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Efeito sobre o sono na utilização de uma placa oclusal miorrelaxante em pacientes com apneia obstrutiva do sono / Sleep effects on the use of stabilization occlusal splints in patients with obstructive sleep apneaThiago Carôso Fróes 18 May 2015 (has links)
A utilização de placas oclusais estabilizadoras para controle do Bruxismo do Sono (BS) é uma prática muito comum entre os odontólogos, no entanto, muitos profissionais fazem uso desta medida terapêutica sem avaliar a possibilidade do paciente ter, ou vir a desenvolver, outro distúrbio do sono associado, como a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS). Esta síndrome compromete a qualidade de vida pois aumenta o risco para doença cardiovascular assim como o risco para acidentes automotivos. Além disso, estudos sugerem que a utilização de placas oclusais poderia agravar o quadro da SAOS, uma vez que favoreceria à retrusão mandibular com consequente diminuição do espaço para a língua. Como a literatura ainda é inconclusiva e o questionamento clínico permanece, o objetivo do estudo foi avaliar os efeitos da utilização de uma placa miorrelaxante por, no mínimo, 2 meses sobre o sono de 11 pacientes com SAOS. Para tanto, foram aplicados questionários como o da Escala de Sonolência de Epworth (ESE) e o Índice de qualidade do sono de Pittsburgh (IQSP), também foram realizadas polissonografias (PSG) antes, e durante, a utilização da placa. A média de idade desses pacientes foi de 47 anos (mín 33/ máx 61) sendo que 63.6% era do gênero masculino. Os resultados dos questionários não revelaram diferença significante para os dois momentos da análise. No entanto, os dados polissonográficos evidenciaram aumento no Índice de Apneia e hipopneia (16,6-28,32 eventos por hora, p=0,003) e no Índice de Distúrbios Respiratórios (20,14-33,96 eventos por hora, p=0,003) quando da utilização da placa. Foi observado, também, uma dessaturação da oxiemoglobina mínima (85,55-79,36, p=0,026) e um aumento do tempo de saturação abaixo de 90% medido em minutos (1,43-3,98; p= 0,025). Foi possível concluir que a utilização da placa miorrelaxante, por um período de 2 meses, em pacientes portadores da SAOS, pode estar associada ao agravamento deste distúrbio. / The use of stabilization occlusal splints for Sleep Bruxism (SB) control is a very common practice among Dentists. However many professionals use this therapy without evaluating the possibility of their patients having, or developing other associated sleep disorders, such as Obstructive Sleep Apnea (OSA). This syndrome affects the quality of life, increases the risk of cardiovascular disease as well as traffic accidents. In addition, studies suggest that the use of occlusal splints may make OSA worse, once mandibular retrusion and decrease of tongue space may occur. Since literature is inconclusive and the clinical question remains, the objective of this study was to evaluate the effects over sleep of 11 OSA patients when using an occlusal stabilization splint for at least 2 months. Therefore, questionnaires such as Epworth Sleepiness Scale (ESS) and the Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI), in addition to polysomnography (PSG) were performed before, and during, splints use. Patients\' average age was 47 years old (33±61) and 63.6% were male. The questionnaire results revealed no significant difference for the two stages of analysis. However, polysomnographic data showed an increase in the apnea-hypopnea index (16.6 to 28.32 events per hour, p = 0.003) and respiratory disorders Index (20.14 to 33.96 events per hour, p = 0.003) when patients were using the occlusal splints. It was also observed a decrease of minimum oxyhemoglobin desaturation (85.55 to 79.36, P = 0.026) and an increase in saturation time below 90%, measured in minutes (from 1.43 to 3.98; p = 0.025). It was concluded that the use of occlusal splints for a period of 2 months in patients with OSA may be associated to aggravation of such disorder.
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Influência dos músculos respiratórios na atuação do sistema estomatognático de indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica / Influence of respiratory muscles on the stomatognathic system of individuals with chronic obstructive pulmonary diseaseSaulo Cesar Vallin Fabrin 22 March 2018 (has links)
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) promove limitações mecânicas e encurtamento muscular que determinam a elevação do tórax, o aumento do volume residual e da capacidade residual funcional dos pulmões. Alterações do padrão torácico e na complacência pulmonar se correlacionar com as funções estomatognáticas por meio do osso hióide e da mandíbula. O objetivo deste estudo foi analisar a influência das desordens respiratórias decorrentes da DPOC no sistema estomatognático por meio de análise eletromiográfica. Participaram do estudo 40 indivíduos de ambos os gêneros com idade entre 40 e 80 anos, divididos em dois grupos: GD, grupo DPOC (n=20), média de idade de 65,65±8,11 anos e IMC de 24,92±2,97, estádio GOLD II a IV; e GC, grupo controle (n=20), idade média de 65,80±8,18 anos e IMC de 26,19±2,38, composto por indivíduos sem a doença. Os indivíduos foram submetidos as avaliações de eletromiografia de superfície para análise dos músculos do sistema respiratório e estomatognático; e força muscular respiratória por meio da manovacuometria. Os valores obtidos foram normalizados, tabulados e submetidos à análise estatística (SPSS versão 22.0) por meio do test t-student de amostras independentes (p<0,05). Em relação aos resultados, o sistema respiratório apresentou diferenças significativas (p<0,05) entre o GD e GC, em especial para o músculo diafragma nas condições clínicas de repouso, ciclo respiratório e inspiração máxima com menor atividade das fibras musculares, expiração máxima com maior atividade e redução da força muscular respiratória. O sistema estomatognático apresentou maior atividade (p<0,05) das fibras dos músculos masseteres nas condições clínicas de repouso e protrusão, e na lateralidade esquerda para os músculos temporal e esternocleidomastoideo direito, quando comparados os grupos GD e GC. Sugere-se, que as alterações encontradas na atividade do músculo diafragma decorrentes da restrição da mobilidade torácica, parecem estar relacionadas com alterações nas condições posturais da mandíbula, ocasionando aumento na atividade das fibras musculares relacionadas ao sistema estomatognático de indivíduos com DPOC. / Chronic obstructive pulmonary disease (COPD) promotes mechanical limitations and muscle shortening that determine chest elevation, leading to increased residual volume and functional residual capacity of the lungs. Changes in the thoracic pattern and pulmonary complacency are related to the stomatognathic functions through the hyoid bone and the mandible. We aimed to analyze the influence of respiratory disorders due to chronic obstructive pulmonary disease in the stomatognathic system. We divided 40 participants of both genders, ranging from 40 to 80 years old, into two groups: DG, COPD group (n = 20), average age 65.65 ± 8.11 years and body mass index (BMI) 24.92 ± 2.97, GOLD II to IV; and CG, control group (n=20), average age 65.80 ± 8.18 years and BMI 26.19 ± 2.38, composed of individuals without the disease. The participants underwent respiratory and stomatognathic surface electromyography evaluations, and respiratory muscle strength tests through manovacuometry. The values were subjected to t-student test of independent samples (p<0.05). The respiratory system showed significant alterations (p<0.05) between the DG and CG groups, especially for the diaphragm muscles in the clinical conditions of rest, respiratory cycle, and maximal inspiration with a lower recruitment of muscle fibers, greater muscle activity during maximal expiration, and reduction of respiratory muscle strength. The stomatognathic system indicated greater activity (p<0.05) in the recruitment of the fibers of the masseter in the clinical conditions of rest and protrusion, and in the left laterality to the temporal and right sternocleidomastoid muscles, when comparing the DG and CG groups. It was concluded that alterations in diaphragm muscle activity influence the postural conditions of the mandible due to the restriction of thoracic mobility, causing an increase in the recruitment of muscle fibers related to the stomatognathic system in individuals with COPD.
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Avaliação da dificuldade respiratória na sequência de Robin: estudo clínico e polissonográfico / Evaluation of respiratory difficulty in Robin Sequence: clinical and polysomnographic studyIsabel Cristina Drago Marquezini Salmen 07 August 2015 (has links)
Introdução:A sequência de Robin (SR) é uma anomalia congênita definida pela ocorrência de retromicrognatia e glossoptose, com ou sem fissura de palato. Caracteriza-se clinicamente por obstrução das vias aéreas superiores e dificuldades alimentares. As modalidades de tratamento para alívio da obstrução respiratóriana SR incluem: posição prona, intubação nasofaríngea (INF), glossopexia, traqueostomia e distração osteogênica mandibular. O Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP) desenvolveu larga experiência com utilização da INF para o tratamento de crianças com SR, conseguindo importante redução dos procedimentos cirúrgicos na infância precoce. Indivíduos com SR têm risco aumentado para apresentar apneia obstrutiva do sono (AOS) e o exame padrão ouro para confirmar este diagnóstico é a polissonografia.O diagnóstico preciso da AOS é fundamental, para orientar o tratamento adequado e prevenir possíveis complicações. Objetivos: Estudar a dificuldade respiratória de recém-nascidos e lactentes com sequência de Robin isolada e a prevalência e gravidade da apneia obstrutiva do sono antes e após intervenção terapêutica com INF. Métodos: foram avaliados lactentes com SRI, menores de três meses, com obstrução respiratória tipo 1 ou 2 e sintomas respiratórios moderados ou graves, tratados com INF. Os indivíduos foram avaliados clinicamente e através de estudo polissonográfico. A polissonografia foi realizada 48 horas após a INF, sendo partedo exame realizado com INF e partesem INF e repetida no momento da decanulação, sem a INF. A gravidade da obstrução respiratória foi definida pelo índice de apneia-hipopneia (IAH): apneia leve se IAH maior ou igual a 1 e menor ou igual a 5 eventos/hora; moderada se IAH maior que 5 e menor ouigual a 10 eventos/hora e grave quando IAH foi maior que 10 eventos/hora.Resultados: foram avaliados 17 indivíduos com SRI, 9 (53%) do gênero feminino e 8 (47%) do gênero masculino, com idade média de 36 dias na primeira avaliação. Todos apresentavam sintomas respiratórios moderados e graves e foram tratados com INF. O tempo médio de uso da INF foi de 51 dias (variando de 23 a 172 dias). Todos apresentaram melhora clínica dos sintomas respiratórios com a INF, que passaram de graves e moderados para leves ou ausentes. Embora todos os indivíduos apresentassem dificuldades alimentares, 16 (94%) puderam se alimentar oralmente e apenas 1 (6%) foi submetido a gastrostomia. Os exames polissonográficos diagnosticaram apneia obstrutiva do sono (AOS) grave (IAH médio >10) em todas asavaliações. O IAH médio foi de 41,5 (variando de 0 a 104) no primeiro exame sem INF, 29,5 (variando de 5 a 80) no primeiro exame com a INF e de 29 (variando de 5 a 78) no segundo exame. Conclusão: A melhora clínica dos sintomas respiratórios dos indivíduos com SR, tratados com INF, não correspondeu à melhora da apneia obstrutiva do sono, diagnosticada por polissonografia, que identificou alta prevalência de AOS grave, antes e após intervenção terapêutica com INF / Introduction:Robin sequence (RS) is a congenital anomaly characterized by retromicrognatia and glossoptosis, with or without cleft palate. The main clinical problems in RS infants are upper airway obstruction and feeding difficulties. The airway interventions for patients with RS include: prone position, nasopharyngeal intubation (NPI), glossopexy, tracheostomy and mandibular distraction osteogenesis. The Hospital de Reabilitação de AnomaliasCraniofaciais, Universidade de São Paulo (HRAC-USP) has gained a large experience with NPI for management of airway obstruction in RS,which has proven to be an effective method for improving breathing and preventing surgical procedures in early infancy. Individuals with RS have an increased risk for obstructive sleep apnea (OSA).The criterion standard for diagnosis is the polysomnography (PSG) which is an accurate diagnostic procedure, required not only to ensure proper treatment but also to prevent possible complications. Objectives: to study respiratory difficulty in neonates and infants with isolated Robin sequence; to evaluate the prevalence and severity of obstructive sleep apnea before and after therapeutic intervention with NPI, to assess the efficacy of NPI. Methods: Infants younger than 3 months of age with isolated Robin sequence, with type 1 ortype 2 respiratory obstruction,moderate or severe respiratory symptomsandmanaged with NPI were evaluated. The individuals were evaluated clinically and by a polysomnographic study. Polysomnography was performed 48 hours after NPI, part of it withNPI and part without NPI and performed again after definite removal of NPI. Standardresearch definitions for OSA severity were used based on the apnea-hipopnea index (AHI): mild OSA defined as 1 to <5 events per hour; moderate as 5 to<10 events per hour and severe apnea when AHI10 events per hour. Results:A total of 17 individuals with IRS were evaluated, 9 (53%) girls and 8 (47%) boys. The mean age at the first evaluation was 36 days. All of them presented moderate and severe respiratory symptoms and were treated with NPI. The mean duration of NPI use was 51 days (ranging from 23 to 172 days). Allinfants presented clinical improvement forrespiratory symptoms with NPI, going from severe and moderate to mild or to no symptoms. Although all individuals presented feeding difficulties, only one (6%) underwent gastrostomy and 16(94%) could be fed orally. Polysomnography diagnosed severe obstructive sleep apnea in all evaluations. The mean obstructive apnea-hipopnea index (AHI) was 41.5 (ranging from 0 to 104) in the first test without NPI, 29.5 (ranging from 5 to 80) in the first test with NPI and 29 (ranging from 5to 78) in the second test. Conclusion: the clinical improvement of respiratory symptoms of individuals with RS, treated with NPI, did not correspond to the improvement of obstructive apnea sleep diagnosed by polysomnography, which identified a high prevalence of severe AOS, before and after therapeutic intervention of NPI
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Apneia obstrutiva do sono em pacientes com hipertensão arterial refratária: avaliação da prevalência, intensidade e possíveis mecanismos fisiopatológicos. / Obstructive sleep apnea in patients with resistant hypertension: prevalence, severity and Possible pathophysiological mechanisms.Eduardo de Souza Pimenta 07 November 2012 (has links)
Apneia obstrutiva do sono (AOS) é um fator de risco independente para o desenvolvimento de hipertensão arterial sistêmica, principalmente hipertensão arterial resistente, e doenças cardiovasculares. Hipertensão arterial resistente está associada à AOS, níveis elevados de aldosterona e dieta rica em sal. O objetivo do presente estudo foi determinar se a quantidade de sal na dieta e os níveis de aldosterona estão associados com a intensidade da AOS em pacientes com hipertensão arterial resistente. Noventa e sete pacientes com hipertensão arterial resistente foram avaliados com polissonografia noturna assistida e dosagem de aldosterona e sódio em urina coletada por 24h durante a dieta habitual. Hiperaldosteronismo foi definido como atividade da renina plasmática < 1 ng/mL/h e aldosterona urinária >= 12 ?g/24h. Na população total estudada, a média de idade foi 55±9 anos e 47,4% dos pacientes eram do sexo masculino. Em média, os pacientes estavam em uso de 4,3±1,1 medicamentos anti-hipertensivos e a pressão arterial foi 156,3±22,4/88,9±13,3 mmHg. A prevalência de AOS foi de 77,3% na população total estudada. Vinte e oito (28,9%) pacientes foram diagnosticados como portadores de hiperaldosteronismo. A prevalência de AOS foi maior nos pacientes com do que nos pacientes sem hiper-aldosteronismo (82,1% vs 75,4%), mas sem significância estatística. A análise univariada na população total demonstrou que o índice de apneia-hipopneia correlacionou-se positiva e significantemente com a circunferência do pescoço (rho=0,4362, p<0,0001) e com o sódio urinário (rho=0,2269, p=0,0254). Sexo masculino, circunferência do pescoço e sódio urinário estiveram positiva e significantemente associados ao índice de apneia-hipopneia em pacientes com hiperaldosteronismo. Nenhuma das variáveis selecionadas se associou com o índice de apneia-hipopneia entre os pacien-tes sem hiperaldosteronismo. Em conclusão, níveis elevados de aldosterona e dieta com sal estão associados com a severidade da AOS em pacientes com hipertensão arterial resistente. Esses achados sugerem que a restrição de sal na dieta pode ser uma estratégia terapêutica para a redução da severidade da AOS em pacientes com hipertensão arterial resistente e hiperaldosteronismo. / Obstructive sleep apnea is a strong and independent risk factor for the development of hypertension, particularly resistant hypertension, and cardiovascular diseases. Patients with resistant hypertension have a high prevalence of obstructive sleep apnea in association with elevated aldosterone levels and high salt intake. The objective was to determine if dietary salt and aldosterone levels are associated with severity of obstructive sleep apnea in patients with resistant hypertension. Ninety-seven patients with resistant hypertension were evaluated by overnight polysomnography and 24-hour urinary sodium excretion and aldosterone while ingesting their usual diet. Hyperaldosteronism was defined as plasma renin activity <1 ng/mL/h and urinary aldosterone >= 12 ?g/24 h. Overall, mean age was 55±9 years and 47.4% were males. Mean clinic blood pressure was 156.3±22.4/88.9±13.3 mmHg on an average 4.3±1.1 antihypertensive medications. Prevalence of obstructive sleep apnea was 77.3% within the entire population. Twenty-eight (28.9%) of patients were diagnosed with hyperaldosteronism. The prevalence of obstructive sleep apnea tended to be higher in patients with than without (82.1% vs 75.4%) hyperaldosteronism, but the difference did not reach statistical significance. In the univariate analysis among all patients, apnea-hypopnea index correlated significantly with neck circumference (rho=0.4362, p<0.0001) and urinary sodium excretion (rho=0.2269, p=0.0254). Gender, neck circumference and urinary sodium excretion were positively and significantly associated with apnea-hypopnea index in patients with hyperaldosteronism. None of the selected variables were associated with apnea-hypopnea index in patients without hyperaldosteronism. In conclusion, the current findings suggest that both aldosterone and dietary salt are related to severity of obstructive sleep apnea in patients with resistant hypertension. Our results support dietary salt restriction as a treatment strategy for reduction of obstructive sleep apnea severity in patients with resistant hypertension and hyperaldosteronism.
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Avaliação dos efeitos da apneia obstrutiva do sono sobre a pressão arterial, metabolismos glicídico e lipídico, e marcadores inflamatórios em pacientes hipertensos / Effects of obstructive sleep apnea on blood pressure, glucose and lipid metabolism, and inflammatory biomarkers in hypertensive patientsCarolina de Campos Gonzaga 10 April 2014 (has links)
Introdução: A apneia obstrutiva do sono (AOS) é frequente em portadores de hipertensão arterial. Ambas parecem compartilhar comorbidades como obesidade, diabetes, dislipidemia e inflamação. Entretanto, o efeito da AOS sobre tais alterações, assim como o papel da genética no controle da pressão arterial (PA) ainda são discutíveis. Objetivos: Avaliar o efeito da AOS sobre a PA, metabolismos glicídico e lipídico, e atividade inflamatória em hipertensos. Comparar suas características clínicas e laboratoriais, considerando a presença de hipertensão arterial resistente (HAR) e AOS. Avaliar genes possivelmente implicados nos mecanismos fisiopatológicos de controle da PA de acordo com a presença de HAR e AOS. Métodos: Os participantes foram divididos em 2 grupos, com HAR e sem HAR (não-HAR). Avaliados em relação às suas características clínicas, sono (polissonografia), monitorização ambulatorial de pressão arterial (MAPA), laboratoriais e genéticas. Resultados: Incluídos 205 pacientes hipertensos (55,4 ± 10,1 anos), sendo 105 com HAR e 100 não-HAR. A AOS (índice de apneia e hipopneia > 15 eventos / hora) esteve presente em 34% dos HAR, sem diferença significante em relação aos não-HAR (28%). O grupo AOS grave apresentou maior proporção de homens (68%) comparados aos outros grupos de acordo com a classificação da AOS (p < 0,05). Pacientes com AOS grave exibiram menor descenso da PA diastólica no sono comparados aos com AOS moderada (12,4 ± 8,5 vs. 18,5 ± 11,5%, p < 0,05). Em todos os modelos que consideraram as características clínicas associadas à AOS e a HAR, concluiu-se que a AOS relacionou-se à menor PA diastólica apenas nas mulheres e em pacientes com HAR. Para o C4, os pacientes com AOS, independentemente do grau, apresentaram maiores médias do que a encontrada entre os pacientes sem AOS, mesmo após controle de variáveis (p = 0,019). Entre os HAR, comparado aos não-HAR, houve predomínio do sexo feminino, raça não branca, diabéticos, dislipidêmicos, e menor descenso da PA sistólica no sono. Foram encontradas maiores taxas de C4 mesmo após ajuste de variáveis no grupo HAR comparado aos não-HAR (24,4 ± 8,1 vs. 21,7 ± 6,9 mg/dL, p = 0,043). O grupo HAR apresentou maior latência do sono REM e eficiência do sono reduzida comparado ao não-HAR (146,6 ± 81,7 vs. 120,3 ± 70,8 min, p = 0,016; 73,5 ± 15,5 vs. 78,1 ± 11,2%, p = 0,016 respectivamente). Em relação às análises genéticas não foi observado resultado significante e relevante entre os polimorfismos ou na avaliação da expressão. Conclusão: A prevalência de AOS entre pacientes hipertensos é significativa e este diagnóstico associou-se somente no sexo feminino e em pacientes com HAR a menores valores de PA diastólica quando comparados aos sem AOS. Pacientes com AOS grave apresentaram menor descenso do sono da PA diastólica e maior inflamação. Os pacientes HAR comparados aos não-HAR apresentaram maior prevalência de fatores de risco cardiovascular e pior qualidade de sono. Estudos maiores e que avaliem não somente o DNA e a expressão de mRNA, mas suas funcionalidades, são necessários para melhor definir o papel da genética na HAR e AOS. / Background: Obstructive sleep apnea (OSA) is common in hypertensive patients. Both diseases seem to share comorbidities such as obesity, diabetes, dyslipidemia and inflammation. However, the effects of OSA on such alterations as well as the role of genetics in controlling blood pressure (BP) are still an arguable issue. Objective: To evaluate the effect of OSA on BP, glucose and lipid metabolism, and inflammatory activity in hypertensive patients. To compare clinical and laboratory analyzes characteristics, considering the presence of resistant hypertension (RH) and OSA. To assess genes possibly involved in the pathophysiological mechanisms of BP control according to the presence of RH and OSA. Methods: Patients were divided into 2 groups, with and without RH (non-RH). They were evaluated according to their clinical characteristics, sleep (polysomnography), ambulatory blood pressure monitoring (ABPM), genetics and laboratory analyzes. Results: A total of 205 hypertensive patients (55.4 ± 10.1 years) were enrolled, 105 were RH and 100 non-RH. OSA (apnea and hypopnea index > 15 events / hour) was present in 34% of RH, with no significant difference compared to non-RH (28%). Severe OSA group had a higher proportion of male gender (68%) compared to other groups according to the classification of OSA (p < 0.05). Patients with severe OSA presented less sleep dip in diastolic BP compared with those with moderate OSA (12.4 ± 8.5 vs. 18.5 ± 11.5%, p < 0.05). All models in which the clinical characteristics associated with OSA and RH were considered, it was found that OSA was related to lower diastolic BP only in females, and in patients with RH. Despite adjustment of variables, and regardless of OSA rank, patients with OSA showed a higher average of C4 compared to patients without OSA (p = 0.019). RH group, compared to non-RH, presented a predominance of female gender, non-white race, diabetes, dyslipidemia, and decreased systolic BP dipping during sleep. The highest rates of C4 were found even after adjustment for variables in RH group compared to non-RH (24.4 ± 8.1 vs. 21.7 ± 6.9 mg / dL, p = 0.043). The RH group had a higher REM sleep latency and reduced sleep efficiency compared to non-HR (146.6 ± 81.7 vs. 120.3 ± 70.8 min, p = 0.016, 73.5 ± 15.5 vs. 78.1 ± 11.2 %, p = 0.016 respectively). Regarding genetic analyzes no significant and important results were observed between polymorphisms or expression evaluation. Conclusion: The prevalence of OSA among hypertensive patients is significant and this diagnosis was associated only in females and in patients with RH to lower levels of diastolic BP when compared to those without OSA. Patients with severe OSA had lower sleep dip in diastolic BP and increased inflammation. RH patients had a higher prevalence of cardiovascular risk factors and poorer sleep quality when compared to non-RH group. More comprehensive studies assessing not only the DNA and mRNA expression, but also their features, are required to better define the role of genetics in RH and OSA.
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Tradução para o português e descrição do processo de validação do Seatle Obstructive Lung Disease Questionnaire / Translation for the portuguese and description of the process of validation of Seattle Obstructive Lung Disease Questionnaire - SOLDQBeatriz Aparecida Ozello Gutierrez 24 March 2000 (has links)
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença progressiva e, que interfere na qualidade de vida (QV) de seus portadores. Foi identificado na literatura internacional um instrumento específico para medir a QV de pacientes com DPOC, o Seattle Obstructive Lung Disease Questionnaire (SOLDQ). É um instrumento com 29 itens que abordam quatro domínios: a função física, a função emocional, a habilidade de coping e a satisfação com o tratamento. Para o processo de tradução e validação do instrumento, foi utilizado o modelo proposto por GUILLEMIN (1995), que consiste das seguintes fases: tradução inicial do instrumento original; a retrotradução; revisão por comitê de juízes, pré teste e validação transcultural realizado por meio de análise da consistência interna e validação discriminante. O SOLDQ foi aplicado a 47 pacientes portadores de DPOC, assistidos no Ambulatório de Clínica Médica do HU-USP e em 48 indivíduos referidos como sadios. Os resultados obtidos por meio do coeficiente alfa de Cronbach, para a verificação da consistência interna em cada domínio foram: função física = 0,94; função emocional = 0,64; habilidade de coping = 0,63 , nesse domínio foi excluída uma questão do instrumento original e satisfação com o tratamento = 0,72. O teste t de Student mostrou que há diferença estatiscamente significante entre as médias dos domínios: função física; função emocional e habilidade de coping entre os dois grupos estudados, definindo sua função discriminante em pacientes portadores de DPOC. O instrumento final SOLDQ validado para o português constitui-se de seis questões e 28 itens. / The chronic obstructive pulmonary disease (COPD) is a progressive disease and interferes in the quality of life (QoL) of the patients with disease. There is in the international literature a specific instrument to measure the patients' QoL. with COPD, the Seattle Obstructive Lung Disease Questionnaire (SOLDQ). It is an instrument with 29 items that approaches four domains: the physical function, the emotional function, the coping skills and treatment satisfaction. The model proposed by GUILLEMIN was used (1995) for the translation process and validation of the instrument. That consists of the following phases: translation of the original instrument, the back-translation, committee review, pre-testing and cross-cultural validity accomplished by means of analysis of the consistency interns and its validation discriminate. SOLDQ was applied to two different groups: 47 patient with COPD, attended in the out-standing patients of internal medicine of University Hospital, University of Sao Paulo and to 48 individuals referred as healthy. The results obtained by means of the coefficient alpha of Cronbach, for the verification of the consistency intern in each domain were: physical function  = 0,94; emotional function = 0,64; coping skills = 0,63. In the domain coping skills were excluded one question of the original instrument and treatment satisfaction = 0,72. The test t of Student showed that there is a significant statistical difference in the averages of the domains: physical function, emotional function and coping skills between the two studied groups, defining its function discriminate in patients with COPD. The final instrument SOLDQ validity for the Portuguese idiomatic was of questions and 28 items.
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Correlação de medidas cefalométricas e antropométricas com a gravidade da apneia obstrutiva do sono = Correlation of cephalometric and anthropometric measures with obstructive sleep apnea severity / Correlation of cephalometric and anthropometric measures with obstructive sleep apnea severityBorges, Paulo de Tarso Moura, 1958- 24 August 2018 (has links)
Orientador: Li Li Min / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-24T17:08:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: Objetivo: Correlacionar medidas cefalométricas e antropométricas com a gravidade da síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) pelo índice de apneia-hipopneia (IAH). Pacientes e Métodos: O estudo é apresentado em dois artigos: o primeiro consiste de um estudo retrospectivo de 93 pacientes portadores de SAOS, referente ao período de julho de 2010 a julho de 2012, com a idade variando de 19 a 80 anos; o segundo consiste também de um estudo retrospectivo de 102 pacientes portadores de SAOS, referente ao período de julho de 2010 a julho de 2013, com a idade variando de 20 a 70 anos, divididos em três faixas etárias (?20?40, ?40?60 e ?60 anos). Foram analisadas as seguintes medidas nos dois estudos: índice de massa corpórea (IMC), circunferência cervical (CC), circunferência abdominal (CA), circunferência pélvica (CP), ângulos formados pela base do crânio com a maxila (SNA) e com a mandíbula (SNB), diferença entre SNA e SNB (ANB), distância do plano mandibular ao osso hioide (MP-H), espaço entre a base da língua e a parede posterior da faringe (PAS) e distância entre a espinha nasal posterior e a ponta da úvula (PNS-P). Foram analisados a média, o desvio padrão e a correlação de Pearson. Resultados: No primeiro estudo, observou-se que o IAH mostrou uma correlação significante com: IMC (r=0,207, p=0,047), CC (r=0,365, p<0,001), CA (r=0,337, p=0,001), PNS-P (r=0,282, p=0,006) e MP-H (r=0,235, p=0,023). No segundo, não ocorreu correlação com o IMC e nos pacientes com idade de 20 a 40 anos e a partir de 60 anos não apresentaram correlações significantes das medidas cefalométricas e antropométricas com o IAH, mas as mesmas alterações encontradas na amostra completa foram observadas na faixa etária de 40 a 60 anos. Conclusões: As medidas antropométricas IMC, CC e CA e as cefalométricas MP-H e PNS-P podem ser utilizadas como fatores preditivos da gravidade da SAOS. A faixa etária de maior importância para analisar estas medidas, exceto IMC, foi de 40 a 60 anos / Abstract: Objective: To correlate the cephalometric and anthropometric measures with the severity of obstructive sleep apnea syndrome (OSAS) using the apnea-hypopnea index (AHI). Patients and Methods: The study is presented in two articles: the first is a retrospective study of 93 patients with OSAS, carried out between July 2010 and July 2012, patient age ranging from 19 to 80 years; the second was also a retrospective study of 102 patients with OSAS, carried out between from July 2010 and July 2013, patient age ranging from 20 to 70 years, divided into three age groups (?20?40, ?40?60 and ?60 years). The following measures were analyzed in both studies: body mass index (BMI), neck circumference (NC), abdominal circumference (AC), pelvic circumference (PC), angles formed between the base of the cranium and the maxilla (SNA) and the mandible (SNB), difference between SNA and SNB (ANB), distance between the mandibular plane and the hyoid bone (MP-H), space between the base of the tongue and the posterior pharyngeal wall (PAS) and distance between the posterior nasal spine and the tip of the uvula (PNS-P). The means, standard deviation and Pearson¿s correlation were analyzed. Results: In the first study, it was observed that the AHI showed a significant correlation with: BMI (r=0.207, p=0.047), NC (r=0.365, p<0.001), AC (r=0.337, p=0.001), PNS-P (r=0.282, p=0.006) and MP-H (r=0.235, p=0.023). In the second study, there was no correlation with BMI in patients aged 20 to 40 years old. In patients over 60 years of age, there was no significant correlation of cephalometric and anthropometric measures with AHI. However, the same alterations found in the entire sample were also observed in the 40 to 60 year age group. Conclusions: The anthropometric measures BMI, NC and AC and cephalometric measures MP-H and PNS-P may be used as indicators that are predictive of the severity of OSAS. Apart from BMI, the most important age group for the analysis of these measures was the 40 to 60 year age group / Doutorado / Neurologia / Doutor em Ciências Médicas
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Avalia????o da condi????o periodontal em pacientes com doen??a pulmonar obstrutiva cr??nica: um estudo transversalLago, Cristiana da Costa Lib??rio 08 June 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-06-08 / A associa????o entre a doen??a periodontal e a doen??a pulmonar obstrutiva cr??nica (DPOC) tem sido investigada nos ??ltimos anos. Os estudos sugerem que esta associa????o acontece pela presen??a de bact??rias na cavidade oral (aspiradas ou via corrente sangu??nea) e por serem, ambas, doen??as inflamat??rias de car??ter essencialmente neutrof??lico que possuem muitos fatores de risco e comorbidades em comum. O impacto dessa associa????o ?? proposto como uma rela????o bidirecional, na qual o agravamento do curso cl??nico e do risco de desenvolver a DPOC pode ser provocado pela doen??a periodontal e vice-versa. Apesar do n??mero crescente de publica????es, poucos estudos foram realizados no Brasil. OBJETIVO: Trata-se de um estudo transversal que teve como objetivo inicial realizar uma revis??o aprofundada da literatura acerca desta associa????o a fim de fundamentar a an??lise observacional da frequ??ncia e gravidade da doen??a periodontal em pacientes com DPOC comparados com o grupo controle. MATERIAL E M??TODOS: Os descritores em portugu??s foram selecionados no DeCS, da BVS, e em ingl??s, no MeSH, para posterior pesquisa nas bases MEDLINE, LILACS e SciELO, atrav??s dos portais PubMed, Capes e BVS, no per??odo de 1999 a 2018. Foram selecionados 69 artigos e um relat??rio de consenso (GOLD). Al??m destes, um cap??tulo de livro e a legisla????o foram tamb??m utilizados nas refer??ncias. Foram selecionados 33 pacientes com DPOC e 30 pacientes sem DPOC (grupo controle). Todos os pacientes realizaram espirometria e foram examinados por um dentista para avaliar os seguintes par??metros: n??mero de dentes, ??ndice de placa (IP), ??ndice de sangramento gengival (IG), profundidade de sondagem (PS), PS dos s??tios doentes (PSD), n??vel de inser????o cl??nica (NIC), NIC dos s??tios doentes (NICD) e percentual de s??tios doentes (NICDP). A doen??a periodontal foi ent??o classificada quanto ?? severidade e extens??o (Associa????o Americana de Periodontia, 1999). Para an??lise estat??stica foram utilizados o teste de qui-quadrado de Pearson, o teste t de Student, an??lise de regress??o log??stica e c??lculo do odds ratio. RESULTADOS: Em ambos os grupos prevaleceu o sexo masculino, com m??dia de idade de 67 anos (DPOC) e 66 anos (controle). A rela????o VEF1/CVF teve m??dia de 56% (??10) no grupo DPOC e 85% (??4) no grupo controle com p<0,001. O grupo DPOC apresentou maiores IP (p=0,01), NIC (p=0,001) e NICDP (p<0,001), doen??a periodontal mais frequente e severa (p=0,015) e mais generalizada (p=0,005). Na an??lise multivariada de regress??o log??stica para a presen??a da doen??a periodontal, o odds ratio dos pacientes com DPOC foi de 1,2 (IC 95%: 1,023???1,408) em rela????o aos pacientes do grupo controle. CONCLUS??O: Os pacientes com DPOC apresentaram pior condi????o periodontal do que os pacientes do grupo controle. A an??lise destes resultados sugere que a introdu????o do tratamento periodontal e de a????es educativas para preven????o e promo????o de sa??de bucal no protocolo de acompanhamento dos pacientes com DPOC pode propiciar um aumento da abrang??ncia e aprimoramento da resolutividade no tratamento destes pacientes, a fim de promover um atendimento mais integral e, consequentemente, de maior efetividade.
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Apnéia obstrutiva do sono em pacientes portadores da doença pulmonar obstrutiva crônica: impacto do padrão clínico-funcional / Obstructive sleep apnea in patients with chronic obstructive pulmonary disease: impact of the clinical patternCabral, Marília Montenegro 28 February 2005 (has links)
A Apnéia Obstrutiva do Sono (AOS) e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) são condições clínicas comuns, particularmente na população de idosos, e portanto é de se esperar que um grande número de pacientes com DPOC apresente AOS. Os pacientes portadores da DPOC podem ser divididos em dois tipos clínicos, A e B. O segundo apresenta características clínicas sugestivas da AOS. A prevalência da AOS entre os portadores da DPOC permanece controversa e existem poucos estudos sistemáticos correlacionando a presença da AOS com o tipo clínico da DPOC. Os objetivos primários do nosso estudo foram: (1) determinar a prevalência da AOS em uma população de DPOC e (2) determinar os preditores de risco desta população para AOS. Identificamos 120 pacientes regularmente matriculados no ambulatório de DPOC da Disciplina de Pneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo que preenchiam os critérios para o diagnóstico da DPOC segundo definição da American Thoracic Society. Excluímos os pacientes em programa de oxigenoterapia domiciliar (28 pacientes). Realizamos polissonografia nos 50 primeiros pacientes. Todos foram estudados pelos seguintes métodos: mensuração de dados antropométricos e circunferência do pescoço, escala de sonolência de Epworth, avaliação sobre o ronco, questionário de Berlin, gasometria arterial em ar ambiente e vigília e prova de função pulmonar completa com mensuração da capacidade de difusão do monóxido de carbono (DLco). Os pacientes foram classificados em tipo A (DLco < 50% do valor normal previsto e dispnéia como sintoma predominante), B (DLco > 50% do valor normal previsto e tosse crônica com produção de expectoração como sintoma predominante) e misto. A população estudada se constituiu de 40 homens e 10 mulheres, com idade de 64±9 anos, índice de massa corpórea de 24±5 kg/m2 e VEF1 de 43±15% do valor normal previsto. Dezoito pacientes foram classificados em tipo A, 17 em tipo B e 15 em tipo misto. A AOS (índice de apnéia/hipopnéia > 15 eventos/hora) foi encontrada em 14 pacientes (28%). A prevalência da AOS foi maior na DPOC tipo B (47%) do que na DPOC tipo A (p<0,05). A análise de regressão logística multivariada mostrou que a presença de ronco, a grande circunferência do pescoço e a DPOC tipo B foram todos preditores independentes de risco para AOS. Concluímos que a AOS é freqüente entre portadores da DPOC, particularmente na DPOC tipo B / Chronic obstructive pulmonary disease (COPD) and obstructive sleep apnea (OSA) are common diseases, particularly in elderly patients, and therefore OSA is likely to occur in COPD patients. It was long observed that chronic obstructive pulmonary disease may fall in two distinct clinical pattern: type A (pink puffer) and type B (blue bloater). Type B patients resemble those of patients with OSA. The prevalence of OSA in COPD patients remains controversial and there are few studies that have investigated the presence of OSA according to the clinical characteristics. Our primary aims were: (1) determine the prevalence of OSA in COPD patients and (2) identify predictors for OSA in COPD patients. For this purpose we studied 50 consecutive non-oxygen dependent patients with a diagnosis of COPD as defined by the American Thoracic Society, who were attended at outpatient COPD clinic at a tertiary University Hospital. The patients were then classified as type A, type B and mixed. Type A COPD was defined solely on the basis of by a DLco < 50% of that predicted. Patients with DLco >= 50% were classified as type B only if they had a clear history of chronic cough and sputum production, lasting for at least 3 months per year for 2 years. All patients were studied by full polysomnography. Prior to sleep study, all patients underwent routine pulmonary function testing including measurement of lung volumes and DLco by the single breath technique. The Epworth Sleepiness Scale and Berlin questionnaire were completed. Snoring was considered present if it was loud and frequent. Neck circumference was also determined. There were 40 males (80%), age 64±9 years old, body mass index 24±5 kg/m2, forced expiratory volume in the first second 43±15% of predicted. Eighteen patients were classified as Type A, 17 as Type B and 15 as Mixed. Obstructive sleep apnea (apnea-hypopnea index > 15 events/hour) was observed in 14 (28%) patients. The prevalence of obstructive sleep apnea was significantly higher in Type B patients (47%). Multiple logistic regression analysis showed that presence of snoring, large neck circumference, type B were all independent predictors for OSA. We conclude that OSA is common among COPD patients, particularly among patients with type B pattern
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Estudo cefalométrico de indivíduos com síndrome da apnéia hipopnéia obstrutiva do sono.Marques, Caroline Gabriele 25 September 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-09-25 / This study aims to identify associated characteristics of craniofacial skeletal and pharyngeal soft tissues, in lateral cephalometric teleradiography and their possible association with clinical and polyssonographic findings, observing anatomical areas which most influenced the upper airway obstruction. To evaluate a predicting cephalometric pattern for Sleep Apnea Hipopnea Obstructive Syndrome (SAHOS), a sample of 40 subjects was divided into two experimental groups: patients with mild to moderate and severe SAHOS, previously submitted to polyssonographic study, according to their Apnea or Hipopnea Índex (AHI), comparing them with a control group, 10 subjects, with no sleep disorder. The first experimental group had an AHI=15 <30 (moderate sleep apnea). The second group, an AHI> or = 30 (severe sleep apnea). After the results and the statistical methods used to compare the different studied groups, the conclusion was that the SAHOS patients when compared with the control group presented: some positional alterations in their skeletal anatomical structures, mainly a lowering of the hyoide bone in relation to the cervical vertebrae; mandilbular retrusion, increased dimensions of the pharyngeal soft tissues, increased length and width of the soft palate with a decrease of the posterior and superior airway space. / O propósito deste estudo é identificar associação entre as características craniofaciais esqueletais e de tecidos moles em telerradiografias cefalométricas laterais com os dados clínicos e polissonográficos, verificando as áreas anatômicas que mais contribuem para a obstrução das vias aéreas superiores nos pacientes com Síndrome da Apnéia Hipopnéia Obstrutiva do Sono (SAHOS). Para avaliar se existe um padrão cefalométrico previsível para a Síndrome da Apnéia Hipopnéia Obstrutiva do Sono, foram comparadas as diferenças das médias das dimensões esqueléticas craniofaciais e dos tecidos moles da faringe, em norma lateral, de uma amostra de 40 indivíduos, divididos em 2 grupos-teste, com da Síndrome da Apnéia Hipopnéia Obstrutiva do Sono Moderada e Síndrome da Apnéia Hipopnéia Obstrutiva do Sono Grave, previamente submetidos ao estudo polissonográfico e um grupo controle de 10 indivíduos sem a doença. Pertenciam ao primeiro grupo teste os pacientes com Índice de Apnéia e Hipopnéia (IAH) > 15 < 30 (apnéia do sono moderada) e ao segundo grupo teste os pacientes com Índice de Apnéia e Hipopnéia (IAH) ≥ 30 (apnéia do sono grave). Diante dos resultados obtidos e após a aplicação dos métodos estatísticos usados para comparação dos diferentes grupos estudados, concluiu-se que os pacientes apnéicos quando comparados com o grupo controle apresentaram: alterações no posicionamento das estruturas anatômicas esqueletais, principalmente um posicionamento inferior do osso hióide em relação às vértebras cervicais, retrusão mandibular, dimensões aumentadas dos tecidos moles faringeanos, aumento no comprimento e largura do palato mole com diminuição do espaço aéreo póstero-superior.
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