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Avaliação do estresse térmico por calor sobre a infecção por Clostridium perfringens em frangos de corte / Evaluation of heat stress on Clostridium perfringens infection in broiler chickens

Calefi, Atilio Sersun 01 July 2013 (has links)
O setor avícola apresenta o maior crescimento em volume produzido dentre todos os setores cárneos no Brasil. A grande participação dos produtos avícolas na alimentação humana somada ao risco do desenvolvimento de resistência bacteriana, levaram a União Européia (UE) a abolir utilização de antimicrobianos como aditivos e de forma profilática na ração de animais. A remoção dos aditivos associada ao sistema de criação intensivo acabaram por fazer que doenças, até então consideradas controladas, se tornassem reemergentes. A enterite necrótica aviária (NE) é considerada um exemplo. De forma geral, condições estressoras predispõem ao desenvolvimento de doenças, sendo o calor um dos estressores mais comuns que ocorrem em granjas aviárias. Este estudo enfoca o efeito do estresse térmico por calor (35±1ºC) sobre o desenvolvimento da NE em frangos de corte. Para isso, 60 frangos de corte machos foram divididos em 6 grupos experimentais: 1 Grupo Controle; 2 Grupo Controle Estressado (C/HS35); 3 Grupo Tioglicolato (T); 4 Grupo Tioglicolato Estressado (T/HS35); 5 Grupo Infectado (I); 6 Grupo Infectado Estressado (I/HS35). A infecção experimental com Clostridium perfringens foi feita por via oral, com a bacteria em meio de cultura misturada a ração, do 15º ao 21º dia de vida nos grupos I e I/HS35. O estresse por calor (35±1º C) foi realizado do 14º ao 21º dia de vida das aves dos grupos estressados. Durante todo período experimental os animais foram mantidos em isoladores. Em relação aos animais não estressados, os animais submetidos ao estresse por calor apresentaram: 1- menor escore lesional macro e microscópico no intestino delgado; 2- maior concentração de IgA no lavado intestinal do duodeno; 3 - menor concentração de IgA no jejuno; 4 - redução dos níveis séricos de IgA e IgY; 5 - maior concentração sérica de IgM; 6 - diminuição qualitativa evidente dos heterofilos intestinais em relação aos animais infectados e estressados. Portanto, mostrou-se que o estresse por calor apresentou efeito imunomodulador importante, ao reduzir a inflamação intestinal. Este achado associa-se provavelmente à diminuição da imunidade inata por redução da migração de heterófilos para a mucosa intestinal, desta forma prevenindo a manifestação de um um quadro clínico mais grave de NE, fato associado à diminuição das lesôes desencadeadas pelo processo inflamatório heterofílico. / The poultry sector presented the highest growth in the volume of production among all meat sectors in Brazil. The great participation of poultry products on human diet together with the risk of food and environmental contamination by resistant bacteria led the European Union (EU) countries to abolish the use of antibiotics as feed additives in animal production. This fact associated with the intensive farming system are being reported as responsible for the re-emergence of some already controlled diseases. The avian necrotic enteritis (NE) exemplify such an effect. Generally, stressful conditions are predisponent factors for disease development; heat stress is one of the most common stressor in poultry farms. This study focuses on the effects of heat stress (35 ± 1 º C) on the development of NE in broilers. For this purpose, 60 male broilers were divided into 6 groups: 1 - control group, 2 - stressed control group (C/HS35) 3 - thioglycolate group (T) 4 - thioglycolate stressed group (T/HS35); 5 - infected group (I) 6 - infected stressed group (I/HS35). Experimental infection with Clostridium perfringens, grown in thioglycollate broth medium, was given through the feed to the birds of groups I and I/HS35 from the 15th to 21st days of life. The heat stress (35 ± 1 °C) was induced continuously from the 14th to the 21st day of life in birds of the stressed groups. Throughout the experimental period the animals were kept in isolators. Compared to non-stressed animals, broilers subjected to heat stress showed: lower gross and microscopic score lesions in the small intestine; increased concentrations of IgA in duodenal lavage and decreased IgA concentrations in the jejunum; smaller concentrations of serum IgA and IgY; increased concentration of serum IgM; reduction in gut number of heterophils in the thioglycolate treated and in the infected groups. Therefore, this experimental model showed that heat stress presented a significant immunomodulatory role on the induced NE, most probably because it reduced intestinal inflammation via decrease in heterophils migration to the intestinal mucosa, which in turn might had reduced tissue damage during infamation, hence preventing the development of a more severe form of NE.
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Ativação de receptores nicotínicos modula a atividade de células dendríticas OVA sensibilizadas / Nicotinic receptors activation modulates OVA sensitized dendritic cells activity

Pinheiro, Milena Lobão 22 November 2012 (has links)
A resposta imune pode ser regulada tanto pelo SNS quanto pelo SNP. Estudos recentes têm identificado uma via colinérgica anti-inflamatória entre as fibras eferentes do nervo vago e direcionadas ao sistema imune. Desta forma, tem-se postulado que esta conexão provê um controle neural da inflamação aguda de uma forma direta e reflexa, sendo então chamada de reflexo inflamatório. Assim, pareceu-nos relevante estudar as influências do SNP na função das DCs, o que foi feito na vigência de um processo inflamatório do tipo antígeno específico produzido por OVA. Para tanto utilizamos: o Betanecol (agonista muscarínico), a Atropina (antagonista muscarínico), a Anabasina (agonista nicotínico) e a Mecamilamina (antagonista nicotínico). No presente trabalho observou-se que: A Anabasina aumentou a porcentagem de células que expressam as moléculas co-estimulatórias B7.1 e B7.2 no baço de camundongos e diminuiu a produção de IL-12 no sobrenadante de co-cultura de células de baço, enquanto que o Betanecol não produziu qualquer efeito no fenótipo das DCs e na produção de citocinas; A Mecamilamina e a Atropina não foram capazes de alterar o fenótipo de DCs de baço e nem a produção de citocinas numa co-cultura de células de baço. A Anabasina, por sua vez: diminuiu a expressão das moléculas co-estimulatórias B7.1 e B7.2 nas DCs de linfonodo; diminuiu a expressão de MHC-II e aumentou a expressão das moléculas co-estimulatórias B7.1 e B7.2 em DCs de baço; diminuiu a expressão de IL-12 intracelular e aumentou a expressão de NF-B de DCs de cultura de hepatócitos; diminuiu os níveis séricos de TNF e MCP-1 e aumentou os níveis séricos de IL-6; diminuiu a resposta de 10 hipersensibilidade do tipo tardia; aumentou a expressão de MHC-II, diminuiu a expressão das moléculas co-estimulatórias B7.1 e B7.2; diminuiu a produção de IL-12 e aumentou a produção de IL-10 nas DCs de medula óssea; aumentou a expressão de mNAChRa7 de DCs maduras provenientes de medula óssea. Os dados obtidos deste trabalho sugerem que o sistema colinérgico diminua a apresentação de antígenos específicos por DCs, atuando de forma anti-inflamatória e produzindo um shift da resposta Th1 para Th2; sugerem, ainda, que estes achados relacionam-se à estimulação da subunidade 7 do receptor nicotínico, com consequente aumento de atividade das DCs e subsequente aumento da expressão de mNAChRa7 / Immune responses might be regulated by the SNS and by PNS. Recently, it was shown the existence of a cholinergic anti-inflammatory pathway that connects vagus nerve afferent/efferent fibers to immune system cells within some organs. These connections make possible a neural control of the inflammatory response both throught a direct and reflex mechanism; the so called inflammatory reflex. Therefore, we thougth that it would be relevant to study the influences of PNS on DCs function in an antigen specific inflammatory process induced by OVA. As pharmacological tools: Bethanechol (muscarinic agonist), Atropine (muscarinic antagonist), Anabasine (nicotinic agonist) and Mecamylamine (nicotinic antagonist) were used. We showed that anabasine increased the percentage of splenocytes expressing co-stimulatory molecules (B7.1 and B7.2) and decreased IL-12p40 production in co-cultured (adherent:non-adherent) splenocytes supernatant. Bethanechol had no effects on DCs phenotype and cytokines production whatsoever. Mecamylamine and atropine also had no effects on DCs phenotype and on cytokines production, as well. Anabasine: decreased co-stimulatory molecules (B7.1 and B7.2) expression on DCs present in lymph nodes.Anabasine also decreased MHC-II expression, while increased the co-stimulatory molecules (B7.1 and B7.2) expression on DCs present in the spleen.Additionally, anabasine decreased intracellular IL-12 expression, while increased NF-B expression in splenocytes culture. Interestingly, anabasine decreased both TNF and MCP-1 and increased IL-6 serum levels. Anabasine also decreased a delayed type hypersensitivity (DTH) response in OVA-sensitized mice. Moreover, Anabasine increased both MHC-II expression and 12 IL-10 productions, while decreased both co-stimulatory molecules (B7.1 and B7.2) expression and IL-12 production in bone marrow derived DCs. Finnally, anabasine increased mNAChRa7 expression in mature bone marrow derived DCs. Taken together, these data suggest that the cholinergic system decreases antigen-specific presentation by DCs, leading to an anti-inflammatory effect, which in turn induces to a shift from Th1 to Th2 responses. Moreover, our data strongly suggest that nicotinic receptor 7 subunit is involved with PNS activity
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Efeitos da Anandamida sobre a esfera neuroimune de camundongos: avaliação comportamental, endócrina e de parâmetros da atividade imune adquirida / Anandamide effects on neuroimmune interactions in mice: Behavioral, endocrine, and parameters of adaptative immune activity evaluation

Ribeiro, Alison 06 December 2007 (has links)
A neuroimunomodulação é um ramo da ciência que estuda as inter-relações existentes entre o SNC e o SI. O termo inter-relações foi empregado porque, sabe-se hoje serem estas relações bidirecionais. Conhecendo-se a existência desta comunicação, não é difícil de se supor que substâncias que atuem no sistema neuro-endócrino tenham a capacidade de influenciar as respostas imunes seja por uma ação neuroimune indireta ou por outra que se faça diretamente nas células imunes. Os canabinóides (endógenos, derivados da planta e sintéticos) apresentam um amplo espectro de ações, dentre as quais cabe destacar aquelas sobre o comportamento (ansiedade e medo), o sistema neuro-endócrino (ativação do eixo HHA) e imune (resposta imune inata e adquirida). Estes efeitos são geralmente atribuídos à ligação dos canabinóides a receptores específicos presentes no SNC (receptores CB1) e na periferia (receptores CB2). Neste sentido, buscamos neste trabalho avaliar os efeitos da Anandamida (AEA), uma agonista canabinóide endógeno, sobre o comportamento, a ativação do eixo HHA e alguns parâmetros de atividade imune adquirida, e o fizemos à luz de mecanismos neuroimunomodulatórios. Nossos resultados mostraram que os efeitos da AEA sobre o comportamento são dependentes da dose e, também, do tempo de latência para as observações. Neste sentido, 10 minutos após a administração de doses crescentes de AEA observou-se, tanto no campo aberto como no LCE, um efeito que seguiu um padrão de curva em U invertido dependente da dose. Nossos resultados mostraram, também, que a AEA na dose de 0,1mg/kg administrada 90 minutos antes das observações, aumentou o tempo gasto pelos animais em movimento na zona periférica e diminui o tempo gasto em movimento na zona central do campo aberto. Mostrou-se, ainda, que a AEA na dose de 0,1mg/kg aumentou acentuadamente os níveis séricos de corticosterona nos animais medidos 45 e 90 minutos após a administração. Finalmente, mostrou-se que uma dose de 0,1mg/kg de AEA previamente a uma imunização com OVA promoveu um aumento da reposta de hipersensibilidade do tipo tardia (DTH) e um aumento na porcentagem de proliferação de células T CD4+. Estes resultados em seu conjunto permitem sugerir que a AEA (0,1mg/kg) administrada 90 minutos antes das observações tenha se comportado como um estressor químico, promovendo efeito semelhante ao de ansiogênicos no campo aberto e aumentando os níveis séricos de corticosterona; esses níveis aumentados de corticosterona teriam sido os responsáveis pelo aumento da resposta imune celular (Th1) observada. / Neuroimmunomodulation is a field of research concerned with the relationships between the CNS and the IS. The term relationship is frequently employed because it is assumed that such communication is bidirectional. In this regard, if we consider that this communication exists, it should be accetable that substances acting on the neuroendocrine system are able of modifying immune responses, either acting via a neuroimmune indirect pathway, or acting directly on immune cells. Cannabinoids (endogenous, plant derived, and synthetic) show a large spectrum of actions over the body. We emphasize here, behavioral (anxiety and fear), endocrine (HPA axis activation), and immune (innate and adaptative immunity) effects. These effects are generally attributed to cannabinoid bind to specific receptors present on CNS (CB1 receptors) and in the periphery (CB2 receptors). In this sense, we evaluated Anandamide (AEA, an endogenous cannabinoid agonist) effects, on behavior, HPA axis activation, and parameters of adaptative immunity, particularly neuroimmune relationships. Briefly, our results show that the AEA effects on behavior are dependent on the dose and time. Thus, 10 minutes after injection of growing increasing doses of AEA, we found in the open field and plus maze an inverted U-shape dose-response for AEA which is characteristic of cannabinoids in this type of behavioral evaluation. Additionally we show, that AEA 0,1mg/kg after 90 minutes of administration increased the time spent in the peripheral zone, and decreased the time spent in the central zone of the open field. Furthermore, we found that AEA 0.1mg/kg strongly increased the serum levels of corticosterone after 45 and 90 minutes of administration. Finally, we show that AEA 0.1mg/kg prior to immunization promoted an increase of delayed-type hypersensitivity (DTH) and an increase in the percentage of CD4+ T cell proliferation. These results allow us to suggest that AEA 0.1mg/kg 90 minutes after administration acted as a chemical stressor, promoting an anxiogenic-like effect in the open field, and increasing the serum levels of corticosterone. Additionally, the increased levels of corticosterone at the moment of antigenic exposition could be responsible for the increased cell-mediated immunity (Th1) observed.
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Correlações entre citocinas pró e anti-inflamatórias com a fadiga, padrão de sono e qualidade de vida em crianças e adolescentes com câncer / Correlationsamong pro and anti-inflammatory cytokines with fatigue, sleep patterns and life quality in children and adolescents with cancer

Bomfim, Emiliana de Omena 11 July 2014 (has links)
Diversos trabalhos têm explorado a hipótese de participação do sistema imunológico, via liberação de citocinas, na fadiga e nas alterações no padrão de sono, em adultos com câncer. Entretanto, estudos com crianças e adolescentes acometidos por neoplasias malignas são escassos internacionalmente e ausentes no Brasil. O objetivo desta pesquisa foi investigar os níveis plasmáticos das citocinas IL-8, IL-1?, IL-6, IL-10, TNF-?, IL-12p70 e correlacioná-los com a fadiga, o padrão de sono e a qualidade de vida (QV) em crianças e adolescentes com câncer. Trata-se de um estudo quantitativo, do tipo descritivo, transversal, realizado no Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, de janeiro de 2013 a março de 2014. Foram coletados 4ml de sangue para dosagem das citocinas, além de dados clínicos para caracterização dos pacientes e identificação de variáveis confundidoras para a fadiga, alterações no padrão de sono e citocinas. A técnica utilizada para dosagem das citocinas foi a citometria de fluxo. A amostra final foi composta de 33 crianças e adolescentes hospitalizados, com idade entre 8 e 18 anos. Considerando os 14 domínios do instrumento utilizado para avaliar a fadiga (PedsQLTM), seisse correlacionaram entre si, o que confirma que o mesmo paciente pode experenciar a fadiga de forma multidimensional. Os resultados mostraram ainda uma correlação negativa entre os escores da \"fadiga geral\" e a citocina IL-1? (r=-0,361, p=0.039). Observou-se uma correlação entre o padrão de sono e as citocinas IL-10 e IL-12p70. A eficiência do sono (r=0.452, p=0.018) e a porcentagem do sono (r=0.384, p=0.048) se correlacionaram positivamente com a citocina IL-10. Enquanto que a duração do sono se correlacionou positivamente com a citocina IL-12p70 (r=0.604, p=0.001). Observou- se uma correlação negativa entre a IL-1? e o escore total de qualidade de vida (r=- 0.382, p=0.028). Os resultados dessa pesquisa indicam fortemente que pode haver uma relação entre as citocinas com a fadiga, o padrão de sono e a QV em crianças e adolescentes com câncer / Several studies have explored the hypothesis of involvement of the immune system in the fatigue and changes in sleep patterns in adults with cancer via release of cytokines. However, studies with children and adolescents affected by malignant neoplasms are globally scarce and absent in Brazil. The objective of this research was to investigate the plasma levels of IL-8, IL-1?, IL-6, IL-10, TNF-?, IL-12p70 and correlate them with fatigue, sleep patterns and quality of life (QoL) in children and adolescents with cancer. This is a quantitative, descriptive cross-sectional study, conducted at the Pediatric Oncology Service at the University Hospital of the Ribeirao Preto School of Medicine, from January 2013 to March 2014. It was collected 4ml of blood for measurement of cytokines, and clinical data for patients characterization and identification of misleading variables for fatigue, sleep patterns and cytokines. The technique used for the cytokines dosage was flow cytometry. The final sample consisted of 33 hospitalized children and adolescents aged between 8 and 18 years. Considering the 14 domains of the instrument used to assess fatigue(PedsQLTM), six correlated with each other, confirming that the same patient may experience fatigue in a multidimensional way. The results also demonstrated a negative correlation between the scores of general tiredness and cytokine IL-1? (r=- 0.361, p=0.039). There was a correlation between the sleep pattern and IL-10 and IL- 12p70 cytokines. The sleep efficiency (r=0.452, p=0.018) and percentage of sleep (r=0.384, p=0.048) were positively correlated with IL-10 cytokine. While the duration of sleep was positively correlated with the cytokine IL-12p70 (r=0.604, p=0.001). There was a negative correlation between IL-1? and quality of life total score (r=- 0.382, p=0.028). The results of this research indicate that there may be a relationship between cytokines and fatigue, sleep patterns and QoL in children and adolescents with cancer
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Correlatos neurais e comportamentais da asma alérgica experimental em camundongos / Neural and behavioral correlates of experimental allergic asthma in mice

Pinto, Frederico Azevedo da Costa 10 December 2004 (has links)
Foram estudadas as áreas do sistema nervoso central de camundongos ativadas pela exposição de animais alérgicos ao antígeno (ovalbumina ? OVA) bem como uma resposta adaptativa desencadeada a partir da nebulização de OVA em uma caixa de esquiva adaptada. Animais imunizados apresentam aumento de atividade do núcleo paraventricular do hipotálamo e do núcleo central da amígdala após um único desafio intranasal com OVA e evitam entrar no compartimento previamente associado a nebulização com OVA. A ativação das áreas descritas acima é compatível com a elaboração de uma resposta adaptativa (evitar o contato com o antígeno). Animais tornados tolerantes à OVA no dia da imunização primária não apresentam atividade dos núcleos citados nem desenvolvem aversão ao local do desafio, demonstrando que essas alterações são dependentes de anticorpos IgE anti-OVA. Camundongos da linhagem C3H/HeJ, que não desenvolvem inflamação alérgica pulmonar, apresentam as mesmas respostas observadas em camundongos BALB/c, sugerindo que o processo inflamatório não é relevante nesse modelo. O tratamento prévio com cromoglicato dissódico suprime a ativação no SNC e a indução de aversão associada ao desafio com OVA. Esses fatos sugerem em conjunto que a desgranulação de mastócitos mediada por IgE em vias aéreas ative o SNC e desencadeie as alterações comportamentais descritas. / Activation of the central nervous system (CNS) was evaluated following ovalbumin (OVA) challenge in a murine model of asthma, as well as an adaptive response triggered by OVA nebulization during an avoidance test. Immunized animals showed increased activity in the paraventricular nucleous of the hypothalamus and central nucleous of the amygdala after a single intranasal OVA challenge. Furthermore, they avoid a compartment previously associated with the antigen. Activation of these brain areas is compatible with the display of adaptive responses (avoiding contact with the antigen). Induction of immunological tolerance along with primary immunization precludes both CNS activation and avoidance behavior, showing that these responses are IgE-mediated. Mice from the C3H/HeJ strain do not develop lung allergic inflammation but show a similar pattern of brain activity after OVA challenge and mount the same avoidance reaction seen in BALB/c mice, suggesting that an inflammatory infiltrate in the lung is not required in these responses. Prior treatment with dissodium cromoglycate inhibits CNS activation and avoidance behavior. Collectively, these findings demonstrate a role of IgE-mediated mast cell degranulation in signaling an allergic response initiated in the airways to the mouse brain.
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Coabitação com um parceiro doente: avaliações das alterações neuroimunes e da forma de comunicação / Cohabitation with a sick cage mate: evaluations of neuroimune changes and of the way of communication

Alves, Glaucie Jussilane 01 July 2010 (has links)
Os trabalhos na área de neuroimunomodulação vêm contribuindo de forma marcante para o entendimento da regulação/modulação das respostas adaptativas dos organismos frente ao estresse ou às doenças. A integração de modelos biológicos e psicológicos surge e torna-se cada vez mais importante para a neuroimunologia. Cada animal comunica-se com outros de sua ou de outra espécie através de mecanismos que são característicos dentro de seus respectivos grupos; sabe-se que a comunicação entre os animais pode ser visual, táctil, química e sonora. Procuramos neste trabalho identificar o(s) tipo(s) de comunicação mais relevante(s) entre camundongas saudáveis e conspecíficas doentes. Mais especificamente, avaliamos efeitos neuroimunes decorrentes da convivência por 14 dias com companheiras inoculadas com tumor ascítico de Ehrlich e buscamos caracterizar o tipo de comunicação envolvida com este processo. Os resultados obtidos mostraram que a simples convivência com um portador do tumor de Ehrlich produziu em camundongas: 1) redução do peso e celulariedade do baço; 2) redução na contagem diferencial de blastos, eritrócitos jovens e linfócitos no esplenograma; 3) redução da porcentagem de linfócitos B e T helper e na proporção CD4/CD8 no baço; 4) aumento da atividade citotóxica de células NK; 5) aumento da celulariedade total da medula; 6) aumento na contagem absoluta de blastos e redução de eritrócitos jovens e de linfócitos no mielograma; na contagem relativa observamos um aumento dos blastos; 7) aumento de células na fase G1 e redução na fase G2 do ciclo celular da medula; 8) aumento de células tumorais de Ehrlich na fase G1 e redução destas na fase G2, 9) aumento de permanência na zona animal estranho e redução de tempo na zona companheiro doente em um labirinto em T, 10) aumento de interação social; 11) redução do burst oxidativo basal de neutrófilos provenientes de animais que conviveram com dois doentes, e reversão destas alterações quanto da convivência com dois sadios. Observamos, ainda que: 12) a convivência não modificou os níveis de corticosterona dos animais desafiados ou não por contenção; 13) a ausência de contato físico não foi relevante para reverter as alterações induzidas pela convivência; 14) a falta de contato visual também não foi relevante para reverter as alterações observadas; 15) os estímulos olfativos foram relevantes para as alterações induzidas pela convivência sobre o burst oxidativo e fagocitose de neutrófilos, crescimento tumoral, alterações comportamentais, dosagem plasmática de noradrenalina e de adrenalina e níveis hipotalâmicos de noradrenalina. Em seu conjunto observamos que a convivência por 14 dias com um animal portador de um tumor de Ehrlich produziu relevantes alterações no comportamento, em parâmetros neuroquímicos e de atividade imune inata de camundongas. Nossos resultados sugerem que a percepção do odor da doente esteja diretamente relacionada com as alterações relatadas. / Several papers are showing relevant neuroimmune regulation and/or modulation during stress or diseases. The incorporation of biological and psychological models of humans conditions are of high relevance in neuroscience. Animals exhibit a variety of adaptative behaviors for communicating with conspecifics; communication between animals can be visual, tactile, chemical and sound induced. The present experiment was designed to analyze the effects induced by cohabitation with a sick cage mate and some aspects of communication between sick mice and their companions. Specifically, we analyzed some neuroimmune effects induced by cohabitation with a sick cage-mate for 14 days (mice bearing an ascitic Ehrlich tumor), looking also for the type of communication related to this process. Our results showed that cohabitation with a sick cage-mate induced, in female mice 1) decreased spleen weight and total cellullarity; 2) decreased the number of blast, young erythrocytes and lymphocytes in spleen 3) decreased percentage of B and T helper cells, and decreased proportion of CD4/CD8 cells in the spleen; 4) increased NK cells cytotoxicity; 5) increased bone marrow total celullarity; 6) increased absolute number of blasts, and decreased the number of young erythrocytes and lymphocytes; in the relative count, an increase of blast cells in bone marrow was observed; 7) increased amount of cells on G1 cellular cycle phase, and a decreased population of cells on G2 cellular cycle phase in the bone marrow; 8) increased amount of Ehrlich tumor cells in G0-G1 cellular cycle phases, and decreased population of tumor cells in S/G2/M phases; 9) increased time spent with an strange animal and decreased time spent will sick companion in a T maze and increased locomotion in this apparatus; 10) increased social interaction; 11) decreased neutrophil basal oxidative burst in animals that lived with two sick companions. We also observed that: 12) cohabitation with a sick partner was unable to modify serum corticosterone levels with or without an immobilization stress challenge; 13) physical contact was not relevant for the neuroimune changes induced by cohabitation; 14) visual cues were not relevant for the present contextual immune changes; 15) odor cues were effective mechanisms of communication used by the mice in the present experiment; because it removal abrogated or reversed the neuroimmune changes reported above for cohabitation. The present findings showed that cohabitation with an ascitic Ehrlich tumor bearing mice produced behavioral, neurochemical, and immunological changes. The present results strongly suggest that volatile compounds released by the sick companion are directly relationed to the neuroimmune changes now reported in mice for cohabitation with a sick companion.
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Efeito da sinvastatina na evolução clínica e na resposta imune celular Th17 na encefalite auto-imune experimental / The Effects of Simvastatin in Clinical Outcome and in the Development of Th17 Immune Response in Experimental Autoimmune Encephalomyelitis

Oliveira, Daniel May de 08 October 2009 (has links)
Encefalite auto-imune experimental (EAE) é o modelo animal da doença humana esclerose múltipla. Foi demonstrado que as estatinas podem ter efeitos benéficos na EAE. Diversos mecanismos de ação foram descritos para explicar esses efeitos, entre eles: estímulo a expressão de HO-1, inibição da expressão de Toll-like receptors (TLR) e inibição da produção de citocinas de padrão Th1. Estudamos o efeito de uma estatina, a sinvastatina, na evolução clínica da EAE e seus mecanismos de ação. Também avaliamos o papel do TLR4 na EAE. O tratamento com sinvastatina melhorou a evolução clínica da EAE nas doses de 1 e 5 mg/kg/dia. A análise do infiltrado celular no SNC mostrou mudança do padrão de diferenciação dos linfócitos com menor porcentagem de células produtoras de IL-17 nos grupos tratados em relação aos controles. Os animais TLR-4 -/- apresentaram melhor evolução da doença. Concluímos que o tratamento com sinvastatina melhora a evolução clínica da EAE através da inibição da produção de IL-17 e que animais TLR-4 -/- têm melhor desfecho clínico na EAE que os controles. / Experimental autoimmune encephalomyelitis (EAE) is considered the experimental model for the human multiple sclerosis disease. It has been demonstrated that statins, used as lipid-lowering agents, can have beneficial effects on EAE. Several actions have been described to explain these effects: enhancement of HO-1 expression, inhibition of Toll-like receptors expression and inhibition of Th1 cytokines. We have investigated the effect of a statin, simvastatin, on EAE clinical development and the mechanisms behind those effects. Simvastatin treatment ameliorated EAE clinical outcome at doses 1 and 5 mg/kg/day. SNC cellular infiltrates analysis showed altered pattern of differentiation with decreased percentage of IL-17-producing T lymphocytes in treated group comparing with controls. TLR4 -/- mice showed better clinical development. We concluded that simvastatin treatment ameliorates EAE clinical outcome through inhibition of IL-17 production. Mice TLR4 -/- have better EAE clinical outcome than WT controls.
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Efeitos do tratamento agudo e prolongado com haloperidol e da retirada abrupta deste tratamento, sobre a atividade de macrófagos peritoneais de ratos machos e fêmeas / Effects of acute, long-term and abrupt withdrawal of long-term haloperidol treatment of the peritone macrophage activity in males and females rats

Lourenço, Geane Antiques 10 December 2004 (has links)
Haloperidol é um antagonista de receptor D2 de dopamina freqüentemente utilizado na clínica para tratamento de pacientes esquizofrênicos. Haloperidol aumenta a liberação de prolactina pela glândula pituitária anterior, e a prolactina é um fator capaz de modular a atividade do sistema imune. Grupos de seis ratos machos e fêmeas receberam tratamento agudo de 2mg/kg de haloperidol (E1), tratamento prolongado com haloperidol (E2) (2mg/kg/dia por 21 dias); retirada abrupta do tratamento prolongado com haloperidol (E3), ou ainda tratamento agudo com 6mg/kg de haloperidol (E4). Os animais controle receberam tratamento similar com veículo de diluição (grupos C1, C2 e C3 respectivamente). Neste trabalho, o tratamento prolongado com haloperidol (E2) aumentou a atividade de macrófagos, aumentando o espraiamento, a fagocitose e a liberação de NO em ratos machos e fêmeas. O tratamento agudo com 2mg/kg de haloperidol (E1) não foi capaz de alterar a atividade de macrófagos, porém a dose de 6mg/kg (E4) aumentou o espraiamento e a fagocitose. Os tratamentos agudo (E1) e prolongado (E2) com haloperidol aumentaram os níveis plasmáticos de corticosterona e de prolactina tanto em machos quanto em fêmeas. Os macrófagos de ratos machos e fêmeas apresentam os mesmos padrões de alterações após os tratamentos com haloperidol, exceto para produção de H2O2 que foi maior apenas para as fêmeas dos grupos C3 e E3. Discutiu-se de que maneira o haloperidol induz ativação de macrófagos, se por uma forma indireta através do aumento nos níveis de prolactina, ou alternativamente, sendo esta ativação uma conseqüência da ação direta do haloperidol sobre os receptores de dopamina dos macrófagos. / Haloperidol is a receptor D2 antagonist frequently used in the treatment of schizophrenic patients. Haloperidol increased prolactin release from anterior pituitary gland, and prolactin modulates immune system activity. Groups of six male and female rats received acute 2mg/kg haloperidol treatment (E1), long-term (E2) haloperidol treatment (2mg/kg/day for 21 days); abrupt withdrawal of long-term (E3) haloperidol treatment, or acute 6mg/kg haloperidol treatment (E4). Control rats were treated similarly, but with vehicle (groups C1, C2 and C3 respectively). In this work long-term haloperidol treatment (E2) increased macrophage spreading, phagocytosis and NO release in male and female rats. Acute 2mg/kg haloperidol treatment (E1) didn?t change macrophage activity, however, the 6mg/kg dose (E4) increased macrophage spreading and phagocytosis. Corticosterone and prolactin serum levels were increased after acute (E1) and long-term (E2) haloperidol treatments in male and female rats. Macrophage of male and female rats presented the same pattern of alterations after acute and long-term haloperidol treatments, except for production of H2O2 that was larger just for the females of the groups C3 and E3. Haloperidol-induced macrophage activation was discussed in the light of a possible indirect effect through prolactin increments in rats, or, alternatively, as a consequence of a direct action of macrophage dopamine receptor.
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Efeitos de um estresse social sobre a atividade imune inata de ratos \"intrusos\" / Effects of a social stress over innate immune response of \"intruders\" rats.

Lima, João Paulo Correia 06 December 2007 (has links)
Foram estudados os efeitos de um estresse social, produzido pela introdução de um rato, na condição de \"intruso\", por uma hora, em uma comunidade formada por três elementos (macho dominante, macho submisso e fêmea), com relações sociais pré-estabelecidas, sobre o comportamento, a bioquímica e a atividade imune inata de neutrófilos. Os animais intrusos apresentaram, em relação ao grupo controle, tendência a serem mais ativos e menos ansiosos no Campo Aberto e no Labirinto em Cruz Elevado, níveis significantemente mais elevados de corticosterona sérica, burst oxidativo induzido por SAPI significantemente aumentado e, tanto no córtex frontal como no hipotálamo, sistemas serotonérgicos significantemente mais ativados. Os dados, foram interpretados como decorrentes de uma reação de estresse preparando o organismo dos animais intrusos para novo desafio: um eixo HPA mais ativado, com conseqüências favoráveis para uma ação rápida; uma resposta imune inata mais efetiva, para defesa contra possíveis injúrias e uma neuroquímica denotando um refreamento de comportamentos impulsivos, permitindo escolhas mais adequadas em contexto de confrontação social. Essa reação tornou os organismos mais ativos e eficazes, um exemplo do aspecto positivo do estresse. Demonstrou-se, também, a existência e importância das grandes diferenças individuais e necessidade de se tratar estatisticamente e interpretar com muito cuidado os efeitos de estímulos estressores mais sutis, onde essas diferenças despontam com menor clareza e podendo induzir a erro interpretativo. / The present works shows the effects of social stress, produced by introducing a rat, in the condition of \"intruder\", for one hour, in a community formed for three elements namely a dominant male , submissive male and a female, with preset social relations, concerning their behaviour, the biochemistry and the innate immune activity of neutrophils. The intruder animals displayed, in relationship to the control group, a tendency towards being more active and less anxious in the Open Field and the Plus Maze, as well as of serum corticosterone levels with higher values, as well as its oxidative burst being significantly increased. And, as in the frontal cortex as in hypothalamus is concerned, the author found significant activation of serotonergic systems. The data, had been indicative of the function of the reaction of stress in order to prepare the organism for a challenge: a activated HPA axis was increased, with favorable consequences for a fast action; an innate immune reply more effective and neurochemistry denoting cohibition of impulsive behaviours, allowing more adjusted choices in the context of social confrontation This reaction turned the organisms more active and efficient, in an example of the positive aspect of stress reaction. The data also demonstrated the existence and importance of the great individual differences and the need of keeping in mind the statistic approach and very careful interpretation of subtle stressors, whenever these differences appear clearly and may eventually induce to an interpretative error.
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Efeitos comportamentais, neuroquímicos e imunes do estresse de contenção em camundongos de alta e baixa imobilidade selecionados pelo teste de suspensão da cauda / Behavioral, neurochemical and immune effects of restraint stress in mice of high and low immobility selected by the tail suspension test

Silva, Thiago Moirinho Reis e 09 February 2018 (has links)
O estresse destaca-se como um importante fator de risco para o desenvolvimento de diferentes doenças. Reconhecido atualmente como uma epidemia global pela Organização Mundial da Saúde e afetando mais de 90% da população mundial, o estresse apresenta grande associação, em particular, com os transtornos mentais. Dentre esses, a depressão se sobressai afetando sozinha cerca de 350 milhões de pessoas em todo mundo. Poucas experiências talvez sejam tão comuns entre os organismos quanto a exposição a eventos estressantes Alguns tipos de estresses emocionais, como a tristeza, e outros no qual o organismo é afetado por períodos prolongados, tem demonstrado serem capazes de promover disfunções imunes e distúrbios comportamentais que podem ser compreendidos através do campo interdisciplinar de estudo da neuroimunomodulação, uma vez que podem desencadear respostas específicas no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, que, por conseguinte, podem modular diferentes efeitos fisiológicos decorrentes da exposição ao estresse. Dentre esses efeitos, é possível destacar a capacidade de resiliência e / ou resistência ao estresse, que podem conferir uma capacidade diferenciada de recuperação, como também aumento na susceptibilidade a doenças. Considerando os aspectos distintos do estresse e os diferentes estados patológicos a ele associados, esse trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos comportamentais, neuroquímicos e imunes do estresse de contenção de duas horas em camundongos, selecionados para um perfil distinto de reatividade ao estresse inescapável pelo teste de suspensão da cauda. Para isso, camundongos machos de alta e baixa imobilidade foram previamente selecionados e submetidos diferentes testes pré e pós exposição ao estresse de contenção de duas horas: (i) análise dos comportamentos tipo-depressivos e ansiosos, (ii) análise dos neurotransmissores no córtex pré-frontal, hipotálamo e mesencéfalo e, (iii) análise de citocinas pró- inflamatórias no córtex pré-frontal e hipotálamo. Nossos resultados mostraram que animais de alta e baixa imobilidade apresentam comportamentos diferentes antes e após a exposição ao estresse, além de apresentar um comportamento de grooming distinto após o estresse de contenção. A exposição ao estresse também promoveu alterações entre as concentrações serotoninérgicas, dopaminérgicas e noradrenérgicas entre animais de alta e baixa imobilidade, tanto no córtex pré-frontal, hipotálamo e mesencéfalo. Além disso, o perfil imune também se revelou alterado entre esses animais, principalmente em TNF- no hipotálamo, revelando uma ativação dos sistemas relacionados ao estresse. Considerando o conjunto dos dados apresentados, nossos resultados sugerem uma ativação diferenciada do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal entre camundongos de alta e baixa imobilidade e, ainda, que os animais de baixa imobilidade apresentam um perfil de resiliência ao estresse contenção, tendo animais de alta imobilidade o perfil oposto / Stress stands out as an important risk factor for the development of different diseases. Currently recognized as a global epidemic by the World Health Organization and affecting more than 90% of the world population, stress can be strongly associated with mental disorders. Among these, depression can be highlight affecting alone about 350 million people worldwide. Few types of emotional stresses, such as sadness, and others which the organism is affected for long periods, have demonstrated to be capable of promoting immune dysfunctions and behavioral disorders. These changes can be understood through the interdisciplinary field of study of the neuroimmunomodulation, since it can trigger specific responses in the hypothalamic-pituitary-adrenal axis, which, therefore, could modulate different physiological effects resulting from the exposure to stress. Among these effects, it is possible to highlight the capacity of resilience and / or resistance to stress, which can confer a differentiated capacity of recovery, as well as increase in the susceptibility to diseases. Considering the distinct aspects of stress and the different pathological conditions associated, this study aimed to evaluate the behavioral, neurochemical and immune effects of two-hour of restraint stress in mice selected for a different profile of stress reactivity to the inescapable stress of the tail suspension test. For this, male mice of high and low immobility were previously selected and submitted to different tests before and after exposure to a two-hour restraint stress protocol for the analysis of: (i) the depressive and anxiety-like behaviors; (ii) concentrations of neurotransmitters in the prefrontal cortex, hypothalamus and midbrain; (iii) expression of proinflammatory cytokines in the prefrontal cortex and hypothalamus. Our results showed that animals of high and low immobility presented different behavioral profiles before and after exposure to stress and presented a distinct grooming behavior after the restraint stress. Exposure to stress also promoted changes between the serotonergic, dopaminergic and noradrenergic concentrations between animals of high and low immobility in the prefrontal cortex, hypothalamus and midbrain. In addition, the immune profile revealed to be altered among these animals, especially in TNF- in the hypothalamus, showing an activation of stress-related systems. Considering the set of data presented, our results suggest a differentiated activation of the hypothalamic-pituitary-adrenal axis between mice of high and low immobility and, also, that the animals of low immobility present a resilience profile to the restraint stress, having high immobility animals the opposite profile

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