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Papel da neopterina sobre a ativação do complexo inflamassoma no sistema nervosoMartins, Roberta de Paula January 2016 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-graduação em Bioquímica, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2016-09-20T04:51:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2016 / A inflamação é um processo essencial à proteção do organismo,entretanto, pode tornar-se prejudicial quando persistente. Neste contexto, vários estudos têm sugerido a ativação do inflamassoma,complexo que processa as citocinas pró-inflamatórias pró-IL-1ß e pró-IL-18 em suas formas maduras, como um evento determinante na patogênese de condições inflamatórias. Evidências têm demonstrado quea produção de espécies reativas de oxigênio (ERO) deve induzir a ativação do inflamassoma NLRP3. A neopterina, uma pteridinaendógena, é considerada um biomarcador precoce e sensível de ativação do sistema imune. Concentrações elevadas de neopterina podem ser encontradas nos fluidos biológicos de pacientes com doenças neurológicas/neurodegenerativas. Entretanto, as concentrações da neopterina no líquido cefalorraquidiano parecem não corresponder diretamente com as concentrações observadas no plasma, sugerindo que a pteridina tenha uma produção no sistema nervoso central (SNC) de maneira independente da periferia. Apesar de elevadas concentrações de neopterina terem sido associadas a estresse oxidativo e inflamação durante décadas, seu papel nestas condições ainda não está elucidado.Assim, investigou-se a produção de neopterina no SNC e seus efeitossobre a ativação do inflamassoma em condições inflamatórias.Inicialmente, investigou-se se os astrócitos contribuem para a síntese de neopterina e qual o efeito da neopterina exógena em condições de mitotoxicidade induzida por azida sódica. Observou-se que astrócitoscorticais produzem e secretam neopterina para o meio extracelular em condições de mitotoxicidade. Além disso, neopterina (50 nM) inibiu a produção de ERO e aumentou o conteúdo de heme-oxigenase-1 induzido pela mitotoxina. A fim de avaliar a produção central de neopterina, induziu-se a inflamação aguda através da administração intraperitoneal de lipopolissacarídeo bacteriano (LPS; 0,33 mg/kg) emcamundongos suíços adultos. Foi observado que o LPS aumentou rapidamente a produção de neopterina no hipocampo e a secreção damesma no soro, fenômenos que aconteceram em paralelo à ativação do inflamassoma. Com o objetivo de melhor compreender as consequências da produção de neopterina no SNC, avaliou-se também o papel do précondicionamento com neopterina na ativação do inflamassoma induzida por LPS em cultura primária de células nervosas humanas. Observou-seque o pré-condicionamento com neopterina reduziu a ativação do inflamassoma em astrócitos humanos, além de inibir a expressão gênica de pró-caspase-1 em neurônios. Ainda, a neopterina aumentou as ecreção astrocitária das citocinas anti-inflamatórias IL-10 e IL-1Ra. Considerando que além de biomarcador da ativação do sistema imune, a neopterina deve exercer funções neuro protetoras em condições inflamatórias no SNC, analisou-se a secreção de neopterina e mediadores inflamatórios no soro de pacientes diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Observou-se concentrações elevadas de neopterina e das citocinas anti-inflamatórias IL-10 e IL-1Ra em pacientes diagnosticados com TEA, porém as citocinas próinflamatórias IL-1ß, TNF-a e IL-6 não aumentaram significativamente.Em conclusão, a produção de neopterina anterior ou em paralelo à estímulos inflamatórios no SNC pode exercer funções neuroprotetoras, favorecendo a resistência ao estresse oxidativo e inibindo a ativação do inflamassoma, provavelmente devido a ativação da via Nrf2/OH-1.<br> / Abstract: Inflammation is an essential process for host defense; however, it canbecome harmful when sustained. Several studies have suggested that inflammasome activation, a protein complex responsible for thematuration of pro-inflammatory cytokines, pro-IL-1ß and pro-IL-18, is akey event in the pathogenesis of inflammatory diseases. It has been demonstrated that reactive oxygen species (ROS) production maytrigger NLRP3 inflammasome activation. Neopterin, an endogenouspteridin, is considered an early and sensitive biomarker of immunesystem activation. Elevated neopterin levels can be found in thebiological fluids of patients affected by neurological/neuro degenerative diseases. The origin of the metabolite in the brain is still not completed defined, but there is some evidence suggesting that neopterin synthesisin the central nervous system (CNS) is independently of the periphery. Although elevated neopterin levels have been associated with oxidativestress and inflammation for decades, the role of the pteridine in these conditions remains also unclear. Initially, it was investigated whetherastrocytes could contribute to neopterin synthesis and the effects ofexogenous neopterin on azide-induced mitotoxicity. It was observed that rat cortical astrocytes produced and released neopterin under mitochondrial stress. In addition, extracellular neopterin (50 nM)inhibited ROS production and increased heme-oxygenase-1 (HO-1)content. Thus, we investigated neopterin production in the CNS under lipopolysaccharide (LPS)-induced inflammatory conditions. A singleLPS (0.33 mg/kg; intraperitoneal) injection in adult Swiss mice elicitedan early hippocampal and serum increase of neopterin levels, phenomenon that occurred in parallel with inflammasome activation. Aiming to better understand the role of neopterin under inflammatoryconditions in the CNS, we evaluated the effect of pre-conditioninghuman primary nerve cells on LPS-induced inflammasome activation.Neopterin pre-conditioning inhibited the inflammasome activation inastrocytes and neurons. Moreover, neopterin conditioning increased theastrocytic release of anti-inflammatory cytokines IL-10 and IL-1Ra.Finally, considering that neopterin showed the above mentionedcytoprotective effects and that it is a clinical biomarker for inflammation, we then analyzed the levels of neopterin and cytokines inthe serum of patients affected by Autism Spectrum Disorders (ASD),which physiopathology is still virtually known. Higher neopterin andanti-inflammatory IL-10 and IL-1Ra levels were observed in ASDpatients, while IL-1ß, TNF-a and IL-6 did not change. In conclusion,neopterin may exert neuroprotective functions when produced before orin parallel with the inflammatory stimulus in the CNS by favoring oxidative stress resistance and inhibiting inflammasome activation,probably by activating the Nrf2/HO-1 cytoprotective pathway.
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Associação entre os níveis séricos de neopterina e a doença de ParkinsonFreitas, Fernando Cini January 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2012-10-26T10:59:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1
304287.pdf: 959894 bytes, checksum: a43a4182dfa98b95ba4a1a1452952146 (MD5) / Justificativa: Evidências apontam para o envolvimento do sistema imune e neuroinflamação na gênese e progressão da doença de Parkinson. Neste trabalho investigamos a associação entre níveis séricos de neopterina, um marcador de ativação inflamatória, e a doença de Parkinson. Objetivos: Determinar a existência de alterações nos níveis séricos de neopterina em pacientes com doença de Parkinson e sua associação com a gravidade dos sintomas motores e não motores. Desenho do Estudo: Estudo transversal de associação, transversal. Método: Foram incluídos 51 pacientes consecutivos, em diferentes estágios da doença de Parkinson, atendidos no ambulatório de distúrbios do movimento do HGCR e comparados com 38 controles. Foi avaliada a associação independente entre os escores de sintomas neurológicos motores avaliados através da escala UPDRS - parte III, sintomas cognitivos avaliados através das escalas MEEM e MOCA e os níveis séricos de neopterina. Todos os pacientes estavam em seu melhor estado clínico-farmacológico "ON". Resultados: nível plasmático médio de neopterina foi significativamente (p < 0.0001) mais elevando nos pacientes com doença de Parkinson (mínimo 0,3 e máximo 26,3 nmol/L - média 10,5 ± 1,0 nmol/L) em comparação ao grupo controle (mínimo 0,90 nmol/L e máximo 7,2 nmol/L - média 2,6 ± 1,41 nmol/L). Além disso, 26 dos 51 pacientes (50,9% dos casos) apresentaram níveis séricos de neopterina superiores a 10nmol/L. A análise por regressão linear múltipla observou-se ainda uma associação positiva entre a escala UPDRS-III e a idade (p = 0,01) e a duração da doença (p = 0,01). Houve também uma tendência significativa para uma correlação entre os níveis séricos de neopterina e a escala MEEM (Coeficiente B = 0,49; p = 0,05). Conclusão: Pacientes com doença de Parkinson apresentam níveis séricos de neopterina significativamente elevados e estes estiveram inversamente correlacionados à maior gravidade dos sintomas motores e não motores da doença. Os achados sugerem que a neopterina possa ser um potencial biomarcador para a doença de Parkinson. / Racional: Recent reviews suggest a participation of immune system and neuroinflamation in the genesis and progression of Parkinson's disease. In this study we investigate the association of blood levels if neopterina, an immune activation marker, and Parkinson's disease. Objectives: To determine the presence of alteration of blood levels of neopterina in patient with Parkinson's disease and association with motor and non motor symptoms severity. Study Design: Association transversal study. Method: It was including 51 consecutive patients, in different stage of the disease, evaluated in Hospital Governador Celso Ramos Outpatients Movement Disorders and they were compared to 38 controls. There was evaluated the independent association between motor feature, evaluated through UPDRS - part III, cognitive feature, evaluated through MMS and MoCA, and blood levels of neopterina. All patients were on best ON state. Results: The mean plasmatic level of neopterin was significantly more elevated in the patients with Parkinson's disease (min 0,3 e max 26,3 nmol/L - mean 10,5 ± 1,0 nmol/L) in comparison to the control group (min 0,90 nmol/L and max 7,2 nmol/L - mean 2,6 ± 1,41 nmol/L). 26 of 51 patients (50,9% of the cases) showed blood levels of neopterina higher than 10nmol/L. The analyze through multiple linear regression showed positive association among UPDRS-III and age (p=0,01) and duration of disease (p=0,01). There also were significative tendency to correlation between blood levels neopterina and MMS scale (Coefficient B = 0,49, p 0,05). Conclusion: Patients with Parkinson's Disease showed significantly higher levels of neopterina and there were invert correlation with severity of motor and non motor feature. This finding suggests that neopterina can be a potential biomarker to Parkinson's disease.
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Níveis plasmáticos de neopterina e IL-10 como marcadores de depressão e alteração de personalidade associados ao traumatismo cranioencefálico graveSoares, Flávia Mahatma Schneider January 2015 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2015-09-15T04:06:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1
334249.pdf: 3191468 bytes, checksum: 82ecf354fa198d692a14a0e3f817dc00 (MD5)
Previous issue date: 2015 / Justificativa: Traumatismo cranioencefálico é um grave problema de saúde pública, devido sua alta incidência, mortalidade e morbidade. No Brasil, cerca de 341 casos por 100.000 habitantes são registrados anualmente. Aproximadamente 50% dos sobreviventes de TCE grave apresentam sequelas de longo prazo e o aumento do risco da depressão é bem estabelecido, podendo estar relacionado com o processo inflamatório no sistema nervoso central (SNC). Objetivos: Identificar a associação dos níveis de marcadores inflamatórios (NPT e IL-10) com a incidência de depressão e alteração de personalidade após TCE grave. Resultados: Indivíduos do sexo masculino constituíam 78,4% da amostra e a idade média das vítimas de TCE grave foi de 31 anos. Dentre as variáveis sócio-demográficas, psiquiátricas e de hospitalização analisadas, apenas níveis séricos elevados de IL-10 (p=0,03) e a razão entre citocinas pró e anti-inflamatórias (TNF-a/IL-10, p=0,01) estiveram independentemente associados ao aparecimento da depressão pós TCE.
A incidência de alteração de personalidade foi de 24,3%. Não houve associação dos níveis séricos de neopterina (TCE agudo) com a gravidade do TCE, tempo de coleta ou com a taxa de mortalidade (p=0,82). Conclusões e implicações: Nossos resultados sugerem que o aumento sérico dos níveis de IL-10 podem ser usados como um biomarcador de mau prognóstico em pacientes vítimas de TCE grave tanto na fase aguda (mortalidade hospitalar) como na fase crônica (depressão) do TCE. Os mecanismos envolvidos nas associações observadas continuam desconhecidos e precisam ser investigados em mais estudos.<br> / Abstract : Justification: traumatic brain injury (TBI) is a serious public health problem due to its high incidence, mortality and morbitidy. In Brazil, the annual incidence of traumatic brain injury (TBI) is approximately 341 cases per 100,000 inhabitants. Approximately 50% of severe TBI survivors have long-term sequelae that impair their functionality and social reintegration. The cause of the incresead risk of depression after TBI is unclear but may be inflammatory-related with incresead brain sensitivity to secondary inflammatory challenges.
Objectives: Identify the association of levels of inflammatory markers (NPT and IL-10) with the incidence of depression and personality
disorders after severe TBI. Results: The sample was comprised primarily for male gender (78,4%) and the mean age of the victims was 31 years old. Among all the socio demographics, psychiatric and hospitalization variables, only the serum levels of IL-10 (p = 0.03) and the ratio between pro- and antiinflammatory cytokines (TNF-a / IL-10, p = 0.01) were independently associated with depression after TBI. The incidence of personality change was 24.3%. There was no association of serum neopterin (acute TBI) with the severity of TBI, time of collection of blood samples or the mortality rate (p = 0.82). Conclusions: our results suggests that enhanced levels o IL-10 are a biomarker of worse prognosis of severe TBI patients evaluated in the acute (hospital mortality) and chronic (depression) phases of TBI. The mechanism involved in the observed associations remain to be investigated.
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A produção de neopterina no sistema nervoso central e seus efeitos citoprotetor e pontencializador cognitivoOliveira, Karina Ghisoni de 19 October 2016 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Neurociências, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2016-10-19T13:08:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1
339053.pdf: 5559976 bytes, checksum: 5ca8a2f44ed459e6a56c79a18280a177 (MD5) / O declínio de funções cognitivas básicas, como o aprendizado e a memória, é uma condição associada com o processo natural de envelhecimento e com diferentes patologias neurológicas e neurodegenerativas. Embora algumas estratégias farmacológicas têm sido aplicadas para prevenir e/ou atenuar os déficits observados nessa condição a descoberta de novas ferramentas nootrópicas é alvo da indústria farmacêutica. A neopterina, um metabólito secundário da via de síntese de novo da tetrahidrobiopterina, é encontrada em concentrações aumentadas em fluidos biológicos de indivíduos afetados por patologias que apresentam ativação do sistema imune, porém o seu efeito é pouco explorado. A grande maioria dos estudos disponíveis na literatura a descrevem como um composto inerte, e uma pequena parcela associa tratamentos in vitro dessa pterina com efeitos relacionados a estresse eletrofílico, porém a sua função no sistema nervoso central não é conhecida. Considerando que estresse eletrofílico pode ativar vias de proteção celular, o presente trabalho investigou o possível efeito da neopterina como um potencializador cognitivo. Para isto, o efeito da administração intracerebroventricular (i.c.v.) de neopterina foi estudado sobre parâmetros comportamentais e relacionados ao estresse oxidativo e inflamação, no cérebro de diversas cepas de roedores (camundongos Suíços de 60 dias de vida; nocautes para a citocina IL-10 (IL-10(-/-)) de17 meses de vida; camundongos VGV de 60 dias de vida, camundongos C57BL/6 de 60 dias de vida; e ratos Wistar de 60 dias de vida. Ainda, a síntese e o efeito in vitro da neopterina foram também investigados em sistemas experimentais (culturas primárias de células nervosas humanas, células gliais C6 e cultura primária de astrócitos estriatais e hipocampais de ratos) onde foi gerado estresse eletrofílico pela adição do oxidante peróxido de hidrogênio ou do inibidor da cadeia respiratória, azida sódica; ou ainda indução de inflamação por agentes pro-inflamatórios. Os resultados demonstraram que a administração i.c.v. de neopterina (0,4 ou 4 pmol) facilitou a aquisição e consolidação da memória sem modificar a atividade locomotora espontânea em camundongos Suíços, IL-10(-/-) e ratos Wistar. Por outro lado, este mesmo tratamento conseguiu prevenir as deficiências na locomoção induzidas pelo lipopolissacarídeo bacteriano (LPS; 0,33 mg/kg; intraperitoneal) em animais IL-10(-/-). Em concordância com os resultados comportamentais relacionados a memória, a administração i.c.v. de neopterina diminuiu o limiar para a potenciação de longo prazoem fatias hipocampais de ratos Wistar. Adicionalmente, a administração i.c.v. de neopterina aumentou a resistência ao estresse oxidativo tecidual, por aumentar as concentrações de glutationa, tióis livres e atividade de enzimas antioxidantes e por diminuir a peroxidação lipídica em camundongos Suíços. A neopterina também demonstrou atividade anti-inflamatória por prevenir o aumento das concentrações de IL-6 induzida pela administração de LPS em animais IL-10(-/-). In vitro, foi observado que o bloqueio da função mitocondrial em fatias hipocampais de camundongos Suíços resulta em liberação extracelular de neopterina. Em culturas primárias de células humanas neurais (astrócitos, neurônios e microglia) a produção e liberação de neopterina para o meio extracelular foi induzida por fatores inflamatórios como interferon-? e LPS. Em concordância com os resultados encontrados in vivo, o prétratamento com neopterina em sistemas in vitro preveniu o estresse oxidativo induzido por peróxido de hidrogênio e azida. Além disso, a incubação com neopterina promoveu um aumento da marcação para o fator nuclear eritróide 2 relacionado ao fator 2 (Nrf2) e o conteúdo da
enzima hemeoxigenase-1. Finalmente, a captação de glutamato e cálcio foram analisadas como forma de melhor entender o efeito da neopterina sobre a LTP, onde foi observado a que neopterina aumentou a captação de glutamato tanto em fatias hipocampais quanto em células C6, além de aumentar a mobilização de cálcio intracelular em astrócitos hipocampais de ratos Wistar. Em conjunto estes resultados sugerem que a neopterina apresenta um efeito potencializador da cognição, facilitando a aquisição da memória e tem ação citoprotetora via ativação de Nrf2.<br> / Abstract : The impairment of basic cognitive functions, such as learning and memory, is a condition associated with both the natural process of aging and several neurological and neurodegenerative disorders. Even though some therapeutic strategies have been applied to cognitive impairments prevention or attenuation in these conditions, the discovery of new nootropic tools is a target of the pharmaceutical industry. Neopterin, a secundary metabolite of the tetrahydrobiopterin de novo biosynthetic pathway, is found at increased levels in biological fluids from patients of pathologies with immune system activation; however, its role on the central nervous system is virtually unknown. Most of the studies available on the literature have described neopterin as an inert compound, and some of them associated the in vitro exposure to the pterin with eletrophilic stress-related effects. Taking into consideration
that eletrophilic stress can activate cellular protective pathways, the present work investigated the potential effect of neopterin as a cognitive potentiator. Thus, the effect of neopterin intracerebroventricular (i.c.v.) administration was investigated on behavior and parameters related to oxidative stress and inflammation in the brain from several rodent strains (60 day old Swiss and C57BL/6 mice; 17 month old IL-10 cytokine knockout (IL-10(-/-)); and 60 day old Wistar rats). In addition, neopterin synthesis and in vitro effects were investigated in experimental systems (human primary nervous cell cultures, C6 glial cell line and rat primary hippocampal and striatal astrocytes culture) in which eletrophilic stress was induced by the addition of the oxidant hydrogen peroxide or the mitochondrial respiratory chain inhibitor, sodium azide; or pro-inflammatory agents to induce inflammation. The
results demonstrated that neopterin (0.4 or 4 pmol) i.c.v. adiministration improved memory acquisition and consolidation without affect spontaneous locomotor activity in Swiss and IL-10(-/-) mice and Wistar rats. Still, the same treatment prevented locomotor impairments induced by the bacterial lipopolysaccharide (LPS; 0.33 mg/kg; intraperitoneal) in IL-10(-/-) mice. In agreement with the behavioral results related to memory, neopterin i.c.v. administration reduced the long term potentiation in Wistar rats hippocampal slices. Moreover, neopterin i.c.v. administration increased the resistance to oxidative stress by increasing glutathione and free thiol levels and antioxidant enzymes activities and decreasing lipid oxidation in Swiss mice brain. Neopterin also showed anti-inflammatory activity by preventing IL-6 levels increase induced by LPS in IL-10(-/-) mice. In vitro, it was observed that the mitochondrial function blockage in Swiss mice hippocampal slices results in neopterin extracellular release. In human primary neural cell cultures (astrocytes, neurons and microglia), neopterin production and release for the extracellular medium was induced by inflammatory factors as interferon-? and LPS. In agreement with the in vivo results, the pretreatment with neopterin in in vitro systems prevented the
hydrogen peroxide and azide-induced oxidative stress. Furthermore, neopterin exposure promoted an increase in nuclear factor (erythroidderived 2)-like 2 (Nrf2) staining and the heme oxygenase-1 enzyme content. Finally, glutamate and calcium uptake were analyzed in order to improve the understanding regarding neopterin effects on LTP, and it was observed that neopterin increased glutamate uptake both in hippocampal slices and C6 cell line and increased calcium influx in Wistar rats hippocampal astrocytes culture. These results suggest that neopterin exerts a cognitive potentiator role, facilitating memory acquisition and has a cytoprotective action through Nrf2 activation.
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A produção de neopterina no sistema nervoso central e seus efeitos citoprotetor e pontencializador cognitivoOliveira, Karina Ghisoni de 24 May 2016 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Neurociências, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2016-05-24T17:42:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1
339053.pdf: 5559976 bytes, checksum: 5ca8a2f44ed459e6a56c79a18280a177 (MD5) / O declÃnio de funções cognitivas básicas, como o aprendizado e a memória, é uma condição associada com o processo natural de envelhecimento e com diferentes patologias neurológicas e neurodegenerativas. Embora algumas estratégias farmacológicas têm sido aplicadas para prevenir e/ou atenuar os déficits observados nessa condição a descoberta de novas ferramentas nootrópicas é alvo da indústria farmacêutica. A neopterina, um metabólito secundário da via de sÃntese de novo da tetrahidrobiopterina, é encontrada em concentrações aumentadas em fluidos biológicos de indivÃduos afetados por patologias que apresentam ativação do sistema imune, porém o seu efeito é pouco explorado. A grande maioria dos estudos disponÃveis na literatura a descrevem como um composto inerte, e uma pequena parcela associa tratamentos in vitro dessa pterina com efeitos relacionados a estresse eletrofÃlico, porém a sua função no sistema nervoso central não é conhecida. Considerando que estresse eletrofÃlico pode ativar vias de proteção celular, o presente trabalho investigou o possÃvel efeito da neopterina como um potencializador cognitivo. Para isto, o efeito da administração intracerebroventricular (i.c.v.) de neopterina foi estudado sobre parâmetros comportamentais e relacionados ao estresse oxidativo e inflamação, no cérebro de diversas cepas de roedores (camundongos SuÃços de 60 dias de vida; nocautes para a citocina IL-10 (IL-10(-/-)) de17 meses de vida; camundongos VGV de 60 dias de vida, camundongos C57BL/6 de 60 dias de vida; e ratos Wistar de 60 dias de vida. Ainda, a sÃntese e o efeito in vitro da neopterina foram também investigados em sistemas experimentais (culturas primárias de células nervosas humanas, células gliais C6 e cultura primária de astrócitos estriatais e hipocampais de ratos) onde foi gerado estresse eletrofÃlico pela adição do oxidante peróxido de hidrogênio ou do inibidor da cadeia respiratória, azida sódica; ou ainda indução de inflamação por agentes pro-inflamatórios. Os resultados demonstraram que a administração i.c.v. de neopterina (0,4 ou 4 pmol) facilitou a aquisição e consolidação da memória sem modificar a atividade locomotora espontânea em camundongos SuÃços, IL-10(-/-) e ratos Wistar. Por outro lado, este mesmo tratamento conseguiu prevenir as deficiências na locomoção induzidas pelo lipopolissacarÃdeo bacteriano (LPS; 0,33 mg/kg; intraperitoneal) em animais IL-10(-/-). Em concordância com os resultados comportamentais relacionados a memória, a administração i.c.v. de neopterina diminuiu o limiar para a potenciação de longo prazoem fatias hipocampais de ratos Wistar. Adicionalmente, a administração i.c.v. de neopterina aumentou a resistência ao estresse oxidativo tecidual, por aumentar as concentrações de glutationa, tióis livres e atividade de enzimas antioxidantes e por diminuir a peroxidação lipÃdica em camundongos SuÃços. A neopterina também demonstrou atividade anti-inflamatória por prevenir o aumento das concentrações de IL-6 induzida pela administração de LPS em animais IL-10(-/-). In vitro, foi observado que o bloqueio da função mitocondrial em fatias hipocampais de camundongos SuÃços resulta em liberação extracelular de neopterina. Em culturas primárias de células humanas neurais (astrócitos, neurônios e microglia) a produção e liberação de neopterina para o meio extracelular foi induzida por fatores inflamatórios como interferon-? e LPS. Em concordância com os resultados encontrados in vivo, o prétratamento com neopterina em sistemas in vitro preveniu o estresse oxidativo induzido por peróxido de hidrogênio e azida. Além disso, a incubação com neopterina promoveu um aumento da marcação para o fator nuclear eritróide 2 relacionado ao fator 2 (Nrf2) e o conteúdo da
enzima hemeoxigenase-1. Finalmente, a captação de glutamato e cálcio foram analisadas como forma de melhor entender o efeito da neopterina sobre a LTP, onde foi observado a que neopterina aumentou a captação de glutamato tanto em fatias hipocampais quanto em células C6, além de aumentar a mobilização de cálcio intracelular em astrócitos hipocampais de ratos Wistar. Em conjunto estes resultados sugerem que a neopterina apresenta um efeito potencializador da cognição, facilitando a aquisição da memória e tem ação citoprotetora via ativação de Nrf2.<br> / Abstract : The impairment of basic cognitive functions, such as learning and memory, is a condition associated with both the natural process of aging and several neurological and neurodegenerative disorders. Even though some therapeutic strategies have been applied to cognitive impairments prevention or attenuation in these conditions, the discovery of new nootropic tools is a target of the pharmaceutical industry. Neopterin, a secundary metabolite of the tetrahydrobiopterin de novo biosynthetic pathway, is found at increased levels in biological fluids from patients of pathologies with immune system activation; however, its role on the central nervous system is virtually unknown. Most of the studies available on the literature have described neopterin as an inert compound, and some of them associated the in vitro exposure to the pterin with eletrophilic stress-related effects. Taking into consideration
that eletrophilic stress can activate cellular protective pathways, the present work investigated the potential effect of neopterin as a cognitive potentiator. Thus, the effect of neopterin intracerebroventricular (i.c.v.) administration was investigated on behavior and parameters related to oxidative stress and inflammation in the brain from several rodent strains (60 day old Swiss and C57BL/6 mice; 17 month old IL-10 cytokine knockout (IL-10(-/-)); and 60 day old Wistar rats). In addition, neopterin synthesis and in vitro effects were investigated in experimental systems (human primary nervous cell cultures, C6 glial cell line and rat primary hippocampal and striatal astrocytes culture) in which eletrophilic stress was induced by the addition of the oxidant hydrogen peroxide or the mitochondrial respiratory chain inhibitor, sodium azide; or pro-inflammatory agents to induce inflammation. The
results demonstrated that neopterin (0.4 or 4 pmol) i.c.v. adiministration improved memory acquisition and consolidation without affect spontaneous locomotor activity in Swiss and IL-10(-/-) mice and Wistar rats. Still, the same treatment prevented locomotor impairments induced by the bacterial lipopolysaccharide (LPS; 0.33 mg/kg; intraperitoneal) in IL-10(-/-) mice. In agreement with the behavioral results related to memory, neopterin i.c.v. administration reduced the long term potentiation in Wistar rats hippocampal slices. Moreover, neopterin i.c.v. administration increased the resistance to oxidative stress by increasing glutathione and free thiol levels and antioxidant enzymes activities and decreasing lipid oxidation in Swiss mice brain. Neopterin also showed anti-inflammatory activity by preventing IL-6 levels increase induced by LPS in IL-10(-/-) mice. In vitro, it was observed that the mitochondrial function blockage in Swiss mice hippocampal slices results in neopterin extracellular release. In human primary neural cell cultures (astrocytes, neurons and microglia), neopterin production and release for the extracellular medium was induced by inflammatory factors as interferon-? and LPS. In agreement with the in vivo results, the pretreatment with neopterin in in vitro systems prevented the
hydrogen peroxide and azide-induced oxidative stress. Furthermore, neopterin exposure promoted an increase in nuclear factor (erythroidderived 2)-like 2 (Nrf2) staining and the heme oxygenase-1 enzyme content. Finally, glutamate and calcium uptake were analyzed in order to improve the understanding regarding neopterin effects on LTP, and it was observed that neopterin increased glutamate uptake both in hippocampal slices and C6 cell line and increased calcium influx in Wistar rats hippocampal astrocytes culture. These results suggest that neopterin exerts a cognitive potentiator role, facilitating memory acquisition and has a cytoprotective action through Nrf2 activation.
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Ação de citocinas na hematopoiese em pacientes com doenças falciformes / Cytokines action on hematopoiesis in sickle cell disease patientsSouza, Laudiceia Rodrigues de 15 December 2006 (has links)
Orientador: Helena Zerlotti Wolf Grotto / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-07T22:39:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2006 / Resumo: O papel da inflamação na fisiopatologia da anemia falciforme tem sido alvo de recentes investigações. O processo obstrutivo que ocorre na microcirculação, causado pelo acúmulo de células falcizadas, leva à lesão do endotélio, com migração e adesão de leucócitos, liberação de radicais oxigênio, liberação e ativação de citocinas inflamatórias. É reconhecida a participação de diversas citocinas na eritropoiese, estimulando ou inibindo a produção de células eritróides pela medula óssea, em especial na anemia que acompanha as doenças inflamatórias/infecciosas crônicas. É reconhecida a ação inibitória do interferon gama (IFN-?) sobre as células progenitoras da medula óssea, além de sua participação nos distúrbios do metabolismo do ferro (Fe), presentes na anemia de doença crônica. A Neopterina (NP) é um marcador associado à imunidade celular produzido pelos monócitos/macrófagos quando estimulados pelo IFN-?. Os dados sobre a participação do IFN-? no processo inflamatório que acompanha a Doença Falciforme são contraditórios e se restringem à Anemia Falciforme (Hb SS). O objetivo deste trabalho foi estudar a participação da Interleucina-3 (IL-3), do IFN -? e da NP em pacientes com Hb SS e hemoglobinopatia SC (Hb SC) na fase estável da doença, a fim de verificar a possível ação dessas citocinas e da NP sobre o metabolismo do Fe e da hematopoiese. Nossos resultados mostraram que as concentrações de IL-3 foram mais altas nos grupos SS e SC em relação ao controle, enquanto as determinações de IFN-? não mostraram diferenças entre os grupos. Pacientes SS com hemoglobina Fetal (Hb F) > 8,5% mostraram valores de IL-3 significativamente mais elevados do que aqueles com Hb F < 8,5% (p= 0,0338). Não foi observada correlação entre os parâmetros inflamatórios e do metabolismo do Fe. Uma correlação direta foi observada somente nos pacientes SS entre os níveis de IL-3 e hemoglobina (Hb) (r= 0,4633, p= 0,0457), IL-3 e Hb F (r= 0,6011, p= 0,0065). Os níveis de NP foram significativamente mais elevados nos pacientes SS e SC do que nos controles, mas não houve diferença entre os 2 grupos de pacientes. Não houve correlação entre NP e os parâmetros relacionados ao metabolismo de Fe. Esses dados sugerem que a IL-3 tem ação estimulante sobre a produção de Hb F e que pacientes com Hb SS, mesmo na fase estável da doença apresentam um certo grau de ativação do sistema monócito/macrófago, representado pelos altos níveis de NP, o que provavelmente contribui para a condição inflamatória crônica desses pacientes / Abstract: Sickle cell disease (SCD) has been recognized as a chronic inflammatory condition. Cytokines are released in response to stress or pathological situations and have influence on hematopoiesis. The aim of this study was to evaluate Interleukin-3 (IL-3), Interferon-? (IFN-?) and neopterin (NP) levels in steady state patients with sickle cell anemia (SS) (n= 38) and SC hemoglobinopathy (n= 17), in order to verify the possible action of those cytokines and NP on iron metabolism and hematopoiesis. Serum IL-3 concentration was higher in SS and SC groups than in controls, whereas IFN-? determinations were not different among groups. SS patients presenting HbF= 8.5% showed IL-3 levels significantly higher than those with HbF< 8.5% (p= 0.0167). No correlation was observed among inflammatory and iron metabolism parameters. It was observed a significant correlation between IL-3 and Hb levels (r= 0.4201, p= 0.0086) and a negative correlation between IL-3 and reticulocyte counting (r= - 0.4019, p= 0.0124) only in SS group. NP levels were significantly higher in SS group than in control (p< 0.0001), but not different between SSxSC and SCxControl. No correlation was observed between NP and iron metabolism parameters. In conclusion, it was confirmed that IL-3 stimulates hematopoiesis and that SS patients, even in steady-state, presenting macrophage/monocyte activation, represented by high levels of NP, that probably contributes to chronic inflammatory condition / Mestrado / Ciencias Biomedicas / Mestre em Ciências Médicas
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Bailes de idosos: relação entre o nível de atividade física e marcadores de risco para desenvolvimento de doenças cardiovascularesGuidarini, Fernanda Christina de Souza January 2014 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2014. / Made available in DSpace on 2015-05-19T04:04:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / As doenças cardiovasculares (DC) são causa de morbidade e mortalidade no Brasil e no mundo. Estratégias para a prevenção das DC são necessárias no sentido de minimizar a possibilidade de eventos cardiovasculares e gastos em saúde pelo poder público. Neste panorama, torna-se essencial a busca por atividades físicas (AF) no intuito de resgatá-las ao contexto da prevenção de DC. Os bailes proporcionam atividade física de lazer e são bastante frequentados por idosos. Na região de Florianópolis existe uma ampla e regular oferta de bailes (sete dias por semana) com longa duração (de 3 a 5 horas). Entretanto, esse local de prática de dança é pouco estudado em pesquisas sobre prevenção de saúde. Assim, realizou-se um estudo com objetivo geral de verificar a associação entre a dança praticada em bailes e o risco de desenvolver doenças cardiovasculares em idosos. Os bailes elegíveis foram aqueles realizados de forma regular, no período vespertino, nos Centros Comunitários da Região de Florianópolis. Nestes bailes foram investigados volume e intensidade da dança praticada por idosas denominadas grupo baile (GB). Um grupo controle (GC) foi formado por idosas que não frequentavam o baile, mas participavam de bingos nos mesmos centros comunitários dos bailes. Todas as idosas preencheram o questionário de caracterização e utilizaram o acelerômetro sete dias durante 10 horas/dia, para mensurar o nível de atividade física semanal. Os marcadores de risco de doenças cardiovasculares foram o Escore de Risco de Framingham (ERF), neopterina (NPT) e espessura médio-intimal (EMI) das carótidas. Para obtê-los, realizou-se coleta de sangue; coleta de urina; medidas da pressão arterial (PA); e exame de ultrassonografia das carótidas. Os principais resultados demonstraram que as idosas do grupo baile são mais ativas que as do grupo controle quando analisadas as variáveis: total de AF/semana: 2912 vs 2308,6 minutos (p=0,005); prevalência na realização de 150min de AF moderada e vigorosa/semana: 94,2% vs 74,4% (p=0,008); do número de passos por dia: 6454,1 vs 5670,8 (p=0,05). A AF realizada no baile correspondente a diferença diária entre os grupos em termos de AF semanal. A maioria das idosas frequentava o baile de 1-2 vezes por semana (71%) de forma regular durante seis anos (66,9%). Das quatro horas em que permaneciam no baile, as idosas praticavam AF durante duas horas, nas quais realizavam em média de 14,4 minutos de atividade física moderada e vigorosa (AFLAMV). Verificou-se que as idosas realizavam em média quatro bouts de 14 minutos de AFLAMV, o que somados representam 60,2minutos. Nos bailes a velocidade do passo aumentou 400% em relação a caminhada habitual semanal (de 3,7 para 15,1 passos/min.). A média de passos por baile foi de 3.593 em duas horas de atividade. Em relação aos fatores de risco, observa-se diferença significante entre grupo baile (GB) e grupo controle (GC) nos pontos do ERF: 14,8 vs 17,2 (p=0,04). Clinicamente observaram-se diferenças entre os valores da PA sistólica: GB 134,5 vs GC 143,4mmHg; na prevalência de placas GB 27,9% vs GC 43,6%; e de obstrução carotídea GB 5,9% vs GC 5,1% respectivamente. Apesar do baixo percentual de idosas com obstrução, a maior parte das obstruções encontradas variou de 55 a 65% tanto no GB quanto no GC. Associações inversas foram encontradas entre AFLMV e a neopterina (NPT): diminuição de 2,29 µmol NPT/ µmol Creatinina a cada minuto a mais de AFLAMV (p=0,03); AF leve alta (AFLA) e NPT: diminuição de 3,61 µmol NPT/ µmol Creatinina a cada minuto de AFLA (p=0,02) durante as atividades físicas dos bailes.Nas atividades físicas semanais observaram-se associações inversas entre 150min AFLAMV com a EMI: diminuição de 0,43mm a cada minuto a mais nos 150min/semana AFLAMV (p=0,00), AFLA com EMI: diminuição de 0,02mm a cada hora a mais de AFLA (p=0,04). Também nas AF semanais encontrou-se associação inversa entre AFMV com ERF: diminuição de 0,012 pontos/minuto a cada minuto a mais de AFMV (p=0,004). Conclui-se que as atividades físicas apresentaram associações inversas com os marcadores de risco cardiovasculares quando realizadas de forma igual ou maior do que a intensidade leve alta, ou seja, quando classificadas a partir da intensidade moderada por meio do ponto de corte proposto para idosos de Copeland e Esliger (2009). Em relação ao volume observou-se associação inversa somente com os 150min/semana de AFLMV. Sobre à atividade física realizada nos bailes, concluiu-se que esta parece contribuir para uma vida mais ativa e saudável no envelhecimento, tendo este estudo demonstrado volume e intensidade adequados na AF dos bailes para proporcionar benefícios à saúde das idosas. Também se conclui que as idosas do grupo baile apresentaram menores valores nos fatores de risco para doenças cardiovasculares quando comparadas as idosas do grupo controle. A associação inversa entre as intensidades da AF realizada nos bailes com os valores de NPT sinalizou a necessidade de novas pesquisas para esclarecer questões de causa e efeito entre essas variáveis.<br> / Abstract : Cardiovascular diseases (CVDs) are cause of morbidity and mortality in Brazil and the world. Strategies for preventing CVDs are necessary to minimize the possibility of cardiovascular events and expenses in health care by public authorities. In this scenario, it is essential to rescue physical activities to the CVD prevention context. Social dance provide leisure physical activity and are attended by the elderly. In Florianópolis region there is a wide and regular offer of long lasting (3 to 5 hours) social dance (seven days a week). Nevertheless, this dancing practice place is poorly studied in health prevention researches. Thus, a study aiming to verify the association between social dance and the risk of cardiovascular diseases development in the elderly was conducted. There search was conducted with a group of elderly that attended social dance (SDG). The selected social dances were the regular ones, happening in the afternoons, in Community Centers at Florianópolis region. The volume and dancing intensity practiced by the elderly at those social dances were investigated. A control group (CG) was formed by elderly that did not attended social dance, but participated in bingos at the same community centers were the social dance took place. All elderly filled out an assessment questionnaire and used the accelerometer five days during 10 hours/day, to measure their weekly physical activity. Cardiovascular disease risk markers in this study were Framingham Risk Score (FRS), neopterin (NPT) and carotid artery intima-medial thickness (IMT). To obtain them, blood sample; urine sample; mean arterial pressure (MAP) measurements and carotid ultrasound were conducted. Main results show that elderly from SDG are more active than the CG by the total amount of PA/week: 2912 vs 2308,6 minutes (p=0,005); prevalence on performing 150min of AFMV/week: 94,2% vs 74,4% (p=0,008); of number of steps a day: 6454,1 vs5670,8 (p=0,05); being the performed PA at the social dances corresponding to the daily difference between groups in terms of weekly PA. Most elderly attended the social dance once or twice a week (71%) in a regular basis during six years (66,9%). From the four hours of permanence at the social dance, the elderly performed PA in two hours, considering an average of 14,4 minutes of moderate physical activity (AFLAMV). It was verified that the elderly performed an average of four 14 minutes bouts of AFLAMV, that summed 56 minutes. At social dance the foot step speed increases 400% compared to weekly usual walk (from 3,7 to 15,1). The step walk average for each ball room was 3.593 considering its performing in only two hours. Considering the riskfactors, there is a significative difference between SDG and CG at the ERF point: 14,8 vs 17,2 (p=0,04). Clinically, there are differences among the PAS values: SDG 134,5 vs CG 143,4mmHg; in plaque prevalence SDG 27,9% vs CG 43,6%; and carotid obstruction SDG 5,9% vs CG 5,1% respectively. Besides the low percentage of elderly with obstruction, most obstructions found varied from 55 to 65% in either groups. Inverse associations were found between AFLMV and NPT: decreasing of 2,29 µmol NPT/ µmol Creatinine to each extra minute of AFLAMV (p=0,03); AFLA e NPT: decreasing of 3,61 µmol NPT/ µmol Creatinine to each minute of AFLA (p=0,02) during physical activity at the social dance; and in the weekly physicals activities inverse associations between 150min AFLAMV with ITM were observed: decreasing of 0,43mm for each extra minute 150min/week AFLAMV (p=0,00), AFLA with ITM: decrease of 0,02mm for each extra hour of AFLA (p=0,04) and plus; AFMV with ERF: decreasing of 0,012 points/minute for each extra minute of AFMV (p=0,004). Conclusions: physical activities present inverse associations to the cardiovascular risk markers when performed in the same way or higher than the high light intensity, that is to say, when classified as moderate intensity by cut-off proposed to elders by Copeland and Esliger (2009). About the volume, it was observed inverse association only with the 150min/week of AFLMV. Regarding the physical activity performed at social dance, it was observed that it seems to contribute to a more active and healthier life in aging considering the PA values performed at the social dance and the lower values of the risk factor in elders from SDG when compared to CG. The inverse association between LA and LAMV from activities performed at the social dance with NPT values stressed the need of new researches to clarify issues of cause and effect among those variables.
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Investigação temporal das alterações cognitivas e neuroquímicas induzidas pela reserpina em ratosPereira, Aline Guimarães January 2013 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Neurociências, Florianópolis, 2013 / Made available in DSpace on 2013-06-26T01:31:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1
316643.pdf: 1000820 bytes, checksum: cc7cca0713c246463072a7455e25dca1 (MD5) / A administração sistêmica da reserpina, um inibidor do transportador vesicular de monoaminas, em ratos pelas vias intraperitoneal (i.p.) ou subcutânea (s.c.), em doses consideradas baixas (0,1 - 1,0 mg/kg), tem sido proposto como um modelo válido para o estudo dos sintomas não-motores da doença de Parkinson (DP). O presente estudo teve como objetivo avaliar temporalmente (3, 24 e 72 h) os efeitos da administração de reserpina (1 mg/kg, s.c.) sobre as memórias de curto prazo de ratos avaliados nos testes de reconhecimento social e reconhecimento de objetos. Foram também investigadas possíveis alterações nas concentrações de dopamina, serotonina, e seus metabólitos no estriado, hipocampo e córtex pré-frontal, bem como no conteúdo de neopterina no plasma sanguíneo de ratos em diferentes intervalos após a administração da reserpina. Os resultados deste estudo demonstram que a administração da reserpina (1 mg/kg, s.c.) induziu prejuízos significativos nas memórias de curto prazo de ratos avaliadas após a sua administração nos testes de reconhecimento social e reconhecimento de objetos. Além disso, os nossos resultados confirmaram a depleção nas concentrações de dopamina e seu metabólito DOPAC no estriado de ratos tratados com reserpina, sendo este efeito mais pronunciado 72 h após o tratamento, quando foi evidenciado prejuízo locomotor no teste do campo aberto. Entretanto, não foram observadas alterações significativas nas concentrações de neopterina no plasma sanguíneo de ratos após a administração de reserpina nos diferentes intervalos de tempo (3 e 24 h) e doses (1 e 5 mg/kg, s.c.) testados. Em conjunto, os resultados do presente estudo reforçam o potencial da administração de baixas doses de reserpina e tempos breves após sua administração como um modelo útil para a investigação dos sintomas cognitivos associados à fase pré-motora da DP, sendo que estes prejuízos estão associados a depleção de dopamina no estriado, sem, todavia, modular as concentrações de neopterina no plasma sanguíneo de ratos.<br> / Abstract : The systemic administration of reserpine, an inhibitor of vesicular monoamine transporter, by intraperitoneal (i.p.) or subcutaneous (s.c.) in rats at low doses (0,1 - 1,0 mg/kg) has been proposed as a valuable model for the study of non-motor symptoms of Parkinson's disease (PD). The present study aimed to investigate temporaly (3, 24 and 72 h) the effects of reserpine (1 mg/kg, s.c.) on short-term memory of rats evaluated in the social recognition and object recognition tasks. We also investigated putative alterations in the levels of dopamine, serotonin and its metabolites in striatum, hippocampus and prefrontal cortex as well as in the neopterin content in the blood plasma at different intervals after reserpine administration. The present findings demonstrated that reserpine administration (1 mg/kg, s.c.) disrupted the short-term memory of rats evaluated after treatment in the social recognition and object recognition tasks. Furthermore, our results confirm the depletion of the concentrations of dopamine and its metabolite DOPAC in the striatum of rats after reserpine administration. The highest level of dopamine depletion, and also DOPAC, was found in the group of 72 h after reserpine, which was associated with reduced locomotor activity evaluated in the open field test. However, there were no significant changes in the concentrations of neopterin in blood plasma of rats after administration of reserpine, at different time intervals (3 and 24 h) and doses (1 and 5 mg/kg, s.c.) used. Altogether, the present findings reinforce the single administration of low reserpine dose and short time as valuable model for the study of the cognitive symptoms associated with an early pre-motor phase of PD. Moreover, the observed short-term memory impairments induced by reserpine were associated with the striatal dopamine depletion, while no significant changes on blood plasma neopterin leves were observed.
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Concentrações de neopterina no soro e líquido cefalorraquidiano em pacientes com paraparesia espástica tropical/mielopatia associada ao HTLV-I (TSP/HAM) e indivíduos HTLV-I assintomáticos em Manaus, AM-BrasilTakatani, Massanobu, 92-99987-2079 16 September 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004-09-16 / FAPEAM - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas / Introduction: The HTLV-I infection may lead to the HTLV-I-associated
myelopathy/tropical spastic paraparesis (HAM/TSP), which is a chronic demyelinating
neurological disease that affects the spinal cord and the white brain substance. Less
than 5% of HTLV-I asymptomatic individuals will develop this disease. The first
appearances of the disease occur in the fourth life decade and the march disorders,
the muscle weakness and the hardness of the inferior members constitute the most
important signs and symptoms. There is no effective treatment for this myelopath.
Numerous researches sustain the idea that the inflammation and immunological
process contribute for HAM/TSP pathophysiology. In this research, the neopterin
concentrations in cerebrospinal fluid (CSF) serum were evaluated in patients with
HAM/TSP and individuals with HTLV-I asymptomatic. Neopterin is a substance
released by macrophage after stimulation by interferon-γ during the immune system
activation process.
Methodology: A neopterin concentrations were being in eleven HAM/TSP patients
and twenty-one HTLV-I asymptomatic individuals. From this, eleven (34, 4%) of
serum samples and ten (62, 5%) CSF samples from HAM/TSP patients, and twentyone
(65, 6%) serum samples and six (37, 5%) CSF samples from HTLV-I
asymptomatic individuals. The quantitative determination of neopterin concentration
in serum and CSF was carried out by using a commercial diagnosis set, based on the
principle of Enzyme immunoassay (ELISA), competitive type.
Results: The average age for HAM/TSP patients was 48, 5 +11, 1 years-old and for
HTLV-I asymptomatic individuals was 41, 5 + 7,7 years-old (p=0, 0440). The
neopterin concentration average (DP) in serum of HAM/TSP patients was 10, 3 + 8, 9
nmol/l and for HTLV-I asymptomatic individuals was 4, 6 +/- 1, 2 nmol/l (Mann-
Whitney, p=0, 0069). The average neopterin concentration (DP) in CSF of HAM/TSP
patients was 30, 8 + 47, 8 nmol/l and for HTLV-I asymptomatic individuals was 3, 4 +
1, 1 nmol/l (Mann-Whitney, p=0, 0011). The average duration of the disease of
HAM/TSP patients was 8,0 + 5 years and the average (DP) for motor disability was
4,6 + 1,8 (variation from 0 to 10).
Conclusion: Differences in the average of neopterin concentration in serum and
CSF were found between HAM/TSP patients and HTLV-I asymptomatic individuals.
In HAM/TSP patients, neopterin concentration in serum and CSF haven’t shown any
correlation with the disease period. The neopterin concentrations in CSF have shown
correlation with the grade of motor disability, however, the same result was not
observed in the serum. / Introdução: A infecção pelo vírus HTLV-I pode levar a Paraparesia Espástica
Tropical/Mielopatia Associada ao HTLV-I (TSP/HAM), a qual é uma doença
desmielinizante crônica progressiva que afeta a medula espinhal e a substância
branca do cérebro. Menos de 5% dos portadores crônicos do HTLV-I desenvolverão
essa complicação. As primeiras manifestações da doença ocorrem na quarta década
de vida sendo que os distúrbios da marcha, a fraqueza e o enrijecimento dos
membros inferiores constituem os principais sinais e sintomas de sua apresentação.
Não há tratamento eficaz para essa mielopatia. Numerosos estudos sustentam a
idéia de que processos inflamatórios e imunológicos contribuem para a
etiopatogênese da TSP/HAM. Nesse estudo avaliaram-se as concentrações de
neopterina no soro e líquido cefalorraquidiano (LCR), em pacientes com TSP/HAM e
indivíduos HTLV-I assintomáticos. Neopterina é uma substância liberada pelos
macrófagos após estimulação pelo interferon gama durante o processo de ativação
do sistema imune.
Metodologia: Concentrações de neopterina foram avaliadas em 11 pacientes com
TSP/HAM e 21 indivíduos HTLV-I assintomáticos. Sendo 11 (34,4%) amostras de
soro e 10 (62,5%) amostras de LCR de pacientes com TSP/HAM, e 21 (65,6%)
amostras de soro e 06 (37,5%) amostras de LCR de indivíduos HTLV-I
assintomáticos. A determinação quantitativa das concentrações de neopterina no
soro e LCR foram realizadas empregando-se um conjunto diagnóstico comercial,
baseado no princípio dos ensaios imunoenzimático (ELISA), do tipo competitivo.
Resultados: A média de idade para os pacientes com TSP/HAM foi de 48,5 + 11,1
anos e para os indivíduos HTLV-I assintomáticos de 41,5 + 7,7 anos (p=0,0440). A
concentração média (DP) de neopterina no soro de pacientes com TSP/HAM foi
10,3+8,9nmol/l e 4,6+1,2nmol/l em indivíduos HTLV-I assintomáticos (Mann-
Whitney, p=0,0069). A concentração média (DP) de neopterina no LCR em
pacientes com TSP/HAM foi 30,8+47,8 nmol/l, e 3,4 +1,1 nmol/l em indivíduos HTLVI
assintomáticos (Mann-Whitney, p=0,0011). A média (DP) para o tempo de doença
na TSP/HAM foi de 8,0 + 5,0 anos e a média (DP) para o grau de incapacidade
motora foi de 4,6+ 1,8 (variação de 0 a 10).
Conclusão: Encontramos diferenças nas médias das concentrações de neopterina
no soro e LCR entre pacientes com TSP/HAM e indivíduos HTLV-I assintomáticos.
Em pacientes com TSP/HAM, concentrações de neopterina no soro e LCR não
apresentaram correlação com o tempo de doença. As concentrações de neopterina
no LCR apresentaram correlação com o grau de incapacidade motora, porém, o
mesmo não foi observado no soro.
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