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Síndrome da apneia obstrutiva do sono e disfagia orofaríngea: aspectos miofuncionais, respiratórios e coordenação neuromuscular oral e laríngea / Obstructive sleep apnea syndrome and oropharyngeal dysphagia: orofacial myofunctional aspects, respiratory aspects and oral and laryngeal neuromuscular coordination

Gabriele Ramos de Luccas 23 February 2017 (has links)
Estudos têm tentado compreender a relação entre a SAOS e disfagia orofaríngea, porém ainda existem dúvidas sobre o tema. O objetivo deste estudo foi verificar se aspectos miofuncionais orofaciais, respiratórios e de coordenação neuromuscular oral e laríngea se relacionam com sinais e sintomas de disfagia orofaríngea em indivíduos com SAOS. Para isso foram avaliados 12 adultos com mediana de 43 anos e diagnóstico de SAOS comprovado por meio de exame de polissonografia. Todos os participantes foram submetidos a cálculo do índice de massa corporal (IMC), medida da circunferência do pescoço, avaliação do espaço orofaríngeo por meio do grau de Mallampati, aplicação do questionário de sintomas de disfagia orofaríngea EAT 10, avaliação da deglutição durante a videofluoroscopia com aplicação da Dysphagia Outcome and Severity Scale DOSS e Escala de Resíduos, exame miofuncional orofacial utilizando o Protocolo MBGR, avaliação da pressão de língua utilizando o Iowa Oral Performance Instrument (IOPI), provas de diadococinesia (DDC) oral e laríngea, avaliação da capacidade inspiratória com o uso do Peak Nasal Inspiratory Flow (PNIF). Os dados foram tabulados, analisados estatisticamente por meio do teste de Correlação de Ponto Bisserial e Correlação de Spearman, considerando o nível de significância de 5% (p<0,05). Os pacientes apresentaram IMC e circunferência cervical acima da normalidade, grau IV de Mallampati, pontuação do EAT 10 entre 0 e 3 pontos e Nível 6 na DOSS em sua maioria; escala de Resíduos com graus 1 e 2 com presença de resíduos em língua, valécula e esfíncter esofágico superior para líquido e pudim; tonicidade e mobilidade orofacial alteradas; modo respiratório nasal; tipo respiratório superior; desempenho nas provas elevação, lateralização e protrusão do IOPI abaixo da normalidade; parâmetros de média e perturbações do período abaixo da normalidade na DDC oral e laríngea e valores do PNIF abaixo da normalidade. Ao correlacionar os dados da VDF com as demais avaliações houve correlação forte a moderada e significante (p<0,05) entre as provas de lateralização de língua à direita e protrusão do IOPI com resíduos na língua e intraesofágico; valores do PNIF com atraso do início da fase faríngea, resíduos em seios piriformes e faringe; valores da DDC oral e laríngea com resíduos em valécula e na língua, escape posterior prematuro, atraso do início da fase faríngea e alteração da função de língua. Portanto, conclui-se que os aspectos de pressão de língua, pico do fluxo inspiratório nasal e coordenação neuromuscular oral e laríngea apresentaram relação com sinais de Disfagia Orofaríngea nos indivíduos com SAOS desta amostra. / Studies have tried to find a relationship between obstructive sleep apnea syndrome and oropharyngeal dysphagia, but many questions still remain. The aim of this study was to verify if orofacial myofunctional aspects, respiratory aspects and oral and laryngeal neuromuscular coordination are related to signs and symptoms of oropharyngeal dysphagia in individuals with OSAS. For it, 12 adults with a median of 43 years were evaluated, who has a diagnosis of OSAS verified by polysomnography. All patients were undergo calculation of body mass index (BMI), measured the neck circumference, evaluation of oropharyngeal space through the Mallampati grade, application of the questionnaire of symptoms of oropharyngeal dysphagia EAT 10, swallowing evaluation during videofluoroscopy with the application of Dysphagia Outcome and Severity Scale - DOSS and Scale of Residues, orofacial myofunctional examination using MBGR Protocol, evaluation of tongue pressure using the Iowa Oral Performance Instrument (IOPI), oral and laryngeal diadochokinesia tests, inspiratory flow using the Peak Nasal Inspiratory Flow (PNIF). The data were tabulated, statistically analyzed using the Bisserial Point Correlation and Spearman Correlation test, considering the significance level of 5% (p<0.05). Patients had BMI and cervical circumference above normal, Mallampati grade IV, EAT 10 score between 0 and 3 points and Level 6 in DOSS mostly, Scale of Residues with grades 1 and 2 with presence of residuals in tongue, vallecula and upper esophageal sphincter for liquid and pudding, altered orofacial tonicity and mobility, nasal respiratory mode, upper respiratory type, performance in the IOPI elevation, lateralization and protrusion tests below normality, parameters of mean of period and period dysfunction below normality in oral and laryngeal DDC and PNIF values below normality. When correlating VDF data with the other evaluations, there was a strong to moderate and significant correlation (p<0.05) between the tests of right tongue lateralization and protrusion of IOPI with residuals in the tongue and intraesophageal; PNIF values with delayed onset of pharyngeal phase, residuals in pharyngeal and pyriform sinuses; values of oral and laryngeal DDC with residuals in vallecula and tongue, premature posterior leakage, delayed pharyngeal phase onset and altered tongue function. Therefore, it was concluded that the aspects of tongue pressure, peak nasal inspiratory flow and oral and laryngeal neuromuscular coordination were related to signs of Oropharyngeal Dysphagia in individuals with OSAS.
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Determinação de padrões ventilatórios e avaliação de estratégias de rastreamento de transtornos respiratórios durante o sono em pacientes candidatos à cirurgia bariátrica

John, Angela Beatriz January 2015 (has links)
Introdução: A obesidade é um problema de saúde pública em crescimento, sendo o principal fator de risco para os transtornos respiratórios durante o sono (TRS), como a apneia obstrutiva do sono (AOS) e a hipoventilação noturna. A cirurgia bariátrica se consolidou como possibilidade terapêutica para a obesidade significativa. A identificação precoce dos TRS na fase pré-operatória é essencial, pois acarretam um risco aumentado de complicações perioperatórias. Diversas propostas de triagem dos TRS com abordagens mais simplificadas em relação à polissonografia (PSG) têm surgido na literatura nos últimos anos, nem todas avaliadas em uma população de pacientes obesos. Objetivo: Determinar os padrões ventilatórios em obesos candidatos à cirurgia bariátrica e avaliar três estratégias de rastreamento de TRS nessa população. Métodos: Os critérios de inclusão foram pacientes com idade ≥18 anos com obesidade graus III [índice de massa corporal (IMC) ≥40 kg/m2] ou II (IMC ≥35 kg/m2) com comorbidades relacionadas à obesidade encaminhados para avaliação para cirurgia bariátrica. Foram excluídos pacientes com cardiopatia e/ou pneumopatia graves ou descompensadas. Foram avaliados 91 pacientes através de três estratégias: (1) Clínica [Escala de Sonolência de Epworth e questionários STOP-Bang, Berlim e Sleep Apnea Clinical Score (SACS), acrescidos de gasometria arterial (GA)]; (2) Oximetria (holter de oximetria durante o sono e GA) e (3) Portátil [monitorização portátil (MP) durante o sono e capnografia)]. Todos os testes realizados foram comparados com o teste padrão, a PSG, para o diagnóstico de AOS. Resultados: A amostra estudada foi composta por 77 mulheres (84,6%) com média de idade de 44,7 ± 11,5 anos e de IMC de 50,1 ± 8,2 kg/m2. Os padrões ventilatórios identificados foram ronco, hipoxemia isolada durante o sono, AOS e hipoventilação noturna em associação com AOS. Os dados polissonográficos evidenciaram AOS em 67 de 87 pacientes (77%), sendo 26 com transtorno leve, 19 moderado e 22 grave. Vinte pacientes (23%) tiveram diagnóstico de ronco e dois deles também apresentaram hipoxemia isolada durante o sono sem AOS ou hipoventilação concomitantes. Hipoventilação noturna associada com AOS foi identificada por capnografia em um paciente. Na Estratégia Clínica, o melhor resultado alcançado foi com o escore STOP-Bang ≥6 em pacientes com índice de apneia hipopneia (IAH) ≥30 (acurácia total de 82,8%). Na Estratégia Oximetria, os pontos de corte com maior sensibilidade e especificidade para IAH ≥5, ≥10, ≥15 e ≥30 foram tempo total de registro com saturação periférica de oxigênio (SpO2) <90% por, pelo menos, 5 minutos; índice de dessaturação (ID)3% ≥22 dessaturações/hora de registro e ID4% ≥10 e ≥15 dessaturações/hora de registro. Todas as áreas sobre a curva (ASC) situaram-se acima de 0,850. Para um IAH ≥5, o ID4% ≥10 apresentou sensibilidade de 97%, especificidade de 73,7%, valor preditivo positivo de 92,8% e negativo de 87,5% e acurácia total de 91,8%. Na Estratégia Portátil, o índice de distúrbios respiratórios (IDR) foi um bom preditor de AOS nos variados pontos de corte de IAH (ASC de 0,952 a 0,995). As melhores sensibilidades e especificidades foram alcançadas em pontos de corte semelhantes de IDR e IAH, especialmente nos extratos de IAH ≥10 e ≥30. A acurácia total máxima foi de 93,9% para IDR ≥5, ≥10 e ≥30 nos seus correspondentes IAH. Baseados nesses resultados, foram testadas estratégias combinadas compostas pelo questionário STOP-Bang ≥6 com ID4% ≥10 ou ≥15. O melhor equilíbrio entre sensibilidade e especificidade e a maior acurácia foram obtidos com a estratégia STOP-Bang ≥6 com ID4% ≥15 em AOS grave. Conclusões: A frequência de ocorrência de TRS nos obesos em avaliação para cirurgia bariátrica foi alta, sendo a AOS o transtorno mais encontrado. Os questionários disponíveis até o momento, isoladamente, parecem ser insuficientes para o rastreamento de AOS nessa população, à exceção do STOP-Bang ≥6 em pacientes com AOS grave. O uso de uma medida fisiológica objetiva expressa pelo holter de oximetria foi útil para rastrear AOS em pacientes obesos. A MP apresentou acurácia aumentada, especialmente nos extremos de valores de IAH, com resultados comparáveis aos da PSG. A PSG poderia ser reservada apenas para confirmação diagnóstica em casos selecionados. / Introduction: Obesity is a growing public health problem and the main risk factor for sleep-disordered breathing (SDB), including obstructive sleep apnea (OSA) and nocturnal hypoventilation. Bariatric surgery has become an option for the treatment of significant obesity. Early detection of SDB preoperatively is essential, since these disorders are associated with an increased risk of perioperative complications. Several screening tools for SDB, with a more simplified approach than polysomnography (PSG), have been proposed in recent years, but not all of them have been evaluated in a population of obese patients. Objective: To determine ventilatory patterns in obese candidates for bariatric surgery and evaluate three SDB screening strategies in this population. Methods: Eligible participants were all patients aged ≥18 years with grade III (body mass index [BMI] ≥ 40kg/m2) or grade II (BMI ≥35 kg/m2) obesity and obesity-related comorbidities who were referred for evaluation for bariatric surgery. Exclusion criteria were heart disease and/or severe or decompensated pulmonary disease. Ninety-one patients were evaluated by three strategies: (1) Clinical (Epworth Sleepiness Scale and STOP-Bang questionnaire, Berlin questionnaire and Sleep Apnea Clinical Score [SACS] plus blood gas analysis [BGA]); (2) Oximetry (overnight Holter-oximeter monitoring and BGA); and (3) Portable (overnight portable monitoring and capnography). All tests were compared with the gold standard, PSG, for the diagnosis of OSA. Results: The sample consisted of 77 women (84.6%) with a mean (SD) age of 44.7 (11.5) years and BMI of 50.1 (8.2) kg/m2. The ventilatory patterns identified were snoring, isolated nocturnal hypoxemia, OSA, and nocturnal hypoventilation associated with OSA. Polysomnographic data showed OSA in 67 of 87 patients (77%), 26 with mild, 19 with moderate and 22 with severe disorder. Twenty patients (23%) had a diagnosis of snoring, and two of them also had isolated nocturnal hypoxemia without concomitant OSA or hypoventilation. Nocturnal hypoventilation associated with OSA was detected by capnography in one patient. In the Clinical Strategy, the best result was obtained with the STOP-Bang score ≥6 in patients with an apnea-hypopnea index (AHI) ≥30 (overall accuracy of 82.8%). In the Oximetry Strategy, the cutoff values with the highest sensitivity and specificity for AHI ≥5, ≥10, ≥15, and ≥30 were total recording time with peripheral oxygen saturation (SpO2)< 90% for at least 5 minutes, 3% oxygen desaturation index (ODI) ≥22 desaturations/hour of recording, and 4%ODI ≥10 and ≥15 desaturations/hour of recording. All areas under the curve (AUC) were above 0.850. For AHI ≥5, 4%ODI ≥10 had a sensitivity of 97%, specificity of 73.7%, positive predictive value of 92.8%, negative predictive value of 87.5%, and overall accuracy of 91.8%. In the Portable Strategy, the respiratory disturbance index (RDI) was a good predictor of OSA in various cutoff values of AHI (AUC of 0.952 to 0.995). The highest sensitivity and specificity were obtained at similar cutoff values for RDI and AHI, especially for AHI ≥10 and ≥30. The maximum overall accuracy was 93.9% for RDI ≥5, ≥10, and ≥30 in their corresponding AHI. Based on these results, combined strategies were tested consisting of the STOP-Bang score ≥6 combined with 4%ODI ≥10 or ≥15. The best balance between sensibility and specificity and the maximum accuracy were achieved with the strategy composed by STOP-Bang ≥6 and 4%ODI ≥15 in patients with severe OSA. Conclusions: The frequency of occurrence of SDB in obese individuals undergoing evaluation for bariatric surgery was high, and OSA was the most frequent occurrence. Currently available questionnaires were insufficient to screen for OSA in this population, with the exception for the STOP-Bang score ≥6 in patients with severe OSA. The use of an objective physiological measure, such as Holter-oximetry monitoring, was useful as a screening tool for OSA in obese patients. Portable monitoring showed increased accuracy, especially in extreme AHI values, with results comparable to those obtained with PSG. The PSG could be reserved only for certain cases where diagnostic confirmation is necessary.
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Efeito do CPAP sobre o stress oxidativo e níveis de adiponectina em pacientes obesos com apnéia obstrutiva do sono / CPAP effect on stress oxidative and adiponectin levels in obese patients with obstructive sleep apnea

Lima, Anna Myrna Jaguaribe de 28 May 2007 (has links)
A obesidade é tida como o principal preditor para o desenvolvimento da apnéia obstrutiva do sono (AOS). Tanto a obesidade, como a AOS estão associadas a maior prevalência de doenças cardiovasculares e alguns fatores comuns às duas doenças são considerados como responsáveis por esta ligação, como o aumento no stress oxidativo, do tônus simpático e da resistência à insulina. Para o tratamento da AOS, o uso do CPAP é a principal escolha, melhorando a qualidade do sono destes indivíduos. No entanto, os efeitos fisiológicos sobre outras variáveis vêm sendo bastante pesquisados nos últimos anos. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi verificar o efeito do CPAP sobre o stress oxidativo e níveis de adiponectina em pacientes obesos portadores de AOS. Foram estudados pesquisa 29 pacientes, classificados como obesos (IMC = 30kg/m2), do sexo masculino, com idade entre 25-70 anos, divididos em 3 grupos: a) Grupo I: 10 indivíduos sem AOS (índice apnéia-hipopnéia-IAH = 5), que não tiveram AOS diagnosticada após a realização da polissonografia; b) Grupo 2: 10 portadores de AOS de moderada a grave (IAH = 20) que não fizeram o uso do CPAP, por não se adaptarem ao aparelho ou por terem optado pelo tratamento cirúrgico, após o prazo de 2 meses; c) Grupo 3: 9 portadores de AOS de moderada a grave (IAH = 20) que fizeram o uso do CPAP. Foram pacientes com indicação, acesso e adaptação (no mínimo 4h por noite, durante dois meses) ao CPAP. O grupo 3 apresentou diferenças significativas antes e após o uso do CPAP, nas seguintes variáveis: redução na produção de superóxido [13,2 (10,3-19,6) vs. 10,5 (5,8-11,8) nmoles O2- /2x106 PMN] e aumento na síntese de nitritos e nitratos séricos [24,5 (16,7-33,5) vs. 49,5 (39,3-58,1) uM] e nos níveis plasmáticos de adiponectina [4,4 (4,2-5,6) vs. 5,3 (4,4-6,1) ug/mL]. Também foram verificadas correlações positivas entre a produção de superóxido e o índice apnéia-hipopnéia (IAH) (r= 0,726154; p= 0,000431), entre os níveis de nitritos e nitratos séricos e de adiponectina (r= 0,68809886; p= 0,001127), entre a produção de superóxido e o HOMA-IR (r= 0,833409; p= 0,000009), entre o entre o IAH e o HOMA-IR (r= 0,8570778; p= 0,000002). Foram observadas correlações negativas entre o índice IAH e os níveis de nitritos e nitratos séricos (r= -0,867078; p= 0,000002), entre a produção de superóxido e de óxido nítrico (r= -0,92733221; p= 0,000000), entre a produção de superóxido e os níveis de adiponectina (r= -0,77373778; p= 0,000102), entre o IAH e os níveis de adiponectina (r= -0,70782095; p= 0,000698) entre a os níveis de nitritos e nitratos séricos e o HOMA-IR (r= -0,813984; p= 0,000002). De acordo com os resultados do presente trabalho, podemos concluir que: a) Os indivíduos obesos portadores de AOS apresentam aumento na produção de superóxido, redução nos níveis de nitritos e nitratos séricos e adiponectina, e resistência à insulina; b) As alterações na produção de superóxido, nos níveis de nitritos e nitratos séricos e de adiponectina e a resistência à insulina presentes na obesidade, são agravadas pela apnéia obstrutiva do sono e c) O uso do CPAP é capaz de melhorar as elevações na produção de superóxido, as reduções nos níveis de nitritos e nitratos séricos e adiponectina e as alterações metabólicas presentes nos pacientes obesos portadores de AOS. / Obesity is viewed as the main factor for the obstructive sleep apnea (OSA) development. Obesity and the OSA are both associated with the major cardiovascular illnesses prevalence and certain common factors they are considered responsible for, such as the stress oxidative increase, the sympathetic tonus and the resistance to insulin. For the OSA treatment, CPAP usage is the first choice in enhancing these individuals sleeping quality. Meanwhile, the physiological effects on other variables are being actively searched for these last years. Thus, the objective of this paper was to check CPAP effect on oxidative stress and the adiponectin levels in obese patients with OSA. Twenty nine male patients considered obese (BMI = 30kg/m2) and between the ages of 25-70 were analyzed, then divided into 3 groups: a) Group I: 10 OSA free patients (apnea-hipopnea index (AHI) = 5), after a polysomnography diagnostic; b) Group 2: 10 with moderate to serious OSA (AHI = 20) and CPAP free usage for failure to adapt to the machine or, for having chosen surgical treatment after two months; c) Group 3: 9 with OSA from moderate to serious (AHI = 20) using CPAP. They were patients with sign, access and adaptation (in minimum 4 hours/night, during 2 months) to CPAP. Significant differences were observed in group 3, before and after CPAP usage in the following variables: reduction of superoxide production [13,2 (10,3-19,6) vs. 10,5 (5,8-11,8) n moles O2- /2x106 PMN] and increase in serum nitrite/nitrates levels [24,5 (16,7-33,5) vs. 49,5 (39,3-58,1) ug/mL] and the adiponectin plasmatic levels [4,4 (4,2-5,6) vs. 5,3 (4,4-6,1) ug/mL]. Positive correlations between superoxide production and Apnea-Hypopnea Index (AHI) (r= 0,726154; p= 0,000431) were verified, as well as between serum nitrite/nitrates levels and adiponectin levels (r= 0,68809886; p= 0,001127); superoxide production and HOMA(IR) (r= 0,833409; p= 0,000009); AHI and HOMA(IR) (r= 0,8570778; p= 0,000002). Negative correlations were observed between AHI and serum nitrite/nitrates levels (r= -0,867078; p= 0,000002); superoxide and serum nitrite/nitrates levels (r= -0,92733221; p= 0,000000); superoxide production and adiponectin levels (r= -0,77373778; p= 0,000102); AHI and adiponectin levels (r= -0,70782095; p= 0,000698); serum nitrite/nitrates levels and HOMA(IR) (r= -0,813984; p= 0,000002). According to our results we can conclude that: a) obese individuals with OSA have superoxide production, serum nitrite/nitrates levels and adiponectin reduction, and resistance to insulin; b) alterations in superoxide production, serum nitrite/nitrates levels, adiponectin and the resistance to insulin present in obesity, are all worsen by the sleep obstructive apnea; c) CPAP usage can improve rises in superoxide production, reductions serum nitrite/nitrates levels and adiponectin, and the metabolic alterations present in obese patients with OSA.
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"Tratamento da síndrome da apnéia e hipopnéia obstrutiva do sono e do ronco com placa reposicionadora da mandíbula: avaliação dos efeitos por meio de polissonografia e do exame físico da musculatura de pacientes sem disfunção craniomandibular" / Obstructive sleep apnea hypopnea syndrome and snoring treatment with repositioning mandibular appliance: effects evaluation by polysomnography and mastigatory muscle physical examination in patients without têmporo-mandibular disfuction

Duarte, Eduardo Rolo 08 August 2006 (has links)
Entre os distúrbios do sono relatados pela Academia Americana do Sono, o mais comum é a Síndrome da Apnéia e Hipopnéia Obstrutiva do Sono (SAHOS) que ocorre em razão da dificuldade da passagem ou interrupção total do fluxo do ar nas vias aéreas, provocando freqüentes despertares durante o sono, levando à sonolência diurna excessiva e interfere na saúde e na qualidade de vida dos indivíduos. A apnéia obstrutiva do sono gera conseqüências como: o ronco crônico, hipertensão sistêmica, sonolência excessiva, diminuição da libido, fadiga, depressão, aumento do risco para acidentes de trabalho e automobilísticos. Uma placa oral de avanço mandibular foi objeto deste estudo por propiciar um tratamento não invasivo, simples e bem aceito pelos pacientes. Nesta pesquisa foram avaliados 15 pacientes com apnéia do sono sem disfunções craniomandibulares (DCM), que apresentaram sonolência excessiva ou ronco. Os dados foram levantados mediante: polissonografia, antes e após instalação da placa oral; análise dos sinais e sintomas de DCM, por meio de questionário anamnético e pela palpação muscular e da ATM, e radiografias de teleperfil para verificar possíveis modificações na morfologia das vias aéreas superiores. A média do índice de apnéia e hipopnéia (IAH) antes do tratamento foi de 18,3 e, depois, de 4,1 (redução altamente significativa, p=0,001). Ocorreu um aumento significativo na menor saturação da oxihemoglobina (p=0,05), com diminuição significativa na sua dessaturação (p=0,05). Também ocorreu uma diminuição significativa nos microdespertares do sono (p=0,05). Para 14 pacientes com IAH<30, a taxa de redução no IAH foi de 75,9% e para 15 pacientes, incluindo um com IAH severo, a taxa de redução do IAH foi de 77,6%. Verificou-se também que o IAH reduziu abaixo de 10 em 13 pacientes (86,7%) e diminuiu acima de 50% em 14 pacientes (93,3%). Ocorreu melhora altamente significativa na sonolência diurna (p=0,005) em 87% dos pacientes. O tratamento provocou alterações dimensionais nas vias aéreas superiores e não foi observado desenvolvimento de DCM durante o período de acompanhamento. A placa desenvolvida neste estudo foi considerada efetiva para tratamento da SAHOS de graus leve a moderado. / Sleep-disorder breathing including obstructive sleep apnea hypopnea syndrome (OSAHS) and snoring is common and is believed to increase risk for morbidity and mortality. This disease occurs when abnormal breathing patterns like cessation of airflow disrupt sleep. Important clinical consequences of sleep apnea are cronic snoring, systemic hypertension, excessive sleepiness, depression and fatigue, sexual impairment and risk increased motor vehicle crashes and work-related accidents. Mandibulars repositioning appliances have been recommended for treatment of this disease because it is a non invasive treatment and well accepted by the patients. This study included 15 patients without temporomandibular disorders (TMD) and with excessive daytime sleepness or snoring. To get the datas the patients did two polysomnography and two cepholometrics radiographs, before and after treatment to examine upper airway dimensions and to access changes on TMD signs and symptons they answered anamnetic questionary for TMD and temporomandibular joints and muscle’s physical palpation were achieved. The IAH was reduced by the appliance intervention from 18,3 to 4,1 (p=0,001), and was reduced to below 10 in 13 patients (86,7%) and up to 50% in 14 patients (93,3%). The minor oxihemoglobin saturation increased significantly (p=0,05) and decreased on their dessaturation (p=0,05).The patients’ arouses decreased significantly(p=0,05). The IAH decreased rate was 75,9% in fourteen patients with IAH<30 and for fifteen patients with one severe IAH, the rate was 77,6%.The excessive daytime sleepiness improved significantly (p=0,005) in 87% patients.The treatment increased upper airway dimension and had no severe effect on the masticatory system and temporomandibular joints. In conclusion, this appliance showed to be effective for middle and moderate obstructive sleep apnea.
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Associação entre o trabalho de caminhada de seis minutos e a capacidade aeróbia de pico em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica

Poersch, Karla January 2009 (has links)
O teste de exercício cardiopulmonar incremental (TECP) tem sido utilizado para avaliar o impacto global da doença em pacientes com DPOC. Considerando que as avaliações de exercício em laboratório são demoradas, caras e muitas vezes indisponíveis, o teste de caminhada de seis minutos (TC6min) não exige equipamentos caros e sofisticados, e pode ser facilmente realizado. Embora, a principal medida comumente utilizada no teste de caminhada seja a distância percorrida durante os 6 minutos (D), esta medida não leva em conta as diferenças de peso corpóreo, que podem influenciar o desempenho do exercício. Além disso, estudos anteriores correlacionaram o trabalho realizado durante o TC6min com TECP incremental pedalando, modalidade de exercício comumente associada a fadiga de quadríceps e menor consumo de oxigênio de pico ( O2) do que o TECP caminhando. O principal objetivo desse estudo foi avaliar a correlação entre a distância percorrida no TC6min (D) e o produto distância percorrida - peso corporal (DxP), uma estimativa do trabalho realizado durante o TC6min, com o O2 de pico obtido durante o TECP incremental em esteira ergométrica. Foram estudados trinta pacientes (19 homens), apresentando média (± DP) de idade de 66,3 ± 7,5 anos, com DPOC estável de moderada a grave intensidade (VEF1 médio de 1,1 ± 0,4L e 39 ± 13% predito) que realizaram TECP incremental em esteira ergométrica até o limite máximo de tolerância e o TC6min. Os testes foram realizados com pelo menos 48 horas de intervalo. A correlação de Pearson foi utilizada para avaliar o nível de associação entre o O2 pico, a distância e o trabalho executado durante o TC6min. Os pacientes percorreram 425,1 ± 78,6 m e realizaram um trabalho de 28166,4 ± 8368,4 Kg-m durante o TC6min, enquanto que o O2 de pico atingido foi 965,6 ± 370,1 mL/min (68,7 ± 17,4% do previsto) no TCPE. Ao final do exercício, em ambos os testes, a dispnéia foi a principal queixa e maior percepção de dispnéia e maior frequência cardíaca foi observado ao final do TECP comparativamente ao TC6min. O trabalho da caminhada (DxP) durante o TC6min demonstrou maior correlação com o O2 pico do que a distância (D) isoladamente. O mesmo ocorreu para VEF1, CVF, CI, DLCO, CO2, E e duplo produto (uma estimativa do trabalho do miocárdio), (r = 0,57; r = 0,57; r = 0,73; r = 0,7; r = 0,75; r = 0,65; r = 0,51; r = 0,4 respectivamente, todos com p <0,05). Dessa forma, esse estudo corrobora a melhor associação entre o trabalho estimado a partir da TC6min e o O2 pico atingido durante TECP, neste caso em esteira ergométrica, em comparação à distância isoladamente. / Incremental cardiopulmonary exercise testing (CPET) is increasingly used to evaluate the overall impact of the illness in patients with COPD. Whereas laboratory tests of exercise performance are often time-consuming, costly and frequently unavailable, the six-minute walk test (6MWT) does not require expensive or sophisticated equipments, and can be easily performed. Although, the main outcome measure commonly used in this field test is the distance walked during the predetermined 6 minutes (6MWD), this measure does not account for differences in body weight that are known to influence exercise performance. Furthermore, previous studies correlated the working performed during 6MWT with incremental cycling CPET, an exercise modality more associated with quadriceps fatigability and lower peak oxygen consumption ( O2) than incremental walking tests. The main objective of this study is to evaluate the correlation between 6MWD and its derivative walking distance-body weight product, an estimation of the work performed during 6MWT, with peak O2 obtained during a treadmill incremental CPET. The study enrolled thirty patients (19 males), with a mean (± SD) age of 66.3 ± 7.5 years and a stable moderate-to-severe COPD (ie, mean FEV1 1.1 ± 0.4L and 39 ± 13 % predicted) performed a ramp incremental CPET to the limit of tolerance on a treadmill and 6MWT. Tests were performed at least 48 h apart. Pearson´s correlation was used to assess the level of association between peak O2 and the distance and work executed during 6MWT. The patients walked 425.1 ± 78.6 m and performed a work of 28,166.4 ± 8368.4 (Kg-m) during the 6MWT while achieved a peak O2 of 965.6 ± 370.1 mL/min (68.7 ± 17.4% of predicted) in the treadmill CPET. They mainly stopped exercise due to dyspnea in both tests and reported a greater perception of dyspnea and higher heart rate was observed at the end of the CPET. The work of walking during the 6-MWT (DxW) provided greater and more frequent significant correlation with peak O2 than that observed with 6MWD.This was the case for FEV1, FVC, IC, DLCO, CO2, E, and double product (an estimate of myocardial work) (r=0.57; r=0.57; r=0.73; r=0.7; r=0.75; r=0.65; r=0.51 and r= 0.4, respectively; all p<0.05). This study provides evidence to corroborate the better association between the work estimated from the 6MWT and peak O2 achieved during CPET, in this case with a treadmill, than the 6MWD on isolation.
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Perfil das cirurgias cranio-faciais em um hospital de ensino: estudo prospectivo longitudinal

Pinto, Vanessa Gabriela Gonzales 19 February 2018 (has links)
Submitted by Suzana Dias (suzana.dias@famerp.br) on 2018-10-29T18:26:25Z No. of bitstreams: 1 VanessaPinto_dissert.pdf: 1025499 bytes, checksum: 00604f97506498ad8f934d2a41cc1adb (MD5) / Made available in DSpace on 2018-10-29T18:26:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 VanessaPinto_dissert.pdf: 1025499 bytes, checksum: 00604f97506498ad8f934d2a41cc1adb (MD5) Previous issue date: 2018-02-19 / Orthognathic surgery is the treatment of choice for the correction of severe dentofacial deformities. It is based on the surgical manipulation of the bones of the face in order to correct anatomical relations, malocclusions and treatment of Sleep Apnea and Hypopnea Syndrome - OSAHS. Objective: The objective of this study was to study the profile of orthognathic surgery of patients who were surgically treated in the otorhinolaryngology department and to analyze whether there was statistical significance by means of logistic regression between the patients' age and the orthognathic surgery profile. Methodology: The present study was based on an observational study with a longitudinal prospective model, with an evaluation of the charts of patients submitted to orthognathic surgeries with statistical and descriptive procedures, from 2002 to 2016. The number of procedures, the individual’s characteristics, characteristics of individuals, Type of malocclusion and type of surgery performed for the treatment of dentofacial deformity and / or Sleep Apnea and Obstructive Hypopnea Syndrome - OSAHS. The patients were divided into 7 groups: Maxilla (MX), Mandible (MD), Maxilla and Mandible (MX/MD); (TM), Maxilla-Mandible-Ment (MX/MD/MT); Mandible (MD/MT); (MT); Maxilla-Ment (MX/MT). The sample consisted initially of 152 patients treated in the service subdivided into two male and female groups. Both physical and electronic medical charts were evaluated and compared with data previously collected in a previous sample. Results: The present study showed that the number of orthognathic surgical treatments for the correction of deformities was significant between 2002 and 2016, and the highest incidence of surgeries occurred in the Maxilla (MX) groups, with 53.2 % of the cases, Jaw (MD), with 17.7 % of the cases and Jaw and Jaw (MX/MD), with 17.0 % of the cases, as shown qualitatively and quantitatively in table 1 and figures 3 and 4. Surgeries of maxillary advancement (MX) exclusively correspond to the largest number of the sample, representing seventy-three (74) patients, as shown in figure 4. In addition, there was a higher incidence of female surgeries with 51.0 % of the cases. In addition, there was no influence of the continuous predictor "age" and "sex" on the predictor response "orthognathic surgery", since the critical level of significance was p> 0.05. Conclusion: It was concluded that there was an increase in cases of orthognathic surgery in the last years, and with homogeneous samples between the male and female genders, and the advances in maxillary surgery were according to the greater number of surgical treatments. / A cirurgia ortognática é o tratamento de escolha para a correção de deformidades dentoesqueletais severas. Baseia-se na manipulação cirúrgica dos ossos da face com objetivo de corrigir relações anatômicas, maloclusões e tratamento da Síndrome da Apneia e Hipopnéia do Sono SAHOS. Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo estudar o perfil de cirurgia ortognática dos pacientes que foram tratados cirurgicamente no departamento de Otorrinolaringologia e serviço de cabeça e pescoço de um hospital de ensino e analisar se houve significância estatística por meio de regressão logística entre a idade dos pacientes e o perfil de cirurgia ortognática. Metodologia: O presente trabalho baseou-se em estudo observacional com modelo prospectivo longitudinal, com avaliação dos prontuários dos pacientes submetidos a cirurgias ortognáticas com procedimentos estatísticos e descritivos, no período de 2002 a 2016. Identificou-se o número de procedimentos, características dos indivíduos, tipo de maloclusão e o tipo de cirurgia realizada para o tratamento da deformidade dentofacial e/ou Síndrome da Apneia e Hipopneia Obstrutiva do Sono - SAHOS. Os pacientes foram separados em 7 grupos: maxila (MX), mandíbula (MD), maxila e mandíbula (MX/MD); mento (MT), maxila-mandíbula-mento (MX/MD/MT); mandíbula-mento (MD/MT); mento (MT); maxila-mento (MX/MT). A amostra constituiu inicialmente com 152 pacientes tratados no serviço subdivido em dois grupos masculino e feminino. Foram avaliados tanto os prontuários físicos como os prontuários eletrônicos e comparados com dados já colhidos em amostra anterior. Resultados: O presente trabalho mostrou que o número de tratamentos cirúrgicos ortognáticos para a correção das deformidades foi significativo entre 2002 e 2016, sendo que a maior incidência de cirurgias ocorreu nos grupos Maxila (MX), com 53.2 % dos casos, Mandíbula (MD), com 17,7 % dos casos e Maxila e Mandíbula (MX/MD), com 17.0 % dos casos, conforme apresentado de maneira qualitativa e quantitativa na Tabela 1 e Figuras 3 e 4. As cirurgias de avanço de maxila (MX) exclusivamente correspondem ao maior número da amostra, congregando setenta e três (74) pacientes, como mostrado na Figura 4. Além disso, houve maior incidência de cirurgias no sexo feminino com 51,0 % dos casos. Além disso, não houve influência do preditor contínuo “idade” e “sexo” no preditor resposta “cirurgia ortognática”, haja vista que o nível crítico de significância foi p>0,05. Conclusão: Concluiu-se que houve aumento dos casos de cirurgia ortognática nos últimos anos, e com amostras homogêneas entre os gêneros masculino e feminino, sendo que os avanços de cirurgia maxilar corresponderam ao maior número dos tratamentos cirúrgicos.
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Injeção roncoplástica: comparação entre etanol 50% e oleato de etanolamina 5% no tratamento do ronco / Injection snoreplasty: comparison between ethanol and ethanolamine oleate in snoring treatment

Fabio Tadeu Moura Lorenzetti 20 April 2011 (has links)
INTRODUÇÃO: O ronco acomete grande parte da população e o seu tratamento é um desafio, pois existem muitas opções terapêuticas e esta escolha deve ser individualizada. Entre vários procedimentos palatais para tratamento do ronco e da apneia do sono, a injeção roncoplástica (IR) surgiu como uma alternativa econômica para alguns casos selecionados. OBJETIVOS: Avaliar os resultados da IR no tratamento do ronco, comparando o oleato de etanolamina 5% e o etanol 50%. Além disso, descrever uma metodologia de aplicação própria e analisar seus resultados clínicos, complicações, medidas palatais por ressonância magnética (RM) e parâmetros polissonográficos. MÉTODOS: estudo clínico, duplo cego e randomizado, realizado de 2007 a 2010. Foram incluídos adultos roncadores com índice de apneia-hipopneia (IAH) <15. Critérios de exclusão: cirurgia palatal pregressa, IMC>35, obstrução nasal ou faríngea > 50% da via aérea, deformidade crânio-facial, gestação, ausência de acompanhante de quarto, alergia ou comorbidade grave. Sessões ambulatoriais de IR foram realizadas no palato mole (três pontos), máximo de três sessões, com quatro semanas de intervalo mínimo. Os pacientes foram divididos em dois grupos: um recebeu oleato de etanolamina 5% (A) e o outro, etanol 50%(B). A intensidade do ronco foi aferida por escala visual-analógica de 10cm (EVA). Foram analisados outros parâmetros clínicos, como sonolência e dor, além de RM e polissonografias. RESULTADOS: Dos 22 pacientes incluídos neste estudo (A=9 / B=13), 19 (86,4%) apresentaram diminuição importante ou desaparecimento do ronco. A intensidade de ronco (EVA) decresceu nos dois grupos: de 8,0 para 3,0 no Grupo A (p=0,007) e de 8,0 para 3,0 no Grupo B (p=0,001). A escala de sonolência de Epworth diminui de 8,0 para 6,0 no Grupo A (p=0,05) e de 11,0 para 5,0 no Grupo B (p=0,005). A dor durante o procedimento, aferida em EVA, foi de 4,0 nos dois Grupos. Nos dias subseqüentes, a dor foi de 3,5 no Grupo A e 2,0 no Grupo B, sem diferença entre os grupos. Na amostra geral, o tempo médio para retorno a alimentação foi de 2,0 dias e a melhora do ronco ocorreu em 14,0 dias. Não foram observadas complicações graves. Vinte e um pacientes apresentaram afta palatal, mas nenhum desenvolveu fístula. Das medidas realizadas por RM, a espessura palatal reduziu de 0,9 para 0,8 cm (p=0,34), o comprimento palatal diminuiu de 3,7 para 3,4 cm (p=0,02) e a área palatal foi de 2,8 para 2,5 cm2 (p=0,29). Nas polissonografias, o IAH variou de 6,9 para 5,0 no Grupo A (p=0,89) e de 5,2 para 6,3 no Grupo B (p=0,22), enquanto a saturação mínima de O2 e os microdespertares não apresentaram alterações estatisticamente significantes. CONCLUSÕES: A IR mostrou resultados favoráveis no tratamento do ronco, porém não houve diferença entre os grupos que receberam oleato de etanolamina 5% e etanol 50%. Nossa metodologia de aplicação reproduziu as taxas de sucesso de outros estudos, sem apresentar casos de fístula palatal ou complicações graves. As aferições por RM evidenciaram redução do comprimento palatal após as injeções. Não foram observadas alterações das variáveis polissonográficas após o procedimento / BACKGROUND: Snoring affects a significant portion of the population and the treatment is a challenge, because there are many options and the choice should be individualized. Among various palatal procedures for the treatment of snoring and sleep apnea, the injection snoreplasty (IS) has emerged as an economic alternative for selected cases. OBJECTIVES: To evaluate IS in the snoring treatment, comparing 5% ethanolamine oleate and 50% ethanol. Also, to describe a distinct method of injection and analyze its clinical results, complications, palatal measures by resonance imaging (MRI), and polysomnographic parameters. METHODS: Clinical, double-blind, randomized trial conducted from 2007 to 2010. Adult snorers with apneahypopnea index (AHI) <15 were included. Exclusion criteria: previous palatal surgery, BMI> 35, pharyngeal or nasal obstruction> 50% of the airway, craniofacial deformity, pregnancy, lack of room partner, allergy or severe comorbidity. IS outpatient sessions were held in the soft palate (three points), maximum of three sessions, with at least four weeks apart. Patients were randomized into two groups: 5% ethanolamine oleate (A) or 50% ethanol (B). The intensity of snoring was measured by visual-analogue scale of 10 cm (VAS). Other clinical parameters were analyzed, such as sleepiness and pain, as well as MRI and polysomnography. RESULTS: Of 22 patients enrolled in this study (A = 9 / B = 13), 19 (86.4%) showed significant reduction or disappearance of snoring. The snoring loudness (VAS) decreased in both groups: 8.0 to 3.0 in Group A (p=0.007) and 8.0 to 3.0 in Group B (p=0.001). The Epworth Sleepiness Scale decreased from 8.0 to 6.0 in Group A (p=0.05) and from 11.0 to 5.0 in Group B (p=0.005). The pain during the procedure, measured by VAS, was 4.0 in both Groups. On subsequent days, the pain was 3.5 in Group A and 2.0 in Group B, with no difference between groups. In the overall sample, the mean time to return to regular nourishing was 2.0 days and the improvement of snoring occurred in 14.0 days. There were no serious complications. Twenty-one patients had palatal ulcer, but none developed fistula. On the MRI measurements, the palatal thickness reduced from 0.9 to 0.8 cm (p=0.34), the palatal length decreased from 3.7 to 3.4 cm (p=0.02) and the palatal area decreased from 2.8 to 2.5 cm2 (p=0.29). On polysomnography, the AHI ranged from 6.9 to 5.0 in Group A (p=0.89) and from 5.2 to 6.3 in Group B (p=0.22), while the lowest O2 saturation and arousals showed no statistically significant changes. CONCLUSIONS: IS showed favorable results in the treatment of snoring, but with no difference between the groups receiving 5% ethanolamine oleate and 50% ethanol. Our own methodology reproduced the success rates of other studies, without cases of palatal fistula or severe complications. Measures by MRI showed a reduction of the palatal length after the injections. There were no changes in polysomnographic variables after the procedure
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Análise da via respiratória preferencial na vigília e durante o sono em indivíduos saudáveis e com apneia obstrutiva do sono / Analysis of the preferential breathing route during wakefulness and during sleep in healthy individual and with obstructive sleep apnea

Juliana Araújo Nascimento 01 December 2017 (has links)
Introdução: A respiração oronasal pode impactar adversamente em pacientes com apneia obstrutiva do sono (AOS) pelo aumento da colapsabilidade da via aérea piorando as apneias ou por influenciar os desfechos de tratamento com a pressão positiva continua de vias aéreas (CPAP). Embora os autorrelatos de respiração oronasal sejam comumente utilizados como uma evidência para prescrição da CPAP oronasal, a associação entre o autorrelato e a mensuração objetiva da via preferencial de respiração ainda é desconhecida. Nós hipotetizamos que a respiração oronasal objetivamente mensurada seja mais comum em pacientes com AOS do que em controles, mas que não esteja associada com o autorrelato de respiração oronasal. Os objetivos do presente estudo foram, portanto, determinar: (1) a via preferencial de respiração em controles e pacientes com AOS na vigília e no sono, (2) a concordância entre a via preferencial de respiração mensurada objetivamente e a via preferencial de respiração autorrelatada, e (3) a associação entre a via preferencial de respiração mensurada objetivamente e os sintomas nasais e fatores em pacientes com AOS. Casuística e Método: Foram incluídos 26 indivíduos não tabagistas recrutados na FMUSP (funcionários) e no Ambulatório de Sono do InCor-HCFMUSP (indivíduos com suspeita de AOS). Para o diagnóstico de AOS os indivíduos foram submetidos a uma polissonografia (PSG). A AOS foi definida como índice de apneia-hipopneia (IAH) >= 15 eventos/hora e determinou a alocação dos indivíduos em dois grupos: grupo controle [idade: 40±10 anos, 4 (44%) homens, índice de massa corpórea (IMC): 25±5 kg/m2, IAH: 5±4 eventos/hora] e grupo AOS (idade: 52±14 anos, 10 (59%) homens, IMC: 31±5 kg/m2, IAH: 56 ± 21 eventos/hora). Para avaliar a via preferencial de respiração (nasal ou oronasal) os indivíduos foram submetidos a uma segunda PSG com uso de uma máscara com 2 compartimentos selados (nasal e oral) e conectados a pneumotacógrafos independentes. A via de respiração preferencial foi determinada durante a vígilia que antecedeu o início de sono e durante o sono. Avaliamos dados clínicos e de função pulmonar. Os indivíduos responderam a questionários sobre a percepção da sua via preferencial de respiração, os sintomas nasais (SNOT-20), a sonolência diurna excessiva (Epworth) e a qualidade do sono (Pittsburgh). Resultados: O grupo controle e AOS foram similares no sexo, co-morbidades e uso de medicamentos. Pacientes com AOS eram mais velhos, tinham maior IMC, pressão arterial sistêmica e circunferência do pescoço. A via preferencial de respiração foi similar na vigília e sono. Observamos que os respiradores oronasais foram mais frequentes nos pacientes com AOS se comparados aos controles (65-71% e 0-22%, respectivamente, p < 0,001). Os controles e pacientes com AOS autorrelataram respiração oronasal em 22% e 59% dos casos, respectivamente (p = 0,110). Entretanto, encontramos pobre concordância entre o autorrelato da via de respiração e a via de respiração identificada no grupo controle (Kappa = 0,36) e nenhum concordância nos pacientes com AOS (Kappa = -0,02). Não houve associação entre os sintomas nasais e a respiração oronasal quando considerados todos os indivíduos do estudo (p = ,267). A respiração oronasal foi associada ao aumento do IAH (r = 0,409 e p = 0,038), aumento da idade (r = 0,597 e p = 0,001) e aumento da circunferência do pescoço (r = 0,464 e p = 0,017). Além disso, mudanças na via de respiração após apneias obstrutivas foram incomuns. Conclusões: Em contraste com os controles, os pacientes com AOS sãos frequentemente respiradores oronasais. Contudo, a auto-percepção da via de respiração e de sintomas nasais não prediz medidas objetivas da via preferencial de respiração. Além disso, a respiração oronasal é associada à gravidade da AOS, ao aumento da idade e da circunferência do pescoço / Background: Oronasal breathing may adversely impact obstructive sleep apnea (OSA) patients either by increasing upper airway collapsibility or by influencing CPAP treatment outcomes. Although self-reported oronasal breathing is commonly used as evidence for oronasal CPAP prescription, the association between self-reported and objectively measured preferential breathing route is unknown. We hypothesized that objectively measured oronasal breathing is more common in OSA patients than in controls but is not associated with self-reported breathing route. The aims of this study were, therefore, to determine (1) the preferential breathing route in controls and OSA patients, (2) the agreements between objective analysis of breathing route and self-reports, and (3) the associations between preferential breathing route objectively measure and nasal symptoms and factors in OSA patients. Methods: We included 26 non-smokers enrolled at FMUSP (employees) and Sleep Laboratory at InCor-HCFMUSP (individuals with suspected AOS). For the diagnosis of OSA, the subjects were submitted a full polysomnography (PSG). OSA was defined as apnea-hypopnea index (AHI) >= 15 events/hour and determined the allocation of individuals in two groups: Control group [age: 40 ± 10 years, 4 (44%) men, body mass index (BMI): 25±5 kg/m2, AHI: 5 ± 4 events / hour] and OSA group (age: 52 ± 14 years, 10 (59%) men, BMI: 31±5 kg/m2, mean AHI: 56 ± 21 events / hour). To evaluate the preferential breathing route (nasal or oronasal) the subjects underwent a second overnight PSG with oronasal mask with 2 sealed compartments attached to independent pneumotacographs. The preferential breathing route was determined during wakefulness before sleep and during sleep. We evaluated clinical data and lung function. Subjects answered questionnaires about perceived preferential breathing route, nasal symptoms questionnaires (SNOT-20), excessive daytime sleepiness (Epworth) and sleep quality (Pittsburgh). Results: Controls and OSA patients were similar in sex, co-morbidities and use of medications. OSA patients were older, had higher BMI and blood pressure as larger neck circumference. Breathing pattern awake and asleep was similar. Compare to controls, oronasal breathers was more frequent in OSA patients (0-22% and 65-71%, respectively, p < 0.001). Controls and OSA patients self-reported oronasal breathing in 22% and 59% of cases, respectively (p = 0.110). There were poor agreements between self-reports and objective analysis in controls (Kappa = 0.36) and no agreement in OSA patients (Kappa = -0.02). No associations were found between nasal symptoms and oronasal breathing when all subjects were considered (p = 0.267). Oronasal breathing was associated with OSA severity (r = 0.409 and p = 0.038), increasing age (r = 0.597 and p = 0.001) and higher neck circumference (r = 0.464 and p = 0.017). Additionally, the changes of breathing route were uncommon during obstructive apneas. Conclusions: In contrast to controls, OSA patients are preferentially oronasal breathers. However, self-perception does not predict objectively measured preferential breathing route. Oronasal breathing is associated with OSA severity, increasing age and higher neck circumference
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Estudo nasofaringoscópico da síndrome da apnéia-hipopnéia obstrutiva do sono: comparação entre a manobra de Muller e o sono induzido / Nasopharyngoscopic study in obstructive sleep apnea syndrome: comparision between Muller maneuver and induced sleep

Marcia Jacomelli 28 February 2007 (has links)
Introdução: A síndrome da apnéia-hipopnéia obstrutiva do sono (SAHOS) é caracterizada por episódios recorrentes de colapso parcial ou completo da faringe responsáveis por roncos e eventos de apnéia ou hipopnéia, com queda da saturação de oxigênio (SaO2) e despertares freqüentes durante a noite de sono. A nasofaringoscopia com a manobra de Muller (MM) é utilizada rotineiramente na avaliação pré-operatória destes pacientes para diagnóstico do sítio da obstrução retropalatal (RP) e retrolingual (RL) e planejamento terapêutico, porém existem controvérsias a respeito de seus benefícios. Os estudos que mostram sensibilidade do sono induzido (SI) neste sentido utilizaram métodos subjetivos de avaliação e doses não controladas do indutor do sono. Objetivos: O principal objetivo do estudo foi comparar o colapso da faringe observado pelos dois métodos diagnósticos, a MM e o SI, através da análise quantitativa da obstrução documentada pela vídeo-nasofaringoscopia, e estudar as correlações deste colapso com o índice de apnéia-hipopnéia (IAH) e a SaO2 mínina noturna. Métodos: Foram estudados prospectivamente 24 pacientes com SAHOS (IAH > 10) e 15 controles saudáveis (IAH < 5) por meio da vídeo-nasofaringoscopia com MM e SI. O video-broncoscópio Olympus com canal de trabalho de 2,0 mm foi utilizado durante o procedimento. Todos os pacientes foram avaliados em decúbito dorsal horizontal e com a cabeça vi em posição neutra. Durante a MM, a pressão negativa intrafaríngea foi controlada por meio de um manovacuômetro conectado ao canal de trabalho do video-broncoscópio. Baixa dose e infusão lenta de midazolam foram utilizadas na indução do sono, e o controle da dose foi realizado por meio da polissonografia (PSG) em tempo real ao exame endoscópico. As imagens das variações de áreas e diâmetros, laterolateral e ântero-posterior obtidas, durante a MM e o SI, foram capturadas e posteriormente analisadas no programa de computador OSIRIS (Osiris Medical Imaging Software - University Hospital of Geneva). Resultados: O colapso faríngeo foi mais significativo em indivíduos com SAHOS durante o SI. Na região RP o colapso das paredes da faringe à MM foi semelhante àquele do SI. Na região RL o colapso à MM foi significativamente inferior ao observado no SI. Diferente do que ocorreu na MM, o colapso RL durante o SI apresentou boa correlação com o IAH e a SaO2 mínima noturna. A dose total de midazolam necessária à indução do sono foi significativamente menor no grupo SAHOS. Conclusão: A vídeo-nasofaringoscopia com SI e análise quantitativa do colapso se mostrou um método simples, superior à MM para documentar a obstrução funcional da faringe, apresentando boa correlação com os índices da PSG noturna devendo ser realizada na prática clínica. / Introduction: Obstructive sleep apnea syndrome (OSAHS) is characterized by partial or total collapse of the retropalatal (RP) or retroglosal (RG) pharynx during sleep. It is responsible for episodes of apnea-hypopnea, snore and sleep fragmentation. Nasopharyngoscopy with Muller Maneuver (MM) has been used to evaluate the site of obstruction in awaking patients. Literature has not definitively considered as the best technique for evaluation. Some authors suggest that induced sleep (IS) is better than MM, but the method has been criticized because of subjective analysis of collapse of and for not being an ideal level of sedation. Some protocols compared the two methods using subjective analysis. Objectives: The aim of this study was to compare quantitatively RP and RL collapse of normal and apneic subjects during MM and IS video-nasopharyngoscopy, determine the best correlations to the apnea-hypopnea index (AHI) and minimal oxygen saturation (SaO2) in nocturnal polissomnography (PSG). Methods: We prospectively evaluated 24 OSAHS patients (AHI >10) and 15 controls (AHI< 5), identified by nocturnal PSG, using video-nasopharyngoscopy with MM and IS. An Olympus-video-bronchoscope with 2.0 mm channel was used during the procedure. All patients were supine with the head in neutral position. The negative pharyngeal pressure was measured during MM by an aneroid manometer connected to the bronchoscope channel. Low dose and slow infusion of midazolam was necessary to IS and the dosage was controlled by PSG in real time during the procedure. The images of the airway obstruction were captured and analyzed by computed software. Variations between cross sectional areas, lateral dimension and antero-posterior dimension of the RP and RG pharynx during MM and IS was analyzed by OSIRIS program (Osiris Medical Imaging Software - University Hospital of Geneva). Results: the collapse of the pharynx was greater in OSAHS than in controls during IS. Retropalatal obstruction was similar between the two methods. In contrast, RG collapse was significantly lower during MM than IS. This study has also shown that RG collapse during IS correlated to AHI and nocturnal SaO2. The total dose of midazolam was lower in OSAHS patients than in controls. Conclusion: Video-nasopharyngoscopy with IS is better than MM in understanding the functional site of pharyngeal obstruction when performed by a controlled technique and quantitative analysis. It should be considered in clinical practice.
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"Dano oxidativo, reparação do DNA e a influência de polimorfismos genéticos na fisiopatogenia da doença pulmonar obstrutiva crônica"

Silva, Andréa Lúcia Gonçalves da January 2013 (has links)
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma das principais causas de mortalidade em todo mundo, apesar de ser prevenível e tratável. Resultante de uma resposta inflamatória anormal as partículas tóxicas inaladas, a DPOC caracterizada pela limitação progressiva do fluxo aéreo que é pouco responsiva a terapêutica farmacológica.Neste estudo caso-controle, envolvendo 51 portadores de DPOC e 51 controles, objetivou-se avaliar e quantificar danos e capacidade de reparação no DNA, bem como avaliar o papel de polimorfismos em genes de reparaçãona modulação deste. Foram determinados os níveis de danos no DNA, endógenos em sangue periféricos pelo ensaio cometa nas versões alcalina e neutra. Também foi determinado nível de danoinduzidos pelo agente alquilante metilmetano sulfonato (MMS), por 1 e 3 horas pós tratamentopelo ensaio cometa alcalino.Odano residual após 3h de tratamento com MMS foi calculado em relação à 1h (100% dano induzido), para cada sujeito. A peroxidação lipídica foi medida pela mensuração de espécies reativas de ácido tiobarbitúrico (TBARS) em plasma sanguíneo.Teste de micronúcleos de mucosa oral com análise de citoma (BMCyt) foi utilizado para detectar o dano citogenético. Ospolimorfismos em genes de reparação de DNA (XRCC1 Arg399Gln, OGG1 Ser326Cys, XRCC3 Thr241Met and XRCC4 Ile401Thr) foram identificados por PCR/RFLP.Os resultados do ensaio cometa revelaram que o dano basal no DNA em portadores de DPOC foi mais elevado, comparado aos controles, como mensurado pelo ensaio cometa alcalino e neutro. O dano residual, detectado pós-tratamento com MMS, foi maior nos portadores de DPOC, quando comparados aos controles. Os resultados demonstraram claramente uma relação entre os níveis de danos induzidos no DNA e os níveis de TBARSindicando alta suscetibilidade para dano alquilante e/ou inibição do reparo decorrente do estress oxidativo. Além disso, os pacientes apresentaram uma menor capacidade de reparação aos danos induzidos pelo MMS, quando comparados com os controles. Esta investigação ainda sugere um incremento do dano basal no DNA em portadores de DPOC, como analisado pelo ensaio cometa, nos sujeitos que possuem o alelo de risco dos polimorfismos genéticos XRCC1 (Arg399Gln) and XRCC3 (Thr241Met). O dano residual também foi mais elevado nos portadores de DPOC que possuíam o alelo de risco para os quatro genes estudados. Correlações negativas entre BMCyt (células binucleadas, broto nuclear, células com cromatina condensada e cariorrética) e função pulmonar foram observadas para os genótipos variantes.Os resultados do ensaio cometa e BMCyt estratificadospara a prática de exercício físico regular (EF-DPOC) ou não (DPOC)revelaram que o dano basal no DNA do grupo EF-DPOC foi maior que o observado nos grupos de DPOC e nos controles. O dano residual foi similar entre os grupos de EF-DPOC e controles, em contraste com o grupo DPOC que permaneceu elevado, indicando deficiência na reparação do DNA e morte celular precoce por apoptose das células danificadas. Os valores de TBARS foram menores no grupo EF-DPOCindicando resistência ao dano oxidativo. Em conclusão, portadores de DPOC apresentam elevado dano basal no DNA e são mais susceptíveis para danos exógenos no DNA, como o ocasionado pelo agente alquilante MMS. Esta susceptibilidade para dano exógeno, por correlacionar positivamente com o TBARS, sugere o envolvimento do estresse oxidativo na indução do dano e/ouinibição da reparação. A presença do genótipo variante XRCC1 (Arg399Gln), OGG1 (Ser326Cys), XRCC3 (Thr241Met) e XRCC4 (Ile401Thr) modula o dano do DNA nos portadores de DPOC e incrementa o risco de desenvolvimento de câncer. O exercício físico frequente realizado pelos portadores de DPOCdiminuios níveis de peroxidação lipídica em plasma sanguíneo, a susceptibilidade para danos exógenos e a formação de anomalias celulares como broto nuclear e cromatina condensada. / Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD) is a major cause of mortality worldwide, despite being preventable and treatable. Resulting from an abnormal inflammatory response to inhaled toxic particles, COPD is characterized by progressive airflow limitation which has poor responsiveness to pharmacological therapy. In this case-control study, involving 51 patients with COPD and 51 controls, we aimed to assess and to quantify DNA damage and repair capacity as well as the role of genetic polymorphisms in the modulation of DNA damage. Endogenous DNA damage levels were determined in peripheral blood by comet assay in alkaline and neutral versions. DNA damage-induced version with alkylating methylmethane sulfonate agent (MMS) was evaluated for 1 and 3 hours by comet assay in alkaline version. The residual damage after the 3-hour MMS treatment was calculated related to 1 hour (100% damage induced), for each subject. Lipid peroxidation was assessed by measuring thiobarbituric acid reactive species (TBARS) in blood plasma. The cytogenetic damage was evaluated by the buccal micronucleus cytome assay. The genetics polymorphisms in DNA repair genes (XRCC1 Arg399Gln, OGG1 Ser326Cys, XRCC3 Thr241Met and XRCC4Ile401Thr) were evaluated by PCR/RFLP respectively. The results of the comet assay showed that basal DNA damage in COPD patients was significantly higher compared to controls, as measured by the alkaline and neutral comet assay. The residual damage percentage, detected after the MMS treatment, increased in COPD patients than control group. The results clearly demonstrated a relationship between levels of DNA damage induced with higher levels of TBARS, indicating high susceptibility to alkylating damage and/ or repair inhibition resulting from oxidative stress. In addition, the patients showed a lower capacity to repair the damage induced by MMS, when compared with controls. This study suggests an increase in basal DNA damage in COPD patients, as analyzed by comet assay, in subjects having the risk allele of genetic polymorphisms XRCC1 (Arg399Gln) and XRCC3 (Thr241Met). The residual damage was higher in COPD patients who had the risk allele in the four genes analyzed. Negative correlations between BMCyt (binucleated, bud muclear, condensed chromatin and kariorrética cells) and pulmonary function were observed for COPD patients with genotype variants. The stratified results (comet assay and BMCyt) related to regular exercise practice (PE-COPD) or not (COPD) showed that basal DNA damage in the PE-COPD group was significantly higher than in the COPD and controls groups. Residual damage was similar between the controls and PE-COPD group; in contrast COPD residual damage remained high indicating deficiency in DNA repair and premature cell death by apoptosis of damaged cells. TBARS values were lower in PE-COPD indicating resistance to oxidative damage. In conclusion, COPD patients have higher basal DNA damage and are more susceptible to exogenous DNA damage, as caused by the alkylating agent MMS. This susceptibility to exogenous damage, being correlated positively with the TBARS, suggests the involvement of oxidative stress-induced damage and/or repair inhibition. This research suggests an increase in DNA damage in COPD patients with the risk allele of genetic polymorphisms XRCC1(Arg399Gln), OGG1 (Ser326Cys), XRCC3 (Thr241Met) and XRCC4 (Ile401Thr), analyzed by comet assay and BMCyt, and increased risk of developing cancer. Regular physical exercise performed by COPD patients significantly decreases lipid peroxidation in the blood plasma as well as susceptibility to exogenous damage and formation of cellular abnormalities, such as condensed chromatin and nuclear bud cells.

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