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Avaliação de soroprevalência HCV/HIV em mulheres e de marcadores bioquímicos de toxicidade sistêmica em homens usuários de crack

Diemen, Lisia von January 2013 (has links)
Introdução: O consumo de crack tem sido alvo de grande preocupação em vista de sua expressiva expansão e dos problemas sociais e de saúde decorrentes. A cocaína na forma de crack difere das outras vias de uso principalmente pelo seu rápido início de ação, pouco tempo de efeito e alta concentração plasmática, levando a um maior impacto orgânico e a um elevado potencial de dependência. A deterioração física e cognitiva são aspectos centrais na gravidade do uso dessa droga. As taxas de infecção pelo HIV e HCV são elevadas nessa população, mas os fatores de risco associados ainda não estão claros na literatura, em particular no Brasil. Há uma busca por marcadores biológicos que possam auxiliar a avaliar o impacto físico e cerebral ocasionados pelo uso do crack. Achados recentes sugerem que as neurotrofinas cerebrais e marcadores de estresse oxidativo possam ser úteis nesse sentido. Objetivos: Avaliar a prevalência e fatores de risco associados à infecção por HIV e HCV em mulheres usuárias de crack e investigar se os níveis de BDNF, TBARS e PCC em usuários de crack, antes e após desintoxicação, diferem de controles e respectivos correlatos clínicos. Método: O artigo 1 utiliza um desenho transversal com uma amostra de conveniência de 76 mulheres com uso recente de crack. Foram coletados sangue para os testes de HIV/HCV, dados demográficos e instrumentos que avaliaram conhecimento sobre AIDS, consumo de drogas e comportamentos de risco para AIDS. No artigo 2 uma coorte com 49 usuários de crack homens foram recrutados da internação do Hospital Psiquiátrico São Pedro em Porto Alegre e 97 controles comunitários foram obtidos de um bairro pobre da cidade de Canoas (região metropolitana de Porto Alegre). O sangue para análise de BDNF (artigo 2), TBARS e PCC (resultados complementares) foi coletado no primeiro dia de internação e no dia da alta nos usuários de crack e no dia da entrevista nos controles. Nas duas amostras e nos controles os participantes tinham mais de 18 anos e realizaram teste de urina para cocaína. Resultados: No artigo 1, a prevalência de HIV entre as mulheres foi de 37,0% e de HCV de 27,7%, sendo 15,1% a prevalência de co-infecção. A análise ajustada identificou 4 anos ou menos de escolaridade como maior chance de infecção por HIV – RC 4,72 (1,49-14,99) e por HCV RC - 4,51 (1,18-17,27) e ter realizado 3 ou mais testes para HIV na vida - RC 4,26 (1,29-14,04) associado com contaminação por HIV. No artigo 2, os níveis de BDNF entre homens usuários de crack foram significativamente menores na admissão (28,6±11,0) quando comparados com os controles (39,5±10,6) e com o valor na alta hospitalar (35,6±12,3), mesmo após ajuste para as variáveis confundidoras. O valor do BDNF na alta foi um pouco menor nos usuários de crack, mas sem diferença significativa em relação aos controles. O aumento do BDNF teve associação significativa com número de dias de internação e inversa com anos de uso de crack e número de pedras de crack utilizadas no último mês. Os resultados complementares mostram que os valores médios de TBARS e PCC são semelhantes na internação e alta em relação aos controles. Contudo, o valor do TBARS na alta e a alteração durante a internação foram diretamente correlacionados com a gravidade do consumo de crack. Conclusões: Nós encontramos uma alta prevalência de contaminação por HIV e HCV entre mulheres usuárias de crack e o baixo nível educacional foi o fator de risco mais importante identificado. Em relação aos valores de BDNF em homens, foi possível identificar que este se encontra reduzido na vigência do uso de crack, com aumento na abstinência precoce, passando a ter níveis comparáveis aos controles. O aumento do BDNF e a diminuição do TBARS durante a abstinência precoce foram relacionados à menor gravidade de uso do crack. Esses achados sugerem que as variações de BDNF e TBARS após desintoxicação inicial possam ser marcadores da gravidade do uso de crack e de prognóstico, a serem investigados em futuros estudos. / Background: Crack cocaine has a been subject of great concern in view of its widespread use, as well as its increasing social and health problems. Crack cocaine differs from other administration routes primarily by its rapid onset of action, short effect and high plasma concentrations, leading to a higher organic impact and high potential for addiction. Physical and cognitive deterioration are key aspects of crack cocaine induced impairment. Rates of HIV and HCV are high in this population, but risk factors are still unclear in the literature, particularly in Brazil. There is search for biomarkers that may help identify the physical and brain injuries caused by its use. Recent findings suggest that brain neurotrophins and oxidative damage markers may be useful in this regard. Objectives: To ascertain the HIV/HCV serostatus and associated risk behaviors for infection of female crack users. To evaluated BDNF, TBARS and carbonyl levels among crack cocaine users during inpatient treatment, before and after drug withdrawal, vs. healthy controls. Clinical correlates with changes in biomarkers levels were also assessed. Method: Paper 1 is a cross-sectional study with a convenience sample of 76 female crack cocaine users. Subjects answered NIDA’s Risk Behavior Assessment and the AIDS Information Questionnaire. In addition, blood was collected from subjects for HIV/HCV tests. Blood samples for serum BDNF (paper 2), TBARS and PCC (complementary results) evaluations were collected in a cohort of 49 male crack users on the first and last days of hospitalization and in 97 healthy controls. In both samples and in the control group subjects were 18 years old or more and underwent urine tests for cocaine. Results: In paper 1, the overall prevalence of HIV was 37.0%; HCV seroprevalence was 27.7%; 15.1% of the sample was co-infected with HIV and HCV. Four years of schooling or fewer (OR 4.72 - CI 95% ((1.49-14.99)) was associated with HIV and HCV infection (OR 4.51 - CI 95% (1.18-17.27)) after multivariate logistic regression. In paper 2 BDNF levels among male crack users were significantly lower upon admission (28.6±11.0) when compared to controls (39.5±10.6) and discharge (35.6±12.3), even after adjustment for confounding variables. At discharge, BDNF levels between patients and controls were similar. Number of crack rocks used in the last 30 days and years of crack use were inversely correlated with the outcome. Complementary results show that levels of carbonyl and TBARS are similar at admission and discharge compared to controls. However, the TBARS levels at discharge and its variation rate during hospitalization were significantly correlated with the severity of crack cocaine use. Conclusions: We found a very high prevalence of HIV and HCV infection among female crack users, and low education was the most important risk factor associated with both infections. With regard to BDNF levels among men, it was reduced while using crack cocaine increased in early withdrawal reaching levels similar to control group at discharge. Rates of BDNF increase and TBARS decrease were correlated with severity of crack use. These findings suggest that the variation of BDNF and TBARS during early withdrawal may be a marker of severity of crack use.
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Modulação do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) em sarcoma de Ewing : impacto na viabilidade, proliferação celular e vias de sinalização associadas a neurotrofinas

Santos, Nathalia Kersting dos January 2016 (has links)
A família de Tumores de Ewing pode ser compreendida como um espectro de neoplasias de células neuroectodérmicas primitivas, dentre eles se inclui uma classe menos diferenciada chamada Sarcoma de Ewing (SE), no qual o diagnóstico é mais frequente entre 11 e 20 anos. O índice de sobrevida pode chegar em 70%; todavia, estima-se que apenas 55% dos pacientes recebam um tratamento efetivo. Alguns estudos sugerem relevância do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) no processo de tumorigênese e metátase em cânceres de cabeça e pescoço, pulmão e colorretal. Algumas vias de sinalização que poderiam explicar a relação do EGFR a estes processos incluem a MAPK/ERK e PI3K/AKT. No entanto, estes complexos de sinalização podem ser ativados por outras cascatas de transdução de sinal como do sistema BDNF/TrkB. As neurotrofinas, mais recentemente, estão sendo relacionadas ao processo tumoral. O presente trabalho tem por objetivo avaliar a importância de EGF/EGFR na progressão tumoral do Sarcoma de Ewing, bem como o crosstalking entre este sistema e neurotrofinas. Linhagens celulares foram expostas a EGF ou ao inibidor da fosforilação do respectivo receptor (AG1478). A viabilidade e proliferação celular foram avaliadas em hemocitômetro. A análise do ensaio clonogênico foi feita em software ImageJ®. Para análise do ciclo celular, após exposição ao AG1478, realizou-se a avaliação por citometria de fluxo e uma provável indução de senescência foi analisada com X-Gal. Western Blotting foi padronizado para avaliação das vias MEK/ERK, PI3K/AKT, Ciclina D1, p53 e BDNF quando da exposição ao AG1478. Análises de viabilidade celular também foram feitas usando inibidores de MEK ou PI3K em combinação ao AG1478 ou não. A exposição das linhagens SK-ES-1 E RD-ES ao EGF afeta positivamente a taxa de proliferação destas e, quando essas são tratadas com o inibidor AG1478, existe um decréscimo desta taxa além de um impacto da razão de viabilidade. O índice de citotoxicidade (IC50) resultante é de 12,8uM e 9,8uM para SK-ES-1 e RD-ES, respectivamente. Foi observado que a inibição de EGFR reduziu o número e tamanho de colônias, e que a sua ativação reflete em um aumento dos parâmetros. Alterações das porcentagens populacionais nas fases do ciclo celular foram observadas. O ensaio colorimétrico mostrou aumento da percentagem de células senescentes e sugere-se envolvimento da via da ERK; AKT; Ciclinas, P53 e BDNF no efeito mediante exposição ao AG1478. A exposição ao EGF, portanto, aumenta a proliferação e a clonogenicidade de células de SE, bem como a diminuição destas quando da inibição do receptor. Também, a inibição de EGFR resulta em alterações no ciclo celular, senescência e morte celular. / The family of Ewing's tumors may be understood as a spectrum of primitive neuroectodermal cell neoplasms, including a less differentiated class called Ewing's sarcoma (ES), wherein the diagnosis is most common between 11 and 20 years. The survival rate can reach 70%; however, it is estimated que only 55% of Patients receive effective treatment. Some published studies suggest relevance of epidermal growth factor receptor (EGFR) in tumorigenesis and metastatic process in head and neck, lung and colorectal tumors. Some signaling pathways, which could explain its relation with these processes, include MAPK / ERK and PI3K / AKT. However, other signal transduction cascades such as BDNF / TrkB system may activate these signaling complexes, the neurotrophins being related to the tumoral process. This study aims to assess the importance of EGF / EGFR in Ewing's Sarcoma tumor progression, and the crosstalking between this system and neurotrophins. Cell lines were exposed to EGF or the inhibitor of phosphorylation of its receptor (AG1478). The viability and cell proliferation were evaluated in hemocytometer. The analysis of the clonogenic assay was performed in ImageJ® software. For cell cycle analysis after exposure AG1478, the evaluation was performed by flow cytometry and a probable induction senescence was analyzed with X-Gal. Western Blott was standardized to evaluate the pathways MEK / ERK, PI3K / AKT, cyclin D1 and P53 when exposure to AG1478. Cell viability analyzes were also performed on exposure to MEK and PI3K inhibitor in combination or not with AG1478. Exposure of SK-ES-1 and RD-ES lines to EGF positively affects the rate of proliferation and when these are treated with the inhibitor AG1478, there is a decrease in this rate as well as an impact reason viability. The cytotoxicity index (IC50) is 12,8uM resulting 9,8uM and SK-ES-1 and RD-ES, respectively. We observed that inhibition of EGFR reduced the number and size of colonies, and their activation reflects an increase in the parameters. Changes in population percentages in the cell cycle phases were observed. The colorimetric assay showed an increased percentage of senescent cells and it is suggested involvement of the ERK pathway; AKT; Cyclin P53 and the effect upon exposure AG1478. Therefore, the EGF exposure increases the proliferation and clonogenicity of ES cells, as well as the reduction is observed when these receptor inhibited. Also, inhibition of EGFR results in changes in the cell cycle, senescence and cell death.
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Fator neurotrófico derivado do cérebro nos transtornos por uso de substâncias : uma meta-análise

Ornell, Felipe January 2017 (has links)
Os transtornos por Uso de Substâncias (TUS) estão entre os transtornos psiquiátricos mais prevalentes no mundo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 10% da população dos centros urbanos de todo o planeta usa, abusivamente, alguma substância psicoativa. As causas dos TUS são complexas e multifatoriais, englobando aspectos genéticos, psicossociais, comorbidades psiquiátricas, sensibilidade/resiliência ao estresse, desenvolvimento cerebral, efeitos na neuroplasticidade e no sistema cerebral de recompensa (SCR). Nos últimos anos tem crescido a proposição dos TUS como uma doença do cérebro, caraterizada por alterações disfuncionais no cérebro. Nesse sentido, a identificação de biomarcadores, que indiquem o estado patológico e a gravidade dos TUS, pode auxiliar no direcionamento e no aumento da efetividade do tratamento. O fator neurotrófico derivado do cérebro – BDNF – principal NT cerebral, parece estar implicado na base fisiopatológica de diversas doenças neurodegenerativas e psiquiátricas. Nos TUS, diversos estudos têm avaliado o BDNF em dependentes de diferentes tipos e classes de drogas, todavia os resultados são contraditórios e o papel do BDNF continua sendo um campo pouco compreendido. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi realizar uma meta-análise dos níveis periféricos de BDNF em usuários de substâncias psicoativas, com exceção do tabaco, comparados a controles. Para isso, realizou-se uma busca sistemática no PubMed / MEDLINE, EMBASE e PsycINFO. A seleção dos estudos elegíveis e a extração dos dados foram realizadas por dois revisores independentes; os desacordos foram resolvidos por consenso e com a opinião de um terceiro revisor. As listas de referência de todos os documentos recuperados foram avaliadas, a fim de identificar estudos elegíveis adicionais não detectados na busca inicial. Ao final, trinta estudos foram incluídos na meta-análise totalizando 1698 casos e 1363 controles. As análises foram realizadas levando em consideração o tipo de droga, a matriz de análise e o status do uso no momento da dosagem (uso ativo e abstinência); as meta-análises foram realizadas por subgrupos de acordo com o tipo de droga consumida e, nas meta-regressões, foram avaliados fatores potencialmente relacionados à alteração do BDNF. Na análise geral não foram encontradas diferenças significativas entre casos e controles. Após ajuste para viés de publicação, encontrou-se níveis menores de BDNF sérico em usuários ativos em relação aos controles; em contrapartida, em usuários abstinentes, os níveis de BDNF foram semelhantes aos controles. A análise por droga mostrou níveis mais baixos de BDNF em dependentes de álcool, em comparação com os controles, e em dependentes de crack/cocaína durante o uso ativo. Nas análises de meta-regressão, os níveis séricos de BDNF foram associados aos anos de uso de drogas, idade, sexo e tempo de abstinência. Em geral, as análises sérica e plasmática apresentaram resultados discrepantes. Essas evidências sugerem que os níveis de BDNF sérico estão consistentemente mais baixos durante o uso ativo de drogas, mas se equiparam aos controles durante a abstinência. Mais do que isso, o BDNF parece diminuir com a idade, com o tempo de doença e, também, sofrer influência do tempo de abstinência e do gênero. Estes resultados indicam que, menores níveis de BDNF podem estar relacionados com a gravidade e com a progressão da dependência de drogas. Assim, é possível que o BDNF seja um biomarcador discriminatório de estadiamento nos TUS, como já descrito para outros transtornos psiquiátricos e doenças neurodegenerativas. / Substance Use Disorders (SUDS) are among the most prevalent psychiatric disorders worldwide. According to the World Health Organization (WHO), about 10% of the population in urban centers abuse some kind of psychoactive substance. SUDS causes are complex, multifactorial, and encompass genetic and psychosocial aspects, psychiatric comorbities, sensitivity/resilience to stress, cerebral development, effects on the reward center and on the cerebral neuroplasticity. Over the last years, the proposition of SUDS as a brain disease is growing, as it is being associated to dysfunctional alterations on the brain. In this regard, looking for biomarkers that are able to indicate the pathological status and to identify SUDS severity could be helpful directing treatment and increasing its effectiveness. Brain-derived neurotrophic factor (BDNF), the main neurotransmitter in the brain, appears to be implicated in the pathophysiological basis of various neurodegenerative and psychiatric disorders. In SUDS, several studies have been evaluating BDNF in dependents of different types and classes of drugs. However the results are contradictory and the role of BDNF still remains poorly understood. In this sense, the aim of the present study was to perform a meta-analysis of peripheral levels of BDNF in users of psychoactive substances, with the exception of tobacco, compared to healthy controls. Hence, a systematic search was conducted through PubMed/MEDLINE, EMBASE and PsycINFO. Both the selection of eligible studies and data extraction were performed by two independent reviewers. Disagreements were resolved by consensus and with the opinion of a third reviewer. The reference list of all retrieved papers were evaluated in order to identify additional eligible studies not identified by the initial search. At the end, thirty studies were included in the meta-analysis, with a total of 1698 cases and 1363 controls. The analysis were performed taking into consideration the type of drug used, the biological matrices analysed and the status of use at the moment of the dosage (active use or withdrawn). Meta-analysis were performed by subgroups according to the type of drug used. In the meta-regressions, factors potentially related to BDNF alteration were evaluated. In the general analysis, no significative differences were found between cases and controls. After adjusting for publication bias, we found lower levels of serum BDNF in active users compared to controls; in contrast, in withdrawn users, BDNF levels were similar to controls. Analysis by tipe of drug showed lower levels of BDNF in alcohol-dependent patients compared to controls, and in crack/cocaine dependents during active use. In meta-regression analysis, serum BDNF levels were associated with years of drug use, age, sex, and withdrawal time. In general, serum and plasma analysis presented divergent results. These evidences suggest that serum BDNF levels are consistently lower during active drug use, but are matched to controls during withdrawal. More than that, BDNF seems to decrease with age and with years of drug use, and also undergo the influence of withdrawal time and gender. These results indicate that lower levels of BDNF may be related to severity and progression of drug dependence. Thus, it is possible that BDNF is a discriminant staging biomarker in SUDS, as already described for other psychiatric disorders and neurodegenerative diseases.
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Sintomas depressivos e níveis plasmáticos do fator neurotrófico derivado do cérebro em idosos da comunidade

AROCA, Graciele Guimarães Pitelli 05 March 2018 (has links)
Com o aumento da expectativa de vida e da população idosa, crescem a prevalência e a incidência de doenças crônico-degenerativas, comprometendo a independência e autonomia do idoso. A depressão é um transtorno psiquiátrico comum na população idosa e pode gerar sofrimento e agravamento de doenças pré-existentes. Nesse contexto, a redução dos níveis plasmáticos do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) tem sido associada à depressão e sintomas depressivos. Contudo, na população idosa essa relação é controversa, sendo escassos os estudos na população brasileira. Objetivo: Investigar a associação entre a presença de sintomas depressivos e os níveis plasmáticos de BDNF em idosos residentes da comunidade, adscritos à Estratégia Saúde da Família da cidade de Alfenas/MG. Método: Trata-se de um estudo observacional transversal, de base populacional. Participaram do estudo 496 idosos com idade acima de 60 anos e de ambos os sexos. Para a caracterização da amostra foram coletados dados sociodemográficos e clínicos. A presença de sintomas depressivos foi rastreada pela Escala de Depressão Geriátrica (EDG). A dosagem dos níveis plasmáticos de BDNF foi realizada pelo método de Elisa, kit DuoSet (R&D Systems, Minnesota, MN). A associação entre os sintomas depressivos e os níveis plasmáticos de BDNF foi analisada por modelo de regressão logística binária, controlando para os fatores de confusão: idade, sexo, estado civil, escolaridade, número de comorbidades, medicamentos e atividade física. Para todas as análises foi considerado um α=5%. E usado o programa SPSS para Windows (Versão 20.0). Resultados: A frequência de SDCS foi de 18,7%. Idosos com SDCS apresentaram níveis plasmáticos mais altos de BDNF. Contudo, as dosagens dessa neurotrofina não foram associadas aos sintomas depressivos na amostra. O número de comorbidades, a escolaridade e a atividade física foram os fatores que influenciaram na sintomatologia depressiva, sendo que as duas últimas exerceram efeito protetor. Conclusão: No presente estudo, os níveis de BDNF não foram associados aos sintomas depressivos em idosos residentes da comunidade. As variáveis que influenciaram os sintomas depressivos foram o número de comorbidades, a escolaridade e a atividade física, sendo que as duas últimas exerceram efeito protetor. / The increase of lifespan in elderly population leads to a growth in prevalence and incidence of chronic-degenerative disease. It compromises the independence and autonomy of the elderly adults individuals. The depression is a common psychiatric disorder in the elderly population and it may cause suffering and aggravation of pre-existing diseases. On this context, the reduction of Brain Derived Neurotrophic Factor (BDNF) in plasmatic levels has been associated to depression itself and depressive symptoms. However, in the elderly population it is a controversy, due to the scarcity of research on Brazilian population. Objective: Investigate the association between depressive symptoms and plasmatic levels of BDNF in older residents from community, related to Family Health Strategy at the city of Alfenas/MG in Brazil. Methodology: It is a cross-sectional, population-based observational. The sample was composed by 496 elderly adults above 60 years, considering women and men. In order to characterize the sample, it was collected sociodemographic and clinical data. The presence of depressive symptoms was identified by Geriatric Depression Scale (GDS). The dosage of plasmatic levels of BDNF was evaluated by Elisa method, kit DuoSet (R&D Systems, Minnesota, MN). The association between depressive symptoms and plasmatic levels of BDNF was analyzed by the binomial logistic regression, even after correcting for other confounding parameters: age, sex, marital status, education, comorbidities, medicaments and physical activity. In all analysis, it was considered an α=5%. In addition, the SPSS software to Windows (Versão 20.0) was used. Results: The frequency of SDCS was 18,7%. Elderly wich SDCS presented higher plasmatic levels of BDNF. On the other hand, the dosages of that neurotrophin was not associated to depressive symptoms in the sample. The number of comorbidities, education and physical activity were the factors which influenced on depressive symptoms. Moreover, education and physical activity have a protective effect on those symptoms. Conclusion: in present study, the levels of BDNF were not associated to depressive symptoms in elderly adults in the community. The variables that influenced the depressive symptom were the number of comorbidities, education and physical activity, which the lasts two caused a protect effect.
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Fator neurotrófico derivado do cérebro e esquizofrenia

Grillo, Rodrigo Wagner January 2005 (has links)
Os fatores neurotróficos regulam o desenvolvimento neuronal e a plasticidade sináptica e possivelmente têm um importante papel na patofisiologia da esquizofrenia. Os níveis do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) têm se mostrado alterados no cérebro e no soro de pacientes com esquizofrenia. Tem-se observado que a clozapina, um antipsicótico atípico, pode elevar a expressão do BDNF em nivel cerebral. No atual estudo, medimos os niveis de BDNF sérico em 44 pacientes esquizofrênicos, sendo 20 pacientes em uso de clozapina e 24 em uso de antipsicóticos típicos, além de 25 controles normais. Os grupos estavam pareados para sexo e idade. Os níveis do BDNF sérico dos pacientes e dos controles normais foram analisados por enzima imunoensaio. Os controles normais apresentaram níveis significativamente mais altos do BDNF quando comparado com o grupo de esquizofrênicos (p<0.001), assim como quando comparado com os subgrupos de pacientes em uso de clozapina e de típicos (p<0.001). Os níveis de BDNF dos pacientes em uso de clozapina se mostraram marginalmente superiores aos valores encontrados no grupo de típicos (p=0.056). O BDNF sérico foi fortemente correlacionado com a dose de clozapina (r=0.643; p=0.002), mas não com outras caracteristicas demográficas. Os nossos achados reforçam a idéia de achados em outros estudos em que os niveis séricos de BDNF estão reduzidos em pacientes esquizofrênicos e também sugere um efeito diferencial da clozapina comparada com antipsicóticos típicos em tais níveis.
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Dosagem da deurotrofina em 3 pacientes com diagnóstico de esquizofrenia

Vargas, Haroldo Evangelista January 2009 (has links)
Há evidência que transtornos psiquiátricos como a Esquizofrenia estão associados com a desregulação da neuroplasticidade devido às alterações das neurotrofinas. NT3 é uma importante neurotrofina no sistema nervoso central e tem funções biológicas chaves como a promoção da sobrevivência, diferenciação e plasticidade neuronal. NT3 tem um papel central no desenvolvimento neuronal precoce; aumentando a sobrevivência de neurônios dopaminérgicos, sugerindo assim possível envolvimento na fisiopatologia de transtornos neuropsiquiátricos relacionados à dopamina, como é o caso da Esquizofrenia. Variações no gene NT3 aumentam o risco de Esquizofrenia. Três grupos de pacientes Esquizofrênicos diagnosticados pelo DSM IV, cronicamente medicados em tratamento com clozapina (n = 12), haloperidol (n = 12), risperidona (n = 12) e 10 controles saudáveis, tiveram coletados 5 ml de sangue por venopuntura. Níveis séricos de NT3 foram medidos usando sandwich-ELISA e foram significativamente menores em pacientes Esquizofrênicos (p < 0.005) quando comparados com os controles. Este resultado sugere que este sistema sinalizador da NT3 pode ter um papel na fisiopatologia da Esquizofrenia e estar relacionado ao curso da doença ou à variáveis de tratamento. Estudos longitudinais são necessários para esclarecer se os baixos níveis séricos de NT3 estão presentes desde os pródromos e/ou início da doença, ou se apenas é uma variação decorrente do curso da Esquizofrenia. Com este tipo de estudo no futuro, saberemos se há potencial para a utilização da NT3 como biomarcador na Esquizofrenia.
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Alterações do fator neurotrófico derivado do cérebro em pacientes com transtorno do humor bipolar

Oliveira, Gislaine Speggiorin January 2009 (has links)
Introdução: O transtorno do humor bipolar (THB) tem sido associado cada vez mais com anormalidades da neuroplasticidade, e estudos têm demonstrado que o Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (Brain-Derived Neurotrophic Factor - BDNF) desempenha um papel na patofisiologia dos transtornos do humor. Estudos com pacientes não medicados comparados aos medicados são necessários para avaliar o papel da medicação nos níveis séricos do BDNF. Objetivo: Avaliar os níveis de BDNF em pacientes bipolares não medicados e compará-los com pacientes bipolares medicados e ambos com controles sadios. Metodologia: Para avaliarmos as possíveis alterações dos níveis de BDNF, foi coletado sangue de vinte e dois pacientes bipolares tipo I maníacos ou depressivos não medicados e 22 pacientes bipolares tipo I medicados, comparados com 22 controles sadios, pareados por sexo e idade. Os pacientes foram avaliados usando SCID-I, YMRS e HDRS. Os pacientes não medicados não estavam recebendo medicação há pelo menos duas semanas. Os níveis séricos do BDNF foram medidos por "ELISA sanduíche". Resultados: Níveis séricos de BDNF em pacientes bipolares medicados e não medicados estavam diminuídos quando comparados com controles (0,2±0.09; 0,29±0.19 e 0,40±0.12, respectivamente, p<0.001 para não medicados/medicados vs. controles). O BDNF não diferiu entre pacientes bipolares medicados e não medicados. Quando analisados de acordo com o estado de humor, os níveis séricos de BDNF foram mais baixos em pacientes bipolares durante ambos os episódios (maníaco e depressivo), quando comparados com controles sem a doença (0.28±0.11, 0.22±0.17 e 0.40±0.12, respectivamente, p<0.001 para pacientes bipolares vs. controles) Conclusões: Os resultados sugerem que a diminuição dos níveis séricos de BDNF podem estar associados com a patofisiologia dos sintomas no THB. Os níveis séricos do BDNF não diferiram entre os pacientes bipolares medicados e não medicados.
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Efeitos comportamentais e neuroquímicos de ácido alfa-lipóico e desvenlafaxina em modelo animal de depressão induzido por corticosterona / Behavioral and neurochemical effects of alpha-lipoic acid and desvenlafaxine in animal model of depression induced by corticosterone

Sousa, Caren Nádia Soares de 25 June 2015 (has links)
SOUSA, C. N. S. Efeitos comportamentais e neuroquímicos de ácido alfa-lipóico e desvenlafaxina em modelo animal de depressão induzido por corticosterona. 2015. 95 f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2015. / Submitted by Erika Fernandes (erikaleitefernandes@gmail.com) on 2015-10-27T15:38:27Z No. of bitstreams: 1 2015_dis_cnssousa.pdf: 2402692 bytes, checksum: 530ccb7569d6c03057492095d795edcd (MD5) / Approved for entry into archive by Erika Fernandes(erikaleitefernandes@gmail.com) on 2015-10-27T15:38:42Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2015_dis_cnssousa.pdf: 2402692 bytes, checksum: 530ccb7569d6c03057492095d795edcd (MD5) / Made available in DSpace on 2015-10-27T15:38:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2015_dis_cnssousa.pdf: 2402692 bytes, checksum: 530ccb7569d6c03057492095d795edcd (MD5) Previous issue date: 2015-06-25 / Depression is a serious and disabling psychiatric disorder that affects people of all socioeconomic classes, ethnicities and ages. Recent studies have suggested a possible involvement of oxidative stress in the pathogenesis of depression and substances with antioxidant potential may be used to treat this disorder. Based on this assumption, the present study investigated the behavioral and neurochemical effects of repeated administration of α-lipoic acid (ALA), alone or associated with desvelafaxine (DVS), in depression model induced by chronic administration of corticosterone (CORT). Swiss female mice (25-30g) were used and these were given subcutaneously, vehicle or CORT 20 mg/kg for 14 days. From 15th to 21st day of treatment, different animals received DVS 10 or 20 mg/kg, ALA 100 or 200 mg/kg or combinations DVS10 + ALA100, DVS20 + ALA100, DVS10 + ALA200 or DVS20 + ALA200. One hour after last administration, animals were subjected to object recognition tests, Y-maze, social interaction and sucrose preference. Twenty-four hours later, animals were decapitated and the brain areas prefrontal cortex (PFC), hippocampus (HC) and striatum (ST) were dissected to measure the levels of Brain Derived Neurotrophic Factor (BDNF). The results showed that treatment with CORT for 21 days caused cognitive impairment, deficit in social interaction and anhedonia-like behavior in animals. In object recognition test, ALA200 and associations of DVS10 with both doses of ALA reversed deficits in short term memory, while DVS20 and associations of ALA200 with both doses of DVS reversed deficits in long-term memory. Already in the Y-maze test, ALA200 and associations of DVS20 with both doses of ALA reversed the deficits caused by CORT in the working memory of the animals. Talking about social interaction, only ALA at both doses was able to reverse the effects of CORT on this behavior. In contrast, treatment with both drugs in monotherapy or associated were effective in improving anhedonia-like behavior when compared with the CORT group. DVS10 alone reversed CORT-induced decrease in BDNF in all brain areas studied. ALA200 achieved this effect in the HC and ST. ALA200 associated to DVS reversed CORT-induced alterations and even, in some cases, increased levels of BDNF when compared to vehicle-treated animals in HC and ST. In compiling, these data show that combination of DVS and ALA proves to be more effective than drug therapy alone. Furthermore, these findings provide subsidies antioxidants for use in the treatment of depressive disorders and support studies that suggest the antidepressant effect of ALA. Coupled to this, our results are apparently promising since combination of conventional therapy with natural antioxidant ALA may possibly reduce the dose of DVS and consequently the side effects of the therapy. / A depressão é um transtorno psiquiátrico grave e incapacitante que atinge pessoas de todas as classes socioeconômicas, etnias e idades. Estudos recentes têm sugerido um possível envolvimento do estresse oxidativo na patogênese da depressão e que substâncias com potencial antioxidante podem ser utilizadas no tratamento desse transtorno. Baseado neste pressuposto, o presente estudo investigou os efeitos comportamentais e neuroquímicos da administração repetida de Ácido α-Lipóico (ALA), sozinho ou associado à Desvenlafaxina (DVS), no modelo de depressão induzido pela administração crônica de Corticosterona (CORT). Foram utilizados camundongos Swiss fêmeas (25-30g) e estes receberam, por via subcutânea, veículo ou CORT 20 mg/kg durante 21 dias. Outros grupos receberam veículo ou CORT durante 14 dias e, do 15º ao 21º dia de tratamento, DVS 10 ou 20 mg/kg, ALA 100 ou 200 mg/kg, ou as combinações DVS10 + ALA100, DVS20 + ALA100, DVS10 + ALA200 ou DVS20 + ALA200. Uma hora após a última administração, os animais foram submetidos aos testes de reconhecimento de objetos, labirinto em Y, interação social e preferência por sacarose. Vinte e quatro horas depois os animais foram decapitados e as áreas cerebrais córtex pré-frontal (CPF), hipocampo (HC) e corpo estriado (CE) foram dissecadas para mensuração dos níveis de Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF). Os resultados obtidos mostraram que o tratamento com CORT durante 21 dias causou déficit cognitivo, comprometimento na interação social e comportamento do tipo-anedonia nos animais. No teste de reconhecimento de objetos ALA na maior dose, assim como as associações de DVS10 com ambas as doses de ALA reverteram os déficits na memória de curta duração, enquanto DVS20 e as associações de ALA200 com ambas as doses de DVS reverteram os déficits na memória de longa duração. Já no teste de labirinto em Y, ALA200 e as associações DVS20 com ambas as doses de ALA reverteram os déficits causados por CORT na memória operacional dos animais. No que diz respeito a interação social, apenas ALA em ambas as doses foi capaz de reverter os efeitos de CORT sobre este comportamento. Já no teste de preferência por sacarose, tanto o tratamento com as drogas em monoterapia quanto associadas foram eficazes em melhorar o comportamento do tipo-anedonia quando comparados com o grupo CORT. DVS10 sozinho reverteu o déficit de neurotrofinas induzido por CORT em todas as áreas cerebrais estudadas, enquanto ALA200 causou este efeito no HC e CE. Além disso, ALA200 associado com DVS reverteu as alterações induzidas por CORT e até mesmo, em alguns casos, este aumento foi significativo quando comparado com o grupo veículo em HC e CE. Em compilação esses dados evidenciam que a associação de DVS e ALA mostra-se mais eficaz que a terapia com fármacos isolados. Além disso, esses achados fornecem subsídios aos antioxidantes para serem utilizados no tratamento de transtornos depressivos e reforçam os estudos que sugerem o efeito antidepressivo de ALA. Atrelado a isso, nossos resultados são aparentemente promissores já que a terapia associada ao antioxidante natural ALA pode possivelmente reduzir a dose de DVS e, consequentemente, os efeitos colaterais da terapia.
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Efeito antidepressivo da riparina III em camundongos submetidos ao modelo de estresse induzido pela administração de corticosterona / Antidepressant effect of riparina iii in mice submitted to stress model induced by corticosterone administration

Vasconcelos, Auriana Serra 21 May 2015 (has links)
VASCONCELOS, A. S. Efeito antidepressivo da riparina III em camundongos submetidos ao modelo de estresse induzido pela administração de corticosterona. 2015. 94 f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2015. / Submitted by Erika Fernandes (erikaleitefernandes@gmail.com) on 2015-11-10T11:57:24Z No. of bitstreams: 1 2015_dis_asvasconcelos.pdf: 2025673 bytes, checksum: 08babc26e5c706d0af302b1745f0bfce (MD5) / Approved for entry into archive by Erika Fernandes(erikaleitefernandes@gmail.com) on 2015-11-10T11:57:45Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2015_dis_asvasconcelos.pdf: 2025673 bytes, checksum: 08babc26e5c706d0af302b1745f0bfce (MD5) / Made available in DSpace on 2015-11-10T11:57:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2015_dis_asvasconcelos.pdf: 2025673 bytes, checksum: 08babc26e5c706d0af302b1745f0bfce (MD5) Previous issue date: 2015-05-21 / Major depression is a common disorder of severe mood swings, chronic and recurrent. It’s believed that the etiology resulting from abnormalities which interact with environmental and genetic factors, and environmental stress main factor described. The riparina III (Rip III), isolated from the green fruit of Aniba riparia is a bioactive compound that has had action on the central nervous system, with anxiolytic and antidepressant activity. Therefore, the objective of this study is to investigate the antidepressant potential of Rip III in mice subjected to stress model induced by the administration of corticosterone (Cort) in preventing and reversing protocols. Swiss female mice were used. To assess the reversal, each animal received a subcutaneous injection (sc) Cort 20mg / kg or vehicle for 22 days. From the 14th day of treatment onwards, the animals received oral administration respectively vehicle, Rip III or fluvoxamine (Flu) for eight days. Behavioral tests were recorded on 14, 15, 21 and 22 days of treatment. The preventive treatment occurred in a 14-day interval and the final behavioral tests were performed. Then the animals were sacrificed and dissected hippocampal BDNF and dosage. The results showed that it was possible to induce depression with corticosterone and Rip III and Flu were able to reverse and prevent behavioral changes in the forced swimming test, tail suspension, anhedonia, plus maze, open field, social interaction and, only in reverse memory test and prepulso inhibition without changing locomotor activity. Further, restored BDNF levels in the hippocampus. Therefore, this study also has shown that Rip III is an effective drug in reversing and preventing this model. Thus, this study opens the possibility for continuity in order to elucidate the pathways with which it is involved, contributing as another possible drug with potential for use in treating depression. / Depressão maior é um transtorno de humor grave, comum, crônico e recorrente. Acredita-se que sua etiologia seja resultado de anormalidades que interagem com fatores genéticos e ambientais, sendo o estresse o principal fator ambiental descrito. A riparina III (Rip III), isolada do fruto verde de Aniba riparia, é uma um composto bioativo que já apresentou ação sobre o sistema nervoso central, com atividade ansiolítica e antidepressiva. Portanto, o objetivo do presente trabalho é investigar o potencial antidepressivo da Rip III em camundongos submetidos ao modelo de estresse induzido pela administração de corticosterona (Cort) em protocolos de prevenção e reversão. Foram utilizados camundongos swiss, fêmeas. Para avaliar a reversão, cada animal recebeu uma injeção subcutânea (SC) de Cort 20mg/kg, ou de veículo, durante 22 (vinte e dois) dias. A partir do 14º dia de tratamento em diante, os animais receberam respectivamente a administração oral de veículo, Rip III ou fluvoxamina (Flu), durante oito dias. Testes comportamentais foram registrados nos dias 14, 15, 21 e 22 de tratamento. O tratamento de prevenção ocorreu num intervalo de 14 (quatorze) dias e, ao final, testes comportamentais foram realizados. Em seguida, os animais foram sacrificados para dissecação do hipocampo e dosagem de BDNF (Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro) . Os resultados mostraram que foi possível induzir depressão com corticosterona e que Rip III e Flu foram capazes de reverter bem como de prevenir as alterações comportamentais nos testes de nado forçado, suspensão da cauda, anedonia, plus maze, campo aberto, interação social, contudo, no teste de memória e inibição pré-pulso, foram capazes de somente reverter as modificações, sem alterar a atividade locomotora. Além disso, a administração dessas drogas restaurou níveis de BDNF no hipocampo. Portanto, este trabalho permitiu inferir que a Rip III é uma droga eficaz na reversão e prevenção nesse modelo. Dessa forma, este estudo abre perspectivas para continuidade, no sentido de elucidar as vias com as quais ela está envolvida, contribuindo como mais uma possível droga com potencial para ser utilizada no tratamento da depressão.
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Efeito da riparina II na reversão de alterações comportamentais e neuroquímicas em camundongos submetidos ao modelo de depressão induzida por corticosterona / Effect of riparin II on the reversion of behavioral and neurochemical alterations in mice submitted to the model of depression induced by corticosterone

Lopes, Iardja Stéfane 05 July 2017 (has links)
LOPES, I. S. Efeito da riparina II na reversão de alterações comportamentais e neuroquímicas em camundongos submetidos ao modelo de depressão induzida por corticosterona. 2017. 82 f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2017. / Submitted by Farmacologia Pós-Graduação (posgfarmacologia@gmail.com) on 2017-08-03T15:57:23Z No. of bitstreams: 1 2017_dis_islopes.pdf: 1783027 bytes, checksum: a0d5cff5598886ebefdc8cd5094445e2 (MD5) / Approved for entry into archive by Erika Fernandes (erikaleitefernandes@gmail.com) on 2017-08-04T12:16:36Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2017_dis_islopes.pdf: 1783027 bytes, checksum: a0d5cff5598886ebefdc8cd5094445e2 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-04T12:16:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2017_dis_islopes.pdf: 1783027 bytes, checksum: a0d5cff5598886ebefdc8cd5094445e2 (MD5) Previous issue date: 2017-07-05 / Depression is a common and recurrent disorder, and the leading cause of disability in the world. Studies have suggested the involvement of oxidative stress and neurotrophic factors in the pathogenesis of depression, which has directed the search for new therapeutic agents that present antioxidant and neuroprotective activity. Riparin II (RIP II) is an isolated alkamide of Aniba riparia that presented antidepressant and anxiolytic activity in models of acute stress. This study aimed to investigate the activity of RIP II in an animal model of depression induced by corticosterone (CORT). Female Swiss mice, 22-26g, were used in the experiments and received CORT (20 mg/kg) or vehicle subcutaneously once daily for 22 days. From the 14th day onward, RIP II (50 mg/kg) or Fluvoxamine (50 mg/kg, standard antidepressant) was given orally following CORT injection during the last 8 days of treatment with the hormone. The mice were exposed to the following behavioral tests: forced swimming, tail suspension, open field, sucrose preference, elevated plus maze and Ymaze. After behavioral evaluation, brain areas (pre-frontal cortex, striatum and hippocampus) were dissected for neurochemical evaluation: oxidative stress parameters (MDA, nitrite and GSH) and BDNF dosage. Statistical analysis of the data was performed by one-way ANOVA, followed by Newman-Keuls post-hoc test. The treatment with CORT developed depressive and anxiety-like behavior, and cognitive deficits in the animals. The subchronic administration of RIP II, similarly to the standard antidepressant, showed antidepressant activity decreasing the immobility time in the forced swimming and tail suspension tests, being devoid of effect on the locomotor activity of the animals, as demonstrated in the open field. In addition, RIP II showed anxiolytic activity in the elevated plus maze and reversed the cognitive deficit caused by CORT in the Ymaze. RIP II was also able to reverse the oxidative damage caused by CORT, decreasing levels of nitrite and MDA in the three areas evaluated, in addition to reversing the decrease of GSH in the prefrontal cortex. BDNF levels, which were decreased with CORT administration, were increased with RIP II administration. These results show the antidepressive and neuroprotective effect of RIP II against the stress damages, suggesting that it can later be used as a pharmacotherapeutic alternative in the treatment of depression. / A depressão é um transtorno comum e recorrente, e a principal causa de incapacidade no mundo. Estudos têm sugerido o envolvimento do estresse oxidativo e de fatores neurotróficos na patogênese da depressão, o que tem direcionado a busca por novos agentes terapêuticos, que apresentem atividade antioxidante e neuroprotetora. A riparina II (RIP II) é uma alcamida isolada de Aniba riparia que apresentou atividade antidepressiva e ansiolítica em modelos de estresse agudo. Este estudo teve como objetivo investigar a atividade de RIP II em um modelo animal de depressão induzida por corticosterona (CORT). Camundongos Swiss fêmeas, 22-26g, foram utilizados nos experimentos e receberam CORT (20 mg/kg) ou veículo por via subcutânea uma vez ao dia durante 22 dias. A partir do 14º dia, foi administrado, por via oral, veículo ou RIP II (50 mg/kg) ou Fluvoxamina (50 mg/kg, antidepressivo padrão) após a injeção de CORT, durante os últimos 8 dias de tratamento com o hormônio. Os camundongos foram expostos aos seguintes testes comportamentais: nado forçado, suspensão da cauda, campo aberto, preferência por sacarose, labirinto em cruz elevado e labirinto em Y. Após a avaliação comportamental, as áreas cerebrais (cortex pré-frontal, corpo estriado e hipocampo) foram dissecadas para a avaliação neuroquímica: parâmetros de estresse oxidativo (MDA, nitrito e GSH) e dosagem de BDNF. A análise estatística dos dados foi realizada por one-way ANOVA, seguida pelo teste post hoc de Newman-Keuls. O tratamento com CORT desenvolveu comportamento tipo depressivo, ansioso e déficit cognitivo nos animais. A administração subcrônica de RIP II, de maneira semelhante ao antidepressivo padrão, apresentou atividade antidepressiva, diminuindo o tempo de imobilidade nos testes de nado forçado e suspensão da cauda, sendo desprovida de efeito sobre a atividade locomotora dos animais, como demonstrado no campo aberto. Além disso, RIP II aprensentou atividade ansiolítica no labirinto em cruz elevado e reverteu o déficit cognitivo causado por CORT no labirinto em Y. RIP II também foi capaz de reverter o dano oxidativo causado por CORT, diminuindo os níveis de nitrito e MDA nas três áreas cerebrais avaliadas, além de reverter a diminuição de GSH no córtex pré-frontal. Os níveis de BDNF, que foram diminuídos com a administração de CORT, foram aumentados com a administração de RIP II. Esses resultados mostram o efeito antidepressivo e neuroprotetor de RIP II contra os danos causados pelo estresse, sugerindo que, posteriormente, esta poderá ser usada como alternativa farmacoterapêutica no tratamento da depressão.

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