-induced obesity increases pulmonary inflammation and susceptibility to Mycobacterium tuberculosis infectionSandra Patricia Palma Albornoz 29 June 2018 (has links)
A doença infecciosa que causa o maior número de mortes no mundo é a tuberculose, causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis. Um dos fatores de risco que aumenta três vezes o desenvolvimento de tuberculose é a diabetes, sendo a obesidade associada com predisposição à diabetes. A obesidade gera inflamação de baixo grau que agrava a progressão de doenças crônicas. Estudos que avaliaram a associação da obesidade com tuberculose são controversos, e o tema merece maior investigação. No presente estudo, usamos um modelo experimental para determinar a interface da obesidade e da tuberculose. Camundongos C57BL/6 foram alimentados com dieta hiperlipídica (HFD - High Fat Diet) durante 60 dias, quando foram infectados com M. tuberculosis (HFD/Mtb) por via intra-traqueal. Como controles experimentais, animais foram alimentados com dieta padrão (LFD - Low Fat Diet) e infectados (LFD/Mtb). Paralelamente, um grupo recebeu HFD e outro LFD, e seguiram sem infecção. Após 30 dias de infecção, totalizando 90 dias de dieta, os diferentes grupos foram avaliados. Os animais obesos e infectados (HFD/Mtb) apresentaram aumento do peso corporal e do peso dos tecidos adiposos, aumento da expressão gênica de IL-1? no tecido adiposo, intolerância à glicose, deficiência na produção de insulina e aumento dos níveis séricos de IFN-? comparados aos animais LFD/Mtb. Além disso, o grupo HFD/Mtb foi mais suscetível e apresentou maior inflamação pulmonar comparado ao grupo LFD/Mtb. A inflamação foi caracterizada por aumento na expressão gênica para IL-17, IFN-?, TNF, IL-1?, IL-1?, NLRP3, caspase-1, IL-18, IL-6, aumento de células CD4+ produtoras de IFN-? e/ou IL-17 nos pulmões, e foi também acompanhada por aumento de células CD8+ e células CD4+Foxp3+ quando comparado ao grupo LFD/Mtb. Como NLRP3 é uma molécula chave na metainflamação induzida pela obesidade, mas seu papel ainda não está bem definido na tuberculose, animais deficientes de NLRP3 receberam HFD e foram infectados (NLRP3-/- HFD/Mtb). Esse grupo NLRP3-/- HFD/Mtb foi mais resistente e exibiu redução da inflamação pulmonar comparado ao grupo WT (Wild Type) HFD/Mtb. Sabendo que a obesidade está associada à disbiose e que produtos bacterianos derivados da dieta alimentar ou da microbiota podem estimular a liberação de IL-1? pela ativação de NLRP3, avaliamos o papel da microbiota na comorbidade obesidade e tuberculose. Encontramos disbiose intestinal, caracterizada por aumento do Filo Firmicutes e redução dos Filos Bacteroidetes e Proteobacteria, além do aumento de butirato e redução de acetato e propionato nos intestinos do grupo HFD/Mtb comparado ao grupo LFD/Mtb. O aumento na expressão de claudina-2 sugere alteração na permeabilidade intestinal e possível translocação bacteriana, caracterizada pela disbiose nos pulmões, nos quais foi detectado aumento de Firmicutes, Bacteroidetes e Actinobacteria, e redução de Proteobacteria no grupo HFD/Mtb. Em conclusão, a obesidade aumenta a magnitude da inflamação pulmonar e a suscetibilidade à infecção por M. tuberculosis por um mecanismo dependente de NLRP3. Ambos, aumento da suscetibilidade à infecção e da inflamação pulmonar estão associadas com disbiose intestinal e pulmonar, e aumento da permeabilidade intestinal. / The infectious disease that causes the largest number of deaths in the word is tuberculosis, caused by Mycobacterium tuberculosis bacilli. One of the risk factors that increases the devolpment of tuberculosis three times is diabetes. Obesity generates lowgrade inflammation that magnify the progression of chronic disease. Studies that have evaluated the association between obesity and tuberculosis are controversial, and the issue requires further investigation. In this study, we used an experimental model to determine the interface between obesity and tuberculosis. C57BL/6 mice were fed a highfat diet (HFD) for 60 days and infected by M. tuberculosis (HFD/Mtb) via intratracheal. As experimental control, animals were fed a light-fat diet (LFD) and were infected (LFD/Mtb). In parallel, one group was fed with HFD and another LFD, and they remained without infection. After 30 days of diet completing 90 days of feeding, the different groups were evaluated. Obese and infected animals (HFD/Mtb) showed increased body mass and adipose tissue weight, increased of IL-1? gene expression in adipose tissue, glucose intolerant, impaired insulin production and increased of serum levels of IFN-? compared to LFD/Mtb animals. In addition to, HFD/Mtb animals were more susceptible and exhibited higher lung inflammation compared to LFD/Mtb animals. The inflammation was characterized by increased of IL-17, IFN-?, TNF, IL-1?, IL-1?, NLRP3, caspase-1, IL-18, IL-6 gene expression and increase of IFN-? and/ or IL-17- producing CD4+ cells in the lungs, and was also accompanied by increased CD8+ and CD4+Foxp3+ cells compared to the LFD/Mtb group. As NLRP3 is a key molecule in obesity-induced meta-inflammation, but its role is still not well defined in tuberculosis, NLRP3 deficient animals fed with HFD and were infected (NLRP3-/- HFD/Mtb). This NLRP3-/- HFD/Mtb group was more resistant and exhibited reduction of lung inflammation compared to the WT (Wild Type) HFD/ Mtb group. Considerate that obesity-associated dysbiosis and that bacterial products derived from diet or microbiota can stimulate the release of IL-1? by the activation of NLRP3, we evaluated the microbiota role in obesity and tuberculosis comorbidity. We found intestinal dysbiosis characterized by increased Firmicutes phylum and reduction of Bacteroidetes and Proteobacteria phylum, as well as increased butyrate and diminished acetate and propionate in the intestine of the HFD/Mtb group compared to the LFD/Mtb group. An increase of claudin-2 expression suggests an alteration in intestinal permeability and a possible bacterial translocation characterized by dysbiosis in the lungs, with increased of Firmicutes, Bacteroidetes and Actinobacteria and diminished of Proteobacteria in the HFD/Mtb group. In conclusion, obesity increases the magnitude of pulmonary inflammation and susceptibility to M. tuberculosis infection by an NLRP3-depedent mechanism. Both increased susceptibility to infection and pulmonary inflammation are associated with intestinal and pulmonary dysbiosis, and increased intestinal permeability.
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A ativação do receptor NOD2 contribui para a imunopatogenia do diabetes tipo 1 experimental / The activation of the NOD2 receptor contributes to Type 1 Diabetes immunopathogenesisFrederico Ribeiro Campos Costa 25 February 2014 (has links)
Diabetes tipo 1 (DM1) e uma doenca autoimune que se inicia devido a defeitos na tolerancia imunologica a auto-antigenos, resultando na destruicao autoimune das celulas pancreaticas em individuos geneticamente suscetiveis. Os receptores NOD-like (NLRs) sao receptores intracelulares responsaveis pelo reconhecimento de padroes moleculares associados a patogenos (PAMPs) e padroes moleculares associados ao dano (DAMPs). Estudos recentes tem demonstrado que os receptores NOD1 e NOD2 desempenham um importante papel na ativacao da imunidade inata contra patogenos e na regulacao da imunidade adaptativa, uma vez que sua ativacao leva a producao de citocinas relacionadas a diferenciacao de linfocitos T auxiliares produtores de IL-17 (Th17). Porem, a importancia desses receptores no DM1 ainda e incerto. Nesse sentido, investigamos o papel dos receptores NOD1 e NOD2 na patogenese do DM1, com enfoque na diferenciacao de linfocitos Treg/Th17/Th1 e na plasticidade desses subtipos celulares. Nossos resultados mostram que camundongos deficientes de NOD2, mas nao NOD1 ou RIP2, sao resistentes ao DM1, como comprovado por menor incidencia, hiperglicemia, diminuicao do infiltrado inflamatorio e normalizacao dos niveis de insulina quando comparado aos controles. Foi observado tambem que animais NOD2-/- tiveram uma reducao da populacao de linfocitos Th17, Tc17, Th1 e T citotoxicos nos linfonodos pancreaticos, o que correlaciona com a inibicao da producao de IL-23p19 e IFN- no pancreas. Em paralelo, foi evidenciado o aumento do numero de celulas T reguladoras, macrofagos do perfil M2 nos linfonodos pancreaticos e elevada producao de IL-10 no pancreas de animais NOD2-/-. Alem disso, foi observado que animais NOD2-/- apresentaram uma menor populacao de linfocitos T duplo-positivos (Foxp3+RORt+ e IL-17+IFN+). Posteriormente, foi detectado menor producao de IL- 1, IL-6, IL-23p19 e IL-12p40 por celulas dendriticas de animais deficientes de NOD2. De forma interessante, foi observada a translocacao de bacterias para os linfonodos pancreaticos de animais diabeticos. Adicionalmente, animais tratados com antibioticos tornaram-se resistentes ao DM1, o que nos fornece indicios da contribuicao da microbiota intestinal na inducao da doenca. Por fim, comprovamos alta expressao genica de NOD2 nos linfonodos pancreaticos e no pancreas na fase inicial (pre-diabetica) em outro modelo de DM1, utilizando camundongos NOD (nonobese diabetic mice). Portanto, nossos dados indicam que a ativacao do receptor NOD2 por componentes bacterianos da microbiota intestinal induz a producao de citocinas pro-inflamatorias com subsequente diferenciacao/conversao de linfocitos do perfil Th17/Th1 e progressao do DM1. Dessa forma, estes dados apontam o bloqueio do receptor NOD2 como uma potencial terapia imunomoduladora para o DM1 em humanos. / Type 1 diabetes is an autoimmune disease that precipitates due to defects in the self tolerance to auto- antigens, resulting in the autoimmune destruction of the pancreatic cells in genetically susceptible individuals. NOD-like (NLRs) receptors are intracellular receptors responsible for the recognition of pathogen associated molecular patterns (PAMPs) and damage associated molecular patterns (DAMPs). Recent studies have shown a role of NOD1 and NOD2 receptors in the innate immune response against pathogens and in the adaptive immune response, since its activation leads to the generation of cytokines related to the differentiation of IL-17-producing T helper cells (Th17). However, the role of these receptors in T1D remains elusive. Therefore, we investigated the role of NOD1 and NOD2 receptors in the pathogenesis of T1D, focusing on the differentiation of Treg/Th1/Th17 lymphocytes and in the plasticity of these subtypes. Our data demonstrate that NOD2-/- mice, but not NOD1-/- or RIP2-/-, are resistant to T1D, as shown by the lower incidence, hyperglycemia, less insulitis and normal insulin production when compared to wild type mice. It was also observed that NOD2-/- mice have a reduction in the Th17, Tc17, Th1 and cytotoxic T lymphocyte population within the pancreatic lymph nodes (PLNs), which correlates with the inhibition of IL-23p19 and IFN production in the pancreas. In parallel, there was an increase in Treg cells, M2 macrophages in the PLNs and IL-10 production in the pancreatic tissue of NOD2-/- mice. Also, NOD2-/- mice presented a downregulation of Foxp3+RORt+ and IL-17+IFN+ double-positive T cells. Later, it was shown that IL-1, IL-6, IL-23p19 and IL-12p40 production was downregulated in mice deficient to the NOD2 receptor. Interestingly, we observed a bacterial translocation to the pancreatic lymph nodes in diabetic mice, what could be triggering NOD2 activation, thus contributing to T1D development. As expected, mice pre-treated with antibiotics failed to become diabetic, suggesting a possible role of the gut microbiota in the development of the disease. Lastly, we observed a higher relative expression of NOD2 in the PLNs and pancreas of pre-diabetic mice, using another mouse model of the disease, the nonobese diabetic (NOD) mouse. Collectively, our data suggest that components from the gut microbiota are capable of translocating to the PLNs, thus triggering the activation of NOD2, which in turn induces the production of proinflammatory cytokines related to the differentiation of Th1/Th17 cells, thus contributing to T1D development in a mouse model of the disease. Therefore, the blockade of NOD2 appears as an interesting therapeutical target in the treatment of type 1 diabetes in humans.
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Papel imunomodulador da interleucina-17 na resposta inflamatória intestinal e metabólica no diabetes do tipo 2 / Immunomodulator role of intestinal interleukin-17 in inflammatory and metabolic responses in type 2 diabetesMalena Martínez Pérez 31 March 2016 (has links)
O trato gastrointestinal é um sítio de alta exposição antigênica, por isso requer a presença de mecanismos de regulação imunológica mediada por linfócitos T reguladores e T auxiliares produtores de IL-17 (Th17) na mucosa intestinal. Se houvera falha na indução desses mecanismos, pode ocorrer o desequilíbrio das populações de bactérias comensais da microbiota intestinal, denominado de disbiose, geralmente associado à ruptura da barreira intestinal e translocação de bactérias ou LPS para o sangue. Neste sentido, alguns estudos têm evidenciado a importância dos linfócitos Th17 no intestino, já que estas células tem a capacidade de manter a integridade da barreira intestinal e, como conseqüência controlar a colonização e translocação bacteriana. Em adição, em pacientes e animais diabéticos têm sido observada a correlação de altos níveis de LPS circulantes e resistência à insulina. Baseado nessas evidências, nosso objetivo foi avaliar o papel da citocina IL-17 no controle das alterações inflamatórias e metabólicas no modelo de diabetes do tipo 2 (DM2). Para isso, foram utilizados camundongos C57BL/6 selvagens (WT) ou deficientes do receptor da citocina IL-17 (IL-17R-/-) submetidos à dieta controle (DN), composta por 10% de gorduras, 70% de carboidratos e 20% de proteínas ou à dieta hiperlipídica (DH), composta por 60% de gorduras, 20% de carboidratos e 20% de proteínas. Nossos dados demonstraram que a deficiência do receptor de IL-17 protegeu os animais contra a obesidade, mas os mesmos desenvolveram maior hiperglicemia e hiperinsulinemia decorrente da resistência à insulina. Além disso, foi verificada a hiperplasia das ilhotas pancreáticas, anormalidades na arquitetura e intenso infiltrado inflamatório no intestino (íleo) dos animais IL-17R-/- comparados aos WT após DH. Esse fato parece estar correlacionado a um defeito da migração de neutrófilos para a mucosa intestinal, uma vez que foi detectada reduzida expressão gênica da quimiocina CXCL-1 e do receptor CXCR-2 no íleo desses animais. De maneira interessante, as populações de neutrófilos (CD11b+Ly6G+) e de macrófagos anti-inflamatórios (CD11b+CX3CR1+) mostraram-se aumentadas nos linfonodos mesentéricos dos animais IL-17R-/- após DH. Em seguida, foi constatada maior translocação bacteriana no sangue tanto de animais IL-17R-/- submetidos à DN como DH. Entretanto, a análise metagenômica do gene 16S revelou a prevalência de bactérias Bacteroidetes e Proteobacterias, principais representantes de bactérias gram-negativas, somente nas fezes dos animais IL-17R-/- submetidos à DH. Em conjunto, estes dados indicam que o eixo IL-17/IL-17R é importante na manutenção da homeostase intestinal e na regulação das alterações inflamatórias e metabólicas associadas ao DM2 / The gastrointestinal tract is a high antigenic exposure site, so it requires the presence of immune regulation mechanisms mediated by regulatory T lymphocytes and IL-17- producing T helper lymphocytes (Th17) in the intestinal mucosa. If there is a failure in the induction of these mechanisms, may occur the imbalance in the populations of commensal bacteria of the intestinal microbiota, called dysbiosis, generally associated with the break of the intestinal barrier and translocation of bacteria or their products like LPS into the blood. In this regard, some studies have evidenced the importance of Th17 lymphocytes in the intestine, since these cells have the ability to maintain the integrity of the intestinal barrier, and consequently controlling the colonization and bacterial translocation. In addition, in patients and diabetic animals have been observed correlation between high circulating levels of LPS and insulin resistance. Based on this evidence, our objective was to evaluate the role of IL-17 cytokine in the control of inflammatory and metabolic changes in the type 2 diabetes (T2DM). For this reason, were used C57BL/6 wild-type mice (WT) or lacking of IL-17 cytokine receptor (IL-17R-/-) mice undergoing to the control diet (ND) comprising 10% fat, 70% carbohydrate and 20% protein or high fat diet (DH), comprising 60% fat, 20% carbohydrates and 20% protein. These data demonstrate that IL-17 receptor deficiency protected the animals against obesity, but these mice developed hyperglycemia and hyperinsulinemia due to insulin resistance. Furthermore, we verified a hyperplasia of the pancreatic islets, abnormalities in architecture and intense inflammation in the intestine (ileum) of IL-17R-/- animals undergoing DH compared to WT. This appears to be correlated to a defect in the neutrophil migration to the intestinal mucosa, since was detected reduced gene expression of the CXCL-1 chemokine and CXCR-2 receptor in the ileum of these animals. Interestingly, the populations of neutrophils (CD11b+Ly6G+) and antiinflammatory macrophages (CD11b+CX3CR1+) were shown to be increased in the mesenteric lymph nodes of IL-17R-/- animals after DH. Later, it was found more bacterial translocation in blood, both in IL-17R-/- mice with ND or DH. However, the metagenomic analyzes of the 16S gene revealed increased of Proteobacteria and Bacteroidetes phyla, the main representatives of gram-negative bacteria, only in the faeces of IL-17R-/- mice underwent DH. Together, these data indicate that IL-17/IL-17R axis is important in maintaining intestinal homeostasis and the regulation of inflammatory and metabolic alterations associated to T2DM
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Ácidos graxos de cadeia curta, produtos do metabolismo da microbiota intestinal, protegem da lesão renal aguda. / Short chain fatty acid, a metabolism product from gut microbiota, protect from acute kidney injury.Vinicius de Andrade Oliveira 05 December 2014 (has links)
Os ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) são produzidos pela microbiota intestinal e possuem papéis anti-inflamatórios e ação inibitória sobre histona deacetilases. A lesão renal aguda (LRA) é caracterizada por uma inflamação renal que influencia a função do rim. Este projeto avaliou se o tratamento com os AGCC impactaria nos desfechos inflamatórios da LRA em camundongos. Foi observado que o tratamento com AGCC, protege da LRA. Esta melhora foi associada a uma menor inflamação e menor taxa de apoptose. Além disso, o tratamento com acetato diminuiu a atividade de histona deacetilase. Administrando bactérias produtoras de acetato, também foi possível observar uma proteção da LRA, junto de uma menor inflamação sistêmica. Esta proteção do AGCC na LRA foi também observada em modelo de LRA secundária à sepse In vitro, o tratamento com AGCC modularam tanto células imunes como células renais sob estímulos inflamatórios e de hipóxia. AGCC modulam processos inflamatórios no rim via ações epigenéticas ou não, podendo ser uma promissora ferramenta na proteção da LRA. / Short-Chain Fatty Acids (SCFA) are produced by the intestinal microbiota and have anti-inflammatory and histone deacetylases inhibitors properties. Acute kidney injury (AKI) is characterized by renal inflammation that may impair kidney function. This project evaluated whether treatment with SCFA inflammatory impacts the outcomes of AKI in mice. It was observed that treatment with SCFA protected the AKI. This improvement was associated with less inflammation and lower apoptosis rate. In addition, treatment with acetate decreased the activity of histone deacetylase. Giving bacteria producing acetate, was also observed protection from AKI, along with a lower systemic inflammation. This protection of the AGCC in AKI was also observed in sepsis model. In vitro, SCFA treatment modulated both immune cells and renal cells under hypoxia and inflammatory stimuli. SCFA modulate inflammatory processes in the kidney via epigenetic actions or not, may be a promising tool in the protection of the AKI.
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Bactérias degradadoras de lactose e glúten presentes em queijos e iogurtes encontrados no mercado de Manaus: alternativas para a intolerância à lactose e à Doença CelíacaOliveira, Cassiane Minelli de, 92-98112-6166 03 November 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-11-03 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Microorganisms are of fundamental importance for maintaining the equilibrium of living organisms and the chemical elements of our planet. They occur in all nature environments, including in foods. Several researches have shown that microorganisms found in the oral cavity and intestines have the ability to degrade components found in milk (lactose) and in some cereals (gluten). This work had as objectives, to isolate, purify and morphologically characterize cheeses and yoghurt bacteria commercialized in the city of Manaus, Amazonas, as well as to test their crude extracts capable of degrading lactose and gluten, aiming as an alternative to minimize or solve the problem of lactose intolerance and Celiac disease that affect part of the world population. Seventy-five bacteria were isolated from the 10 types of cheese and 10 types of yogurts used for the tests. All 75 bacteria showed high growth in the first 24 hours of evaluation in both culture media tested (gluten or lactose). Of the 75 bacteria tested, 61 presented halo formation of degradation in medium containing gluten. For the Gluten Degradation Index (GDI), of the 61 bacteria evaluated, 22 did not present GID during the test, 30 had GIDs considered low, 9 GIDs were considered medium and none had GID considered high. The carbon source of the culture medium (gluten or lactose) influenced the morphological characteristics of the colonies of the 20 selected bacteria as the best ones. In the Gram staining test, 16 bacteria were Gram Negative and four Gram positive. Of the 13 bacteria used in the genetic characterization, it was possible to identify only four at the species level. Four isolates are of the genus Pseudomonas, four of the genus Bacillus, two of the genus Stenotrophomonas, one of the genus Brevibacillus, one of the genus Achromobacter and one of the genus Burkholderia. In order to evaluate twelve bacteria selected from previous tests, laboratory experiments were performed in a liquid medium containing lactose or gluten as a source of carbon at pH of 2.3 (similar to that of the stomach) and 8.0 (similar to that of the intestines) at temperatures of 37 ° C and 55 ° C. The bacteria BLG01 (Pseudomonas sp.), BLG02 (Bacillus sp.), BLG06 (Pseudomonas sp.), BLG16 (Stenotrophomonas maltophilia), BLG25 (Stenotrophomonas sp.), BLG28), BLG38 (Bacillus sp.), BLG45 (Burkholderia sp.), BLG52 (Brevibacillus parabrevis), BLG56 (Achromobacter sp.) and BLG73 (Bacillus sp.). showed potential to be used as probiotics after future confirmation of non-pathogenicity or as suppliers of enzymes capable of degrading lactose and gluten. All bacteria showed sensitivity to acidity and alkalinity equivalent to those of the human stomach and intestines, indicating that this acidity/alkalinity bipolarity can be a defense mechanism of the human organism against the action of pathogenic or undesirable bacteria. For desirable bacteria to be used as probiotics, they need to be ingested at high concentrations, above 106 células.mL-1. From the 12 bacteria tested, those with the highest potential for use as probiotics, if not pathogenics, are BLG28 (Bacillus sp.), BLG38 (Bacillus sp.), BLG45 (Burkholderia sp.), BLG52 (Brevibacillus parabrevis), BLG56 (Achromobacter sp.) and BLG73 (Bacillus sp.), since they are part of genera with little possibility of pathogenicity and because they present positive growth in the first two hours at pH 2.3, similar to that of the stomach. However, they need to colonize and participate of the intestinal flora, and to help to the lactose and gluten metabolism ingested as food. To evaluate if the carbon source and the growth phase of the bacteria affect the production and quality of proteases capable of degrading gluten, experiments were carried out on the crude extracts of nine bacteria, BLG02, BLG25, BLG28, BLG33, BLG38, BLG45, BLG52, BLG56 and BLG73. The extracts were obtained from culture of these bacteria in two culture media (gluten and lactose as carbon sources) and collected with 6, 12 and 24 hours of incubation. Dilutions of the extracts were also tested for their ability to degrade gluten. All bacteria produced extracts with the ability to break down gluten. The source of carbon (lactose or gluten) has affected the ability of these bacteria to produce extracts capable of degrading gluten. The majority of them produced more proteases when growing in the medium with this proteic complex. The time of collection of bacterial extracts also influenced their ability to degrade gluten, with the 24 hour extracts from most of these bacteria showing the highest degradability when comparing with those produced with 6 and 12 hours. The highest percentage of gluten degradation was 87.3% using the extract obtained with 24 hours of growth of bacterium BLG56 (Achromobacter sp.) grown in culture medium containing gluten. Based on the degradability, collection times of bacterial extracts and culture media, it can be concluded that the nine bacteria present different proteases capable of degrading gluten. This ability to degrade gluten varied with their concentrations in the solution in different ways and this feature may serve as an additional test to differentiate one from the other. More detailed studies, such as the purification of the extracts components of these bacteria, are needed to evaluate each of these proteases individually to choose the best with biotechnological potential. / Os microrganismos são fundamentais para a manutenção do equilíbrio dos organismos vivos e dos elementos químicos do nosso planeta. Eles ocorrem em todos os ambientes da natureza, inclusive em alimentos. Diversas pesquisas têm mostrado que microrganismos encontrados na cavidade bucal e intestinos apresentam habilidade de degradar componentes encontrados no leite e em alguns cereais, podendo degradar a lactose e o glúten. Esse trabalho teve como objetivo, isolar, purificar e caracterizar morfologicamente bactérias de queijos e iogurtes comercializados no município de Manaus, Amazonas, bem como testar seus extratos brutos capazes de degradar lactose e glúten visando uma alternativa para minimizar ou solucionar o problema de intolerância à lactose e doença Celíaca que afetam parte da população mundial. Foram isoladas 75 bactérias dos 10 tipos de queijo e 10 tipos de iogurtes usados para os testes. Todas as 75 bactérias apresentaram elevado crescimento nas primeiras 24 horas de avaliação em ambos os meios de cultura testados (glúten ou lactose). Das 75 bactérias testadas, 61 apresentaram formação de halo de degradação em meio contendo glúten. Pelo Índice de Degradação de Glúten (IDG), das 61 bactérias avaliadas, 30 apresentaram baixos IDG’s, 9 IDG’s médios e nenhuma apresentou IDG alto. O uso do glúten ou lactose nos meios de cultura influenciou as características morfológicas das colônias das 20 bactérias selecionadas como as melhores. Das 13 bactérias usadas na caracterização genética, foi possível identificar somente quatro ao nível de espécie. Quatro isolados são do gênero Pseudomonas sp., quatro do gênero Bacillus sp., duas do gênero Stenotrophomonas sp., uma do gênero Brevibacillus sp., uma do gênero Achromobacter sp. e uma do gênero Burkholderia sp. Foram realizados também, experimentos de laboratório em meio líquido contendo lactose ou glúten como fonte de carbono em pH’s de 2,3 (semelhante ao do estômago) e 8,0 (semelhante ao dos intestinos) nas temperaturas de 37 °C e 55 °C. As bactérias BLG01 (Pseudomonas sp.), BLG02 (Bacillus sp.), BLG06 (Pseudomonas sp.), BLG16 (Stenotrophomonas maltophilia), BLG25 (Stenotrophomonas sp.), BLG28 (Bacillus sp.), BLG33 (Pseudomonas aeruginosa), BLG38 (Bacillus sp.), BLG45 (Burkholderia sp.), BLG52 (Brevibacillus parabrevis), BLG56 (Achromobacter sp.) e BLG73 (Bacillus sp.). mostraram potencial para serem usadas como probióticas, desde que não sejam patogênicas em testes futuros e/ou como supridoras de enzimas capazes de degradarem a lactose e o glúten. Todas mostraram sensibilidade à acidez e à alcalinidade equivalentes às do estômago e às dos intestinos humanos, indicando que essa bipolaridade acidez/alcalinidade pode ser um mecanismo de defesa do organismo humano contra a ação de bactérias patogênicas ou indesejáveis. Para que bactérias desejáveis sejam utilizadas como probióticas, elas precisam ser ingeridas em altas concentrações, acima de 106 células.mL-1. Das doze bactérias testadas, as com maiores potenciais de utilização como probióticas, desde que comprovadamente não sejam patogênicas, são as BLG28 (Bacillus sp.), BLG38 (Bacillus sp.), BLG45 (Burkholderia sp.), BLG52 (Brevibacillus parabrevis), BLG56 (Achromobacter sp.) e BLG73 (Bacillus sp.), por fazerem parte de gêneros com pouca possibilidade de patogenicidade e por apresentarem crescimento positivo nas duas primeiras horas em pH 2,3, semelhante ao do estômago. No entanto, elas precisam colonizar e fazer parte da flora intestinal, além de ajudarem no metabolismo da lactose e do glúten ingeridos como alimentos. Para avaliar se a fonte de carbono e a fase de crescimento das bactérias afeta a produção e qualidade de proteases capazes de degradar o glúten, foram realizados experimentos com os extratos brutos de nove dessas bactérias, BLG02, BLG25, BLG28, BLG33, BLG38, BLG45, BLG52, BLG56 e BLG73. Os extratos foram obtidos do cultivo dessas bactérias em dois meios de cultura (glúten e lactose como fontes de carbono) e coletados com 6, 12 e 24 horas de incubação. Diluições dos extratos também foram testadas quanto às suas capacidades de degradar o glúten. Todas as bactérias produziram extratos com capacidade de degradação do glúten. A fonte de carbono (lactose ou glúten) afetou a capacidade dessas bactérias em produzirem extratos capazes de degradarem o glúten. A maioria delas produziu mais proteases quando crescidas em meio contendo esse complexo proteico. O tempo de coleta dos extratos bacterianos também influenciou nas suas capacidades de degradarem o glúten, com os produzidos com 24 horas de crescimento sendo melhores para a maioria dessas bactérias quando comparados pelos produzidos com 6 e 12 horas. O maior percentual de degradação de glúten foi de 87,3 % usando o extrato obtido com 24 horas de crescimento da bactéria BLG56 (Achromobacter sp.) cultivada em meio de cultura contendo glúten. Com base na capacidade de degradação, nos tempos de coletas dos extratos bacterianos e meios de cultura, pode-se concluir que as nove bactérias apresentam diferentes proteases capazes de degradarem o glúten. Essa capacidade de degradarem o glúten variou com suas concentrações na solução de formas diferentes e essa característica pode servir como um teste a mais para diferenciar uma da outra. São necessários estudos mais detalhados, como o de purificação dos componentes dos extratos dessas bactérias, para avaliar cada uma dessas proteases individualmente, para escolher as de melhores potenciais biotecnológicos.
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Administração oral de probiótico com células viáveis e inativadas em leitões / Administration oral probiotic with viable cells and inactivated in pigletsBusanello, Marli 29 July 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-07-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The objective was to evaluate the use oral probiotic of with viable cells and inactivated ("pool" of Lactobacillus sp. and Lactobacillus plantarum of gastrointestinal origin of pigs), on performance, intestinal microbiota and the immune system of piglets during the stages of lactation and creche. Were used, 108 lactating piglets and for nursery phase 72 piglets weaned at 21 days old, divided into an experimental design of randomized blocks with three treatments and six replicates. The treatments were: Treatment A: 1 ml of MRS broth + 1 ml of sterile saline, treatment B: 1 ml of probiotic (8.60 X 107 CFU/ml of a "pool" of Lactobacillus plantarum and Lactobacillus sp) activated MRS broth + 1 ml of saline, treatment C: 1 ml of probiotic inactivated cells in MRS broth + 1 ml of saline. Treatments were administered orally to piglets in the daily morning, from birth to 35 days of age with 1 ml per animal lactating and 2 ml in the nursery phase. The count of acidoláticas bacteria, and coliforms were not affected (P> 0.05) by treatments and sampling times. There was no effect (P>0.05) of treatments for weight gain and weight gain daily of piglets from birth to 21 days old. From 21 to 35 days of age was observed lower consumption and lower daily feed intake (P<0.05) for the control treatment when compared to the probiotic treatments and greater weight gain and weight daily gain (P<0.05) was observed in probiotic treatment with cells inactivated in relation to probiotic treatment with viable cells and control. There was less concentration (P<0.05) globulin in the treatment with probiotics compared to control. There were no significant differences (P>0.05) for the variables serum protein, albumin, glucose, hemoglobin, leukocytes, hematocrit, red blood cells, eosinophils, sticks, segments, lymphocytes, monocytes, platelets and serum levels of IgA between treatments. It was concluded that oral use of probiotics with viable cells and inactivated did not alter microbial counts, the values of serum protein, albumin, glucose, blood count and IgA and use of probiotics with viable and inactivated cells diminished serum globulin / O objetivo foi avaliar o uso oral de probiótico com células viáveis e inativadas ( pool de Lactobacillus sp. e Lactobacillus plantarum de origem gastrointestinal de suínos), no desempenho, na microbiota intestinal e no sistema imune de leitões durante as fases de aleitamento e creche. Foram utilizados, na fase de aleitamento, 108 leitões e para a fase de creche 72 leitões desmamados aos 21 dias de idade, distribuídos em um delineamento experimental de blocos ao acaso, com três tratamentos e seis repetições. Os tratamentos foram: tratamento A: 1 ml de caldo MRS + 1 ml de solução salina estéril; tratamento B: 1 ml de probiótico (8,60 X 107 UFC/ml de um pool de Lactobacillus sp e Lactobacillus plantarum) ativadas no caldo MRS + 1 ml de solução salina; tratamento C: 1 ml de probiótico contendo células inativadas no caldo MRS + 1 ml de solução salina. Os tratamentos foram administrados via oral aos leitões diariamente no período da manhã, do nascimento aos 35 dias de idade sendo 1 ml por animal na fase de aleitamento e 2 ml na fase de creche. As contagens de bactérias acidoláticas e coliformes não foram influenciadas (P>0,05) pelos tratamentos e tempos de coleta. Não foi observado efeito (P>0,05) dos tratamentos para ganho de peso e ganho diário de peso dos leitões do nascimento aos 21 dias de idade. Dos 21 aos 35 dias de idade observou-se para o tratamento controle menor consumo e menor consumo diário de ração (P<0,05) quando comparado aos tratamentos probióticos e maior ganho de peso e ganho diário de peso (P<0,05) foi observado no tratamento probiótico com células inativadas em relação ao tratamento probiótico com células viáveis e o controle. Observou-se menor concentração (P<0,05) de globulina nos tratamentos com probióticos em relação ao controle. Não foram observadas diferenças significativas (P>0,05) para as variáveis proteínas séricas totais, albumina, glicose, hemoglobina, leucócitos, hematócrito, hemácias, eosinófilos, bastões, segmentados, linfócitos, monócitos, plaquetas e para os níveis séricos de IgA entre os tratamentos. Concluiu-se que o uso oral de probiótico com células viáveis e inativadas não alterou as contagens microbiológicas, os valores das proteínas séricas totais, albumina, glicose, hemograma e IgA e uso de probióticos com células viáveis e inativadas diminuiu os níveis séricos de globulina
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Efeito do Bacillus thuringiensis na dieta (degradabilidade ruminal e digestibilidade aparente) e no desempenho de ovinos / Effect of Bacillus thuringiensis in the diet (ruminal degradability and apparent digestibility) and performance of sheepFernanda Cristina de Campos 28 March 2014 (has links)
Com este estudo, objetivou-se avaliar o efeito de estirpes de Bacillus thuringiensis (Bt) na degradabilidade e digestibilidade da dieta, emissão de gases, microbiota ruminal, parâmetros sanguíneos e desempenho de ovinos. O estudo foi dividido em 2 experimentos: ensaio in vitro de produção de gases para a avaliação de 6 diferentes estirpes de Bt (907, 1192, 2036, 2493, 2496 e S1185) e ensaio in vivo com a estirpe selecionada 2036 para investigação de possíveis interferências na digestão e saúde dos animais. A simulação do ambiente ruminal foi realizada em garrafas de vidro incubadas a 39 oC por 24 h. O delineamento foi o inteiramente casualizado com 7 tratamentos (Sem Bt (controle), Bt 907, Bt 1192, Bt 2036, Bt 2493, Bt 2496 e Bt S1185) com 4 repetições em duplicata. O processo fermentativo foi avaliado pelos resultados de matéria seca degradada (MSD), matéria orgânica degradada (MOD), produção líquida de gases totais, produção líquida de metano e eficiência da conversão de metano. Produtos da fermentação (pH, nitrogênio amoniacal (N-NH3) e ácidos graxos de cadeia curta (AGCC)) e micro-organismos ruminais (Fibrobacter succinogenes, Ruminococcus flavefaciens, fungos anaeróbicos, arqueas metanogênicas e protozoários) também foram estudados. Apenas a estirpe Bt 907 reduziu a MSD e MOD em relação ao controle, com manutenção da população de F. succinogenes, pois as demais estirpes reduziram a população desta bactéria. No ensaio in vivo 20 cordeiros Santa Inês com 3 meses de idade e 18 ± 3,5 kg PV foram utilizados e divididos em 2 grupos: 10 animais tratados com 2,5x106 esporos de Bt 2036 por kg PV/d e 10 animais não tratados (controle). Estes foram alojados em baias individuais em delineamento inteiramente casualizado e receberam dieta composta de feno de capim Tifton-85 (Cynodon spp.) ad libitum e 300 g/animal/d de concentrado, que foi ajustado de acordo com as exigências de crescimento. O período experimental in vivo teve duração de 63 dias, dos quais 53 compreendeu o teste de desempenho dos animais, com aferição do consumo 3 vezes na semana e pesagem quinzenal, e os 10 dias subsequentes destinou-se aos ensaios de digestibilidade aparente, balanço de nitrogênio, síntese de proteína microbiana e emissão de metano entérico. Durante todo o experimento, coletas se sangue foram realizadas quinzenalmente a fim de avaliar os parâmetros hematológicos (hemácias, hemoglobina, hematócrito e leucócitos) e bioquímicos (glicose, proteínas totais, albumina, aspartato aminotransferase, ureia e creatinina) dos animais para o diagnóstico de possível intoxicação. Características da fermentação ruminal também foram investigadas em 3 momentos (início, meio e fim do experimento) sobre as variáveis pH, N-NH3, AGCC, abundância relativa das espécies F. succinogenes, R. flavefaciens, populações de arqueas metanogênicas, fungos anaeróbicos e contagem de protozoários, por meio de coletas de líquido ruminal. Não houve influência da estirpe sobre as variáveis estudadas. Conclui-se que na avaliação in vitro apenas a estirpe Bt 907 reduziu a MSD e MOD com manutenção da população F. succinogenes e no experimento in vivo a inclusão de esporos de Bt 2036 na dieta não afetou de forma negativa o desempenho e nem a saúde dos ovinos / The objective of present study was to evaluate the effect of Bacillus thuringiensis (Bt) strains on degradability and digestibility of the diet, gas production, ruminal fermentation, blood parameters and performance in sheep. The study was divided into 2 experiments: in vitro gas production to evaluate six different Bt strains (907, 1192, 2036, 2493, 2496 and S1185) and in vivo assay with the selected strain (Bt 2036) to investigate possible interference in digestion and health of animals. The rumen simulation was performed in glass bottles incubated at 39 °C for 24 h. A completely randomized design with 7 treatments (No Bt (control), Bt 907, Bt 1192, Bt 2036, Bt 2493, Bt 2496 and Bt S1185) was used, with 4 replications in duplicate. The fermentation process was evaluated using dry matter degradability (DMD), organic matter degradability (OMD), net gas production, methane output and conversion efficiency. Fermentation products (pH, ammonia nitrogen (N-NH3), short chain fatty acids (SCFA)) and ruminal microorganisms (Fibrobacter succinogenes, Ruminococcus flavefaciens, anaerobic fungi, methanogenic archaea and protozoa) were also studied. Only strain Bt 907 reduced DMD and OMD in relation to the control and F. succinogenes populations were maintained, whereas other strains of this bacterium population were reduced. An in vivo assay using 20 Santa Ines lambs at 3 months of age and 18 ± 3.5 kg BW was carried out. These animals were divided into 2 groups: 10 animals treated with 2.5x106 spores of Bt 2036 per kg BW/d and 10 untreated animals (control). These were housed in individual pens in a completely randomized design and were fed a diet of Tifton-85 (Cynodon spp.) hay ad libitum and 300 g/animal/d of concentrate, which was adjusted according to animal growth. The in vivo experimental period lasted 63 days, of which 53 included the performance test of the animals, with measurement of feed consumption three times a week and fortnightly weighing. The final 10 days was devoted to tests of digestibility, nitrogen balance, microbial protein synthesis and enteric methane emission. Throughout the experiment, blood was collected fortnightly to assess hematological parameters (erythrocytes, hemoglobin, packed cell volume and leukocytes) and biochemical profiles such as (Glucose, total protein, albumin, aspartate aminotransferase, urea and creatinine) for the diagnosis of possible intoxication. Ruminal fermentation characteristics were investigated at three times (Initial, middle and end of the experiment) using pH, N-NH3, SCFA, microorganism population size (such as F. succinogenes, R. flavefaciens, methanogenic archaea, anaerobic fungi and protozoa) through ruminal fluid collections. There was no influence of Bt 2036 on ruminal fermentation characteristics. It is concluded that, for the in vitro evaluation, only strain Bt 907 reduced DMD and OMD, with F. succinogenes population being maintained and for the in vivo studies, the inclusion of Bt 2036 spores in the diet did not negatively affect health and performance of lambs
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A influência da antibioticoterapia na microbiota fecal de crianças em idade escolar. / The influence of antibiotic theray in fecal microbiota of schoolchildren.Miriam Rodriguez Fernandes 12 May 2015 (has links)
De todas as influências exógenas que possam alterar a microbiota intestinal, os antimicrobianos são capazes de causar as mais rápidas e drásticas mudanças. O impacto da exposição aos antimicrobianos na microbiota intestinal causa diminuição no número de microrganismos ou mesmo supressão, dependendo do antimicrobiano utilizado, da dose e do tempo de exposição. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar de forma comparativa alguns microrganismos que compõem a microbiota fecal de crianças com e sem antibioticoterapia em idade escolar; bem como avaliar a susceptibilidade aos antimicrobianos e os genes de resistência envolvidos. Foram coletadas amostras fecais não diarreicas de 30 crianças sem antibiótico (controle) e 31 de crianças com antibioticoterapia. Na análise quantitativa foi observada redução no número de cópias por g/fezes de: Bifidobacterium spp., B. fragilis, C. perfringens, E. coli, M. smithii e do filo Firmicutes nas amostras das crianças com antibióticos em relação ao grupo controle, exceto para Lactobacillus spp. e P. distasonis que apresentaram quantificação maior no grupo antibióticos quando comparados com o controle. E. coli foi isolada em 26 (86,7%) crianças controles e em 23 (74,2%) tratadas com antibióticos. A resistência foi verificada para diversas drogas no grupo controle exceto para ciprofloxacina, meropenem e tigeciclina; entretanto o grupo com antibioticoterapia apresentou elevada resistência para todas as drogas avaliadas, caracterizando os isolados desse estudo como MDR. Todos os isolados do grupo controle e antibióticos albergaram diversos genes de resistência, entretanto o gene blaKPC foi o único não detectado nos isolados do grupo controle. Desta forma, nossos dados demonstram que a antibioticoteria causa alterações qualitativas e quantitativas na microbiota intestinal; além disso, a elevada resistência as diversas classes de antimicrobianos das cepas de E. coli, bem como a presença de diversos genes de resistência ressalta a importância de cepas comensais serem MDR e albergarem esses genes. / Of all the exogenous influences that may alter the intestinal microbiota, antimicrobial agents are able to cause the more rapid and dramatic changes. The impact of exposure to antimicrobial agents on intestinal microbiota causes a decrease in the number of certain genera and species, depending on the antimicrobial agent used, dose and duration of exposure. Thus, the aim of this study was to analyze comparatively some microorganisms that composing the fecal microbiota of children with and without antibiotic therapy in school age; and evaluates the antimicrobial susceptibility and resistance genes involved. Stool samples (not diarrhea) were collected of 30 children without antibiotic (control) and 31 children with antibiotic therapy. In quantitative analysis was observed decrease in the number of copies per g/feces: Bifidobacterium spp., B. fragilis, C. perfringens, E. coli, M. smithii and the phylum Firmicutes in samples of children with antibiotic therapy in relation to control group, except Lactobacillus spp. and P. distasonis that showed a higher quantification in the antibiotics group when compared with control group. E. coli was isolated in 26 (86.7 %) children controls and in 23 (74.2 %) children treated with antibiotics. The resistance was verified for several drugs in the control group except for ciprofloxacin, meropenem and tigecycline; however the group with antibiotic therapy showed high resistance to all drugs evaluated, characterizing isolates of this study as MDR. All isolates from control group and antibiotics harbored several resistance genes, however blaKPC gene was the only one not detected in isolates from the control group. Thus, our data demonstrate that the antibiotic therapy cause qualitative or quantitative changes in intestinal microbiota leading to a decrease in the diversity and the elimination of microorganisms; in addition, the high resistance the various classes of antimicrobial of the strains of E. coli, as well as the presence of several genes of resistance highlights the importance of commensal strains are MDR and harboring these genes.
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Detecção de patógenos periodontais em pacientes com doença renal crônicaBastos, Jessica do Amaral 03 August 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-08-03 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Periodontite crônica (PC) é uma doença inflamatória causada por bactérias Gram
negativas que causam destruição dos tecidos de suporte do dente e tem sido
considerada fator de risco não tradicional para a doença renal crônica (DRC). No
presente estudo, realizado em portadores de PC, a frequência dos principais
patógenos periodontais identificados em pacientes com DRC foi comparada com os
detectados em indivíduos sem doença sistêmica. Foram avaliados 19 indivíduos com
PC e sem evidências de doença sistêmica (grupo controle), 25 pacientes com PC e
com DRC em estágio pré-dialítico (grupo pré-diálise) e 22 pacientes com PC e DRC
em terapia renal substitutiva (grupo TRS). A gravidade da PC baseou-se na
profundidade de sondagem (PS) e no nível de inserção clínica (NIC). O
estadiamento da DRC baseou-se nos critérios do Kidney Disease Outcome Quality
Initiative. A filtração glomerular (FG) foi estimada pela equação do Modified Diet in
Renal Disease e a identificação dos microrganismos na placa subgengival foi
realizada pela técnica de reação em cadeia da polimerase. Entre os microrganismos
identificados, a C. albicans e P. gingivalis foram mais frequentes, respectivamente,
nos pacientes em TRS (72,7% e 100%) e pré-diálise (52% e 94,7%) do que nos
pacientes sem doença sistêmica (26,3% e 72,2% ), p< 0,05. Nos pacientes com PC
e DRC, tanto nos estágios pré-dialíticos quanto em TRS, a presença de P.gingivalis,
T.denticola e C. albicans se associou com níveis mais elevados de NIC
comparativamente aos indivíduos sem doenças sistêmicas. Também observou-se
maior gravidade da PC nos pacientes com DRC tanto nos estágios pré-dialíticos
quando sujeito a tratamento dialítico. Nos pacientes com DRC, a PC é mais grave e
se associa com maior frequência de C. albicans e P.gingivalis. / Chronic periodontitis (CP) is a destructive inflammatory disease of the supporting
tissues of the teeth caused by Gram-negative bacterias and has been considered as
a non traditional risk factor for chronic kidney disease (CKD). In this study, done in
patients with CP, the frequency of the main periodontal pathogens were compared in
patients with CKD and health individuals. Material and Methods: Ninetheen with no
evidence of systemic disease (control group) with CP, 25 patients with CP and CKD
not yet on dialysis (pre-dialysis group), and 22 patients with CP and CKD on dialysis
(RRT group) were studied. The severity of the CP was based on probing pocket
depth (PPD) and clinical attachment level (CAL). CKD was defined and staged as
recommended by Kidney Disease Outcome and Quality Initiative. The glomerular
filtration rate was estimated with the equation of Modified Diet in Renal Disease. The
polymerase chain reaction was used in the identification of oral microrganisms.
Candida albicans and Porphyromonas gingivalis were more frequently identified in
patients with CP and CKD in RRT (72,7% and 100%) and in the pre-dialysis stages
(52% and 94,7%) than in health individuals (26,3% and 72,2%) (p <0,05). In
patients with elevated CP and CKD, in the pre-dialysis and RRT groups, the
presence of P.gingivalis, T.denticola e C. albicans was associated with elevated
index of CAL measurements comparing to the individuals without no evidence of
systemic disease. It was also observed that the CP was more severe in the CKD patients than in the health controls. In patients with CKD, the CP is more severe and is due more frequently to Candida albicans and Porphyromonas gingivalis.
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Alterações nos atributos microbiológicos do solo e nos estoques de carbono decorrentes do cultivo de eucalipto no Bioma Pampa / Change in soil microbiological attributes and carbon stocks due to eucalyptus cultivation in the Pampa BiomeMoraes, Júlia Rodegheiro de 31 August 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-08-31 / In southerm Rio Grande do Sul State, Brazil, cultivation of eucalyptus forests have been growed in the last few years, raising questions about possible impacts on local biome, characterized by herbaceous and shrub vegetation. This study aimed to evaluate soil microbial and carbon stocks changes due to eucalyptus cultivation in Pampa Biome. The evaluated soils were: Udalfs and Typic Udorthents derived from igneous plutonic rocks (granites), Lithic Udorthents derived from metamorphic rocks (schists and quartzites), and Udolls/Uderts derived from sedimentary rocks (shales and siltstones). Vegetation covers were homogeneous Eucaliptus saligna (7 years old) and native grassland. In each area three soil pits were opened with no less than 50cm deep. Pedogenetic horizons were identified and soil morphology was described. Disturbed and non disturbed soil samples were collected, the A horizon in 5cm intervals. Chemical attributes (exchangeable cations, potential acidity, water and SMP pH, total organic carbon and nitrogen) and physical attributes (particle size and coarse fractions) were determined for classification purposes. Soil bulk density was determined for soil profile carbon stocks calculation. In the 0-5, 5-10 and 10-15cm A horizon layers, the organic matter granulometric fractionation was performed for quantification of carbon and nitrogen in labile (POC and PN) and mineral associated (MOC and MN) fractions, as well as carbon management index (CMI). In the 0-5 and 5-10cm layers soil microbial biomass, microbial C (Cmic) and microbial N (Nmic), soil basal respiration, metabolic coefficient, and Cmic/TOC, Nmic/TN, Cmic/Nmic rates were determined. Compared to the native grassland, the seven years cultivation of eucalyptus did not modify soil carbon stocks of the profiles. Carbon stocks decrease in order Udolls/Uderts > Lithic Udorthents > Udalfs = Typic Udorthents. Labile fraction stocks (POC and PN) of the Udolls/Uderts were increased in the 0-5 and 5-10cm layers. Mineral associated fractions (MOC and MN) remained unaltered in all soils. TOC and TN distribution in the labile (POC/TOC and PN/TN) and stable (MON/TOC and MN/TN) fractions were modified only in the 5-10cm layer of the Udolls/Uderts. Carbon management indexes, except in Lithic Udorthents, indicate that eucalyptus cultivation did not decrease the organic matter quality and stocks in the soils. Soil microbial activity and biomass were not altered in comparison to the native grassland, with the exception of microbial carbon in the 5-10cm layer of the Typic Udorthents. / Na região sul do Estado do Rio Grande do Sul o plantio de eucalipto tem se intensificado nos últimos anos, levantando questões sobre os possíveis impactos que essa atividade possa causar sobre o bioma local, caracterizado por predomínio de vegetação herbácea e arbustiva. O presente trabalho teve por objetivo avaliar as alterações nos atributos microbiológicos e nos estoques de carbono do solo pela introdução do cultivo de eucalipto no Bioma Pampa. Os solos avaliados foram: Argissolo Amarelo e Neossolo Regolítico, desenvolvidos de rochas ígneas plutônicas (granitos), Neossolo Litólico, desenvolvido de rochas metamórficas (xistos e quartzitos), e Chernossolo-Vertissolo Ebânico, desenvolvido de rochas sedimentares (siltitos). As coberturas vegetais selecionadas foram: área de cultivo homogêneo de Eucaliptus saligna (7 anos) e área de campo nativo. Em cada solo e tipo de cobertura foram abertas três trincheiras até a profundidade mínima de 50 cm. Os horizontes pedogenéticos foram identificados e descritos morfologicamente, coletando-se amostras deformadas e indeformadas, sendo o horizonte A estratificado de 5 em 5 cm. Em todos os horizontes e camadas avaliaram-se os atributos químicos (cátions trocáveis, acidez potencial, P disponível, pH em água e em SMP, C orgânico e N total) e físicos (granulometria e frações da amostra total) para fins de classificação e a densidade do solo para o cálculo dos estoques de carbono no perfil. Nas profundidades de 0-5, 5-10 e 10-15 cm do horizonte A realizou-se o fracionamento físico granulométrico da matéria orgânica, quantificando-se teores, estoques e distribuição de carbono e nitrogênio total nas frações lábil (COP e NP) e associada aos minerais (CAM e NAM) e o índice de manejo de carbono (IMC). Nas profundidades de 0-5 e 5-10cm, avaliou-se biomassa microbiana do solo, C microbiano (Cmic) e N microbiano (Nmic), respiração basal do solo, coeficiente metabólico, relações Cmic/COT, Nmic/NT, Cmic/Nmic. Em comparação ao campo nativo, o cultivo do eucalipto no bioma Pampa, após sete anos, não alterou os estoques totais de carbono (COT) no perfil dos solos avaliados. O COT na camada de 0-50cm decresceu na seqüência Chernossolo/Vertissolo > Neossolo Litólico > Argissolo Amarelo = Neossolo Regolítico. O estoque da fração lábil (COP e NP) do Chernossolo-Vertissolo Ebânico foi aumentado nas camadas de 0-5 e 5-10cm. A fração associada aos minerais (CAM e NAM) manteve-se inalterada em todos os solos. A distribuição do COT e NT nas frações lábil (COP/COT e NP/NT) e na fração estável (CAM/COT e NAM/NT) somente foi modificada na camada 5-10 cm do Chernossolo-Vertissolo Ebânico. Os índices de manejo de carbono, à exceção do Neossolo Regolítico, indicam que o sistema do cultivo de eucalipto não reduziu os estoques de matéria orgânica e a qualidade desses solos. A atividade e a biomassa microbiana do solo não se mostraram alterada em comparação ao campo nativo, com exceção do carbono microbiano na camada de 5-10 cm do Neossolo Regolítico.
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