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As práticas discursivas dos operários em empreendimentos de produção industrial autogestionáriaWebler, Darlene Arlete January 2008 (has links)
Le présent travail analyse les pratiques discursives de travailleurs associés dans des entreprises de production industrielle fonctionnant sur la base de l’autogestion, dans l’État du Rio Grande do Sul (Brésil). Ces entreprises autogestionnaires sont apparues après le dépôt de bilan d’entreprises capitalistes et représentent actuellement des alternatives pour la génération d’emploi, de revenu et la construction de nouvelles relations sociales de production. L’objectif du travail est de démontrer que l’organisation ouvrière autogestionnaire institue un nouveau champ discursif, c’est-à-dire un événement discursif. L’observation des discours des et sur les sujets autogestionnaires révèle de nouvelles conceptions du travail, de nouvelles pratiques discursives traversées par des savoirs concordants, contradictoires ou même opposés à l’autogestion. L’analyse théorique s’inscrit dans la perspective de l’Analyse française du Discours de Michel Pêcheux, qui met l’accent sur les processus de production de sens et sur leurs déterminations historico-sociales, en partant du fait que l’idéologie est constitutive de ces processus et un élément déterminant des discours, des sujets et des sens. Pêcheux base sa théorie sur le marxisme althusserien, un choix ancré dans la théorie des idéologies sur la base de l’histoire des formations sociales et de ses modes de production, avec comme question importante la lutte des classes. C’est à la lumière de cette théorie que sont analysées les notions de Formation Sociale, Conditions de production, Formation Idéologique et Formation Discursive, afin de voir dans quelles conditions ont lieu les relations de production et de transformation au sein d’une production discursive. Sont également abordées des notions léninistes et gramsciennes telles que la catégorie de la contradiction, l’hégémonie, le bloc historique et les intellectuels organiques. Les questions théoriques du domaine de l’Analyse du Discours et du domaine des Sciences Sociales sont articulées aux nouveaux discours ouvriers, que l’on peut également rencontrer au cours de l’histoire : les discours des ouvriers dans les entreprises industrielles autogestionnaires dans l’État du Rio Grande do Sul. Le matériel discursif utilisé à des fins d’analyse se compose des productions discursives d’ouvriers autogestionnaires, d’assesseurs, de syndicalistes, de politiciens et de sympathisants, obtenues principalement à travers des entretiens, mais également de matériels de formation socio-politico-administrative et de matériels d’information – privés et publics. En analysant les processus de dicursivisation d’ouvriers insérés dans des entreprises industrielles autogestionnaires sur leurs pratiques sociales, la recherche met à jour un nouveau type singulier d’organisation des travailleurs, dans une dynamique contraire à celle des entreprises traditionnelles capitalistes. En partant du fait que la gestion ouvrière collective est née de l’échec administratif de la gestion entrepreneuriale, nous observons, à partir des Études du Langage, combien les formes d’exploitation capitaliste sont « désajustées » et « réajustées » pour l’obtention dans le coopérativisme autogestionnaire d’une dynamique solidaire, démocratique et autonome de planification, de gestion et de distribution des résultats économiques. Finalement, notre parcours théorico-analytique nous permet d’avancer que l’organisation autogestionnaire ne renvoie pas seulement à des espaces démocratiques de décision, mais également à l’appropriation du processus productif et de commercialisation de la part des travailleurs. Dans la perspective de l’Analyse du Discours, nous en concluons que l’organisation autogestionnaire ouvrière s’avère être un événement discursif et constitue une nouvelle forme discursive : la Formation Discursive des Ouvriers Autogestionnaires. / Esta tese apresenta nossa pesquisa acerca das práticas discursivas de trabalhadoresassociados em empreendimentos de produção industrial na modalidade da autogestão, no Rio Grande do Sul. Trata-se de empreendimentos autogestionários que se instauraram a partir de empresas de gestão capitalista – ou seja, de massas falidas – e que se apresentam atualmente como alternativas de geração de trabalho e renda e de construção de novas relações sociais de produção. Nosso propósito principal reside em comprovar que as práticas discursivas emergentes na organização operária autogestionária instituem um novo campo discursivo, o que significa dizer que se trata de um acontecimento discursivo. Assim, o estudo passa pela observação dos discursos que emergem dos e sobre os sujeitos autogestionários, revelando novas concepções de trabalho, novas práticas discursivas que são atravessadas por saberes confluentes, contraditórios e até antagônicos à autogestão. A opção teórica, para o presente estudo, está alicerçada na perspectiva da Análise do Discurso, de linha francesa, a partir de Michel Pêcheux, caracterizando-se pelo enfoque nos processos de produção de sentido e de suas determinações histórico-sociais, em uma compreensão de que a ideologia é constitutiva desses processos e determinante dos discursos, dos sujeitos e dos sentidos. Pêcheux apresenta sua teoria, inicialmente, na perspectiva do marxismoalthusseriano, o que significa uma opção ancorada na teoria das ideologias com base na história das formações sociais e nos seus modos de produção, considerando como questão relevante as lutas de classe. É à luz desta teoria que refletimos fundamentalmente sobre as noções de Formação Social, Condições de produção, Formação Ideológica e Formação Discursiva, com vistas a investigar sob que condições ocorrem relações de reprodução e de transformação no interior de uma formação discursiva. Trouxemos também, para nossas abordagens, noções leninistas e gramscianas como a categoria da contradição, a hegemonia, o bloco histórico e os intelectuais orgânicos. Articulamos as questões teóricas do campo da Análise do Discurso e do campo das Ciências Sociais aos novos discursos operários que, ao mesmo tempo, são possíveis de serem encontrados ao longo da história: os discursos dos operários em empreendimentos industriais autogestionários no Rio Grande do Sul. Relativamente à materialidade discursiva utilizada para fins de análise, tomamos as produções discursivas de operários da autogestão, assessores, sindicalistas, políticos e simpatizantes, que foram obtidas, prioritariamente, através de entrevistas, mas também através de materiais de formação sócio-político-administrativa e de materiais de informação – seja de circulação restrita, seja de circulação aberta à população. Ressaltamos que esta pesquisa, ao analisar os processos de discursivização de operários inseridos em empreendimentos industriais autogestionários sobre suas práticas sociais, desnuda um fascinante novo jeito de trabalhadores se organizarem em uma dinâmica adversa à das empresas tradicionais capitalistas. Considerando que a gestão coletiva operária tem seu surgimento a partir do fracasso administrativo da gestão empresarial, observamos, à luz dos Estudos da Linguagem, como e em que medida as formas de exploração capitalista são “desarranjadas” e “re-arranjadas” para ter, no cooperativismo autogestionário, uma dinâmica solidária, democrática e autônoma de planejamento, de gerenciamento e de distribuição dos resultados econômicos. Finalmente, nosso percurso teórico-analítico nos permite dizer que a organização autogestionária não remete apenas a espaços democráticos de decisão, mas à apropriação do próprio processo produtivo e de comercialização por parte dos trabalhadores. Na perspectiva da Análise do Discurso, concluímos que a organização de autogestão operária se revela um acontecimento discursivo e constitui uma nova formação discursiva: a Formação Discursiva dos Operários Autogestionários.
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A escrita da mulher trabalhadora na imprensa operária brasileira da República Velha : a luta contra o enclausuramento e o preconceito linguísticoBoenavides, Débora Luciene Porto January 2018 (has links)
Questa tesi, che ha come base teorica la sociolinguistica storica, analizza il modo come la scrittura delle donne lavoratrici nella stampa operaia brasiliana della Prima Repubblica – República Velha (1889-1930) ha costituito un prodotto della realtà del tempo come pure ha inciso su quella realtà. A tale fine, si osservano le basi materiali nelle quali le lavoratrici di quel periodo storico operavano, cercando di descrivere il modo di produzione, i rapporti di produzione, i rapporti sociali nonché i vari ruoli sociali che quelle donne occupavano. Per primo è analizzato il confinamento di voci e idee come forma di politica linguistica imposta al proletariato dalla classe dominante nel Brasile della Prima Repubblica. Si difende l'idea che questa politica linguistica sia avvenuta attraverso pratiche che limitavano le possibili sfere discorsive accessibili alla classe lavoratrice, tra cui vanno citati la censura subita dalla stampa operaia in quel contesto storico, la disciplina imposta alla classe operaia e la colonizzazione delle donne lavoratrici, tramite molteplici discorsi dominanti sulla cosiddetta "questione femminile" e attraverso la presunta difesa del loro onore, realizzata mediante l'internamento delle giovani donne nei "conventi". Si esamina la politica di discriminazione linguistica, considerando due stereotipi sulla classe operaia, costruiti dal ceto dominante: quello di una classe di analfabeti e quello della donna “facile”. Infine, il rapporto tra le donne lavoratrici e la stampa operaia, la nuova possibile sfera discorsiva per quelle donne, viene analizzata mediante l'osservazione di questa sfera discorsiva, dei generi di discorsi che vi erano prodotti e degli enunciati delle donne lavoratrici in questa sfera. Tra le conclusioni dell'analisi, tre vanno evidenziate. La prima è che la stampa operaia in quanto sfera discorsiva non era egualitaria, nel senso che in essa, non vi era un'uguaglianza tra le voci maschili e femminili. La seconda è che i generi discorsivi prodotti dalle donne in questo campo erano costituiti perlopiù di lettere aperte, articoli e inviti e presentavano stili rivendicatori e/o argomentativi, al contrario di quelli prodotti dagli uomini, che di solito erano espositivi. L'ultima conclusione che possiamo trarre dall'analisi realizzata è che, da un punto di vista linguistico, gli enunciati prodotti dalle donne si contraddistinguevano da quelli degli uomini per l'uso della prima persona plurale, ancorché tale caratteristica non sempre significasse che le donne che l'usavano si considerassero parte del próprio discorso, ma piuttosto che erano consapevole di appartenere a quella classe e sapevano che solo con l'unione sarebbero potute emergere vittoriose dalle loro lotte. / Prenant comme base théorique la sociolinguistique historique, ce travail se propose de montrer que les écrits des ouvrières dans la presse brésilienne de la Première République – República Velha (1889-1930) ont constitué un reflet de la réalité de l'époque, de même qu'ils ont influencé cette réalité. Pour cela, nous observons les bases matérielles dans lesquelles les femmes ouvrières de cette période opéraient et tentons de décrire le mode de production, les rapports de production, les relations sociales de même que les divers rôles sociaux qu'elles ont occupés. Nous discutons d’abord la claustration des voix et des idées en tant que politique linguistique imposée au prolétariat par la classe dominante brésilienne de la Première République. Nous défendons l'idée que cette politique linguistique s’est réalisée au travers de pratiques qui limitaient les sphères discursives accessibles à la classe ouvrière, parmi lesquelles on compte la censure qu'a souffert la presse ouvrière dans ce contexte historique, la discipline imposée à la classe ouvrière et la colonisation des femmes travailleuses, par le moyen des différents discours de la classe dominante sur la soi-disant «question des femmes» et à travers la prétendue défense de leur honneur, faite par l'internement des jeunes femmes dans les «couvents». Nous discutons ensuite la politique de discrimination linguistique à travers la présentation critique de deux stéréotypes sur la classe ouvrière construits par la classe dominante: celui d'une classe composée d'analphabètes et celui de la femme “de mauvaise vie”. Finalement, la relation entre les travailleuses et la presse ouvrière, cette nouvelle sphère discursive possible pour ces femmes, est analysée par le biais de l'observation des aspects de cette sphère discursive, des genres de discours qui y étaient s produits et des déclarations des travailleuses dans ce domaine langagier. Trois des conclusions de cette analyse peuvent être mises en évidence. La première de ces conclusions est que la presse ouvrière, en tant que sphère discursive, n'était pas une sphère égalitaire, dans laquelle il y aurait eu un équilibre entre les voix masculines et féminines. La seconde déduction que l'on peut faire est que les genres discursifs produits par les femmes dans ce domaine consistaient systématiquement en lettres ouvertes, articles d'opinion et invitations et présentaient surtout des traits stylistiques argumentatifs et/ou revendicatifs, contrairement à ceux des hommes qui étaient habituellement expositifs. Finalement, on peut dire que les énoncés produits par des femmes étaient linguistiquement marqués par l'utilisation de la première personne du pluriel, sans que ce trait ne signifie nécessairement que les femmes qui l'utilisaient se considèrent parties prenantes de leurs discours, mais voulant dire qu'elles étaient conscientes d'appartenir à cette classe et qu'elles ne pourraient sortir victorieuses de leurs luttes qu'en restant unies. / Esta dissertação de mestrado, que tem como base teórica a sociolinguística histórica, tem como objetivo principal analisar como a escrita da mulher trabalhadora na imprensa operária brasileira da República Velha (1889-1930) refletiu e influenciou a realidade da época. Para isso, observa-se em que base as mulheres trabalhadoras deste período estavam inseridas, tentando-se, assim, descrever o modo de produção, as relações de produção, as relações sociais e, também, os diversos papeis sociais vivenciados por elas. Discute-se, primeiramente, o enclausuramento de vozes e de ideias enquanto política linguística imposta ao proletariado pela classe dominante no Brasil durante a República Velha. Defende-se a ideia que esta política linguística ocorreu através de práticas que limitavam as esferas discursivas possíveis à classe trabalhadora, entre elas, a censura que sofreu a imprensa operária nesse contexto histórico, o disciplinamento da classe trabalhadora e a colonização da mulher trabalhadora, através dos múltiplos discursos da classe dominante sobre a chamada “questão da mulher” e através da suposta defesa de sua honra, feita pelo internamento das moças nos “conventos”. Após, discorre-se sobre a política do preconceito linguístico, através da discussão sobre dois estereótipos da classe trabalhadora construídos pela classe dominante: o estereótipo de uma classe formada por analfabetos e o estereótipo da mulher prostituída. Por fim, analisa-se a relação entre mulher trabalhadora e imprensa operária, uma nova esfera discursiva possível a estas mulheres. São estudados os aspectos dessa esfera discursiva, os gêneros discursivos que nela são produzidos e os enunciados das mulheres trabalhadoras nessa esfera. Podem-se destacar três das conclusões a respeito da análise realizada. A primeira, que a imprensa operária enquanto esfera discursiva não foi uma esfera igualitária, em que houvesse equipolência entre as vozes masculinas e femininas. A segunda, que os gêneros discursivos produzidos por mulheres nesta esfera constantemente constituíam cartas abertas, artigos de opinião e convites com estilos reivindicatórios e/ou argumentativos, em oposição aos dos homens, que normalmente eram expositivos. A última, que os enunciados produzidos por mulheres eram linguisticamente marcados pelo uso da primeira pessoa do plural, mas que esta marca nem sempre significava que as mulheres que a usavam se incluíam em seus discursos, e sim que elas possuíam consciência de sua classe e sabiam que apenas com união poderiam sair vitoriosas de suas lutas. / This Masters dissertation, which has Historical Sociolinguistics as theoretical basis, analyses how the writing of the working woman in the Brazilian working press in the Old Republic (1889-1930) reflected and influenced the reality of the time. Therefore, it is observed in which base the working women were in this period, trying, this way, to describe the mode of production, the relations of production, the social relations and the different social roles lived by them. It is discussed, at first, the enclosure of the voices and the ideas whilst language policy imposed to the proletariat by the ruling class in Brazil during the Old Republic. It is defended the idea that this language policy occurred through the practices that limited the possible spheres of discourse to the working class, including the censorship that the working press suffered in this historic context, the disciplining of the working class and the colonization of the working woman, through the multiple discourses of the ruling class on the so-called “women question” and through the suppose defence of their honour, done through the confinement of the ladies in the “convent”. After that, it is expatiated about the policy of the linguistic discrimination, through the discussion about two stereotypes of the working class built by the ruling class: the stereotype of a class formed by illiterate people and the stereotype of the prostituted woman. At last, it is analysed the relation between the working woman and the working press, a new sphere of discourse possible to these women. It is studied the aspects of this sphere of discourse, the discursive gender produced on it and the utterance of the working women in this sphere. It is possible to highlight three of the conclusions about this analysis. The first, the working press whilst sphere of discourse was not an egalitarian sphere, in which there was equivalence between male and female voices. The second, the discursive gender produced by women in this sphere constantly built open letters, opinion articles and invitations with a claim or argumentative style, opposite the discourse produced by men, which normally were expositive. The last, the utterances produced by women were linguistically marked by the use of the first person of plural, although this mark did not always mean the women that used it included themselves in their discourses, instead, they were aware of their class and they knew only with union they could emerge victorious from their struggles.
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Arautos do reino de Deus, militantes na terra: a atuação dos operários evangélicos no sindicato dos metalúrgicos de São Carlos e IbatéOliveira, Daniele de Jesus 08 December 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-12-08 / Financiadora de Estudos e Projetos / This study is the result of a qualitative research about the involvement of Pentecostal workers in the Union of Metalworkers of San Carlos and Ibaté. From the religious affiliation and its guidelines is analyzed the trajectories of acquaintance and engagement with the militancy and the extent to which Christian values on the one hand and the demands of trade union struggle, others do not conflict. Among the workers interviewed, the majority showed affinity with union militancy, understanding the role of the Union is to ensure the rights of workers, hence the active participation in activities promoted by the entity. Such experiments allow us to think about the changes in behavior among evangelicals in relation to micro-and macro-social policy and its consequences. Meanwhile, religion acquires a relevant role in establishing a network of contact between them within the church and labor, leading them to become interested by the union due to the participation of some "fellow believers" militants. The result is a movement of exchange of experiences between two seemingly opposite areas on the basis of an ideological nature, but in our case has been overcoming this dichotomy between sacred world and the secular world. / Este estudo é resultado de uma pesquisa qualitativa realizada junto aos trabalhadores pentecostais sobre o seu envolvimento com o Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Ibaté. A partir da filiação religiosa e suas diretrizes analisam-se suas trajetórias de conhecimento e engajamento com a militância, e em que medida os valores cristãos, por um lado e as demandas de luta sindical, de outro não entram em conflito. Entre os trabalhadores entrevistados a maioria demonstrou afinidade com a militância sindical entendendo que o papel do sindicato é o de garantir o direito dos trabalhadores, daí a participação ativa nas atividades promovidas pela entidade. Tais experiências nos permitem pensarmos nas mudanças de comportamento entre os evangélicos em relação à política micro e macro-social e seus desdobramentos. Nesse ínterim, a religião adquire papel relevante ao estabelecer uma rede de contato entre eles no espaço da igreja e por sua vez no trabalho levando os a se interessarem pelo sindicato em função da participação de alguns irmãos de fé militantes. Resulta daí um movimento de trocas de experiências entre dois espaços aparentemente opostos em função da natureza ideológica, mas que no caso em estudo vem superando essa dicotomia mundo sagrado e mundo secular.
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As práticas discursivas dos operários em empreendimentos de produção industrial autogestionáriaWebler, Darlene Arlete January 2008 (has links)
Le présent travail analyse les pratiques discursives de travailleurs associés dans des entreprises de production industrielle fonctionnant sur la base de l’autogestion, dans l’État du Rio Grande do Sul (Brésil). Ces entreprises autogestionnaires sont apparues après le dépôt de bilan d’entreprises capitalistes et représentent actuellement des alternatives pour la génération d’emploi, de revenu et la construction de nouvelles relations sociales de production. L’objectif du travail est de démontrer que l’organisation ouvrière autogestionnaire institue un nouveau champ discursif, c’est-à-dire un événement discursif. L’observation des discours des et sur les sujets autogestionnaires révèle de nouvelles conceptions du travail, de nouvelles pratiques discursives traversées par des savoirs concordants, contradictoires ou même opposés à l’autogestion. L’analyse théorique s’inscrit dans la perspective de l’Analyse française du Discours de Michel Pêcheux, qui met l’accent sur les processus de production de sens et sur leurs déterminations historico-sociales, en partant du fait que l’idéologie est constitutive de ces processus et un élément déterminant des discours, des sujets et des sens. Pêcheux base sa théorie sur le marxisme althusserien, un choix ancré dans la théorie des idéologies sur la base de l’histoire des formations sociales et de ses modes de production, avec comme question importante la lutte des classes. C’est à la lumière de cette théorie que sont analysées les notions de Formation Sociale, Conditions de production, Formation Idéologique et Formation Discursive, afin de voir dans quelles conditions ont lieu les relations de production et de transformation au sein d’une production discursive. Sont également abordées des notions léninistes et gramsciennes telles que la catégorie de la contradiction, l’hégémonie, le bloc historique et les intellectuels organiques. Les questions théoriques du domaine de l’Analyse du Discours et du domaine des Sciences Sociales sont articulées aux nouveaux discours ouvriers, que l’on peut également rencontrer au cours de l’histoire : les discours des ouvriers dans les entreprises industrielles autogestionnaires dans l’État du Rio Grande do Sul. Le matériel discursif utilisé à des fins d’analyse se compose des productions discursives d’ouvriers autogestionnaires, d’assesseurs, de syndicalistes, de politiciens et de sympathisants, obtenues principalement à travers des entretiens, mais également de matériels de formation socio-politico-administrative et de matériels d’information – privés et publics. En analysant les processus de dicursivisation d’ouvriers insérés dans des entreprises industrielles autogestionnaires sur leurs pratiques sociales, la recherche met à jour un nouveau type singulier d’organisation des travailleurs, dans une dynamique contraire à celle des entreprises traditionnelles capitalistes. En partant du fait que la gestion ouvrière collective est née de l’échec administratif de la gestion entrepreneuriale, nous observons, à partir des Études du Langage, combien les formes d’exploitation capitaliste sont « désajustées » et « réajustées » pour l’obtention dans le coopérativisme autogestionnaire d’une dynamique solidaire, démocratique et autonome de planification, de gestion et de distribution des résultats économiques. Finalement, notre parcours théorico-analytique nous permet d’avancer que l’organisation autogestionnaire ne renvoie pas seulement à des espaces démocratiques de décision, mais également à l’appropriation du processus productif et de commercialisation de la part des travailleurs. Dans la perspective de l’Analyse du Discours, nous en concluons que l’organisation autogestionnaire ouvrière s’avère être un événement discursif et constitue une nouvelle forme discursive : la Formation Discursive des Ouvriers Autogestionnaires. / Esta tese apresenta nossa pesquisa acerca das práticas discursivas de trabalhadoresassociados em empreendimentos de produção industrial na modalidade da autogestão, no Rio Grande do Sul. Trata-se de empreendimentos autogestionários que se instauraram a partir de empresas de gestão capitalista – ou seja, de massas falidas – e que se apresentam atualmente como alternativas de geração de trabalho e renda e de construção de novas relações sociais de produção. Nosso propósito principal reside em comprovar que as práticas discursivas emergentes na organização operária autogestionária instituem um novo campo discursivo, o que significa dizer que se trata de um acontecimento discursivo. Assim, o estudo passa pela observação dos discursos que emergem dos e sobre os sujeitos autogestionários, revelando novas concepções de trabalho, novas práticas discursivas que são atravessadas por saberes confluentes, contraditórios e até antagônicos à autogestão. A opção teórica, para o presente estudo, está alicerçada na perspectiva da Análise do Discurso, de linha francesa, a partir de Michel Pêcheux, caracterizando-se pelo enfoque nos processos de produção de sentido e de suas determinações histórico-sociais, em uma compreensão de que a ideologia é constitutiva desses processos e determinante dos discursos, dos sujeitos e dos sentidos. Pêcheux apresenta sua teoria, inicialmente, na perspectiva do marxismoalthusseriano, o que significa uma opção ancorada na teoria das ideologias com base na história das formações sociais e nos seus modos de produção, considerando como questão relevante as lutas de classe. É à luz desta teoria que refletimos fundamentalmente sobre as noções de Formação Social, Condições de produção, Formação Ideológica e Formação Discursiva, com vistas a investigar sob que condições ocorrem relações de reprodução e de transformação no interior de uma formação discursiva. Trouxemos também, para nossas abordagens, noções leninistas e gramscianas como a categoria da contradição, a hegemonia, o bloco histórico e os intelectuais orgânicos. Articulamos as questões teóricas do campo da Análise do Discurso e do campo das Ciências Sociais aos novos discursos operários que, ao mesmo tempo, são possíveis de serem encontrados ao longo da história: os discursos dos operários em empreendimentos industriais autogestionários no Rio Grande do Sul. Relativamente à materialidade discursiva utilizada para fins de análise, tomamos as produções discursivas de operários da autogestão, assessores, sindicalistas, políticos e simpatizantes, que foram obtidas, prioritariamente, através de entrevistas, mas também através de materiais de formação sócio-político-administrativa e de materiais de informação – seja de circulação restrita, seja de circulação aberta à população. Ressaltamos que esta pesquisa, ao analisar os processos de discursivização de operários inseridos em empreendimentos industriais autogestionários sobre suas práticas sociais, desnuda um fascinante novo jeito de trabalhadores se organizarem em uma dinâmica adversa à das empresas tradicionais capitalistas. Considerando que a gestão coletiva operária tem seu surgimento a partir do fracasso administrativo da gestão empresarial, observamos, à luz dos Estudos da Linguagem, como e em que medida as formas de exploração capitalista são “desarranjadas” e “re-arranjadas” para ter, no cooperativismo autogestionário, uma dinâmica solidária, democrática e autônoma de planejamento, de gerenciamento e de distribuição dos resultados econômicos. Finalmente, nosso percurso teórico-analítico nos permite dizer que a organização autogestionária não remete apenas a espaços democráticos de decisão, mas à apropriação do próprio processo produtivo e de comercialização por parte dos trabalhadores. Na perspectiva da Análise do Discurso, concluímos que a organização de autogestão operária se revela um acontecimento discursivo e constitui uma nova formação discursiva: a Formação Discursiva dos Operários Autogestionários.
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Operários em movimento: a trajetória de luta dos trabalhadores da Ceara Light (Fortaleza, 1917 - 1932) / Workers in movement: the trajectory of struggles of the employees of Ceará Light (Fortaleza, 1917 - 1932)Parente, Eduardo Oliveira January 2008 (has links)
PARENTE, Eduardo Oliveira. Operários em movimento: a trajetória de luta dos trabalhadores da Ceara Light (Fortaleza, 1917 - 1932). 2008. 205 f. Dissertação (Mestrado em História) - Universidade Federal do Ceará, Departamento de História, Programa de Pós-Graduação em História Social, Fortaleza-CE, 2008. / Submitted by Raul Oliveira (raulcmo@hotmail.com) on 2012-06-25T12:20:36Z
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Previous issue date: 2008 / This paper tries to analyze the fighting and organizational trajectory of the employees of the British company Ceara Tramway Light and Power Company, between the years 1917 and 1932. Our study intends to investigate the processes of mobilization and organization adopted by these workers, focusing on the specific contents of their demands, the negotiation practices with their bosses and the fighting strategies they used. At the same time we will analyze the political and ideological options embraced by the workers on the each strike period and how those experiences contributed to the configuration of the political culture of the workers. / Esta pesquisa pretende analisar a trajetória de luta e organização dos trabalhadores da companhia inglesa Ceará Tramway, Light and Power Company, no período compreendido entre 1917 e 1932. Nosso estudo se propõe averiguar os processos de mobilização e organização adotados por estes operários, focalizando o conteúdo específico de suas demandas, as formas de negociação com os patrões e as estratégias de luta postas em prática. Ao mesmo tempo, analisaremos as opções políticas e ideológicas abraçadas em cada período grevista e como tais experiências contribuíam para a configuração da cultura política dos trabalhadores.
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A escrita da mulher trabalhadora na imprensa operária brasileira da República Velha : a luta contra o enclausuramento e o preconceito linguísticoBoenavides, Débora Luciene Porto January 2018 (has links)
Questa tesi, che ha come base teorica la sociolinguistica storica, analizza il modo come la scrittura delle donne lavoratrici nella stampa operaia brasiliana della Prima Repubblica – República Velha (1889-1930) ha costituito un prodotto della realtà del tempo come pure ha inciso su quella realtà. A tale fine, si osservano le basi materiali nelle quali le lavoratrici di quel periodo storico operavano, cercando di descrivere il modo di produzione, i rapporti di produzione, i rapporti sociali nonché i vari ruoli sociali che quelle donne occupavano. Per primo è analizzato il confinamento di voci e idee come forma di politica linguistica imposta al proletariato dalla classe dominante nel Brasile della Prima Repubblica. Si difende l'idea che questa politica linguistica sia avvenuta attraverso pratiche che limitavano le possibili sfere discorsive accessibili alla classe lavoratrice, tra cui vanno citati la censura subita dalla stampa operaia in quel contesto storico, la disciplina imposta alla classe operaia e la colonizzazione delle donne lavoratrici, tramite molteplici discorsi dominanti sulla cosiddetta "questione femminile" e attraverso la presunta difesa del loro onore, realizzata mediante l'internamento delle giovani donne nei "conventi". Si esamina la politica di discriminazione linguistica, considerando due stereotipi sulla classe operaia, costruiti dal ceto dominante: quello di una classe di analfabeti e quello della donna “facile”. Infine, il rapporto tra le donne lavoratrici e la stampa operaia, la nuova possibile sfera discorsiva per quelle donne, viene analizzata mediante l'osservazione di questa sfera discorsiva, dei generi di discorsi che vi erano prodotti e degli enunciati delle donne lavoratrici in questa sfera. Tra le conclusioni dell'analisi, tre vanno evidenziate. La prima è che la stampa operaia in quanto sfera discorsiva non era egualitaria, nel senso che in essa, non vi era un'uguaglianza tra le voci maschili e femminili. La seconda è che i generi discorsivi prodotti dalle donne in questo campo erano costituiti perlopiù di lettere aperte, articoli e inviti e presentavano stili rivendicatori e/o argomentativi, al contrario di quelli prodotti dagli uomini, che di solito erano espositivi. L'ultima conclusione che possiamo trarre dall'analisi realizzata è che, da un punto di vista linguistico, gli enunciati prodotti dalle donne si contraddistinguevano da quelli degli uomini per l'uso della prima persona plurale, ancorché tale caratteristica non sempre significasse che le donne che l'usavano si considerassero parte del próprio discorso, ma piuttosto che erano consapevole di appartenere a quella classe e sapevano che solo con l'unione sarebbero potute emergere vittoriose dalle loro lotte. / Prenant comme base théorique la sociolinguistique historique, ce travail se propose de montrer que les écrits des ouvrières dans la presse brésilienne de la Première République – República Velha (1889-1930) ont constitué un reflet de la réalité de l'époque, de même qu'ils ont influencé cette réalité. Pour cela, nous observons les bases matérielles dans lesquelles les femmes ouvrières de cette période opéraient et tentons de décrire le mode de production, les rapports de production, les relations sociales de même que les divers rôles sociaux qu'elles ont occupés. Nous discutons d’abord la claustration des voix et des idées en tant que politique linguistique imposée au prolétariat par la classe dominante brésilienne de la Première République. Nous défendons l'idée que cette politique linguistique s’est réalisée au travers de pratiques qui limitaient les sphères discursives accessibles à la classe ouvrière, parmi lesquelles on compte la censure qu'a souffert la presse ouvrière dans ce contexte historique, la discipline imposée à la classe ouvrière et la colonisation des femmes travailleuses, par le moyen des différents discours de la classe dominante sur la soi-disant «question des femmes» et à travers la prétendue défense de leur honneur, faite par l'internement des jeunes femmes dans les «couvents». Nous discutons ensuite la politique de discrimination linguistique à travers la présentation critique de deux stéréotypes sur la classe ouvrière construits par la classe dominante: celui d'une classe composée d'analphabètes et celui de la femme “de mauvaise vie”. Finalement, la relation entre les travailleuses et la presse ouvrière, cette nouvelle sphère discursive possible pour ces femmes, est analysée par le biais de l'observation des aspects de cette sphère discursive, des genres de discours qui y étaient s produits et des déclarations des travailleuses dans ce domaine langagier. Trois des conclusions de cette analyse peuvent être mises en évidence. La première de ces conclusions est que la presse ouvrière, en tant que sphère discursive, n'était pas une sphère égalitaire, dans laquelle il y aurait eu un équilibre entre les voix masculines et féminines. La seconde déduction que l'on peut faire est que les genres discursifs produits par les femmes dans ce domaine consistaient systématiquement en lettres ouvertes, articles d'opinion et invitations et présentaient surtout des traits stylistiques argumentatifs et/ou revendicatifs, contrairement à ceux des hommes qui étaient habituellement expositifs. Finalement, on peut dire que les énoncés produits par des femmes étaient linguistiquement marqués par l'utilisation de la première personne du pluriel, sans que ce trait ne signifie nécessairement que les femmes qui l'utilisaient se considèrent parties prenantes de leurs discours, mais voulant dire qu'elles étaient conscientes d'appartenir à cette classe et qu'elles ne pourraient sortir victorieuses de leurs luttes qu'en restant unies. / Esta dissertação de mestrado, que tem como base teórica a sociolinguística histórica, tem como objetivo principal analisar como a escrita da mulher trabalhadora na imprensa operária brasileira da República Velha (1889-1930) refletiu e influenciou a realidade da época. Para isso, observa-se em que base as mulheres trabalhadoras deste período estavam inseridas, tentando-se, assim, descrever o modo de produção, as relações de produção, as relações sociais e, também, os diversos papeis sociais vivenciados por elas. Discute-se, primeiramente, o enclausuramento de vozes e de ideias enquanto política linguística imposta ao proletariado pela classe dominante no Brasil durante a República Velha. Defende-se a ideia que esta política linguística ocorreu através de práticas que limitavam as esferas discursivas possíveis à classe trabalhadora, entre elas, a censura que sofreu a imprensa operária nesse contexto histórico, o disciplinamento da classe trabalhadora e a colonização da mulher trabalhadora, através dos múltiplos discursos da classe dominante sobre a chamada “questão da mulher” e através da suposta defesa de sua honra, feita pelo internamento das moças nos “conventos”. Após, discorre-se sobre a política do preconceito linguístico, através da discussão sobre dois estereótipos da classe trabalhadora construídos pela classe dominante: o estereótipo de uma classe formada por analfabetos e o estereótipo da mulher prostituída. Por fim, analisa-se a relação entre mulher trabalhadora e imprensa operária, uma nova esfera discursiva possível a estas mulheres. São estudados os aspectos dessa esfera discursiva, os gêneros discursivos que nela são produzidos e os enunciados das mulheres trabalhadoras nessa esfera. Podem-se destacar três das conclusões a respeito da análise realizada. A primeira, que a imprensa operária enquanto esfera discursiva não foi uma esfera igualitária, em que houvesse equipolência entre as vozes masculinas e femininas. A segunda, que os gêneros discursivos produzidos por mulheres nesta esfera constantemente constituíam cartas abertas, artigos de opinião e convites com estilos reivindicatórios e/ou argumentativos, em oposição aos dos homens, que normalmente eram expositivos. A última, que os enunciados produzidos por mulheres eram linguisticamente marcados pelo uso da primeira pessoa do plural, mas que esta marca nem sempre significava que as mulheres que a usavam se incluíam em seus discursos, e sim que elas possuíam consciência de sua classe e sabiam que apenas com união poderiam sair vitoriosas de suas lutas. / This Masters dissertation, which has Historical Sociolinguistics as theoretical basis, analyses how the writing of the working woman in the Brazilian working press in the Old Republic (1889-1930) reflected and influenced the reality of the time. Therefore, it is observed in which base the working women were in this period, trying, this way, to describe the mode of production, the relations of production, the social relations and the different social roles lived by them. It is discussed, at first, the enclosure of the voices and the ideas whilst language policy imposed to the proletariat by the ruling class in Brazil during the Old Republic. It is defended the idea that this language policy occurred through the practices that limited the possible spheres of discourse to the working class, including the censorship that the working press suffered in this historic context, the disciplining of the working class and the colonization of the working woman, through the multiple discourses of the ruling class on the so-called “women question” and through the suppose defence of their honour, done through the confinement of the ladies in the “convent”. After that, it is expatiated about the policy of the linguistic discrimination, through the discussion about two stereotypes of the working class built by the ruling class: the stereotype of a class formed by illiterate people and the stereotype of the prostituted woman. At last, it is analysed the relation between the working woman and the working press, a new sphere of discourse possible to these women. It is studied the aspects of this sphere of discourse, the discursive gender produced on it and the utterance of the working women in this sphere. It is possible to highlight three of the conclusions about this analysis. The first, the working press whilst sphere of discourse was not an egalitarian sphere, in which there was equivalence between male and female voices. The second, the discursive gender produced by women in this sphere constantly built open letters, opinion articles and invitations with a claim or argumentative style, opposite the discourse produced by men, which normally were expositive. The last, the utterances produced by women were linguistically marked by the use of the first person of plural, although this mark did not always mean the women that used it included themselves in their discourses, instead, they were aware of their class and they knew only with union they could emerge victorious from their struggles.
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Construindo redes sociais, projetos de identidade e espaços políticos : a imprensa operária no Amazonas (1890-1928)Teles, Luciano Everton Costa January 2018 (has links)
Esta tese tem como objetivo central analisar, através das folhas operárias que circularam no Amazonas na Primeira República, como os seus militantes estabeleceram contatos, conexões e interações e, no seio dos circuitos desenhados, elaboraram e fizeram circular projetos de identidade operária que, de forma imbricada, tinham como finalidade a criação de espaços políticos legítimos de mudança social. Para isso, utilizou-se a imprensa operária como tema e objeto central de análise e reflexão histórica, abordando-a numa perspectiva que a toma como objeto e fonte de estudo concomitantemente. Desse modo, num primeiro momento, procurou-se identificar os militantes que estavam por trás dos jornais voltados aos trabalhadores para, em seguida, entender como eles costuraram relações com lideranças de outros estados e até de outros países. Nesse intento, a análise de redes sociais foi importante, pois possibilitou a visualização dos contatos, das conexões e das interações da militância operária, contribuindo, assim, para a compreensão da movimentação de ideias sociais e políticas que dinamizaram o movimento operário local Em seguida, certificou-se que, nas redes visualizadas, a fração organizada dos operários elaborou (e fez circular nelas) projetos de identidade operária que caminharam em duas direções: a primeira, de unidade do operariado em geral, vislumbrava o reconhecimento e a distinção em relação a outros setores sociais (sobretudo o patronato e as “classes perigosas”) e tinha como pilar a posição de que o trabalhador era o elemento propulsor da sociedade, criador da riqueza e do “progresso” de um país; o segundo, de diferenças e distinções internas (entre os trabalhadores), evidenciava a diversidade existente no mundo do trabalho. Para perceber esse processo foi utilizado o conceito de projeto e de identidade. Por fim, verificou-se que essas conexões e interações estabelecidas pelas lideranças e a construção de projetos de identidade direcionados aos operários surgiram no sentido de promover a constituição de espaços políticos que concorressem para mudanças sociais. Neste caso, utilizou-se a categoria de esfera pública na perspectiva habermasiana. Confirmou-se que as lideranças operárias intentavam constituir uma esfera pública, visando atingir os espaços deliberativos, de decisão política. / This thesis aims to analyze, through the workers' works that circulated in Amazonas in the First Republic, how its militants established contacts, connections and interactions and, within the circuits drawn, elaborated and circulated projects of worker identity that, in a way imbricated, aimed at creating legitimate political spaces for social change. For this, the working press was used as the central theme and object of analysis and historical reflection, approaching it in a perspective that takes it as object and source of study concomitantly. Thus, at first, we sought to identify the militants behind the workers' newspapers and then to understand how they sewed relations with leaders from other states and even from other countries. In this attempt, the analysis of social networks was important because it made possible the visualization of the contacts, connections and interactions of workers 'militancy, thus contributing to the understanding of the movement of social and political ideas that stimulated the local workers' movement Next, it was verified that in the networks seen, the organized fraction of the workers elaborated (and circulated in them) projects of workers' identity that walked in two directions: the first one, of unit of the working class in general, glimpsed the recognition and distinction in relation to other social sectors (especially the patronage and the "dangerous classes") and had as a pillar the position that the worker was the driving force of the society, creator of the wealth and "progress" of a country; the second, of internal differences and distinctions (among workers), showed the diversity in the world of work. To understand this process was used the concept of design and identity. Finally, it was verified that these connections and interactions established by the leaderships and the construction of projects of identity directed to the workers suggest in the sense of promoting the constitution of political spaces that concur for social changes. In this case, the category of public sphere in Habermasian perspective was used. It was confirmed that the workers' leaders tried to constitute a public sphere, aiming to reach the deliberative spaces, of political decision.
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Anônimas da história: relações de trabalho e atuação política de sapateiras entre as décadas de 1950 e 1980 (Franca-SP)Rezende, Vinícius Donizete de [UNESP] 23 February 2006 (has links) (PDF)
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rezende_vd_me_fran.pdf: 10856254 bytes, checksum: 7ae4a41ce86bb84b4d1892369dd74407 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A cidade de Franca tem na indústria calçadista sua principal atividade econômica, sendo um dos maiores centros produtores de calçados do país. A partir da década de 1950 ocorreu a intensificação do processo de industrialização do setor, com a implantação de modernas técnicas de produção, voltadas para o aumento da produtividade. Essas transformações acarretaram um significativo crescimento populacional, destacando-se a migração de mineiros, em grande parte ex-trabalhadores rurais. O parque industrial é marcado pela heterogeneidade, englobando grandes indústrias com mais de mil trabalhadores, até pequenas oficinas de conserto. Estudos recentes buscaram analisar as experiências dos trabalhadores do setor no cotidiano de trabalho e extrafábrica. Abriram novas perspectivas de análise, dentro das quais se insere o presente trabalho. Ao longo do processo de formação e consolidação da indústria calçadista no município as mulheres ocuparam posição de destaque, compondo cerca de 40% da força de trabalho empregada nesse setor produtivo. Contudo, verificou-se que a história da classe operária do município havia sido escrita sobretudo no masculino, desconsiderando-se as experiências das trabalhadoras do calçado. Assim, tivemos como principais objetivos analisar o processo de formação das mulheres enquanto operárias, as relações de trabalho e as expressões de ação política de um conjunto de sapateiras que fizeram parte do processo de industrialização entre as décadas de 1950 e 1980. Trabalhou-se com um corpus documental composto por fontes orais, documentos sindicais e outras fontes impressas. Foi possível constatar que as trabalhadoras vivenciaram um processo de sociabilização caracterizado pela divisão sexual do trabalho e subordinação aos homens desde os anos iniciais de suas vidas, características persistentes... / The city of Franca - Brazil has in the shoemaker industry its main economic activity, being one of the biggest producing centers of footwear of the country. From the decade of 1950 the intensification of the process of industrialization of the sector occurred with the modern implantation production techniques, guided toward the increase of the productivity. These transformations had caused a significant population growth, putting in relief the migration of “mineiros”, mostly agricultural former-workers. The industrial park is marked by the heterogeneity, agglomerating great industries with more than a thousand workers, even small repair shops. Recent studies had searched to analyse the experiences of the workers of the sector in the daily of work and the extra-factory. They had opened new perspectives of analysis, inside of which it inserts the present work. Along of the process of formation and the consolidation of the shoemaker industry in the city the women had occupied distinction position, composing about 40% of the force of work used in this productive sector. However, it occurs that the history of the working class of the city had been written principally in the masculine, it ignoring the experiences of the workers-women of the footwear. Thus, we had as main objectives to analyse the process of formation of the women being workers, the relations of work and the expressions of politic actions of a set of women-shoemaker that had been party of the proceeding of industrialization between the decades of 1950 and 1980. We worked with a corpus documental composed for verbal sources, trade union documents and other sources printed. It was possible to verify that the workers had lived deeply a process of socialization characterized for the sexual division of the work and subordination to the men since the initial years of its lives, persistent characteristics in its experiences as workers...(Complete abstract click electronic access below)
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As práticas discursivas dos operários em empreendimentos de produção industrial autogestionáriaWebler, Darlene Arlete January 2008 (has links)
Le présent travail analyse les pratiques discursives de travailleurs associés dans des entreprises de production industrielle fonctionnant sur la base de l’autogestion, dans l’État du Rio Grande do Sul (Brésil). Ces entreprises autogestionnaires sont apparues après le dépôt de bilan d’entreprises capitalistes et représentent actuellement des alternatives pour la génération d’emploi, de revenu et la construction de nouvelles relations sociales de production. L’objectif du travail est de démontrer que l’organisation ouvrière autogestionnaire institue un nouveau champ discursif, c’est-à-dire un événement discursif. L’observation des discours des et sur les sujets autogestionnaires révèle de nouvelles conceptions du travail, de nouvelles pratiques discursives traversées par des savoirs concordants, contradictoires ou même opposés à l’autogestion. L’analyse théorique s’inscrit dans la perspective de l’Analyse française du Discours de Michel Pêcheux, qui met l’accent sur les processus de production de sens et sur leurs déterminations historico-sociales, en partant du fait que l’idéologie est constitutive de ces processus et un élément déterminant des discours, des sujets et des sens. Pêcheux base sa théorie sur le marxisme althusserien, un choix ancré dans la théorie des idéologies sur la base de l’histoire des formations sociales et de ses modes de production, avec comme question importante la lutte des classes. C’est à la lumière de cette théorie que sont analysées les notions de Formation Sociale, Conditions de production, Formation Idéologique et Formation Discursive, afin de voir dans quelles conditions ont lieu les relations de production et de transformation au sein d’une production discursive. Sont également abordées des notions léninistes et gramsciennes telles que la catégorie de la contradiction, l’hégémonie, le bloc historique et les intellectuels organiques. Les questions théoriques du domaine de l’Analyse du Discours et du domaine des Sciences Sociales sont articulées aux nouveaux discours ouvriers, que l’on peut également rencontrer au cours de l’histoire : les discours des ouvriers dans les entreprises industrielles autogestionnaires dans l’État du Rio Grande do Sul. Le matériel discursif utilisé à des fins d’analyse se compose des productions discursives d’ouvriers autogestionnaires, d’assesseurs, de syndicalistes, de politiciens et de sympathisants, obtenues principalement à travers des entretiens, mais également de matériels de formation socio-politico-administrative et de matériels d’information – privés et publics. En analysant les processus de dicursivisation d’ouvriers insérés dans des entreprises industrielles autogestionnaires sur leurs pratiques sociales, la recherche met à jour un nouveau type singulier d’organisation des travailleurs, dans une dynamique contraire à celle des entreprises traditionnelles capitalistes. En partant du fait que la gestion ouvrière collective est née de l’échec administratif de la gestion entrepreneuriale, nous observons, à partir des Études du Langage, combien les formes d’exploitation capitaliste sont « désajustées » et « réajustées » pour l’obtention dans le coopérativisme autogestionnaire d’une dynamique solidaire, démocratique et autonome de planification, de gestion et de distribution des résultats économiques. Finalement, notre parcours théorico-analytique nous permet d’avancer que l’organisation autogestionnaire ne renvoie pas seulement à des espaces démocratiques de décision, mais également à l’appropriation du processus productif et de commercialisation de la part des travailleurs. Dans la perspective de l’Analyse du Discours, nous en concluons que l’organisation autogestionnaire ouvrière s’avère être un événement discursif et constitue une nouvelle forme discursive : la Formation Discursive des Ouvriers Autogestionnaires. / Esta tese apresenta nossa pesquisa acerca das práticas discursivas de trabalhadoresassociados em empreendimentos de produção industrial na modalidade da autogestão, no Rio Grande do Sul. Trata-se de empreendimentos autogestionários que se instauraram a partir de empresas de gestão capitalista – ou seja, de massas falidas – e que se apresentam atualmente como alternativas de geração de trabalho e renda e de construção de novas relações sociais de produção. Nosso propósito principal reside em comprovar que as práticas discursivas emergentes na organização operária autogestionária instituem um novo campo discursivo, o que significa dizer que se trata de um acontecimento discursivo. Assim, o estudo passa pela observação dos discursos que emergem dos e sobre os sujeitos autogestionários, revelando novas concepções de trabalho, novas práticas discursivas que são atravessadas por saberes confluentes, contraditórios e até antagônicos à autogestão. A opção teórica, para o presente estudo, está alicerçada na perspectiva da Análise do Discurso, de linha francesa, a partir de Michel Pêcheux, caracterizando-se pelo enfoque nos processos de produção de sentido e de suas determinações histórico-sociais, em uma compreensão de que a ideologia é constitutiva desses processos e determinante dos discursos, dos sujeitos e dos sentidos. Pêcheux apresenta sua teoria, inicialmente, na perspectiva do marxismoalthusseriano, o que significa uma opção ancorada na teoria das ideologias com base na história das formações sociais e nos seus modos de produção, considerando como questão relevante as lutas de classe. É à luz desta teoria que refletimos fundamentalmente sobre as noções de Formação Social, Condições de produção, Formação Ideológica e Formação Discursiva, com vistas a investigar sob que condições ocorrem relações de reprodução e de transformação no interior de uma formação discursiva. Trouxemos também, para nossas abordagens, noções leninistas e gramscianas como a categoria da contradição, a hegemonia, o bloco histórico e os intelectuais orgânicos. Articulamos as questões teóricas do campo da Análise do Discurso e do campo das Ciências Sociais aos novos discursos operários que, ao mesmo tempo, são possíveis de serem encontrados ao longo da história: os discursos dos operários em empreendimentos industriais autogestionários no Rio Grande do Sul. Relativamente à materialidade discursiva utilizada para fins de análise, tomamos as produções discursivas de operários da autogestão, assessores, sindicalistas, políticos e simpatizantes, que foram obtidas, prioritariamente, através de entrevistas, mas também através de materiais de formação sócio-político-administrativa e de materiais de informação – seja de circulação restrita, seja de circulação aberta à população. Ressaltamos que esta pesquisa, ao analisar os processos de discursivização de operários inseridos em empreendimentos industriais autogestionários sobre suas práticas sociais, desnuda um fascinante novo jeito de trabalhadores se organizarem em uma dinâmica adversa à das empresas tradicionais capitalistas. Considerando que a gestão coletiva operária tem seu surgimento a partir do fracasso administrativo da gestão empresarial, observamos, à luz dos Estudos da Linguagem, como e em que medida as formas de exploração capitalista são “desarranjadas” e “re-arranjadas” para ter, no cooperativismo autogestionário, uma dinâmica solidária, democrática e autônoma de planejamento, de gerenciamento e de distribuição dos resultados econômicos. Finalmente, nosso percurso teórico-analítico nos permite dizer que a organização autogestionária não remete apenas a espaços democráticos de decisão, mas à apropriação do próprio processo produtivo e de comercialização por parte dos trabalhadores. Na perspectiva da Análise do Discurso, concluímos que a organização de autogestão operária se revela um acontecimento discursivo e constitui uma nova formação discursiva: a Formação Discursiva dos Operários Autogestionários.
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Construções discursivas do trabalho em Crônicas da vida operária de Roniwalter JatobáMarques, Guiosepphe Sandri 09 February 2015 (has links)
CAPES / A presente pesquisa analisa as construções discursivas do trabalho em quatro contos de Roniwalter Jatobá (1979) na obra Crônicas da vida operária: “A mão esquerda”; “Alojamento”; “O pano vermelho”; “Trabalhadores”. Roniwalter Jatobá constrói uma visão de trabalho crítica em relação ao trabalhador migrante que não se adapta e não se realiza na grande São Paulo das décadas de 1960 e 1970. Interpretar e problematizar a visão de trabalho em Jatobá é o objetivo da presente pesquisa. Para tanto, parte-se aqui de uma abordagem interdisciplinar que leva em conta as áreas da Literatura, da História Social, da Sociologia e da Filosofia da linguagem. A discussão em torno da linguagem e do trabalho como constitutivos do ser social leva em consideração as contribuições de um conjunto de autores que problematiza o que é a linguagem e o trabalho respectivamente. No campo da linguagem, as contribuições de Bakthin (2003) e Bakhtin/Voloshinov (2004) ajudam a refletir criticamente acerca da construção sócio-ideológica da consciência e das relações dialógicas presentes em qualquer construção discursiva, seja no trabalho e no trabalhador, nas teorias explicativas que tratam do ser social e da sociedade contemporânea. No campo do trabalho, as contribuições de Marx (2013), Lukács (2012; 2013), Engels (2013), Gorz (2007), Lafargue (1980) e Sennett (2006) ajudam a problematizar o que é o trabalho e sua importância para os dias atuais. A breve abordagem de alguns discursos sobre o trabalho no Brasil do século XX parte das contribuições da História Social do Trabalho, De Decca (1995), Fontes (2004), Mattos (2009) e Chalhoub (2012). O estudo do contexto de produção do discurso de Roniwalter Jatobá mais o conjunto de suas obras e a sua biografia foram imprescindíveis para a análise do corpus literário. A temática do trabalho em Jatobá, sob a ótica do discurso literário, traz um outro ponto de vista crítico a partir do próprio trabalhador migrante, e para isso o autor explora a singularidade desse trabalhador dentro de uma dimensão humana que se dá dentro e fora do trabalho, no local de origem e de destino, nos sonhos e frustrações alimentados pelo trabalhador migrante que não se realiza na grande São Paulo. Dentro de uma perspectiva compromissada social e politicamente, conclui-se que a obra Crônicas da vida operária aponta para outras interpretações críticas do trabalho e do trabalhador urbano na grande São Paulo das décadas de 1960 e 1970. / This dissertation analyzes the discursive constructions on work in four tales of Roniwalter Jatobá (1979): “The Left hand”; “Accommodation”; “The red cloth”; “Workers “. Jatobá creates a critical vision of work in relation to migrant workers unsuitable in São Paulo during the 1960s and 1970s. Interpret and discuss the work of vision in Jatobá is the objective of the dissertation. This dissertation part of a multidisciplinary perspective of Literature, Sociology, Social History and Philosophy of language. The discussion on the language and work as constitutive of the social considers the contributions of several authors that question what is the work and the language. In the area of language, the contributions of Bakhtin/Voloshinov (2004) help think critically about the social and ideological construction of the existing awareness and dialogical relations in any discursive construction. In the area of work, the contributions of Marx (2013), Lukács (2012; 2013), Engels (2013), Gorz (2007), Lafargue (1980) and Sennett (2006) help to question what is the work and its importance for today. The brief discussion of some of the discourses in the work of the twentieth century Brazil comes from the Social Work History, De Decca (1995), Fontes (2004), Mattos (2009) e Chalhoub (2012). The study Roniwalter Jatoba speech context more the set of his works and his biography were essential for the analysis of literary corpus. The subject of the work, from the perspective of literary discourse, brings another critical point of view from the migrant worker himself. For this, Jatoba explores the worker's uniqueness in its human dimension in and out of work, the place of origin and destination, in dreams and frustrations created by the migrant worker unsuitable in São Paulo. In a social perspective and politically committed, it is concluded that Crônicas da vida operária allows other critical interpretations of the work and the urban worker in São Paulo of the 1960s and 1970s.
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