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Aspectos fisiológicos, bioquímicos e microbiológicos em beterrabas minimamente processadas. / Physiological, biochemichal and microbiological aspects of fresh-cut beet roots.Maria Carolina Dário Vitti 29 May 2003 (has links)
Os objetivos deste trabalho foram determinar respostas fisiológicas, bioquímicas e microbiológicas associadas ao processamento mínimo de beterraba e desenvolver um fluxograma de preparo específico para está hortaliça, visando menor perda de qualidade e máxima capacidade de conservação. No primeiro experimento foram estudados alguns aspectos fisiológicos de beterraba intactas, descascadas e raladas e aspectos microbiológicos de beterrabas raladas. Neste experimento foram realizadas análises da taxa respiratória, da produção de etileno e microbiológicas. No segundo experimento foi testado o efeito do ácido cítrico sobre a respiração e pigmentos de betalaínas, determinando-se a taxa respiratória e os teores de betalaínas. No terceiro experimento avaliou-se o tempo de sanitização para beterrabas minimamente processadas, sendo realizadas análises sensoriais, microbiológicas e físico-químicas. No quarto experimento foi estudado o momento de sanitização ideal para beterrabas minimamente processadas, sendo também efetuadas análises sensorias, microbiológicas e físico-químicas. E no quinto experimento foi testado o novo fluxograma de preparo, específico para beterrabas minimamente processadas através de métodos combinados, obtidos a partir de resultados dos testes anteriores. Análises sensoriais, microbiológicas e físico-químicas foram realizadas para avaliar o novo fluxograma. A taxa respiratória foi maior para beterrabas raladas. A produção de etileno somente foi detectada em beterrabas raladas. Os resultados das análises microbiológicas estão de acordo com o padrão vigente atualmente. O ácido cítrico reduziu a atividade respiratória e o extravazamento e a degradação dos pigmentos de betalaínas em beterrabas minimamente processadas. O tempo de sanitização de 3 minutos é mais apropridado para manutenção da qualidade. A sanitização apenas após a pelagem é a mais apropriada para manutenção da qualidade, pois reduz a perda de pigmentos e garante um produto com padrões microbiológicos abaixo dos limites permitidos pela Legislação Brasileira, além de evitar o desperdício de cloro. Verificou-se pelo novo fluxograma de preparo que as beterrabas minimamente processadas tem um período de comercialização viável por 10 dias. O novo fluxograma desenvolvido é mais indicado para manutenção da qualidade por reduzir perda de pigmentos, reduzir a taxa respiratória e garantir a segurança alimentar do produto. / The purposes of this work were to determine the physiological, biochemical and microbiological responses to minimal processing of beet roots and to develop a preparation flowchart for this vegetable, aiming at lowering quality losses and maximizing preservation. Some physiological aspects of whole, peeled and grated beet roots, as well as microbiological aspects of grated beet roots were studied in the first experiment. Analyses of respiratory rate, ethylene production and microbiology were carried out in this experiment. In the second experiment, respiratory rates and betalain amounts were determined to evaluate the effects of citric acid on respiration and betalain pigments. In a third experiment, the sanitization time for minimally processed beet roots was evaluated and sensory, microbiological and physicochemical analyses were carried out. In a fourth experiment, the ideal sanitization time for minimally processed beet roots was determined and sensory, microbiological and physicochemical analyses were carried out. In a fifth experiment, a specific new procedures flowchart was tested for the minimal processing of beet roots using a combination of methods based on previous experiments. Sensory, microbiological and physicochemical analyses were conducted to evaluate the new procedures flowchart. The respiratory rate was higher in grated beet root. Ethylene production was detected only in grated beet roots. The microbiological results were in accordance with the current standard. Citric acid reduced the respiratory activity, betalain exudation and degradation in minimally processed beet roots. A three-minute sanitization showed to be the most suitable for quality maintenance. Sanitization alone after pealing is appropriate for quality maintenance, as it decreases pigment losses, prevents wasteful use of chlorine and ensures microbiological standards to be in accordance with the Brazilian Legislation. Minimally processed beet root produced by the new procedures flowchart are suitable for commercialization for 10 days. The new procedures flowchart is especially recommended for quality maintenance, once it decreases pigment loss and the respiratory rate, and ensures good food-safety standards for the product.
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Índices de maturação, ponto de colheita e padrão respiratório de goiabas 'Kumagai' e 'Paluma'. / Maturation rates, harvest point and respiratory standard of the kumagai and paluma guavas.Flavia Cristina Cavalini 21 June 2004 (has links)
A goiaba é uma fruta altamente perecível, e o conhecimento de sua fisiologia pós-colheita é fundamental para o emprego adequado de tecnologias, visando aumentar o período de conservação. O presente trabalho foi realizado com os objetivos de determinar índices de maturação; verificar a influência dos estádios de maturação na qualidade pós-colheita e determinar o padrão respiratório para goiabas Kumagai e Paluma. Primeiramente determinaram-se os índices de maturação e a influência de cinco estádios de maturação na qualidade pós-colheita dos frutos. Os frutos foram selecionados em cinco estádios de maturação segundo a cor da casca: Estádio 1: cor da casca verde-escura; Estádio 2: quebra da cor verde; Estádio 3: início da coloração amarela da casca; Estádio 4: cor da casca parcialmente amarela; Estádio 5: frutos com cor da casca totalmente amarela, em seguida, foram armazenados em câmara a 25 + 2ºC e 80-90% UR e avaliados quanto às mudanças físico-químicas e qualidade sensorial. Posteriormente determinou-se o padrão respiratório dos frutos, analisando-se a atividade respiratória, a produção de etileno e as mudanças físico-químicas após a colheita para os estádios 1, 2 e 3. A cor da casca e a firmeza foram consideradas os melhores índices de maturação para ambas as variedades. A variedade Paluma também apresentou o ratio como um bom índice de maturação. As variáveis físico-químicas apresentaram pouca variação entre os estádios de maturação após o amadurecimento, porém foram observadas diferenças significativas em relação à análise sensorial, sendo as melhores notas atribuídas aos estádios 4 e 5 na variedade Kumagai e para o estádio 5 na variedade Paluma. O ponto de colheita de goiabas Kumagai não interferiu na firmeza da polpa, no teor de sólidos solúveis e no ratio ao final do período comercializável, apresentando os frutos do estádio 1 mais verdes, com menor teor de ácido ascórbico e maior acidez titulável. Em goiabas Paluma, o ponto de colheita não influenciou na cor da casca e no teor de sólidos solúveis. No geral, os frutos do estádio 1 apresentaram-se mais firmes, com menor teor de ácido ascórbico, mais ácidos, com cor da polpa mais clara e maior ratio. Tanto a variedade Kumagai quanto a Paluma apresentaram pico respiratório e de produção de etileno, independente do estádio de maturação, porém, estes ocorreram após o completo amadurecimento dos frutos. / Guava is a highly perishable fruit and its post harvest physiology knowledgement is fundamental for the proper technology use in order to increase the preservation period. The present study was accomplished to determine the maturation rates; to verify the influence of the maturation levels in the post harvest and to determine the respiratory standard for the Kumagai and Paluma guavas. At first, the maturation rates and the influence of five levels of maturation in the post harvest of the fruit were determined. The fruits were selected in five levels of maturation according to the color of the peel: Level 1: a dark green color peel; Level 2: loss of the green color; Level 3: start of the yellow color of the peel; Level 4: a partially yellow color of the peel; Level 5: a totally yellow color of the fruits, and then, they were kept in a chamber at a percentage of 25 + 2ºC and 80-90% UR and evaluated as to the physico-chemical changes and sensory quality. After that, the respiration standard of the fruits was determined, analyzing the respiration activity, the production of ethylene and the physico-chemical changes after the harvest for the levels 1, 2 and 3. The color and the firmness of the peel were considered the best maturation rates for both varieties. The variety Paluma also showed the ratio as to a good maturation level. The physico-chemical variables showed less variation between the maturation levels after the ripeness, however significant differences were observed in relation to the sensorial analysis, obtaining the best performance for the levels 4 and 5 in the Kumagai variety and for the level 5 in the Paluma variety. The harvest point of the Kumagai guavas did nor interfere in the firmness of the flesh, in the content of the soluble solids and in the ratio to the end of the commerceable period, showing greener fruits in level 1 with a less content of ascorbic acid and a high titled acidic. In the Paluma guavas, the harvest point did not influence in the color of the peel and the content of soluble solids. In general, the fruits of level 1 showed firmer with a less content of ascorbic acid, more acidic with a lighter color of the flesh and a higher ratio. As the Kumagai as the Paluma varieties showed a respiratory peak and ethylene production independent of the maturation ratio, however these occurred after the complete ripeness of the fruits.
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Fisiologia, bioquímica e conservação de bananas e goiabas sob altas concentrações de O2 combinadas com CO2 e N2O / Physiology, biochemistry and conservation of bananas and guavas at high concentrations of O2 combined with CO2 and N2OThales Sandoval Cerqueira 06 July 2012 (has links)
Atmosferas com altas concentrações de O2, bem como atmosferas enriquecidas com N2O têm sido sugeridas como alternativas para as atmosferas com baixo O2 e alto CO2. O armazenamento de frutos em atmosferas com alto CO2 por um longo período pode ocasionar desordens fisiológicas. Além disso, existe pouca informação na literatura sobre os efeitos de altas concentrações de O2 no metabolismo oxidativo em frutos. O N2O é um gás de ocorrência natural, não tóxico descrito como um potente antagonista à produção e à ação do etileno. Este trabalho teve como objetivo estudar a influência da atmosfera controlada com altas concentrações de O2 associadas ou não a CO2 e N2O sobre a fisiologia, o metabolismo oxidativo e o comportamento pós-colheita de bananas e goiabas. Bananas Nanicão e goiabas Kumagai foram submetidas aos tratamentos com atmosfera controlada em sistema de fluxo contínuo. Os frutos foram dispostos em câmaras sob o fluxo de 200 mL min-1. Todos os tratamentos foram mantidos em câmara com temperatura controlada de 22°C. A umidade em torno dos frutos foi mantida em 95%UR. Os frutos foram avaliados quanto à qualidade, produção de CO2, etileno e atividade enzimática. O alto O2 acelerou o início da senescência em ambos os frutos. Porém, foram observadas diferenças entre a banana e a goiaba, sendo que na banana o pico climatérico e o processo de amadurecimento foram antecipados. Na goiaba, o efeito marcante foi a perda da cor verde da casca. Provavelmente, as respostas observadas estão diretamente relacionadas à influência do oxigênio no metabolismo do etileno e as capacidades antioxidantes da banana e goiaba. Quando o alto O2 foi associado ao CO2 e ao N2O também foi verificada antecipação do início da senescência, porém foram verificadas diferenças entre os tratamentos com CO2 e aqueles com N2O. O alto O2 associado ao CO2 evitou a ocorrência de processos fermentativos mesmo nas concentrações mais elevadas de CO2. Com relação ao N2O, a associação deste gás ao alto O2 não reteve o amadurecimento. Por outro lado, sua associação ao baixo O2 permitiu aumento na vida pós-colheita de ambos os frutos, sem a ocorrência de processos fermentativos. Em relação ao metabolismo oxidativo a banana com alto O2 desencadeou acúmulo de oxigênio reativo com conseqüente alteração na atividade das enzimas oxidativas, diferindo da goiaba na qual os teores de oxigênio reativo se mantiveram baixos durante todo armazenamento. Isso ocorre, provavelmente devido às diferenças na capacidade antioxidante entre estas frutas a qual é consideravelmente maior na goiaba. / Atmospheres with high O2 levels and N2O enriched atmospheres have been suggested as an alternative to the atmospheres of low O2 and high CO2. Fruit storage under atmospheres with high CO2 for a long period may develop physiological disorders. In addition, there is not enough information about the effects of high O2 concentrations on fruits oxidative metabolism. N2O is a gas present on nature, non-toxic described as a powerful antagonist to production and action of ethylene. This work aimed to study the influence of controlled atmosphere with high O2 concentrations, associated or not to CO2 and N2O on the physiology, oxidative metabolism and post-harvest behavior of bananas and guavas. Bananas Nanicão and guava Kumagai were treated under continuous flow system. The fruits were placed into chambers under flow of 200 mL min-1. All treatments were maintained in a chamber with controlled temperature of 22°C. The humidity around the fruits was kept at 95% UR. It was quality evaluated CO2 and ethylene production and enzyme activity. The high O2 accelerated the onset of senescence in both fruits. However, differences were observed between the banana and guava, banana anticipated the occurrence of the climacteric peak by changing all the variables related to maturity. The main effect observed over guavas was the loss of peel green color. Probably, the observed responses are related to oxygen effect on ethylene and antioxidant capacity of banana and guava. When the O2 was associated with high CO2 and N2O was also observed an anticipation of the beginning of senescence, but differences were observed between CO2 and N2O treatments. The high O2 associated with CO2 prevented the occurrence of fermentative processes even at the highest concentrations of CO2. The N2O associations with high O2 do not increase postharvest life too. On the other hand, the N2O associations with low O2 allow delay ripening process. In relation to oxidative metabolism at high O2 banana triggered accumulation of reactive oxygen and consequent change in the activity of enzymes involved, differing from guava in which the levels remained low throughout storage. This is probably due to differences in the antioxidant activity of these fruits and which is considerably higher in guava. Keywords: High oxygen; Nitrous oxide;
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Processamento mínimo de abóbora (Cucurbita moschata Duch.): alterações fisiológicas, qualitativas e microbiológicas. / Minimally processing of squash (Cucurbita moschata Duch.): phisiologycal, qualitative and microbiological changes.Fabiana Fumi Sasaki 17 June 2005 (has links)
O presente trabalho teve como objetivos determinar as respostas fisiológicas, qualitativas e microbiológicas após o processamento mínimo e desenvolver um fluxograma de preparo específico para abóboras minimamente processadas, para aumentar o tempo de conservação e minimizar as perdas de qualidade. No primeiro experimento foram avaliadas diferentes temperaturas de conservação na abóbora minimamente processada, foram realizadas análises de taxa respiratória, produção de etileno, qualitativas (físicas, químicas, físicoquímicas) e microbiológicas. No segundo experimento foram estudados diferentes tipos de corte para o processamento mínimo da abóbora. Neste experimento foram efetuadas as mesmas análises realizadas no primeiro experimento. No terceiro experimento foram avaliadas as influências de diferentes embalagens na qualidade e conservação das abóboras minimamente processadas. Neste experimento foram analisadas as concentrações de gases no interior das embalagens. Também foram realizadas análises qualitativas e microbiológicas. O quarto experimento consistiu na avaliação da efetividade de diferentes sanitizantes sobre a microflora das abóboras minimamente processadas, foram realizadas análises microbiológicas e qualitativas. E no quinto experimento foi testado um novo fluxograma de preparo, específico para as abóboras minimamente processadas. Obtido através dos resultados dos experimentos realizados anteriormente, foram realizadas análises qualitativas e microbiológicas para avaliar o novo fluxograma. A temperatura de 10oC apresentou maior taxa respiratória, produção de etileno, perda de massa e contagem de bactérias psicrotróficas. A temperatura de 5oC teve um comportamento semelhante a de 1ºC. O corte em retalhos mostrou as maiores produções de etileno, perda de massa, sólidos solúveis, ácido ascórbico e carotenóides totais, e a maior contagem de bactérias psicrotróficas. O corte de meia-rodela não diferiu significativamente do corte em cubo para a maioria dos parâmetros. Das embalagens testadas nenhuma se destacou efetivamente, porém ficou clara a importância da embalagem na redução da perda de massa. Todos os sanitizantes utilizados foram efetivos na redução de bactérias psicrotróficas, na eliminação de coliformes totais e coliformes a 45oC. O Dicloro Isocianurato de Sódio apresentou uma efetividade maior mantendo baixas contagens de bactérias psicrotróficas. O ácido acético e o ácido peracético provocaram perda da coloração e da firmeza dos pedaços de abóbora. Os resultados microbiológicos de todos o experimentos estavam dentro dos padrões da legislação atual. O novo fluxograma de preparo mostrou que as abóboras minimamente processadas têm um período de comercialização de 12 dias. O novo fluxograma desenvolvido é indicado para manutenção da qualidade por reduzir perdas nutricionais, diminuir a taxa respiratória e principalmente garantir a segurança alimentar do produto. / The present work was carried out with the objective of determinate the physiological, qualitative and microbiological answers after minimally processing and develop a flowchart of specific preparation to minimally processing squashes, to increase the conservation time and reduce the quality losses. Different temperatures of minimally processing squashes conservation were studied. Respiratory rate, ethylene production, qualitative (physical, chemical and physicochemical), and microbiological analyses were studied in the first experiment. In the second experiment different minimally processing squashes cut were studied. In a third experiment, different packages were study in alterations of quality and conservation of minimally processing squashes. The gas concentration inside packages was analyzed. Microbiological and qualitative analyses were carried out too. In the fourth experiment different sanitizers effect in microorganisms of minimally processing squashes were evaluated in respect to the microbiological and qualitative of product. Finally, in the fifth experiment a new flowchart of specific preparation to minimally processing squashes was evaluated. The flowchart was obtained with results of previous experiments. Qualitative and microbiological analyses were carried out to evaluate the new flowchart. The higher respiratory rate, ethylene production, weight loss and account of psychotropic bacteria were observed at 10ºC temperature. The 5ºC temperature had a similar behavior of 1ºC temperature. The higher productions of ethylene, weight loss, soluble solids, ascorbic acid and total carotenoids, besides the higher account of psychrotrophic bacteria, were observed in shredded squash. The middle-circle cut showed a similar behavior to the cube cut in respect to the majority of the parameters evaluated. No significant differences were observed in relation to the packages studied, but its use is very important to avoid weight loss. All sanitizer studied reduced psychrotrophic bacteria, having eliminated total coliforms count and coliforms at 45°C. Low count of psychrotrophic bacteria were observed using Sodium Isocianurate Dichlorine. Softening and color losses were observed in squashes peaces using acetic acid and peracetic acid. All experiments showed to be in actual legislation patterns in respect to the microbiological aspects. Minimally processing squashes can be stored up to 12 days under 5oC using the new flowchart. The new flowchart its indicated to guarantee the food safe, to reduce respiratory rate and nutritional losses, beside to keep quality of produce.
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Ácido Salicílico, abcísico e jasmônico em videiras submetidas ou não à aplicação da tecnologia TPC (Thermal Pest Control) / Salicylic acid, abscisic acid and jasmonic acid in vines submitted or not to the application of TPC technology (Thermal Pest Control)Bruno Alves Domingues 16 May 2013 (has links)
A aplicação de ar quente em videiras foi primeiramente realizada na fazenda do Sr. Florenzo Lazo, localizada no Chile, onde havia a necessidade de combater os efeitos negativos das freqüentes geadas que resultava em severos danos à lavoura. Por este motivo o Sr. Florenzo inventou uma máquina que aplicava ar quente com baixa umidade e tinha por objetivo dispersar o ar frio proveniente das geadas. Após certo tempo, foi observado pelo produtor que no local onde a máquina havia operado com maior frequência as plantas apresentavam-se com uma coloração mais escura e com sinais de maior vitalidade. Seguindo estas observações, relacionamos estes efeitos a um possível aumento nos fito-hormônios relacionados ao estresse vegetal e à SAR (Systemic Resistence Adquired), como o ácido salicílico (AS), ácido jasmônico (AJ) e ácido abscísico (ABA), além de fazer uma correlação com alguns resultados de pós-colheita importantes para a comercialização, como: Sólidos solúveis, firmeza e coloração. Para isso foi montado um experimento que foi conduzido em duas parcelas, sendo uma com tratamento TPC e outra apenas com o tratamento convencional com distância padronizada em 3,2 metros entre linhas por 2,0 metros entre planta. As amostras eram coletadas diariamente e devidamente acondicionadas. Ao final da safra, as amostras foram transportadas para o laboratório de estresse e neurofisiologia da universidade de São Paulo (LEPSE), onde foram novamente armazenadas em um Ultra-freezer - 86ºC. As analises fisiológicas de pós-colheita foram realizadas no departamento de pós-colheita da universidade de São Paulo onde foram analisados os teores de sólidos solúveis, coloração e firmeza das bagas de uva. As amostras de folhas foram maceradas e uniformizadas no LEPSE e enviadas para o laboratório de ecotoxicologia do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) onde foram mensurados os teores dos fito-hormônios pelo método de espectrometria de massa. Para ambas as analises foram feitos testes estatísticos utilizando o programa SAS®. Não houve alteração de SS e firmeza entre os dois tratamentos para as características fisiológicas de póscolheita. Entretanto foi notado uma redução na coloração avermelhada para os cachos tratados com TPC seguindo o sistema de colorimetria proposto pelo CIE. Não houve alterações significantes para as variáveis ABA, AJ e AS para o efeito tratamento e para a analise de correlação. Entretanto notou-se significância entre o efeito dias para as variáveis ABA e AJ. Não foi notada significância para o efeito dias para a variável AS. Por se tratar de um estresse rápido, a TPC parece não causar estresse imediato nas plantas, entretanto notou-se indução de estresse ao longo do tempo, possivelmente devido à resposta lenta de ABA que aparentemente está envolvida com RNA e à síntese de proteínas S e R- ABA que são igualmente efetivas. Já para o AJ sugere-se que houve a produção de H2O2 por derivados de oligogalacturonideos, liberados por ação da enzima poligalacturonase, e um segundo mensageiro que ativam genes defensivos (genes tardios). O aumento na biossíntese do ABA e do AJ parece ter suprimido genes envolvidos na biossíntese do AS. / The application of hot air in grapevines was first held on the farm of Mr. Florenzo Lazo, located in Chile, to combat the negative effects of frequent frosts that resulted in severe damage to the crop. For this reason Mr. Florenzo invented a machine that applied hot air with low humidity and aimed to disperse the cold air from the frost. After a while, it was observed by the producer that where the machine had operated more frequently plants showed up with a darker and more signs of vitality. Following these observations, these effects relate to a possible increase in phytohormones related to plant stress and SAR (Systemic Resistance Adquired), such as salicylic acid (AS), jasmonic acid (AJ) and abscisic acid (ABA), besides making a correlation with results of some important postharvest for marketing, such as soluble solids, firmness and color. For this experiment was created that was conducted in two installments, the first one was treated with TPC and second one was applied only conventional treatment with standardized distance of 3.2 meters between lines by 2.0 meters between plant . The samples were collected daily and properly packed. At the end of the season, samples were transported to the laboratory stress and neurophysiology from the University of São Paulo (LEPSE), where they were again stored in an Ultra-freezer - 86 degrees. The physiological analyses of post-harvest were performed at the Department of Postharvest in University of Sao Paulo where we analyzed the levels of soluble solids, firmness and color in grape berries. The leaf samples were uniform macerated at LEPSE and sent to the laboratory of ecotoxicology in the Center for Nuclear Energy in Agriculture (CENA) where we measured the levels of the phytohormones by the method of mass spectrometry. For both analyzes were performed statistical tests using SAS ® program. There wasn`t change between the two treatments on physiological post-harvest characteristics. There was no change of SS and firmly between the two treatments for the physiological of post-harvest characteristics. However it was noted a reduction in red color for bunches treated with TPC following the colorimetry system by CIE. There were no significant changes to the variables ABA, AJ and AS for the treatment effect and to analyze the correlation. However significance was noted between the effect variables ABA days and AJ. No significant effect was noted for days variable for AS. Since it is a stress fast TPC does not seem to cause immediate stress in plants but it was noticed induction of stress over time, possibly due to slow response to ABA which apparently is involved in the synthesis of RNA and proteins S and R-ABA that are equally effective. As for AJ suggests that there was the production of H2O2 by derivatives of oligogalacturonides, released by action of the enzyme polygalacturonase, and a second messenger that activates defensive genes (late genes). The increase in ABA biosynthesis and AJ appears to have deleted genes involved in the biosynthesis of AS.
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Avaliação de agentes bióticos e abióticos na indução de resistência e no controle pós-colheita de antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) em mamão (Carica papaya) / Evaluation of biotic and abiotic agents on the resistance induction and on the postharvest control of anthracnose (Colletotrichum gloeosporioides) in papaya fruits (Carica papaya)Patricia Cia 20 February 2006 (has links)
Este trabalho teve como principais objetivos avaliar os efeitos dos agentes bióticos (Saccharomyces cerevisiae, Bacillus thuringiensis, Lentinula edodes e Agaricus blazei), e abióticos (UV-C, irradiação gama, acibenzolar-S-metil, quitosana, ácidos acético e salicílico) na proteção de mamões contra C. gloeosporioides, bem como estudar os mecanismos bioquímicos de resistência ativados no tecido vegetal, em resposta ao tratamento com os agentes de maior eficiência, além de investigar os efeitos destes sobre o desenvolvimento in vitro do fungo. Para tanto, mamões cv. Golden foram inoculados com C. gloeosporioides através de injeção subcuticular de 15 µL da suspensão de esporos e, após 10 h, tratados com os diferentes agentes bióticos e abióticos. Para avaliar a possibilidade de indução de resistência pelos agentes, mamões foram também inoculados após 24, 48 e 72 h dos tratamentos. Os frutos foram armazenados a 25 ºC / 80 %UR por 7 dias e, avaliados diariamente quanto a incidência e severidade da podridão. Ao final do período de armazenamento, efetuou-se a avaliação dos parâmetros físico-químicos (cor de casca e de polpa, firmeza, sólidos solúveis, pH e acidez total). Quando de interesse, as atividades de peroxidase, β-1,3-glucanase e quitinase foram também investigadas. In vitro, avaliou-se o crescimento micelial, a germinação de conídios e a esporulação do fungo em resposta aos diferentes tratamentos. Os resultados mostraram que a irradiação gama (0,75 e 1 kGy) reduziu a incidência e a severidade da antracnose. Não houve efeito da UV-C no controle da podridão e todas as doses testadas causaram danos na casca dos frutos. O acibenzolar-S-metil reduziu em mais de 50 % a incidência e a severidade da podridão, além de induzir a maior atividade das enzimas peroxidase, quitinase e β-1,3-glucanase, e não alterar as características físico-químicas dos frutos. O ácido acético, a 2,5 µL L-1, reduziu a severidade e a incidência das lesões nos frutos. A quitosana (1, 2 e 4 %) reduziu significativamente a severidade da antracnose, e a 4 % foi também eficiente em reduzir a incidência da podridão. Concentrações acima de 0,25 % suprimiram a esporulação de C. gloeosporioides nas lesões. No entanto, os frutos tratados com 2 e 4 % de quitosana não amadureceram normalmente, permanecendo com a coloração da casca verde até o final do período de armazenamento. S. cerevisiae (20 mg mL-1) e B. thuringiensis (7,5 mg mL-1), aplicadas 24 h antes da inoculação do patógeno, reduziram a incidência da antracnose nos frutos, mas não o acúmulo de proteínas relacionadas à patogênese. Os cogumelos (A. blazei e L. edodes) e o ácido salicílico não foram eficientes em reduzir a incidência e a severidade da antracnose. In vitro, a irradiação gama, a UV-C, os ácidos acético e salicílico, a quitosana, S. cerevisiae e L. edodes inibiram o crescimento micelial do fungo. A germinação de conídios foi reduzida pelas irradiações gama e UV-C, pelos ácidos acético e salicílico e pela quitosana. Esses resultados demonstram a possibilidade dos agentes estudados serem utilizados no manejo da antracnose, bem como na redução da utilização ou da dosagem de fungicidas empregados no controle da doença. / This work had as main objectives evaluate the effect of biotic and abiotic agents (Saccharomyces cerevisiae, Bacillus thuringiensis, Lentinula edodes and Agaricus blazei), and abiotic (UV-C, gamma irradiation, acibenzolar-S-methyl, chitosan, acetic and salicylic acids) on the protection of papaya fruits against C. gloeosporioides, and study the biochemical mechanisms of resistance activated in the tissues in response to the treatment with the agents exhibiting better efficiency. The effects of the agents on the in vitro development of the fungus were also investigated. For this, papaya fruits cv. Golden were inoculated with C. gloeosporioides through subcuticular injection of 15 µL of the spore suspension and after 10 h treated with the different biotic and abiotic agents. To evaluate the possibility of resistance induction by the different agents, fruits were also inoculated 24, 48 and 72 h after treatments. The fruits were stored at 25 ºC / 80 %RH for 7 days and evaluated daily for the incidence and severity of the anthracnose. At the end of the storage period, the evaluation of the physical-chemical parameters (skin and flesh color, firmness, total soluble solids, pH and tritatable acidity) was carried out. The peroxidase, β- 1,3-glucanase and chitinase activities were also investigated when need. In vitro, mycelial growth, conidium germination and sporulation of the fungus in response to the different treatments were also evaluated. The results showed that the gamma irradiation (0.75 and 1 kGy) reduced the anthracnose incidence and severity. The UV-C did not have effect on the control of the rot and all the doses caused damages in the skin of the fruits. The acibenzolar-S-methyl reduced in more than 50 % anthracnose incidence and severity, and induced the highest activity of peroxidase, chitinase and β-1,3-glucanase, and did not modify the physical-chemical characteristics of the fruits. The acetic acid at 2.5 µL L-1 reduced rot severity and incidence. The chitosan (1, 2 and 4 %) significantly reduced the rot severity, and at 4 % was also efficient in reducing anthracnose incidence. Chitosan concentrations above 0.25 % suppressed the sporulation of C. gloeosporioides in the lesions. However, the fruits treated with chitosan at 2 and 4 % did not ripen normally, remaining with green skin until the end of the storage period. S. cerevisiae (20 mg mL-1) and B. thuringiensis (7.5 mg mL-1), applied 24 h before the pathogen inoculation, reduced anthracnose incidence, but did not change the activities of pathogenesis related proteins. The mushrooms (A. blazei and L. edodes) and the salicylic acid were not efficient in reducing the incidence and the severity of anthracnose. In vitro, gamma irradiation, UV-C, acetic and salicylic acids, chitosan, S. cerevisiae and L. edodes inhibited the mycelial growth. The conidium germination was reduced by gamma and UV-C irradiation, acetic and salicylic acids and chitosan. These results show that these agents can be utilized for anthracnose management, and on the reduction in the use or dosage of fungicides utilized on the anthracnose control.
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Doenças quiescentes em goiabas: quantificação e controle pós-colheita / Quiescent diseases in guava: quantification and post-harvest controlAna Raquel Soares-Colletti 06 November 2012 (has links)
As doenças pós-colheita em goiabas podem representar danos entre 20 e 40%, em função de condições ambientais e manejo integrado de doenças tanto antes quanto após a colheita. A adequação dos produtores às normas do Programa Integrado de Frutas (PIF) garante a obtenção de frutos com qualidade, produzidos de forma sustentável. Porém, exige o uso racional de agroquímicos durante as fases de produção da fruta. Neste contexto, utilizando a variedade Kumagai de polpa branca, os objetivos deste trabalho foram: (i) determinar as condições ambientais favoráveis à colonização natural de Guignardia psidii em goiabas; (ii) quantificar a incidência das doenças pós-colheita em goiabas nos dois principais mercados atacadistas do Estado de São Paulo; (iii) detectar e quantificar as doenças quiescentes desde a flor até em frutos no ponto de colheita; (iv) verificar o efeito da atmosfera controlada utilizando altas concentrações de O2 no controle das principais doenças pós-colheita da goiaba. Experimentos em condições controladas foram conduzidos para determinar o efeito de condições ambientais na colonização de G. psidii em goiabas. Na CEASA e na CEAGESP foram realizados levantamentos para quantificar as doenças pós-colheita em goiabas. Em duas áreas de produção de goiabas quantificaram-se as doenças quiescentes da goiaba em duas áreas de produção pelo método de detecção precoce de infecções quiescentes. Armadilhas caça-esporos foram colocadas em plantas para quantificar esporos carregados pela chuva. Talhões com e sem restos de cultura ao redor das plantas foram avaliados. Experimentos in vitro e in vivo foram realizados com diferentes tratamentos de atmosfera controlada para o controle de antracnose e pinta preta da goiaba. A temperatura ótima para a colonização de G. psidii foi de 30 ºC, atingindo incidência de 100% com 24 horas de molhamento, 10 dias após incubação. As principais doenças observadas nos mercados atacadistas e nas duas áreas de produção de goiabas foram antracnose, pinta preta e podridão de Fusicocum, com incidências máximas de 56,6%, 46,1% e 41,9%, respectivamente nos mercados atacadistas e máximas de 86,4%, 62,0% e 44,0%, respectivamente, nas áreas de produção de goiabas, 10 dias após incubação a 25 ºC. A antracnose foi a única doença observada desde a flor até em frutos maduros. Houve correlação direta entre a temperatura máxima combinada ou não com a precipitação acumulada e a incidência de antracnose nos frutos. Todos os isolados de Colletotrichum obtidos de frutos doentes foram identificados como C. gloeosporioides. Não houve diferença significativa nas incidências das principais doenças quiescentes da goiaba para as áreas com e sem restos culturais. A ocorrência de chuva no florescimento e nos estádios iniciais de desenvolvimento do fruto associada a temperaturas elevadas resultaram em incidências elevadas das principais doenças quiescentes da goiaba \'Kumagai\' em pós-colheita. O tratamento 30% CO2 + 70% O2 proporcionou maiores reduções no crescimento micelial dos fungos avaliados e na incidência de frutos doentes, após 4 dias sob atmosfera controlada. Frutos armazenados em atmosferas contendo 60% N2O + 20% O2 + 20% N2 e 30% CO2 + 70% O2 apresentaram menores severidade da antracnose e pinta preta, respectivamente em goiabas. / Post-harvest diseases in guavas may represent damages from 20 to 40%. Environmental conditions and disease management, before or after harvesting, are among their major causes. Standards proposed by the Integrated Production Fruit (IPF) ensure fruit quality and sustainable production with rational use of agrochemicals. Using the white-fleshed variety Kumagai, the objectives were: (i) to determine the environmental conditions favorable to the natural colonization of Guignardia psidii in guava (ii) to quantify the incidence of major post-harvest diseases of guava at the main wholesale markets of São Paulo state, (iii) to detect and quantify the quiescent diseases from flower to fruit in the harvest point (iv) to evaluate the effect of controlled atmosphere using high concentrations of O2 to control the main post-harvest diseases of guava. Experiments were conducted under controlled conditions to determine the effect of environmental conditions on the colonization of G. psidii on guavas. Surveys were carried out to quantify the postharvest diseases in guavas in CEASA and CEAGESP. The quiescent diseases of guava were quantified in two production areas by the method of early detection of quiescent infection. Inverted-bottle samplers were placed on plants to quantify spores carried by rain. Plots with and without crop residues around the plants were evaluated. Experiments in vitro and in vivo experiments were performed with different controlled atmosphere treatments for control of anthracnose and black spot of guava. The optimum temperature for G. psidii colonization was 30 °C, reaching 100% incidence with 24 hours of wetness, 10 days after incubation. The main diseases observed in the wholesale markets and in the two production areas were guava anthracnose, black spot and Fusicocum rot. The highest incidences were 56.6%, 46.1% and 41.9%, for anthracnose, black spot and Fusicocum rot, respectively, stored at 25 °C. In the field, fruits presented maximum incidences of 86.4% for anthracnose, 62.0% for black spot and 44.0% for Fusicocum rot. Anthracnose was the only post-harvest quiescent disease that was observed from the flower to the mature fruit. There was direct correlation between the maximum temperature and the incidence of anthracnose regardless of rainfall. Colletotrichum sp. strains obtained from diseased fruit were identified as C. gloeosporioides. There was no significant difference in the incidence of major diseases of guava quiescent in areas with and without crop residues around the plants. The occurrence of rain during flowering and early stages of fruit development associated with high temperatures resulted in high diseases incidences of major diseases quiescent guava \'Kumagai\' in post-harvest. The treatment 30% CO2 + 70% provided greater reductions in mycelial growth of fungi and incidence of diseased fruits, after 4 days under controlled atmosphere. Fruit stored with 60% N2O + 20% O2 + 20% N2 and 30% CO2 + 70% O2 showed lower severity of anthracnose and black spot, respectively.
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Antracnose do abacateiro: danos pós-colheita, caracterização do agente causal, quantificação de parâmetros da pré-penetração e monocíclicos e controle químico / Avocado anthracnose: post-harvest damages, characterization of the causal agent, quantification of prepenetration and monocyclic parameters and chemical control.Hugo José Tozze Junior 16 December 2011 (has links)
O Brasil é um dos principais países produtores de abacate. A competitividade do país no comércio internacional desta fruta demanda a minimização de danos pós-colheita, especialmente os causados pela antracnose. Este trabalho objetivou: (i) identificar e quantificar os danos pós-colheita em abacates Fuerte e Hass; (ii) identificar e caracterizar isolados de Colletotrichum do abacateiro, comparando-os com isolados de outras frutíferas; (iii) avaliar o efeito de temperatura e período de molhamento sobre a germinação de conídios e formação de apressórios, bem como, sobre a infecção e colonização de Colletotrichum gloeosporioides em abacates; (iv) avaliar o efeito de fungicidas e sanitizantes no controle da antracnose do abacateiro em pós-colheita. As incidências da antracnose e de outros danos póscolheita foram avaliadas periodicamente em abacates amostrados em três etapas do beneficiamento em packinghouse e revelaram que a antracnose foi a principal doença póscolheita, com incidências média de 45,7% para o abacate Fuerte e 68,7% para Hass. Identificação, caracterização e análise comparativa foram realizadas para 93 isolados obtidos de abacate, manga, maracujá e pêssego, por meio do aspecto da colônia e taxa de crescimento em diferentes temperaturas, formato e dimensões dos conídios, análise molecular (PCR com oligonucleotídeos espécie-específicos e análise de sequências de nucleotídeos das regiões ITS e -tubulina), patogenicidade e atividade enzimática (amilase, catalase, celulase, lacase, lípase, pectinase e proteinase). Todos os isolados de abacate e manga, e alguns isolados de pêssego e maracujá foram identificados como C. gloeosporioides. As espécies C. acutatum e C. boninense foram detectadas em pêssego e maracujá, respectivamente. A análise filogenética associada a algumas características morfo-culturais permitiu a separação das espécies e revelou diferenças intra-específicas entre os isolados de C. gloeosporioides, de acordo com o hospedeiro de origem. Os isolados de manga compuseram um grupo distinto dentro da espécie. Entretanto, independente do hospedeiro de origem, as três espécies de Colletotrichum promoveram infecções cruzadas nos quatro hospedeiros avaliados, indicando a ausência de especificidade patogênica. Para todas as características avaliadas houve alta variabilidade entre os isolados. Germinação de esporos e formação de apressórios de C. gloeosporioides sobre abacates Fuerte incubados a 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35 e 40ºC com período de molhamento de 3, 6, 12, 24h revelou que o fungo pode explorar ampla faixa de temperatura, germinando e formando apressórios entre 10 e 35ºC, com temperatura ótima de 23,4ºC e 24,0ºC, respectivamente. Aumento no período de molhamento promoveu maiores percentagens de esporos germinados e formação de apressórios. Os efeitos da temperatura (10, 15, 20, 25, 30ºC) e períodos de molhamento (6, 12, 24h) na infecção e colonização por esta espécie foram avaliados em frutos de Hass e Fuerte, inoculados com ferimento. Exceto a 10ºC, houve manifestação de sintomas em todas as temperaturas, com maiores lesões e taxas de progresso da doença a 30ºC. Para controle das doenças testou-se tratamento dos frutos por imersão em calda contendo azoxistrobina, cloreto de benzalcônio, dióxido de cloro, Ecolife®, hipoclorito de sódio, imazalil, procloraz e tiabendazol. Dentre esses, procloraz e imazalil foram os mais eficientes. / Brazil is one of the most important avocado producers in the world. However, to compete in the international avocado business it is necessary reduction of post-harvest damages, especially those caused by anthracnose. This work had the following objectives: (i) to identify and to quantify post-harvest damages in Fuerte and Hass avocados; (ii) to identify and to characterize the avocado isolates of Colletotrichum, comparing them with other fruit isolates; (iii) to evaluate the effect of temperature and wetness period in the conidia germination and appressoria formation, as well as in the infection and colonization of Colletotrichum gloeosporioides in avocado; (iv) to evaluate the post-harvest control of anthracnose in avocado using fungicides and sanitizers. Both the anthracnose incidence and other post-harvest damages were evaluated periodically using avocado samples collected at three steps in the packinghouse. It was revealed that anthracnose was the major factor of post-harvest damages, with average incidence of 45.7% in Fuerte and 68.7% in Hass. Identification, characterization and comparative analyses were performed with 93 isolates from avocado, mango, passion fruit and peach according to the colony aspect and growth rate in different temperatures, conidia shape and size, molecular analyses (species-specific PCR and sequencing of ITS and -tubulin genes), pathogenicity and enzymatic activity (amylase, catalase, cellulase, laccase, lipase, pectinase and proteinase). All of the avocado and mango isolates and some isolates from peach and passion fruit were identified as C. gloeosporioides. The species C. acutatum and C. boninense also were indentified in peach and passion fruit, respectively. Phylogenetic analyses performed with some morphological data allowed species differentiation and revealed intra-specific differences between C. gloeosporioies according to the original host. Mango isolates were grouped together into the C. gloesporioides clade. However, independently of the original host, these three Colletotrichum species showed to cross-infect the four evaluated hosts, suggesting lack of pathogenical specificity. There was high variability for all evaluated characteristic. For C. gloeosporioides, spores germination and appressoria formation on the surface of Fuerte avocado incubated under 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35 and 40 ºC and wetness periods of 3, 6, 12 and 24 hours showed that this fungus could explore a wide range of temperature. Germination and appressoria formation were observed between 10 and 35 ºC, with optimal temperatures of 23.4 and 24.0 ºC, respectively. Both the germination and appressoria formation were higher with the increase in the wetness period. The effect of temperature (10, 15, 20, 25, 30 ºC) and the wetness period (6, 12, 24h) were evaluated on the infection and colonization of C. gloeosporioides in Fuerte and Hass avocado, which were wound-inoculated. Except at 10 ºC, all tested temperatures led to symptoms expression. The highest disease progress rate and lesion diameter were verified at 30 ºC. Fruit immersion on fungicides solution was tested to control post-harvest diseases using azoxystrobin, benzalkonium chloride, chlorine dioxide, Ecolife, sodium hypochloride, imazalil, procloraz and thiabendazol. Among these fungicides, prochloraz and imazalil were the most efficient in controlling post-harvest diseases in avocado.
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Identificação de espécies de Botryosphaeriaceae e caracterização do monociclo da podridão apical da goiaba / Identification of Botryosphaeriaceae species and characterization of monocycle of stylar-end rot of guavaAntonio Fernandes Nogueira Júnior 30 January 2013 (has links)
Elevados valores de incidência da podridão apical da goiaba vêm sendo observados em levantamentos recentes no Estado de São Paulo. Entretanto, pouco se conhece sobre a etiologia e influência das variáveis ambientais no monociclo dessa doença. O objetivo desse trabalho foi identificar as espécies de Botryosphaeriaceae que causam a podridão apical e estudar as condições ambientais favoráveis, in vivo e in vitro, para o desenvolvimento do monociclo desses patógenos. Para a identificação das espécies, 56 isolados monospóricos foram obtidos das principais regiões produtoras de goiabas do Estado de São Paulo. Com auxílio da caracterização morfológica e de análises filogenéticas realizadas com dados de sequências de DNA da região ITS e β-tubulina foram identificadas as espécies Fusicoccum aesculi, Neofusicoccum parvum e Neofusicoccum ribis. O crescimento micelial dessas espécies foi avaliado sob as temperaturas de 10, 15, 20, 25, 30, 35 e 40 ºC. A germinação de conídios foi avaliada sob temperaturas de 10, 15, 20, 25, 30, 35 e 40 ºC com períodos de molhamentos de 4, 6, 12, 24 e 48 horas. Nos experimentos in vivo goiabas cv. Kumagai foram inoculadas com suspensões de conídios das três espécies identificadas com auxílio de ferimentos artificiais. Esses frutos foram mantidos sob as temperaturas de 15, 20, 25, 30 e 35 ºC com períodos de molhamento após a inoculação de 6, 12, 24 e 48 horas. Avaliou-se o período de incubação, o diâmetro da lesão ao sétimo dia após a inoculação e taxa de crescimento da lesão. A temperatura ótima para o crescimento micelial de N. ribis foi de 28,2 ºC e não houve diferença entre as temperaturas ótimas de N. parvum e F. aesculi, que foram de aproximadamente 31 ºC. A temperatura ótima para germinação dos conídios foi de 30 ºC para as três espécies. Houve incremento na germinação com o aumento do período de molhamento e na faixa de temperatura ótima encontram-se valores superiores a 70% de germinação a partir do molhamento de 6 horas. A espécie F. aesculi alcança elevadores valores de germinação a 40 ºC em períodos de molhamento superiores a 12 horas. A temperatura ótima para o crescimento da lesão foi de aproximadamente 30 ºC para as três espécies e o período molhamento de 48 horas proporcionou um aumento na severidade da doença quando comparado com o molhamento de 6 horas. Os menores períodos de incubação foram obtidos na temperatura de 30 ºC e com períodos de molhamento de 48 horas após a inoculação. Não houve diferença entre os valores das taxas de crescimento da lesão das três espécies e média das taxas das três espécies foi de 0,4. A doença se desenvolveu melhor em condições de temperaturas elevadas e períodos prolongados de umidade. Esse é o primeiro relato de Neofusicoccum parvum e Neofusicoccum ribis associados à podridão apical no Brasil. / Increased incidence of stylar-end rot in guava fruits have been observed in the São Paulo State - Brazil. However, little is known about its etiology and the influence of environment variables on the monocycle of this disease. This study aimed to identify Botryosphaeriaceae species that cause stylar-end rot in guava and to analyze the favorable environment conditions, in vitro and in vivo, for the monocycle development of this pathogen. We used 56 monosporic isolates from diseased fruit from guava producing regions from the São Paulo State - Brazil. The morphological and phylogenetic analyses performed with sequence data of the ITS region and β- tubulin allowed to identify the species Fusicoccum aesculi, Neofusicoccum parvum and Neofusicoccum ribis, as causal agents of the disease. The mycelial growth was evaluated at 10, 15, 20, 25, 30, 35 and 40 °C. Conidial germination was evaluated at 10, 15, 20, 25, 30, 35 and 40 °C with wetness periods of 4, 6, 12, 24 and 48 hours. In the in vivo experiments, guavas cv. Kumagai were inoculated with conidial suspensions of the three species identified by artificial wounds. The fruits were kept at 15, 20, 25, 30 and 35 °C with wetness periods of 6, 12, 24 and 48 hours after inoculation. We evaluated the incubation period, the lesion diameter on the seventh day after inoculation and the lesion growth rate. The optimum temperature for mycelial growth of N. ribis was 28.2 °C and there was no difference between the optimal temperatures (approximately 31 ºC) for N. parvum and F. aesculi. The optimal temperature for conidial germination was 30 ºC for the three species. There was an increase in germination with the increase of the wetness period. Within the optimal temperature range, values were higher 70% of germination after a wetness period of 6 hours. F. aesculi reached high germination values at 40 °C in wetness periods exceeding 12 hours. The optimal temperature for lesion growth rate was approximately 30 °C for the three pathogens and the wetness period of 48 hours caused higher disease severity as compared with the wetness period of 6 hours. The shortest incubation periods were obtained at 30 ºC with wetness periods of 48 hours. There was no difference between lesion growth rate for the three species and the average rate for three pathogens was 0.4/day. The best conditions for the disease development are high temperatures and prolonged periods of moisture. This is the first report of Neofusicoccum parvum and Neofusicoccum ribis associated with stylarend rot of guava fruits in Brazil.
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Quantificação de danos e controle pós-colheita de podridão parda (Monilinia fructicola) e podridão mole (Rhizopus spp.) em pêssegos / Damage quantification and postharvest control of brown rot (Monilinia fructicola) and soft rot (Rhizopus spp.) in peachesFabiana Marchi de Abreu 12 April 2006 (has links)
O objetivo desse trabalho foi quantificar e caracterizar danos pós-colheita em pêssegos comercializados na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo - CEAGESP e testar produtos sanificantes no controle de podridão parda (Monilinia fructicola) e podridão mole (Rhizopus spp.). Para tanto, foram realizadas vinte avaliações semanais, entre as safras de 2003 e 2004, amostrando-se 1% do total de caixas de pêssegos em cinco permissionários que comercializam esta fruta. As amostragens foram estratificadas por variedade, calibre e produtor. Em todos os frutos de cada amostra foram quantificados os danos abióticos e as doenças pré e póscolheita. Os patógenos Monilinia fructicola e Rhizopus spp. foram cultivados em meio de cultura para realização dos experimentos de controle in vitro e in vivo utilizando cloreto de benzalcônio, dióxido de cloro, Ecolife40® e hipoclorito de cálcio, realizados de forma curativa e preventiva, além do gás ozônio aplicado somente curativamente. A incidência média de frutos danificados foi de 42% em 2003 e 32% em 2004, sendo subdivididos em injúrias mecânicas pré-colheita 18 e 12% em 2003 e 2004, respectivamente, e pós-colheita 12% em 2003 e 13% em 2004; doenças pré-colheita 3 e 1% em 2003 e 2004, respectivamente, e pós-colheita 4% em 2003 e 2% em 2004. O fungo do gênero Cladosporium sp. foi o patógeno que mais ocorreu nas safras avaliadas com 30% em 2003 e 28% em 2004. Injúria mecânica foi o tipo de dano póscolheita mais freqüente em pêssegos. Pêssegos da variedade Aurora foram os mais sensíveis às doenças pós-colheita. Nos testes in vitro cloreto de benzalcônio e Ecolife40®, ambos na concentração de 1000 ppm, inibiram totalmente o crescimento da M. fructicola. Nenhum dos produtos testados foi eficiente no controle de Rhizopus spp. in vitro. Nos testes in vivo, somente o cloreto de benzalcônio na concentração de 2 mL. L-1 e Ecolife40® a 3 mL. L-1, quando aplicados nos pêssegos de forma preventiva, reduziram significativamente a podridão parda em relação à testemunha, em frutos sem ferimento. O cloreto de benzalcônio inibiu a infecção de Monilinia fructicola em todas as concentrações utilizadas, quando aplicado de forma curativa em pêssegos sem ferimento. Hipoclorito de cálcio a 0,1, 0,2 e 0,3 g. L-1 e dióxido de cloro a 2 e 3 mL. L-1 também apresentaram inibição no crescimento de Monilinia fructicola nos testes curativos e inoculados sem ferimentos. Nenhum produto aplicado de forma curativa foi significativamente eficiente para impedir o desenvolvimento da podridão parda, quando a inoculação do fungo foi realizada sobre ferimentos no fruto. Nos experimentos, in vivo, realizados com Rhizopus spp. nenhum dos produtos e formas de tratamentos testados foram eficientes. O gás ozônio não foi eficiente, na concentração de 0,1 ppm, no controle de podridões parda e mole em pêssegos. / The purposes of this study were to quantify and characterize postharvest damages in peaches commercialized at the Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de Sao Paulo ? CEAGESP, Brazil, as well as to evaluate the effectiveness of sanitizing products in controlling brown rot (Monilinia fructicola) and soft rot (Rhizopus spp.). Twenty weekly evaluations were carried out in 2003 and 2004 and 1% of all peach boxes from five concessionaires was sampled. Samples were stratified according to cultivar, caliber and grower. Every fruit in each sample was assessed as to abiotic damages and pre and postharvest diseases. The pathogens Monilinia fructicola and Rhizopus spp. were grown in culture medium to enable the conduction of the in vitro and in vivo experiments with benzalkonium chloride, chlorine dioxide, Ecolife40® and calcium hypochlorite used curatively and preventively, and ozone gas used only curatively. Average incidences of damaged fruits were 42% and 32% in 2003 and 2004, respectively, involving 18% and 12% pre harvest mechanical injuries, 12% and 13% postharvest injuries, 3% and 1% pre harvest diseases and 4% and 2% postharvest diseases, in 2003 and 2004, respectively. The fungus Cladosporium sp. was the most prevalent pathogen (30% in 2003 and 28% in 2004) in the periods evaluated. Postharvest mechanical injuries were the most common damages in peaches. Peaches cv. Aurora were the most susceptible to postharvest diseases. Benzalkonium chloride and Ecolife40®, both at 1000 ppm, completely inhibited the growth of M. fructicola in in vitro experiments. None of the products tested in this study was effective in the in vitro control of Rhizopus spp. Only the in vivo preventive treatment with benzalkonium chloride at 2 mL. L-1 and Ecolife40® at 3 mL. L-1 promoted significant reduction in brown rot in non-injured peaches when compared to control fruits. The curative use of benzalkonium chloride at all concentrations tested inhibited the infection by Monilinia fructicola in non-injured peaches. The curative application of calcium hypochlorite at 0,1; 0,2 and 0,3 g. L-1 and chlorine dioxide at 2,0 and 3,0 mL. L-1 also inhibited the growth of Monilinia fructicola in non-injured peaches. None of the products tested in curative treatments was significantly effective in preventing the development of brown rot when the fungus was inoculated on injured fruits. None of the products tested was effective in the in vivo control of Rhizopus spp. Ozone gas at 0,1 ppm was not effective in controlling brown rot and soft rot in peaches.
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